pedido de liberdade provisória - roubo qualificado pelo uso de arma

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  • 7/27/2019 Pedido de Liberdade Provisria - Roubo qualificado Pelo Uso de Arma

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    Pedido de Liberdade Provisria Roubo qualificado Pelo Uso deArma

    EXMO. SR. DR. JUZ DE DIREITO DA SEGUNDAVARA CRIMINAL DE ....................

    RU PRESO - URGENTE

    Distribuio por DependnciaProtocolo ............Cdigo TJ... - ... - Pedido de Liberdade Provisria

    .......................................,

    brasileiro(a), (Est.civil), (Profisso), natural de .........., nascidaem ......., filha de ............................, residente rua .................. ......,nesta urbe, via de seu advogado in fine assinado, (m.j.), permissamxima vnia , vem perante a conspcua e preclara presena de Vossa

    Excelncia ,com fulcro no artigo 5, LVI, de nossa Carta Magna,combinado com o pargrafo nico do artigo 310 do Cdigo deProcesso Penal, requerer:

    LIBERDADE PROVISRIA VINCULADA SEM FIANA

    face aos fatos, razes e fundamentos a seguir perfilados.

    SMULA DOS FATOS

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    1 Conforme cpia do Auto de Priso emFlagrante, em apenso (doc. ....), a Requerente, foi presa e autuada emflagrante delito sob a imputao de ter supostamente infringido anorma incriminadora do artigo 157, do Cdigo Penal Brasileiro.

    3 A Requerente, exerce ocupao lcita ereside em lugar certo (doc. ), alm de ser primria e de bons

    antecedentes, (doc. ) no existindo qualquer registro judicial que possadesabonar sua pessoa e ausente qualquer das hipteses autorizativasda priso preventiva insertos no artigo 312, do Cdigo de ProcessoPenal

    4 A Requerente, embora jovem, possuifamlia constituda, com filhos menores, cuja subsistncia dependeexclusivamente de sua atividade laborativa.

    DO DIREITO

    Edita o inciso LVI, do artigo 5, da

    Constituio Federal:

    ningum ser levado a priso ou nelamantido, quando alei admitir liberdade

    provisria, com ou sem fiana.

    E, ainda vem estampado no artigo 310,e seu pargrafo nico, do Cdigo de Processo Penal:

    Art. 310 . Quando o juiz verificar peloauto e priso em flagrante que o agente

    praticou o fato, nas condies do artigo19, I, II e III, do Cdigo Penal, poder,depois de ouvir o ministrio pblico,conceder ao ru liberdade provisria,

    mediante termo de comparecimento a

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    todos os termos do processo, sob penade revogao.

    Pargrafo nico. Igual procedimento seradotado quando o juiz verificar, peloauto de priso em flagrante, ainocorrncia de hipteses que autorizama priso preventiva (art. 311 e 312).

    Conforme, entendimento de nossamelhor doutrina, a priso provisria, por ser atentatria a liberdadeindividual da pessoa humana, e por constituir-se em priso seminflio anterior de pena, somente h de ser decretada em casosexcepcionais e cercado das necessrias cautelas, a fim de que no seconstitua em cerne ou caldo de cultura de injustia. Sendo estainjustia, fato que compromete o jus libertatis do cidado, ainda nodefinitivamente considerado culpado, somente poder ser convalidadase presentes alm dos pressupostos bsicos e necessrios, que seatenda ainda, as circunstncias que a autorizam: garantia da ordem pblica, convenincia da instruo criminal e assegurao deeventual pena a ser imposta., conforme se detrai do artigo 312 doCdigo de Processo Penal.

    Neste ponto, mister, se faz, que ashipteses autorizativas da segregao provisria sejamescorreitamente analisadas.

    Ordem pblica , como de curial cinciade todos, a paz e a tranqilidade do meio social, que no casovertente, em momento algum esto atingidas ou conturbadas por atosda Requerente, j que no praticara in tese qualquer dos crimes

    previstos na Lei, que via de regra causam comoo na sociedade,como um todo, hiptese inexistente no presente caso.

    Neste ponto de salutar importncia aexposio do seguinte julgado do Superior Tribunal de Justia :

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    No se pode confundir ordem pblicacom o estardalhao causado pelaimprensa pelo inusitado crime. Comoficar em liberdade a regra geral,deveria o juiz justificar substancialmentea necessidade de paciente ficar

    preventivamente preso. No bastainvocar de ordem formal, palavrasabstratas do artigo 312 do CPP. Ordemconcedida. (RSTJ 81/361).

    No que concerne convenincia dainstruo criminal , cuidado especial h que ser dado a esta hiptese,que somente poder ser atendida quando ficar evidenciado que oagente, esteja afugentando testemunhas que possam depor contra ele,aliciando testemunhas falsas, ou assumindo qualquer conduta quevenha a deturpar o bom andamento da instruo criminal, situaesque em nenhum momento se fazem presentes no caso em tela.

    A assegurao da aplicao da lei penal , medida salutar e indispensvel que justifica a segregao do juslibertatis do agente, de forma evidente h que ser demonstrada para asua admisso. No presente caso, sobeja se demonstrou que aRequerente radicada no distrito da culpa, onde tem raiz- patrimonial,social, laborativa e familiar. Inexistindo qualquer indcio de que,injustificadamente, esteja com a inteno de se furtar aplicao deeventual reprimenda penal.

    Destarte, pelo acima alinhavado, seriaindispensvel para a manuteno da segregao provisria daRequerente, que uma das circunstncias mencionadas aflorasse das

    provas coligidas, o que no ocorreu, ou que ficasse demonstrado suanecessariedade, vez que trata-se de medida drstica e excepcional,impondo-se, assim a concesso da liberdade provisria ora pleiteada.

    Hodiernamente, caminha o pensamento doutrinrio no sentido de que, preenchidos, os requisitos

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    importar em atentado ordem pblica, ao bom andamento dainstruo criminal ou da reta aplicao da lei penal.

    EX POSITIS

    espera o Requerente seja o presente pedido recebido, e depois deouvido o nobre representante do Ministrio Pblico, deferido

    concedendo-lhe LIBERDADE PROVISRIA, comprometendo-sedesde j comparecer em todos atos ulteriores do processo, pois destaforma Vossa Excelncia , estar, como de costume editando decisrio,compatvel com mais elevados ditames da JUSTIA.

    Local, data.

    _______________ OAB