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Page 1: PDPD - André Galdino

1. Introdução

A embalagem pode ser definida como todo acondicionante que exerça funções de proteção do alimento in natura, da matéria-prima alimentar ou do produto alimentício, temporária ou permanente, no decorrer de suas fases de obtenção, elaboração e armazenamento.

Desde a antiguidade o homem tem utilizado embalagens para proteger alimentos e fazer com que estes durem mais tempo. Inicialmente, utilizavam-se apenas embalagens naturais. Com o passar do tempo, devido às necessidades e curiosidade do homem, desenvolveu-se embalagens não só de origem natural, mas também de origem sintética como os sacos plásticos. Os materiais plásticos vêm revolucionando o conceito de embalagens a nível mundial. Há uma diversidade de tipos diferentes de materiais, e um contínuo desenvolvimento de matérias-primas para estes tipos de indústrias, que oferecem inúmeras opções de embalagens, satisfazendo necessidades como a redução de custos, conveniência, marketing, transparência, proteção e manutenção das propriedades físico-químicas. [1] (Mota, 2004)

Atualmente é utilizado em grande número de embalagens plásticas flexíveis. Desde a utilização para a conservação de alimentos, até o emprego em processos industriais.

Embalagens plásticas flexíveis, por definição, são aquelas cujo formato depende da forma física do produto acondicionado e cuja espessura é inferior a 250 micras. Nessa classificação, enquadram-se sacos ou sacarias, pouches, envoltórios fechados por torção e/ou grampos, tripas, pouches auto-sustentáveis (stand-up-pouches), bandejas flexíveis que se conformam ao produto, filmes encolhíveis (shrink) para envoltórios ou para unitização, filmes esticáveis (stretch) para envoltório ou para amarração de carga na paletização, sacos de ráfica etc.

Os materiais flexíveis incluem, ainda, selos de fechamento, rótulos e etiquetas plásticas. Destacam-se pela relação otimizada entre a massa de embalagem e a quantidade de produto acondicionado, além da flexibilidade que oferecem ao dimensionamento de suas propriedades.

A possibilidade de combinação de diferentes polímeros para obtenção de propriedades balanceadas, que atendam a requisitos econômicos, ambientais e de conservação e comercialização de produtos é uma das grandes vantagens competitivas das embalagens plásticas flexíveis. [2] (ABIEF, 2010)

Existem diversos tipos de embalagens laminadas, como: Papel Monolúcido, Papel Kraft, Cromopel, Bopp, Pet (poliéster), Cartão, Ráfia, Alumínio, Nowoven, Tecido, Alumínio, Polipropileno, Polietileno, CPP, PE Expandido, etc.

A escolha correta da estrutura proporciona à embalagem: aspecto visual e brilho; Resistência a altas temperaturas de selagem; Barreira à luz; Barreira à umidade e a gases, preservando as características do produto e influenciando diretamente no prazo de validade do produto acondicionado. [3] (SANDRA)

Page 2: PDPD - André Galdino

1.1 Objetivo

Para a indústria alimentícia, então, é essencial que as embalagens possuam a capacidade de evitar o contato de seus conteúdos com umidade, alguns gases, e luz, ou de impedir que percam aromas e substâncias, como gorduras.

Alimentos secos, com baixo teor natural de umidade, ou desidratados, com baixo teor induzido, demandam embalagem com barreira ao vapor d’água, caso das bolachas, do café solúvel, do leite em pó, do amendoim, das nozes e da castanha. A permeação da umidade provoca a perda da crocância. Em outros produtos, como nas carnes frescas e industrializadas, nos derivados de tomate e nos produtos gordurosos, como a maionese, o grande vilão é o oxigênio, cuja ação faz surgir o ranço. Muitos alimentos, como a castanha-do-pará, são sensíveis a ambos os agentes, e necessitam de embalagens que confiram os dois tipos de barreira.

A luz também pode ser um problema. Sendo uma energia radiante, ela acelera reações, principalmente as de oxidação. Pior: ela não só acelera um processo que já é prejudicial ao alimento, como, muitas vezes, induz, adicionalmente, processos de fotodegradação. O pigmento do presunto responsável pela sua cor rósea se torna facilmente acinzentado pela ação da luz. Outro agravante: em muitos casos, a transparência da embalagem é uma característica desejada, porque o consumidor, o brasileiro em particular, gosta de ver o produto embalado. O pior comprimento de onda para os alimentos, no entanto, é o da luz ultravioleta, graças à energia elevada, que degrada certas vitaminas e pigmentos e catalisa as reações de oxidação e formação de ranço.

Outro efeito que pode ser necessário é a barreira ao aroma. Essa propriedade se diferencia do que a indústria chama de barreira a gases; pois, nesse caso, em geral, está se referindo ao impedimento da permeação do oxigênio. Na perda de aroma, a preocupação é com o escape de substâncias como o delimoneno, responsável pelo odor dos sucos de laranja. Além disso, parte dos aromas sofre oxidação e também se perde, tornando comum a combinação com barreira ao oxigênio. Um bom exemplo é o café, cuja exposição ao gás degrada o aroma característico, com perda de sua intensidade e o desenvolvimento do sabor de ranço. Centenas de compostos químicos contribuem para a formação do odor característico, e a perda de parte deles já desequilibra o aroma do produto. O cuidado também é justificado porque o olfato está muito ligado ao paladar, de modo que a perda de aroma é quase sinônimo da perda de sabor. [4] (Azevedo, 2008)

Devido às alterações causadas aos alimentos pelos fatores externos, é necessário que haja uma medição dos níveis de oxigênio que transpassam os determinados tipos de embalagem. Essa análise é de extrema importância para a indústria, pois torna possível a escolha correta do material a ser utilizado e cria condições para o aumento da qualidade e durabilidade dos alimentos.

Page 3: PDPD - André Galdino

Referências

[1] MOTA, Lílian Rosa; CONTROLE DE QUALIDADE DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS PARA BISCOITOS. GOIÂNIA, Goiás – BrasiL. Maio de 2004

[2] Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis, ABIEF. http://www.abief.com.br/associado_areas.asp

[3] SANDRA EMBALAGENS LAMINADAS. Embalagens laminadas para produtos alimentícios, farmacêuticos e higiênicos. http://www.sandraembalagens.com.br/embalagens-laminadas-para-alimentos.html

[4] AZEVEDO, Márcio. Revista Plástico Moderno. Edição nº 405 Julho de 2008. http://www.plastico.com.br/revista/pm405/embalagem/embalagem01.html