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MÚSICA E DANÇA NA ESCOLA: EXPLORANDO POSSIBILIDADES MÚSICA E DANÇA NA ESCOLA: EXPLORANDO POSSIBILIDADES ROTEIRO DE ESTUDOS I ROTEIRO DE ESTUDOS Olá pessoal, nesta unidade iremos apresentar o corpo na educação, entendido aqui como muito mais que uma unidade biológica, mas como uma unidade social, cultural, que vai além dos limites físicos do organismo e forja o próprio mundo humano. Sendo assim, estudaremos: Aspectos teóricos e práticos para o trabalho com música e dança em sala de aula, ressaltando os benefícios e as possibilidades de cada uma dessas expressões artísticas. O potencial que a música e a dança possuem: coordenação motora, reconhecimento do corpo e do espaço, socialização, a linguagem oral, interpretação. Sugestões práticas para os cenários escolar e externo a ele. Figura 1 Ótimos estudos e grande abraço. Prof. Eduardo

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MÚSICA E DANÇA NA ESCOLA: EXPLORANDO POSSIBILIDADES

MÚSICA E DANÇA NA ESCOLA: EXPLORANDO POSSIBILIDADES

ROTEIRO DE ESTUDOS I

ROTEIRO DE ESTUDOS

Olá pessoal, nesta unidade iremos apresentar o corpo na educação,entendido aqui como muito mais que uma unidade biológica, mas comouma unidade social, cultural, que vai além dos limites físicos doorganismo e forja o próprio mundo humano. Sendo assim, estudaremos:

Aspectos teóricos e práticos para o trabalho com música e dança em

sala de aula, ressaltando os benefícios e as possibilidades de cada umadessas expressões artísticas.

O potencial que a música e a dança possuem: coordenação motora,

reconhecimento do corpo e do espaço, socialização, a linguagem oral,interpretação.

Sugestões práticas para os cenários escolar e externo a ele.

Figura 1

Ótimos estudos e grandeabraço.

Prof. Eduardo

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ROTEIRO DE ESTUDOS II

Assista ao vídeo: Apresentação da Unidade.

Clique aqui para exibir em tela inteira.Vídeo 1

ORGANIZANDO O SEU TEMPO...

ORGANIZANDO O SEU TEMPO...

Nesta unidade de estudos você terá uma série de recursos disponíveispara o seu aprendizado. Organize o seu tempo levando em conta todas aspossibilidades do nosso material:

Páginas de conteúdo;

Vídeos;

Fórum de discussão da unidade.

Todos esses recursos foram disponibilizados para que você aproveite aomáximo os seus estudos.

Bom Estudo!Figura 2

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DISPARADOR I

DISPARADOR

O QUE É O CORPO?

Nosso corpo é somente uma classificação de diferentes partes,como a pele, os músculos, os nervos, os órgãos e os ossos?

Como nos expressamos através de nosso corpo?

Qual a importância dele?

Você já parou para pensar na importância do seu corpo?

Figura 3

DISPARADOR II

Nosso corpo fala...Se sentirmos sede significa que precisamos tomar água;

Se sentirmos fome significa que precisamos comer;

Quando nos emocionamos, nosso corpo reage, por vezes, com risos ou choro;

Descobrimos coisas e as exploramos através do nosso corpo;

Aprendemos o que fazer e não fazer com ele...

UFA!

Nosso corpo realmente fala e é importante parar e ouvi­lo... Deixar sair, expressar, cantar eviver, esgotar as possibilidades do SER!

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1 DESCOBRINDO O CORPO: a formação do eu na sociedade I

DESCOBRINDO O CORPO: a formação do eu na sociedade

Mas a música e a dança,onde ficam?

Figura 4

Podemos trabalhar, atravésda música e da dança,múltiplos aspectos davalorização e desenvolvimentodo nosso corpo de forma quefavoreça em nossos processosde ensino e aprendizagem.

A riqueza dessa percepção ébuscar conhecer nosso corpocomo chave para a porta domundo, como ponto de partidapara as descobertas.Precisamos viver o processode valorização do corpo e nãoo de descorporização.

Vamos assistir à entrevistacom a professora Karin Koenig,que aborda uma perspectivabastante interessante sobre o

corpo em nossodesenvolvimento.

Clique aqui para exibir em tela inteira.Vídeo 2

1 DESCOBRINDO O CORPO: a formação do eu na sociedade II

Ao estudarmos qualquer forma de expressão e linguagem épreciso pensar "onde tudo acontece". Não estamos falando deestruturas prediais ou cenários de circulação, mas sim dogrande movimentador dessas ações: o corpo.

O corpo ou suas necessidades acabam por determinar a própriavida humana, constituindo sua identidade. O corpo é umaentidade social e uma entidade cultural, ele também é, poroutro lado, resultado da educação. É interessante percebermoscomo o corpo é educado ao longo do processo de formação:aprender determinadas normas de comportamento, ficardesconfortável com a nudez, apreciar alguns alimentos edetestar outros, os movimentos, a piscadela que distingue umcharme de uma mentira; todos esses processos são formas deeducação corporal e da constituição de uma linguagemcorporal.

Figura 5

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1 DESCOBRINDO O CORPO: a formação do eu na sociedade III

Figura 6

As crianças estão sempre aprendendo. Elas aprendem osmovimentos corporais ao verem o comportamento corporal dosadultos, à medida que estes vão mostrando, direta eindiretamente, como o mundo é. Embora, na educação formal,tenha predominado durante muito tempo uma ênfase nacognição e no intelecto, cada vez mais se tem atentado aocorpo como elemento fundamental, bem como à necessidade daeducação ser uma educação do corpo, não no sentido denegação do corpo, mas da exploração de todas as suaspossibilidades.

Sendo assim, podemos afirmar que o corpo aprende e,ao aprender, é preciso explorar e não somente doutrinar

para executar ações.

1.1. Corpo e educação I

Corpo e educação

Mas meu corpo, este corpo de carne,ossos e vísceras; este corpo que joga,dança, faz esportes, canta, interpretae representa histórias; este corpomais ou menos bonito ou feio; maisou menos forte ou fraco, mais oumenos mais habilidoso; mais oumenos feliz ou triste; mais ou menosdeprimido ou ansioso; este corpo,sempre carente de aprendizagens,vive o mundo real. É a minha formade estar no mundo. Assim, por maisque a arrogante prepotência de serracional queira negar minhacorporalidade, sou antes de tudo umcorpo no mundo. (GAYA, 2006, p.255).

O corpo tem se tornado cada vez mais o foco do processoeducativo nas últimas décadas, sobretudo por insistência depensadores da educação que identificaram neste um caminhodiferente do proposto pelo tecnicismo e positivismo queperpassa o ensino na sociedade capitalista.

O tecnicismo refere­se ao pensamento das ações pedagógicasvoltadas à técnica de ensino, valorizando uma reprodução demaneiras e conteúdos a serem aprendidos. O positivismo, porsua vez, defende que o conhecimento científico é a únicaforma de conhecimento verdadeiro, reforçando a falta devalorização dos movimentos participativos dos sujeitos.

Nesse sentido, a sociedade capitalista, que representa essascorrentes pedagógicas, hoje nos é apresentada no incentivo aoconsumo desenfreado através de propagandas de roupas,objetos, ... Precisamos ter e adornar nosso corpo sem muitasvezes saber o motivo disso.

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1.1. Corpo e educação II

[...] o mais independente possível da comunicaçãoempática do seu corpo com o mundo, reduzindosua capacidade de percepção sensorial eaprendendo, simultaneamente, a controlar seusafetos, transformando a livre manifestação de seussentimentos em expressões e gestos formalizados.A crescente diferenciação de funções na sociedadee, consequentemente, o crescimento dainterdependência entre as pessoas geraram umateia de entrelaçamentos funcionais e institucionais,na qual o indivíduo é cada vez mais ameaçado emsua existência social, necessitando, por isso, prevere calcular os efeitos de suas ações e reações sobreos outros, aprendendo a reprimir seus afetos e apostergar a satisfação de suas necessidades(GONÇALVES, 2008, p. 17).

O próprio corpo tornou­se mercadoria ouproduto bruto a ser manufaturado ouindustrializado. A moda, a moldagem daacademia, o pudor de determinadas crenças,as técnicas que profissionalizam os esportes,a divisão setorizada em fábricas, onde cadaindivíduo executa uma função específica nasseções, fragmentando os movimentoscorporais, são alguns exemplos dedescorporalização.

1.1. Corpo e educação III

O corpo torna­se alienado do sujeito.Segundo Gonçalves (2008), adescorporalização também se refere àalteração das relações e da constituição daidentidade e da personalidade. A identidadee a personalidade deixam de ser associadasao corpo de cada indivíduo, passando a serdefinido por forças externas ao corpo.

Assim, vamos pensar a partir do exemplo de umapergunta muito utilizada: O que você vai ser quandocrescer? Em outras palavras, infância é sinônimo de nãoexistência e não ser significa não servir para asociedade. Ao fim, todo o processo de produção etambém de educação, por muito tempo (com resquíciospersistentes ainda hoje), enfatizou uma domesticaçãodo corpo, ressaltando esse aspecto mecânico em quedele deve ser abstraído todo seu potencialsocioeconômico (GONÇALVES, 2008).

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1.1. Corpo e educação IV

Figura 7

Figura 8

Percebemos diariamenteo quanto nosso corpo vaisendo apresentando paraum espaço de regulação e

de padronização.

Vejam as imagens ebusquem refletir frentea essa afirmativa!

Figura 9

Figura 10

1.1. Corpo e educação V

Transformamos nosso corpo em espaço para o outro...

O que a sociedade dita e como é preciso fazer será meu objetivo. Nossa subjetividade acabaescorrendo de nosso corpo e, assim, de nossas expressões mais básicas até as mais

significativas. Deixamos de sentir porque gostamos, de fazer porque desejamos, e de criar,pois somente consumimos...

ISSO NÃO PODE ACONTECER!

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1.1. Corpo e educação VI

É importante elencarmos todas essas questões,porque elas apontam para a importância de umprocesso educativo que se contraponha a essadomesticação do corpo ou a descorporalização doser humano.

O corpo é muito mais do que um instrumento a serutilizado para a sobrevivência, para a produção decapital ou para ser simples e comercialmenteexplorado. O corpo humano é uma unidadeindissociável, na qual intelecto, emoção,movimento, organismo e percepção seentrelaçam de tal forma que sua dissolução éimpossível de ser realizada. Atentar para acentralidade do corpo no processo educativosignifica dar­se conta da singularidade, dadiversidade e da pluralidade que permeia a vidahumana: a multiplicidade dos corpos.

Clique aqui para exibir em tela inteira.Vídeo 3

1.1. Corpo e educação VII

Tudo começa com o corpo. E o resultado é uma diversidade infinita de sentidos, experiências, conhecimentos,concepções que vão se agregando e constituindo o mosaico que é a vida humana. Lembre­se que o ser humano, aoiniciar sua vida, desde os primeiros meses, não começa experimentando o mundo a partir da cognição, mas sim dossentidos. É a partir dos sentidos que o ser humano começa a experimentar o mundo. Ver, ouvir, tatear, cheirar edegustar são os meios pelos quais as crianças estabelecem suas primeiras relações com o universo a sua volta e vãoaprendendo uma forma de humanidade. Mas os sentidos por si só, se não educados, não deixam de ser mediações eferramentas, como acontece com os demais seres vivos. (REBLIN, 2013)

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1.1. Corpo e educação VIII

Manter os sentidos aguçados e desenvolver a sensibilidade sãoações fundamentais para uma vida saudável e para uma relaçãosaudável com o mundo. Como afirmou Alves (2005, p. 45):“Pelos sentidos educados deixamos de ‘usar’ o mundo epassamos a ‘fazer amor’ com o mundo”. Isso só serápossível se a educação considerar a centralidade do corpo comoprincípio do mundo e se os sentidos e a sensibilidade foremeducados. Isso, conforme já reiterado, deve perpassar os maisdiferentes componentes curriculares, embora adquira umdestaque no ensino da arte.

Os pais e as pessoas em geral possuem diferentescompreensões sobre o ensino da música, da dança, do teatro ede outras artes na escola. Como professores, precisamosampliar essas concepções.

Figura 11

2 COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA I

COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA

Se fosse ensinar a uma criança abeleza da música, não começariacom pinturas e notas. Ouviríamosjuntos as melodias mais gostosas elhe falaria sobre os instrumentosque fazem a música. Aí, encantadacom a beleza da música, elamesma me pediria que lheensinasse o mistério daquelasbolinhas pretas escritas sobre cincolinhas. Porque as bolinhas pretas eas cinco linhas são apenasferramentas para a produção dabeleza musical. A experiência dabeleza tem de vir antes (ALVES,2008b, p. 130).

A música é uma das artes mais antigas de toda a história dahumanidade. É impossível rastrear a origem da música, justamenteporque seu berço se confunde com a própria aquisição da linguagem, doreconhecimento e da interpretação do universo. Também porque éinconcebível um mundo sem musicalidade, um ser humano que nãoentoe sua história, seus medos e suas esperanças. Além disso, a músicasempre foi considerada uma das artes mais finas no decorrer da própriahistória humana e dos grandes nomes que ajudaram a fazer a própriahistória da música: Mozart, Bach, Beethoven, Chopin, Villa­Lobos, MichaelJackson, etc.

Você conhece esses grandes músicos?

Pesquise e amplie seus conhecimentos frente às contribuições deles nouniverso que temos hoje!

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2 COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA II

Figura 12

O que dizer da enorme variedade de ritmos e de estilos musicais queexistem hoje: Funk, Rock, Pop, Soul, Gospel, Samba, Axé, Valsa, Jazz,Sertanejo, Country, Hip hop, Gauchesca, Caribó, Tradicionalista.

Você com certeza lembra de uma cantiga de criança, nãoé verdade?

A música é inerente à vida humana. Ela se distingue do ensinotradicional, justamente porque é capaz de tocar os acordes da alma decada pessoa, fazê­la vibrar e reconfigurar o próprio universo a sua volta.Por que você acha que há música nos filmes, se não para dar emoção àscenas? Lembre­se do ditado: “Quem canta, seus males espanta!”.

2 COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA III

A música transcende a esfera do indivíduo eenvolve também o espaço da sociedade. Ouvir umamúsica ou interpretá­la, compor uma música oucantá­la não se trata apenas de uma restauração doeu, do equilíbrio da psique de cada um, mas dodespertamento de uma sensibilidade às melodiasda vida a sua volta. Uma educação musical torna acriança mais atenta e perceptiva à realidade a suavolta, estimula a linguagem corporal e acoordenação motora e desperta a criatividade.Conciliar a música com a dança e outrasbrincadeiras de roda potencializa o desenvolvimentoda inteligência musical. Enfim, há em toda amúsica um apelo lúdico, um apelo erótico e umapelo poético.

A música sempre esteve associada àstradições e às culturas de cada época.

Atualmente, o desenvolvimento tecnológico, aplicado àscomunicações, vem modificando consideravelmente asreferências musicais das sociedades pela possibilidade deuma escuta simultânea de toda produção mundial pormeio de discos, fitas, rádios, televisão, computador,jogos eletrônicos, cinema, publicidade, etc. Qualquerproposta de ensino que considere essa diversidadeprecisa abrir espaço para o aluno trazer música para asala de aula, acolhendo­a, contextualizando­a eoferecendo acesso a obras que possam ser significativaspara o seu desenvolvimento pessoal em atividades deapreciação e produção. “A diversidade permite ao alunoa construção de hipóteses sobre o lugar de cada obra nopatrimônio musical da humanidade, aprimorando suacondição de avaliar a qualidade das próprias produções ea dos outros”. (BRASIL, 1997, p. 53).

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2 COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA IV

A música lança inúmeras possibilidades de abordagens no espaço escolar.Considerando o desdobramento da produção musical em composição, improvisaçãoe interpretação, tal como expresso no PCN sobre arte (BRASIL, 1997), há muitas

práticas pedagógicas que podem emergir daí. Vamos conferir...

2.1. Composição I

Composição

Desenvolver um projeto de criação musical,elaborando melodias e letras com as criançasa partir de temas específicos ou livres,acordados com a turma ou propostos peloprofessor, podendo ser uma atividade emgrupo ou individual.

O projeto pode envolver ou pode procederao estudo de ritmos musicais, noções básicasde música, bem como a criação deinstrumentos, como o chocalho, entre outrosque podem ser criados a partir de materiaisrecicláveis.

Vamos conferir os vídeos queapresentam sugestões de criação deinstrumentos para exploração deprojetos e atividades de música na

escola...

Clique nos ícones para acessar.

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2.1. Composição II

Segundo os Parâmetros CurricularesNacionais (PCNs) que organizam os currículosescolares: O processo de criação de umacomposição é conduzido pela intenção docompositor a partir de um projeto musical. Entre ossons da voz, do meio ambiente, de instrumentosconhecidos, de outros materiais sonoros ou obtidoseletronicamente, o compositor pode escolher umdeles, considerar seus parâmetros básicos (duração,altura, timbre e intensidade), juntá­lo com outrossons e silêncios construindo elementos de váriasoutras ordens e organizar tudo de maneira aconstituir uma sintaxe. Ele pode também comporuma música pela combinação com outraslinguagens, como acontece na canção, na trilhasonora para cinema ou para jogos eletrônicos, nojingle para publicidade, na música para dança e nasmúsicas para rituais ou celebrações. Nesse tipo deprodução, o compositor considera os limites que aoutra linguagem estabelece. (BRASIL, 1997, p. 53)

Portanto, não há limites para a criação musical,condicionada apenas aos limites da linguagemescolhida para a produção. A composição podeassumir desde um tom político até um tomcomercial. Trabalhar com o som do silêncio, seusignificado, o som da natureza, das árvores ou dosanimais, em sala de aula ou em parques; realizarexercícios focalizados no sentido da audição,explorando músicas e sons com os olhos fechadosou vendados, também são alternativas de trabalhocom música em sala de aula.

Tanto na educação infantil quanto para os anosiniciais do ensino fundamental, as crianças estãoabertas para explorar o meio e os sentidos: elasquerem pegar, tocar, manipular, brincar, e oprocesso de criação de músicas, bem como o uso ea criação de instrumentos, pode tornar aexperiência de ensino e aprendizagemextremamente rica e prazerosa.

2.1. Composição III

E quando não escutamos...

A música não possibilita somente aescuta, mas sim a sensação. É

importante oportunizarmos a todos asensação da música nas vibrações dotoque do tambor, do chocalho, ...

A sensação possibilita trabalhar eexperimentar a música.

Como dica para trabalhar com essasquestões na sala de aula, indicamos aobra: O silencioso mundo de Flor.

A autora da obra, Cecília Cavalieri França, apresentauma sinopse da obra, revelando que:

A história, tocante, fala de amizade, solidariedade einclusão (no sentido mais verdadeiro da palavra), etange temas como educação ambiental, saúde ecidadania. Além disso, contempla diversos elementosmusicais para se trabalhar com as crianças: som esilêncio; intensidade; sons do ambiente natural e docotidiano; timbres; instrumentos de percussão;andamento; ritmos; modos de produção do som;grafias musicais alternativas; estilo; acústica.

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2.1. Composição IV

Vamos ampliar nossosestudos conferindo obate papo com osprofs. Fabiane e

Sandro, que em uma desuas atividadestrabalham como

interpretes de LIBRAS.

Clique aqui para exibir em tela inteira.Vídeo 4

2.2. Interpretação

Interpretação

Estudar composições famosas e conhecidas pelascrianças, seu conteúdo e dublar canções tambémsão opções de introdução da criança ao universomusical dentro do processo educativo.

Figura 13

De acordo com os PCNs:Uma vez que a música tem expressão por meio dossons, uma obra que ainda não tenha sidointerpretada só existe como música na mente docompositor que a concebeu. O momento dainterpretação é aquele em que o projeto ou apartitura se tornam música viva. As interpretaçõessão importantes na aprendizagem, pois tanto ocontato direto com elas quanto a sua utilizaçãocomo modelo são maneiras de o aluno construirconhecimento em música. Além disso, asinterpretações estabelecem os contextos onde oselementos da linguagem musical ganhamsignificado (BRASIL, 1997, p. 53).

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2.3. Improvisação

Improvisação

Todo o processo de brincar com aspossibilidades musicais, desde a criação atéa interpretação, também pode ser exploradoa partir da improvisação.

Para que a aprendizagem da música possaser fundamental na formação de cidadãos, énecessário que todos tenham aoportunidade de participar ativamentecomo ouvintes, intérpretes, compositores eimprovisadores, dentro e fora da sala deaula.

Envolvendo pessoas de fora no enriquecimento doensino e promovendo interação com os gruposmusicais e artísticos das localidades, a escolapode contribuir para que os alunos se tornemouvintes sensíveis, amadores talentosos oumúsicos profissionais. Incentivando a participaçãoem shows, festivais, concertos, eventos dacultura popular e outras manifestações musicais,ela pode proporcionar condições para umaapreciação rica e ampla onde o aluno aprenda avalorizar os momentos importantes em que amúsica se inscreve no tempo e na história(BRASIL, 1997, p. 54).

3 DANÇAS E BRINCADEIRAS DE RODA I

DANÇAS E BRINCADEIRAS DE RODA

A dança e as brincadeiras de roda fazem parte da sociedade, da cultura edo imaginário do ser humano. Assim como a música, a dança é umaexpressão de sentido que envolve o todo do ser humano: a emoção e aafetividade, a cognição e o corpo.

Na dança, o pensamento, a emoção e a expressão corporal se comunicamharmoniosamente. Entretanto, a dança não se trata apenas daquele quedança, mas também daqueles com quem se dança. Mesmo a dançaindividual das danceterias e boates atuais envolve a noção e o respeito doespaço do outro. Em outras palavras, a dança engloba a questão dasociabilidade.

Mais ainda, uma dança com um par envolve o acordo da condução, asincronia dos movimentos com o parceiro e, no caso das danças grupais(como as danças tradicionalistas, as danças folclóricas, as dançascirculares, coreografadas, por exemplo), a sincronia com os outrosmembros do grupo.

A dança pode estar emtodos os lugares e darritmo para diversos

conteúdos eensinamentos. Vamos

conferir um pouquinho denossa cultura através doHino Nacional Brasileiro!

Clique no ícone.

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3 DANÇAS E BRINCADEIRAS DE RODA II

A dança não é somente a memorização de passos eexecução de belas coreografias que são “ensaiadas”para festividades escolares, mas sim espaço deexpressão e desenvolvimento.

Conforme expressa o PCN de Arte:A atividade da dança na escola pode desenvolver nacriança a compreensão de sua capacidade demovimento, mediante um maior entendimento decomo seu corpo funciona. Assim, poderá usá­loexpressivamente com maior inteligência,autonomia, responsabilidade e sensibilidade.(BRASIL, 1997, p. 49).

Ainda:Um dos objetivos educacionais da dança é acompreensão da estrutura e do funcionamentocorporal e a investigação do movimento humano.Esses conhecimentos devem ser articulados com apercepção do espaço, peso e tempo. A dança é umaforma de integração e expressão tanto individualquanto coletiva, em que o aluno exercita aatenção, a percepção, a colaboração e asolidariedade. A dança é também uma fonte decomunicação e de criação informada nas culturas.Como atividade lúdica, a dança permite aexperimentação e a criação, no exercício daespontaneidade.Contribui também para o desenvolvimento dacriança no que se refere à consciência e àconstrução de sua imagem corporal, aspectos quesão fundamentais para seu crescimento individuale sua consciência social (BRASIL, 1997, p. 49).

3 DANÇAS E BRINCADEIRAS DE RODA III

A dança contribui, portanto, para que a criançatenha noção do espaço e dos ambientes a sua volta,para que aprenda a lidar com eles e com os que seencontram nele. Na dança e em seu movimento hátanto o reconhecimento das individualidades quantoa compreensão da diversidade de expressões. Adança contribui para o desenvolvimento da atuaçãofísica e da coordenação motora e para oconhecimento do próprio corpo, de sua funçãodinâmica e do movimento corporal como umamanifestação cultural e pessoal.

A atitude do professor em sala de aula éimportante para criar climas de atenção econcentração, sem que se perca a alegria. As aulastanto podem inibir o aluno quanto podem fazer comque atue de maneira indisciplinada. Estabelecerregras de uso do espaço e de relacionamento entreos alunos é importante para garantir o bomandamento da aula.

Há inúmeras possibilidades para se explorar adança em sala de aula, vamos conferir algumasdicas trazidas pelo Prof. Dr. Iuri Reblin ...

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3.1. Dança e o ensino da música I

Dança e o ensino da música

Dança acompanhando o ensino da

música

A dança pode ser uma atividade combinada com oensino da música. As crianças podem estudar o rap,por exemplo. Elas podem criar suas própriascanções e estas podem ser coreografadas, comperformances individuais ou grupais.

Improvisação na dança

As crianças podem ser motivadas a criarem gestos,movimentos, a partir de temas, ritmos ou músicas.

Imitação

Os grandes intérpretes de sucesso podem servir dereferencial para exercícios de dança. MichaelJackson, Kate Perry, Madona, Lady Gaga e IveteSangalo são alguns dos intérpretes maisinspiradores das novas gerações.

A exploração sempre deve estar voltada àvalorização do eu no contexto, permitindo noespaço da escola ampliar a aceitação do gosto dossujeitos em seus processos de ensino eaprendizagem.

3.1. Dança e o ensino da música II

Danças circulares

As danças circulares e as brincadeiras de roda sãouma boa alternativa para o entrosamento do grupo.Elas são cooperativas e remetem às tradiçõesantigas.

Conforme indica Luciana Ostetto (2009, p. 179),“na roda, compartilhando música, gestos esignificados de culturas diversas, tal como nopassado, vivificamos ritos e símbolos”. Portanto, adança pode ser articulada junto com a música,como nas cantigas de roda, que associam a voz aomovimento.

São exemplos de cantigas de roda:

A linda rosa juvenil, o cravo brigou com a rosa,ciranda cirandinha, atirei o pau no gato, a canoavirou, balaio, a barata, o sapo não lava o pé, peixevivo, capelinha de melão, alecrim, pezinho, nestarua, entre outras.

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3.1. Dança e o ensino da música III

Independentemente da forma com que o professor explora a dança em sala deaula, o mais importante é que o ensino parta de um projeto pensado didática epedagogicamente dentro do todo dos componentes curriculares, buscando

relacionar com outras áreas do conhecimento ou interconectando outras artes emsala de aula.

É importante sempre explorar as possibilidades que nosso universo apresenta deforma lúdica, comprometida e diversificada.

3.1. Dança e o ensino da música IV

No universo da música podemos apresentar inúmeras sugestõesde canções...

Acesse espaços virtuais como youtube e rádios on­line e crie oseu repositório para construir e efetivar dinâmicas na rotina da

escola e de espaços com potencial pedagógico.

Amplie seu repertório consultando o seu público e invista navalorização do que lhes agrada para apresentar novas

possibilidades.

Sugiro ainda a exploração domaterial disponível na revistaNova Escola, que trata sobreo ensino da música emdiversas etapas da educaçãobásica.

Acesse:

Clique no ícone.

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FÓRUM DA UNIDADE

Clique no ícone

PRAZO: 08/06/2014, até às 11h59min.

AVALIAÇÃO PARCIAL

Clique no ícone.

PRAZO: 08/06/2014, até às 11h59min.

Page 19: Pdf de unidade de estudos de unidade de estudo 2   musica - com img

CONSIDERAÇÕES FINAIS I

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta unidade, percorremos um caminho,apresentando que:

O corpo humano é uma unidade indissociável, naqual intelecto, emoção, movimento, organismo epercepção se entrelaçam;

Ver, ouvir, tatear, cheirar e degustar são osmeios pelos quais as crianças estabelecem suasprimeiras relações com o universo a sua volta e vãoaprendendo uma forma de humanidade;

A música transcende a esfera do indivíduo eenvolve também o espaço da sociedade. Ouvirmúsica ou interpretá­la, compor uma música oucantá­la faz parte do processo de ensino eaprendizagem;

Uma educação musical torna a criança maisatenta e perceptiva à realidade a sua volta,estimula a linguagem corporal, a coordenaçãomotora e desperta a criatividade;

Assim como a música, a dança é uma expressãode sentido que envolve o todo do ser humano: aemoção, a afetividade, a cognição e o corpo;

A dança é uma forma de integração e expressãotanto individual quanto coletiva, em que o alunoexercita a atenção, a percepção, a colaboração e asolidariedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS II

Assista ao vídeo:

Clique aqui para exibir em tela inteira.Vídeo 5

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Figura 1 dança plano de fundo engraçado figura da vara . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14959> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 2 Check.. Disponível em: <http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14979> . Acesso em: Jan.de 2015.

Figura 3 esqueletos brinquedos assustador halloween . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14960> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 4 crooner entertainer sing singer singing man . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14963> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 5 community crowd group man men women woman people. Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14964> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 6 balé criança tutu menina dança traje bonito . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14965> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 7 baby girl ballerina feathers portrait person . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14966> . Acesso em: Jan. de 2015.

REVISANDO...

REVISANDO...

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Figura 14

LISTA DE REFERÊNCIAS ­ FIGURAS I

LISTA DE REFERÊNCIAS ­ FIGURAS

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Figura 8 buckle waistbelt belt clothing fashion girdle . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14967> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 9 man male person business businessman shirt . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14968> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 10 high heel shoe red heel high pump woman elegant. Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14969> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 11 doubt lift mark issue hold question answer take . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14970> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 12 note sound music melody concert composition tone . Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14971> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 13 man woman opera phantom chant electric guitar. Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14973> . Acesso em: Jan. de 2015.

Figura 14 Ajuda Apoio Rodada Botão Pergunta.. Disponível em: <http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14981> . Acesso em: Jan. de 2015.

Vídeo 1 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Unidade 2. Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15057> . Acesso em: Jan. de 2015.

Vídeo 2 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Vídeo 2. Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15058> . Acesso em: Jan. de 2015.

Vídeo 3 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Vídeo 3. Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15059> . Acesso em: Jan. de 2015.

Vídeo 4 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Vídeo 4. Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15061> . Acesso em: Jan. de 2015.

Vídeo 5 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Encerramento Unidade. Disponível em:<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15062> . Acesso em: Jan. de 2015.

LISTA DE REFERÊNCIAS ­ FIGURAS II

LISTA DE REFERÊNCIAS ­ VÍDEOS

LISTA DE REFERÊNCIAS ­ VÍDEOS

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REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

BRASIL.; Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte/ Secretáriade Educação Fundamental. Vol 6. Brasília: MEC/SEF, 1997.

GAYA, Adroaldo. A reinvenção dos corpos: por uma pedagogia da complexidade. Sociologias,Porto Alegre, n. 15, p. 250­272, jan.­jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/soc/n15/a09v8n15.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2012.

GONÇALVES, Maria Augusta Salin. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. 11. ed. Campinas:Papirus, 2008. 203 p.

REBLIN, Iuri Andréas. Música, teatro e cultura escolar [recurso eletrônico] – Dados eletrônicos. – PortoAlegre: Profissional, 2013.

REBLIN, Iuri Andréas. Para o alto e avante: uma análise do universo criativo dos super­heróis.Porto Alegre: Asterisco, 2008. 128 p.

CRÉDITOS

CRÉDITOS

Professor: Me. Eduardo Rangel Ingrassia

Tutoras: Esp. Dinara Schwarz da Silva e SusanaMedeiros Cunha

Coordenadora do Curso: Prof. Ma. Mara LúciaSalazar Machado

Coordenadora CNEC EAD: Prof. Dra. JoyceMunarski Pernigotti

Designer Instrucional: Tec. Elianara FreibergerAssis

Audiovisual: Edson Vinicius da Cunha Rosa, TiagoAndré Camini

Coord. Materiais: Esp. Paula Fogaça Marques

Revisora Linguística: Lic. Viviane Izabel da Silva

Administrador de Sistemas: Esp. Willian R. O.Ferreira

Para referenciar este material utilize:

INGRASSIA, Eduardo Ingrassia. Música, Teatro e Cultura Escolar. [Recurso Eletrônico]. Osório: CNECEAD, 2015.

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