pci multivix técnicas de inspeção e análise 2015

Upload: renata-scoralick

Post on 29-Feb-2016

215 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Proteção contra incendio

TRANSCRIPT

  • Ps-Graduao em Engenharia de Segurana do Trabalho

    PROTEO CONTRA INCNDIOS E EXPLOSES

    Cel BM Carlos Marcelo DIsep Costa

    FACULDADE MULTIVIX

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 1

    PROTEO CONTRA INCNDIO I

    Ps-Graduao em Engenharia de Segurana do Trabalho

    Cel BM Carlos Marcelo DIsep Costa

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    FACULDADE MULTIVIX

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 2

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    O incndio no deve ser definido e nem valorado pela sua extenso, e sim, pela sua causa.

    O aspecto relativo a um incndio deve ser analisado com profundidade e cautela. Um

    incndio de vulto causar, certamente, um significativo impacto social, a perda de bens e, por

    vezes, de vidas. Porm, todos esses aspectos esto diretamente relacionados com suas

    conseqncias, e no com sua causa.

    O homem de segurana precisa ser realista quando analisa os aspectos relacionados com

    incndio. Seu preparo, ainda que slido, jamais ser completo. O treinamento e a pesquisa

    permanentes constituem-se em um grande trunfo para vencer as batalhas na guerra do combate a

    incndio.

    O homem de segurana necessita, alm dos demais, conhecer as causas mais comuns

    dos incndios. Esse assunto complexo e abrange tanto o cigarro deixado aceso no cinzeiro, a

    falta de manuteno em mquinas e equipamentos, a mquina que permanece ligada aps um

    expediente de trabalho, como reatores de luminrias de luzes fluorescentes, sistema de ar

    condicionado, etc.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 3

    Todo homem tem obrigao de conhecer os perigos aos quais est exposto.

    No particular caso dos incndios, tanto no trabalho como em sua residncia, e ainda nos

    locais que freqenta - cinemas, teatros, escolas, supermercados, etc. - qualquer pessoa necessita

    conhecer as causas que poderiam gerar um sinistro ou causar pnico. um fator de

    sobrevivncia. Muitas vezes, nos expomos a perigos ou por no sabermos ou por no

    acreditarmos em sua existncia.

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    A seguir sero apresentados alguns pontos existentes nas edificaes, que podem

    culminar em incndio.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 4

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Instalaes Eltricas

    Os fenmenos termoeltricos causam incndios, basicamente, das seguintes maneiras:

    1 ) Pontos deficientes da instalao provocam centelhamento, aquecimento e curto-

    circuito, gerando temperaturas muito altas . Podem causar um incndio de imediato, caso existam

    materiais de fcil combusto prximos (tapetes, cortinas, solventes, etc), ou danificar a instalao,

    tornando-a defeituosa, podendo causar incndio posteriormente.

    2 ) Uma chave produz, pr exemplo, arco eltrico, em operao normal. Esse arco

    libera grande quantidade de calor. Havendo material de fcil combusto nas proximidades, esse

    calor liberado poder iniciar um incndio.

    Qualquer defeito na instalao eltrica um risco de incndio, em potencial.

    muito comum encontrarmos fios expostos, instalaes inadequadas de aparelhos, fios

    expostos em local de difcil visualizao, como atrs de cortinas, armrios sobre forros, sob

    carpetes, etc. Para detectar e eliminar esses riscos, devem ser feitas vistorias na rede eltrica,

    desde a chave geral, at o ultimo ponto da instalao. As vistorias podem ser minuciosas ou

    superficiais, dependendo do seu objetivo, do estado de conservao da instalao e da

    periodicidade dessas vistorias.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 5

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Riscos de incndio, quanto instalao e conservao da rede eltrica

    Fios amontoados; Fios desprotegidos ( sem o encapamento ) sobre forro de material combustvel; Fios desprotegidos em contato ou prximos a materiais de fcil combusto (cortinas, tapetes, tecidos, papeis etc);

    Fios presos com pregos; Fios com emendas frouxas; Fios atravessando madeiras ( em orifcios improvisados ); Fios envelhecidos, trincados; Conexes de fios sem isolamento, ou mal isoladas (perigo de ocorrncia de curto-circuito );

    Elementos das instalaes e contatos oxidados; Defeitos em chaves, tomadas e outros elementos da instalao; Fusveis improvisados; e Aparelhos superaquecidos.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 6

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Riscos de Incndio, quanto a comportamentos irregulares da rede eltrica.

    Queima constante de fusveis; Disjuntores desarmando constantemente; Aparelhos dando choque; e Enfraquecimento constante da iluminao ( queda de voltagem ).

    A cada trs meses, deveria ser feita uma vistoria, em toda instalao, por um especialista. Os

    improvisos - gatilhos - so muito comuns nas edificaes, e a anulao desses procedimentos representa uma posio na preveno de sinistros.

    A maioria dos prdios, possuem suas instalaes gerais embutidas e protegidas por

    conduites. Mas, aps a entrada de fora do pavimento, so inmeras as ligaes improvisadas

    efetuadas com fios aparentes, por vezes, fixados em madeira, ou mesmo instalados soltos, no

    interior de estruturas de madeiras. Tambm comum sustentarem a fiao eltrica por meio de

    pregos, perfurando, algumas vezes, o fio.

    O problema se fundamenta nos projetos, nos instaladores e nos materiais utilizados. Os

    proprietrios e responsveis pelas empresas assumem grande responsabilidade quando no

    atribuem a tarefa a firmas especializadas ou aos instaladores habilitados.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 7

    Luminrias de Lmpadas Fluorescentes

    Os reatores de luminrias de lmpadas fluorescentes causam graves incndios.

    Estocar materiais juntos s luminrias freqente, no sendo abservada a distncia mnima

    prevista em normas de segurana. Luminrias com ligaes improvisadas ou aparentes devem ser

    terminantemente proibidas e as mesmas devem ser inspecionadas criteriosamente, obedecendo a

    perodos estabelecidos.

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Benjamins

    Os benjamins, quando utilizados indevidamente, so elementos causadores de sobrecarga

    no circuito eltrico. Causam o aquecimento de cabos e condutores, provocando danos ao

    isolamento dos cabos, formando-se arcos eltricos e propiciando a formao de fagulhas.

    Temos visto caso de benjamins acoplados em benjamins, constituindo-se em o mximo da

    imprudncia.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 8

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Fusveis

    Os fusveis protegem o circuito contra o excesso de corrente.

    As improvisaes para recuperar e substituir fusveis, colocando em seu lugar outros

    materiais, como moeda ou arame, tm causado muitos incndios.

    Outro caso a ser considerado a instalao de fusveis de dimenses maiores que as

    necessria. A sobrecarga, em conseqncia, causa danos irreparveis.

    Chaves Eltricas Gerais e Transformadores

    As casas de fora onde se localizam as chaves eltricas gerais ou transformadores de uma

    edificao, em nenhuma hiptese, devem ser utilizados para qualquer outro fim. Entretanto,

    freqentemente, esses locais so utilizados para depsito de materiais diversos, como materiais

    de limpeza, panos, estopa, etc.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 9

    Curto-Circuito

    A ocorrncia de um curto-circuito, em uma instalao eltrica, se deve falta de cuidados e

    de precaues com as instalaes.

    O curto-circuito ocorre quando os condutores de uma instalao eltrica fecham, entre si, um

    contato permanente e firme, antes do ponto em que os efeitos da corrente seriam utilizados. Diz-se

    que o sistema entrou em curto ou que ocorreu um curto-circuito.

    Os curto-circuitos so evitados ou controlados com instalao estratgicas de fusveis ou de

    disjuntores, que cortam a corrente assim que a intensidade ultrapasse os limites pr-estabelecidos.

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Poos de Elevadores

    Os poos de elevadores so uma das causas fundamentais para a propagao rpida dos

    incndios. Ocorrido o incndio, os gases aquecidos sobem pelo poo do elevador e podem

    provocar a propagao do incndio em outros andares (Efeito Chamin).

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 10

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Escadas dos Prdios

    As escadas dos prdios tambm so causa para a propagao rpida dos incndios,

    conduzindo os gases aquecidos e as chamas para nadares superiores, por isso tem um

    comportamento anlogo ao dos poos de elevadores.

    Considere que a impregnao de fumaa em um ambiente dificulta o salvamento, a ao de

    combate s chamas e pode causar pnico. Assim sendo, as escadas, para segurana em caso de

    incndio, devem ser analisadas sob duplo aspecto:

    1 - Permitir a evacuao de pessoas em situaes de emergncias - incndio ou pnico

    - com o mximo de segurana;

    2 - No permitir a conduo de fumaa para andares superiores e conseqente

    propagao do incndios.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 11

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Avaliao aproximada da temperatura nos incndios

    Em virtude da complexidade dos incndios, no h ainda um mtodo analtico seguro de se

    avaliar a temperatura mdia ou localizada, por este motivo lana-se mo de artifcios para

    obteno do mesmo objetivo.

    So os seguintes os meios de avaliao da temperatura:

    a) Informao sobre a colorao das chamas

    Cor da Chama

    Temperatura

    Vermelho-escuro

    500 C/700 C

    Vermelho-cereja

    800 C

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 12

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Avaliao aproximada da temperatura nos incndios

    b) Informao sobre a colorao do concreto

    Cor

    Temperatura

    Cinza normal

    0 C/300 C

    Rosa

    300 C/600 C

    Cinza claro

    Acima de 600 C

    c) Observao de materiais fundidos no local

    Material

    Temperatura de Fuso

    Alumnio

    600 C/670 C

    Vidro

    700 C

    Cobre

    1080 C

    Ao

    1300 C

    Nota: Para informaes mais completas deve-se consultar tabelas mais

    precisas sobre os diversos materiais empregados na construo.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 13

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Avaliao aproximada da temperatura nos incndios

    Alm dos meios apresentados que so mais objetivos, tambm se deve considerar

    aspectos mais subjetivos como a observao do efeito do fogo sobre rebocos, intensidade de

    combusto, combusto de materiais nas variedades temperaturas de inflamao e ignio,

    efeitos de dilatao trmica, etc.

    Convm tambm esclarecer que a maioria dos incndios atingem temperaturas de 500 C

    a 700 C e no ultrapassam 1200 C que s pode ocorrer em incndios violentssimos. Tambm o

    efeito do fogo no concreto e tijolo importante, pois at uma temperatura no ambiente, dentro da

    faixa de incndios comuns (normais), o concreto no se rompe nem perde resistncia aprecivel.

    O tijolo at 2000 C no se deteriora e o ao comea a sofrer os efeitos mais significativos de

    dilatao na sua massa, acima de 550 C, pois perde sua resistncia trao.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 14

    Percia Oficial

    No Estado do Esprito Santo a Percia de Incndio Misso Constitucional do Corpo de

    Bombeiros Militar.

    (....)

    Art. 130. Polcia Militar compete, com exclusividade, a polcia ostensiva

    e a preservao da ordem pblica, e, ao Corpo de Bombeiros Militar, a

    coordenao e execuo de aes de defesa civil, preveno e combate

    a incndios, e percias de incndios e exploses em local de

    sinistros, busca e salvamento, elaborao de normas relativas

    segurana das pessoas e de seus bens contra incndios e pnico e

    outras previstas em lei.(*)

    (*) J com a nova redao da Emenda Constitucional n 12, de 20 de agosto de 1997. (DOE

    25/08/97)

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 15

    O Corpo de Corpo de Bombeiros Militar possui em sua estrutura organizacional um Seo

    de Percias e um Corpo de Peritos para atender o estabelecido na Constituio Estadual.

    PERCIA DE

    INCNDIO

    Determinar as causas e caractersticas de um incndio e

    a sua forma de propagao.

    Retroalimentar o sistema de segurana contra incndio.

    Auxiliar nas questes de justia.

    Respaldar os seguros contra incndio.

    Percia Oficial

    Regulador de sinistros a pessoa fsica ou jurdica, tecnicamente habilitada,

    encarregada pelas Seguradoras de efetuar as vistorias dos bens sinistrados, bem como elaborar o

    levantamento dos prejuzos sofridos em decorrncia do sinistro, indicando a causa, natureza e

    extenso das avarias. Tambm responsvel pela verificao da cobertura do sinistro de acordo

    com os termos da aplice.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 16

    Causa

    Fenmeno Termoeltrico.

    Ao Pessoal.

    Origem Acidental.

    Origem Natural.

    Causa No Apurada.

    Caracterstica

    Centelhamento (eletricidade).

    Curto-circuito.

    Superaquecimento.

    Sobrecarga.

    Desconexo parcial.

    Contato de chama ou brasa.

    Contato com superfcie aquecida.

    Fagulha (efeito mecnico, atrito).

    Precipitao de raios.

    Combusto espontnea.

    Dispositivo adredemente preparado.

    Exploso.

    Local violado.

    Vestgios insuficientes.

    Falha de funcionamento.

    Vazamento de combustvel.

    Percia Oficial

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 17

    Percia Oficial

    Ano Percias Principal causa:

    Ao pessoal

    2007 219 47%

    2008 191 47%

    2009 185 42%

    2010 121 43%

    2011 168 42%

    2012 155 46%

    2013 183 43%

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 18

    Percia Oficial - 2013

    Tipo de Incndio

    Veculo; 27; 22%

    Vegetao; 17;

    14%

    Outros; 8; 7%

    Edificao; 69; 57%

    Edificao Veculo Vegetao Outros

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 19

    Percia Oficial - 2013

    Causa do Incndio

    Causa no apurada

    25

    26%

    Ao pessoal

    41

    43%

    Fenmeno

    Termoeltrico

    22

    13%

    Origem Acidental

    15

    16%

    Origem natural

    0

    0%

    Fen. Termoel. Ao pessoal Origem Acidental Origem natural Causa no apurada

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 20

    Percia Oficial

    2013 C

    ente

    lham

    ento

    Curt

    o-c

    ircuito

    Supera

    quecim

    ento

    Sobre

    carg

    a

    Desconexo p

    arc

    ial

    Conta

    to d

    e c

    ham

    a o

    u b

    rasa

    Conta

    to s

    up.

    aquecid

    a

    Fagulh

    a

    Pre

    cip

    itao d

    e r

    aio

    s

    Com

    bust

    o e

    spnta

    na

    Dis

    p.

    adre

    d.

    pre

    para

    do

    Explo

    so

    Local vio

    lado

    Vestigo

    s isuficie

    nte

    s

    Falh

    a d

    e f

    uncio

    nam

    ento

    Vazam

    ento

    de c

    om

    bust

    vel

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    1

    Caracterstica

    Centelhamento

    Curto-circuito

    Superaquecimento

    Sobrecarga

    Desconexo parcial

    Contato de chama ou brasa

    Contato com superfcie

    aquecida

    Fagulha

    Precipitao de raios

    Combusto espntana

    Dispositivo Adredemente

    preparado

    Exploso

    Local violado

    Vestigos isuficientes

    Falha de funcionamento

    Vazamento de combustvel

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 21

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Instalao improvisada de uma lmpada incandescente.

    Incndio causado por curto-circuito. O ponto

    destacado mostra a fiao eltrica presa de

    forma irregular na madeira.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 22

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Irregularidades da instalao eltrica. Observa-se os improvisos e a fixao da fiao na

    madeira.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 23

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    (1) Curto-circuito no reator de uma

    luminria (causa de um incndio). O

    ponto assinalado mostra a parte

    queimada, onde o reator estava

    apoiado.

    (1) (2)

    (2) Destaque do reator onde aconteceu

    o curto-circuito.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 24

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Instalao eltrica irregular.

  • Cel BM DIsep Proteo Contra Incndio I 25

    Tcnicas de Inspeo e Anlise de Causas de Incndios e Exploses

    Substituio de fusvel por arame

    Ocorreu um curto-circuito no reator de uma luminria,

    situada acima e na direo das cadeiras. A queda de

    materiais incandescentes causou a combusto das

    cadeiras, forradas com espuma e plstico. Com o

    derretimento do plstico, parte do carpete queimou.