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Apostilas Concursos Jurídicos © Copyright 2000/2007 Todos os direitos reservados à CMP Editora e Livraria Ltda. www.concursosjuridicos.com.br APOSTILA DE DEMONSTRAÇÃO – USO PERMITIDO PARA OS VISITANTES DO SITE CONCURSOS JURÍDICOS 1 DIREITO CONSTITUCIONAL 0 0 1 1 D D i i r r e e i i t t o o e e C C o o n n s s t t i i t t u u i i ç ç ã ã o o 01.1 - Introdução Conceito de Constituição Noções Iniciais: A constituição é considerada a lei fundamental de uma Nação. Aplicado ao Estado, o termo constituição em sua acepção geral pode designar a sua organização fundamental total (social, política, jurídica e econômica). Conceito Jurídico Material de Constituição: A constituição pode ser conceituada como sistemas de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regulam a estrutura do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, a organização de seus órgãos, os limites de sua atuação, os direitos fundamentais do homem e suas respectivas garantias. Em síntese, a constituição é o conjunto de normas que organiza os elementos constitutivos do Estado. Conceito Jurídico Formal de Constituição: É o conjunto de normas jurídicas formalmente constitucionais inseridas num texto unitário. As regras constitucionais podem ser: 1) Regras materialmente constitucionais: São aquelas referentes à matéria da constituição, são em suma as que por seu conteúdo referem-se diretamente à forma do Estado, à forma do governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos, aos limites de sua ação. 2) Regras formalmente constitucionais: São as regras que existem na Constituição escrita que podem ter ou não conteúdo constitucional.

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DDIIRREEIITTOO CCOONNSSTTIITTUUCCIIOONNAALL

0011

DDiirreeiittoo ee CCoonnssttiittuuiiççããoo

0011..11 -- IInnttrroodduuççããoo

CCoonncceeiittoo ddee CCoonnssttiittuuiiççããoo Noções Iniciais: A constituição é considerada a lei fundamental de uma Nação. Aplicado ao Estado, o termo constituição em sua acepção geral pode designar a sua organização fundamental total (social, política, jurídica e econômica). Conceito Jurídico Material de Constituição: A constituição pode ser conceituada como sistemas de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regulam a estrutura do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, a organização de seus órgãos, os limites de sua atuação, os direitos fundamentais do homem e suas respectivas garantias. Em síntese, a constituição é o conjunto de normas que organiza os elementos constitutivos do Estado. Conceito Jurídico Formal de Constituição: É o conjunto de normas jurídicas formalmente constitucionais inseridas num texto unitário.

As regras constitucionais podem ser: 1) Regras materialmente constitucionais: São aquelas referentes à matéria da constituição, são em suma as que por seu conteúdo referem-se diretamente à forma do Estado, à forma do governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos, aos limites de sua ação. 2) Regras formalmente constitucionais: São as regras que existem na Constituição escrita que podem ter ou não conteúdo constitucional.

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HHiissttóórriiccoo ddaa CCoonnssttiittuuiiççããoo Fatos Históricos: São fatos que antecederam a idéia de constituição:

os pactos constitucionais: acordos entre o rei e a nobreza ou representantes do burgo, onde se limitava a atuação do monarca (ex.: Magna Carta);

as forais: documentos que permitiam aos burgos se autogovernarem;

as cartas de franquia: documentos que asseguravam às corporações independência para exercer suas atividades;

os contratos de colonização (compact): surgiram na América do Norte com as colônias que lá se formaram e traziam a idéia de que era preciso estabelecer uma ordem (estes contratos dependiam depois de uma sanção dos reis, já que ainda não havia uma independência das colônias em relação à metrópole).

Doutrina: Também foram observadas na doutrina certas idéias que antecederam à constituição:

as leis fundamentais do reino foram concebidas na França como uma forma para justificar a sucessão do trono; traziam a idéia de que há leis acima do monarca que determinam como deve ser essa sucessão (era uma lei superior, maior e imutável pelos monarcas);

obras importantes que surgiram no final do século XVII e início do século XVIII (Hobbes - Leviatã, Locke - Tratado do Governo Civil e Jean Jacques Rousseau - O Contrato Social);

as idéias iluministas deram força para a concepção do constitucionalismo; o iluminismo possuía cinco idéias-força que se exprimiam pelas noções de indivíduo, razão, natureza, felicidade e progresso.

Noção Polêmica de Constituição: Toda sociedade na qual não está assegurada a garantia dos direitos nem determinada a separação dos poderes, não tem constituição: esse conceito polêmico é que alimenta o movimento político e jurídico, chamado constitucionalismo que visa a estabelecer em toda parte regimes constitucionais, quer dizer, governos moderados, limitados em seus poderes, submetidos a constituições escritas.

Constitucionalismo O constitucionalismo foi um movimento surgido no século XVIII

que começaria a delinear a base da democracia. Motivado pelos ideais iluministas, propunha o estabelecimento de constituições escritas em todos os Estados com finalidade de limitar o poder dos governantes. Tratava-se de uma arma de guerra contra o absolutismo, baseada nas idéias liberais.

DDiirreeiittoo CCoonnssttiittuucciioonnaall Conceito de Direito Constitucional (Manoel Gonçalves Ferreira Filho): Para o constitucionalista Manoel Gonçalves Ferreira Filho, o Direito Constitucional como ciência, é o conhecimento sistematizado da organização jurídica fundamental do Estado, isto é, o conhecimento sistematizado das regras jurídicas relativas à forma do Estado, à forma de Governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos e aos limites de sua ação.

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Conceito de Direito Constitucional (José Afonso da Silva): Para José Afonso da Silva, Direito Constitucional é ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado. Seu conteúdo científico abrange as disciplinas Direito Constitucional Positivo, Direito Constitucional Comparado e Direito Constitucional Geral.

Direito Constitucional Positivo ou Particular

é o que tem por objeto o estudo dos princípios e normas de uma constituição concreta, de um Estado determinado; compreende a interpretação, sistematização e crítica das normas jurídico-constitucionais desse Estado, configuradas na constituição vigente, nos seus legados históricos e sua conexão com a realidade sócio-cultural.

Direito Constitucional Comparado

é o estudo teórico das normas jurídico-constitucionais positivas (não necessariamente vigentes) de vários Estados, preocupando-se em destacar as singularidades e os contrastes entre eles ou entre grupos deles.

Direito Constitucional Geral delineia uma série de princípios, conceitos e de instituições que se acham em vários direitos positivos ou em grupos deles para classificá-los e sistematizá-los numa visão unitária; é uma ciência, que visa generalizar os princípios teóricos do Direito Constitucional particular e, ao mesmo tempo, constatar pontos de contato e independência do Direito Constitucional Positivo dos vários Estados que adotam formas semelhantes do Governo.

CCllaassssiiffiiccaaççããoo ddaass CCoonnssttiittuuiiççõõeess As constituições podem ser classificadas quanto ao conteúdo, à forma, ao modo de elaboração, à estabilidade, à origem e à extensão e finalidade. 1) Conteúdo: Quanto ao conteúdo, a constituição pode ser:

material: o conjunto de regras materialmente constitucionais, pertencentes ou não à constituição escrita;

formal: é a constituição escrita, estabelecida pelo poder constituinte e somente modificável por processos e formalidades especiais nela própria estabelecidos.

2) Forma: Quanto à forma, pode ser:

escrita: quando codificada e sistematizada num texto único, elaborado por um órgão constituinte, encerrando todas as normas tidas como fundamentais;

não escrita: aquela cujas normas não constam de um documento único e solene, baseando-se nos costumes, na jurisprudência e em convenções.

Poucos países são hoje que não tem constituição escrita (Reino Unido, Nova Zelândia, Arábia Saudita e Líbia).

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3) Modo de Elaboração: Quanto ao modo de elaboração, pode ser:

dogmática: representada por um texto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, fruto da aplicação de certos dogmas ou princípios provenientes da teoria política e do direito;

histórica: é formada a partir de documentos esparsos, sendo sedimentada em costumes derivados de decisões, produto de lenta síntese histórica, da tradição e dos fatos sócio-políticos.

4) Estabilidade: Quanto à sua estabilidade, pode ser:

rígida: apresentam uma supremacia formal, pois só podem ser modificadas mediante processos especiais, diferentes e mais difíceis que os da formação da lei comum (constituições escritas);

flexível: pode ser modificada pelo processo legislativo ordinário (escritas às vezes, não escritas sempre);

semi-rígida: aquela cujas regras, em parte, são flexíveis e em parte são rígidas (escritas). 5) Origem: Quanto à sua origem, a constituição pode ser:

democrática (ou popular): é elaborada por um órgão constituinte composto de representantes do povo;

outorgada: elaborada e estabelecida sem a participação de representantes do povo.

Constituições Brasileiras

ANO ORIGEM

1824 Outorgada Foi a primeira Constituição do Brasil, promulgada pouco depois da Declaração de Independência, em 25 de março de 1824. Foi reformada pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834 e vigorou até a proclamação da República.

1891 Democrática Promulgada em 24 de fevereiro de 1891, foi chamada de Constituição Republicana. Revista em 1926, vigorou até 24 de outubro de 1930.

1934 Democrática Promulgada em 16 de julho de 1934, foi resultante da Revolução Constitucionalista.

1937 Outorgada No período chamado de Estado Novo, Getúlio Vargas fechou o Congresso Nacional e promulgou uma nova constituição.

1946 Democrática Foi promulgada em 18 de setembro de 1946, após a queda de Getúlio Vargas.

1967 Outorgada Promulgada em um período de grande instabilidade política, após o golpe militar de 1964.

1969 Outorgada A Emenda Constitucional n° 1 deu nova redação a todo o texto constitucional de 1967, sendo considerada uma nova constituição.

1988 Democrática Promulgada em 5 de outubro de 1988, após a reabertura democrática.

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6) Extensão e Finalidade: Quanto à sua extensão e finalidade, podem ser:

sintéticas: prevêem somente os princípios e as normas gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder, por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais (ex.: Constituição dos Estados Unidos);

analíticas: examinam e regulamentam todos os assuntos entendidos como relevantes à formação, destinação e funcionamento do Estado.

A constituição analítica é chamada também de constituição-dirigente.

A Constituição Federal de 1988 é formal, rígida,

escrita, dogmática, democrática e analítica.

Constituição Federal de 1988 (Composição)

Preâmbulo Tradicional nas constituições brasileiras, o preâmbulo é uma parte introdutória que contém enunciados que refletem a posição ideológica do constituinte.

Disposições constitucionais gerais

É o texto principal da Constituição (artigos 1° a 250).

Disposições constitucionais transitórias

As disposições transitórias têm função de regular a transição constitucional e regular temporariamente a matéria que deverá ser objeto de legislação infraconstitucional (artigos 1° a 89).

NNoorrmmaass CCoonnssttiittuucciioonnaaiiss QQuuaannttoo àà AApplliiccaabbiilliiddaaddee Normas Auto-Executáveis: Aquelas que tem aplicabilidade imediata. São completas e definidas quanto à hipótese e à disposição, bastam por si mesmas e assim podem e devem ser aplicadas de imediato. Normas não Auto-Executáveis: Aquelas que não podem ter aplicação imediata, porque dependem de regra ulterior que as complemente. Há três espécies:

normas incompletas: não são suficientemente definidas;

normas condicionadas: dependem de uma lei posterior;

normas programáticas: indicam planos ou programas de atuação. Nova Constituição: Com o advento de uma nova constituição, as normas com ela compatível são recepcionadas, e todas as demais que forem contrárias são revogadas (não se trata de inconstitucionalidade). Não é admitido em nosso direito a repristinação, ou seja, a revalidação de normas anteriormente revogadas por uma outra constituição.

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Recepção Fenômeno pelo qual o ordenamento jurídico anterior à nova constituição é

preservado no que for materialmente compatível. As leis permanecem após a sua promulgação (são recepcionadas).

Repristinação É a reestabilização da lei revogada, pela revogação da lei revogadora.

Ocorre quando uma constituição revoga determinadas leis existentes, não havendo recepção, e em seguida, uma outra constituição admite novamente estas leis que foram anteriormente revogadas.

A desconstitucionalização refere-se à possibilidade de recepção de dispositivo da constituição anterior, pela nova ordem constitucional, como legislação ordinária.

EEffiiccáácciiaa ddaass NNoorrmmaass CCoonnssttiittuucciioonnaaiiss Noções Iniciais: Todas normas constitucionais são revestidas de eficácia jurídica, porém José Afonso da Silva propôs uma classificação das normas constitucionais em relação à sua eficácia distinguindo-as em três categorias:

A classificação de José Afonso da Silva é a mais conhecida e aceita, inclusive em decisões do Supremo Tribunal Federal.

Eficácia Aptidão potencial que a norma jurídica possui para produzir efeitos.

1) Normas de Eficácia Plena: São aquelas que desde a promulgação possuem todos os elementos necessários para sua pronta e integral aplicação. Não há necessidade de legislação infraconstitucional. 2) Normas de Eficácia Limitada: São normas que não produzem efeitos imediatos, dependendo de regulamentação infraconstitucional. Dividem-se em:

normas de princípios institutivos ou organizativos: aquelas que fazem a previsão da existência de uma instituição jurídica ou um órgão, dependendo de uma lei posterior para constituir-se.

normas de princípios programáticos: aquelas que prevêem um fim a ser executado pelo Estado ou determinando que o Estado cumpra um programa (ex.: arts. 196 e 205, CF); o legislador não é obrigado a legislar, ante a norma programática, mas, se o fizer, não poderá contrariá-la.

3) Normas de Eficácia Contida (ou Redutível): São as normas que, embora tendo aplicabilidade direta e imediata, podem ser restringidas por norma infraconstitucional. Enquanto o legislador não elaborar a lei de caráter restritivo, sua eficácia será plena.

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Classificação de Maria Helena Diniz: Maria Helena Diniz elaborou um outra classificação das normas constitucionais segundo a eficácia, classificando-as em quatro categorias:

normas supereficazes ou com eficácia absoluta: são aquelas insuscetíveis de emenda, dotadas de efeito paralisante de todas as legislações com ela incompatíveis, constituídas pelas chamadas normas pétreas.

normas com eficácia plena: aquelas que, por reunirem todos os elementos necessários à produção imediata dos efeitos previstos, não necessitam de legislação integradora para surtirem eficácia.

normas com eficácia restringível: correspondem às normas de eficácia contida, na classificação proposta por José Afonso da Silva.

normas com eficácia relativa dependente de complementação legislativa: aquelas cuja capacidade de produção de efeitos reclama a intermediação de ato infra-ordenado, podem revestir a forma de normas de princípio institutivo e programático.

IInntteerrpprreettaaççããoo CCoonnssttiittuucciioonnaall ddaass NNoorrmmaass Métodos Clássicos: São os seguintes métodos clássicos de interpretação das normas:

método literal: privilegia os termos da lei, levando em conta o que está escrito;

método histórico: análise do surgimento desse dispositivo no contexto histórico;

método teleológico: busca encontrar o objetivo da norma;

método sistemático: trata a norma como sendo dentro de um sistema.

Interpretação Interpretar é obter o real significado da norma.

Especificidades da Interpretação Constitucional: Na interpretação da norma constitucional é necessário observar as seguintes especificidades:

princípio da unidade da constituição: a constituição deve ser interpretada como um todo, não havendo hierarquia entre as normas constitucionais;

força normativa da constituição: não há dispositivo sem força normativa;

máxima efetividade: a norma constitucional deve ter a maior efetividade possível.

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0011..22 -- AA MMaattéérriiaa CCoonnssttiittuucciioonnaall AA FFoorrmmaa ddoo EEssttaaddoo Noções Iniciais: Quanto à forma, o Estado pode ser unitário ou constituído por unidades federadas. O Estado unitário é aquele centralizado cujas partes que os integram estão a ele vinculadas, não tendo, assim, qualquer autonomia. Já a federação é a forma de Estado pela qual se objetiva distribuir o poder, preservando a autonomia dos entes políticos que a compõem. É então o Estado Federado um estado politicamente descentralizado.

No Brasil, a forma de Estado unitário foi prevista somente pela Constituição Imperial de 1824.

Origens da Federação: A primeira federação conhecida, a americana, surgiu quando se tratou de resolver na época o problema resultante da convivência entre si das treze colônias inglesas tornadas Estados independentes e desejosos de adotarem uma forma de poder político forte e unificado e de outra parte, sem perder a independência, a individualidade, a liberdade e a soberania que tinham acabado de conquistar. Com tais pressupostos surgiu a federação como uma associação de Estados pactuada por meio de uma Constituição. Autonomia dos Estados Membros: A autonomia é uma margem de discrição de que uma pessoa goza para decidir sobre os seus negócios, mas sempre delimitada essa margem pelo próprio direito. Daí porque falar que os Estados Membros são autônomos ou também que os municípios são autônomos: ambos atuam dentro de uma esfera jurídica definida pela Constituição Federal (área de competência circunscrita pelo direito). A autonomia não possui graduação, ou seja, ela não se apresenta maior ou menor, a autonomia é uma só, o que se pode dizer é quanto à competência, a qual pode sofrer variações de quantidade de acordo com a Constituição.

Características da Federação

É uma descentralização político-administrativa constitucionalmente prevista.

Apresenta uma constituição rígida que não permite a alteração da repartição de competências por intermédio de legislação ordinária (se assim fosse possível, estaríamos num Estado unitário, politicamente descentralizado).

Existência de um órgão que dite a vontade dos membros da Federação; no caso brasileiro temos o Senado, no qual reúnem-se os representantes dos Estados-Membros.

Os entes federados possuem autonomia financeira, constitucionalmente prevista, para que os entes federados fiquem na dependência do Poder Central.

Existência de um órgão constitucional encarregado do controle da constitucionalidade das leis, para que não haja invasão de competências.

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AA SSeeppaarraaççããoo ddooss PPooddeerreess Noções Iniciais: A separação dos poderes é uma forma de limitação do poder estabelecida através de um sistema de freios e contrapesos, sob o qual pode vicejar a liberdade individual. Exemplo de concentração do poder é a monarquia absolutista. Origens: A separação de poderes sob critério funcional: legislativa, administrativa (executiva) e jurisdicional já era conhecida desde a antiguidade, sendo delineada por Aristóteles, porém foi com base à doutrina de Montesquieu, a “separação de poderes”, que se estruturou o poder nas democracias de tipo ocidental num sistema de independência e fiscalização mútua entre eles. A Separação de Poderes e os Sistemas Políticos: A separação de poderes, por ser base da estrutura normal do Estado contemporâneo, fornece um razoável critério para a classificação dos sistemas políticos. Levando-se em conta a existência ou não de divisão do poder e o grau em que esta se opera, podem se distinguir os sistemas:

de concentração do poder: não há divisão do poder (antigo regime soviético);

de colaboração de poderes: os poderes são divididos e atuam em colaboração (parlamentarismo);

de separação de poderes: os poderes são divididos (presidencialista). AAss FFoorrmmaass ddee GGoovveerrnnoo Monarquia e República: A forma de governo pode ser monárquica ou republicana. A monarquia é o governo de um só (monos arkhein: comando de um), no qual um monarca governa de maneira absoluta e irresponsável, além da transferência do poder ser por força de laços hereditários. A República surgiu para se constituir em um regime alternativo à monarquia, criando uma oposição a esta, uma vez que retirava o poder das mãos do rei passando-o à nação (“res pública”: coisa pública). OOss SSiisstteemmaass ddee GGoovveerrnnoo O Presidencialismo: O sistema presidencialista adotado no Brasil é a criação racional e consciente, de uma assembléia constituinte (convenção de Filadélfia) ao contrário do parlamentarismo que é fruto de longa evolução histórica, desenvolvido na Inglaterra. O presidencialismo instituído pela primeira vez nos Estados Unidos é uma versão republicana da monarquia limitada ou constitucional. Características do Presidencialismo: Juridicamente o presidencialismo se caracteriza por ser um regime de separação de poderes, e conferir a chefia do Estado e a do Governo a um órgão unipessoal, a Presidência da República, e a independência do Executivo e do Legislativo é rigorosamente assegurada. Sob as características políticas, a principal delas no presidencialismo é a predominância do Presidente.

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Apesar dos riscos que traz para países onde não existe sólida tradição democrática, o presidencialismo é o único praticável em face da multiplicidade partidária excessiva.

O Parlamentarismo: O parlamento é um órgão político colegiado composto por uma ou várias assembléias, que representa a coletividade nacional e ao qual é confiado o exercício da função legislativa, bem como, em escala variável segundo os sistemas constitucionais, o poder de dirigir e controlar a atividade do órgão executivo. O regime parlamentar é um sistema de organização dos poderes públicos no qual coexistem e colaboram dois órgãos iguais em prestígio e em influência (o governo ou gabinete, e o parlamento), que exercem um sobre o outro uma ação destinada a limitá-los reciprocamente. Num regime presidencial, ao contrário, o presidente exerce a função governamental durante toda a extensão de seu mandato, sem que a sua responsabilidade política possa ser posta em questão pelo parlamento.

O Parlamentarismo e a Organização Partidária: O parlamentarismo é um regime extremamente sensível às condições sociais e políticas que lhe são subjacentes. Particularmente sensível é ele aos sistemas de partidos. O parlamentarismo só dá bons frutos quando se apóia no sistema bipartidário rígido (onde só dois partidos verdadeiramente pesam, de modo que um deles tem sempre a maioria absoluta no parlamento, sendo essa maioria disciplinada). Aí, o gabinete é estável e capaz de governar, sendo a cúpula do partido majoritário e assim orientando a própria legislação.

Características Jurídicas do Parlamentarismo

É um regime de divisão de poderes, na medida em que adota a distinção clássica das funções do Estado e sua atribuição a órgãos diversos;

Os poderes legislativos e executivos são interdependentes;

O Executivo parlamentarista possui estrutura dualista: o rei, ou o Presidente da República, é o chefe de Estado, com funções de representação, de cerimonial e de conselho, enquanto o governo é exercido por um órgão coletivo e conselho de ministros ou gabinete (ultimamente, porém, à testa desse conselho vêm as constituições pondo um chefe, o primeiro ministro, presidente do conselho ou chanceler, verdadeiro chefe do governo).

O Sistema Diretorial: Também conhecido por convencional ou governo de assembléia e ocupa lugar de pequena importância na democracia ocidental. É caracterizado juridicamente pela distinção de funções, mas sem a separação delas, salvo em relação ao Judiciário que é independente e especializado; todavia, as decisões sobre a elaboração das leis - a legiferação - a “execução” - estão concentradas nas mãos de um mesmo órgão, que é a Assembléia. Este sistema só pode funcionar em certas circunstâncias e em países especiais, como a Suíça, pois seu povo é pequeno, rico e próspero, com longa tradição de independência e velha experiência de auto-governo.

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0011..33 -- OO PPooddeerr CCoonnssttiittuuiinnttee ee ssuuaass FFoorrmmaass PPooddeerr CCoonnssttiittuuiinnttee Noções Gerais: O poder constituinte é o poder de criar ou alterar a Constituição através da manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado. O Poder constituinte pode ser originário ou derivado. Sobre a natureza jurídica do poder constituinte há duas teorias:

é um poder de fato: para quem entende que o direito só é direito quando positivo;

é um poder de direito: para quem entende que existe um direito natural, anterior ao direito do estado e superior a este (teoria mais aceita).

PPooddeerr CCoonnssttiittuuiinnttee OOrriiggiinnáárriioo Noções Iniciais: É o poder de criar uma nova constituição. É um poder inicial, pois não se baseia em nenhum outro poder e é autônomo (para os jusnaturalistas) ou soberano (para os positivistas).

O poder constituinte é considerado autônomo pelos adeptos do jusnaturalismo, para sublinhar que, não limitado pelo direito positivo, o poder constituinte deve sujeitar-se ao direito natural. Para os positivistas ele é soberano uma vez que não se condiciona a nenhuma regra anterior.

Processos: São processos do poder constituinte originário:

a outorga;

a assembléia constituinte ou convenção. PPooddeerr CCoonnssttiittuuiinnttee DDeerriivvaaddoo Noções Iniciais: É o poder de alterar a constituição em vigor. É derivado porque é instituído pelo poder constituinte originário e é também subordinado, pois possui limites de atuação. O poder constituinte derivado divide-se em reformador e decorrente. 1) Poder Constituinte Reformador: É o poder inerente à constituição rígida que se destina a modificá-la e atualizá-la.

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2) Poder Constituinte Decorrente: É aquele que cria parâmetros para a elaboração das constituições estaduais. Refere-se à auto-organização dos estados-membros.

Alguns doutrinadores sustentam a idéia de que existe o poder decorrente dos municípios, uma vez que consideram as leis orgânicas municipais como sendo uma verdadeira constituição municipal.

Emenda Constitucional: O instrumento do poder constituinte reformador é a emenda. A emenda possui limitações materiais, formais e temporais, além de limitações implícitas.

Emenda É o processo formal de mudanças das constituições rígidas, por meio da

atuação de certos órgãos e mediante determinadas formalidades, estabelecidas nas próprias constituições para o exercício do poder reformador.

1) Limitações materiais: abrangem as cláusulas pétreas, certas matérias que não podem ser objeto de reforma constitucional e a impossibilidade de alteração em estado de sítio, de defesa e intervenção federal. 2) Limitações formais: a titularidade para a iniciativa é reservada somente à um terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, ao Presidente da República e à mais da metade das assembléias legislativas dos estados e somente poderá ser aprovada por três quintos do Congresso e em dois turnos de votação. 3) Limitações temporais: podem ser decorrentes da impossibilidade de se alterar a constituição senão depois de decorrido um certo espaço de tempo (na atual Constituição Federal não existe esta regra) e da impossibilidade da matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada ser objeto de proposta na mesma sessão legislativa.

A sessão legislativa vai de 15 de fevereiro a 15 de dezembro de cada ano, tendo um período de recesso de 30 de junho à 1º de agosto.

4) Limitações Implícitas: proibição de alteração das próprias normas de limitação expressa (proibição de alteração do art. 60).

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0011..44 -- OO CCoonnttrroollee ddee CCoonnssttiittuucciioonnaalliiddaaddee NNooççõõeess GGeerraaiiss Noções Iniciais: Para que haja realmente uma rigidez constitucional, diferenciando o poder constituinte originário do derivado, é necessário a existência de um controle de constitucionalidade. Controlar a constitucionalidade significa impedir a subsistência de inconstitucionalidades de forma a assegurar a supremacia da Constituição. É a verificação da adequação de um ato jurídico (particularmente a lei) à Constituição.

Inconstitucionalidade Qualidade ou caráter de toda lei ou ato promulgado que

guarda uma relação de contrariedade com a Constituição. Além da inconstitucionalidade decorrente de ação, admite-se também a inconstitucionalidade por omissão.

Formas de Controle: Quanto à natureza do órgão chamado a conhecer das questões de constitucionalidade, o controle pode ser judiciário ou político. O controle político é aquele onde a verificação da constitucionalidade é confiada a órgão não pertencente ao Poder Judiciário (poderes Executivo e Legislativo). O controle judiciário é feito pelos órgãos do Poder Judiciário. O controle pelo Poder Judiciário abrange dois métodos: concentrado e difuso.

Métodos de Controle Judiciário

Difuso (Incidental ou Concreto) Concentrado (Reservado ou Abstrato)

O controle é difuso quando a qualquer juiz é dado apreciar alegação de inconstitucionalidade. É a chamada via de exceção ou defesa.

O controle concentrado é observado quando é atribuído a um único órgão específico. No Brasil, o controle concentrado é realizado pelo Supremo Tribunal Federal. O STF é órgão integrante do Poder Judiciário, sendo a instância máxima desse Poder. Em muitos países, o controle da constitucionalidade cabe à um órgão autônomo e distinto do Poder Judiciário, chamado Corte ou Tribunal Constitucional.

Controle Preventivo ou Repressivo: O controle preventivo opera antes que a lei se aperfeiçoe; o repressivo, depois de promulgada a lei.

Na Constituição de 1988, há tanto o controle preventivo, como o repressivo. O primeiro é atribuído ao Presidente da República, que o exerce por intermédio do veto, ou ao Legislativo, no processo legislativo. O controle repressivo é confiado ao Judiciário.

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FFoorrmmaass ddee VViioollaaççããoo ddaa CCoonnssttiittuuiiççããoo ee aass VViiaass ddee CCoonnttrroollee I - Inconstitucionalidade por Ação: Lei ou ato normativo inconstitucional, por não se adequar ao preceito constitucional: 1) Quanto ao alcance, pode ser:

total (todo o ato);

parcial (parte do ato, artigo). 2) Quanto à natureza:

formal: ocorre quando a lei não observa os requisitos constitucionais em relação à sua forma, havendo um vício no processo de produção normativa (ex.: se houver uma lei de iniciativa de um deputado que modifique os efetivos das Forças Armadas, esta lei será inconstitucional por vício de iniciativa, que no caso, é privativa do Presidente da República);

material ou substancial: ocorre quando a lei trata de uma matéria incompatível com a Constituição (ex.: lei penal que estabelece a pena de morte para quem cometer determinado crime).

A inconstitucionalidade formal abrange sempre a totalidade da norma. A material ou substancial pode ser total ou parcial.

II - Inconstitucionalidade por Omissão: A Constituição confere certos direitos que, no entanto, para serem efetivos, dependem de regulamentação (existem 245 artigos constitucionais que requerem atos normativos). Vias de Controle Jurisdicional As vias de controle da Constitucionalidade são:

ação direta de inconstitucionalidade;

de exceção ou defesa;

ação direta de inconstitucionalidade por omissão;

mandado de injunção.

Formas de Violação da Constituição e Controle

Inconstitucionalidade por ação Inconstitucionalidade por omissão

Controle via de ação direta de inconstitucionalidade ou via de exceção ou defesa

Controle via de ação direta de inconstitucionalidade por omissão ou mandado de injunção

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CCoonnttrroollee VViiaa ddee AAççããoo DDiirreettaa ddee IInnccoonnssttiittuucciioonnaalliiddaaddee Noções Iniciais: É um controle principal, exercido exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal (controle concentrado). Tem a finalidade de obter a declaração de inconstitucionalidade de ato normativo federal ou estadual “em abstrato” a fim de que seja eliminado do sistema jurídico. Esta via tutela o direito objetivo buscando o bom funcionamento da ordem jurídica. Tem origem na Constituição de 1946 e atualmente é previsto pela Constituição Federal e pela Lei n° 9.869, de 10 de novembro de 1999. Objeto: Pode ser qualquer ato normativo federal ou estadual que ofenda os princípios ou regras constitucionais, compreendendo também as medidas provisórias e as emendas constitucionais.

Inconstitucionalidade de Emenda Constitucional: A emenda constitucional também pode ser objeto da ação direta de inconstitucionalidade, pois se trata de fruto de elaboração do poder constituinte reformador. Se violar uma cláusula pétrea, este ato normativo também poderá ser considerado inconstitucional. Inconstitucionalidade de Artigo da Própria Constituição: Já houve tentativa de se argüir a inconstitucionalidade de artigo da própria Constituição (ex.: ação que preceituava ser o art. 45, § 1º contrário ao que dispõe o art. 14). Não foi acolhida pelo Supremo Tribunal Federal.

Lei ou ato normativo municipal que contrarie a Constituição Federal pode ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade? Não, lei ou ato normativo municipal não pode ser objeto da via de ação direta. Pode ser objeto de via de exceção ou defesa (controle difuso da constitucionalidade). Lei ou ato normativo municipal que contrarie Constituição Estadual pode ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade? Sim, lei ou ato normativo municipal pode ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade nos termos do art. 125, § 2°, da Constituição Federal, desde que a impugnação da norma seja em face de Constituição Estadual, perante o Tribunal de Justiça do respectivo Estado.

Os Tribunais de Justiça dos Estados não podem apreciar matéria referente à Constituição Federal. Conforme a decisão do STF na reclamação 337 de 23.08.90: “não cabe ao TJ de um Estado processar e julgar ação direta em que se argüi a inconstitucionalidade de lei municipal em face da Constituição Federal. Caso contrário, tendo as decisões eficácia erga omnes a ela estaria vinculada o STF, que assim não poderia exercer seu papel de guardião da Constituição no controle difuso da constitucionalidade de lei municipal declarada inconstitucional nesta ação”.

Legitimidade Ativa: Tem legitimidade para propor a ação direta de inconstitucionalidade:

o Presidente da República;

a Mesa do Senado Federal;

a Mesa da Câmara dos Deputados;

a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

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o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

o Procurador-Geral da República;

o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

o partido político com representação no Congresso Nacional;

confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Não será admitida a intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.

Órgão Competente para Julgar: A competência para processar e julgar a ação direta de inconstitucionalidade é exclusivamente do Supremo Tribunal Federal (art. 102, inciso I, alínea “a” da Constituição Federal). Medida Cautelar: A medida cautelar visa suspender a eficácia de lei ou ato normativo antes da decisão final do STF (art. 102, inciso I, alínea “p” da Constituição Federal e arts. 10 e 12 da Lei 9.868/99). A medida cautelar tem efeito ex nunc, salvo se o tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. Procedimento: A Lei n.º 9.868/99 trata do procedimento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. Efeitos: A sentença tem natureza declaratória e produz eficácia contra todos indistintamente (erga omnes). A decisão tem efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (art. 102, § 2° da Constituição Federal). A declaração com poder vinculante sujeita os demais órgãos judiciários em causas idênticas, que não mais podem ser decididas de forma diversa e opera em regra ex tunc (retroativamente), porém pode ser determinado efeito ex nunc (a partir de então) em razão de segurança jurídica ou de excepcional interesse social.

A Emenda Constitucional 45/04 impôs a eficácia vinculante da Ação Direta de Inconstitucionalidade e também da Ação Declaratória de Constitucionalidade.

A vinculação ocorrerá nas quatro seguintes situações:

procedência da ação: a norma é declarada inconstitucional;

improcedência da ação: a norma é declarada constitucional, permanecendo no ordenamento jurídico;

declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto;

interpretação conforme a constituição.

A declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto consiste em técnica de decisão judicial na qual se declara a inconstitucionalidade de algumas interpretações possíveis do texto legal, sem contudo alterá-lo gramaticalmente.

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Quando há possibilidade de mais de uma forma de interpretação da norma constitucional deve-se levar em conta o que a constituição determina em seus princípios. Mais do que um método de interpretação, a interpretação conforme a constituição é um meio de controle da constitucionalidade.

Suspensão: Após a inconstitucionalidade ser declarada pelo Supremo Tribunal Federal, deve a decisão ser comunicada ao Senado Federal. Este deverá suspender a execução da lei declarada inconstitucional (art. 52, X, da Constituição Federal). A partir da suspensão, pelo Senado, perde a lei a sua eficácia, embora não seja considerada nula, nem revogada. AA AAççããoo DDeeccllaarraattóórriiaa ddee CCoonnssttiittuucciioonnaalliiddaaddee Noções Iniciais: Esta ação tem como objetivo a obtenção do Judiciário de declaração da constitucionalidade de determinada norma em abstrato com fins de solucionar previamente futuros conflitos. Com esta ação, o STF ratifica a presunção de validade que todas as leis possuem. Foi introduzida pela Emenda Constitucional n° 3 e atualmente é prevista pela Constituição Federal (art. 102, I, “a”) e pela Lei 9.868 que estabelece o procedimento.

O objeto da ação é a verificação da constitucionalidade da lei ou ato normativo federal impugnado em processos concretos. Não tem por objeto a verificação da constitucionalidade de lei ou ato estadual ou municipal, pois não há previsão dessa possibilidade.

Legitimidade Ativa: Tem legitimidade para propor a ação declaratória de constitucionalidade:

o Presidente da República;

a Mesa do Senado Federal;

a Mesa da Câmara dos Deputados;

a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

o Procurador-Geral da República;

o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

o partido político com representação no Congresso Nacional;

confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

A Emenda Constitucional 45/04 unificou a legitimação ativa da Ação Direta de Inconstitucionalidade e da Ação Declaratória de Constitucionalidade.

Competência: A competência para processar e julgar a ação declaratória de constitucionalidade é exclusivamente do Supremo Tribunal Federal.

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O entendimento do STF é de que não cabe a intervenção do Advogado Geral da União no processo dessa ação.

Efeitos: Assim como na Ação Direta de Inconstitucionalidade, os efeitos operam erga omnes e com poder vinculante. AArrggüüiiççããoo ddee DDeessccuummpprriimmeennttoo ddee PPrreecceeiittoo FFuunnddaammeennttaall Noções Iniciais: A Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental surgiu com o propósito de reduzir o excesso de liminares e recursos envolvendo matérias constitucionais. Foi instituída pela Constituição de 1988 (art. 102, § 1°) mas somente foi regulamentada onze anos mais tarde, pela Lei n° 9.882, de 06.12.99. É o instrumento destinado a exercer o controle constitucional de questões que envolvam a infração a preceitos fundamentais e desde que não seja pertinente o ajuizamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade ou da Ação Declaratória de Constitucionalidade. O descumprimento não é exatamente uma inconstitucionalidade, mas uma violação a determinados preceitos fundamentais.

O que é preceito fundamental? É considerado fundamental o preceito quando tenha natureza principiológica e se apresenta como imprescindível, basilar ou inafastável. Há uma grande similaridade com os princípios constitucionais, porém não se confundem. Para José Afonso da Silva, a expressão preceitos fundamentais não é sinônima de princípios fundamentais; é mais ampla e abrange além dos princípios, todas as prescrições que dão o sentido básico do regime constitucional. Quais são os preceitos fundamentais da Constituição Federal? Entendem-se como preceitos fundamentais não apenas os princípios fundamentais do Título I da Constituição (forma federativa do Estado, soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, pluralismo político, independência e harmonia entre os poderes), mas também os princípios relativos aos direitos e garantias fundamentais e cláusulas pétreas. Outros autores ainda acrescentam os direitos sociais, os princípios regentes da administração pública e os princípios econômicos.

Legitimidade Ativa: Os legitimados ativos para propor a Argüição são os mesmos da Ação Direta de Inconstitucionalidade:

o Presidente da República;

a Mesa do Senado Federal;

a Mesa da Câmara dos Deputados;

a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

o Procurador-Geral da República;

o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

o partido político com representação no Congresso Nacional;

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confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Objeto: O objeto da Argüição é evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público e quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.

Anteriormente à edição da Lei 9.882/99, o controle da constitucionalidade das normas municipais em face da Constituição Federal somente era efetivado via incidental, quando, por meio de recurso extraordinário, a controvérsia chegava ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal. Não existia hipótese de se levar, diretamente, à apreciação do Supremo Tribunal Federal controvérsia sobre Direito Municipal. A Lei que regulamentou a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental alterou esta situação, ao permitir ser levado ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal controvérsia sobre lei ou ato normativo municipal. A Lei 9.882/99 inovou também ao permitir a apreciação de controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal incluídos os anteriores à Constituição.

Competência: A competência para processar e julgar é exclusivamente do Supremo Tribunal Federal. Medida Liminar: O STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar. Ademais, em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processos ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. Procedimento: A Lei n.º 9.882/99 trata do procedimento da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental. Efeitos: A decisão terá eficácia contra todos (erga omnes) e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público, sendo efetivada a comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. CCoonnttrroollee VViiaa ddee EExxcceeççããoo oouu DDeeffeessaa Noções Iniciais: É o caráter difuso do controle judiciário. Perante qualquer juiz pode ser levantada a alegação de inconstitucionalidade de uma lei e qualquer magistrado pode reconhecer essa inconstitucionalidade e, em conseqüência deixar de aplicar o ato inquirido. Trata-se, pois, de controle incidental. Efeitos: A sentença tem natureza declaratória e opera ex tunc, porém, fazendo coisa julgada somente no caso e seus efeitos são somente para as partes envolvidas (inter partes). A lei continua em vigor, eficaz e

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aplicável, até que seja suspensa sua executoriedade pelo Senado Federal, ato que não revoga, nem anula a lei, apenas lhe retira a eficácia, com efeito ex nunc. Órgão Competente: Juiz ou tribunal. Observe-se, entretanto, que todo juiz pode reconhecer a inconstitucionalidade, ao passo que os tribunais só podem fazê-lo pela maioria absoluta de seus membros (tribunal pleno, art. 97 da Constituição Federal).

Se no tribunal, houver órgão especial para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da competência do tribunal pleno, não é necessário a reunião de todos os desembargadores para decidir a questão (art. 93, XI da Constituição Federal).

CCoonnttrroollee VViiaa ddee AAççããoo DDiirreettaa ddee IInnccoonnssttiittuucciioonnaalliiddaaddee ppoorr OOmmiissssããoo Noções Iniciais: Quando faltar a regulamentação de uma norma constitucional, podem as autoridades ou entidades arroladas no art. 103 da Constituição Federal propor ação direta de inconstitucionalidade por omissão, perante o Supremo Tribunal Federal. Declarada a inconstitucionalidade omissiva, o STF dará ciência ao Legislativo da omissão observada. O Legislativo, então, editará oportunamente a regulamentação faltante, ou não (considerando-se que não pode ser obrigado a editar a lei). Mas, se a omissão for atribuída a órgão administrativo, o STF fixará o prazo de 30 dias para o suprimento da falha. A ação direta de inconstitucionalidade por omissão foi introduzida na Constituição Federal de 1988. Legitimidade ativa: Tem legitimidade ativa para propor a ação de inconstitucionalidade por omissão:

o Presidente da República;

a Mesa do Senado Federal;

a Mesa da Câmara dos Deputados;

a Mesa de Assembléia Legislativa;

o Governador de Estado;

o Procurador-Geral da República;

o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

o partido político com representação no Congresso Nacional;

confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Efeitos: A sentença que reconhece a inconstitucionalidade por omissão tem natureza declaratória, porém, não é meramente declaratória, porque dela decorre um efeito ulterior de natureza mandamental, quando exige de outro órgão do Estado a adoção de providências necessárias ao suprimento da omissão. Havendo procedência da ação, existem duas situações possíveis:

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se o órgão for administrativo, este será comunicado para adoção de providências necessárias em 30 dias;

se se tratar do Poder Legislativo, será dada ciência para adoção das providências necessárias, sem contudo haver prazo estabelecido.

A Ação de Inconstitucionalidade por Omissão e o Mandando de Injunção: A ação de inconstitucionalidade por omissão assemelha-se ao mandado de injunção. Ambos os instrumentos se aplicam no caso de uma regulamentação faltante, porém apresentam algumas diferenças.

Ação de Inconstitucionalidade Mandado de Injunção

A ação de inconstitucionalidade só pode ser movida por certas pessoas.

O Mandado de Injunção pode ser impetrado por qualquer interessado.

O conteúdo da decisão que acolhe a inconstitucionalidade por omissão é claro e determinado: comunicação ao Legislativo para que edite a norma faltante.

O conteúdo da decisão do Mandado de Injunção ainda é um tema em elaboração, com várias correntes.

Não é cabível liminar na ação de inconstitucionalidade por omissão (entendimento do STF). Também não há a atuação do Advogado Geral da União.

AA AAççããoo DDiirreettaa ddee IInnccoonnssttiittuucciioonnaalliiddaaddee ppaarraa FFiinnss IInntteerrvveennttiivvooss Noções Iniciais: Esta ação foi introduzida pela Emenda Constitucional n° 3 e visa obter a declaração de inconstitucionalidade em virtude a ofensa a princípio constitucional sensível, viabilizando a deflagração do processo de intervenção federal.

Princípio Constitucional Sensível: Existem certos princípios chamados sensíveis que não podem ser violados pelos Estados-membros ou pelo Distrito Federal no exercício de suas competências legislativas. São eles: a forma republicana, sistema representativo e regime democrático; direitos da pessoa humana; autonomia municipal; prestação de contas da administração pública, direta e indireta; aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de receitas de transferência, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

Legitimidade Ativa: Somente o Procurador Geral da República pode propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade para Fins Interventivos. Competência: Supremo Tribunal Federal.

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Efeitos: Julgada procedente a ação interventiva, e após o seu trânsito em julgado, o Supremo comunicará à autoridade interessada, bem como ao Presidente da República, para as providências constitucionais. A condenação tem efeito constitutivo da sentença que faz coisa julgada material erga omnes.

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LLeeggiissllaaççããoo

LEI N° 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999 Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

CAPÍTULO I DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE

CONSTITUCIONALIDADE Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

CAPÍTULO II DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Seção I

Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade Art. 2º - Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Art. 3º - A petição indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; II - o pedido, com suas especificações. Parágrafo único - A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Art. 4º - A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. Parágrafo único - Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 5º - Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. Art. 6º - O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Parágrafo único - As informações serão prestadas no prazo de trinta dias, contados do recebimento do pedido. Art. 7º - Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.

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§ 1º - (vetado) § 2º - O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. Art. 8º - Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. Art. 9º - Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. § 1º - Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2º - O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição. § 3º - As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.

Seção II Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade

Art. 10 - Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. § 1º - O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. § 2º - No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. § 3º - Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Art. 11 - Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo. § 1º - A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. § 2º - A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. Art. 12 - Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.

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CAPÍTULO III DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Seção I

Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Declaratória de Constitucionalidade Art. 13 - Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal: I - o Presidente da República; II - a Mesa da Câmara dos Deputados; III - a Mesa do Senado Federal; IV - o Procurador-Geral da República. Art. 14 - A petição inicial indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; II - o pedido, com suas especificações; III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. Parágrafo único - A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade. Art. 15 - A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. Parágrafo único - Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 16 - Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência. Art. 17 - (vetado) Art. 18 - Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade. Art. 19 - Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador-Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias. Art. 20 - Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. § 1º - Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2º - O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição. § 3º - As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.

Seção II Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 21 - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. Parágrafo único - Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção

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especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia.

CAPÍTULO IV DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E

NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Art. 22 - A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. Art. 23 - Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. Parágrafo único - Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. Art. 24 - Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. Art. 25 - Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato. Art. 26 - A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. Art. 27 - Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Art. 28 - Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão. Parágrafo único - A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 29 - O art. 482 do Código de Processo Civil fica acrescido dos seguintes parágrafos: "Art. 482................................................ § 1º - O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no Regimento Interno do Tribunal. § 2º - Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos.

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§ 3º - O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades." Art. 30 - O art. 8.º da Lei n° 8.185, de 14 de maio de 1991, passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos: "Art.8º ............................................... I - ................................................ n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica;” § 3º - São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade: I - o Governador do Distrito Federal; II - a Mesa da Câmara Legislativa; III - o Procurador-Geral de Justiça; IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal; V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais; VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa. § 4º - Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições: I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade; II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das providências necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias; III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar. § 5º - Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. Art. 31 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

LEI N° 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999 Dispõe sobre o processo e julgamento da argüição de descumprimento de preceito fundamental, nos termos do § 1o do art. 102 da Constituição Federal.

Art. 1° - A argüição prevista no § 1° do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Parágrafo único - Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; II – (VETADO) Art. 2° - Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental:

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I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; II - (VETADO) § 1° - Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo. § 2° - (VETADO) Art. 3° - A petição inicial deverá conter: I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado; II - a indicação do ato questionado; III - a prova da violação do preceito fundamental; IV - o pedido, com suas especificações; V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado. Parágrafo único - A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Art. 4° - A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta. § 1° - Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. § 2° - Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco dias. Art. 5° - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental. § 1° - Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. § 2° - O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias. § 3° - A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. § 4° - (VETADO) Art. 6° - Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias. § 1° - Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2° - Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo.

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Art. 7° - Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento. Parágrafo único - O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações. Art. 8° A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos Ministros. § 1° - (VETADO) § 2° - (VETADO) Art. 9° - (VETADO) Art. 10 - Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. § 1° - O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente. § 2° - Dentro do prazo de dez dias, contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. § 3° - A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público. Art. 11 - Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Art. 12 - A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória. Art. 13 - Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno. Art. 14 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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QQuueessttõõeess ddee CCoonnccuurrssooss Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Magistratura / 1ª Região - VIII) Relativamente ao controle de constitucionalidade por via de ação, não é correto afirmar que:

( ) a) proposta a ação direta de constitucionalidade, não se admitirá desistência. ( ) b) não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de

inconstitucionalidade. ( ) c) a concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente,

salvo expressa manifestação em sentido contrário. ( ) d) a medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex tunc,

salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia ex nunc.

02 - (Magistratura Federal / 4ª Região – X) Assinalar a alternativa correta. ( ) a) Uma emenda constitucional, porque emanada do poder constituinte derivado,

incidindo em violação da Constituição originária, pode ser declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

( ) b) A tese de que há hierarquia entre as normas constitucionais, sejam originárias ou derivadas, é compatível com o sistema de Constituição rígida, sendo juridicamente impossível declarar a inconstitucionalidade de emenda constitucional.

( ) c) As cláusulas pétreas podem ser invocadas para sustentar a inconstitucionalidade de normas constitucionais inferiores em face das normas constitucionais superiores, mesmo que elaboradas pelo próprio constituinte originário.

( ) d) Só o Supremo Tribunal Federal, no caso concreto, pela via do controle abstrato, pode declarar a inconstitucionalidade de emenda constitucional ofensiva de norma editada pelo constituinte originário.

03 - (Magistratura Federal / 4ª Região – X) Assinalar a alternativa correta. ( ) a) A medida cautelar, em ação de inconstitucionalidade, reveste-se, ordinariamente, de

eficácia ex tunc, produzindo efeitos a partir do momento em que o Supremo Tribunal Federal a defere.

( ) b) Excepcionalmente, para que não se frustrem os seus objetivos, a medida cautelar poderá revestir-se de eficácia ex nunc, desde que o Supremo Tribunal Federal expressamente assim o determine.

( ) c) Embora a medida cautelar, em ação direta de inconstitucionalidade, revista-se, ordinariamente, de eficácia ex nunc, poderá o Supremo Tribunal Federal, excepcionalmente, em decisão expressa, outorgar-lhe eficácia retroativa, com repercussão sobre situações pretéritas.

( ) d) Tendo em vista as suas repercussões financeiras, a eficácia ex tunc é incompatível com a provisoriedade inerente à medida cautelar, em ação de inconstitucionalidade.

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04 - (Magistratura Federal / 4ª Região – X) Assinalar a alternativa correta. ( ) a) O Supremo Tribunal Federal não tem competência para processar e julgar,

originariamente, ação direta de inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo municipal, frente à Constituição Federal.

( ) b) Os Estados podem instituir um sistema próprio de fiscalização e tutela in abstracto do direito objetivo positivado no texto constitucional federal, mediante ação direta de inconstitucionalidade perante os Tribunais de Justiça.

( ) c) Compete ao Supremo Tribunal processar e julgar ação direta de inconstitucionalidade de lei municipal ofensiva de norma constitucional estadual, quando essa reproduz dispositivo da Constituição da República, de observância obrigatória pelos Estados.

( ) d) O único controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo municipal, que se admite, seja em face da Constituição da República, seja em face da Constituição Estadual, é o difuso.

05 - (Magistratura / BA - 1999) Na classificação das constituições encontram-se: I – as que se apresentam como produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios e idéias fundamentais da teoria política e do direito dominante. II – as que examinam e regulamentam todos os assuntos que entendam relevantes à formação, destinação e funcionamento do Estado. Referidas constituições denominam-se, respectivamente,

( ) a) imutáveis e históricas. ( ) b) analíticas e dogmáticas. ( ) c) históricas e imutáveis. ( ) d) dogmáticas e analíticas. ( ) e) sintéticas e dualistas.

06 - (Magistratura / MA - 2000) Podem propor ação de inconstitucionalidade ( ) a) o Vice-Presidente da República. ( ) b) o Conselho Seccional da OAB. ( ) c) o Presidente da Câmara dos Deputados. ( ) d) a Mesa do Senado Federal.

07 - (Magistratura / MA - 2000) As Constituições, quanto à estabilidade são: ( ) a) Materiais e formais. ( ) b) Escritas. ( ) c) Formais e históricas. ( ) d) Rígidas, flexíveis e semi-rígidas.

08 - (Magistratura / MG – 2003) No âmbito da interpretação da Constituição, a inexistência de hierarquia entre normas constitucionais é explicada pelo princípio:

( ) a) do efeito integrador. ( ) b) da unidade da Constituição. ( ) c) da máxima efetividade. ( ) d) da conformidade funcional. ( ) e) da força normativa da Constituição.

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09 - (Magistratura / MG – 2003) Detém legitimidade ativa para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade interventiva nos Estados-Membros, por descumprimento de princípio constitucional sensível

( ) a) o Presidente da República. ( ) b) o Governador de Estado. ( ) c) o Procurador-Geral da República. ( ) d) a Mesa de Assembléia Legislativa. ( ) e) partido político com representação no Congresso Nacional.

10 - (Magistratura / MG – 2003) As normas constitucionais insuscetíveis de emenda, com força paralisante de toda a legislação que vier a contrariá-las, são denominadas normas constitucionais:

( ) a) com eficácia plena. ( ) b) de eficácia plena e aplicabilidade imediata. ( ) c) com eficácia absoluta. ( ) d) de eficácia limitada. ( ) e) substantivas.

11 - (Magistratura / MG – 2003) A supremacia formal é atributo das Constituições: ( ) a) rígidas. ( ) b) flexíveis. ( ) c) principiológicas. ( ) d) analíticas. ( ) e) sintéticas.

12 - (Magistratura / MG – 2000) A ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual e municipal em face da Constituição Estadual será intentada perante

( ) a) o Tribunal de Justiça, em quaisquer casos. ( ) b) o Superior Tribunal de Justiça, quando envolver conflito de jurisdição. ( ) c) o Tribunal Regional Eleitoral, quando envolver matéria eleitoral. ( ) d) o Supremo Tribunal Federal. ( ) e) o Juízo de Direito da Comarca.

13 - (Magistratura / RS – 2000) Assinale a assertiva incorreta. ( ) a) Os Juízes togados singulares não podem declarar a inconstitucionalidade das leis

nacionais. ( ) b) O Presidente da República pode apor veto a projeto de lei aprovado no Congresso

Nacional, com fundamento em inconstitucionalidade. ( ) c) A Constituição Federal não prevê possibilidade de ação direta de inconstitucionalidade

contra lei municipal que a ofenda. ( ) d) O controle concentrado da constitucionalidade pode ser exercido pelo Supremo

Tribunal Federal e pelos Tribunais de Justiça dos Estados. ( ) e) O Senado Federal tem a competência de suspender a execução de lei declarada

inconstitucional em decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.

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14 - (Magistratura / SP – 175) Dispõe o art. 5.o,XIII, da Constituição Federal, que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Esse dispositivo configura

( ) a) norma constitucional de eficácia plena. ( ) b) norma constitucional de eficácia contida. ( ) c) norma programática da Constituição Federal. ( ) d) norma constitucional ineficaz.

15 - (Ministério Público / MG – 40) O art. 16, da Constituição Federal dispõe que “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência”. Considerando as teorias que tratam da aplicabilidade e da eficácia das normas constitucionais, a norma acima pode ser considerada:

( ) a) de aplicabilidade imediata e eficácia contida porquanto, conforme dispõe em si mesma, a aplicação da lei referida ficará contida em relação à eleição subseqüente em que ocorrer até um ano após sua vigência.

( ) b) de aplicabilidade imediata e eficácia plena, independentemente da lei referida. ( ) c) de aplicabilidade imediata e eficácia limitada vez que limita no tempo a aplicação da

lei referida. ( ) d) equivalente às normas “not self-executing” da doutrina constitucional norte-

americana. ( ) e) de aplicabilidade imediata e eficácia restringível, posto que restringe temporalmente a

vontade do legislador infraconstitucional.

16 - (Ministério Público / SP – 82) A respeito do controle de constitucionalidade por via de exceção, também chamada via de defesa, é correto dizer que a declaração

( ) a) atinge a lei em tese e opera seus efeitos em relação a terceiros. ( ) b) atinge a lei em tese e opera seus efeitos apenas entre as partes. ( ) c) não atinge a lei em tese e opera seus efeitos apenas entre as partes. ( ) d) constitui o objeto principal da ação proposta. ( ) e) só pode ser proferida nas ações em que o Estado figure como parte.

17 - (Ministério Público / SP – 82) Declarada a inconstitucionalidade de uma lei, o Supremo Tribunal Federal envia-la-á ao Senado Federal para

( ) a) encaminhar a decisão à Câmara dos Deputados, para a sua apreciação. ( ) b) confirmar ou modificar a decisão do Supremo Tribunal Federal, por voto da maioria

absoluta de seus membros. ( ) c) corrigir a lei, na parte referente à inconstitucionalidade. ( ) d) suspender integralmente a execução da lei, sendo vedada a sua suspensão parcial. ( ) e) suspender a execução da lei, no todo ou em parte.

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18 - (Ministério Público / SP – 81) Indique a alternativa que abriga informação errônea a respeito do sistema brasileiro de controle de constitucionalidade.

( ) a) É o jurisdicional, combinando os critérios difuso e concentrado, este de competência do Supremo Tribunal Federal, e aquele por via de exceção, permitindo a qualquer interessado suscitar a questão de inconstitucionalidade em qualquer juízo.

( ) b) A ação direta de inconstitucionalidade interventiva pode ser federal, por proposta do Procurador-Geral da República e de competência do Supremo Tribunal Federal, ou estadual, por proposta do Procurador-Geral de Justiça do Estado, destinando-se a promover a intervenção federal em Estado ou do Estado em Município, conforme o caso.

( ) c) A ação direta de inconstitucionalidade genérica de competência do Supremo Tribunal Federal destina-se a obter a decretação de inconstitucionalidade, em tese, de lei ou ato normativo, federal ou estadual, com o precípuo objetivo de expungir do ordenamento jurídico a incompatibilidade vertical, tratando-se, pois de ação que visa, exclusivamente, à defesa do princípio da supremacia constitucional.

( ) d) A ação direta de inconstitucionalidade genérica de competência do Tribunal de Justiça em cada Estado destina-se à declaração de inconstitucionalidade, em tese, de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Federal ou Estadual, dependendo de previsão nesta última.

( ) e) A ação de inconstitucionalidade por omissão tem cabimento na hipótese em que o legislador deixe de criar lei necessária à eficácia e aplicabilidade de normas constitucionais, especialmente nos casos em que a lei seja requerida pela Constituição, ou no caso em que o administrador não adote as providências necessárias para tornar efetiva norma constitucional.

19 - (Ministério Público / SP – 81) Aponte a alternativa em que se inclui norma constitucional de eficácia contida.

( ) a) “A lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuição dos Ministérios” (art. 88). ( ) b) “Aos juízes federais compete processar e julgar... nos casos determinados por lei, os

crimes contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira” (art. 109, VI). ( ) c) “Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção

filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei” (art. 5.º, VIII).

( ) d) “A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede” (art. 107, parágrafo único).

( ) e) “proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei”, inserida no capítulo dos Direitos Sociais (art. 7.º, XX).

20 - (Ministério Público / SP – 81) Segundo a doutrina tradicional, uma norma é considerada materialmente constitucional quando:

( ) a) dispõe sobre questões materiais e não meramente formais. ( ) b) caracteriza uma Constituição rígida. ( ) c) materializa a vontade política do legislador constituinte. ( ) d) refere-se à estrutura do Estado, à organização dos poderes e aos direitos fundamentais. ( ) e) integra uma Constituição não escrita, costumeira.

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21 - (Procurador / SP – 2002) No Brasil não se admite o controle ( ) a) de constitucionalidade de omissão legislativa. ( ) b) abstrato e prévio de constitucionalidade, via ação declaratória de constitucionalidade. ( ) c) político de constitucionalidade. ( ) d) de constitucionalidade pela via da exceção. ( ) e) de constitucionalidade de lei ou ato normativo anterior à Constituição.

22 - (Procurador / SP – 2002) Aos Tribunais de Justiça dos Estados é vedado julgar a constitucionalidade de

( ) a) lei ou ato normativo municipal e face da Constituição Federal, pela via do controle abstrato de constitucionalidade.

( ) b) lei ou ato normativo municipal em face da Constituição do respectivo Estado, pela via do controle abstrato de constitucionalidade.

( ) c) lei ou ato normativo federal e face da Constituição Federal, pela via do controle difuso e incidental de constitucionalidade.

( ) d) emenda à Constituição do respectivo Estado e face da Constituição Estadual, pela via do controle abstrato de constitucionalidade.

( ) e) leis ou atos normativos municipais e estaduais em face de Constituição Estadual revogada, pelo controle difuso e incidental de constitucionalidade.

23 - (Procurador / SP – 2002) Dentre as possíveis decisões do Supremo Tribunal Federal no exercício do controle abstrato de constitucionalidade NÃO se encontra a declaração

( ) a) de constitucionalidade com efeitos erga omnes e vinculantes. ( ) b) de inconstitucionalidade, com efeitos erga omnes e a partir do trânsito em julgado da

decisão. ( ) c) de inconstitucionalidade, com efeitos erga omnes e a partir de determinado momento

que vier a ser fixado na decisão. ( ) d) parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto. ( ) e) de constitucionalidade com efeitos restritos por razões de segurança jurídica ou de

excepcional interesse social.

24 - (Delegado / MT – 2000) Sobre o controle de constitucionalidade é correto afirmar: ( ) a) É impossível o controle da constitucionalidade formal de uma lei. ( ) b) Na ação direta de inconstitucionalidade são partes a pessoa legítima que a propôs e a

União. ( ) c) Na justiça estadual não há controle concentrado de constitucionalidade, já que sempre

caberá recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. ( ) d) Ato normativo estadual contrário à autonomia municipal pode ser objeto de ação

interventiva. ( ) e) Não há previsão constitucional para conferir efeito vinculante a alguma decisão do

Supremo Tribunal Federal.

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25 - (Delegado / SP – 2003) Segundo a doutrina, a idéia de desconstitucionalização consiste ( ) a) na possibilidade de recepção de dispositivo da Constituição anterior, pela nova ordem

constitucional, como legislação ordinária. ( ) b) na restauração da eficácia de normas já revogadas por Constituição anterior. ( ) c) no acolhimento, pela nova Constituição, de leis e atos normativos preexistentes, desde

que com ela compatíveis. ( ) d) em processos legislativos especiais, estabelecidos para a elaboração de emendas à

Constituição.

26 - (Delegado / SP – 2000) O controle constitucional exercido pelo Supremo Tribunal Federal em última instância, após esgotados os recursos previstos legalmente, representa o sistema

( ) a) concentrado de controle da constitucionalidade. ( ) b) de freios e contrapesos dos Poderes. ( ) c) coletivo de controle da constitucionalidade. ( ) d) difuso de controle da constitucionalidade.

27 - Considere os seguintes enunciados: I – Todos os legitimados para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade também o são para ajuizar Ação Declaratória de Constitucionalidade. II – Pelo critério difuso, portanto com efeito inter partes, pode o Juízo a quo reconhecer infraconstitucional uma lei declarada constitucional. III – Todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia jurídica e, nos limites desta, são imediatamente aplicáveis. IV – as leis e atos normativos anteriores à Constituição são passíveis do controle concentrado de constitucionalidade, através da ação pertinente, quando ensejam controvérsia quanto à receptividade ou não pela nova ordem constitucional.

( ) a) somente o enunciado II é correta. ( ) b) somente o enunciado III é correto. ( ) c) somente o enunciado IV é correto. ( ) d) os enunciados I, e III são corretos. ( ) e) os enunciados I, II e III são corretos.

28 - Sabendo-se que o sistema financeiro deverá ser regulado por leis complementares, nos termos do art. 192, da Constituição Federal, caso eventual lei ordinária venha a discipliná-lo, essa lei padecerá de

( ) a) inconstitucionalidade formal, não podendo ser controlada pelo Judiciário, pelo fato de a aprovação equivocada da lei ser matéria interna corporis do Poder Legislativo.

( ) b) inconstitucionalidade formal, podendo ser controlada pelo Judiciário, tanto pela via difusa, como pela via concentrada.

( ) c) inconstitucionalidade material, podendo ser controlada pelo Judiciário, apenas pela via difusa.

( ) d) inconstitucionalidade material, podendo ser controlada pelo Judiciário, apenas pela via concentrada, por ser norma de âmbito nacional.

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29 - Emenda à Constituição Federal que transferisse quase a totalidade das competências legislativas privativas da União (art. 22, da CF) aos Estados, poderia ser considerada

( ) a) inconstitucional, por ser atentatória ao pacto federativo. ( ) b) inconstitucional, por ser atentatória à separação de poderes. ( ) c) constitucional, pelo fato de a Emenda à Constituição ter poderes ilimitados para a

alteração da Constituição Federal. ( ) d) constitucional, pelo fato de o parágrafo único do art. 22 da Constituição Federal

autorizar a delegação de competências pela União aos Estados.

30 - A ação declaratória de constitucionalidade pode ser proposta ( ) a) pelo Governador do Estado. ( ) b) pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. ( ) c) pelo Procurador Geral da República. ( ) d) pela Mesa da Assembléia Legislativa. ( ) e) todas as assertivas estão corretas.

31 - A decisão do Supremo Tribunal Federal que, em Ação Direta de inconstitucionalidade, declara a inconstitucionalidade parcial sem redução de texto de determinado dispositivo de lei, implica

( ) a) nulidade do dispositivo, não sendo mais permitida sua aplicação integral. ( ) b) nulidade de parte do texto do dispositivo, sendo permitida a aplicação da parte

restante. ( ) c) manutenção integral do texto do dispositivo, não sendo mais permitida a aplicação da

interpretação incompatível com a Constituição Federal. ( ) d) manutenção parcial do texto do dispositivo, não sendo mais permitida a aplicação da

interpretação incompatível com a Constituição Federal.

32 - O controle preventivo da constitucionalidade de projeto de lei ordinária estadual que contrarie a Constituição do respectivo Estado pode ser efetuado

( ) a) pelo Supremo Tribunal Federal, por meio da via concentrada. ( ) b) pelo Tribunal de Justiça, por meio da via concentrada. ( ) c) pelo juiz de primeira instância, por meio da via direta. ( ) d) por Comissão da Assembléia Legislativa.

33 - A decisão em Ação Direta de Inconstitucionalidade, processada perante o Supremo Tribunal Federal, que declara inconstitucional a Lei “B”, revogadora da Lei “A”, produz efeito

( ) a) ex tunc, restaura a eficácia da Lei “A” e vincula os órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública.

( ) b) ex nunc, mantém revogada a Lei “A” e vincula somente os órgãos do Poder Judiciário.

( ) c) ex nunc, restaura a eficácia da Lei “A” e vincula somente os órgãos do Poder Judiciário

( ) d) ex tunc, mantém revogada a Lei “A” e vincula somente a Administração Pública.

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34 - As normas de eficácia plena e contida têm em comum ( ) a) a possibilidade de serem aplicadas, independente de leis regulamentadoras, tal qual o

art. 37, VII, da Constituição Federal, que assegura aos servidores públicos o seguinte: “o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”.

( ) b) a impossibilidade de serem aplicadas, pois dependem de leis regulamentadoras, tal qual o art. 5.º, XXVI, da Constituição Federal, que dispõe: “a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento”.

( ) c) a possibilidade de serem parcialmente aplicadas, na medida em que as leis regulamentadoras permitirem, tal qual o art. 7.º, XI, da Constituição Federal, que assegura aos trabalhadores urbanos e rurais o seguinte: “participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei”.

( ) d) a possibilidade de serem aplicadas, independente de leis regulamentadoras, tal qual o art. 5.º, inciso XIII, da Constituição Federal, que dispõe: “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.

35 - Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originalmente, ação direta de inconstitucionalidade de ato normativo estadual proposta

( ) a) por Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. ( ) b) por entidade de classe de âmbito nacional. ( ) c) por partido político com representação na Assembléia Legislativa. ( ) d) pelo Ministério Público de qualquer dos Estados.

36 - O dispositivo da Lei Orgânica do Município, que confere à Comissão Parlamentar de Inquérito, criada pela Câmara Municipal, a possibilidade de decretação de prisão de pessoas investigadas em seu território, poderá ser objeto de

( ) a) Ação Direta de Inconstitucionalidade, a ser processada perante o Supremo Tribunal Federal, porque a decretação de prisão é competência exclusiva dos membros do Poder Judiciário.

( ) b) Ação Direta de Inconstitucionalidade, a ser processada perante o Tribunal de Justiça, se o dispositivo estiver em desconformidade com a Constituição do respectivo Estado.

( ) c) Ação Declaratória de Constitucionalidade, a ser processada perante o Supremo Tribunal Federal, porque a CPI possui os mesmos poderes da autoridade judicial, para fins de investigação.

( ) d) Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, a ser processada perante o Tribunal de Justiça, porque a decretação de prisão é competência exclusiva dos membros do Poder Judiciário.

37 - É premissa para realização do controle da constitucionalidade das leis, o princípio da ( ) a) soberania popular. ( ) b) razoabilidade das leis. ( ) c) legalidade. ( ) d) supremacia da constituição.

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38 - A norma constitucional cuja aplicação dependa de regulamentação por norma infraconstitucional é considerada de eficácia

( ) a) contida. ( ) b) limitada. ( ) c) plena. ( ) d) concorrente.

39 - A Constituição brasileira quanto ao modo de elaboração, pode ser qualificada como ( ) a) dogmática. ( ) b) democrática ou popular. ( ) c) histórica. ( ) d) escrita.

40 - Norma infraconstitucional produzida sob a égide de anterior Constituição, compatível com nova ordem constitucional, é considerada válida

( ) a) pela teoria da recepção. ( ) b) pela teoria da repristinação. ( ) c) pela teoria da desconstitucionalização. ( ) d) por se tratar de norma de eficácia plena.

41 - Lei municipal que concede subvenção a determinada seita religiosa deve ser considerada ( ) a) inconstitucional, podendo ser impugnada por meio de Ação Direta de

Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal. ( ) b) inconstitucional, podendo ser impugnada por via de Argüição de Descumprimento de

Preceito Fundamental junto ao Supremo Tribunal Federal, desde que observado o princípio da subsidiariedade.

( ) c) constitucional, podendo ser assim declarada, no caso de divergência jurisprudencial, em Ação Declaratória de Constitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal.

( ) d) constitucional , pois a Constituição Federal autoriza a concessão de subsídios a qualquer espécie de culto religioso.

42 - Marque a alternativa que contém erro a respeito da argüição de descumprimento de preceito fundamental a que se refere o § 1º, do artigo 102, da Constituição Federal.

( ) a) Admite-se o deferimento de medida liminar por decisão da maioria absoluta dos membros do STF ou, ainda, em casos de extrema urgência, perigo de lesão grave, ou período de recesso, por concessão do relator, “ad referendum” do Tribunal Pleno.

( ) b) O rol dos legitimados à propositura circunscreve-se, exclusivamente, aos que podem, também, propor a ação declaratória de constitucionalidade.

( ) c) A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória.

( ) d) Exige-se para a decisão o quorum de dois terços dos ministros. ( ) e) O Ministério Público, caso não tenha sido o autor da formulação, terá vista do

processo por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.

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43 - Caracteriza-se como controle difuso de constitucionalidade ( ) a) a ação direta de inconstitucionalidade. ( ) b) a argüição de descumprimento de preceito fundamental. ( ) c) a ação declaratória de constitucionalidade. ( ) d) o recurso extraordinário.

44 - A Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, processada junto ao Supremo Tribunal Federal, tem por objetivos tutelar

( ) a) os princípios sensíveis, previstos no artigo 34, VII, da Constituição da República, e dispor sobre a intervenção da União nos Estados ou Distrito Federal.

( ) b) toda a Constituição Federal e declarar a inconstitucionalidade do ato impugnando. ( ) c) os princípios fundamentais, previstos no Título I, da Constituição da República, e

declarar a inconstitucionalidade do ato impugnando. ( ) d) os princípios da Ordem Econômica, previstos no art. 170, da Constituição da

República, e declarar a inconstitucionalidade do ato estatal que intervenha indevidamente na economia.

Nas questões a seguir, marque para cada item o código [ C ], caso julgue certo ou [ E ], caso julgue o item errado. (Magistratura/BA – 1999) É certo que, em matéria de inconstitucionalidade de atos normativos, a via de exceção, constituindo meio de controle 45 - [ ] repressivo, tem a peculiaridade de ser exercitável à vista de caso concreto.

46 - [ ] preventivo e repressivo, não pode ser objeto de declaração pelo juiz singular, mas

apenas pelo Senado Federal. 47 - [ ] eficaz para suprir, também, omissão, tem a peculiaridade de não ser declaração de

inconstitucionalidade de lei em tese, mas sim exigência imposta para a solução do caso concreto.

48 - [ ] preventivo, tem na pretendida declaração, total ou parcial, o objetivo principal da

lide e não seu incidente. 49 - [ ] repressiva, tem como peculiaridade a possibilidade de ser declarada pelo juiz

singular. 50 - [ ] jurisdicional e preventivo, devendo consubstanciar uma declaração de

inconstitucionalidade de lei em tese, a ser ratificada pelo Senado Federal.

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GGaabbaarriittoo

01.D 02.A 03.C 04.A 05.D 06.D 07.D 08.B 09.C 10.C

11.A 12.A 13.A 14.B 15.B 16.C 17.E 18.D 19.C 20.D

21.B 22.A 23.E 24.D 25.A 26.D 27.D 28.B 29.A 30.E

31.C 32.D 33.A 34.D 35.B 36.B 37.D 38.B 39.A 40.A

41.B 42.C 43.D 44.A 45.C 46.E 47.C 48.E 49.C 50.E

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CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL Manoel Gonçalves Ferreira Filho Saraiva.

CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL Celso Ribeiro Bastos Saraiva

CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL Luiz Alberto David Araújo, Vidal Serrano Nunes Júnior Saraiva

DIREITO CONSTITUCIONAL Alexandre de Moraes Atlas

DIREITO CONSTITUCIONAL POSITIVO José Afonso da Silva Malheiros Editores

Apostilas Concursos Jurídicos Direito Constitucional 01 – Direito e Constituição

Atualizada em 10.07.2007

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