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PAZ NA TERRA A TODOS COM BOA VONTADE PARA TORNAR ESTE MUNDO MELHOR E MAIS SOLIDÁRIO. FELIZ NATAL E UM ÓTIMO 2008! JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO REÚNE MAIS DE 300 ASSOCIADOS 04 | 05 NOVA DIRETORIA BUSCA INTEGRAÇÃO 03 XVIII CONGRESSO MUNDIAL DA FIGO 10 | 11 CORREIOS Impresso Especial 9912174302-DR/PR SOGIP A ASSOCIAÇÃO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DO PARANÁ Rua Buenos Aires, 995 - Cep 80250-070 - Curitiba - Paraná ANO 27 - Nº 14 - DEZEMBRO DE 2007

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PAZ NA TERRA A TODOS COM BOA VONTADE PARA TORNAR ESTE MUNDO MELHOR E MAIS SOLIDÁRIO. FELIZ NATAL E UM ÓTIMO 2008!JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO REÚNE MAIS DE 300 ASSOCIADOS 04 | 05

NOVA DIRETORIA BUSCA INTEGRAÇÃO 03

XVIII CONGRESSO MUNDIAL DA FIGO 10 | 11

CORREIOS

ImpressoEspecial

9912174302-DR/PRSOGIPA

ASSOCIAÇÃO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DO PARANÁRua Buenos Aires, 995 - Cep 80250-070 - Curitiba - ParanáANO 27 - Nº 14 - DEZEMBRO DE 2007

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EDITORIAL

Presidente: Hélvio Bertolozzi Soares

Vice-Presidente: José D’ Oliveira Couto Filho

Secretário Executivo: Fernando César de Oliveira Júnior

Secretário Executivo Adjunto: Lourenço Higa

Tesoureiro: Hélcio Bertolozzi Soares

Tesoureiro Adjunto: Edson Gomes Tristão

Diretor Científico Geral: Rosires Pereira de Andrade

Diretores Científicos Adjuntos: Adilson Carlos GomesAlmir Antonio UrbantezDênis José NascimentoMarcelo Palma de OliveiraNewton Sérgio de Carvalho

Diretor de Assuntos Estratégicos:Antonio Paulo Mallmann

Diretor de Defesa Profissional: José Luis de Oliveira CamargoDiretora de Publicidade:Claudete Reggian

Diretor de Informática:Carlos Miner Navarro

Diretoria Social:Ângela Maria Sanderson ChiarattiLenira Gaede Senesi Rejane Maria Ferlin Solange Borba Gildemeister

Diretoria de Patrimônio:Marcos Takimura Mauricio Michelotto Centa

Conselho de Ética:Adriano Pienaro ChrisostomoElizabeth P. de Pinho Schunemann Geci Labres de Souza JúniorJoão Edson Borba TaquesMárcia Luiza Krajden

comitês especializados

Diretor Editor:Dzonet Quarentei Mercer

Comitê de Obstetrícia:Cláudio Correa GomesEmerson Kooji NihiLuiz Antonio TherezaLuiz NeryMarcelo Guimarães RodriguesRaquel Ferreira Scholz UhligRenato Luiz SbalqueiroVera Maria Araujo Garcia e Boza

Comitê de Ginecologia:Clóvis dos Santos AndradeEdison Luiz Almeida TizzotJaime Kulak JúniorLeonel Ricardo Curcio JúniorMarta Francis Benevides RehmeMário Eduardo RebolhoOctacílio Figueiredo NettoSilmar Cunha da SilvaVinicius Milani Budel

Comitê de Reprodução Humana:Alessandro Gomes SchuffnerCésar Augusto CornelKaram Abou SaabNamir CavalliRicardo Teodoro Beck

sub-comissões regionais

Campo Mourão:Valderez Aparecida C. BathausFrancisco Munhoz Del ClaroCascavel:Carlos Puppi Busetti MoriHelena Lucia Sória Foz do Iguaçu:Ali BakriLuis Geraldo Hesseine Sá Guarapuava:Hélio Delle Donne JúniorLuiz Ângelo FornazariLondrina:Sueli Aparecida Kubiack Gorla Julio de Jesus Gonçalves Arruda

Maringá:Neusa Marli PresaJosé Eloi Tramontin Medianeira:Ângela Maria Moser Pato Branco:Ângelo Wilson VascoEduardo Ernesto Obrzut Filho Ponta Grossa: Marli Macias Techy Northon Arruda Hilgenberg

Editor da Revista SOGIPADzonet Q. Mercer

Jornalista ResponsávelSimone MeirellesMTB 2615 - PR

RedaçãoSimone Meirelles

Diagramação, ctp e impressãoprimapress.com.br | Gráfica Darnol Ltda.telfax 41 3252 4068

Tiragem2000 exemplares

É permitida a reprodução, desdeque citada a fonte. Os artigos assinadosnão reproduzem a opinião da revista.

DIRETORIA Biênio 2008 - 2009 expediente

DISCURSO DE PASSAGEM

Minhas saudações a todos vocês, caros amigos associados: neste momento de deixar a presidência da SOGIPA fiquei pensando no que gostaria de falar a vocês, e fui buscar inspiração no discurso do Padre Antônio Vieira, “Sermão do Sexagenário”, proferido em 1655, onde comenta sobre a Parábola do Semeador (Lucas,8,5-15) e sobre os pregadores, e diz:

“O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens. Os espinhos são os cora-ções embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias, e nestes afoga-se a palavra de Deus. As pedras são os corações duros e obstina-dos, e nestes seca-se a palavra de Deus, e se nasce, não cria raízes. Os caminhos são os corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das coisas do mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que atravessam, e todas passam, e nestes é pisada a palavra de Deus, por-que ou a desatendem, ou a desprezam. Finalmente a terra boa são os corações bons, ou os homens de bom coração, e nestes prende e frutifi-ca a palavra divina com tanta fecundidade e abundância, que se colhe cento por um.”

Em nossa gestão procuramos congregar a todos os associados em torno de um objetivo comum que é a nossa SOGIPA, tentando torná-la maior e mais forte, com seus ramos estendidos tanto pela Capital como pelo Interior, procuramos levar “nossas sementes” a todos os ginecologistas e obstetras do Paraná. Mas, como “O Semeador” aci-ma, elas caem em vários tipos de solos, e alguns não a aproveitam, mas os que aproveitam dão muitos frutos, e estes frutos se refletem na amizade que temos por todos vocês queridos associados. Pode-mos dizer que somos uma grande família!

Também Antônio Vieira nos diz: “Cristo comparou o pregador ao semeador. O pregar, que é falar, faz-se com a boca: o pregar, que é semear, faz-se com a mão. Para falar ao vento, bas-tam palavras: para falar ao coração, são necessárias obras”, foi com este espírito que baseamos nossas ações na SOGIPA, nossas obras estão aí.

Gostaria de agradecer primeiro a Deus, e a todos que colaboraram conosco nesta gestão: à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, à Secretaria Estadual de Saúde, ao Ministério da Saúde, nossos parcei-ros de luta pela saúde da Mulher, a toda a indústria farmacêutica que nos apoiou nesta gestão. Às nossas colaboradoras Ana, Leonor e Ma-ria, vocês são “o espírito da SOGIPA”, sem vocês nada seria possível!

E a toda a Diretoria, como já coloquei anteriormente, cada um de vocês é uma pérola especial, que juntos formam uma volta do co-lar de pérolas, que junto com todos os associados formam as outras inúmeras voltas deste valioso colar de pérolas que é a SOGIPA. Vocês são nota 10! Muito obrigado a todos! Agradeço também à minha família, pela paciência com esta amante temporária que é a SOGIPA. E ao meu sucessor, meu caro amigo Hélvio: que Deus abençoe e ilu-mine seus passos à frente da nossa querida SOGIPA!

Um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações para todos!

Dr. Fernando César de Oliveira JuniorPresidente da SOGIPA - gestão 2006-2007

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BUSCA INTEGRAÇÃO COM ASSOCIADOS

INTEGRAÇÃO. Esta será a palavra chave para a diretoria da SOGIPA na gestão 2008-2009. O novo presidente, Dr. Hélvio Bertolozzi Soares, destaca que a expansão da entidade, com aumento no número de associados e eventos no interior do Estado, estão entre as prioridades da sua gestão. Saiba mais a respeito dos planos da nova gestão nesta entrevista: O quE SIGnIfIcA PArA O SEnHOr SEr PrESIDEntE DA SOGIPA?DR. HÉLVIO: Digo que estou presidente e não que sou presidente. É uma questão de desejo pessoal e agradecimento pelo muito que a SOGIPA ofereceu ao longo da minha vida médica, ajudando a projetar o médico e o professor.

quAIS SErãO OS PrIncIPAIS DESAfIOS DA nOvA DIrEtOrIA?DR. HÉLVIO: Integrar os ginecologistas e obstetras de todo o Estado e transformar a Sociedade em utilidade pública. Além disso, trazer mais vantagens aos associados por meio de medidas cooperativistas. Eles poderão, por exemplo, fazer compras com menor preço em produtos como automóveis, TVs digitais, notebooks, viagens e outros.

Outro desafio é conquistar novos sócios. Hoje, a SOGIPA tem cerca de 30% dos ginecologistas e obstetras do Estado como associados. Para isso, vamos invadir o interior com cursos itinerantes, a custo zero para os participantes. Iremos abordar questões de programas de saúde da família, buscando participação de médicos e agentes comunitários de saúde.

OnDE SErãO rEAlIzADOS EStES curSOS?DR. HÉLVIO: Teremos o foco em cinco macro-regiões: Londrina, Maringá, Cascavel, Campos Gerais e Curitiba. A educação continuada não será esquecida. Haverá cursos das especialidades nas áreas de Ginecologia e Obstetrícia. Além disso, iremos estimular a realização de serões mensais para discussão de casos clínicos na Região Metropolitana de Curitiba. Outro tema abordado nessas reuniões será o gerenciamento econômico da atividade médica.

E quAl O OBjEtIvO DESSAS AçõES Em rElAçãO AO ASSOcIADO?DR. HÉLVIO: Buscar aproximação, não apenas com o associado, mas com todos os médicos ginecologistas e obstetras do Estado, sócios e não sócios. Queremos levar a eles conhecimento da produção científica e mostrar as ferramentas já existentes para sua capacitação. Ao incentivar a participação em reuniões científicas e culturais, vamos ressaltar que há grandes vantagens em ser sócio da SOGIPA. Entre outros exemplos, também pela distribuição gratuita das revistas Femina e RBGO.

HAvErá AlGum EvEntO ESPEcIAl PrOGrAmADO Em 2008?DR. HÉLVIO: Sim, pretendemos realizar uma programação diferenciada no Dia do Obstetra, 30 de outubro. A idéia é fazer um evento em Foz do Iguaçu, com cursos de temas como gravidez de risco, medicina fetal, imagem obstétrica e mercado de trabalho. Haveria

horários livres para congraçamento, reunião de ex-residentes de todas as residências do Paraná. Será um evento completo com aspecto político, pessoal e oportunidade para os obstetras se conhecerem melhor, além de integrar a ala jovem à mais experiente, rever amigos e professores. A DIrEtOrIA tErá EntãO muItO trABAlHO PElA frEntE...DR. HÉLVIO: Com certeza, e ainda temos mais um desafio: buscar trazer para o Paraná o Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia de 2011. Para isso, precisamos aumentar o número de associados e realizar uma boa campanha política junto às outras federadas.

NOVA DIRETORIA

MENSAGEM DE NATAL

Dr. Hélvio Bertolozzi Soares, Presidente da SOGIPA

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e confraternização, regada à boa

comida e muita música. Assim foi

o jantar dançante que reuniu 318

associados da SOGIPA no último

da 01 de dezembro no restaurante

Porta Romana, em Curitiba. Come-

morando o fim de um ano produti-

vo, a diretoria comandada pelo Dr.

Fernando César de Oliveira Junior

passou o mandato à nova direção,

que tem à frente o Dr. Hélvio Ber-

tolozzi Soares como presidente e

o Dr. José D’ Oliveira Couto Filho

como vice-presidente. O evento

também teve caráter beneficen-

te, pois foram arrecadados roupas

e brinquedos para instituições de

auxílio a crianças portadoras de

HIV e para um lar social que abri-

ga menores em situação de risco. A

festa teve patrocínio do laboratório

Bayer Schering. Veja nestas páginas

alguns flashes do evento.

JANTAR DANÇANTE REÚNE MAIS DE300 ASSOCIADOS

Uma noite de festa

COMPLETA LINHA DE EQUIPAMENTOS DE:Ultra-sonografia | MamografiaTomografia Computadorizada

Densitometria Óssea | AngiografiaRessonância Magnética

[email protected]

REPRESENTANTE EXCLUSIVO

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5Centro de Reprodução Humana

Av. Rep. Argentina, 210, 17º andarÁgua Verde, Curitiba, PRtel. 41 3039 5556 - [email protected]

Amais moderna clínica emReprodução Humana com aresponsabilidade que omomento requerResponsável:Pós-graduação em Medicina Reprodutiva no JonesInstitute for Reproductive Medicine, Norfolk, EUA.

Alessandro Schuffner

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JEAN COHEN UM MÉDICO EXEMPLARPor: Dr. Rosires Pereira de Andrade | Dir. Científico da SOGIPA.

Jean Cohen em Curitiba, proferindo

palestras no I Encontro Internacional de

Esterilidade e Contracepção, em março de

1980. No centro, o autor deste artigo e do

outro lado o Prof. Hamilton Júlio.

Em dezembro de 1975 parti para a Fran-ça, numa viagem de navio de onze dias até Cannes-sur-Mer (ao lado da famosa Cannes), de onde posteriormente segui para o meu destino final, Paris. O objetivo era estagiar durante 2 anos com o maior nome mundial na época em esterilidade conjugal, Raoul Palmer. Há muito para fa-lar desse brilhante pesquisador francês, mas este artigo é para tratar do seu assis-tente francês mais famoso, o Jean Cohen.

Durante o estágio com Palmer, ele me in-dicou que também deveria conhecer Jean Cohen, na época com 46 anos, que dirigia uma clínica de ginecologia e obstetrícia na rua de Passy, bastante próxima ao Arco do Triunfo e da Avenida dos Campos Elí-seos. Após ser indicado e apresentado por Palmer, comecei a participar das cirurgias do Cohen, não só em Passy, mas também no Hospital de Sèvres, próximo de Paris onde, de 1974 a 2002, foi o diretor do Cen-tre de Sterilité. Em 1977, Cohen já aspirava folículos ovarianos durante laparoscopias para identificar óvulos, no hospital em Sèvres.

Jean Cohen sempre teve uma capacidade de trabalho admirável, diria até invejável

no bom sentido de se admirar e copiar o melhor. Atendia consultas o tempo todo que estava na clínica e nos intervalos re-alizava várias cirurgias. Acompanhei lapa-roscopias, cirurgias para correção de dis-túrbios que ocasionavam esterilidade em mulheres e várias vezes circuncisões em recém-nascidos, filhos de mulheres e ho-mens de origem judaica que a ele confia-vam esse procedimento (Cohen também é de origem judaica).

Após os procedimentos cirúrgicos na clí-nica que dirigia, partíamos no seu espor-tivo mercedes-benz (nada luxuoso, era um modelo antigo e ter um carro assim na França nada tinha a ver com riqueza) para Sèvres. Quando chegávamos, os re-sidentes já haviam avaliado as pacientes e então apresentavam os dados clínicos, discutíamos os procedimentos indica-dos e também operávamos as pacientes, quando necessário.

Em resumo, foram muitos meses de ati-vidades de capital importância para a minha formação médica em esterilidade do casal. Voltei para o Brasil em 1977 mas tive o grande prazer de continuar amigo de Cohen que, inclusive, veio a Curitiba,

convidado por mim e Dr. Lídio Centa, jun-to com Raoul Palmer e outros importantes nomes mundiais da esterilidade, quando aqui realizamos o I Encontro Internacional de Esterilidade Conjugal e Contracepção, em 1980.

Em alguma noite de março de 1984, reu-niram-se em Paris Jean Cohen e Robert Edwards, o famoso biólogo inglês que, juntamente com o ginecologista Patrick Steptoe obteve o primeiro êxito da histó-ria em fertilização in vitro, que resultou no nascimento da famosa Louise Brown, em julho de 1978, o primeiro bebê de proveta do mundo.

O encontro dos dois foi para discutir e como resolver a falta de espaço que pes-quisadores europeus em reprodução ti-nham para compartilhar os seus resulta-dos de pesquisas. Dessa discussão surgiu a idéia de criar uma sociedade, com en-contros anuais e uma publicação de uma revista para dar espaço aos pesquisadores europeus de mostrar os seus estudos. As-sim nasceu a sociedade européia de re-produção humana conhecida por ESHRE que até hoje continua sendo uma das mais ativas instituições internacionais da

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nossa área de reprodução humana. Assim também nasceu a hoje famosíssima revis-ta Human Reproduction, que teve o seu primeiro número publicado em janeiro de 1986.

Jean Cohen não teve sucesso no sentido de ter a primeira criança nascida por fer-tilização in vitro na França. O grupo de Clamart, liderado por Jacques Testart e René Frydman, obtiveram sucesso com o nascimento de Amandine em fevereiro de 1982 mas Alexia, do grupo liderado por Cohen em Sèvres, nasceu em junho do mesmo ano. Mas isso pouco importa, não é fundamental ser o primeiro (embo-ra deve ser reconhecido o papel na França e no mundo que teve e continua tendo o grande pesquisador René Frydmann), o importante é continuar sendo impor-tante e produtivo cientificamente. E isso com certeza Cohen foi, e muito. Em 1996 recebeu o título de Cavaleiro da Legião de Honra da França pelos serviços prestados à medicina reprodutiva.

No último Congresso Mundial de Gine-cologia e Obstetrícia, em novembro de 2006, realizado em Kuala Lumpur, na Ma-lásia, encontrei pela última vez o amigo

Jean Cohen. Usava uma bengala, tinha muita dificuldade para caminhar, mas es-tava alegre e parecia feliz como sempre e muito ativo. Apresentou-me sua nova esposa, uma francesa que falava um bom português.

Infelizmente, Jean Cohen morreu recen-temente, quando estava no Marrocos, no mês de agosto deste ano de 2007.

Ele teve um papel por demais importante no desenvolvimento da pesquisa, da as-sistência e das ações visando evoluir em esterilidade conjugal. Também foi muito importante em anticoncepção, com quem me iniciei em pesquisa nessa área e na defesa das mulheres em terem acesso ao aborto legal na França. Ninguém melhor que René Frydman para falar a respeito de Cohen, conforme recentemente publica-do na revista Human Reproduction:

“No final dos anos 1970 éramos apenas dois grupos trabalhando em fertilização in vitro na França, e tínhamos que traba-lhar juntos. Nós fizemos as fertilizações em Clamart e Jean fazia as transferências no Hôpital de Sèvres. Ele se tornou um grande irmão para mim. Trabalhamos

juntos numa competição leal e amigável. Mas é claro que eu sabia quem ele era – e então conhecendo-o – muito antes disso porque era sempre o Jean quem tinha a iniciativa na França para dizer o que pen-sava e no que acreditava. Foi ele quem teve as novas idéias e nos fez pensar sobre os novos métodos. Nesse ponto, ele foi um verdadeiro pioneiro, e para nós na França um verdadeiro líder.”

Dr. Cesar Augusto CornelDr. Marcelo Gomes Cequinel

EmbriologistaAna Letícia M. Mansur

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Av. Batel, 1889, 2º andar, Hospital Santa Cruz, Batel, tel. 3312 3991Av. Visconde de Guarapuava, 5532, Batel

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Jean Cohen, em foto de 2007.

Jean Cohen não teve sucesso no sentido de ter a primeira criança nascida por fertilização in vitro na França. Mas isso pouco importa (...)

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RESUMO

Há muito se fala da importância do esper-matozóide no desenvolvimento embrioná-rio. As deficiências da molécula de DNA do espermatozóide não necessariamente evi-tam a fertilização, sendo ele ainda capaz de formar um pró-núcleo normal após a inje-ção intra-citoplasmática (ICSI). Porém algu-mas conseqüências podem ocorrer devido ao imprinting genômico e a fragmentação de DNA.

Este trabalho mostra a importância de ava-liar não apenas fatores morfológicos, mas também fatores genéticos e epigenéticos do espermatozóide no tratamento de ca-sais inférteis com abortos de repetição.

INTRODUÇÃO

Atualmente, cerca de 15 a 20% dos casais em idade reprodutiva são acometidos por pro-blemas de fertilidade, e em cerca de 30% dos casos a infertilidade é atribuída a causas mas-culinas. Várias etiologias foram identificadas como causas da infertilidade masculina, as quais incluem mutações genéticas, aneuploi-dias, doenças infecciosas, oclusão do ducto ejaculatório, varicocele, exposição à radiação, quimioterápicos e disfunções erétil e ejacu-latória. No entanto, aproximadamente 40% dos homens inférteis apresentam infertilida-de sem causa conhecida, o que representa um sério problema já que nestes casos a tera-pêutica empírica não tem sucesso.

Após a introdução da técnica de injeção intra-citoplasmática de espermatozóide (ICSI) houve uma revolução no tratamento da infertilidade masculina, proporcionando a pacientes antes incapazes de poder repro-

duzir, a oportunidade de se tornarem pais genéticos. Entretanto, na técnica de ICSI o es-permatozóide é injetado diretamente dentro do oócito, sendo eliminadas muitas barreiras naturais que excluiriam um espermatozóide anormal ou com defeitos genéticos de entrar no oócito.

ESPERMATOGÊNESEAs células germinativas masculinas originam-se a partir das células primordiais provenien-tes do saco vitelino que chegam as gôna-das em formação, onde são convertidas em espermatogônias. Estas então entram em meiose na puberdade com a produção de testosterona pelas células de Leydig, sendo este processo contínuo até a senescência do indivíduo.

Espermatogênese é o nome dado ao proces-so de formação do espermatozóide a partir das espermatogônias, que se multiplicam por mitose proporcionando assim a renova-ção contínua de material genético, não ha-vendo assim envelhecimento dos gametas como ocorre com os oócitos formados ainda na fase embrionária que serão os mesmos pelo resto da vida da mulher.

EFEITO PATERNOA boa qualidade do material genético (DNA) é essencial para a perfeita transmissão da infor-mação genética para a próxima geração. As contribuições do material genético são de vi-tal importância para a embriogênese. A soma da contribuição do DNA, controle epigenéti-co, assim como, a regulação da transcrição do DNA, tradução e a função cromossômica são necessárias para o desenvolvimento em-brionário. Alguns estudos têm mostrado que fatores paternos podem ser responsáveis pe-las repetidas falhas em tentativas de técnicas

em reprodução assistida (TRA). Alguns estu-dos têm sugerido que danos de DNA paterno podem servir como um marcador para diag-nósticos das adversidades do efeito paterno no desenvolvimento pré-implantacional em humanos. Os exatos mecanismos que levam a esses danos ainda não são completamente entendidos, mas algumas teorias são propos-tas para explicá-los, como falhas no processo de compactação da cromatina, altos níveis de apoptose e o estresse oxidativo.

IMPRINTING GENÔMICOFreqüentemente, a epigenia é usada para mostrar a idéia de agentes intrínsecos das cé-lulas, tecidos ou organismos, influenciando não o código genético, mas sim o padrão da expressão genética. A epigenética é o estudo de como a transcrição dos genes, a expressão e a utilização dos produtos é modificada por fatores extrínsecos diferenciados, para definir e manter as distinções celulares, teciduais ou fenotípicas do organismo.

O imprinting genômico é uma mudança epi-genética em que a troca da seqüência dos nucleotídeos do DNA não é afetada, somen-te a natureza e a estrutura da associação das proteínas da cromatina e a modificação da metilação das histonas. Essa mudança epi-genética afeta o empacotamento do DNA, o acesso a fatores de transcrição e também o potencial de transcrição. O imprinting paterno no espermatozóide é modificado durante a passagem pelo epidídi-mo onde a metilação do DNA é muito reduzi-da na preparação para a fertilização por uma via passiva de demetilação. Existem também, os imprints causados pelo desenvolvimento, refletindo uma estável ativação dos alelos durante o desenvolvimento embrionário,

a importância do espermatozóide no desenvolvimento embrionário pré-implantacionalRE

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Análise seminalIndução da ovulaçãoInseminação artificialCirurgia ginecológica e microcirurgiaVideolaparoscopiaFertilização in Vitro convencional (FIV)ICSI - Injeção intracitoplasmática de espermatozóidesBiópsia embrionária pré implantacional - PGDPESA/TESA - extração de esperma diretamente do epidídimo ou testículoCriopreservação de sêmen, óvulos e tecido ovarianoImunologia da Reprodução Humana

Av. Silva Jardim, 2103Rebouças, Curitiba, PRwww.fertway.com.br

3026.21033027.2103

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UmnovoSentidoà Vida.

Dr. Francisco Furtado Filho, Ivana Rippel Hauer e Dra. Márcia Chemin Nicola

dando as células e tecidos uma estabilidade no desenvolvimento dos fenótipos. De fato, houve a identificação de um pequeno im-pacto nas taxas de fertilização, porém uma diminuição na morfologia embrionária e gravidez quando avaliados espermatozóides com alterações na posição da metilação no genoma.

APOPTOSEA apoptose é caracterizada pela presença de DNA fragmentado nos espermatozóides hu-manos ejaculados. Este fenômeno é um me-canismo ativo de morte celular programada, diferente da necrose, e acontece pela trans-crição de genes e pela ativação de enzimas que agem no processo de autodigestão con-trolada por proteases endógenas. É um im-portante processo no quais células indeseja-das são excluídas de um organismo durante a remodelação e diferenciação dos tecidos.

A apoptose controla a produção de gametas masculinos e limita o nível de proliferação das células germinativas para que não ultra-passe a capacidade suportada pelas células de Sertoli. Em indivíduos com sêmen normal, a apoptose é detectada em uma pequena porcentagem de espermatozóides ejacula-dos, entretanto espermatozóides de indiví-duos com sêmen anormal caracterizam-se por possuir um alto nível de fragmentação de DNA, que é um indicativo de apoptose.

ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO (ERO)No trato reprodutor masculino existe um equilíbrio entre a produção de ERO e de agen-tes anti-oxidantes. Quantidades limitadas de ERO são necessárias para a regulação das funções normais do espermatozóide, como a capacitação, reação acrossômica e fusão do espermatozóide no oócito. A produção de excessiva quantidade de ERO no sêmen pode superar a capacidade dos mecanismos de defesa anti-oxidante do espermatozóide e do plasma seminal, causando um estresse oxidativo. Os espermatozóides são células al-tamente vulneráveis aos danos causados por

ERO devido a alta quantidade de ácidos gra-xos poli-insaturados presentes na membrana plasmática. Além disso, as baixas concentra-ções de enzimas antioxidantes em seu cito-plasma reduzido contribuem para torná-los vulneráveis.

RAGMENTAÇÃO DE DNAO uso de espermatozóides com fragmenta-ção de DNA realça a questão de que o zigoto ou o embrião possuem a capacidade de com-pensar ou corrigir essas deficiências para que o espermatozóide com danos no DNA consi-ga a fertilização. Sabe-se que o DNA danifi-cado do espermatozóide na fertilização é um fator em que o embrião em desenvolvimento e o oócito tentarão compensar, porém não se sabe como esses danos comprometerão o desenvolvimento embrionário.

A infertilidade masculina, com uma alta inci-dência de danos de DNA na população de es-permatozóides ejaculados, comparada com espermatozóide testicular, no último é muito menor. Esta observação confirma a hipótese de que a maioria dos danos de DNA resulta das alterações decorrentes ao nível pós-tes-ticular, entretanto, não se pode excluir a pre-disposição do espermatozóide para um tipo de dano nas fases iniciais de formação.

Alguns estudos têm indicado que o resulta-do da ICSI não está relacionado com a mor-fologia estrita do espermatozóide usada na micro-injeção. As taxas de fertilização obtidas de amostras de sêmem com morfologia po-bre (3% de células normais) não diferem da-quelas obtidas com amostras de sêmem com melhor morfologia dos espermatozóides. Similarmente, nenhuma diferença em taxas clínicas de gravidez tem sido observada. Por esta razão, a fragmentação de DNA no esper-matozóide deve ser avaliada na qualidade do sêmem. A análise seminal é essencial na avaliação da infertilidade masculina, mas os parâmetros analisados convencionalmente como concentração, motilidade e morfologia não revelam defeitos mais sutis dos esper-

matozóides. Aproximadamente 15% dos pa-cientes com fator masculino de infertilidade apresentam análise seminal normal. Estudos recentes sugerem que o status do DNA do es-permatozóide é um parâmetro independen-te da qualidade espermática que tem uma boa capacidade diagnóstica e prognóstica.

CONCLUSÃO

O espermatozóide pode causar anormalida-des no desenvolvimento embrionário. Essa deficiência no espermatozóide não pode ser observada pelos parâmetros normais de avaliação da qualidade do sêmem, e também não afeta as taxas de fertilização após a técni-ca de ICSI. Mais trabalhos devem ser realiza-dos para determinar o mecanismo dessa de-ficiência no desenvolvimento embrionário e as estratégias de diagnóstico e cura. Um dos mecanismos prioritários a serem estudados deve ser o imprinting genômico.

A fragmentação de DNA parece não afetar o desenvolvimento pré-implantacional do embrião, mas tem uma grande interferên-cia nas taxas de implantação, no desenvol-vimento pós-implantacional do embrião e abortos, sendo assim a fragmentação deve ser considerada na avaliação da qualidade do espermatozóide se observado aborto de repetição em casais em tratamento por ICSI. Na FIV clássica, a fragmentação parece afetar menos as taxas de gravidez e aborto, porém mais estudos devem ser realizados para uma melhor conclusão dessa hipótese.

Alessandro SchuffnerComissão de Reprodução Humana da SOGIPA

[email protected]

Thiago PlácidoEmbriologista

Leia este artigo na íntegra no site da SOGIPA

(www.sogipa.org.br)

a importância do espermatozóide no desenvolvimento embrionário pré-implantacional

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Muitos ginecologistas e obstetras participam de eventos da especialidade no Brasil e no exterior. No entanto,

ainda assim, proporcionalmente é muito pequena a participação. Por isso, a partir desta edição da Revista da SOGIPA

e do boletim SOGIPA News, publicaremos sempre algo a respeito dos eventos mais recentes que aconteceram. “Peço a

colaboração de todos os associados, mandando a sua colaboração, sempre que participarem de um evento científico,

que publicaremos neste Boletim. Lembro que contamos com a participação da jornalista Simone para auxílio técnico”,

observa o Dr. Rosires Pereira de Andrade, diretor científico da SOGIPA. Veja nas páginas a seguir os relatos do Congresso

Mundial da FIGO e do Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia.

durante um importante evento realizado em Lon-drina, encontrei o Dr. Adilson Carlos Go-mes, de Maringá, que me fez um convite sui generis. Como ele realizaria o próximo evento em Maringá, a II Jornada de Gine-cologia e Obstetrícica do Norte do Paraná, de 20 a 22 de setembro de 2007, eu deve-ria fazer um relato sobre como teria sido o XVIII Congresso Mundial da FIGO – Fe-deração Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, que seria realizado em Kuala Lumpur, na Malásia, de 5 a 10 de novem-bro de 2006. Achei interessante o convite, aceitei, preparei a palestra e já a apresentei.

Muitos brasileiros estiveram presentes no Congresso, mas com certeza muito pou-cos em relação ao nosso universo de es-pecialistas brasileiros. Por isso, aproveito esse espaço para algumas informações a respeito e também para dar algumas informações sobre a FIGO e a Malásia.

A FIGO é uma organização única e congrega especialistas e associações nacionais como a FEBRASGO, de 113 países ou territórios ( http://www.figo.org ) . Sua missão é promo-ver o bem-estar de mulheres e suas crianças e estabelecer/difundir padrões de prática em obstetrícia e ginecologia ao redor do mundo.Segundo Dorothy Shaw, Presidente da FIGO, em 17 de setembro 2007, os recursos para a promoção da Saúde e dos Direitos Sexuais e Reprodutivos são obtidos através de ati-vidades educacionais, de pesquisa e de po-líticas ao redor do mundo. Suas atividades servem para estreitar laços com as socie-dades membros e entre essas sociedades.

A fundação da FIGO foi em 26/07/1954, em Genebra, onde estiveram 42 socie-dades nacionais reunidas. É uma orga-nização de utilidade pública, sem fina-lidades lucrativas, o dinheiro vem das

sociedades, de verbas obtidas de outras ins-tituições e do congresso mundial tri-anual.

FIGO tem um Comitê Executivo (Executive Board), composto por 6 funcionários e re-presentantes de 24 sociedades membros. Muito se decide através de correspondên-cia. É feita apenas uma reunião anual de todos os membros do comitê e realiza-se uma Assembléia Geral, no Congresso, com os Delegados de cada sociedade membro.

Isto posto, conhecendo-se assim um pou-co mais da FIGO, proponho conhecer tam-bém algo sobre a Malásia. Desde 1824 foi uma colônia do Reino Unido e entre 1942 e 1945 (2ª guerra mundial) foi ocupada pelo Japão. Aliás, graças a isso, até hoje falam com rancor sobre os japoneses e em vários locais encontram-se homenagens aos seus heróis que morreram durante essa invasão. Em 1948 os britânicos formaram a Fede-ração Malaia. A independência do Reino Unido veio em 1957. A Malásia foi forma-da em 1963, quando colônias britânicas de Singapura entraram para a federação.

Nove dos 13 estados da Malásia têm um sultão ou um chefe de Estado hereditá-rio. Os quatro restantes têm governadores nomeados pelo rei. Em 1969 os conflitos raciais entre chineses e malaios levaram a tumultos e os partidos malaios perderam votos nas eleições que se seguiram. Con-tinuam a existir restrições às liberdades individuais como a proibição de discus-são em público. Apesar das consideráveis diferenças étnicas, a Malásia tem progre-dido com a criação da unidade nacional.

É óbvio que falar sobre tudo o que acon-teceu no Congresso é humanamente im-possível. No entanto, alguns pontos que considero essenciais quero aqui ressaltar.Uma das mais importantes apresentações,

a chamada “Keynote Session”, foi promo-vida em conjunto pela FIGO e IFFS – Fe-deração Internacional de Esterilidade e Fertilidade, também conhecida como “De Wateville Lecture”. O tema da apresentação foi “Embryonic Stem Cells – Science, Appli-cations & Ethics”, feita por Marthin Frede-rick Pera, da Monash University of Medical, Victoria – Australia. É o grande assunto do momento esse das células tronco, as perspectivas são fantásticas e muito ética se faz necessário, donde o papel da FIGO.

Alguns temas discutidos neste evento ge-ralmente não o são nos nossos, nacionais e estaduais. Por exemplo, um dos temas que foram abordados referiu-se ao ensino, treinamento e capacitação em ginecologia e obstetrícia na residência médica. As apre-sentações foram feitas por um professor dos Estados Unidos, outro da Inglaterra (falan-do sobre a União Européia) e um último da China. Foi muito interessante e penso que deveríamos como sociedade especializada, também tratar e nos preocuparmos mais com isso em nosso meio. Bastante resumi-damente, as apresentações giraram mais ou menos em torno do que precisa fazer na prática um residente para estar devida-mente capacitado a realizar após o término da residência. Subentende-se, obviamen-te, a necessidade de aprendizado teórico mínimo necessário para uma boa prática.

Um outro assunto interessante e importan-te, do mesmo modo pouco abordado entre nós, foi a respeito das revistas científicas, a importância e as exigências de cada uma, os problemas relacionados a publicações mentirosas (exemplo citado foi o do “pes-quisador” da Coréia do Sul, que mentiu sobre células tronco; as revistas importan-tes do mundo publicaram tudo que ele es-creveu sem contestar, poucos anos atrás).Como era de se esperar, aconteceram várias

Relato do XVIII Congresso Mundial da FIGO Kuala Lumpur, Malásia Por: Rosires Pereira de Andrade | Diretor Científico Geral da SOGIPA - 2007 . 2009

No ano de 2006,

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apresentações sobre a vacina contra HPV. Uma delas já está aprovada e comerciali-zada em vários países, inclusive no Brasil, há pouco mais de um ano e a outra deve chegar logo para venda. Nada de novo neste assunto, pois no Brasil nós pesquisa-dores temos participado de todas as pes-quisas internacionais com essas vacinas, desde a fase II até a comercialização e os eventos brasileiros têm mostrado todos os resultados imediatamente às publica-ções. Alguns artigos a respeito estão dis-poníveis em www.cerhfac.com.br . Foi uma das poucas áreas dos temas do Congresso em que nós temos acompanhado o mun-do, às vezes temos até estado na frente.

A fantástica ginecologista alemã Lisolet-te Mettler, da Universidade de Schleswig – Holstein, Schleswig-Holstein, que foi as-sistente do espetacular e inovador lapa-roscopista Kurt Senn, de saudosa memória, proferiu a palestra “Robotics and Simulators in Gynecologic Endoscopic Surgery”. Na Alemanha estão operando endoscopica-mente com robôs. Em seguida, como con-traponto, pois nem tudo são rosas neste mundo globalizado, uma médica do Hos-pital de Dhaka, em Bangladesh, falou sobre as dificuldades e perspectivas de uma país pobre. Asseguro que essa última foi uma apresentação bem menos motivadora…

Entre as várias apresentações, fiquei impres-sionado também com aquela feita como “Keynote Session: Reproductive Medicine”, cujo título foi “Assisted Reproduction: Past, Present and Future”. O apresentador foi o Zev Rosenwaks, do “The Center for Repro-ductive Medicine and Infertility, New York, United States of America – Cornell Universi-ty”. Trata-se de um dos maiores serviços para atender casais com infertilidade do mundo. É impressionante a estrutura existente na ins-tituição. Os médicos já tinham conseguido sucesso com o nascimento de 124 crianças, através da criopreservação de óvulos, que é uma opção se não for possível congelamen-to de embriões, segundo a apresentação.

Com certeza muitos outros temas interes-santes não consegui ver, o que sempre acon-tece nesses megaeventos. Mas sem dúvida, muito do que é novo e que foi mostrado demorará muito para chegar em alguns pa-íses, se é que algum dia chegará. Queiramos ou não, gostemos ou não, os eventos inter-nacionais mostram duas medicinas: uma realizada nos países desenvolvidos e outra, possível, nos mais pobres. Quanto mais se avança, parece que maior é a distância en-tre uns e outros. O Brasil convive certamen-

te com os dois lados, pois temos uma medi-cina altamente evoluída para os indivíduos com mais posses e outra, insatisfatória, para os mais pobres. Há um longo caminho e é uma luta árdua, da qual todos nós precisa-mos participar, para fazer da medicina uma só: o melhor para todos, independente de cor, gênero, credo, raça ou condição social.

A FIGO tem vários comitês, entre os quais:

• Oncologia - DSTs/AIDS | Saúde perinatal • Educação | Maternidade segura • Terminologia médica | Mulheres médicas • • na especialidade • Atividades sociais na saúde das mulheres • Novas tecnologias | Patologia mamária - • • Ética

Relato do XVIII Congresso Mundial da FIGO Kuala Lumpur, Malásia Por: Rosires Pereira de Andrade | Diretor Científico Geral da SOGIPA - 2007 . 2009

• Organização / Administração de Projetos de Maternidade Segura ao redor do mundo

• Prêmios a sociedades envolvidas na organização de eventos nacionais sobre mortalidade materna - maternidade segura

• Organização de workshops internacionais e a Leitura de Watteville - junto com IPPF - Federação Internacional de Planejamento Familiar (Hubert Watteville foi um dos fundadores da FIGO)

• Bolsas de estudos como prêmios (“fellowships”).

• Relatório Mundial sobre Saúde das Mulheres – publicado cada 3 anos – coincide com o Congresso

• Suplemento especial do International Journal of Gynecology & Obstetrics.Entre as resoluções das Assembléias Gerais da FIGO incluem-se:

• Mutilação genital feminina (1994)

• Violência contra as mulheres (Copenhagen 1997)

• Direitos das mulheres relacionados à Saúde Sexual e Reprodutiva (Washington DC 2000)

• Direitos Reprodutivos e Sexuais das Mulheres – Uma responsabilidade social para os obstetras e ginecologistas (Santiago 2003)

• Responsabilidades éticas e profissionais da FIGO a respeito dos Direitos Sexuais e Reprodutivos (Santiago 2003)

• Seleção sexual com finalidades não médicas (Kuala Lumpur 2006)

• Objeção com responsabilidade (Kuala Lumpur 2006)

• Acesso ao atendimento (Kuala Lumpur 2006)

• Registro de mortes maternas (Kuala Lumpur 2006).

Outrasatribuições da FIGO

Abaixo pode-se ver a enorme, maravilhosa e fantástica Torres Gêmeas Petronas Towers, em Kuala Lumpur, Malásia, um dos países chamados tigres asiáticos.

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Na bela cidade de Fortaleza tivemos a opor-tunidade de participar do Congresso maior para nossa classe de GOs Brasileiros. Centro de Convenções enorme, embora ainda não totalmente compatível com os mais de 7 mil inscritos. No fosse a beleza fantástica da ci-dade e de seus passeios que convidava tam-bém ao lazer... quem sabe se todos os inscri-tos estivessem no centro ao mesmo tempo talvez não suportasse tal população. Calor, Sol, muito sol... Mar...maravilhoso embora vendo apenas do carro quando nos dirigí-amos ao centro, para alguns que não tive-ram a oportunidade de se deliciar em suas águas. Clima de congresso, muita gente... muita gente mesmo. Dezenas, quem sabe até uma centena de stands parando cada possível prescritor e oferecendo inúmeros brindes: sacolas, canetas, livros, comidinhas e bebidinhas, mais sacolas... uns oferecendo sorvetes deliciosos... feliz daquele que expe-rimentou o de cupuaçu ... exuberante. Afinal muitos amigos dentro e fora dos stands. Muito papo... bem como deve ser um con-gresso. E as salas... superlotadas muita gente saindo e muito mais entrando. Mas a Comis-são Organizadora de forma cuidadosa e tra-balhando com muito afinco ia sanando uma dificuldade aqui e outra ali. Desta forma o congresso terminou como um sucesso.

Afinal... Conforme me solicitaram relato alguns detalhes da programação científica que pude participar:

Em uma das salas de obstetrícia falava o professor de forma enfática sugerindo que, deveríamos na avaliação do bem estar fetal, “não ter medo de olhar a doplerfluxome-

tria” e saber interpretar a centralização fetal. Aula exemplar e professor super aplaudido, demonstrando toda sapiência a respeito da avaliação do bem estar fetal. Aliás, cada um de nós GO deveríamos estar com estes conhecimentos em dia, pois podem definir entre o sucesso ou não do término da ges-tação.

Na enorme sala 1 discutiam terapêutica hor-monal e definiam algumas indicações para a androgenioterapia para as mulheres. Aque-las que se sentiam mais “calmas” do ponto de vista sexual poderiam obter benefícios incontestes, é o que defendia o apresenta-dor.

Vulvovaginites foi um dos pontos interes-sante de sala abarrotada. O último dos apre-sentadores demonstrava o efeito que cada uma delas poderia ocasionar no relaciona-mento do casal. Realmente de extrema im-portância esta abordagem, haja vista que a pessoa pode estar com um desses agentes causadores há muito tempo, significando que nem sempre contraiu do seu parceiro atual. Atividade instrutiva, super pedagó-gica para nós, que em pouco tempo temos que fornecer uma explicação razoável a res-peito das DST, sem ferir o relacionamento do casal.

E por falar em DST o HPV como sempre foi um dos “bichos” de maior estrelismo. Ainda mais agora com as vacinas. Atendemos aos 2 simpósios, onde cada uma das industrias tentava mostrar os benefícios de seu produ-to. Um show de informações. Em um deles inclusive tivemos a oportunidade de falar

alguns poucos detalhes sobre a Imunologia desta virose que, de forma alguma, somos dominadores deste tema. Mas com estudo e um pouco de conhecimento sobre a evo-lução natural desta infecção, conseguimos veicular algumas informações... mais para motivar que cada um estude imunologia. Ciência de aplicação prática e com futu-ro promissor, sobretudo quando se fala de infecções. E assim foi... como colocamos al-gumas informações na forma de aulas con-seguimos disponibilizá-las no site www.in-fectogin.com.br onde inúmeros colegas que lá tiveram noticia, já acessaram e pensamos que com isto podemos incentivar a discus-são e motivação para o estudo, sobretudo na área das Infecções em GO.

Enfim... mais um congresso se foi... lugar lin-do, conhecimento aprendido. Informação e lazer ou... lazer e informação, mas sobre-tudo rever antigos e fazer novos amigos. Agora os mineiros e quem sabe o próximo seja por aqui. Temos que nos preparar e nos empenhar, se assim o quisermos.

Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obs-tétrica em Curitiba? Pensar, opinar, discutir e principalmente trabalhar para que se torne realidade. Faz parte da SOGIPA.

Newton Sergio de Carvalho Diretor Científico Adjunto da SOGIPA

Saiba como foi o 52º Congresso Brasileiro deGINECOLOGIA e OBSTETRÍCIA

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A grande dificuldade do congresso foi administrar o elevado número de médicos inscritos (7.700). As melhores mesas ou con-ferências eram muito disputadas, não sendo possível salas de tamanhos suficientes para abrigar a todos.

Entre os temas de obstetrícia, podemos co-mentar:

a) Atualização na ocorrência de trombofilias, que se tornam cada vez mais freqüentes no ciclo grávido-puerperal.

a) Apresentação de tese de doutorado, dis-correndo sobre o número de processos con-tra os médicos, identificando o médico jo-vem (com < de 15 anos de formado, oriundo de faculdades particulares e sem residência médica como o mais visado)

b) Na discussão sobre o atendimento as Sín-dromes hipertensivas, Curitiba destacou-se pelo baixa taxa de eclampsia, quando com-parado com São Paulo, Bahia e Pernambuco. Este fato se deve a rotina do uso de sulfato de magnésio na rede pública, inclusive nas ambulâncias do SAMU. Esta verificação com-prova o bom entendimento entre a rede pú-blica de saúde e os Hospitais de Referência, juntamente com a Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia - SOGIPA.

c) A diminuição do número de mortes ma-ternas só será possível quando ocorrer uma avaliação mais intensa nas pacientes porta-doras de risco na fase pré-concepcional. Esta

conduta evitaria a gravidez de pacientes de alto risco como hipertensas portadoras de obesidade e diabéticas, fazendo uma super-posição de fatores de risco, favorecendo o óbito.

d) O encaminhamento imediato destas pa-cientes de alto risco para uma anticoncep-ção efetiva logo após o parto, o que foi uma conduta de consenso.

e) Palestra discorrendo da avaliação crítica da coleta rotineira de sangue do cordão um-bilical. Esta conduta não seria recomendada em todos os casos, mas somente nas situa-ções que tivesse alguma patologia familiar. O palestrante opinou também que esta co-leta deveria ser feita por órgãos do governo, como ocorre na Inglaterra, e não por empre-sas privadas. Questionou também as condi-ções de armazenamento deste sangue, que deveria passar por fiscalização eficiente para evitar deteriorização.

f ) As mesas sobre diabetes e gestação não trouxeram informações adicionais das roti-nas já realizadas pelos principais serviços do Brasil. Realçou-se, no entanto, a necessidade de se fazer de forma eficiente a pesquisa ro-tineira no pré-natal dos níveis de glicemia, não importando qual método usado.

g) Como fato novo na conduta da gestante diabética insulino-dependente, chegou-se a um consenso de planejar a interrupção da gestação em torno da 38ª. Semana, evitan-do chegar à 40ª semana, como recomenda-

do anteriormente. Esta conduta seria mais eficiente para evitar óbito fetal.

h) Foi enfatizado nos cursos pré-congresso, atualização no atendimento às emergências obstétricas como: edema agudo de pulmão, cardiopatias, parada cardiorespiratória, trau-mas, etc.

i) Na mesa redonda sobre epilepsia na ges-tação, ressaltou-se o uso constante do ácido fólico durante toda a gravidez em pacientes usuárias de anticonvulsivante. Discutiu-se também, embora não sendo consenso, a administração de vitamina K, a partir de 30 dias antes do parto.

j) Na mesa redonda a respeito da atividade física na gestação, reunindo obstetras, médi-cos do esporte e fisioterapeutas, discutiu-se sobre os principais riscos da gestante exer-cer atividade física. O consenso geral foi di-minuir a intensidade da atividade física para aquelas que já praticavam esporte quando engravidaram e estimular exercícios leves a partir do terceiro mês para aquelas que não praticavam. Entre os exercícios recomenda-dos, a caminhada, hidroginástica e natação foram os mais recomendados.

Edson Gomes Tristão Tesoureiro Adjunto da SOGIPA

Dênis José Nascimento Diretor Científico Adjunto da SOGIPA

A Obstetrícia noCONGRESSO BRASILEIRO DE G.O.

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LABORATóRIOS E CLÍNICASdevem adaptar-se às novas normas da ANVISA

Lidio Centa tendo ao fundo painel de fotos de crianças geradas na Androlab.Foto: Milton Nitta

Até fevereiro do ano que vem, todas as clí-nicas e laboratórios de reprodução humana no país deverão estar adaptados à norma RDC 33 da Anvisa (Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária). Muitas já estão se ade-quando, adequando as instalações ao que diz a norma. Em Curitiba, a Androlab (Clínica e Laboratório de Reprodução Humana e An-drologia), pioneira no Paraná na utilização de técnicas em Reprodução Assistida, rei-naugurou seus laboratórios no final de no-vembro, agora adaptados às novas normas estabelecidas na RDC 33. Lidio Jair Ribas Centa, professor do Departamento de Toco-ginecologia (Serviço de Reprodução Huma-na) na UFPR (Universidade Federal do Para-ná), diz que a reforma tem como prioridade oferecer sempre o melhor aos seus clientes.

A Androlab iniciou em 1977 com técnicas de inseminação artificial e banco de sê-men, em 1992 iniciou com técnicas de FIV (Fertilização in-vitro) e dois anos mais tarde, adotou também a técnica do ICSI (injeção

intra-citoplasmática). Desde então vem rea-lizando todas as técnicas de reprodução as-sistida em pacientes do país e Exterior. Lidio Centa ressalta que os procedimentos atuais permitem uma elevada taxa de sucesso, com percentuais de gravidez comparáveis aos da Europa e Estados Unidos: “Nosso trabalho complementa os esforços e desejos de um casal para ter uma família completa”.

IluSãO

POR QUE,BUSCAR TANTO O AMOR . . .SE ELE MUITO NOS FRAGILIZANOS FAZ SOFRER . . . CHORAMOSMAIS QUE RIMOSQUANDO AMAMOS.O AMOR PODE CURAR.PORÉM, MAIS ADOECE, DO QUE CURA.É O CONTRÁRIO DO óDIOESTE AFASTA OU MATA.NÃO DEIXANDO SOMBRASPORQUE É DETERMINADORESOLVE.

LOUCO É O POETAQUE VÊ AMOR EM TUDO.NAS FLORES, NA RELVA,NA MULHER QUE SE FOI . . . NAS MÃOS DADAS DOS CASAIS.NA ESMOLA QUE SE DÁAO MENDIGO SUJO E FEIO.NO VENTO QUE REFRESCA,NA CHUVA QUE CAI,NA FALA D’UMA MÃE,NO BEIJO INOCENTEDE UMA CRIANÇA . . .

TOLO É O ROMÂNTICOQUE SENTE VIDA E AMOR,NA LUZ DAS ESTRELAS,NO BRILHO DO SOL,NUMA NOITE ENLUARADA,NO PIO D’UM PÁSSARO NOTURNO,NA CHAMA DA LUZD’UMA VELA,NA ÁGUA QUE BEIJAA AREIA DA PRAIA,NO VINHO QUE SE TOMA A DOIS.

Dzonet | 14 11 2007

Participe você também desta coluna, en-vie seu poema ou crônica para o e-mail [email protected]/ A/C da jornalista Simone.

“Nosso trabalho complementa os esforços e desejos de um casal para ter uma

completa.”

família

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Governo faz consulta pública sobre serviços de atenção obstétrica e neonatal

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária colocou em Consulta Pública (CP), para dis-cussão com a sociedade e setores ligados à saúde, uma proposta de harmonização e sistematização de padrões em Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal. O texto da CP 109 é fundamentado na qualificação, na humanização da atenção e na redução e controle de riscos aos usuários, sugestões alinhadas com as diretrizes do Sistema Úni-co de Saúde.

A iniciativa da Agência faz parte do Pacto da Saúde que, entre outras ações, prevê a redução das taxas de mortalidade materna e neonatal no Brasil. As normas propostas se aplicam a todos os serviços de saúde no país que exerçam atividades de atenção obstétrica e neonatal. Isto inclui as unidades de caráter público, privado, civil ou militar que funcionem como um serviço de saúde independente ou inserido em um hospital geral, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. A proposta prevê, por exemplo, que os serviços disponham de poltrona para acomodar o acompanhante da parturiente. A norma também trará uma lista mínima dos medicamentos básicos e

de emergência que devem estar à disposi-ção nos serviços de saúde. Outra proposta é o estímulo ao contato da mãe com o bebê desde o momento do nascimento.O regulamento aborda aspectos de orga-nização do serviço de atenção, recursos humanos, infra-estrutura física, materiais e equipamentos obrigatórios. A proposta tra-ta ainda sobre o transporte de pacientes, hi-gienização das mãos, controle de infecção, biossegurança e descarte de resíduos, além de critérios para a avaliação do desempe-nho e padrão de funcionamento global do serviço, inclusive com o levantamento de dados epidemiológicos.

As contribuições à Consulta Pública podem ser enviadas pelo site, pelo e-mail [email protected] ou, por escrito, para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária - GGTES - SEPN 515, Bloco “B” Ed. Omega, 3º andar, Asa Norte, Brasília-DF, CEP 70770-502.

histórico

Os trabalhos para elaboração da proposta da CP 109 tiveram início em janeiro deste ano,

com a instituição de um Grupo de Trabalho, coordenado pela Anvisa, composto por es-pecialistas da área e representantes de en-tidades governamentais, com o objetivo de elaborar um documento inicial. O grupo é composto por representantes do Departa-mento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde (DAPE/MS) – Área Técnica de Saúde da Mulher e Área Técnica de Saúde da Criança; Política Nacional de Humanização e do Departamento de Aten-ção Especializada (DAE/SAS/MS). Fazem parte, ainda, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS/MS), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saú-de (Conasems), Rede de Humanização do Parto e do Nascimento (ReHuNa), Socieda-de Brasileira de Pediatria (SBP), Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Associação Brasilei-ra de Obstetrizes e Enfermeiras Obstétricas (Abenfo).

Fontes: Anvisa e site Portal Médico (www.portalmedico.org.br)

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