boa vontade 215

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OO002-06-Anc Revista LBV.fh11 27.09.06 18:25 Page 1

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Prêmio ABRADEE 2006Melhor Distribuidorade Energia Elétrica do Nordeste.Prêmio Associação Brasileirade Distribuidores de EnergiaElétrica / Vox Populi.

Coelce: A Melhor Distribuidorade Energia Elétrica do Nordeste.

Guia Você S/Ae Revista Examedas 150 melhoresempresas do Brasilpara trabalhar.

Por isso, fazemos questão de bater palmas pra vocês. Parabéns e Obrigado.

do Brasil para Trabalhar.E uma das 150 Melhores Empresas

Clientes e Colaboradores: estes prêmios também são seus.

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OO002-06-Anc Revista LBV.fh11 27.09.06 18:25 Page 1

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Prêmio ABRADEE 2006Melhor Distribuidorade Energia Elétrica do Nordeste.Prêmio Associação Brasileirade Distribuidores de EnergiaElétrica / Vox Populi.

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Direitos autorais gentilmente cedidos pela FEB.

Acompanhe a Radionovela Sexo e Destino pela Super Rede Boa Vontade de RádioDe segunda a sexta-feira, em vários horários:

capítulo inédito às 16 horas, com reapresentação especial às 22, 2 e 10 horas.

AM 1230 kHz - São Paulo/SP – 50 kW • AM 940 kHz - Rio de Janeiro/RJ – 100 kW • AM 1300 kHz – Porto Alegre/RS – 50 kW • OC 25 m - 11.895 kHz - Porto Alegre/RS – 10 kW • OC 31 m – 9.550 kHz – Porto Alegre/RS – 10 kW • OC 49 m - 6.160 kHz Porto Alegre/RS – 10 kW • AM 1210 kHz - Brasília/DF – 50 kW • FM 88,9 MHz - Santo Antonio do Descoberto/GO – 1 kW • AM 1350 kHz - Salvador/BA – 50 kW • AM 610 kHz - Manaus/AM – 10 kW • AM 550 kHz - Montes Claros/MG – 20 kW • AM 550 kHz - Sertãozinho, região de Ribeirão Preto/SP – 5 kW • AM 1210 kHz - Uberlândia/MG – 10 kW • AM 1270 kHz - Campinas/SP (das 16 às 19h) – 5 kW • OT 63 m – 4.785 kHz – Campinas/SP – 5 kW• AM 1310 kHz - Maringá/PR (2a a 6a, das 16 às 19h) – 10 kW • AM 1210 kHz - Araçatuba/SP (2a a 6a, das 16 às 19h) – 5 kW • AM 930 kHz - Curitiba/PR (2a a 6a, das 16 às 19h) – 10 kW.

Ouça a Super RBV pela internet: www.boavontade.com

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Compre o kit com os 9 CDs da Radionovela e o Ensaio Literário de Paiva Netto, Evangelho do Sexo.Ligue: (11) 3358-6840 ou acesse: www.boavontade.com

Lançamentoexclusivo

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Melhor Idade e saúde

D e s t a -co a coluna “Proteja-se da Catara-ta”, BOA V O N TA -DE nº 213.

Estão de parabéns a revista e o autor Walter Periotto pela maneira sucinta e didática que o problema de saúde foi abordado. Mais de uma vez tive a oportunidade de acompa-nhar casos de familiares e amigos com catarata. Por vezes até o médico

Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth), obra do ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos, Al Gore, teve a versão em português lançada na capital paulista no último 17 de outubro. Nela, o autor faz um contundente alerta a respeito da mudança cli-mática, do aquecimento global e do impacto dessa transformação sobre a economia mundial, visto que o aumento da temperatura prejudicaria as colheitas, dimi-nuindo sensivelmente a produ-ção de alimentos.

Aquecimento global e os prejuízos à economia, por Al Gore

___________Viviane Lago

Na oportunidade, Al Gore autografou um exemplar do trabalho ao dirigente da LBV, por sua luta em favor do meio ambiente: “For José de Paiva Netto. Best wishes (Para José de Paiva. Os melhores votos.)”. O ex-Vice-Presidente dos Esta-dos Unidos participou também como convidado especial da cerimônia de entrega da 24ª edição do Prêmio ECO, pro-movido pela Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil).

Al Gore (D) cumprimenta o representante da LBV Josué Ben-Nun Bertolin

tem dificuldades em diagnosticar o começo dessa doença. No artigo do jornalista, as dicas para atinar com a catarata desfazem todas as dúvidas. (Ralf Kretzschmar, Ibirama/SC)

Bucaramanga/ColômbiaSomos admiradores da obra da

LBV e do que Paiva Netto realiza em seu país, um exemplo de entrega, de-dicação e trabalho pela comunidade. Nós nos identificamos muito com o pensamento do dirigente da Ins-tituição (...), que Deus permita-lhe continuar por muito tempo ajudando a Humanidade. (Fábio Alberto Na-vas, Bucaramanga/Colômbia)

Cartas, e-mails e mensagens

O Jornal da ABI — órgão oficial da Associação Brasi-leira de Impren-sa —, edição no 311, estampou em suas páginas uma matéria sobre a co-

memoração do cinqüentenário da revista BOA VONTADE, comple-tado em julho deste ano. O jornal registrou que a BOA VONTADE “aborda temas como educação, cultura, meio ambiente, esportes e espiritualidade, em matérias volta-das para todas as idades, além de trazer serviços de utilidade pública, entrevistas, atualidades e notícias da LBV”.

Aniversário da BOA VONTADE é noticiado pela ABI

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Em carta encaminhada à redação, a Diretora-Executiva da Câmara do Comércio Brasil-Estados Unidos, Sueli Bonaparte, parabenizou a reportagem “O coração de Nova York em verde-ama-relo” (edição nº 214), que apresentou as comemorações do Brazilian Day, na Big Apple, com destaque para a entrega da Comenda do ParlaMundi da LBV, diante de 1,5 milhão de pessoas, no palco principal do evento. A Dra. Sueli Bonaparte, que recebeu a honraria das mãos de Amauri Soares, Diretor-Exe-cutivo da Globo Internacional (conforme registra a foto acima), escreveu: “Acabei de receber a revista BOA VONTADE com a foto do Amauri comigo na capa! Que honra! E a matéria interna está ótima! Mil agradecimentos pelo carinho. Gran-de beijo, Sueli”. (Nova York/EUA)

Nova York/EUA

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“A alegria é nossa de poder voltar ao Templo da Boa Von-tade. (...) No mundo de tanta violência e egoísmo, trazer a Paz e estender as mãos é o que a sociedade mundial conclama.”

Dr. Ubiratan Aguiar, Minis-tro do Tribunal de Contas da União (TCU)

“Parabéns ao Templo da Boa Vontade pelos 17 anos e pela inauguração da belíssima sala em homenagem a seu idealizador e construtor.”

Dra. Maria da Glória Tuxi, do Ministério das Comunicações

“Queremos afirmar o valor desse propósito que tem norteado a LBV de promover a união de companheiros de todos os segmentos religiosos. (...) Ficamos muito felizes de estar aqui confraternizando com companheiros de todos os outros segmentos religio-sos.”

Dr. Nestor João Masotti, Presiden-te da Federação Espírita Brasileira

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...................................................................................................................................................................(Leia a reportagem completa sobre os festejos dos 17 anos do Templo da Boa Vontade

na página 44 desta edição)...................................................................................................................................................................

BOA VONTADE | �

Emoção na solenidade às vítimas do vôo 1907

Uma Oração Ecumênica envol-veu, no Templo da Boa Vontade, a pedido da direção da Gol, familia-res e amigos das vítimas do triste acidente ocorrido com o Boeing 737/800, do vôo 1907. A solenidade teve a presença também de repre-sentantes de diversos segmentos religiosos e dos parentes e amigos das vítimas, de funcionários, do Presidente da Gol, Constantino Jr., e de seu pai, Neném Constantino. A LBV solidariza-se com todas as pessoas ligadas a esses Irmãos que voltaram à Pátria Espiritual.

Conjunto Ecumênico da LBV, em Brasília/DF.Pirâmide da Paz

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� | BOA VONTADE

As histórias dos indianistas da família Villas Bôas ainda hoje ren-dem muita curiosidade e revelam, em si, um caráter único na ocupação do Brasil Central, no contato pací-fico com as nações indígenas. Para contar mais deste trabalho ímpar, foi lançado, em 26 de outubro, no Memorial da América Latina, na capital paulista, o livro Orlando Villas Bôas — Expedições, Reflexões

e Registros, organizado por Orlando Villas Bôas Filho.

A obra, além de fazer um resumo inédito da saga heróica da família Villas Bôas durante as famosas expedições ao Xingu, reúne impor-tantes registros sobre o tema.

A revista BOA VONTADE — que publicou uma das últimas entrevistas concedidas por Orlando Villas Bôas, antes de seu falecimento em 12 de dezembro de 2002 e que, em 1999, registrou a entrega a ele da Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, do ParlaMundi da LBV, na categoria Solidariedade — também prestigiou o evento.

Estas lembranças foram res-

Um apurado senso literário, a formação acadêmica — é pro-fessor titular de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP — e a experiência na política (foi Ministro da Justiça) explicam o cabedal que proporcionou ao escritor Miguel Reale Júnior ser bem-sucedido no desenvolvimento do romance Escuridão na Clareira. A trama conduzida a partir de um assassina-to, em cujo caso se dedica o expe-riente personagem-policial Rogério Arzibu, tem passagens bem-humo-radas e um enredo que se utiliza de elementos da história do País, como a corrupção e os escândalos vividos nas últimas décadas.

A sessão de autógrafos, em 26 de outubro, festejou também a posse

Jurista Miguel Reale Júnior lança livro

Cartas, e-mails e mensagens

gatadas com o autor da obra, que gentilmente endereçou o título ao Diretor-Presidente da LBV: “Ao Dr. José de Paiva Netto, com todo o apreço e admiração, Orlando Villas Bôas Filho”. A mãe, Marina Villas Bôas, que foi casada com Orlando (pai), por 40 anos, também demons-trou seu carinho, escrevendo: “Com grande admiração”.

Orlando e sua mãe, Marina, na noite de autógrafos

Voto de louvor à revista BOA VONTADE

A Câmara Municipal de Vi-tória/ES concedeu, em sessão do dia 17 de outubro, Voto de Louvor à revista BOA VON-TADE em comemoração ao cinqüentenário do periódico. A proposição foi do Verea-dor Dermival Galvão, sendo aprovada por unanimidade pela Casa e inserida nos anais do Legislativo Municipal. No requerimento da home-nagem ressaltou: “VOTO DE LOUVOR para com a revista BOA VONTADE pelos seus 50 anos de entrevistas, re-portagens, notícias e artigos relevantes, numa permanen-te busca pelo crescimento espiritual do público (...)”.

do autor na Academia Paulista de Letras (APL), na cadeira 2, que pertenceu a seu pai, o jurista Miguel Reale (1910-2006), falecido em abril último.

Reale foi conduzido à cátedra durante cerimônia comandada pelo Governador de São Paulo e Presi-dente de honra da APL, Cláudio Lembo.

Representantes da LBV levaram o abraço do dirigente da Instituição ao mais novo acadêmico, que agra-deceu a presença e deixou fraterna mensagem em um dos exemplares do livro. “Ao homem condutor de tantas esperanças, José de Paiva Netto, com a homenagem. Miguel Reale Júnior”.

Memórias de Villas Bôas

Fac-símile da revista BOA VONTADE no 200

Boa

Vont

ade

TV

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Notícias de Brasília

O Segundo Fó-rum Senado Debate Brasil, cujo tema foi “Terceiro Setor — Cenários e Pers-pectivas”, ocorreu em Brasília/DF, en-tre os dias 29 e 30 de novembro, no audi-tório do Interlegis. O evento teve como objetivo discutir o

trabalho da sociedade civil organi-zada na luta para ajudar o Brasil a vencer o atraso social.

Presente ao encontro, a equipe da Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, revista e internet) conversou com o Se-nador Mozarildo Cavalcanti, que destacou: “Esta área é realmente

Senado Federal discute, em fórum, perspectivas para o Terceiro Setor

____________Carolina Dutra

A LBV é um exemplo de instituição do

Terceiro Setor que deve ser admirada

e seguida. (...) Sou não só um admirador, mas

um aliado dessa Instituição.Mozarildo Cavalcanti,

Senador.

Este é o título da obra lançada em 27 de novembro, na capital federal, que reúne uma coletânea de artigos de mestrandos da Uni-versidade Católica de Brasília, ofe-recendo valiosa contribuição para uma sociedade mais justa e harmo-nizada. Assinam o livro os Promo-tores de Justiça Albérico Santos Fonseca, Aldemário Araújo Castro, André Luiz Aidar, Bru-no Augusto Prenholato, César José Dhein Hoelfling, Daniel Cândido, Eduardo de Rezende Bastos Pereira, José Mendonça de Araújo Filho, Miguel Ângelo Maciel e Nereida de Lima Del Águila, sob coordenação de José Eduardo Sabo Paes, Procurador

importantíssima para qualquer país, ela tem uma atuação muito ampla e é uma excelente aliada do Poder Público e da sociedade. A LBV é um exemplo de institui-ção do Terceiro Setor que deve ser admirada e seguida. Trata-se de um trabalho muito amplo, co-meçando pelo aspecto espiritual, mas que vai mais longe, e isso para mim é fundamental: que existam entidades como a Legião da Boa Vontade. Sou não só um admirador, mas um aliado dessa Instituição. Que a LBV tenha ain-da uma longa vida e uma longa caminhada a favor do Brasil!”. Na oportunidade, o Procurador da Justiça do Ministério Público do DF e Territórios, José Eduardo Sabo Paes, ressaltou: “A ação

da Justiça do Ministério Público do DF e Territórios, que registrou carinhosa dedicatória ao dirigente da Legião da Boa Vontade, seguido por outros Procuradores:

“Ao líder José de Paiva Netto, digno Presidente da LBV, ofereço um estudo dos novos temas que são relevantes para a sociedade

civil. Com abraço, José Eduardo Sabo”.

“Nossos parabéns por esta obra tão importante e diferente. Uma diferença na vida de muitos. Mendonça”.

“Ao estimado líder José de Paiva Netto, com os meus sinceros agra-decimentos. Nereida”.

Terceiro Setor e Tributação

da LBV que visa à promoção da solidariedade, da educação, do resgate social é bem-vinda. O que as pessoas precisam é atenção, carinho, solidariedade, e isso tem sido feito e deve continuar sendo feito por essa Instituição de mais de meio século de existência”.

Da esq. p/ a dir., José Mendonça de Araújo Filho, Albérico Santos Fonseca, José Eduardo Sabo Paes, Nereida de Lima Del Águila,

Aldemário Araújo Castro, Miguel Ângelo Maciel, Eduardo de Rezende Bastos Pereira e Bruno Augusto Prenholato.

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BOA VONTADE | �

Dr. José Eduardo Sabo Paes, Procurador da Justiça do Ministério Público do DF e Territórios.

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pelas tropas invasoras. Pa-gou com a própria vida pela liberdade.

Hoje, milhares se unem à voz de Zumbi, e

para premiar os notáveis que se engajam nessa luta foi

instituído o Troféu Raça Negra, considerado o Oscar da comuni-dade negra. A honraria — criada pela Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio Cultural (Afrobras) em parceria com a Uni-versidade da Cidadania Zumbi dos Palmares (Unipalmares) — home-nageia personalidades, negras ou não, que lutam pela diversidade racial. Foram ao todo 20 categorias, das quais oito são escolhidas pelo público por meio de votação no site (www.trofeuracanegra.com.br).

Não sem mo-tivos a data de morte de Zumbi

dos Palmares (1655-1695) — vinte de no-vembro — foi escolhida para o Dia da Consciência Negra: a lembrança de seu nome mantém viva a sua história de va-lentia e astúcia na luta pela causa no Brasil e serve de exemplo para as novas gerações. Ele, já no século XVII, defendia a igualdade racial, quando à frente do Quilombo dos Palmares — comunidade formada por escravos negros que haviam escapado de fazendas —, resistiu às

várias invasões e, por fim, traído,

foi cercado

Consciência Negra

Diversidade,sim; preconceito, não!

Alcione

Rosa Marya Colin

Alexandre Pires

Emílio Santiago

Vista interna superlotada da Sala São Paulo, onde ocorreu a entrega do troféu. No destaque, a cantora Luciana Mello que abrilhantou a festa com o seu talento.

__________Leila Marco

Fotos: Cintia Sanchez

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Trofeú Raça Negra homenageia expoentes que lutam pela igualdade racial

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*Programa Boa Vontade, com Paiva Netto, vai ao ar no início da madrugada, de segunda a sexta-feira, após o A Noite é uma Criança, do apresentador e amigo da LBV, Otávio Mesquita, pela Rede Bandeirantes de Televisão.

trabalho é feito com amor, dedica-ção, porque é assim que dá certo, não tem jeito. Paiva Netto é uma pessoa de que eu gosto demais, um homem que não veio a esta Terra só porque tem espaço, veio aqui para fazer, para distribuir essa alegria de se doar aos outros. Queria mandar um grande beijo para o dirigente da LBV e todos os voluntários. Quando precisarem de mim, estou sempre junto, porque acredito na Legião da Boa Vontade!”.

Na mesma linha de pensamento saudou a cantora Rosa Marya Co-lin: “A LBV é uma instituição muito séria e importante, abre caminhos à Educação, à Espiritualidade, à conscientização do Ser. Quero man-dar o meu abraço a todos da LBV, principalmente ao Irmão Paiva, que assisto todas as noites na TV Ban-deirantes*, um abraço carinhoso e minha saudade a todos”.

A exemplo de Rosa, Alexandre Pires, destaque como Cantor, acom-panha os programas da Instituição: “Estou sempre assistindo vocês! Obrigado à LBV pelo trabalho lindo que realiza, por José de Paiva Netto e toda a sua família. (...) É assim que o País vai para a frente, assim que a gente conquista um Brasil e mundo melhores; e a LBV, com certeza, faz parte de tudo isso. Parabéns!”. Ale-xandre falou da relevância daquele troféu, afirmando que “o negro,

O palco da Sala São Paulo, no dia 19 de novembro, mais uma vez tornou-se cenário do evento, que chega à quarta edição este ano. A Super Rede Boa Vontade de Co-municação (rádio, TV, internet e revista) foi convidada para realizar a cobertura jornalística do encontro, pois, segundo os organizadores, “a Boa Vontade TV é uma emissora que dá força à luta pela igualdade racial”.

O próprio Presidente da Afro-bras, José Vicente, confirmou esta assertiva ao ressaltar: “Quero dizer da nossa satisfação, da nossa honra de ter na Super Rede Boa Vontade, na LBV, parceiros efetivos, fazendo um trabalho indispensável para que esse tema (a valorização da raça negra) possa ser de importância central para todo o País”. José Vi-cente credita boa parte desta iniciati-va ao carisma do líder da Instituição: “Paiva Netto é uma jóia preciosa. Ele é uma liderança, uma personali-dade, uma autoridade nesse assunto. (...) Tem inspirado muitos trabalhos, pois foi pioneiro. Talvez hoje seja mais fácil falar do negro, por uma série de conjunturas. Mas antes, quando era muito difícil ser a favor, ele já o fazia. Então, é um baluarte na condução desse assunto em todos os veículos de comunicação e nas posições espiritualistas”.

A querida Marrom, que recebeu o prêmio como Sambista Mulher, falou da valorização da origem afri-cana. Para Alcione, “graças a Deus, existem pessoas como Paiva Netto, que se preocupam também conosco, com a nossa gente, a nossa cultura, a nossa raça”. A cantora diz que há muito tempo observa a LBV e “o quanto ela trabalha!”. E completa: “Visitei muitas instalações desta Obra, não foram poucas, e esse

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1 - Chica Xavier e Miguel Falabella

2 - Joyce Ribeiro e Rocco Pitanga

3 - Thaís Araújo e Lázaro Ramos

dia após dia, anos após ano, vem conquistando o seu espaço com muita dignidade, com muita luta”. E concluiu lembrando que aquela não era “uma noite só para os negros, mas para todo o povo brasileiro se orgulhar”.

Dr. José Vicente, Presidente da

Afrobras (D), e o representante das

Instituições da Boa Vontade no evento, sr. Celso

de Oliveira, Diretor de Radiodifusão da

Fundação José de Paiva Netto.

BOA VONTADE | 11

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34Natal Permanente da LBVArtistas apóiam Campanha do Natal Permanente da LBV

1628Samba e HistóriaJamelão, herói do samba

Ao Leitor

CinemaRubens Ewald Filho e a arte de reinventar-se

21

Esta edição da re-vista BOA VONTA-DE comprova algo que muitos escritores, jornalistas e estudiosos da linguagem afirmam: a importância de contar histórias como meio de construir e determinar nossa identidade como indivíduo e nação. E é desse veio intermi-nável e encantador que se ali-mentam sonhos, projetos e vai se modificando a realidade humana. Na busca desse material de vida é que trouxemos ao leitor entrevis-tas como a do veterano jornalista Carlos Nascimento, apresenta-dor do SBT, conceituado homem de comunicação, sobre diversos temas relevantes, a começar pela infância e vida em família. O jornalista-repórter ainda aponta caminhos para se ter sucesso na profissão e identifica no que a mídia pode ajudar o Brasil.

Outra reportagem que se en-quadra bem neste perfil está na seção Samba e História, na qual

se pode apreciar um pouco da trajetória de Jamelão, um mestre da música popular brasileira. Vale con-ferir ainda o que leva quem chegou ao ápi-ce da carreira — a exemplo do renoma-

do crítico de cinema Rubens Ewald Filho — a estar disposto a sempre reinventar o que faz, buscando novos desafios.

Há de se ressaltar a cobertu-ra completa dos festejos de 17 anos do Templo da Boa Vonta-de (TBV), em Brasília. Neste Especial, o registro de pequenos trechos da memorável palestra proferida pelo idealizador e construtor do Templo da Paz, jornalista Paiva Netto, durante o evento, na qual ele convidou o imenso público a refletir sobre a Educação Ecumênica e a Fraternidade Universal, trazendo valiosa contribuição no campo da administração, da ética e da cidadania plena.

Índice

6 Cartas9 Notícias de Brasília10 Consciência Negra14 Esporte é Vida!15 Coluna Esportiva16 Natal Permanente da LBV21 Samba e História24 Frases28 Abrindo o Coração34 Cinema37 Cultura — Academia Brasileira de Letras38 História44 Especial TBV52 Opinião — Mídia Alternativa55 Meio Ambiente58 Arte na Tela61 Turismo62 Acontece no mundo66 Educação em Debate70 Saúde73 Melhor Idade75 Ação Jovem LBV78 Soldadinhos de Deus80 Acontece no Brasil

Abrindo o CoraçãoCarlos Nascimento em entrevista à BOA VONTADE

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BOA VONTADE

BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação. Registrada sob o nº 18166, em

16/03/2006, no livro “B” do 9º Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.

ANO 50 • Nº 215 • OuTuBRO/NOVEMBRO DE 2006

Diretor e Editor-responsávelFrancisco de Assis PeriottoMTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Coordenador GeralGerdeilson Botelho

Repórteres EspeciaisCarlos Arthur Pitombeira, Hilton Abi-Rihan, José Carlos Araújo e

Mario de Moraes.

Equipe Elevação Adriane Schirmer, Ana Paula de Oliveira, Angélica Beck, Daniel Trevisan, Danielly Arruda, Débora Verdan, Felipe Tonin, Flávio de

Oliveira, Isabela Ribeiro, João Miguel Neto, Joilson Nogueira, Leila Marco, Maria Aparecida da Silva, Natália Lombardi, Neuza Alves, Nino Santos, Paulo Azor, Rita Silvestre, Rodrigo Oliveira, Rosana

Serri, Simone Barreto, Sônia Sabatine, Stella Souza, Walter Periotto, Wanderly Albieri Baptista e William Luz.

Projeto GráficoAlziro Braga, Felipe Tonin e Helen Winkler

ProduçãoEndereço para correspondência:

Av. Rudge, 938 — Bom Retiro — CEP 01134-000 — São Paulo/SP Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9 — CEP 01216-970

Internet: www.boavontade.com / E-mail: [email protected]ão: Editora Parma

A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos assinados.

44Meio Ambiente

Pantanal: reserva da biosfera

7062Saúde

Conheça quatro passos

para você otimizar sua

vida

HistóriaDa Monarquia para

a República

Acontece no mundo

LBV dos Estados unidos comemora

20 anos

Reflexão de BOA VONTADE:

Disse o Cristo Ecumênico*: “Novo Man-damento vos dou: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. (...) O meu Mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como Eu vos tenho amado. Não há maior Amor do que este: dar a sua própria Vida pelos seus amigos. E vós sereis meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando. E Eu vos mando isto: amai-vos como Eu vos amei. Já não mais vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. Não fostes vós que me escolhestes; pelo contrário, fui Eu que vos escolhi e vos designei para que vades e deis bons frutos, de modo que o vosso fruto per-maneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos conceda. E isto Eu vos mando: que vos ameis uns aos outros como Eu vos tenho amado. (...) Porquanto, da mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos amo. Permanecei no meu Amor”.

(Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35; 15:12 a 17 e 9).

Especial TBVMilhares reúnem-

se em Brasília para celebrar 17 anos

do Templo da LBV

5538

O belo painel retratando a passagem da Ceia em Emaús, que embeleza a paisagem paulistana, é um presente da LBV que deseja a todos um Feliz Natal Permanente com Jesus, o Cristo Ecumê-nico. A imagem está localizada à Rua Sérgio Tomás, 740, Bom Retiro, São Paulo/SP.

*Jesus, o Cristo Ecumênico — Esta definição nasceu durante entrevista concedida por Paiva Netto ao jornalista e produtor de documentários da TV polonesa, então Vice-Presidente da Associação universal de Esperanto, Roman Dobrzynski, ao ser perguntado como podia pregar o Ecumenismo Irrestrito falando em Jesus. Ao que o líder da Instituição respondeu ser a grande tarefa da LBV e da Religião Divina dessectarizá-Lo e concluiu: “O Divino Mestre não é sectarismo. Ele é uma idéia extraordinária de Humanidade, Amor, Fraternidade e Justiça”.

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O árbitro de futebol Leonardo Gaciba e o assistente da FIFA Altemir Hausmann visitaram os estúdios da Super Rádio Brasil (940 AM), na capital fluminense, a convite do popular Programa Momento Esportivo. Na opor-tunidade, Gaciba comentou os jogos do Campeonato Brasileiro de 2006.

Na primeira foto, da esquerda para a direita: Felippe Cardoso,

Campeões também no futsal

Esta coluna sempre tem o prazer de registrar os títulos que nossos atletas têm trazido ao País. Nesta edição não foi diferente, agora no futsal. A seleção brasileira masculina subiu no ponto mais alto do pódio ao consagrar-se bicampeã do De-safio Internacional, disputado em Caxias do Sul/RS. E o melhor: o time comandado por Paulo César de Oliveira não perdeu nenhuma das partidas e, na última, bateu a Itália por 5 a 3 na prorrogação. O craque Falcão (foto) foi o autor do gol da vitória.

FRANCA/SP

Uma miniolimpíada de basquete agitou o mês de outubro da garotada atendida pela LBV em seu Centro Comunitário e Educacional, na cidade de Franca, interior paulista. O evento festejou também a nova quadra para as crian-ças. Cinco times participaram do torneio em partidas com duração de 10 minutos cada. A vencedora foi a equipe amarela.

Para conhecer os campeões e todo o traba-lho da LBV na cidade, dirija-se à Rua Torquato Caleiro, 915 — Vila Nicácio. Telefone: (16) 3720-9077.

Futuros esportistas

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Equipe da Super Rede Boa Vontade é sucesso no Esporte cariocacoordenador esportivo da Super RBV no RJ, ao lado de Hausmann e do árbitro de futebol Leonardo Gaciba (sentados). Em pé, no sen-tido horário, André Gonçalves (repórter), Marcelo Figueiredo (repórter), Eduardo de Freitas (produtor) e o veterano comenta-rista esportivo Mário Silva.

Ricardo Berna, goleiro do Fluminense, recentemente tam-bém participou do programa.

Arqu

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Na segunda foto, na parte de cima, da esquerda para a direita, Maurício Moreira (locutor), Felippe Cardoso, André Mar-ques (repórter), Ricardo Berna (goleiro do Fluminense), Mar-celo Figueiredo, Jorge Iggor (locutor), Eduardo de Freitas. Na parte de baixo: os repórteres André Gonçalves, Luiz Victor (estagiário), Antônio Jorge e Gustavo Adolpho.

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14 | BOA VONTADE

Esporte é Vida!

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De repente, o Brasil todo começou a exaltar as qua-lidades de um jovem pi-loto de Fórmula 1: Felipe

Massa. Ele, contratado pela Ferrari para substituir o também brasilei-ro Rubens Barrichello, foi um fiel escudeiro do alemão Michael Schumacher, que lutava pelo oitavo título mundial, a fim de encerrar sua carreira da melhor forma possível.

Não deu para o alemão e Massa, apesar de sua importância secun-dária na Ferrari, onde tudo e todos trabalhavam para Schumacher, fez uma brilhante temporada. Terminou em terceiro lugar, perdendo apenas para o alemão e para o bicampeão, o espanhol Fernando Alonso, da Renault.

Mas foi ele, Felipe Massa, quem fechou a temporada da Fórmula 1 em grande estilo. Venceu o Grande Prê-mio do Brasil, em Interlagos, coisa que um brasileiro não conseguia há 13 anos, ou seja, o último vencedor, antes de Massa, tinha sido o saudoso Ayrton Senna (1960-1994).

Depois disso, tudo mudou na vida de Felipe Massa. Festejado em todo o

Brasil, inclusive sendo condecorado pelo Presidente Lula, ele reacendeu as esperanças do brasileiro. Até já são feitas comparações entre ele e Senna.

Não, o automobilismo não se tornou um Esporte popular no país, como o futebol. Acontece que o Brasil está carente de ídolos. O bra-sileiro procura um mito, como foram o próprio Ayrton Senna, Pelé, Zico e os dois Ronaldinhos (nos bons tempos em que exibiam boa forma atlética).

O povo tem necessidade de um ídolo, de alguém para se espelhar. Hoje, no país, o futebol não tem mais essa referência. Nossos cra-ques (e até mesmo os quase cra-ques e os apenas bonzinhos) estão todos no Exterior. Por aqui, ficaram apenas os que não despertaram o interesse dos empresários ou os que estão em fim de carreira.

E o brasileiro ficou sem o seu ídolo. Não há, em todo o território nacional, aquela figura na qual todo garoto se inspira, que determina seu modo de pensar

e agir, que povoa todos os seus sonhos.

Essa carência futebolística con-duz as atenções para outros setores. Por isso, depois da vitória no GP Brasil, Felipe Massa foi logo alça-do à condição de ídolo, recebendo a responsabilidade de ser campeão, de devolver a cada cidadão as alegrias que Ayrton Senna costu-mava proporcionar nas manhãs de domingo.

Não lhe falta potencial para isso, mas o peso da obrigação de ser o novo mito brasileiro no mundo dos esportes pode ser demais para Massa, um jovem que busca seu lugar no mecânico mundo da Fór-mula 1.

Tudo isso é normal, mas tam-bém funciona como uma advertên-cia para quem administra o nosso futebol: é hora de repensar o que está sendo feito, de encontrar uma saída para limitar a exportação de nossos principais jogadores. Ne-nhum Esporte — nem mesmo o futebol — sobrevive sem a paixão popular e não existe paixão popular sem ídolos.

um ídoloJosé Carlos Araújo é comunicador esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro/RJ.

Procura-se

Felipe Massa termina a temporada 2006 com um honroso 3o lugar e promete mais para o próximo ano.

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Coluna do Garotinho

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Comemorado em todo o mundo, até mesmo onde a população cristã é minoria, o Natal marca a grande

festa da Solidariedade Universal entre os povos. À medida que o dia 25 de dezembro se aproxima, as pessoas tendem a ficar mais gentis e a exprimir sentimentos que muitas vezes são deixados de lado, como o Amor ao próximo. Quem não gosta de ser lembrado ou de confraternizar com os que mais ama?

No entanto, nessa época do ano, muitas crianças, idosos e enfermos não recebem presentes, sequer uma palavra de conforto, de carinho. Isso ocorre porque há aqueles que

se esquecem do verdadeiro espírito do Natal, expresso nas palavras do aniversariante da data, Jesus, em Seu Novo Mandamento: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reco-nhecidos como meus discípulos” (Evangelho do Cristo Ecumênico, segundo João, 13:34 e 35).

Sob essa inspiração, a Legião da Boa Vontade promove desde seus primórdios, em 1950, a Campanha do Natal Permanente, como forma de lembrar a todos que a Fraternida-de deve ser vivida e exemplificada durante os 365 dias do ano, pois, afi-nal, a fome é diária, e a dor não tem hora para bater à porta do coração.

Por isso, além de todo o trabalho que desenvolve diariamente no País em prol de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, em suas escolas de Educação Básica, Lares e Centros Comunitários e Educacio-nais, a Obra realiza inúmeras ações de conscientização e de mobilização social, entre elas a Campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!

A edição 2006 dessa iniciativa tem como meta angariar 400 tone-ladas de alimentos não-perecíveis para serem distribuídos, em cestas, a milhares de famílias em situação de vulnerabilidade, propiciando-lhes um Natal feliz, digno e sem fome,

Natal?O que é o

Silvio LuizHelô Pinheiro Giácomo Pinotti Izzy Gordon

Rafaela Romolo

Gabriel Guerra Simoninha

_____________Marta Trigueiro

Fotos: Chico Audi

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Natal Permanente da LBV

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Natal?assim encerrando os atendimentos do ano em curso, a essas mesmas famílias, em suas diversas ações socioeducacionais.

A força do exemploMotivados pela Solidariedade,

artistas e personalidades da mídia uniram-se à campanha para ajudar na arrecadação dos mantimentos. Disseram sim à LBV os empresários Lílian Gonçalves, da Rede Biroska, e Elzimar Antunes, da Solitec Seguros, que patrocinaram as grava-ções de um videoteipe institucional; o fotógrafo Chico Audi, parceiro da LBV há cinco anos e que, mais uma vez, doou seu profissionalismo

realizando a sessão especial de fotos com os participantes dessa ação so-lidária. Em agradecimento a Chico Audi pela parceria nas campanhas da LBV, um grupo de meninos e meninas atendidos pela Instituição na capital paulista prestou-lhe uma homenagem, fotografando-o e, ao fim das gravações, presenteando-o

Guilherme & Santiago

Elzimar AntunesLílian Gonçalves

Chico Audi

com um álbum das fotos feitas por eles. “É muita emoção, porque aqui é o meu ambiente de trabalho co-mum, mas, ao ver essas crianças me fotografando, é uma inversão de pa-péis. E, em flashes rápidos na minha cabeça, eu já imaginei um médico, um dentista, um advogado, que é a base da cultura que a LBV vai dar a vida inteira para essas crianças. (...) O Brasil de verdade é quando a gente ajuda e dá o nosso tempo. A LBV é um exemplo mundial. É um orgulho! Muito obrigado! (...) São entidades como a LBV que fazem a diferença no nosso País. Temos de pegar e trabalhar. Isso é o mínimo que faço, que não é nada, realmente

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“São entidades como a LBV que fazem a diferença no nosso País.”

Chico Audi

Paulo Eugênio e Pedro RoncoDuda ArditoRicardo Tofanello Solange Frazão

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Primo Bonafini KM7 Nove Abaze

é muito pouco, para o tanto que a LBV realiza”, declarou.

A sessão de fotos, que se tornou um ponto de encontro entre os voluntários da Solidariedade, teve muitos momentos emocionantes. Um deles ocorreu quando a dupla Guilherme & Santiago chegou ao estúdio. Os cantores interagiram com as crianças da LBV e, forman-do um só coro com elas, entoaram a música Chove estrelas, um de seus grandes sucessos.

Para reforçar o apoio incondi-cional ao trabalho da Legião da Boa Vontade, os participantes da campa-nha fizeram questão de deixar seu testemunho. Eis alguns deles:

“A LBV faz parte do meu cora-ção. Por isso, eu sempre digo sim!”

Helô Pinheiro, a eterna “Garota de Ipanema”

“Esta é uma ação importante da LBV, que traz esperança de um Natal melhor. Como diz o slogan da Campanha, é o Natal Permanente, porque não é só na data específica, mas a ajuda tem de ser obviamente o ano inteiro.”

Wilson Simoninha, cantor

“É um prazer fazer parte desta Campanha maravilhosa. A gente vai sempre estar aqui de coração. A Solidariedade é superimportante para o País.”

Sebá, do grupo Inimigos da HP

“A partir do momento em que conheci pessoalmente o trabalho da LBV, nunca mais na vida tive coragem de negar nada para essa Instituição. É um espetáculo! Eu convido todos a ir à LBV ver de perto o que o Paiva Netto faz.”

Lílian Gonçalves, empre-sária

“Colaborar para a Legião da Boa Vontade é colaborar para um mundo melhor. As nossas crian-ças merecem o nosso sorriso.”

Ricardo Tofanelo, radia-lista que interpreta a perso-nagem Judith, no programa Chupim, da Metropolitana

FM

“Quando a gente ama a vida, ama também o próximo.”

Carlos Ribeiro

“É um trabalho que eu já faço com a LBV, de doação, já há muitos anos, e sempre gostei de participar. Fechou com chave de ouro este momento tão especial na minha vida.”

Primo Bonafini

“Eu fui até a LBV, vi o resultado, a alegria das crianças, dos voluntários que trabalham, das pessoas... É uma resposta assim que me faz voltar todos os anos e estar chamando vocês para doarem sempre.”

Solange Frazão

“Na condição de apoiador das campanhas da LBV, o Natal Per-manente de Jesus, para mim, é uma reprise das satisfações que sempre tenho tido em todos esses anos. Parabéns, LBV!”

Elzimar Antunes, empresário

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Natal Permanente da LBV

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Inimigos da HP

“Há muito tempo eu acompanho o trabalho da LBV. Então, para mim, é muito importante. É um ajudando o outro. Todos nós somos irmãos.”

Izzi Gordon, cantora

“O mais importante é o Amor, não só pela sua mãe, seus filhos, seu namorado, marido, família, mas pelo próximo. (...) Qualquer pessoa, independente de classe, da profissão, tem esse dever de estar aqui ajudando.”

Janaína Lince, atriz

“A função do Ser Humano é me-lhorar tudo (...), na verdade a gente não faz nada, vocês da LBV é que fazem tudo. A gente só entra com uma pequena parcela. A gente é que ganha o presente quando faz parte desse momento. A pessoa deve não só doar, mas conhecer as estruturas. E essa participação é tão importante quanto a doação.”

Giácomo Pinotti

“Eu fico muito feliz de estar aju-dando. Espero que essa campanha cresça cada vez mais.”

Sannder MS (Integrante da banda Abaze)

“Abaze nasceu com essa idéia de fazer um trabalho voltado não só para as pessoas que curtem a música da banda, mas também para levar algo mais para os jovens. Por isso, a gente sente-se superfeliz de partici-par em todas as edições. Muito legal esse relacionamento que estamos construindo com a LBV.”

Beto (banda Abaze)

“Você que está acostumado a ouvir a gente há tanto tempo só falando bobagem, por incrível que pareça, hoje eu estou falando sério. Ajude a LBV!”

Pedro Luiz Ronco, radialista do programa Hora do Ronco, da

Band FM

“Se cada um fizesse a sua par-te, com certeza o mundo estaria melhor. A gente faz a nossa. Paiva Netto, sempre que precisar, é só li-gar que a gente está à disposição.”

Rosa, da dupla Rosa & Rosi-nha

“A LBV é uma instituição de credibilidade. Está preparando a criança para o futuro. (...) Paiva Netto, parabéns por esse trabalho.”

Rosinha, da dupla Rosa & Rosinha

“Estou muito feliz e espero cola-borar sempre. Para o que eu puder fazer, quero estar à disposição.”

Marisol Ribeiro, atriz

“(...) O duro era trazer esse daqui, pensei: ‘Meu Deus, pra chamar o Ronco... Ele não sai de casa para nada!’. Quando eu falei que era para a LBV, ele disse: ‘Agora! levanta e vamos’. É muito importante você ajudar a quem realmente precisa, faz bem para o nosso coração.”

Paulo Eugênio, radialista do programa Hora do Ronco, da

Band FM

“Ficamos emocionados por fazer um dia destes e um monte de gente feliz.”

Sílvio Luiz, ator

“(...) Gostaria que todo mundo pensasse um pouquinho no outro (...), que oferecesse um sorriso, a mão, um carinho, meio quilo de café, de arroz, não importa. Faça a sua parte, você verá como a fome do mundo diminui e como o amor se multiplica.”

Aldine Müller, atriz

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APOIO:

“Se você pode dar um exemplo como esse, de ser solidário, de ser caridoso, pode ter certeza que vai tocar direto no coração das pessoas e fazer com que o outro colabore também. (...) Quero mandar um abraço para o Paiva Netto, um grande beijo para todas as crianças. LBV, aí sim, essa é uma ajuda para valer mesmo!”

Claudete Troiano, apresentadora de TV

“A gente, que ama criança, vê que tem de realmente fazer mais uma vez participar da Campanha da LBV (...), vir aqui todo ano para colaborar e agradecer também pela colaboração. Isso é que é impor-tante.”

Guilherme, da dupla Guilher-me & Santiago

“Uma série de coisas é feita na LBV, inclusive proporcionar desen-volvimento musical, coordenação motora às crianças. (...) Elas estão sendo preparadas desde pequenas para se tornar grandes cidadãs, gran-des Seres Humanos.”

Santiago, da dupla Guilherme & Santiago

Para levar sua doação em prol da Campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!, veja o endereço do Centro Comunitário da LBV mais próximo de sua residência no site www.lbv.org.br. Donativos podem ser depo-sitados no Banco Itaú, agência 0237, conta corrente 73.700-2. Outras informações pelo tel.: (11) 3225-4500 ou pela página da Instituição na internet.

Zé Henrique & Gabriel

Mateus Taironi

Marisol RibeiroCarlos Ribeiro

Aldine Müller

Claudete Troiano Janaína Lince

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Natal Permanente da LBV

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O reconhecimento da revista BOA VONTADE a Jamelão, grande ícone mangueirense e patrimônio da cultura nacional

Herói dosamba

Eu freqüentava a gafieira Jardim do Meyer e o ge-rente da casa não sabia o meu nome e ele tinha de me

chamar para cantar. Como eu não tinha apelido, falou: ‘E agora, vou apresentar o Jamelão’. Foi o meu batismo artístico”, conta, aos mais de 90 anos, com voz rouca, logo após apresentação em casa lotada, na capital paulista. José Bispo Clementino dos Santos é o nome de batismo desse carioca de São Cristóvão, nascido em 12 de maio de 1913. Mas foi sendo chamado de Jamelão (árvore de frutos sabo-rosos) que ele chegou ao patamar de uma das maiores expressões da nossa cultura, tornando-se reconhe-cido no mundo.

______________Hilton Abi-Rihan

A trajetória dele é marcada por muita luta e, sobretudo, trabalho. Começou a ganhar a vida desde cedo. Aos 15 anos, já vendia jornais pelos bairros do Rio de Janeiro para ajudar no sustento da casa. “Não caiu nada do céu para mim. Saía pelas ruas e bairros, e tinha aqueles bairros preferidos, tinha os trens da Central, bonde, era muito bom aqui-lo”, rememora. Mas logo deixou as ruas e os jornais para se dedicar à música. “Depois que larguei a ven-da de jornais passei a ouvir muito os cantores daquela época e aos pou-cos fui aprendendo; passei a viver de música. De repente, quando vi, estava envolvido com música, com programas de rádio e auditórios. Foi a profissão que abracei. Sempre

O radialista e jornalista Hilton Abi-Rihan entrevista grandes nomes da cultura na-cional no programa Samba e História. Na Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV — lista de emissoras na página 4), você pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, às 5, 14 e 20 horas. Pela Boa Vontade TV, o telespectador pode assisti-las aos sábados, às 23 horas. Outra opção para acompanhar o programa é aos domingos, às 15 ou 23 horas. Pela Rede Mundial de Televisão, confira o bate-papo aos domingos, às 12 horas.

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Samba e História

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procurei fazer bem para poder viver da música”, afirma.

Foi nesta época que a Estação Primeira da Mangueira, da qual se tornou intérprete-símbolo, apareceu na vida de Jamelão. “Nasci em São Cristóvão, onde não havia samba. Depois, fui morar no Engenho Novo. De repente, estava na Mangueira. Quem me apresentou à escola foi Lauro dos Santos, que trabalhava também na distribuição de jornais. Eles me receberam bem. Na primei-

ra vez, fui por curiosidade, e quando não tinha nada para fazer ia dar um pulo lá, bater papo, jogar uma ‘pe-lada’ de futebol. Quando vi, estava envolvido com os músicos. Depois, aprendi a dançar e a cantar. Até que um belo dia me disseram: ‘Vá cantar no baile’. Fui, cantei e deu certo. Comecei outra vida”, relata, com olhar saudoso, lembrando as rodas de samba da Praça Onze, das quais participava sempre depois dos desfiles da verde-e-rosa.

Embalou na carreira durante a década de 1940. Neste período, foi

premiado com um ano de contrato com a gravadora Continental por ter vencido um concurso de calouros promovido pela Rádio Clube do Brasil. Ao término do acordo, pas-sou a se apresentar na Rádio Tupi. Em 1949, dois fatos importantes: iniciou como intérprete da Manguei-ra e substituiu o cantor Francisco Alves, durante show no Teatro João Caetano.

Em 1952, soltou a voz em uma festa nos arredores de Paris

(França) como crooner (cantor de música popular que se apresenta com conjunto instrumental) em uma das parcerias que fez com a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo. Foi nessa mesma dé-cada que efetivou seu contrato com a gravadora Continental e alcançou grande sucesso como intérprete de composições, a exemplo da gravação da música Exaltação à Mangueira, criada para o desfile da escola em 1956. Outra canção que o projetou foi Ela me disse assim, de autoria do

gaúcho Lupicínio Rodrigues, para quem Jamelão gravou LPs em homenagem e reconhecimen-to pelo trabalho que deixou.

Toda essa fama se propagou ainda mais pelo Brasil na década seguinte, mesma época em que nosso personagem ingressou na ala de compositores da Man-gueira (em 1968). Àquela altura, recebeu também muitos prêmios, entre eles, o de Cidadão Paulista-no, entregue pela Câmara Muni-

cipal de São Paulo. Gravou, em 1979, o conhecido LP que levou seu nome, imprimindo a carac-terística romântica de Jamelão, conforme ele mesmo define.

Para continuar tendo dispo-sição para fazer shows regular-mente, ele confessa que não há segredos. “Existe o direito que Deus nos dá de participar. Ele dá esse direito para A, B, C, não tem pessoa determinada. O que há é a determinação da hora que Deus acha que é, e que deve ser feito.” E o público concorda, pois suas

“Lutem com honestidade. Não queiram ser absolutos porque a vida dá condições para A, B, C, D. Todos têm o mesmo valor, o mesmo direito. (...) Sejam pessoas que saibam reconhecer o valor dos outros. Todos temos o direito de igualdade.”

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Samba e História

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apresentações sempre acontecem com casa lotada e os inúmeros pedidos de bis chegam ao intér-prete durante todo o espetáculo. “Eu sei que as pessoas, nem tão jovens nem tão velhas, conhecem esse tipo de música que canto porque, na convivência com suas famílias, ouviram e aprenderam a ouvir esse tipo de música. É muito bonito vê-las. Elas vibram com as músicas!”, diz alegre.

Segundo ele, o motivo da con-tinuação do sucesso de músicas antigas é que as letras mexem com os sentimentos das pessoas. “Todo mundo, ou pelo menos a maioria, tem uma historinha de amor. (...) Música romântica vai mexer justamente com aquele romance que o cidadão está vi-vendo. São músicas do Orlando Silva, Francisco Alves, Carlos Galhardo, João de Barro e ou-tros. A música é o desabafo!”.

A experiência dos palcos, além de inúmeras interpretações de samba-enredo nos desfiles, segun-do ele, ensinou-lhe que “negócio de preparação vocal é mentira, quem tem a garganta boa canta. Quem não tem não pode can-tar”.

E com toda simplicidade do alto de seus 93 anos, Jamelão deixa sua mensagem aos jovens. “Lutem com honestidade. Não queiram ser absolutos porque a vida dá condições para A, B, C, D. Todos têm o mesmo valor, o mes-mo direito, é só, como diz o ditado, ‘não meter os pés pelas mãos’. Sejam pessoas que saibam reco-nhecer o valor dos outros. Todos temos o direito de igualdade. Não somos mais nada do que isso e não

vamos levar nada desse mundo, vai tudo ficar aqui. Que Deus dê força para que todos possam se ajudar mutuamente!”.

Outro ritmo que faz pulsar o coração do sambista é a Solida-riedade. Prova disso é o incentivo às causas humanitárias, as quais sempre apoiou. Numa das ocasiões em que foi entrevistado pela revista BOA VONTADE, manifestou seu apreço, registrando: “Quero de-sejar ao meu amigo Paiva Netto que continue assim, mantendo a LBV no caminho que todos nós conhecemos, aquele de dar apoio aos que necessitam. Um trabalho

humano para o Povo. Os meus parabéns a essa Legião da Boa Vontade, que é imensa, a esse povo todo que colabora com a LBV. Conheci Zarur em 1946, 1947. Um homem de coração muito bom, um grande amigo. E, sinceramente, o ideal dele está sendo mantido por Paiva Netto. (...) Que todos tenham muitas felicidades”.

Por tudo o que representa ao nos-so País, desejamos a este bamba do samba muita saúde e prosperidade, e que sua voz sempre faça parte do repertório dos brasileiros.

Colaboração: Leilla Tonin

Rio de Janeiro antigo: inspiração dos músicos brasileiros, inclusive de Jamelão.

“Os meus parabéns a essa Legião da Boa Vontade, que é imensa, a esse povo todo que colabora com a LBV. Conheci Zarur em 1946, 1947. Um homem de coração muito bom, um grande amigo. E, sinceramente, o ideal dele está sendo mantido por Paiva Netto. (...) Que todos tenham muitas felicidades.”

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“Eu vi como na LBV os meninos e as meninas são bem-tratados. É tudo com muito cuidado e limpo. Você vê que é tudo feito com Amor. Fiquei feliz de ter vindo aqui na Legião da Boa Vontade.”

Atriz Juliana Paes, durante visita ao Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, no Rio Janeiro/RJ.

“Acompanho o trabalho da LBV e já fui a várias creches. (...) Continuem, sempre que puderem, colaborando com a LBV. A gente tem certeza absoluta de que estará entregando alguma coisa muito importante na mão de pessoas que sabem distribuir e que sabem levar aonde realmente se precisa.”

Luciano do Valle, comentarista esportivo e apresentador da Rede Bandeirantes, manifestando apoio à Campanha LBV — Fiz um Gol pela infância brasileira.

“Se incluirmos a Solidariedade e a postura ética naquilo que a gente

faz, a comunicação vai despertar

mais pessoas para essa

necessidade, para uma

convivência mais

harmoniosa. (...) A

LBV está de parabéns e eu fico

muito honrado e feliz de poder participar de uma iniciativa que tem esse

espírito.”

Jornalista Amauri Soares, Diretor-Executivo da Globo Internacional,

comentando a entrega da Comenda do ParlaMundi da LBV na festa do

Brazilian Day, em Nova York/EUA.

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Visite, apaixone-se e ajude a LBV!

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“A LBV é o Brasil que deu

certo!”Amaury Jr., jornalista e

apresentador da Rede TV!

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“Parabéns à LBV pelo excelente trabalho que realiza em defesa dos excluídos, manifestando extraordinária demonstração de amor ao próximo.”

Registro do jornalista Domingos Meirelles, da ABI e da Rede Globo, no livro de visitas da Escola da LBV no Rio de Janeiro/RJ.

“As organizações da sociedade civil têm um papel muito importante para fazer avançar temas sociais,

como a própria Cultura de Paz. A Legião da Boa Vontade, como outras respeitáveis organizações,

tem uma importância muito grande dentro desta agenda positiva e deve continuar a ser assim, muito positiva,

junto à Organização das Nações Unidas.”

Embaixador e Secretário-Geral do Itamaraty, Dr. Samuel Pinheiro Guimarães Neto, destacando a presença da LBV na ONU.

“Dá para ver nos olhinhos destas crianças da LBV que elas recebem uma boa alimentação, educação plena, alegria. (...) É uma comida caprichada, balanceada; uma biblioteca maravilhosa; tudo lindo. (...) Fiquei muito feliz com o que vi na LBV.”

Toni Garrido, vocalista do Grupo Cidade Negra, após cantar para os alunos do Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, no bairro do Del Castilho, Rio de Janeiro/RJ.

“A Legião da Boa Vontade não oferece uma opção

pobre ao pobre. Ela oferece ao pobre uma opção de

qualidade”.

Sociólogo Pedro Demo, então Presidente da Organização Mundial

para a Educação Pré-Escolar.

“Campeões de natação eu não garanto, mas, com o que vi aqui, posso garantir que certamente sairão da LBV muitos campeões de cidadania.”

Comentário do campeão olímpico de natação Gustavo Borges, na visita que fez ao Instituto de Educação da LBV na capital paulista.

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F R A S E S

“A LBV realiza um trabalho de excepcional qualidade. (...) É um pólo fantástico de formação integral do Ser Humano.

(...) O Brasil deveria conhecer mais de perto esta obra.”

Desembargador Criminal Cármine Antônio Savino ao conhecer a unidade da LBV na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

“Primeiro preciso louvar o nascimento da LBV, o surgimento desse novo movimento que a minha mãe acompanhava na década de 1950

pela Rádio Mundial e me habituei a escutar aquela palavra calma (de Alziro Zarur — 1914-1979). Fico muito contente de estar, depois de tantos anos, conhecendo o trabalho da LBV.”

Moacyr Franco, ator do SBT.

“É muito bonito o trabalho da LBV. Eu já

tinha conhecido também lá na Supercreche do

Rio de Janeiro e visto o que é realizado em

Brasília. (...) O trabalho da LBV inspira a gente a

poder abrir o coração e passar um pouco daquilo

que nós pensamos e agimos.”

Lars Grael, medalhista olímpico, ao passear pelas

dependências da Legião da Boa Vontade

em São Paulo/SP.

“A todos os amigos que fazem essa grande Legião realmente da Boa Vontade, o meu

melhor carinho, o meu grande abraço. (...) Se nós tivéssemos 5, 6 ou 10 iguais à LBV,

com certeza, teríamos menos diferença social no Brasil.”

Fafá de Belém, cantora.

“(...) O que a LBV faz é sério e bonito. (...) Parabéns para a Legião da Boa Vontade que é qualidade Brasil, mundo, universo, cosmo. É qualidade! Cada vez mais as pessoas entendem o alcance de sua ação e digo, sem exagero nenhum, que a LBV é a salvação para o mundo.”

Sandra de Sá, cantora e antiga colaboradora da Instituição.

“Muito obrigado, LBV, que esse trabalho lindo continue por muito tempo porque as pessoas precisam.”

Roberto Justus, empresário, publicitário e apresentador da TV Record.

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“(...) Tenho acompanhado, admirado e elogiado, em diversos cenários, este trabalho magnífico de defesa da vida da LBV. (...) A força que ela dá a este movimento certamente será ouvido não só no País, mas fora dele. (...) A voz da LBV defendendo o Direito à Vida, desde a concepção e a sua preservação, certamente, terá ressonância na ONU.”

Dr. Ives Gandra Martins, um dos maiores juristas do Brasil, comentando o documento do dirigente da LBV encaminhado à 50a Sessão da Comissão do Status da Mulher, nas Nações Unidas, traduzido pela ONU para seus seis idiomas oficiais, remetido a chefes de Estado de todo o mundo.

“Nós, da Bandeirantes, estamos muito orgulhosos de ser aliados de vocês, da LBV. Acompanhamos a luta do Paiva desde o tempo de Zarur, e sabemos deste trabalho sério, bonito, honrado, que cuida de criança, cuida de gente idosa, envolve todo o mundo. Então, somos, em primeiro lugar, fãs do trabalho de vocês, admiradores e colaboradores.”

João Carlos Saad, Presidente do Grupo Bandeirantes de Rádio e TV.

“Eu tinha bem presente que a LBV tivesse tido a primazia dessa ação na área social no Brasil, recordo-me

perfeitamente das primeiras atividades nos anos 1950. Então, quero enviar uma saudação e falar da apreciação

do Ministério das Relações Exteriores pela ação da LBV.”

Embaixador Ruy Nogueira, Subsecretário-Geral de Cooperação e Comunidades Brasileiras no Exterior, do Ministério de Relações

Exteriores.

“(...) Na atividade que a gente realiza no Conselho é sempre bom colher exemplos bem-sucedidos que

acontecem no Brasil. Eu fiquei realmente muito impressionado com o trabalho que é feito aqui pela LBV

em Glorinha. É um lugar muito aconchegante (...).”

Professor Silvio Iung, Presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e Diretor Executivo da Rede Sinodal de Educação, em

visita ao Lar e Parque Alziro Zarur, da LBV, em Glorinha/RS.

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“Para amar a LBV, basta conhecê-la.”Jornalista Carlos Alberto Guimarães, do Jornal do Brasil, durante visita à unidade educacional da LBV do Rio, acompanhado pela arquiteta Rogéria Rocha.

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Carlos Nascimento agora também no SBT Brasil

Quando fechávamos es te número da BOA VONTADE, recebemos a informação de que o jornalista Carlos Nascimento, além de comandar o Jornal do SBT — Edição Noite, está, desde 4 de dezembro, ao lado da jornalista Juliana Alvim, comandando o SBT Brasil, veiculado pela emissora, às 21 horas. O telejornal passou por uma reformulação visual (imagem acima e à esquerda). Nos bastido-res, o jornalista tem à disposição uma imensa equipe de repórteres em todo o Brasil, além de corres-pondentes em outras regiões do mundo.

__________________________Leila Marco e Rodrigo Oliveira

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Abrindo o Coração

Jornalista

“A única forma de crescer é ter talento, dedicação e pessoas que acreditem em você.” Esta é a fórmula de Carlos Nascimento em 38 anos de carreira.

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temas a começar pela infância e a vida em família. Defendeu, com ímpeto, o modelo ideal que os aspirantes à profissão devem adotar e criticou os programas jornalísticos que apenas fazem espetáculo em nome da audi-ência. Antes de posar para foto com a equipe, deu uma passada na mesa da editora do telejornal, Renata Marinelli, que rapida-mente o deixou a par das notícias mais importantes.

É com bom humor e enfrentan-do desafios que o paulista Nasci-mento leva a vida. A fórmula vem dando certo há 38 anos, reconheci-dos inúmeras vezes por prêmios e pela audiência pública, que coloca “o Jornal do SBT — Edição Noite na vice-liderança no horário”, como o próprio Nascimento afir-ma com orgulho. Durante sua car-reira, recebeu diversos prêmios, entre eles o Wladimir Herzog, concedido pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Pau-lo, em 1980 e 1981. Muito além de condecorações, essa profícua carreira lhe rendeu ensinamentos diversos e o que tirou de melhor de sua trajetória ele contou, em resumo, na entrevista a seguir:

Revista BOA VONTADE — Conte-nos um pouco do Carlos Nascimento que o

telespectador não vê nas telas. A origem, a família, as lembranças de infância...

Carlos Nascimento — Eu sou nascido em Jaú, cidade do interior de São Paulo, mas fiquei lá poucos dias, menos de uma se-mana. E meus pais moravam em Dois Córregos, que é uma cidade vizinha. Sou um doiscorreguense nascido em Jaú (risos). Morei até os 19 anos em Dois Córregos, então sempre me considerei dois-correguense, mas, na verdade, nasci em Jaú. (...) Foi o pessoal de Dois Córregos que me ajudou a conseguir o primeiro emprego quando vim para São Paulo.

BV — Pai e mãe, a que essas palavras o remetem?

Carlos Nascimento — Meu pai era viajante e vendia origi-nalmente medicamentos. Uma pessoa extrovertida, muito ligada à história do trem. Ele viveu pro-fissionalmente enquanto existiu o trem. (...) Nunca acreditou que um dia não houvesse mais esse meio de transporte. Então todos os viajantes começavam a aprender a dirigir, a ir para as cidades de carro. Mas ele, não! Porque dizia: “Imagina, eu tenho tudo no trem, por que eu vou viajar de carro?!”. Foi surpreendido com o fim da ferrovia e acabou terminando

“Hoje, os jornalistas brasileiros devem ter uma visão isenta daquilo que

interessa aos nossos leitores, ouvintes e telespectadores. (...) Nós temos,

sim, que procurar o interesse do Brasil.”RepóRteR

Falar de Carlos Nascimento é falar sobre trabalho. Du-rante todo o tempo em que recebeu, com simpatia, a

equipe da revista BOA VONTA-DE em sua sala, no departamento de jornalismo do SBT, em São Paulo/SP, dividiu a atenção entre a entrevista e o que ocorria pelo Brasil e no mundo. Conversou conosco antes de fechar a pauta do que vai ser assunto no Jornal do SBT — Edição Noite, que apresen-ta de segunda a sexta-feira, à 0h30. Enquanto testávamos o gravador, posicionávamos a câmera foto-gráfica, lá estava ele em busca de notícias.

Tão logo o gravador foi liga-do, Nascimento desligou-se do mundo e, pôde, assim, falar, com exclusividade, sobre diversos

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Luiz Gonzaga Mineiro, Diretor de Jorna-lismo do SBT.

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Abrindo o Coração

Carlos Nascimento e as jornalistas Sandra Annemberg (E), Rosângela Santos e Fátima Bernardes (D).

assim, melancolicamente, a pro-fissão dele. Mas todas as histórias

que o meu pai contava tinham a ver com o trem. (...) Ele era piracicabano, descendente de índios. Meu avô paterno era neto de índios. A minha avó, alemã. A minha mãe era pro-fessora primária, e meus avós

maternos são italianos. A minha mãe mora em Jaú, até hoje. Meu

pai já faleceu.

BV — A família o incentivou a trabalhar nessa área?

Carlos Nascimento — Pelo contrário. (...) Eu nunca tive ne-nhum incentivo da família para ser jornalista. Os meus primos todos são médicos, engenheiros. Não havia nenhum tipo de expec-tativa em relação ao jornalismo. Até porque quando resolvi ser jornalista, era muito difícil no interior: a profissão tinha acaba-do de ser regulamentada (1969).

Quando vim para São Paulo, em 1973, estava ainda no começo.

BV — Mesmo assim, em Dois Córregos, você começou a carreira de jornalista?

Carlos Nascimento — Sim. Iniciei na Rádio Cultura de Dois Córregos, em 1968, como sono-plasta. Depois, passei a atuar como narrador de futebol. Mais tarde comecei a trabalhar também no jornal O Democrático. Hoje tem mais jornais lá, mas na época era só esse. Fiquei até 1973 na rádio e no jornal, durante cinco anos. Vim para São Paulo e comecei a trabalhar profissionalmente na capital.

BV — Do rádio e do jornal impresso para as telas. Como foi a sua trajetória na mídia, assim que chegou a São Paulo?

Carlos Nascimento — (...) Fui trabalhar na Rádio ABC, em Santo André/SP. Cheguei a narrar alguns jogos lá. Na verdade, profissional mesmo, só um jogo; nos outros, eu era o segundo locutor. Da Rádio ABC, fui para a Rádio Nacional, que já era da Globo, para integrar a equipe esportiva da emissora. Só que em 1974, quando o Brasil perdeu a Copa do Mundo na Ale-manha, a Rádio Nacional acabou com o departamento de Esporte. Aí eles me mandaram para o Aeroporto de Congonhas, onde comecei como setorista na sala de imprensa. Ao mesmo tempo, trabalhava num jornal impresso semanal em São Paulo, chamado Super News, que competia com o Shopping News. Fiquei na Rádio

“Jornalista que não é repórter eu digo que é jornalista pela metade, porque a grande ciência dessa profissão está na sua capacidade de interpretar os fatos, não é só você dar as notícias.”

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“Nessa profissão é muito importante ter pessoas que acreditem no seu trabalho. Caso contrário, você não vai a lugar nenhum. (...) A única forma de crescer é ter talento, dedicação e pessoas que acreditem no seu trabalho.”

Para Nascimento, Joelmir Beting (D) “tem um jeito vitorioso na nossa profissão”.

Nacional e, naquela época, traba-lhei também na Rádio América. Em 1977, fui para a TV Globo, que tinha acabado de estrear os equipamentos eletrônicos, VTs portáteis, e tinha também o equi-pamento que transmite ao vivo, na época, uma novidade. E eles precisavam de um repórter para as notícias de trânsito. Foi então que me contrataram para trabalhar no Bom Dia São Paulo. (...) Fiquei nessa emissora dez anos como repórter, de 1977 a 1987. Depois, fui para a TV Cultura; fiz o Jornal da Cultura, no ano de 1988, e, no ano seguinte, trabalhei na Record. (...) Depois, voltei para a Globo em 1990 onde fiquei até 2004. Aí, fui para a Bandeirantes, fiquei dois anos lá e vim para o SBT.

BV — Essas décadas de expe-riências lhe renderam boas histórias. Qual delas você destaca?

Carlos Nascimento — Um fato interessante ocorreu no dia do jogo entre Corinthians e Ponte Preta, na decisão do Campeonato Paulista, em 1977: a Globo expe-rimentou, pela primeira vez, trans-mitir reportagens ao vivo, direto de um helicóptero: tinha de ficar um técnico na janela do helicóp-tero, com um microondas portátil, apontando para baixo, onde estava outro microondas. Ou seja, você só podia fazer uma transmissão ao vivo na área onde o helicóp-tero enxergasse o carro embaixo, porque um tinha de transmitir para o outro. Aí o operador de áudio esqueceu de levantar o som. O ma-terial que eu passava não tinha o áudio. Foi quando um deles falou

assim: “então grava e joga a fita”. Gravamos alguns boletins sobre o pré-jogo, falando sobre o pessoal chegando ao estádio, por volta das seis da tarde. E aí o carro ficou lá na Avenida Rebouças, na Ponte Eusébio Matoso (zona sul de São Paulo/SP). A gente chegava com o helicóptero lá em cima e jogava (literalmente) a fita. Para ajudar, o Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV) parava o trânsito na rua.

BV — Quem mais acreditou no seu trabalho?

Carlos Nascimento — Nes-sa profissão é muito importante ter pessoas que acreditem no seu trabalho. Caso contrário, você não vai a lugar nenhum. (...) A única forma de crescer é ter talento, dedicação e pes-soas que acreditem em você. Quando comecei na rádio e no jornal em Dois Córregos, eu tive

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Abrindo o Coração

Ricardo BoechatArmando NogueiraClineu Alves de Lima

Dante Vatiuci, Woile Guima-rães, Eurico Andrade, Narciso Kalili, José Hamilton Ribeiro, Sérgio de Souza, Humberto Pereira. Foram todos eles muito importantes na minha formação. A Diléa Frate, que trabalha com o Jô Soares, nós começamos juntos em televisão também. A Alice-Maria, o Armando Nogueira, o Alberico Souza Cruz. Enfim, tra-balhei com as melhores pessoas. O Roberto Feith, que hoje é dono da Editora Objetiva, o Bob. Quando fui correspondente em Madri, ele era diretor do escritório da Globo em Londres, então quebrava uns galhos. Ele me ajudou muito lá naquela empreitada. O Laerte Mangini, que hoje é da RedeTV!, foi meu primeiro chefe de repor-tagem. Aprendi muito com ele também. (...) Essas pessoas que

eu citei foram muito importantes na minha formação profissio-

nal. Também devo muito a cinegrafistas que andavam comigo por esse mundo afora, fazendo matérias, correndo risco de vida. (...) Um cara com quem aprendi muito é o Eduardo

Coutinho, que é cineasta. Eu trabalhei com ele no Globo

Repórter. Com ele aprendi a tra-balhar em programas jornalísticos,

como conduzir, como fazer essas reportagens. Joelmir Beting é uma pessoa que eu considero mui-to, porque me deu muita atenção. Olho o jeito dele, pois acho que é um jeito vitorioso na nossa pro-fissão. Admiro muito o Ricardo Boechat, um dos jornalistas mais bem-informados do Brasil, fez muito sucesso na coluna.

BV — Como você avalia a revolução da informação trazida pela internet?

Carlos Nascimento — A faci-lidade para se obter informação é muito maior. Antigamente, você primeiro tinha de ter conheci-mento mesmo, de preferência dentro da cabeça. Em segundo lugar, tinha de ter fontes para poderem socorrê-lo na hora da necessidade. Hoje é muito mais fácil, você acessa a internet, e está tudo lá. Isso é bom e é ruim. Bom, porque abre um horizonte novo, de resolver as coisas mais rapida-mente e ter acesso às informações que demorariam muito tempo. Por outro lado, também torna os profissionais mais preguiçosos, porque desobriga de ter a fonte, desobriga a pesquisa, a apuração da notícia, e sai muita informação errada, porque nem tudo o que está na internet é verdade.

um grande incentivador e foi o meu primeiro professor: Clineu Alves de Lima, que faleceu há pouco mais de dois meses. Ele foi uma pessoa importantíssima porque me ensinou a ser locutor. (...) Depois, aqui em São Paulo, tive um chefe muito importante na Rádio Nacional, o Olavo Marques. Ele era professor e ao mesmo tempo jornalista e me aju-dou muito. Inclusive, o primeiro emprego na Rádio Nacional foi o Olavo quem conseguiu. Na televisão, tive muita sorte porque peguei toda a turma que veio da revista Realidade. Quando a revista fechou, aquele grupo re-solveu fazer uma experiência em televisão. Então eles foram para a TV Globo. Aí trabalhei com o

“O jornalismo,

como qualquer outra profissão, exige dedicação. É

preciso levar a sério e entender que essa é uma profissão de responsabilidade e que não é

fácil.”

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Nascimento e a equipe do Jornal do SBT — Edição Noite. Da esquerda para a direita: Maria Eugênia, Ana Carolina, Nayara Roriz, Renata Mari-nelli e André Bispo.

BV — O que é essencial para ser um bom jornalista?

Carlos Nascimento — Jorna-lista que não é repórter eu digo que é jornalista pela metade, porque a grande ciência dessa profissão está na sua capacidade de interpretar os fatos, não é só você dar as no-tícias. Fico muito chateado de ver a quantidade de jovens que pedem emprego de apresentador. Não são só eles que querem, as empresas oferecem também. Muitas vezes basta ter um rosto bonito e pronto: daqui a uma semana está apre-sentando telejornal ou programa de televisão, sem saber nada de nada. (...) Hoje você tem muitos canais de notícias e jornalismo na internet que usam a imagem. Claro que cresce a quantidade de gente que quer fazer isso. Só que essas pessoas acham que elas se deso-brigam de ser jornalista, de fazer reportagem. E quem não passa pela reportagem, em primeiro lugar, não conhece o pensamento das pessoas; e não conhece os lugares, o jeito de viver. O que determina, muitas vezes, a sensibilidade de uma reportagem é o contato que se tem com as fontes. É tendo isso que você vai fazer um bom texto, ter boas informações, fazer uma reportagem interessante, senão fica uma coisa completamente fria.

BV — Você já ganhou duas edições do prêmio “Comunique-se”, de melhor apresentador/ âncora de TV. O que foi determinante na sua carreira para conseguir esses resultados?

Carlos Nascimento — O jornalismo, como qualquer outra profissão, exige dedicação. É preciso levar a sério e entender que essa é uma profissão de res-ponsabilidade e que não é fácil. (...) Todos os bons jornalistas que eu conheço têm uma história de muita dedicação! Não se pode deixar subir à cabeça, tem de ter humildade porque a profissão expõe muito a pessoa. (...) Paulo Henrique Amorim diz uma frase interessante: “notícia não sobe escada”. E tem outra frase tam-bém que ele me falou uma vez: “o jornalismo é 90% transpiração e 10% inspiração”. E é verdade! Se você não for atrás da notícia,

não tiver isenção, você não é um bom jornalista! (...) Hoje, os jornalistas brasileiros devem ter uma visão isenta daquilo que interessa aos nossos leitores, ouvintes e telespectadores. (...) Nós temos, sim, que procurar o interesse do Brasil. Eu acho que esse é o grande ponto. Vivemos num país que é um dos poucos do mundo que tem a oportunidade de criar um estilo próprio. O Brasil pode ensinar aos outros como dar certo, se nós quisermos. É isso que falta. (...) As novas gerações devem se informar, ler sobre tudo que já se escreveu, sobre todas as tendências ideológicas e socioló-gicas. (...) Mas o caminho que a gente tem a escolher é aquele que privilegia o interesse brasileiro, o que o homem brasileiro quer, o nosso jeito de ser.

“Nós vivemos num

país que é um dos poucos do mundo que tem a

oportunidade de criar um estilo próprio. O Brasil pode ensinar aos outros como dar certo, se

nós quisermos. É isso que falta.”

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Veja o que são as ar-madilhas do destino. A própria vida de um dos maiores críticos

de cinema do País serviria de inspiração para um bom roteiro, como o fato da pouca lembrança dos primeiros anos de vida, con-centrada apenas nas películas a que assistia. “A minha família

Rubens Ewald Filho fala de família, da profissão de crítico de cinema e dos desafios que tem escolhido.

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tinha um certo dinheiro, a gente possuía uma fazenda de plantação de bananas. Éramos dominados por uma matriarca, uma avó que não nos deixava fazer nada. Eu nunca joguei futebol na rua, não tive um amiguinho. Era filho úni-co até 9 anos. A minha infância até o nascimento do meu irmão é blo-queada, lembro de pouquíssimas coisas. E o que me recordo bem são os filmes que vi”, rememora Rubens Ewald Filho, natural de Santos/SP. Ele acredita que por isso a sétima arte foi sempre tão importante para ele, “era eu e a minha geração”.

Desta época acompanha-o também o hábito de fazer anota-ções, em um caderno, de tudo a que assiste. O costume incomum o levou a registrar a marca im-pressionante: 25.230 filmes vistos até hoje.

O amor à interpretação cresce com o menino, que jovem inicia sua trajetória, mesmo a contra-

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Cinema

________________________Débora Verdan e Leila Marco

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arte gosto dos pais: “A primeira vez que atuei no teatro, era amador, na cidade de Santos, sob um pseudô-nimo. Só descobriram anos depois, quando eu dei uma entrevista con-tando o fato”.

Após dois anos difíceis na lavou-ra, a família dele perde quase tudo, e o trabalho, antes discriminado, passa a ajudar no sustento. E com o tempo as diferenças foram vencidas: “Eles eram pessoas boas, já faleceram, e nos últimos anos fomos muito próximos”. Rubens esclarece que ao comentar o episódio não o faz como crítica aos pais, mas para que sirva de exemplo. “Às vezes eu digo: ‘Olha, pai, se o seu filho está inves-tindo em alguma coisa, estimule se é o que ele gosta’, porque você não sabe o dia de amanhã. Eu criei uma profissão nova, que não existia, abri um espaço e outros fizeram isso com coisas diferentes. O mundo mudou muito!”.

Em ótima fase profissional, pre-para-se para três acontecimentos importantes entre o fim deste ano e início de 2007: o lançamento do Guia de DVD 2007, a direção de uma nova peça de teatro e os co-mentários do Globo de Ouro (pela Warner Channel) e da entrega do Oscar (TNT), as maiores festas de Hollywood. “Vou lançar o meu 26o livro agora em dezembro, um novo guia de DVD, é o único regis-tro que tem no Brasil de todos os filmes lançados. Este é o 3o Globo de Ouro e o 22o Oscar que faço. Dirigi recentemente uma comédia do Falabella, ‘Querido Mundo’, que foi muito bem, ficou seis meses em cartaz em São Paulo, atualmente está viajando pelo interior e, em fevereiro, volta à capital paulista. E,

neste momento, estou dirigindo uma peça, uma versão de Hamlet, pela filosofia budista, no teatro Satyros, na Praça Roosevelt, que é um lugar onde atualmente em Sampa se faz espetáculos mais ousados, é o off-broadway paulistano, estréia agora em novembro”.

Com quase 40 anos de carreira, Rubens delicia-se com o que pode “reinventar de tempos em tempos”, como o fato de ter participações em filmes brasileiros como ator, ter escrito roteiros para minisséries, a exemplo da adaptação de “Éramos Seis”, de Maria José Dupré, e ex-plica o que significa agora trabalhar como diretor. “Eu faço com prazer crítica de cinema, mas não há o desafio. Cada vez que conversava com um diretor, entrevistava, visi-tava um set de filmagem, assistia a uma peça ou acompanhava sua montagem, ia guardando informa-ções. Minha mente estava entupida! Começa a sair pelo ouvido. Sabe aquelas letrinhas de desenho ani-mado? (risos) Eu precisava catali-sar de alguma maneira, descobrir

coisas novas, como dirigir. Isso não tem preço, é muito legal!”, diz um Rubens apaixonado.

E vale dizer que, além das vivên-cias por ele citadas, há a experiência de um profissional multimídia, com passagens pelas TVs Globo, SBT, HBO; nos jornais A Tribuna (onde iniciou como crítico e jornalista), Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo (no qual teve coluna por mais de 30 anos), além de uma sólida formação acadêmica: fez quatro Faculdades ao mesmo tempo — Direito, Jornalismo, História e Geografia.

Voltando-se ainda aos comen-tários na área editorial, que por ex-periência própria julga ser uma das mais difíceis, destacou a qualidade da revista BOA VONTADE e, de quebra, o desenvolvimento do tra-balho da LBV: “Vocês continuam crescendo. Por favor, continuem, porque a gente está precisando tan-to. O país está tão carente de ações de Boa Vontade mesmo, de lutar por boas causas, de transformação. Isso é muito importante!”.

Rubens, ao ser entrevistado pela repórter Débora Verdan, expressou: “Vocês continuam crescendo. Por favor, continuem, porque a gente está precisando tanto. O país está tão carente de ações de Boa Vontade mesmo. (...) Isso é muito importante!”, afirmou exibindo a edição nº 214 da revista BOA VONTADE.

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Imersão antes do Globo de Ouro

Para comentar o Globo de Ouro, concedido pela Associação de Crí-ticos de Cinema Estrangeiros de Hollywood, considerado uma espé-cie de prévia do Oscar, ele tem uma receita própria. “O Oscar acontecia em março, este ano é no fim de fe-vereiro. E o Globo de Ouro acabou sendo realizado mais cedo, agora é 15 de janeiro. Eu vou para Los Angeles dia 3, fico lá até as vésperas do evento e aí vou para Miami fazer a transmissão. Tenho uma amiga que se chama Paula Abdul Jabud, da Associação que dá o prêmio do Globo de Ouro, e ela recebe todo o material. Então, vou para a casa dela e fico em imersão, ela sai, vai cuidar da vida, e eu fico lá no DVD assistindo a todos os pilotos das sé-ries, inclusive as que não chegaram aqui; todos os longas-metragens, as trilhas musicais. Mas é preciso ir à casa dela assistir, porque não pode piratear, tudo é extremamente controlado.”

Outro bom título do crítico, que responde às dúvidas e curiosidades clássicas sobre o maior evento do cinema, e vale como referência para uma legião de cinéfilos é Rubens Ewald Filho: O Oscar e eu. Por sinal, a obra foi encaminhada, em 2003, época de seu lançamento, ao dirigente da LBV com esta carinhosa dedicatória: “Meu Oscar goes to (vai para) Paiva Netto!”.

Olhar críticoMesmo sendo fã ardoroso da

sétima arte, Rubens diz que é preciso ter sempre um olhar crítico. “Foi o cinema que espalhou o vício da droga pelo mundo inteiro, foi ele que ensinou os nossos assaltantes a roubarem. Ali eles pegaram a tecno-logia. Foi ele que lutou também pela emancipação da mulher, mostrou que ela podia trabalhar fora de casa, que tinha os seus direitos, igual ou melhor que o homem. O cinema é um grande professor para o bem e o mal. O resto passa, o cinema fica na tua cabeça”, comenta.

Essa percepção o fez, em várias ocasiões, criticar o cinema nacional, mas Ewald acredita que apesar de tudo houve um salto qualitativo. Quanto à questão de um filme bra-sileiro não ter recebido um Oscar, acredita estar muito mais ligado à falta de sorte do que ao pouco talento. “A aparição de um Walter Salles, de um Fernando Mei-relles, que conseguiram sucesso internacional, nos alegra. Porque Hollywood tem essa mania: rouba os talentos alheios pra acabar com a indústria local, é um dumping. E eles felizmente voltaram. Sou gran-de admirador do Fernando Meirel-les, que é uma pessoa encantadora, totalmente despretensiosa, nada subiu à cabeça, há bons filmes pro-duzidos por ele e por amigos seus, a exemplo de ‘Antônia’, da Tata Amaral, que virou minissérie, e foi muito simpático, porque contou uma história de pobre, sem chocar a gente. Eram quatro meninas que cantavam, achei na medida. Outro bom trabalho é ‘O ano em que meus pais saíram de férias’, de Cao Hamburger, no qual um menino judeu, durante a Copa do Mundo de 1970, tem os pais presos. Muito legal, muito bem-feito”.

E é assim que desde que os irmãos Lumière apresentaram pela primeira vez o seu invento, o cine-matógrapho, a sétima arte nunca mais deixou de apaixonar quem dela se aproximou.

“Foi o cinema que espalhou o vício da droga pelo mundo inteiro. (...) Foi

ele que lutou também pela emancipação da mulher, mostrou que ela podia

trabalhar fora de casa, que tinha os seus direitos, igual ou melhor que o

homem. O cinema é um grande professor para o bem e o mal. ”Rubens Ewald Filho

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Cultura — Academia Brasileira de Letras

Ao tomar posse na cadeira de nº 29 da Academia Brasi-leira de Letras (ABL), na capital fluminense, em 10

de outubro, o bibliófilo José Min-dlin saudou o público, falando de seu amor aos livros. Isso foi propiciado, em muito, pelo ambiente cultural em que cresceu, com a ajuda dos pais que constituíram uma boa biblioteca em casa, e na cumplicidade do seu irmão e amigo que compartilhava tudo com ele, até mesmo a leitura.

Mindlin, que sucede Josué Mon-tello (1917-2006), foi recepcionado pelo acadêmico Alberto da Costa e Silva, em cerimônia dirigida pelo Presidente da Casa de Machado de Assis, Marcos Vinícios Vilaça.

Ainda durante a preleção, o novo acadêmico rendeu homenagens à saudosa esposa Guita, companheira por 68 anos, que faleceu em junho, uma semana depois de ter sido eleito.

Após o pronunciamento, José Mindlin recebeu os cumprimentos fraternos do Jovem Legionário Alzi-ro Paulote de Paiva, que represen-tou na oportunidade o Diretor-Pre-

sidente da LBV. “Muito obrigado! Eu gosto muito do Paiva Netto”, retribuiu afetuosamente Mindlin.

A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio e internet) cobriu o evento e registrou a emoção do bibliófilo. “(...)É preciso levar a cultura à grande massa brasileira através de leitura. A leitura é um vírus agradável e incurável”, fina-lizou.

O Dr. Marcos Vilaça destacou: “Mindlin faz um trabalho com pra-zer e exerce sobre sua coleção uma leitura crítica. Isso é o que o distin-gue de um colecionador: conhece o livro e o interpreta.

“É a primeira vez que a ABL recolhe em seu quadro um bibliófilo que dedicou a vida toda ao livro e reuniu 38 mil volumes em diver-sas áreas”, exaltou o acadêmico Murilo Melo Filho. Ao receber os cumprimentos da LBV, observou: “A Legião da Boa Vontade e a ABL são irmãs, porque ambas defendem o livro e o nosso idioma e estão ir-manadas nesta luta comum. Se Deus quiser, (esse trabalho) se tornará em grande triunfo para ambas.

_____________Simone Barreto

superlota a ABLJosé MindlinPosse de

Evanildo Bechara Alberto da Costa e Silva

Alziro de Paiva cumprimenta Mindlin

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“A Academia está implementan-do duas grandes bibliotecas, temos certeza absoluta de que Mindlin dará a nós a soma de sua experiên-cia e nos ajudará a transformá-las em dois setores de utilidade para o público que a freqüenta”, disse o filólogo e acadêmico Evanildo Bechara, que agradeceu a presença da LBV: “Muito obrigado por todo esse trabalho que vocês fazem com a ABL”.

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Posse da diretoria da ABL para a gestão de 2007

Tomou posse no dia 14 de dezembro, em mais um mandato como Presidente da Academia Brasileira de Letras, o Ministro do Tribunal de Contas da União, Dr. Marcos Vinícios Vilaça, o que confirma a competente gestão no comando da ABL. O Diretor-Presi-dente da LBV, jornalista e escritor Paiva Netto, esteve representado na ocasião por seu filho, o advogado e Legionário Dr. Pedro de Paiva, renovando os votos de êxito ao Dr. Marcos Vilaça, extensivos também ao Secretário-Geral, Cícero San-droni; à Primeira-Secretária, Ana Maria Machado; ao Segundo-Se-cretário, Domício Proença Filho, e ao Tesoureiro, Evanildo Caval-cante Bechara. Vale ressaltar que, em 2007, a tradicional instituição comemorará 110 anos defendendo a cultura brasileira.

Dr. Pedro de Paiva, Dr. Marcos Vinícios Vilaça e sua simpática esposa, Dona Maria do Carmo.

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Para que se entenda o que aconteceu em nosso país no dia 15 de novembro de 1889,

é necessário recuarmos alguns anos e verificarmos as causas que levaram o Brasil a transformar-se de Monarquia em República. Os mais estudiosos da nossa História concordam pelo menos num pon-to: foram os freqüentes distúrbios entre militares e os últimos três ministérios da Monarquia a causa mais próxima do que ocorreu. Eles são unânimes em afirmar que, se as forças armadas não tivessem aderido ao movimento republicano, que desejava a mu-dança total do regime político, a reforma não teria se realizado tão cedo. Pelo menos a Repúbli-ca não viria enquanto Pedro II (1825-1891) fosse vivo. Não bas-tariam apenas os demais motivos, como a intensa propaganda repu-blicana; o desgosto da plutocracia agrícola, arrasada com a abolição da escravatura; o descrédito a que tinham chegado os partidos cons-titucionais; e a forte oposição ao Terceiro Reinado para derrubar o Império.

Foram de grande importância as divergências surgidas desde 1886, entre o poder civil e o poder militar. A situação mos-trava-se cada vez mais grave. Acontecimentos revoltosos, de lado a lado, pioravam o estado. (...)

Em 3 de novembro daquele ano acontecera um dos mais graves. Fora anunciada a visita do Ministro do Exército, Tomás Coelho (1838-1895), à Escola Militar. Os alunos decidiram desacatá-lo. Quando ele passava em frente à tropa, destacou-se Euclides da Cunha (1866-1909), em atitude desrespeitosa, e atirou longe sua espada. Eu-clides foi expulso da Escola e preso por um mês na Fortaleza de Santa Cruz.

Enquanto isso os jornais da oposição acirravam os ânimos dos militares contra o gover-no. Os principais eram O Paiz, Diário de Notícias e Correio do Povo. No dia 10 de novembro de 1889, O Paiz publicou um artigo, sob o título de “Planos Gover-namentais”, que punha muito mais água na fervura. Poderia

República Mario de Moraes(especial para a revista BOA VONTADE)

Uma das últimas fotografias tiradas pela família imperial, antes da Proclamação da República.

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II, enfermo, viajou para a Euro-pa, deixando, pela primeira vez, a Princesa Isabel, sua sucessora direta, como Regente do Impé-rio. É nesse período que é assi-nada, a 28 de setembro, a Lei do Ventre Livre. A partir dessa data, filho de escravo não seria mais escravo. Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotejipe ou Lei dos Sexagenários, que beneficiava os negros com mais de 65 anos.

A 30 de junho de 1887, cada vez mais doente, D. Pedro II viajou para a Europa, a fim de procurar tratamento. Mulher de muita coragem e decisão, a Princesa era partidária de idéias modernas, como o voto feminino e a reforma agrária. O principal problema que ela enfrentava, no

ser até um boato, mas estava escrito: “Entre as medidas previamente asseguradoras da instalação do tercei-ro reinado, consta-nos que será apresentado ao parlamento pelo gover-no imperial um plano de desorganização do Exército”. O Diário de Notícias e o Correio do

Povo divulgaram a notícia como verdadeira.

Uma princesa na CorteUm outro e grave problema

que incomodava bastante não só as forças armadas como boa par-te da intelectualidade brasileira era a abolição da escravatura!

Em fevereiro de 1871, Pedro

História

Fac-símile da edição do jornal

Correio do Povo que noticiou a

Proclamação da República

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A Pátria (1919), quadro do famoso artista Pedro Bruno, em que ele homenageia as mães do Brasil e a reconstrução de um novo País.

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entanto, era a abolição da escra-vatura. Haviam sido feitas diver-sas tentativas para acabar com a escravidão no Brasil, mas o Ministério de Cotejipe abortava todas elas por culpa do conser-vadorismo da época, encabeçado pelos fazendeiros e proprietários de terras. A Princesa Isabel aca-bou aliando-se ao movimento popular que defendia a abolição, mas enfrentou feroz resistência do Ministério de Cotejipe, que lutava pela continuidade da es-cravidão em nosso país.

Não tendo outro jeito, Isabel substituiu o Gabinete. O novo ministério, batizado como “Ga-binete da Abolição”, era presidi-do pelo Conselheiro João Alfre-do, a quem a Princesa solicitou que cuidasse, o mais urgente possível, de abolir a escravatura no Brasil. João Alfredo atendeu à Princesa e impôs uma rápida tramitação à lei que abolia a escravidão, sancionada por Isa-bel no dia 13 de maio de 1888. A partir dessa data não haveria mais escravos no Brasil! Ao sa-ber da assinatura da Lei Áurea no Brasil, o Papa Leão XIII

(1810-1903) concedeu à Isabel a condecoração da Rosa de Ouro, em 28 de setembro de 1888.

Logo em seguida, Isabel enviou uma mensagem para Pedro II, que convalescia num hospital italiano: “13 de maio de 1888. Empereur Brésil, Mi-lan. Acabo sancionar a lei da extinção da escravidão. Abraço papai com toda a efusão do meu coração. Muito contentes com suas melhoras. Comungamos hoje por sua intenção. Isabel”. O Imperador retribuiu-lhe com esta mensagem: “Abraço a Re-dentora”. E José do Patrocínio (1853-1905), orador popular da libertação, declarou: “Os reis criam princesas. O Imperador criou uma mulher”. O barão de Cotejipe, parecendo adivinhar o futuro, ao beijar a mão da Prince-sa, sussurrou-lhe: “Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono”. “Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”, retrucou ela altiva.

É claro que a Princesa Isabel foi a personagem mais impor-tante na libertação dos escravos, mas não podemos esquecer que, ao seu lado, havia dedicados e fiéis aliados, como José do Pa-trocínio. Os fazendeiros escravo-cratas, sustentáculos da política imperial, concordavam apenas que a escravidão fosse acabando aos poucos, mas que levasse bas-tante tempo para isso. O que eles temiam infelizmente aconteceu por total falta de planejamento do Império. Os milhares de es-cravos, ao saberem que estavam livres, abandonaram os campos

e foram para as cidades, onde enfrentaram o preconceito e o desemprego, já que só sabiam cuidar da lavoura, dos rebanhos e da extração do ouro. Boa parte dos escravos, com fome, passou ao furto. Quando não ficavam pelas ruas pedindo esmolas. A violência aumentou bastante. O Estado do Rio, uma das regiões mais ricas do Brasil naquela épo-ca, graças às imensas plantações de cana e ao fabrico do açúcar, praticamente abandonados, en-trou em fase de decadência.

Rui Barbosa à frente dos acontecimentos

Abandonado pelos ricos fa-zendeiros, em conseqüência da libertação dos escravos, D. Pe-dro II ficou incapaz de enfrentar seus oponentes, cada vez mais fortes e ativos. Entre aqueles que se destacavam na defesa da mudança do regime encontrava-se Rui Barbosa (1849-1923), principalmente contra o último ministério da Monarquia. Uma das acusações mais ferinas de Rui era a de ter entrado o Império numa fase de governação áulica,

Euclides da Cunha José do Patrocínio

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uma vez que o Imperador já não tinha capacidade para deliberar por si mesmo, sua debilidade física sendo explorada pela filha, pelo genro e por outras pessoas da sua intimidade. A enfermida-de de Pedro II era bem conhecida desde fins de 1886, ocasião em que ele viajou para Poços de Caldas (procurando tratamento). O Imperador não raramente tar-tamudeava e demorava a tomar resoluções. Joaquim Nabuco (1849-1910), aludindo a esse pe-ríodo da vida de Pedro II, chegou a declarar: “O velho Imperador, desde 1887, está decadente, é a sombra política de si mesmo”. O estado de saúde do Monarca agravou-se de tal maneira, que se chegou a temer pela sua vida. Em maio de 1888, quando foi assinada a Abolição, a Princesa lamentou a ausência do pai, por causa da sua grave doença.

Esses fatores favoreciam, pela inegável tolerância do Imperador, o desenvolvimento, em quase todo o território nacional, da propagan-da republicana, com a fundação de novos clubes, a realização de conferências, a apresentação de candidaturas a cargos eletivos.

Uma coisa, porém, é certa: a conspiração de que resultou a República no Brasil foi de inicia-tiva essencialmente militar. Desde muito a propaganda republicana penetrara nos quartéis e espalhava-se no seio da mocidade. No Rio de Janeiro, por exemplo, fora funda-do, em 1878, um clube secreto for-mado por alunos militares. Entre esses jovens, as figuras de Lauro Sodré e Hermes Rodrigues da Fonseca (1855-1923). (...)

Cai a Monarquia; sobe a República

A tendência dos militares de derrubarem Pedro II não era unâ-nime. Alguns pensavam apenas em depô-lo, se o Imperador não modificasse o seu programa de governo, que muitos oficiais ga-rantiam ser a dissolução do Exér-cito. Os demais concordavam que era preciso, o quanto antes, realizar a completa mudança do regime político, implantando a República no Brasil.

Não havia mais recuo e as coisas se precipitaram, muitos acreditando que o Imperador resistiria à sua saída. Tudo pre-parado para o golpe, encontraram o Marechal Deodoro em casa, no então Campo d’Aclamação, víti-ma de uma das suas agudas crises de dispnéia. Embora bem caído, Deodoro prometeu ir ao encontro da tropa que o aguardava.

Fardou-se a custo e ordenou que arrumassem os arreios do seu cavalo. Depois, entrou num carro em companhia do alferes-aluno Augusto Cincinato de Araújo, seu primo. Encontrou as tropas sublevadas na Rua Senador Eu-

sébio, próximo ao Gasômetro. E quando atingiu o seu destino, Deodoro corajosamente insistiu em montar, apesar dos protestos dos seus ajudantes, devido ao seu abatimento físico, assumindo o comando das tropas republica-nas.

É natural que o governo, depois de tudo que acontecera, estava prevenido de que algo se preparava, mas confiava em Floriano Peixoto (1839-1895), ajudante-general do Exército, que saberia enfrentar a situa-ção. Alguns companheiros do Imperador, como o Visconde de Ouro Preto (1836-1912), achavam que tinham tropas e ar-mas suficientes para resistir. Ao contrário de Floriano, que con-siderava a luta perdida. Raivo-so, o Visconde alterou-se: “Não creio nisso. Só me convencerei diante do fato. No Paraguai, os nossos soldados apoderaram-se da artilharia inimiga em piores condições”. Ao que respondeu altivo Floriano: “Sim, isso é ver-dade, mas lá tínhamos inimigos pela frente e aqui somos todos brasileiros”.

No dia 15 de novembro de 1889, Pedro II, estando em Pe-trópolis, tomou conhecimento do que acontecera por intermédio do primeiro telegrama vindo do Arsenal de Marinha. Não lhe deu a menor importância, entre-tanto retornou ao Paço, no Rio de Janeiro. Lá, recebeu, então, o segundo telegrama, quase às 11 horas, enviado pelo Quartel-Ge-neral, quando o Imperador assistia a uma missa. Nada mais parecia importar para ele.

História

Rui Barbosa

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O embarque do Imperador para a Europa, com seus fami-liares, aconteceu na madrugada de 17 de novembro de 1889. Estava praticamente deserto o largo do Paço e as poucas pessoas presentes — todas da imprensa — observaram a partida de longe. Pedro II mantinha-se sereno ao entrar na carruagem que o leva-ria ao porto, mas a Imperatriz e a Princesa choravam. O Conde d’Eu mostrava-se nervoso e bas-tante irritado.

Uniu-se a família imperial a bordo do “Parnahyba”. Quando o Imperador já estava a bor-do chegou-lhe um decreto do

Governo Provisório conceden-do-lhe a quantia de cinco mil contos. Do navio “Parnahyba” o Imperador passou, com seus acompanhantes, para o navio “Alagoas”. Segundo reza a História, Pedro II, depois de aceitar o dinheiro, devolveu-o polidamente. O Imperador des-pediu-se do Brasil com estas comovedoras palavras: “É com o coração partido de dor que me afasto dos meus amigos, de todos os brasileiros e do País que tanto amei e amo, para cuja felicidade esforcei-me por con-tribuir e pela qual continuarei a fazer os mais ardentes votos”.

E toda a família imperial seguiu para o exílio na Europa.

Muitos consideram de certa for-ma que a Proclamação da República no Brasil foi a nossa Revolução Francesa, que levou 100 anos para chegar. Porém, no caso brasileiro, sem o lamentável banho de sangue da França. Na República implantou-se o Federalismo, o sistema Pre-sidencialista, a independência dos Poderes, bem como a separação do Estado da Igreja. Também terminou a hierarquia firmada no nascimen-to e na tradição de família, sendo substituída pela forma republicana e democrática sustentada no talento pessoal e no mérito.

Proclamação da República, na praça da Aclamação, hoje Praça da República.

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Neste 21 de outubro de 2006, foi come-morado em diversos Estados brasileiros

e no Distrito Federal, o Dia do Ecumenismo, em homenagem à inauguração da Pirâmide da LBV, em 21/10/1989. A data também foi palco da festa que marcou os 17 anos de Espiritualidade Ecumênica que alumia e permeia seus ambientes, comovendo até os que se consideram ateus, pois encontram ali alento para as dores mais secretas, respeito à sua individualidade.

A própria existência do Templo da Boa Vontade (TBV) justifica o fato de esse monumento ser o mais visitado de Brasília/DF, de acordo com dados oficiais da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur), tendo recebido, desde sua inauguração, mais de 16 milhões de pessoas.

A data foi comemorada por pe-regrinos e turistas do mundo inteiro que participaram do Encontro das Duas Humanidades, sob o coman-do de Paiva Netto, idealizador e construtor do TBV. Aos presentes e aos que acompanharam os festejos pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, televisão e internet), o líder da LBV fez a leitura e análise de diversos textos, alguns de autoria do saudoso Fundador da Instituição, Alziro Zarur (1914-1979), que completou, nesta data, 27 anos na Pátria Espiritual.

Educação, ética e cidadania, na análise do líder da LBV.

No bate-papo informal e amigo, convidou o público à reflexão sobre o legado do Cristo Ecumênico e Seus exemplos de Fraternidade Universal. Paiva Netto trouxe também lições

Faces da Paz Em festa da Educação e da Cultura Ecumênica, o Templo da Boa Vontade comprova, mais uma vez, por que é o monumento mais visitado da capital do Brasil.

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______________Rodrigo Oliveira

valiosas no campo da administração, da ética, da educação e da cidadania que, como sempre afirma, nasce no Espírito: “É preciso educar o Ser Humano no sentido da Fraternidade, para isso, se faz urgente espirituali-zar as criaturas. Instruir e educar constituem medidas providenciais de um governo diligente, porém, espiritualizar é essencial, porque

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Ao lado, em primeiro plano, observa-se a Sagrada Pira da Fra-ternidade Ecumênica e, ao fundo surge, imponente, o Templo da Boa Vontade. Na imagem abaixo, a compacta massa que superlota o TBV aplaude o líder da Instituição durante discurso no evento que celebrou os 17 anos do monumento.

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Faces da Paz (...) Até mesmo a televisão — parte dela — tem sido uma escola de deseducar. Como disse há anos, respondendo a alguém que afirma-ra que esse não era o papel da TV, destaquei: Também não é para dese-ducar as massas. (...) Reparem que a palavra ergue ou derruba grandes estruturas. Quem move as multidões, os exércitos? Diversos motivos, mas a palavra decidida possui esse poder para o Bem ou para o mal. Quem detém esses mesmos exérci-tos e multidões? Também o verbo determinado. Portanto, estejamos atentos, posto que ela impulsiona as pessoas nas suas ganâncias ou nos seus elevados ideais.”

Durante sua palestra, recordou-se, ainda, das bases da Pedagogia do Cidadão Ecumênico (ou a Peda-gogia do Afeto, Pedagogia do Amor, Pedagogia de Deus), preconizada por ele, em que cérebro e coração têm de caminhar juntos: “Conforme ressalto em meu ensaio Sociologia do Universo, o estágio de fragili-dade moral do mundo é tão intenso que para acabar com a brutalidade só há uma medicina forte: a da

somos Espírito em nossa origem, estamos transitoriamente carne. Curioso é que quando se fala em Vida Eterna, alguns pensam: ‘Ah, fulano de tal foi para a Vida Eterna’, como se apenas no Outro Mundo a vivêssemos. Lembrem-se, contudo, de que neste instante exato em que no corpo físico respiramos, também percorremos a estrada da existência perene. O corpo é apenas a vesti-menta que abriga nosso Espírito que sempre vive”.

Por isso, considera de grande valia que se fale à cellula mater da sociedade. “Dirijo-me sempre às fa-mílias. Uma nação não se mede por seu extraordinário território, como o Brasil, nem por um país de extensão geográfica pequena como Portugal. Mas pelo valor, estatura, moral, éti-ca, de sua gente.” Nesse contexto, destacou a real valia que se deve dar às novas gerações, alertando que não basta apenas cuidar da instrução dos moços. “(...) Se não houver educa-ção, a formação digna de caráter, a pessoa poderá usar qualquer conhecimento que recebeu para roubar melhor, para enganar efi-cazmente seu próximo, explorar de maneira cruel o seu País.

escalada do Amor Fraterno, aliado à Justiça, na Educação. Por isso, espiritualizar o ensino é um pode-roso antídoto contra a violência. Como afirma a sabedoria milenar de Confúcio (551-479 a.C.): ‘Para os bons, a Bondade, e para os maus, a Justiça’”.

Concluiu sua fala salientando que tudo aquilo que comentara foi com o intento de que todos saíssem dali me-lhores, maiores e mais fortes, ressal-tando: “O primeiro passo da mente ecumênica é não querer menoscabar aquilo que desconhece. Portanto, para Vocês terem o verdadeiro poder em suas vidas, não se iludirem com uma cidadania rarefeita, pensem nessas coisas. A cidadania autêntica procede do Espírito. É lá onde tudo se origina”.

Outro momento de grande co-moção, que tomou conta do públi-co, foi quando o líder da LBV pediu a participação do Dr. Bezerra de Menezes (Espírito), ponderando, mais uma vez, que “não se pode fazer Revolução Mundial dos Espíritos de Luz escondendo os Espíritos”.

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Especial TBV

Algumas das personalidades presentes na inauguração do ambiente. Ladeando Paiva Netto e Lucimara Augusta, da esq. para a dir., estão: Monge Sato, responsável pelo Templo Budista de Brasília Terra Pura; João Rabelo, Dire-tor de Comunicação da FEB; Shikegi Maeda, Missionário da Oomoto Internacional (Religião Xintoísta, de origem japonesa, com preceitos universalistas); Catarina Falcômer (tradutora de Esperanto); Nestor Masotti, Presidente da FEB, e o jornalista Gilberto Amaral.

Na inauguração do Memorial que leva seu nome, Paiva Netto recebeu o cumprimento de diversas autoridades e personalidades. Na galeria de imagens à direita, o dirigente da Instituição e sua esposa, Dona Lucimara Augusta, confraternizam com os convidados que prestigiaram o acontecimento.(1 e 2) O jornalista Paiva Netto entrevista o também grande jornalista Gilberto Amaral, do Jornal do Brasil. (3) A simpática Dra. Maria da Glória Tuxi, do Ministério das Comunicações. (4) O homenageado recebe os cumprimentos do Dr. Ubiratan Aguiar, Ministro do Tribunal de Contas da União, e de sua esposa, sra. Terezinha; à direita, o Governador eleito do DF, José Roberto Arruda. (5) O líder da Instituição conversa com o Presidente da Federação Espírita Brasileira, Dr. Nestor Masotti, sobre a publicação Paz para o Milênio, da LBV, encaminhada à ONU em diversos idiomas. (6) O veterano jornalista Márcio Cotrim abraça o amigo.

em memorialCultura e História

O bservar atentamente as peças que compõem o acervo do Memorial José de Paiva Netto, o mais

novo ambiente inaugurado em 21 de outubro, no Templo da Boa Vontade (TBV), em Brasília/DF, é como revi-ver momentos decisivos da Legião da Boa Vontade, conhecer um pouco da história desta Instituição contada no esforço particular de um homem que completou, em 29 de junho de 2006, 50 anos de trabalho dedicados à causa do Bem, da Solidariedade, nas lides da LBV.

Autoridades, religiosos e perso-nalidades prestigiaram a inaugura-ção do espaço, além dos milhares de pessoas que estiveram presentes à cerimônia e esperavam o home-nageado numa das ruas laterais do TBV, quando foi recebido com mú-sica, aplausos e muito entusiasmo. Após a recepção, o líder da LBV, sua esposa, Lucimara Augusta, e filhos, dirigiram-se à entrada do Memorial para o pronunciamento e descerramento da placa e fita de inauguração, cujos dizeres foram lidos pelo famoso jornalista e ra-

Autoridades que prestigiaram o evento

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dialista Gilberto Amaral: “Templo da Boa Vontade, 21 de outubro de 2006, Brasília/DF, Brasil. Inaugu-ração do Memorial José de Paiva Netto, em reconhecimento a seus 50 anos de trabalho dedicados à Legião da Boa Vontade (LBV) e à sua exemplificação de vida, a serviço dos povos”.

Quem também uniu voz neste encontro foi a Dra. Maria da Glória Tuxi, do Ministério das Comunicações, que revelou-se emocionada durante a visita ao monumento da Paz. Um aspecto

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que lhe chamou a atenção foi “toda a grandiosidade do afeto que exis-te entre os membros da LBV e a fantástica presença do Presidente Irmão Paiva, que ainda não co-nhecia pessoalmente, por falta de oportunidade. Ele me passou tudo aquilo que eu já aguardava dele, aquela Paz, tranqüilidade e Amor ao próximo muito grandes”. E finalizou registrando: “Parabéns ao Templo da Boa Vontade pelos 17 anos e pela inauguração desse belíssimo ambiente em homenagem a seu idealizador e construtor”.

O Dr. Ubiratan Aguiar, Minis-tro do Tribunal de Contas da União (TCU), acompanhado de sua esposa, a senhora Terezinha Aguiar, tam-bém esteve no acontecimento e co-mentou: “A alegria é nossa de poder

voltar ao Templo da Boa Vontade. Já pude expressar em outras ocasiões a minha admiração por esse servi-ço maravilhoso que a LBV realiza. Num mundo de tanta violência e egoísmo, trazer a Paz e estender as mãos é o que a sociedade mundial conclama. E é isso que Paiva Netto e

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O líder da LBV em entrevista à repórter Gabriela Mendes, da TV Brasília.

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Saúde

Cultura para todos

Este é outro ponto forte do Templo da Boa Vontade. Além das apre-sentações musicais e exposições, os peregrinos e turistas puderam assistir à peça teatral O Mistério de Deus, encenada e produzida pela Juventude Ecumênica da LBV, de São Paulo/SP, por um grupo de 20 jovens voluntários. O espetáculo mostrou a trajetória do Ser Humano, diante de suas diferenças, rumo a Deus. Os integrantes percorreram vários ambientes do TBV, ressaltando que a procura pelo Divino Criador está em todo lugar e ao mesmo tempo.

“Sempre me sinto bem em vir ao Templo da LBV quando estou no Brasil. Esta é a sétima vez.”Linda Lorsach, de Chicago (EUA).

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de forma excepcional para que essa construção aconteça. É a pilastra fundamental do seu trabalho”.

O Dr. Nestor João Masotti, Presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), enfatizou outra marca do evento: a propagação do Ecumenismo sem fronteiras e o respeito às diversas tradições religiosas, evidenciados no TBV. “Queremos afirmar o valor des-se propósito que tem norteado a LBV de promover a união de companheiros de todos os seg-mentos religiosos. (...) Ficamos muito felizes de estar aqui con-fraternizando com todos os outros segmentos religiosos presentes”, pontuou.

O Governador eleito no DF, José Roberto Arruda, registrou também: “Tenho um respeito e uma admiração muito grande pelo trabalho da LBV, do Paiva Netto e pelo que o TBV representa para o Ecumenismo e a Paz Mundial. (...) Venho aqui com muita honra, repre-sentando a população da capital do Brasil, cumprimentar o dirigente da LBV pelo seu trabalho e pela energia positiva que emana deste ambiente. Ressaltou ainda dados que fazem do TBV líder de visitação na cidade. “Ele é muito visitado por aqueles que vêm a Brasília e pelos que moram aqui”.

Para o Governador eleito, o Templo da LBV “é um ponto de

todos que compõem a LBV realizam, e ele merece os nossos aplausos e os nossos parabéns”. O Ministro sau-dou o trabalho educacional da Obra, ao afirmar: “Eu não acredito que se possa construir uma nação sem se investir em Educação. (...) Por isso a Legião da Boa Vontade contribui

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referência da Paz, do Ecumenismo e da compreensão entre os homens. Eu fico muito feliz de estar aqui. Paiva Netto transcende esse plano que a gente está vivendo e mostra a todos nós que há um plano superior que deve guiar as nossas vidas e atos diários”.

O jornalista Nilson Gonçalves comentou outra vertente de suces-so do homenageado. “Uma coisa que gosto muito no Paiva Netto é a coragem dele de falar e explicar a questão da morte, da ressurreição. Acho que é a única Instituição que tem coragem de abrir isso. Eu o admiro muito pelo conhecimento, é uma pessoa preparada e com liderança. (...) Paiva Netto é um

bom exemplo de preparo, por isso que as coisas dão certo aqui”, observou.

A mídia nacional fez a cobertura do acontecimento, a exemplo da

Para o Governador eleito do DF, José Roberto Arruda, o Templo da LBV “é um ponto de referência da Paz, do Ecumenismo e da compreensão entre os homens. Eu fico muito feliz de estar aqui”.

jornalista Fernanda Cruzu, do Correio Braziliense; Malu Pires, do Jornal de Brasília, a repórter Gabriela Mendes, da TV Brasília; Paulo Lima, do Jornal do Brasil, e Gilberto Amaral, da TV Brasília e Jornal do Brasil.

Um olhar sobre uma história de realizações

Entre o material do acervo, há fotos da infância, da juventude, de familiares, da vida acadêmica e flagrantes de quando entregou, em diversas cidades do País e no Exterior, órgãos de atendimento à população em risco social e pes-soal, livros, CDs com músicas de sua autoria (sucessos editoriais e fonográficos, que venderam mi-lhões de cópias), que podem ser apreciados. Outros destaques são os diversos quadros, esculturas e honrarias (municipais, estaduais, federais e internacionais) que recebeu ao longo desse meio sé-culo de trabalho, que mostram um pouco do prestígio que este brasi-leiro conquistou em conseqüência natural de uma vida inteiramente voltada para a defesa dos valores humanos e espirituais.

Também podem ser vistas duas máquinas japonesas AKAI, com que gravou históricas pregações

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Especial

do Fundador da LBV, Alziro Zarur. Destacam-se outras raridades que também demonstram o Ecumenis-mo Irrestrito e Total que sempre pautou a Legião da Boa Vontade e, por isso, tornou-se o local onde os Irmãos ateus e as pessoas das mais diferentes crenças, naciona-lidades, etnias, sentem-se bem, em casa, a exemplo do elefante talhado em madeira e relógio feito à mão com peças de mármore e folhas de ouro, originário da cidade real de Jaipur (Rajasthan), presente do Primeiro-Ministro da Índia, Manmohan Singh, entregue por sua esposa, Gursharan Kaur; das vestes sacerdotais budistas, ofertadas pelos monges doutores Yvonette e Ricardo Mário Gon-çalves; da Bíblia Sagrada, presente do então Cardeal Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Lucas Moreira Neves (1925-2002), que era de seu uso pessoal; do xale do budismo tibetano, oferecido pelo Lama Gangchen Rinpoche; e, ainda, a matrioshka, tradicional boneca russa, oferecida a Paiva Netto pela equipe da Telerádio Companhia Estatal Russa Ostankino, canal 1, que o entrevistou no seu gabinete do Templo da Boa Vontade, em 12 de abril de 1992.

Recepção com festaUma multidão aguardava a chegada do líder da LBV ao monumento da Paz, conforme registram as imagens acima. Na segunda foto, a pedagoga do Insti-tuto de Educação da LBV Suelí Periotto dialoga com o dirigente da Instituição. As demais fotos dão uma dimensão de todo o carinho que recebeu dos pere-grinos de todas as idades, inclusive as crianças, com quem conversou durante sua caminhada até o local do evento.

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Povo saúda Paiva Netto em sua chegada ao TBV

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Como

De que forma o Brasil pode se transformar para ser uma sociedade democrá-tica se os interesses de

grande parte dos brasileiros não são discutidos nas emissoras de rádio que, em sua maioria, só oferecem uma programação-espetáculo? As pequenas rádios por isso foram concebidas para pluralizar a in-formação, desempenhando papel fundamental no exercício da cida-dania, seja individualmente, em razão das novas lideranças políticas que ajudam a despontar, seja coleti-vamente, pela sociedade como um todo, ao fazê-la interessar-se pelas coisas públicas.

A Lei 9.612 (19/2/1998) que institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária, entretanto, já surgiu impedindo as novas rádios de se organizarem dentro das finalidades para as quais foram concebidas. O novo Código Brasileiro de Te-

lecomunicações (Lei 9.472, de 16/7/1997) revogava tudo do antigo (Lei 4.117, de 27/8/1962), menos a parte relativa à radiodifusão. E lá, no Artigo 70, está estabelecido que é “Crime contra a Segurança Na-cional qualquer emissão de rádio não-autorizada”. Como a liberação do canal comunitário depende de aprovação do Congresso Nacional, considerando-se as dezenas de mi-lhares de pedidos de concessão e as diferentes interpretações da lei, explica-se a morosidade do pro-cesso de legalização das emissoras e, conseqüentemente, o aumento progressivo daquelas que operam na clandestinidade.

Em razão desse quadro, começa a ganhar força nacional o fundamen-to de que Rádio Comunitária é uma questão local (municipal). Dessa forma, deixaria de ser da compe-tência do governo federal opinar, no primeiro momento, sobre o lugar

democratizara informação?

Opinião — Mídia Alternativa

_____________________Carlos Arthur Pitombeira

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Carlos Arthur Pitombeira*(especial para a revista BOA VONTADE)

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onde a emissora deve ser instalada, definir sua potência, modelo de antena receptora e retransmissora e o alcance dentro de determinada região.

A reforçar essa tese está o prin-cípio que ninguém nasce na União nem no Estado, e que a nossa refe-rência de vida é o Município, quem nos situa e nos move a lutar por me-

caberia apenas pronunciar-se sobre o laudo técnico do município.

Não se pode, sob a alegação de que é livre o direito de expressão, deixar as Rádios Comunitárias sem qualquer tipo de organização, elas que hoje operam na restrita faixa de 88 a 108 mHz.

Nesse debate não há espaço para métodos políticos e corporativos

mente como clandestinas, piratas ou livres, a serviço dos mais diferentes interesses.

A origem das expressões Rádio Clandestina, Rádio Pirata e Rádio

lhores condições de vida, liberdade e direito à cidadania no lugar onde moramos. Quanto à interpretação do Artigo 21 da Constituição Fede-ral — “Compete à União Federal legislar sobre Telecomunicação e Radiodifusão” — os estudiosos sobre Rádios Comunitárias enten-dem que a competência da União em legislar sobre telecomunicação e radiodifusão só deve ocorrer quando houver um interesse nacional em jogo, envolvendo mais de dois Es-tados da Federação. Lembram que a Constituição Federal distingue telecomunicação de radiodifusão.

O aperfeiçoamento da atual Lei 9.612 (19/2/1998) está sendo tra-balhado por muita gente em todo o País, incluindo um novo modelo que amplie os direitos à comerciali-zação do espaço publicitário nessas rádios. Com a municipalização da lei, ao Ministério das Comunicações

dos velhos partidos e sindicatos predominantemente de esquerda que, se nas lutas clássicas capital x trabalho desempenham papel im-portante para o restabelecimento de forças com as classes conservado-ras, sabem que, no que diz respeito à utilização do espectro magnético, a questão é diferente, pois envolve aspectos da segurança nacional.

Se há exigência de licença para Rádio Amador e Rádio Cidadão (PX), com as Rádios Comunitárias não pode ser diferente. É bom lem-brar que na esteira da legislação da Lei 9.612 (19/2/1998), há muita gente lançando no ar emissões clan-destinas em FM que alcançam altas potências e ainda se comportam como FMs comerciais.

A estimativa é que hoje cerca de 40.000 rádios ditas comunitárias operem de forma irregular em todo Brasil, sendo conhecidas popular-

Livre, entretanto, é outra. Rádio Clandestina teve sua origem na Primeira Guerra Mundial com a utilização de estações ocultas para conscientização do Povo. Esse modelo só existe em regime de governo de dominação, ditadura, quando a população é submetida ao controle do Estado. Durante a Segunda Guerra Mundial surgiram na França inúmeras Rádios Clan-destinas apoiando a resistência contra os alemães.

As Rádios Piratas foram assim chamadas porque durante a década de 1960, na Inglaterra dos Beatles, os jovens, inconformados com o controle do Estado, transmitiam suas idéias de liberdade a partir de navios fundeados no oceano, além da área do mar territorial controlado pelas autoridades governamentais. As Rádios Livres, por sua vez, se apresentam como modelo alterna-

A estimativa é que hoje cerca de 40.000 rádios ditas comunitárias operem de forma irregular em todo Brasil, sendo conhecidas popularmente como clandestinas, piratas ou livres, a serviço dos mais diferentes interesses.

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Opinião — Mídia Alternativa

A expressão Rádio Comunitária é tipicamente brasileira. Esse sistema de radiodifusão, a exemplo dos Jornais Alternativos, também poderá democratizar a informação no Brasil, contribuir para o resgate da dignidade na política, na reorganização dos partidos, na retomada da confiança nas instituições, na difusão da Educação e da Cultura e na reforma de leis, assegurando trabalho, distribuição de renda e justiça social para todos.

tivo, tendo surgido na Inglaterra em substituição às Rádios Piratas, delas distinguindo-se por se localizarem em terra.

A expressão Rádio Comunitária é tipicamente brasileira. Esse sis-tema de radiodifusão, a exemplo dos Jornais Alternativos, também poderá democratizar a informação no Brasil, contribuir para o resgate da dignidade na política, na reorga-nização dos partidos, na retomada da confiança nas instituições, na

difusão da Educação e da Cultura e na reforma de leis, assegurando tra-balho, distribuição de renda e justiça social para todos. Deve se apoiar em projetos para que os moradores de um determinado lugar tenham acesso à informação regionalizada, inclusive participando de debates.

Esse importante canal de comu-nicação não pode, pois, ser proprie-dade de uma só pessoa e nem estar a serviço de grupos. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, uma

pesquisa realizada na Zona Oeste provou que a maioria dos proprietá-rios dessas emissoras é composta de grupos de comerciantes e políticos que utilizam as Rádios Comuni-tárias em proveito próprio. Elas precisam estar abertas a todos os diferentes grupos sociais._____________________*Carlos Arthur Pitombeira — É jornalista há 43 anos, tendo trabalhado como repórter nos principais rádios e jornais do Rio de Janeiro/RJ. Atualmente é Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa e Diretor do Jornal da Barra e Jacarepaguá.

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reserva da biosfera

Dr. Eng. Marco Antonio Palermo, da Asso-ciação Brasileira de Recursos Hídricos

O Pantanal é uma das maio-res áreas alagadas do Pla-neta e faz parte da bacia do Alto Paraguai, que

abrange partes do Brasil, Bolívia e Paraguai. Essa bacia compreende uma área de aproximadamente 600 mil km2, sendo 147.574 km2 aqui no nosso território. É delimitado, ao leste, pelo Planalto Brasileiro, pelas Chapadas Matogrossenses ao norte, e também por uma cadeia de morros e terras altas do sopé andino a oeste. Portanto, o Pantanal pode ser considerado um gigantesco delta interno da América do Sul,

no qual se acumulam as águas do Alto Paraguai e as de um grande número de rios que descem do Planalto dessa bacia.

O Pantanal, elo entre o Cerrado do Brasil e o Chaco da Bolívia e do Paraguai, foi declarado Patri-mônio Nacional pela Constituição de 1988. Abriga sítios designados como de relevante importância pela Convenção de Áreas Úmidas (Ramsar). Contempla áreas da Re-serva da Biosfera do Programa das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), desde 2000. Em julho de 2004, a 7a Con-ferência Internacional sobre Áreas Úmidas, realizada em Utrecht (Holanda), indicou o Pantanal como uma das áreas inundáveis que merecem atenção especial pela sua importância global.

As características do Pantanal revelam a forte influência biogeo-gráfica dos biomas vizinhos, espe-cialmente o Cerrado e o Chaco. A sazonalidade das águas, os ciclos de cheias e secas e o longo período de armazenamento das águas do Pantanal condicionam uma diver-

sidade de espécies exuberantes em abundância, inclusive de animais ameaçados de extinção. Fatores como enchente-vazante, topogra-fia e nutrientes influenciam forte-mente as paisagens e as ofertas de nichos reprodutivos e alimentares para a fauna silvestre.

Nas lendas indígenas e nos pri-meiros mapas, o Pantanal é lem-brado como um imenso lago cheio de ilhas, o “Mar dos Xaraiés”. Em anos chuvosos, como em 1984 ou em 1995, o Rio Paraguai expande-se em uma faixa de 20 quilômetros de largura, invadindo os lagos da fronteira boliviana.

Está situado numa região de clima subúmido quanto ao regime de chuvas e à duração dos períodos secos, que podem ser de até cinco meses. A pluviosidade média do Pantanal, de 1.100 mm por ano, é ultrapassada pela evaporação anual média de cerca de 1.400 mm. As chuvas concentram-se em poucos meses de verão e são seguidas por um longo inverno seco. Não fossem as águas trazidas pelos rios que surgem fora da área,

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em um clima muito mais chuvoso, se tornaria uma região semi-árida, semelhante ao Chaco boliviano vizinho. O Pantanal pode ser considerado, com justiça, uma das maiores “janelas” de evaporação de água doce do mundo.

A diferença de nível das águas entre as estações de seca e de cheias é em média de 4 metros, mas, em virtude da pouca decli-vidade, pode alagar a maior parte do Pantanal. Nos imprevisíveis anos de grandes cheias, as águas podem ultrapassar o nível de 6 metros. Nestas ocasiões, os rios Paraguai, Cuiabá, São Lourenço, Taquari, Miranda e outros, assim como os seus inúmeros afluentes, extravasam os seus leitos. As áreas inundadas formam uma densa rede de lagoas, baías, baixadas alaga-das, varjões, interligadas por cur-sos d’água perenes, os “corixos”. Somente os terrenos altos, além de poucas ilhas e terraços, escapam à inundação.

Quando as águas voltam ao normal, várias baías e lagoas per-manecem, enquanto as vazantes e as baixadas secam. Uma rica ve-

getação de ervas espalha-se pelos varjões das baixadas, aproveitando a camada de lodo nutritivo deixada pela

inundação. O Pantanal apre-senta um mosaico de

solos aluvionais hidromórficos bem lavados e de solos sali-nos com uma lixiviação defi-

ciente. Daí decor-re a atenção com que

se devem observar as atividades que interferem diretamente com o solo e o relevo, como a mineração e a agricultura intensiva. Existem também inúmeras pequenas baías de água salgada. Em cada ciclo de precipitação-evaporação, os sais minerais acumulam-se, resultando certa salinização dos solos e de algumas baías.

Vários grandes lagos, verda-deiros mares interiores, encon-tram-se entre o Rio Paraguai e as serras Pré-Cambrianas, tais como os lagos Uberaba, Mandioré, Cá-ceres e outros. Existem também inúmeras pequenas baías de água doce nas áreas de depósitos flu-viais mais recentes, como na Ilha do Caracará.

O Pantanal oferece ao visitante uma variedade de paisagens abertas povoadas por grandes populações de animais vistosos e águas ricas em peixes. Trata-se de um feliz contraste com a maior parte da Amazônia. Nesta, a imensa va-riedade de animais vive em po-pulações esparsas escondidas por entre as copas das árvores altas, e os rios são povoados por peixes altamente interessantes, mas às vezes com pouco rendimento para o pescador.

As plantas flutuantes são os principais produtores primários nas águas do Pantanal. A vegeta-ção destas macrófitas é abundante e muitíssimo variada. Entre as plantas flutuantes destacam-se os aguapés, a alface-d’água, as espé-cies de “cruz de malta”, e outras tantas que formam uma cobertura densa denominada “batume”, ou verdadeiras ilhas flutuantes

A região destacada no mapa delimita a área do Pantanal

Meio Ambiente biodiversidade de paisagens

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chamadas de “camalotes”. Estes camalotes, quando acumulados pelas correntes vazantes, podem isolar e obstruir o vazamento das lagoas. Merece menção especial a Utricularia, pequena planta carní-vora submersa que se alimenta de crustáceos minúsculos.

O Pantanal apresenta uma diversidade de paisagens abertas onde se observa, sem dificuldade, grande número de animais con-centrados em torno dos ambientes aquáticos. É uma experiência comparável a um safári nas sava-nas da África Oriental. Entre os que se alimentam de vegetação aquática destacam-se as popula-ções de capivaras e de búfalos. A ariranha, importante predador piscívoro, outrora abundante, foi quase exterminada pelos caça-dores. Destino semelhante pode vir a ter o jacaré, dizimado pela caça ilegal em passado recente. Os jacarés têm papel importante nas águas pantaneiras, onde fun-cionam como predadores “regu-ladores” da fauna piscícola. Onde há muitos deles são encontradas poucas piranhas.

A fauna das aves aquáticas do Pantanal está entre as mais ricas do mundo. Encontramos muitas es-pécies de patos e marrecos, sendo

o irerê o mais abundante. Alguns dos patos pertencem à fauna típi-ca do sistema Paraná-La Plata. O tacha, ou a sentinela do pantanal, animal endêmico da América do Sul, pode ser facilmente visto nos campos de gramíneas ou empolei-rado nas copas das árvores, onde permanece durante horas. Várias espécies de garças e socós formam grandes colônias nas árvores da mata ciliar. A cegonha e o tuiuiú são onívoros, alimentando-se de insetos, caranguejos, caramujos, rãs e peixes que recolhem tanto nas águas rasas como dentro do lodo. O tuiuiú é um dos símbolos do Pantanal. Os seus ninhos iso-lados em árvores se destacam na paisagem pantaneira.

As terras alagadas, no mundo inteiro, são sempre ricas em fauna. No caso especial do Pantanal, as vizinhanças com a Amazônia e as características do meio físico o tornam uma das áreas de maior va-lor turístico e ecológico do Brasil. Atividades como a criação de gado, capivaras ou jacarés são compatí-veis com a sua preservação. Por outro lado, a ação de garimpeiros e iniciativas individuais que alte-ram a ecologia e a paisagem, por meio da drenagem dos pântanos, e a construção de diques e aterros

extensos impactam a fauna e a flora abundantes e limitam o po-tencial turístico. Considerada uma das reservas da biosfera, são de fundamental importância a manu-tenção e a ampliação das suas áreas protegidas.

biodiversidade de paisagens

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O olhar se perde no hori-zonte e encontra um dos mais belos céus na capital do Brasil. Bem ao estilo

da cidade moderna que é Brasília, com prédios assinados por nomes ilustres como o do arquiteto Oscar Niemeyer, encontramos o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), construído originalmente para abri-gar escritórios de algumas áreas da instituição.

A partir de 2000 passou a ser destinado à cultura, iniciando as atividades com um teatro com capacidade para 300 pessoas e uma sala para mostras. Hoje, com uma gestão modernizada, abriga o mesmo teatro, três salas de exposi-ções, livraria, café e belos jardins, onde ocorrem eventos importantes,

como a recente exposição de Tomie Ohtake, a primeira individual da artista de esculturas, que reuniu obras da 23a Bienal Internacional de São Paulo (1996), algumas pro-duzidas nesta década e quatro peças inéditas, feitas especialmente para o acontecimento.

Outra mostra significativa neste período foi A Arte de Cuba, que ofereceu um extenso panorama da arte desse país a partir do século XX, com mais de 100 obras assinadas por 61 artistas, provenientes do Museu Nacional de Bellas Artes de Cuba (MNBA) e de coleções dos próprios artistas. A exposição, pela primeira vez fora da Ilha, traça um paralelo que abrange desde o surgimento das vanguardas até as manifestações contemporâneas.

Marta Jabuonski, Curadora da Galeria de Arte do

Templo da Boa Vontade

contemplação...

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alémda

Na mostra do escultor Anish Kapoor, destaque para a obra Double Mirror (1998).

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Arte na TelaAr

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A curadora Ania Rodríguez, formada em História da Arte pela Universidade de Havana, apresentou a exposição como “o surgimento e a consolidação da arte moderna”, nas primeiras décadas do século XX, ao observar que retrata “os movimentos abstratos, a pluralidade estética que acompanha as mudanças da revolução nos anos 1960 e 70, e a renovação e experimentação dos anos 1980 até hoje, ou então, pela leitura temática, com a valorização de temas sociais, da dimensão social da arte, a preocupação comum dos artistas de diversas gerações ao longo desses 100 anos”.

Interessante é que a arte cubana e seus movimentos culturais em muito se assemelham à brasileira, que pas-sou por todas essas fases.

Fábio Cunha, Gerente de Pro-gramação Cultural do Banco do Brasil, ressaltou que essas mostras refletem a preocupação em ofere-cer uma agenda voltada às artes vi-suais, música e teatro, de maneira “a facilitar a todos o acesso à cultura, informando sobre essas atividades que ali acontecem”.

O gerente de programação conta que, além dessas iniciativas, há um programa educativo voltado ao

público em geral e, especialmente às crianças, seja da rede pública ou particular, que disponibiliza, por meio de uma agenda, aos alunos, acompanhados por monitores com um conhecimento pleno das ativi-dades desenvolvidas pelo CCBB. Os professores também recebem orientação e material didático para trabalhar em sala de aula os temas

abordados no museu, permitindo, com isso, um melhor aproveitamen-to da visita ao Centro Cultural. Para as escolas públicas, ainda é oferecido transporte: “Temos consciência do valor da arte e da cultura para a formação integral dos brasileiros”, declara.

Fábio Cunha destaca a relevân-cia da filosofia, da arte, do cinema, dos seminários e cursos promo-vidos pelo CCBB. “Aqui o olhar do espectador não é trabalhado apenas para a contemplação, para apreciação, ele é estimulado a questionar, refletir, pensar e, tam-

bém, a integrar com as atividades culturais que aqui acontecem. Na área do cinema temos uma programação específica, que foge da área comercial. São exibidas obras raras e, com isso, preten-demos formar platéia, tornando o processo cultural acessível a todas as camadas da sociedade”, conclui.

Ascension, obra de Anish

Kapoor, que dá nome à exposição

dele no CCBB. Uma coluna

de vapor em espiral lançada

ao teto é sugada por

equipamento especial.

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Instalação sem título, em ferro tubular.

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A desconcertante arte de Anish Kappor

Vale ainda conferir, no CCBB Brasília, até 7 de janeiro, a mos-tra Ascension, que reúne pela primeira vez na América Latina obras do artista indiano Anish Kapoor, um dos mais concei-tuados escultores da atualidade, conhecido pelas formas arrojadas de seu trabalho. A exposição traz 10 peças de Anish, sob a curado-ria de Marcello Dantas. Entre os destaques, a peça que dá nome ao evento, em que uma coluna de vapor em espiral lançada ao teto é sugada por um equipamento especial a 120 quilômetros de velocidade.

Uma das subjetividades da mostra é levar o visitante a expe-rimentar sensações de surpresa e certa desorientação ao apreciar as obras de Kapoor, que vão além do imaterial e o material, pois, conforme ele próprio afirma: “A verdade mística da arte é o tempo”.

Local: Centro Cultural Banco do Brasil em BrasíliaData: em exposição até 7 de janeiro de 2007Horário: de terça-feira a domingo, das 10 às 21 horas Endereço: SCES Trecho 2, lote 22Informações: (61) 3310-7087 Entrada franca

As esculturas de Tomie Ohtake, nos jardins do CCBB de Brasília, foram admiradas pelas crianças.

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Arte na Tela

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O Equador é lindo! Um país com estupendas paisagens, diferentes etnias e uma grande

diversidade cultural. Situado ao noroeste da América do Sul, di-vide-se em quatro regiões: Serra, Costa, Amazônia e Ilhas Ga-lápagos. Cada uma delas com características particulares. Vul-cões ativos, vales férteis, florestas tropicais encantam-nos ao mesmo tempo que exibem flora e fauna únicas.

Gente bonita, alegre, comuni-cativa, que nos faz sentir a força do espírito e da personalidade equatoriana. Uma pequena re-pública que congrega para si as belezas de um continente.

Terra de contrastes, onde praias tranqüilas e quentes exi-bem pescadores com frutos do mar, enquanto a marcante língua dos índios compete com o barulho

______________Marta Jabuonski

dos ventos gelados ao redor do Chimborazo (vulcão localizado na província de mesmo nome). E, na floresta amazônica, milhares de aves quebram o silêncio da selva. A diversidade molda as caracterís-ticas culturais desse Povo que fala 15 línguas e preserva as tradições. O país está situado na linha equi-nocial, o que determina o clima e as características da região. A Cordilheira dos Andes é a coluna vertebral da geografia equatoria-na e influencia todas as regiões, por onde escorrem as águas dos Andes em travessos rios que dão vida a férteis vales e desembocam no Oceano Pacífico e na Bacia do Atlântico.

As terras do Equador já eram habitadas há mais ou menos sete mil anos por etnias que existem até hoje, indiferentes ao tempo e à colonização. A língua Quíchua é um bom exemplo da resistência

e da unidade dessa gente, pois é falada por quase todas as nações indígenas. Há entre a Natureza e os habitantes das várias regiões uma harmonia emocionante. Adaptados ao meio, dele retiram tudo o que é necessário para a sobrevivência.

O rico artesanato do país é confeccionado pelas mesmas mãos que cultivam a terra. Téc-nicas milenares são passadas de geração a geração. A variedade de materiais e o bom gosto con-quistam os mercados brasileiro e internacional.

Vale ainda destacar a hetero-geneidade da música, das festas religiosas, dos instrumentos mu-sicais, dos rituais, da gastrono-mia, enfim uma singularidade sem-fim mescla tudo.

Mas melhor que escrever so-bre o Equador é preparar-se para conhecê-lo.

Equador, um país tecido à mão!

Vista ao redor do Chimborazo (vulcão localizado na província

de mesmo nome).

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A Legião da Boa Vontade ou Legion of Good Will, dos Estados Unidos, comemorou no mês de outubro 20 anos

nos EUA desenvolvendo ações de cidadania e saúde na cidade de Newark/Nova Jersey.

No dia 24 de outubro, voluntá-rios da área da saúde receberam, no Centro Comunitário da LBV, pessoas em situação de risco pes-soal e social em mais uma edição do programa Câncer — Prevenir é o melhor remédio. Em parceria com o Hospital Universitário de Nova Jersey (UMDNJ) atendeu, gratuitamente, com exames clíni-cos e palestras educativas, homens e mulheres acima de 40 anos. Os casos diagnosticados são auto-maticamente encaminhados para tratamento.

Escolas norte-americanas integram projeto da LBV

Três dias depois, a LBV pro-moveu uma edição especial do projeto Peace and Good Will Garden (Jardim da Paz e da Boa Vontade). Na oportunidade, mais de 800 estudantes da Oliver Street School, em Newark, participaram do acontecimento. Antes desta data, ao longo da semana, os alu-

________________Danilo Parmegiani

2 0 a n O s d e L e g i ã O d a b O a v O n t a d e d O s e U a

contempla, em outubro, mais de 800 estudantes.

Programa pedagógico da LBV

nos do referido centro educativo debateram a im-portância da Paz nas escolas norte-americanas, com a realização de um concurso de melhor painel de arte, poesia e redação, com o tema Como inspirar outros a promoverem a Paz.

O auditório da escola precisou ser reservado em três horários para abrigar todos os alunos interessados. Os três finalistas de cada categoria apresentaram-se diante dos demais colegas e dos jurados. Dos 200 painéis de arte produzidos pelas crianças,

desde o Pre-k (Pré-jardim) até a 3ª série, o vencedor foi o da turma 105, do Kindergarten (Jardim). Eles reproduziram um mosaico, compondo um planeta de harmonia, Paz e diversidade étnico-cultural.

As turmas de 4ª a 6ª séries con-correram para a melhor poesia e o

A LBV é presença

constante no desfile

cívico Columbus Day Parade,

em homenagem ao descobrimento da América, que ocorre

anualmente na 5a Avenida, uma das mais famosas de Nova York.

Fotos: Conceição de Albuquerque e Vieira Filho

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Acontece no mundo

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vencedor fez jus ao nome. Edward Paz, da turma 6-410, escreveu sobre Uma Escola de Paz, comparando o colégio a um jardim. Por último, a melhor redação foi decidida entre os alunos de 7ª e 8ª séries. A ven-cedora Gabriely de Almeida, da 7ª série, contagiou a platéia com uma inspiradora página, ensinando as pessoas a serem pacificadoras.

A representante da Juventude Ecumênica da LBV Mariana Ma-laman destacou, ao microfone, que este projeto realizado pela Legion of Good Will há vários anos nas escolas americanas é firmado na Pedagogia do Cidadão Ecumênico (ou a Pedagogia do Afeto, Pedago-gia do Amor, Pedagogia de Deus), preconizada por Paiva Netto, em que cérebro e coração têm de ca-minhar juntos. “O propósito desse trabalho é o de plantar a semente

As imagens abaixo registram os festejos da edição especial do Peace and Good Will Garden, que teve a participação de mais de 800 estudantes da Oliver Street School. Os pequeninos soltaram a imaginação durante o concurso de arte, poesia e criação, com o tema Paz.

escola, sob a regência do Professor John Fritsky. A Diretora Mariana Golden, entusiasta parceira da LBV nesta iniciativa, avaliou a atividade como “muito boa para o desenvol-vimento das crianças, porque elas vão crescendo com esses valores (do Espírito). Todas as escolas deveriam se engajar nesta ação. Parabéns à LBV pelo belo trabalho”.

Repercussão na mídiaO jornal Brazilian Press (www.

brazilianpress.com) publicou, em matéria de meia página: “Projeto da LBV mobiliza estudantes em Nova Jersey”. Nela, enfatiza o serviço de Promoção Humana, Social e Espiritual da LBV, que com sua Pedagogia do Cidadão Ecumênico leva Paz às escolas. Além de ter divulgado, anteriormente, nos dias 11 e 25 de outubro, reportagens

“Todas as escolas deveriam se engajar nesta ação. Parabéns à LBV pelo belo trabalho.”

Mariana Golden, da Oliver Street School, em Newark/

Nova Jersey

da Paz, da Solidariedade e do Amor no coração daqueles que são o futuro: as crianças.”

A programação contou ainda com apresentações da orquestra da

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Acontece no mundo

intituladas: “LBV realiza feira de saúde em Newark — NJ” e “LBV comemora 20 anos nos EUA”.

Outro periódico que saudou, em sete capítulos, a presença da LBV em terras americanas foi o Luso-Americano (www.lusoamericano.com), um veículo da comunidade luso-portuguesa nos EUA. O jornalista Orlando Norberto Kessler, responsável pelo Caderno Brasil, realizou uma série de reportagens sobre os 50 anos de trabalho do jornalista e Diretor-Presidente da LBV nas lides da Legião da Boa Vontade.

O jornal The Brasilians (www.thebrasiliansonline.com) divulgou, em novembro, o aniversário da Obra e a ação dela em parceria com o Hos-pital Universitário de Nova Jersey, destacando o título: “Cidadania e saúde marcam os 20 anos da LBV dos Estados Unidos”.

Oficializada em 30 de outubro de 1986 nos EUA, iniciou sua atuação com a tradicional Ronda da Carida-de, distribuindo alimentos e agasa-

lhos aos desabrigados. Atualmente, a LBV desenvolve várias atividades socioeducacionais e atua na qualida-de de observadora e consultora em todas as conferências internacionais da Organização das Nações Unidas. Desde 1994, a Instituição possui reconhecimento oficial da ONU no Departamento de Informações

Públicas e, a partir de 1999, foi re-conhecida com o status consultivo geral (grau máximo) no Conselho Econômico e Social (Ecosoc).

Para outras informações, ligue para (00xx1973) 344-5338, ou diri-ja-se à Sede da LBV dos EUA, na 20 Calumet Street, 1st floor, Newark/ Nova Jersey.

O fato de a LBV possuir status consultivo geral no Conselho

Social e Econômico da Organização das Nações Unidas

(ONU) permite à Instituição contribuir para os programas e objetivos de trabalho da ONU,

atuando na qualidade de perita técnica e consultora para o

processo intergovernamental das Nações Unidas.

Voluntária da LBV durante atendimento da Ronda da Caridade, nas ruas de Nova

York, no período de rigoroso inverno.

Registro A representante

da LBV, Conceição de Albuquerque,

entrega publicações da Instituição a dois dignitários católicos que, emocionados, acenavam para os

Jovens Legionários que carregavam a estampa

de Jesus, o Cristo Ecumênico, durante o desfile da Hispanidad,

em 1995, em Nova York.

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Metodologia aplicada com sucesso nas escolas da LBV no Brasil conquista professores norte-americanos

A Pedagogia do Cidadão Ecumênico — Pedago-gia do Afeto —, preco-nizada pelo educador

Paiva Netto, que alia intelecto, sentimento e Espiritualidade, tem gerado bons frutos dentro e fora das unidades educacionais da Legião da Boa Vontade do Brasil e do Exterior (Argentina, Uru-guai, Paraguai, Bolívia, Portugal e EUA), que são referências desta inovadora metodologia.

Antes mesmo de abordarmos o assunto, vale lembrar que o proces-so educacional é contínuo, renova-do, e, ao mesmo tempo, exige um reconhecimento a contribuições magníficas, por vezes deixadas um pouco de lado, mas altamente relevantes para o processo de aprendizagem neste mundo cada vez mais complexo. E aqui falo de Educadores, no seu sentido mais amplo, que enriqueceram com seu

trabalho e pensamento a vida de bilhões de pessoas, a exemplo de Jean Piaget (1896-1980), Maria Montessori (1870-1952), Paulo Freire (1921-1997), Anísio Teixeira (1900-1971), Buda (aprox. 556-486 a.C.), Profeta Maomé (570-632), Lao-Tsé (570-490 a.C.), Martinho Lutero (1483-1546), Dom Bosco (1815-1888), Confúcio (551-479 a.C.) e tantos outros.

Dito isso — que esclarece a forma universal como encaramos o ensino — voltemos aos fatos. A LBV dos Estados Unidos, que completou no mês de outubro 20 anos (reportagem nas páginas an-teriores), além do trabalho de Pro-moção Humana e Social, da forte representatividade no Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da Organização das Nações Unidas (ONU), na qual possui status con-sultivo geral (grau máximo), pro-move diversas ações na área

Suelí Periotto, Pedagoga da LBV.

ExPORTANDO EDUCAçãO Educação em Debate

S O l i D á r i A c O m q U A l i D A D E

Pátio de uma das unidades da LBV do Brasil, o Instituto de Educação José de Paiva Netto, em São Paulo/SP, demonstra que Educação de qualidade, Solidarieda-de e a indispensável Espiritualidade são chaves de sucesso de sua Pedagogia. Na fachada do local (conforme indicado pela seta abaixo à direita), o líder da Institui-ção fez colocar esta máxima de Aristó-teles: “Todos quantos têm meditado na arte de governar o gênero humano acabam por se convencer de que a sorte dos impérios depende da educação da mocidade”.

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educacional, no que conta com a colaboração de profissionais da área residentes naquele país. Um desses voluntários é a professora Maria da Conceição de Albuquerque, da cidade de Newark/Nova Jersey, que, graças à sua vivência na Instituição e o conhecimento da dialética da Boa Vontade, encontrada nos diversos livros de autoria do escritor Paiva Netto, pôde defender a tese de mes-trado na arte de Educação, Uso de estratégias do ensino cooperativo à luz da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, para ajudar alunos bilíngües da 1a série a entrarem no processo de aculturação.

Não há dúvidas de que a Educa-ção é o instrumento primordial para o desenvolvimento das culturas no decorrer da História, pois forma o caráter do indivíduo em todos os seus aspectos essenciais. Deste modo, não pode haver dissociação entre a necessidade de aculturamento dos educandos e a formação dos caracteres que nos diferenciam dos animais irracionais, em que a lei da sobrevivência faz dos mais fortes os vencedores. Muito apropriada, portanto, esta preleção do educador Paiva Netto acerca dos avançados ensinamentos de Moisés e dos grandes estudiosos hebreus quanto ao valor transcendental do ensino: “Apreciei muito o estudo da profes-sora e escritora Ana Szpiczkowski, doutora de Língua, Literatura e Cul-tura Judaicas, da USP, ‘Educação e Talmud – uma Releitura da Ética dos Pais’. Escreve a conceituada pes-quisadora: ‘(...) Um dos líderes reli-giosos judaicos mais respeitados do século XX, Rabi Schneerson, mais conhecido como Rebe de Lubavi-tch, afirma que para atingir bons resultados em educação é preciso ir além do ensino relacionado ao de-

gam crianças aqui nos Estados Uni-dos dessas e outras nações latinas e elas entram num processo que os pedagogos chamam de choque de culturas. Como não falam a segunda língua, que é o inglês, passam por um período muito difícil, não somen-te para o aluno, mas também para pais e professores. Há crianças que entram até em depressão profunda e, muitas vezes, nem querem ir à escola (...) porque não conseguem se entro-sar, em virtude da não-compreensão do segundo idioma. Este é o cenário que acontece muito comumente aqui no distrito de Orange com as crian-ças latinas, também com aquelas que só falam francês, muitas vindas do Haiti, ou as que vêm do Vietnã. São muitas culturas dentro da mes-ma sala de aula, com segmentos re-ligiosos diversificados. Em resumo, é difícil para os pequenos conciliarem tantas diferenças”, comenta.

A partir desse ponto de vista, afirma Conceição: “Fiquei imagi-nando, conforme aprendemos com a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que esses pequenos têm um Espírito eterno, cérebro e coração. Senti que precisava implantar a Pedagogia

senvolvimento da capacidade cog-nitiva dos educandos. A verdadeira educação, segundo o citado Rabi, ocorre, principalmente, quando acompanhada pela responsabilida-de, ponderação, firmeza, paciência e polidez do educador. Preocupa-se com a formação do homem como um todo, com respeito à sua verdadeira essência e caráter, à sua situação e ao ambiente no qual ele se insere, com um grau de responsabilidade que vai além da simples transmissão de conhecimentos. Envolve respeito pelo Ser Humano que está ali, ávido por receber novos conhecimentos, e que merece receber mais. Sua base consiste no cumprimento humilde de um dever de educar a nova geração, também adquirida das gerações anteriores. (...)’”

Educação em DebateEm entrevista ao programa Edu-

cação em Debate, transmitido pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, diretamente dos EUA, Conceição relatou aos ouvintes pormenores de sua tese, já aprovada pela banca jul-gadora da Gratz College, Faculdade Judia Ortodoxa da Pensilvânia. Ela explicou que a idéia de defender este tema nasceu da sua experiência como professora na Lincoln Avenue School, na qual trabalha com alunos recém-chegados de países hispâni-cos, vindos do México, Equador, Uruguai, El Salvador e República Dominicana. “Todos os anos che-

Conceição de Albuquerque, que teve sua tese de mestrado, baseada na Pedagogia do Cidadão Ecumênico, da LBV, aprovada

pela Faculdade Judia Ortodoxa Gratz College, da Pensilvânia/EUA.

ExPORTANDO EDUCAçãOAlunos no laboratório do Instituto de Edu-cação da LBV, com a professora Márcia Lour-des Cardoso, durante a aula de Biologia.

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do Afeto da Legião da Boa Vontade nas lições, para que esse quadro pudesse mudar, porque sabemos que os valores morais e espirituais são os que conciliam tudo, sob o critério do Novo Mandamento de Jesus: ‘Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípu-los’ (visto de maneira ecumênica, universalista, sem sectarismo). E na metodologia educacional americana todos os professores são motivados a usar em suas salas de aula o ensino cooperativo. Assim, ficou muito claro para mim que a solução de apoio aos novos estudantes estava no ensino cooperativo ter como base a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, da LBV, trabalhando respeito, solidariedade, caridade e entendimento, fazendo do Amor a ligação de tudo, seja qual for a religião ou o país de onde a pessoa venha”.

A professora Conceição de Al-buquerque selecionou também tudo o que o dirigente da LBV es-creveu sobre o tema e o que autores americanos discorreram acerca do ensinar.

Quanto à apresentação à banca julgadora da Gratz College, Con-ceição diz que a iniciou colocando em evidência os estudos de Igoa que cita Oberg. Este último, em 1960, afirmou que o choque de cultura da criança que chega aos EUA sem falar o inglês é precipitado pela ansiedade e o receio de perder os laços familia-res. “Quando ela vai para a escola sente muita vontade de estar em sua

que o aluno tem em si essa grande capacidade de querer aprender por diferentes ângulos, métodos, veio para sugar o que de melhor a escola oferece com seus ensinamentos. Então, que possamos passar valo-res espirituais, morais, de amor, de solidariedade, de entendimento, de amizade, de compaixão, de justiça, para que as crianças possam ter vontade de ir à escola e não passar pelo choque cultural, e o professor estará criando assim um ambiente seguro em sala de aula para que o aluno não desenvolva somente o intelecto, mas, acima de tudo, o seu coração”.

A tese de mestrado da profes-sora Conceição de Albuquerque foi dividida em cinco capítulos. No primeiro, discorreu sobre a predomi-nância dos alunos que freqüentam a escola onde trabalha e como pôde comprovar que a Pedagogia do Ci-dadão Ecumênico é o suporte ideal para o ensino cooperativo, tornando possível o processo de aculturação em crianças bilíngües sem passar pelo choque de culturas. Na seqüên-cia, fez uma revisão de literatura, numa pesquisa que envolveu 33 fontes bibliográficas a respeito do tema, fechando-a com os artigos de Paiva Netto. Realizou também uma avaliação dos estudantes de sua classe por meio de coleta de dados e observação, mostrando que oferecer somente instrução a eles seria pouco para fortalecer o Ser Humano em seu caráter, em sua essência. E, no último capítulo, a reflexão principal: “Nele procurei enfatizar, firmada nas lições

casa com a mãe, a avó ou com o pai e os irmãos. Isso bloqueia a sua tela mental: cognitivamente falando, ela não consegue prestar atenção, foca-lizar a professora, impossibilitando assim que assimile o conteúdo da matéria em estudo.” Para ela, a fór-mula de se vencer este problema está explicitada em uma “assertiva da revista Sociedade Solidária Altruís-tica Ecumênica, na qual o educador Paiva Netto faz a abordagem das palavras de Jesus, na Bíblia Sagra-da: ‘O Reino de Deus está dentro de nós’ (Lucas, 12:21), e nos leva a concluir que todo Ser Humano tem uma capacidade incrível de criar e, inigualável, de poder amar. Se te-mos o Reino de Deus dentro de nós, possuímos essa grande capacidade de conciliação, não importando a cultura e as tradições”.

Conceição argumenta que em suas considerações levou em conta também a proposta da Teoria das Inteligências Múltiplas, do psicólogo Howard Gardner, e ela acrescenta: “Uma criança que vem de outro país compara-se a uma pessoa quando acaba de nascer: o primeiro movi-mento dela é o de sugar o seio da mãe para poder se alimentar, ter o leite. Um imigrante em processo de aculturação tem em si a vontade de querer sugar tudo aquilo que o país está oferecendo. Ora, a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, da LBV, combina todas essas inteligências, as diversas formas de ver o mundo, de aprender, porque leva, acima de tudo, o sentimento, o afeto. Os professores precisam entender

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A Pedagogia do Cidadão Ecumênico, da LBV, desperta o interesse do aluno pelo aprender.

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de Paiva Netto, que nunca podemos dizer que uma coisa é absoluta para o resto da vida, tudo evolui, inclusive e principalmente na Educação, pois um dia ela própria irá, à frente, até o ponto de saber que sem a Solida-riedade, sem o Novo Mandamento do Divino Mestre, não se chegará a lugar algum. Ressaltando que, in-felizmente, Ele e Seus ensinamentos foram muito incompreendidos, a ponto de falarmos em Jesus somente nas igrejas, ao passo que Ele tem de ser vivido 24 horas por dia. Como igualmente afirma o propositor da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, temos de dessectarizar Jesus, pre-conizando Seus exemplos universais na Educação”.

RepercussãoAntes mesmo de saber o resulta-

do de sua monografia, a professora Conceição de Albuquerque viu o alcance de seu trabalho quando a Diretora da Escola Lincoln Avenue School, Mrs. Amanda Wright-Stafford, local em que foi realizado seu estudo, tomou conhecimento da sua tese e durante uma reunião de capacitação profissional com o corpo docente da escola citou a im-portância dos valores da Pedagogia do Afeto, proposta da LBV. Pediu à professora Conceição que expusesse seu trabalho para a audiência presen-te, felicitou-a e acrescentou: “Vou aproveitar as lições de aula que você fez, porque falam justamente da construção do caráter. E isso é muito importante. Eu acredito na Pedagogia do Afeto, que afirma que instrução somente sem o coração não leva o aluno a nada. Defendo realmente o que o educador Paiva Netto retrata nas escolas da LBV. Sei o quanto ele deve amar a Edu-cação e também sofrer por ela,

porque não deve ser fácil levar essa nova pedagogia numa sociedade capitalista, tecnológica”.

Ainda durante a reunião, a Di-retora da Lincoln Avenue School convidou a professora Conceição para que falasse um pouco com os professores sobre o projeto, na formação do caráter.“Discorremos sobre toda a linguagem temática envolvendo o currículo de Nova Jersey e, a partir desse ponto, todos os participantes, cerca de 80 pro-fessores, tomaram conhecimento e começaram a discutir os valores a serem trabalhados pela Pedagogia do Afeto, da LBV, durante o mês de novembro”, relata a mestranda.

A tese de Conceição será publi-cada e arquivada na biblioteca do Gratz College em Melrose Park, Estado da Pensilvânia, para pesqui-sa pública dos futuros Educadores e mestres em educação.

Outro fato marcante é que a

“Maria, sua tese foi aprova-da. Parabéns! Não costumo telefonar para ninguém, por-que só nessa turma que você estava eram 53 mestrandos. Mas quis ligar para dar-lhe os parabéns pelo que defende, e também ao educador Paiva Netto, pela sua coragem de implantar a Pedagogia do Cidadão Ecumênico.”

Dra. Christine Christensen, orientadora da tese de Conceição

de Albuquerque

orientadora da tese de Conceição de Albuquerque, a Dra. Christine Christensen, após a apresentação à banca, lhe falou ao telefone: “Maria, sua tese foi aprovada. Parabéns! Não costumo telefonar para nin-guém, porque só nessa turma que você estava eram 53 mestrandos. Mas quis dar-lhe os parabéns pelo que defende, e também ao educador Paiva Netto, pela sua coragem de implantar a Pedagogia do Cidadão Ecumênico. Ligo por um motivo maior, porque ao ler o seu projeto senti uma paz muito grande. Essa paz me contagiou, principalmen-te quando vi as fotos dos alunos trabalhando com o aprendizado cooperativo”.

Para concluir, vale aqui registrar ainda as palavras de Conceição que refletem o pensamento dos educa-dores que compreendem o alcance desta metodologia inovadora: “Ela contagia a todos, contagia Irmãos judeus, muçulmanos, católicos, protestantes, os que não têm uma religião, mas amam a Natureza, têm esse grande sentimento do Amor. É isso que o Irmão Paiva leva na Pedagogia do Cidadão Ecumêni-co, que ele também definiu como a Pedagogia do Afeto, porque sabe apresentar Jesus numa linguagem totalmente ecumênica*”.

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*Na revista Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, 7a edição, Paiva Netto reafirma a necessidade da vivência do Ecumenismo que ultrapassa até mesmo seu sentido filóso-fico, como podemos ler em “Ecumenismo que se comove com a dor”: “Pregamos o Ecumenismo dos Corações, do sentimento bom que independe das diferenças comuns da família humana, em que as pessoas raciocinam de acordo com o amadurecimento próprio, com a extensão do seu saber ou falta dele. Falamos do Ecumenismo que se comove com a dor, que tira a camisa para vestir o nu, contribui para o bálsamo curador do que se encontra enfermo, que protege os órfãos e as viúvas, que sabe que a Educação com Espi-ritualidade Ecumênica é fundamental para o soerguimento de um Povo, o fortalecer de uma nação (não para que domine as outras), a proteção de um país e a sobrevivência do orbe celeste que nos agasalha como filhos nem sempre bem-comportados”.

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Arte na Tela

Quatro passos fundamentais para ser mais saudável

vida!Otimize sua

______________Cristiane Dantas

Otimizar nada mais é do que tornar ótimo, isto é, criar condições mais favoráveis para selecio-

nar entre inúmeras alternativas que temos no nosso dia-a-dia. Claro que o desejo de otimizar, por si só, não basta. Afinal, se não houver um critério para escolher o que é mais saudável, de que valeriam as opções? Informação, portanto, é fundamental. E quanto mais, melhor.

Anteriormente o conceito de saúde estava relacionado à falta de enfermidade. Entretanto, a idéia de

hoje dos cientistas é a de que a vida saudável só é alcançada conciliando o bem-estar físico, mental, social e espiritual de uma pessoa. Depen-dendo da importância que damos e o controle que temos sobre cada um desses fatores é que resultarão estí-mulos estressantes ou não, podendo harmonizar ou desequilibrar a saúde como um todo.

Por isso se faz necessário ter um sincronismo entre todos esses fa-tores para que a pessoa não venha a adoecer. Não adianta apenas ter dinheiro e não estar bem conju-

galmente, por exemplo.

Segundo o terapeuta Ed Remígio, em entrevista à Rede Mundial de Televisão, uma coisa de-pende da outra para que haja um equilíbrio. “Quando es-tamos com um problema emo-

cional, o organismo reage como se fosse um acidente leve e libera certos hormônios, principalmente a adrenalina. E a dose repetida dessa substância, a médio e longo

prazo, pode trazer problemas à saúde”, alerta.

Os corticóides, outros hormônios liberados, atuam como antiinflama-tório, mesmo quando não há infec-ção no organismo. Mas só pelo fato de a pessoa estar tensa e passando por alguma dificuldade, o organismo começa a reagir e libera a substância. O terapeuta enfatiza o efeito a longo prazo causado por essa ação: “Esses hormônios destroem as células cere-brais. Os neurônios começam a ser prejudicados, inclusive, naqueles que têm problema de memória etc. Enfim, surgem vários sintomas que cada um vai sentir de acordo como o seu organismo está”.

Para combater esses efeitos é pre-ciso agir rápido. Você pode começar hoje mesmo. Para ajudá-lo(a), o terapeuta listou quatro passos funda-mentais que, colocados em prática, tornam ótimas a vida e a saúde:

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“Quando estamos com um problema emocional, o organismo reage como se fosse um acidente leve e libera certos hormônios, principalmente a adrenalina. E a dose repetida dessa substância, a médio e longo prazo, pode trazer problemas à saúde.”

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vida!Otimize sua Aproveite melhor o tempoO nosso organismo está sempre em sintonia com o tempo. É a chamada cronobiologia, ciência que estuda os padrões dos ritmos biológicos que o corpo segue e que influenciam tanto nos fatores fisiológicos quanto nas habilidades motoras. “O Hormônio Tempo Atividade, chamado de HTA, é muito importante para sabermos apro-veitar esses momentos nos quais o nosso organismo está liberando certos hormônios”, esclarece o terapeuta.

Respire corretamente

De acordo com pesquisas, 25% do ar que o organismo respira é assimilado pelo cérebro, que

necessita desse oxigênio para fun-cionar. Entretanto, a maioria não exerce

essa atividade como deve, utilizando, deste modo, apenas um terço da capacidade pulmonar.

O terapeuta alerta que “a média que nós respiramos está entre 300 a 500 ml de ar, enquanto devíamos respirar 1.500 ml

em cada pulmão”. Um exercício muito simples recomendado por ele é colocar a ponta da língua no céu da boca (como se tivesse querendo engoli-la) e respirar por uma narina. Conte até 5 e vá exalando pela boca. Depois repita essa ação com a outra narina. Você pode fazer essa atividade de três a quatro vezes por dia. Além deste exer-cício, existem oito alimentos importantes para o sistema respiratório, conhecidos como funcionais, que possuem propriedades que vão além do objetivo de nutrir. Eles contêm princípios ativos que agem preventivamente no tratamento de algumas enfermidades. Abacaxi, agrião, alho, cenoura e laranja são alguns exemplos.Cuide do cérebro

É um dos passos mais importantes, pois desse modo você cuida da fonte do pensa-mento. A oração adicionada a boas músicas e livros* com mensagens construtivas são pontos fundamentais para a saúde mental. Outra dica é a ingestão de alimentos ade-quados que podem ajudar a prevenir certos males. A castanha-do-pará, por exemplo, contém microminerais importantes para o cérebro e pode ser ingerida pelo menos duas vezes por semana, sempre após o almoço. Outro alimento recomendado é o chá da casca do abacaxi, que é bom para a memória, fortalecendo os neurônios.

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passo4oAuxilie na digestão dos

alimentosPara a otimização da vida, segundo o tera-

peuta Ed Remígio, o cuidado com a digestão dos alimentos é outro fator preponderante.

Existem alguns segredos para você ter uma digestão boa: concentrar-se enquanto estiver se alimentando é um deles. “Procure sentir o cheiro, o sabor, inclusive peguem-

no, dependendo do alimento”, aconselha o médico, justificando que isso ajudará na formação do suco gástrico para aquela digestão. Também é fundamental mastigar bem

os alimentos e não fazer a refeição com pressa.

Serviço:* Os livros da Editora Elevação, a exemplo de Como Vencer o Sofrimento, Reflexões da Alma e Ao Coração de Deus, de autoria de Paiva Netto, são ótimas dicas. Acesse www.boavontade.com e compre o seu!

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Saúde

organismoO relógio do seu

Entre 21 horas e uma hora da manhã, você está pro-movendo o sono reparador, restaurador. Então, procure dormir nesse horário, pois o hormônio do crescimento vem à tona neste período.

Das 6 às 8 horas — Melhor horário para acordar

Das 9 às 10 horas — Período do Aprendizado

Das 10 às 12 horas — Momento para discutir idéias e resolver problemas

É nesse momento que o estôma-go avisa ao organismo que não há mais alimento nele. Por isso, pede emprestado ao cérebro certa quantidade de sangue. É daí que vem aquela moleza. Por isso, a recomendação do terapeuta é que após o almoço não repouse na horizontal.

Poluição, monóxido de carbono, trânsito, volta para casa. Tudo isso afeta o organismo entre esses horários, o que faz com que o corpo fique suscetível a problemas relacionados com a circulação. Por volta das 18 horas, a melatonina invade o nosso corpo. Por isso, é aconselhado dormir a partir das 20 horas. A cada duas horas depois desse instante, são momentos impor-tantes para você ir para a cama, “pois temos um pico desse hormô-nio”, explica o terapeuta Ed.

Neste instante, as endorfi-nas estão amenas. O orga-nismo está mais preparado e a mente mais aguçada para discutir idéias e resol-ver problemas.

12 horas — Horário da moleza

É o horário do aprendi-zado, momento no qual a serotonina e a endor-fina estão no pico. É um horário importante tam-bém para ir ao dentista, pois a endorfina é um analgésico natural.

Neste período, o cortisol, hormônio que faz o organismo acordar, está à tona para oferecer mais dispo-sição durante o dia. O cardápio a essa hora da manhã deve conter carboidratos (ou seja, pão, biscoito ou raízes do tipo tubérculos, como por exemplo, a mandioca). Para acompanhar, café com leite, ou um achocolatado. Também não se esqueça de uma fruta.

Das 17 às 21 horas — Instante da volta da adrenalina

Das 21 à 1 hora — Hora de dormir!

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O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, foi insti-tuído para ajudar no pro-cesso de conscientização

e cuidado com esta doença que se tornou um sério problema mundial. Uma enfermidade insidiosa que, si-lenciosamente, vai minando o corpo humano. Ela se manifesta em todas as idades, dependendo de fatores genéticos e agentes desencadeadores (como obesidade, trauma emocio-nal, gravidez, infecções bacterianas e viróticas, estresse etc.).

Na infância requer muita obser-vação dos pais; na fase adulta e na Terceira Idade, exames médicos; e para todas as idades o cuidado com a alimentação, principalmente se houver casos anteriores na família. De qualquer modo vale adotar um hábito alimentar saudável, dando preferência às frutas, às verduras e aos alimentos integrais e diminuir a ingestão de gorduras, açúcares e sal. Eles são ainda piores inimigos para quem já está vivendo o diabetes; e aumentam o perigo de desenvolver doenças cardiovasculares e várias outras. É preciso muita vigilância. O que é o diabetes?

Diabetes Mellitus é uma doença crônica, cuja principal característica é a elevação da taxa de glicose (açú-car) no sangue, acima dos índices

Walter Periotto

considerados normais. Se não for controlada, pode provocar infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais, infecções, alteração nas funções renais (com a paralisação total dos rins), cegueira e amputação nos membros inferiores.

Dados globaisSegundo o International Diabetes

Federation (IDF), o número de casos na população adulta de países em desenvolvimento deve crescer 170% até 2025, enquanto que nos demais a previsão é de 41%.

No mundo, 3,2 milhões de mor-tes são atribuídas, todos os anos, ao diabetes, segundo dados da Orga-nização Mundial de Saúde (OMS). A cada 10 segundos, de acordo com o IDF, uma pessoa morre em conseqüência das complicações da

doença. Em levantamento oficial do IDF, os países com maior número de casos são: Índia, China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Alemanha, Paquistão, Brasil, México e Egito.

O cuidado que o diabético deve ter não é somente na alimentação. É necessário fazer exercícios físi-cos constantes (sob a supervisão de quem entende do assunto), procurar não se machucar (principalmente os pés), realizar exames periódicos nas vistas e cumprir as determinações médicas.

Diabetes,um mal que

cresce e merecemais atenção

Fique atento aos sintomas do diabetes

— Aumento na urina — sede excessiva — perda ou ganho de peso — visão embaçada — infecções cutâneas — infecções vaginais — cansaço — cicatrização lenta — sensações, não comuns, de formigamento, queimação e co-ceira na pele, normalmente nas mãos e nos pés — Infecções no prepúcio (pele que cobre o pênis) em homens não-circuncidados.

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Melhor Idade

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professora da Doctum, sra. Martha Alves de Menezes.

O aconteci-mento contou também com a presença do Grupo Maçô-

nico de Seresta Pedacinho do Céu, que apresentou um vasto repertório, utilizando diversos instrumentos, tais como: acordeom, cavaquinho, flauta, entre outros, com um coral que encantou a todos, principalmen-te os vovôs e vovós atendidos pela Instituição.

P a r a o Dr. Péricles Ganem Ro-drigues, Co-o r d e n a d o r do Balcão de Direitos e De-fensor Público, “o trabalho da

Legião da Boa Vontade acolhe as pessoas necessitadas em um lugar que as trata com dignidade, zelo e cuidado. Quero parabenizar a LBV e seus funcionários pela dedicação,

Música, amizade e en-tendimento são ingre-dientes que fazem a vida bem melhor em

todas as idades, e que às vezes ne-gligenciamos ou deixamos de tro-car com os mais velhos. A Legião da Boa Vontade sempre primou em cuidar da Terceira Idade com muito Amor Fraternal e respeito. Um exemplo é a I Exposição Cultural dos Vovôs Residentes, promovida, no Lar Alziro Zarur, da LBV, em Teófilo Otoni/MG, que cumpre princípios do Estatuto do Idoso, quando estimula a preservação dos vínculos familiares e a participação da Terceira Idade em atividades comunitárias.

Durante o encontro foram rea-lizadas oficinas com atividades de socialização, intercâmbio entre as gerações, além de serem dadas infor-mações sobre envelhecimento, saú-de e direito do Idoso. As ações foram desenvolvidas com o apoio das es-tagiárias do curso de Serviço Social das Faculdades Doctum, alunas do curso de Serviço Social do Instituto de Ensino Superior São Francisco de Assis (Iesfato), e a enfermeira e

________________Alcidéia Emerick

amor, carinho e atenção que dão a esses indivíduos. A comunidade tem de respaldar esses serviços. A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais também está de braços abertos para este trabalho, coloca-se à disposição da LBV por intermédio do Balcão de Direitos e das Faculdades Doctum de Teófilo Otoni/MG, as quais represento como Coordenador do curso de Direito, para firmarmos juntos uma grande parceria em prol e defesa das pessoas idosas da comunidade”.

Visite o Lar de Idosos Alziro Zarur, da LBV, para a Terceira Idade em Teófilo Otoni/MG, Rua Capitão Leonardo, 620, Grão-Pará, tel.: (33) 3522-6555.

Melhor Idade

entre as geraçõesArte, cultura e parceria

“A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais também está de braços

abertos para este trabalho, coloca-se à disposição da

LBV por intermédio do Balcão de Direitos e das Faculdades Doctum de

Teófilo Otoni/MG.”Dr. Péricles Ganem Rodrigues.

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Ação Jovem LBV

A comemoração dos 17 anos do Templo da Boa Vontade neste ano de 2006 (reportagem na

página 44 desta publicação) tam-bém contou com mais uma etapa do Fórum Internacional Perma-nente Jesus — Scientia ad Deum, criado pelo jornalista, escritor e educador Paiva Netto. Essa edição ocorreu na Universidade de Brasí-lia (UnB). O renomado centro de ensino, em sua VI Semana de Ex-tensão, sediou o evento, incluindo-o na sua grade curricular, dando

Participantes do Fórum internacional Permanente Jesusrecebem Certificado da Universidade de Brasília/dF

_____________Lícia Curvello

Evangelho-Apocalipse

certificado aos participantes. O tema central foi Jesus e a Susten-tabilidade do Desenvolvimento Humano, e a mesa de debates foi composta pelo Mestre em Ciências Políticas e professor da UnB, Leonardo Barreto, e pela pedagoga e professora do Instituto de Educação José de Paiva Netto, Suelí Periotto. Como mediado-res, Juliano Bento, graduando em Física, e Estêvão Lombardi, graduando em Jornalismo, ambos integrantes da Militância Jovem da LBV.

UnBCiência, sustentabilidade e

naJesus, o Cristo Ecumênico, nas ciências.

Na oportunidade, ao discor-rer sobre o assunto, o professor Leonardo Barreto disse que a Política deveria ser tratada como formadora de responsabilidade. Lembrou-se também da Primeira Vinda Visível de Jesus à Terra, destacando a seguinte vertente nos ensinamentos do Divino Mestre: “O Cristo tem um respeito muito forte pela autonomia das pessoas, pela liberdade e pelo livre-arbí-trio. A partir desses valores, o

Ponte Juscelino Kubitschek, um dos cartões-postais que embelezam a capital federal

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respeito à liberdade e o cuidado com o semelhante, enxerguei os fundamentos da construção ética da democracia”.

A professora Suelí Periotto destacou o reflexo da vivência dos preceitos do Cristo de Deus na sociedade. Falou sobre a Pe-dagogia do Cidadão Ecumênico, tese preconizada por Paiva Netto e implantada com sucesso nas

escolas da LBV no Brasil e no mundo:

“Jesus não quer que fiquemos presos a uma determinada for-malidade. Ele deseja que sejamos independentes e responsáveis para sermos felizes. É sempre bom lembrar que temos potencialida-de muito maior do que qualquer mensuração acadêmica. Potencial tão grande que observamos que

a cada dia estamos prontos para transformações. Porém, onde vamos nos inspirar para termos essas potencialidades desenvolvi-das? Penso que é neste momento que a doutrina ecumênica trazida por Jesus e preconizada pelo saudoso Alziro Zarur se insere na Pedagogia, ampliando nossa perspectiva de educação além do campo material”.

A Universidade de Brasília (UnB), em sua VI Semana de Extensão, sediou o evento, incluindo-o na sua grade curricular, dando certificado de participação aos presentes.

Nas fotos 1 e 2, vista parcial do público que participou do evento. Na imagem 3, aparece o Professor Leonardo Barreto, da UnB, um dos conferencistas do Fórum. A foto 4 mostra a mesa de debates, na qual, da esquerda para a direita, estão Suelí Periotto (professora e pedago-ga da Legião da Boa Vontade e palestrante do Fórum); Juliano Bento, jovem da LBV e universitário da Unicamp; Leonardo Barreto, durante sua explanação; e Estêvão Lombardi, também da LBV e universitário das Faculdades Integradas Rio Branco, que, ao lado de Juliano, mediou o debate.

Ação Jovem LBV

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Traição, liberdade e com-promisso, culpa e resga-te, lar e reencarnação... Em cena, duas famílias

desajustadas, tragicamente uni-das por sentimentos conflitantes de Amor e de ódio, alimentando motivos e sofrendo conseqüências. Tudo isso está na radionovela Sexo & Destino, que estreou dia 13 de no-vembro, na Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV).

Baseada na obra literária ho-mônima do Espírito André Luiz, psicografada por Francisco Cân-dido Xavier (1910-2002) e Waldo Vieira, teve os direitos autorais gentilmente cedidos pela Federação Espírita Brasileira (FEB). A produ-ção da radionovela é uma iniciativa do jornalista e radialista Paiva Netto — que já colocou no ar sucessos como Há Dois Mil Anos, 50 Anos Depois, de Emmanuel, e a minis-série Nosso Lar, também de André Luiz — e reúne, agora, nesta nova trama, a direção artística da atriz Arlete Montenegro e os maiores nomes da dublagem de superprodu-ções de Hollywood.

O Diretor do programa A Turma do Didi, da Rede Globo de Televi-são, Guto Franco — que é filho do ator, cantor e compositor Moacir Franco, veterano amigo da LBV — concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Cortando Estradas, na Super RBV, destacando a qualidade do projeto: “Com muito carinho e

Diretor do programa A Turma do Didi enaltece radionovela Sexo & Destino

_____________Marco Dametto

de coração aberto cumprimento o trabalho de vocês. O Irmão Paiva é um grande intelectual, uma pessoa importantíssima que tem devotado a sua existência — pois são 50 anos dedicados ao próximo — pelo amor do Cristo, da Vida, da Boa Vontade que é fundamental. Eu escuto o pro-grama Cortando Estradas (da Super RBV) todas as noites e acompanho as palestras do líder da LBV que são enriquecedoras. Queria cumpri-mentar os nossos irmãos radialistas, todos os excelentes atores, a Arlete (Montenegro), que está dirigindo a radionovela Sexo & Destino muito bem. É um trabalho muito bem rea-lizado, principalmente porque traz luz para este momento de treva que estamos vivendo. Diante de tanta atrocidade, tanta miséria, diante de tantas calamidades, tanto egoísmo, ganância que a gente tem visto dia-riamente nos jornais, você vê uma rede de rádio voltada totalmente para o Bem. Isso é luz, Amor, é a presença de Cristo, uma potência muito grande que pode combater esse mal que campeia entre nós”.

O Diretor de TV ainda falou do fascínio que a novela de rádio exerce e a força da programação da emisso-ra: “Ela mexe com a emoção e com a imaginação do ouvinte, faz refletir imediatamente sobre a importância do Amor no Plano Espiritual. Cada vez que eu ouço um boa-noite ale-gre no Cortando Estradas: ‘Meus Irmãos, vamos lá, todo mundo, Viva

Jesus!’. Poxa, isso transforma a mi-nha noite, consigo dormir mais feliz, mais acalentado e esperançoso. Às vezes uma pessoa está perdida nos seus pensamentos, na sua tristeza, na sua depressão, e vocês estão salvando vidas, e salvando pelo caminho certo. Só Jesus Cristo ilumina a nossa vida, e faz com que tudo tenha luz, graça e valor. E nós precisamos cada vez mais disso. Por isso sou muito entusiasmado com o trabalho de vocês”, concluiu.

“Como Diretor de Televisão, senti-me muito feliz em ver

a retomada da novela de rádio. Sou radialista com

muito orgulho. Bem-dirigida e interpretada, a novela traz a Mensagem Ecumênica de

Jesus.”

Guto Franco

Para comprar seu kit da radionovela, basta ligar para o Clube Cultura de Paz, pelo telefone: (11) 3358-6840.

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Maria escolheu a boa parte*.“Enquanto caminhava,

Jesus entrou em uma aldeia; e uma mulher de nome Marta

O hospedou. Sua irmã chamada Maria, ao ver Jesus ensinando, sentou-se aos Seus pés para ouvi-Lo.

Marta, porém, tinha muito trabalho para fazer, e por isso se aproximou do Divino Amigo e disse-Lhe:

— Mestre, o Senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha com todo esse trabalho? Mande que ela venha me ajudar.

E Jesus lhe respondeu:— Marta, Marta, você está ocupada com

tantas coisas, mas apenas uma é necessária. Maria escolheu a melhor, e isso ninguém vai tirar dela”.

Quando Jesus afirmou que Maria escolheu a boa parte ouvindo os Seus

ensinamentos, não estava dizendo que o trabalho de Marta era sem

importância, mas que poderia realizá-lo mais tarde, visto que a mensagem de Amor que passava ali ficaria em seu espírito para sempre.*Evangelho de Jesus, segundo Lucas, 10:38 a 42.

Qual é a sombra?

Resposta: D

.

Do Poema do Grande Milênio:“Os filhos são filhos de todas as mães, e as mães são as mães de todos os filhos.” Alziro Zarur, saudoso Fundador da LBV (1914-1979)

(1) Camila Pereira e Dara Mizael, Campo Grande/MS, (2) Luan Roberto Batilani de Souza, 9 anos, São José dos Pinhais/PR, (3) Sofia Alves Maia, 3 anos, São Paulo/SP. (4) Sarah Jimena Moreno de Paula, 12 anos, Florianópolis/SC e (5) Rafaela Bigas Morello, 11 anos, Florianópolis/SC.

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Soldadinhos de Deus

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Jesus é o Sol dos Soldadinhos de Deus!

Salve 12 de OutubroDia da Criança!

Santo Anjo do Senhor,meu zeloso guardador,

já que a ti me confiou a piedade divina,sempre me rege, guarda, governa e

ilumina.Amém!

*Oração católica que dona Idalina Cecília de Paiva (1913-1994) ensinou a seus queridos filhos, Paiva Netto e Lícia Margarida, quando crianças, para entoarem antes de dormir.

Ao Anjo da Guarda*Vamos Orar

O Bolo com Pudim Editorial está preparando para todos os Soldadinhos de Deus a coleção Os milagres de Jesus, que são histórias inspiradas na pregação ecumênica do escritor Paiva Netto, que há décadas trata do Evangelho e do Apocalipse de Jesus, nos mais diversos meios

de comunicação. São textos direcionados para as crianças de todas as crenças e filosofias e têm por princípio levar de forma clara os ensinamentos do Cristo Ecumênico.

Ligue e reserve o seu exemplar pelo Clube Cultura de Paz (11) 3358-6840.

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Acontece no Brasil

Um largo sorriso revelou a fe-licidade da atriz Marisol Ribeiro ao ser recepcionada pelo canto do Coral Ecumênico Infantil LBV. Ela passou a manhã de 23 de outubro no Conjunto Educacional da Insti-tuição, localizado na região central de São Paulo/SP. Passeou, visitou e brincou com meninos e meninas atendidos em todos os ambientes por onde andava.

Surpresa com a recepção e o carinho da criançada, atribuiu esse saldo positivo à Pedagogia do Cidadão Ecumênico, preconizada

Atriz Marisol Ribeiro encanta-se com a LBV

por Paiva Netto e implantada com sucesso nas unidades educacionais da Obra. “Tudo isso é resultado do carinho que a LBV dá a elas, por-que são crianças extremamente es-pontâneas, felizes e poderiam estar em qualquer outro lugar sofrendo coisas que a gente vê por aí. Isso é importante, porque essas crianças, provavelmente, nem pensariam em ser alguma coisa e, a partir daqui, elas podem começar a desenvolver algum dom”, acredita.

Por falar em talento, a atriz não esconde a felicidade por atuar na

“É maravilhoso conhecer toda esta estrutura da LBV. É um carinho genuíno que essas crianças demonstram com naturalidade.”Marisol Ribeiro

profissão, já que, para ela, “o artista tem uma função especial em exercer a Caridade porque as pessoas se espelham nele”. Por isso mesmo, fez questão de abra-çar a causa da Campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!, na qual figura ao lado de dezenas de artistas e personalidades. Depois das gravações e fotos em estúdio, despediu-se: “Muito obrigada, de coração! Estou muito feliz e espero colaborar sempre. O que puder fazer pela LBV, quero estar à disposição”.Assim que chegou, a atriz foi homenageada pelo Coral Ecumênico Infantil LBV.

Oportunidades aos cidadãos mineirosInserir-se no mercado de trabalho e levantar recursos para

sustentar a própria família. Com esses objetivos, a LBV, em Montes Claros/MG, abriu vagas para o programa Geração de Emprego e Renda. São vários os cursos oferecidos às famílias em situação de carência, que estimulam a criatividade e o em-preendedorismo. Para saber mais sobre essas e outras ações da Instituição, ligue (38) 3221-0636.

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Radialistas que são destaque na área pelo belo trabalho desenvol-vido foram homenageados pela passagem do dia dedicado a eles, 21 de setembro. No Rio, o comunicador Pau-linho Altunian, da rádio O Dia (FM 100.5), recebeu a visita surpresa das crianças aten-didas pela LBV na zona norte da cidade.

Altunian, que já visi-tou a unidade de atendimento da LBV em Del Castilho e é colaborador da Instituição, re-cebeu lembrancinhas feitas pelos

Surpresa no estúdio da FM O Diapequeninos, conversou com eles, mostrou-lhes como é a produção de rádio e, ao término, disse estar feliz pelo fato de a Institui-

ção ter se lembrado dele no dia do radialista:

“Um abraço para todos da Legião da Boa Vontade por esse traba-lho magnífico que se faz para a

criançada, jovens e idosos. É maravi-

lhoso! Muito obrigado pela visita e pela surpresa.

Obrigado a vocês, a Paiva Netto e a todos que fazem parte desse grande projeto humanitário”.

A primeira etapa da reforma do Centro Comuni-tário e Educacional da LBV, em Juiz de Fora/MG, já foi concluída. Nesta fase, graças à colaboração do Povo, foram feitas adaptações modernas, neces-sárias aos usuários que buscam diariamente o apoio da Instituição. Agora será construída uma quadra poliesportiva com arquibancada e vestiário.

O novo espaço tem por finalidade democratizar o acesso ao Esporte como instrumento educacional, visando ao desenvolvimento integral de meninos e meninas em situação de carência. Colabore você também com as obras. A Legião da Boa Vontade está localizada na Rua Francisco Fontainha, 83, Santo Antonio. Mais informações pelo tel.: (32) 3235-1818 ou 3216-1406.

“O Povo ajuda. A LBV faz!”

Instalações modernas e ampliadasJ U i z D E f O r A / m g

r i O D E J A N E i r O / r J

Reciclagem em Recife/PEBelinha foi o nome dado à girafa confeccionada com caixas de papelão e materiais escolar e reciclável. A arte foi o resultado de um trabalho de conscientização ambiental feito com a garotada atendida pela LBV, na ca-pital do frevo, durante a Oficina dos Arteiros. Ao término da atividade, as crianças escreveram uma história para a nova mascote.

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Acontece no Brasil

Willian e Renan e o Coral Ecumênico Infantil LBV

O Coral Ecumênico Infantil LBV partici-pou da gravação do programa Willian & Re-nan — Paixão do Brasil. As crianças emocio-naram os telespectadores com músicas de seu repertório, entre elas Todos marchando com a Paz, e ainda cantaram com eles a composição Vou te amar. O programa é apresentado pela dupla sertaneja que é parceira da Legião da Boa Vontade em diversas campanhas sociais, e é transmitido para todo o Estado pela TV Paraná Educativa.

c U r i T i B A / p r

Inicia-se, em 2 de dezembro, no Lar e Parque Alziro Zarur, da LBV, o II Natal Luz, que este ano contará com uma pro-gramação repleta de atividades artísticas e culturais, entre elas a apresentação de músicas natali-nas do Coral Ecumênico LBV e composições de Paiva Netto, além do grupo de danças gaúchas Raízes do Rio Grande, da Legião da Boa Vontade. Nesta data, será inaugu-rada uma belíssima iluminação natalina para receber visitantes vindos de todo o País, com 57 mil lâmpadas, em homenagem

Natal de Luz

aos 57 anos da LBV, que serão completados em 1º de janeiro de 2007, Dia da Confraternização Universal. O encerramento dos festejos se dará no dia 15/12, com uma ceia de Natal especial para as crianças atendidas pela LBV,

g l O r i N H A / r S

colaboradores e simpatizantes da Instituição.

Reserve o seu convite e traga a família. O Lar e Parque Alziro Zarur, da LBV, em Glorinha/RS, está locali-zado na RS 030, km 19, Parada 119. Informações: (51) 3487-1033.

A criançada atendida pela LBV na capital goiana ga-nhará um belo presente: uma ampla e moderna quadra poliesportiva coberta, na qual poderão ser praticadas várias modalidades, entre elas handebol, futebol de salão, voleibol e basquete. No local, centenas de meninos e meninas de 12 a 16 anos serão beneficiados com atividades que contribuem também para a formação ética, moral, social e ecumênica destes cidadãos.

Conheça as instalações dessa nova área da Legião da Boa Vontade em Goiânia/GO, localizada na Rua Jamil Abraão, 645, Setor Rodoviário. Telefone: (62) 3531-5000.

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