pavilhão de barcelona - mies van der rohe

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Page 1: Pavilhão de Barcelona - Mies Van Der Rohe

“Menos é mais”. Mies Van Der Rohe

Page 2: Pavilhão de Barcelona - Mies Van Der Rohe

Pavilhão de Barcelona

Conteúdo

Introdução....................................................................................................................................3

Pavilhão de Barcelona – Barcelona..............................................................................................4

Objeto em si.................................................................................................................................4

O Edifício..................................................................................................................................4

Estrutura e Materiais................................................................................................................4

Medidas...................................................................................................................................5

Mobiliários...............................................................................................................................5

Planta, cortes, elevações e esquema geométrico....................................................................6

Objeto para si...............................................................................................................................8

Objeto em si e para si.................................................................................................................10

Imagens......................................................................................................................................11

Conclusão...................................................................................................................................12

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Pavilhão de Barcelona

Introdução

O presente estudo faz parte de uma serie de pesquisas, voltada para melhor compreensão do movimento modernista. O tema refere-se a uma das principais obras do arquiteto Luwing Mies Van der Rohe: O Pavilhão de Barcelona. Um dos principais ícones da arquitetura moderna.

Esse trabalho descreve todo o desenvolvimento da construção do pavilhão, cujo objetivo é a melhor compreensão de como fora projetado um dos principais monumentos modernos e de como influenciou na arquitetura.

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Pavilhão de Barcelona

Pavilhão de Barcelona – Barcelona

Projetado por Mies Van der Rohe, o pavilhão da Alemanha na exposição de Barcelona (ESP), foi inaugurado em 1929. Teve a finalidade de representar a republica de Weimar na feira internacional, e tinha uma única função: ser elegante e representativo. Foi considerada uma nova estética, um monumento ao pensamento racional e abstrato.

No pavilhão de Barcelona representava a expressão máxima do design “funcional”, modernista, da era das maquinas.

Objeto em si

O EdifícioO pavilhão de Barcelona é uma composição suprematista – elementista, a regularidade da estrutura e a solidez de sua base em travertino são reflexos da tradição de Schinkelschuler evocada por Mies, ele é estruturado simplesmente em oito colunas cruciformes que suportam sua cobertura.

No geral o edifício caracteriza-se pela presença de planos perpendiculares que constroem o espaço tridimensional, a partir de uma configuração volumétrica de formas planas, considerada simples e refinada. O pavilhão, desta forma, pode ser entendido como uma das mais perfeitas expressões do pensamento de Mies Van der Rossi, resumido em sua celebre frase “menos é mais”.

Estrutura e MateriaisNo terreno da Exposição Universal de Barcelona, estendia-se uma esplanada de 53x17 metros que os visitantes deveriam atravessar. O pavilhão é constituído por divisórias de materiais selecionados e sua única função é ser elegante e representativo.

Os espaços se abrem largamente para a esplanada. Dois espelhos d’água ornamentam o terraço do pavilhão, cuja laje, sustentada por oito pilares

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Pavilhão de Barcelona

cruciforme cromados, os cobre parcialmente. Os materiais empregados nas divisórias são o ônix dourado cor de mel e o mármore verde de Tinos, num conjunto completado por vidros foscos. As placas de ônix determinam o pé-direito de 3,10 metros do pavilhão.

O único painel externo envidraçado filtra a iluminação através do vidro fosco: essa luz difusa é a única fonte de iluminação no interior do pavilhão. Em um dos pátios ergue-se a estatua da dançarina, Georges Kolbe.A originalidade de Mies Van der Rohe no uso de materiais não radicaliza na novidade do mesmo destino em seu ideal de modernidade que expressava através do rigor em sua geometria, da precisão de sua parte e da claridade de sua montagem.

Medidas• Todas as paredes são 3,10 m de altura • A espessura do teto é 0,30 m • As piscinas reflexivas são 0,30 m de profundidade. • As escadas são 0,15 para o riser e 0,4 para o segmento. • A base é 1.05m de altura. • A moldura da janela (parte superior e inferior) são 0,1 m de espessura.

MobiliáriosO pavilhão apresentava uma característica peculiar, que o tornava diverso dos demais: o próprio pavilhão era a mostra. Elegante, espalhado, consistia de mármore italiano, vidro cinzento, colunas em mármore verde-escuro, cujo único produto era as “Cadeiras de Barcelona” e os “Sofás de Barcelona”, estofadas em couro branco, e as “Mesas de Barcelona”.

A cadeira Barcelona é considerada por muitos o melhor trabalho de Mies como mobiliário. O móvel é uma sinfonia de proporções meticulosas, baseadas na simples figura de um quadrado. Sua altura é igual ao seu comprimento, que por sua vez é igual à profundidade, cabendo perfeitamente em um cubo. Os assentos de couro e as almofadas são retângulos, fixados numa estrutura em aço. A construção em “X” das pernas forma uma moldura elegante e uma marca registrada duradoura até hoje.

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Pavilhão de Barcelona

Planta, cortes, elevações e esquema geométricoImplantação:

Planta Baixa:

Esquema Geométrico:

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Pavilhão de Barcelona

Cortes e Elevações:

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Pavilhão de Barcelona

Objeto para si

Mies tornou-se um ícone do movimento moderno, fazendo de sua arquitetura um objeto de estudo da forma. Sua obsessão era dar vida ao espaço, tornando cada vez mais intenso e puro seu objeto. Usando a superfície plana, integrava o espaço interior de forma contínua.

As fachadas de vidro e as estruturas de aço independentes das paredes davam leveza ao ambiente. Mies conseguiu aliar junto ao seu perfeccionismo e disciplina uma arquitetura que unia as formas mais simples da geometria e a transparência do vidro, onde interior e exterior se integravam. Suas divisórias e mobiliárias tem de fato seu pensamento, seu conceito, sua personalidade.

O cuidado com a proporção, a estrutura e o material estão ligados de maneira direta, porém com o passar do tempo os materiais diferenciam-se, mas ainda atendendo a princípios que ele nunca abandona, como por exemplo, a limpeza e clareza nos seus ambientes.

O edifício nos dá uma sensação de amplitude, de abstração espacial, que é livre de um contexto, essas percepções são possíveis por conta da fluidez do espaço. As fachadas limpas, a leveza, a simplicidade e a elegância da obra, sem dúvida é o que salta aos olhos, tanto para leigos como para críticos estudiosos.

A escolha dos materiais feita minuciosamente, aliando-se aos espelhos d'água nos proporciona um jogo de reflexos entre visitantes e o pavilhão, além dar um aspecto mais confortável ao ambiente.

É um edifício bem marcante, porém muito sutil, pelas suas formas e pela sua imponência, por está localizado em um plano elevado distante do solo em pendente onde se apóia, como um templo, já os pilares não parecem fazer força alguma para sustentar toda a estrutura. Todo esse conjunto que se encontra em perfeita harmonia.

O edifício deveria ser encarado como volume, contendo espaço em vez de massas; isto se tornara possível com o uso estrutural do aço, as paredes já não tinham que ser suportadas e os espaços internos podiam ser divididos de acordo com as necessidades e objetivos e não por razões estruturais.

A aparência do edifício pode derivar das formas dos seus elementos horizontais e verticais e da sua repetição. A perfeição técnica e a elegância de proporções seriam realçadas, para oferecer qualidade estética na ausência de qualquer decoração. O caráter heroico da obra se encontra em grande medida nestes criterios: a ousadia da suposta cobertura sem telhado, a genialidade da suposta

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Pavilhão de Barcelona

planta livre, a abstração espacial permitida pelos planos despreendidos de sua natureza tectônica de parede.

Assim como a arquitetura moderna, tão simples, mas tão complexa e o Pavilhão de Mies van der Rohe. Uma obra tão pequena, mas ao mesmo tempo tão grande, parece que ha pouco para escrever sobre ela, mas quando se começa parece impossível de parar, sempre vem um detalhe a mais na memória. Detalhes tão importantes que no fim das contas valem mais que qualquer elemento decorativo.

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Pavilhão de Barcelona

Objeto em si e para si

No pavilhão de Barcelona, a tarefa de Mies era difícil, mas aberta: fazer a propaganda, dez anos depois da Primeira Guerra Mundial, das qualidades da Alemanha democrática e culturalmente progressista. O pavilhão deveria dar “voz ao espírito de uma nova era”, o projeto devia conter ambientes adaptados às várias atividades sociais e diplomáticas inerentes a uma exposição internacional.

O Pavilhão de Barcelona assinalou efetivamente o rompimento de Mies com a ala funcionalista do modernismo alemão e suas preocupações sociais. Mies passaria a se preocupar, cada vez mais, com a busca de novos modelos espaciais e a expressão da construção.

Nessa época a Alemanha passava por um momento muito delicado, pois após ser derrotada na Primeira Guerra Mundial, e ter que pagar altas indenizações sua economia ficou totalmente desestabilizada, surgindo assim o desemprego e o aumento da inflação.

Algumas tentativas de revolução socialista não bem sucedidas ajudaram o fortalecimento do nazismo. E Hitler se torna presidente com poderes absolutos e toda a Alemanha. Mandando fechar sindicatos, jornais e inclusive a Bauhaus.

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Imagens

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Conclusão

Concluímos este trabalho, certos de que o titulo dedicado ao arquiteto Mies van Der Rohe, de “pai da arquitetura moderna”, não foi por acaso. Uma de suas principais obras, O Pavilhão de Barcelona, é formado por linhas puras e apresentado de forma clara tornando-se um ícone do modernismo.

Observamos todo o desenvolvimento dessa obra através de pesquisas em livros e sites, assimilando da melhor forma possível. Conteúdo esse, que sem duvida, vai acrescentar a experiência de cada um.

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