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Paulino Pereira Oliveira REGISTROS PALINOLÓGICOS EM SEDIMENTOS RECENTES DO ESTUÁRIO DO RIO CARAVELAS, BAHIA Feira de Santana - BA 2003

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Page 1: Paulino Pereira Oliveira - UEFS · Ao geógrafo Gildarte pela disponibilidade em sempre ajudar nas questões relacionadas a mapas e clima da região de estudos. Aos amigos do Laboratório

Paulino Pereira Oliveira

REGISTROS PALINOLÓGICOS EM SEDIMENTOS RECENTES

DO ESTUÁRIO DO RIO CARAVELAS, BAHIA

Feira de Santana - BA 2003

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA

REGISTROS PALINOLÓGICOS EM SEDIMENTOS RECENTES

DO ESTUÁRIO DO RIO CARAVELAS, BAHIA

PAULINO PEREIRA OLIVEIRA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Botânica da Universidade

Estadual de Feira de Santana, como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do título

de Mestre em Botânica.

Orientador

Prof. Dr. FRANCISCO DE ASSIS R. DOS SANTOS

Co-Orientador

Prof. Dr. RUY KENJI PAPA DE KIKUCHI (UFBA)

Feira de Santana - BA 2003

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BANCA EXAMINADORA

____________________________________________

Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira Universidade Guarulhos – UnG

____________________________________________

Profa. Dra. Lígia Silveira Funch Departamento de Ciências Biológicas – UEFS

____________________________________________

Prof. Dr. Francisco de Assis Ribeiro dos Santos Departamento de Ciências Biológicas – UEFS

Orientador e Presidente da Banca

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Aos meus pais, Paulo e Eulina, e ao meu

irmão, Geovane, com muito amor e

carinho - minha maravilhosa família.

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Agradecimentos

Ao Senhor Deus, pois foi a minha maravilhosa companhia durante todo

o desenvolvimento desta dissertação.

À CAPES e FAPESB pelo apoio financeiro ao Programa de Pós-

graduação em Botânica desta Universidade, que possibilitou muito esta pesquisa.

Ao Prof. Dr. Francisco de Assis Ribeiro dos Santos, pela orientação,

pelos ensinamentos em palinologia, apoio e estímulo dispensados.

Ao Prof. Dr. Ruy Kenji Papa de Kikuchi pela orientação e discussões na

área de geologia, possibilitando o conhecimento de uma nova área.

Ao Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira, pela amizade, confiança e

apoio prestados, principalmente durante a minha estada em Guarulhos/SP.

À coordenadora do LAMIV, Profa. Cláudia por colaborar e viabilizar o

desenvolvimento desta pesquisa.

Aos amigos do LAMIV pela paciência, compreensão, colaboração e

convívio alegre, especialmente a Danovan, Hilder, Marileide, Rita companheiros e

incentivadores em todos os momentos, e a todos os estagiários.

À Bióloga Kelly Leite, amiga de longa data, pelo alegre e carinhoso

convívio e que muito colaborou na finalização deste trabalho.

Aos amigos do Herbário HUEFS, Zezé, Téo, Elaine e Alexa, que nos

apoiam sempre que necessário.

A Degenaldo, funcionário do Laboratório de Química da UEFS, por

viabilizar a utilização do laboratório.

Ao geógrafo Gildarte pela disponibilidade em sempre ajudar nas

questões relacionadas a mapas e clima da região de estudos.

Aos amigos do Laboratório de Geociências da Universidade de

Guarulhos-SP e em especial à coordenadora Profa. Dra. Maria Judite Garcia pela

cordial recepção durante o meu estágio na UnG, e à bióloga Rosana pelo auxílio

no processamento das amostras de sedimento. Não posso esquecer da tia Cida,

com carinho, e todos os funcionários e estagiários.

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À equipe do Instituto de Geociências da UFBA, ao professor Argolo e

Helizângela, que nos acompanharam na abertura e subamostragens dos

sedimentos. E à equipe de coleta de campo em Abrolhos: Léo, Rafael e Soraia.

Às palinólogas Maria Amélia Cruz-Barros, Ângela Maria Correa, Vânia

Esteves e Cláudia Barbieri pela identificação de alguns tipos polínicos.

Aos amigos de longa data pelo constante incentivo e apoio Alessandro

e Cláudia, à figura do Peri e a Cláudio Ricardo.

Ao promissor botânico Jomar Jardim pelas discussões acerca da

vegetação da área de estudos.

Ao Ricardo VB pelos inúmeros auxílios em informática e ajuda na

formatação final das pranchas.

Ao professor Eduardo Gross pela revisão do abstract.

A Adriana Estrela e Dione, secretárias da Pós. Obrigado pela ajuda

sempre que solicitadas.

À Biblioteca desta Universidade pelas aquisições dos artigos científicos

solicitados.

Especial e carinhosamente à Gilma que esteve ao meu lado sempre

incentivando e confiando na minha capacidade.

Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a

conclusão deste trabalho, o meu muito obrigado.

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Sumário

Resumo

Abstract

1. Introdução .........................................................................................................1

2. Área de Estudo .................................................................................................4

3. Materiais e Métodos .........................................................................................5

3.1. Coleta de sedimentos .........................................................................5

3.1.1. Subamostragens ..............................................................................5

3.2. Tratamento químico das amostras .....................................................6

3.3. Análise palinológica ............................................................................6

4. Resultados e Discussão ..................................................................................8

4.1. Análise do sedimento do Parcel dos Abrolhos ....................................8

4.2. Análise do sedimento do estuário do rio Caravelas ............................9

4.2.1. Análise palinológica .................................................................10

4.2.2. Sinais polínicos do estuário do rio Caravelas ..........................11

4.2.3. Transporte e estado de conservação dos palinomorfos ..........13

5. Considerações Finais ....................................................................................18

6. Referências Bibliográficas ............................................................................20

Apêndice A - Descrição e ilustração de tipos polínicos

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Resumo

O manguezal é um ecossistema de grande biodiversidade, com processos

adaptativos peculiares que permitem o seu estabelecimento em zonas de

transição entre os ambientes terrestre e marinho. Palinologicamente pouco se

conhece sobre estes ecossistemas, especialmente de seus sedimentos. Dessa

forma, o levantamento de registros dos sinais polínicos dos sedimentos do

estuário do rio Caravelas e do recife de coral do Parcel dos Abrolhos foi o foco

desta pesquisa. As amostras de sedimentos foram obtidas através de um tubo de

pvc sendo subamostrado a cada 2cm. Os sedimentos tiveram seus constituintes

inorgânicos digeridos com ácido fluorídrico a 40%, sendo o conteúdo orgânico

acetolisado. As análises palinológicas foram feitas através da contagem de, no

mínimo cem grãos de pólen, usando esporos de Lycopodium clavatum L. como

marcador. Os tipos polínicos foram descritos e fotomicrografados. Um diagrama

polínico foi montado através dos programas TILIA & TILIA GRAPH. O sedimento

do recife de coral do Parcel dos Abrolhos não apresentou nenhum palinomorfo. A

ausência de palinomorfos nesse ambiente recifal provavelmente está relacionada

às características do ambiente deposicional como, a distância da costa de ca.

70km, e a turbulência da água, fatores que inviabilizam a chegada e deposição de

palinomorfos. Contudo, no testemunho do estuário do rio Caravelas, com ca.

40cm de profundidade, foram reconhecidos 140 tipos polínicos, desses, 103

identificados e 37 indeterminados. A taxa de sedimentação não foi estabelecida,

pois não foi possível detectar o decaimento do Pb210 na coluna sedimentar

analisada, sugerindo a remobilização do sedimento na amostra. Ainda assim três

zonas polínicas foram reconhecidas através da análise de similaridade. As

análises palinológicas indicaram que os sinais polínicos do estuário são

constituídos principalmente por espécies alóctones (regionais) devido à presença

de tipos polínicos de elementos de restinga e da floresta higrófila, sendo que os

táxons autóctones (locais) foram representados pelas famílias Rhizophoraceae

(Rhizophora) e Avicenniaceae (Avicennia). Rhizophora é o elemento autóctone

mais representativo pois, conforme literatura, é um grande produtor de pólen, o

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favorece a sua polinização através do vento. Avicennia é um táxon que possui

polinização entomófila e baixa produtividade de pólen, e por estas características

é muito pouco representado em amostras de sedimentos de manguezal. Por outro

lado, a assembléia palinológica contida no sedimento estuarino evidenciou a

presença de tipos polínicos de espécies associadas a áreas degradadas (p.e.

Cecropia, Alchornea e Didymopanax). Verificou-se que muitos palinomorfos

apresentaram-se com danos mecânicos - amassados e/ou quebrados - revelando

a distância percorrida pelos mesmos, e a sua forma de transporte através dos

rios, bem como os processos de ressuspensão e redistribuição dos sedimentos

no ambiente deposicional. Este é o primeiro estudo de grãos de pólen (e esporos)

presentes em sedimentos de manguezais da Bahia.

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Abstract

The mangrove is an ecosystem of great biodiversity, with especial

adaptive processes that allow its establishment in transition areas between the

terrestrial and marine environments. Palynology of this ecosystem is scarce,

especially of its sediments. The aim of this work was to investigate the

palynologycal signs in sediments from estuary of the Caravelas river and of the

from coral reef of Abrolhos Parcel. The samples of sediments were obtained with

pvc tube and they were subsampled every two centimeters. Each subsample was

treated with 40% fluoridric acid to remove inorganic material and the organic

content was acetolized. Palynological analyses were carried out counting at least

hundred pollen grains, using spores of Lycopodium clavatum L. as marker. All

palynomorphs were described and photographed in light microscope and a pollen

diagram was constructed using TILIA & TILIA GRAPH programs. The sediment

age was obtained by Pb210 concentration in the samples. The palynomorphs

absence in sediment from coral reef is probably related to depositional site

characteristics, like distance from coast (ca. 70km), and the water turbulence that

becomes difficult the deposition of palynomorphs. In the sediments from estuary

Caravelas river, there were found 140 pollen types (103 identified and 37

undetermined). The sedimentation ratio was not obtained, since it was not

possible to detect the decline of Pb210 in the sample, probably due to its sediment

remobilization. Even so, three pollen zones were identified by similarity analyses.

The palynological analyses indicated that pollen signs of the estuary are

constituted mainly by allochthonous palynomorphs due to the presence of pollen

types of “restinga” elements and of the rainforest. Autochthonous taxons were

represented by the families Rhizophoraceae (Rhizophora mangle) and

Avicenniaceae (Avicennia). Rhizophora mangle is more representative

autochthonous element because of large production of pollen, and its wind-

pollination. Avicennia presents low pollen productivity and enthomophyllous

pollination, so it is little represented in samples of mangrove sediments. On the

other hand, the pollen assemblage in the estuary sediment evidenced the

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presence of pollen types of associated species to degraded areas (e.g. Cecropia,

Alchornea and Didymopanax). It was observed many damaged palynomorphs -

folded and/or broken - revealing their distant origin, and their transport by river, as

well as the de novo suspension processes and redistribution of the sediments in

the depositional site. This is the first study of pollen grains (and spores) presents

in mangrove sediments of Bahia State.

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1. Introdução

A costa brasileira possui uma extensão de ca. 7.367 km, apresentando

um mosaico de ecossistemas de grande importância ambiental, como

manguezais, recifes de coral e remanescentes de Floresta Atlântica (Tomasi,

2000).

O processo de sedimentação dentro do ecossistema de manguezal

apresenta particularidades que devem ser levadas em consideração pois ele

ocupa uma zona de intermaré, e os movimentos da maré podem causar a

redistribuição dos sedimentos e a conseqüente mistura do registro estratigráfico,

especialmente o palinológico. Além disso, o sedimento pode ainda ser

remobilizado também por agentes bioturbadores (Amaral, 2003).

Apesar da reconhecida biodiversidade característica dos manguezais

(Tomlinson, 1986), bem como dos processos adaptativos que promoveram o

estabelecimento desses ecossistemas nessa zona de transição, pouco se

conhece sobre sua dinâmica deposicional, sobretudo, sob o ponto de vista

palinológico.

Senna & Absy (2003) ressaltaram a importância das análises

palinológicas em estudos em paleoecologia, em especial para a identificação de

mangues antigos.

No Brasil, os estudos palinológicos em ecossistemas de manguezais se

concentram principalmente nas regiões norte, sul e sudeste. As pesquisas nesses

ambientes foram iniciadas por Absy (1975) e Absy & Suguio (1975), que

descreveram e ilustraram os tipos polínicos mais comuns de manguezais em

depósitos do Quaternário da Baixada Santista em São Paulo.

Trabalhos mais recentes foram realizados no litoral Amazônico por

Behling & Costa (2001) no lago Crispim, Behling et al. (2001) na Península de

Bragança, e por Senna & Absy (2003) em manguezais da costa norte brasileira.

Para o sul do Brasil, Slompo (1997) realizou uma análise polínica dos

sedimentos do manguezal de Itacorumbi, em Santa Catarina, na qual os

resultados evidenciaram variações na vegetação do mangue, que ora recua, ora

se desenvolve em freqüente relação com a natureza do material em suspensão.

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Registros para o sudeste do Brasil são encontrados nos trabalhos de

Coelho et al. (2001) que investigaram as mudanças paleoambientais no

manguezal de Guaratiba (Rio de Janeiro) baseadas em análises palinológicas; e

Amaral (2003) que estudou, sob o ponto de vista palinológico, a evolução do

manguezal do rio Itanhaém, litoral sul de São Paulo.

Contudo, dados sobre os sinais palinológicos em sedimentos

superficiais de manguezais do Nordeste brasileiro são inexistentes, e, sobretudo,

a dinâmica deposicional dos grãos de pólen e esporos em ambiente de estuário é

totalmente desconhecida.

Para a região Nordeste, o único trabalho realizado sobre a palinologia

de manguezal é o de Silva (2002) no qual foi estudado a morfologia polínica das

espécies arbóreas e arbustivas dos manguezais nordestinos.

Por outro lado, uma investigação palinológica em sedimentos coralinos

é totalmente inédita e poderá revelar aspectos, como a distância percorrida pelo

palinomorfo no ambiente marinho e o seu estado de conservação, além de

possibilitar a avaliação da influência continental, principalmente a de origem

antrópica, no ambiente coralino ao longo do tempo. De acordo com Dino (1992) e

Clayton & Coxon (1999), a vantagem da utilização de grãos de pólen e esporos

como ferramenta bio e cronoestratigráfica está no fato desses elementos serem

de origem terrestre que podem ser transportados para sítios deposicionais

marinhos. Isto possibilita, o estabelecimento da correlação entre depósitos de

ambos os ambientes, marinhos e não-marinhos.

Contudo, análise palinológica em sedimentos de manguezais apresenta

algumas peculiaridades que estão relacionadas ao grau de abertura do sítio de

deposição, isto significa que os sedimentos depositados no interior de um

manguezal têm maior quantidade de pólen preservado em relação aos

sedimentos de estuários, que são considerados sítios de deposição abertos sob o

ponto de vista hidrológico (Hofmann, 2002).

Além disso, segundo Bush & Rivera (2001), o sinal polínico dos

sedimentos é influenciado pelas síndromes de polinização, por exemplo as

plantas dióicas e anemófilas são melhor representadas nos sedimentos

modernos, pois produzem grandes quantidades de grãos de pólen.

O presente trabalho teve como objetivos registrar o sinal polínico dos

sedimentos do estuário do rio Caravelas e dos recifes de corais do Parcel dos

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Abrolhos, verificar a ocorrência de pólen autóctone e pólen alóctone nos

sedimentos superficiais do estuário do rio Caravelas, discutir os processos que

influenciam no registro palinológico do estuário de Caravelas e dos recifes de

corais do Parcel dos Abrolhos a partir das análises.

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2. Área de estudo

A área de estudo está localizada na região extremo sul da Bahia, no

município de Caravelas, Bahia, 17°43’S e 39º16’W (Fig. 1). A bacia hidrográfica é

composta pelo rios Caravelas e Peixoto. O tipo climático predominante é o úmido

a subúmido (Af de acordo a tipologia climática de Köppen), apresentando

temperatura média anual 24,2°C, com o período chuvoso ocorrendo nos meses

de março a maio, sendo a pluviosidade média anual em torno de 1.400 a 1.500

mm (Nimer, 1989; SEI, 1998).

A vegetação da área é dominada pela Floresta Atlântica, composta

principalmente pela floresta higrófila (floresta de tabuleiro), restinga arbustiva e

arbórea, e manguezal. O relevo é caracterizado pelos tabuleiros costeiros,

planícies deltáicas, estuarinas e praias; várzeas, terraços aluviais e planícies

marinhas e flúvio-marinhas (CEI, 1992).

Figura 1: Localização da área de estudo e pontos de coleta: estuário do rio Caravelas e recife do Parcel dos Abrolhos.

Oceano Atlântico

(Retirado de Leão et al., 1988).

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3. Materiais e Métodos

3.1. Coleta de sedimentos

Os testemunhos foram coletados com um tubo de pvc (40cm de

comprimento e 6cm de diâmetro) preso em uma manopla, adaptado à coleta de

sedimentos inconsolidados. Esse amostrador foi enterrado manualmente em

mergulho autônomo, no sedimento depositado na base dos recifes de corais e na

região estuarina. Foram obtidos dois testemunhos, um no recife de coral do

Parcel dos Abrolhos, 17°57’31”S e 38°39’20”W, a uma profundidade de 21,5m, e

o outro no estuário do rio Caravelas, 8°03’39”S e 46°55’17”W, a uma

profundidade de 1,5m. Os códigos adotados para esses testemunhos foram TAB

e TCV, respectivamente.

3.1.1. Subamostragens

A abertura dos testemunhos foi realizada no Laboratório de Física Nuclear

do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia, utilizando-se uma

serra elétrica circular, portátil, que foi deslocada sobre uma plataforma adaptada à

bancada que acomoda o testemunho, realizando dois cortes diametralmente

opostos apenas na parede do tubo sem que houvesse contato com o sedimento

(adaptado de Bandeira Jr. & Roncarati, 1978).

Após a abertura dos testemunhos, o sedimento amostrado foi descrito

com relação à coloração e textura, sendo subamostrado a cada 2,0cm de

profundidade, tomando-se 1,0cm3 de sedimento. A descrição do testemunho com

relação à cor teve como base a carta de cores para rochas de Goddart et al.

(1963). Outra parte do material foi destinada à análise sedimentológica para a

obtenção da taxa de sedimentação, por meio da quantificação da concentração

do Pb210 (Salgado-Labouriau, 1994), que informa a idade do sedimento. Este

procedimento foi realizado no Instituto de Geociências da Universidade Federal da

Bahia.

3.2. Tratamento químico das amostras

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Para o tratamento químico das amostras, foi adotada a metodologia

utilizada por Faegri & Iversen (1975) e Ybert et al. (1992), descrita de forma

sinóptica a seguir.

Em cada subamostra, foi introduzidas duas pastilhas de esporos de

Lycopodium clavatum L., o marcador palinológico exótico utilizado para se obter a

freqüência de palinomorfos (Stockmarr, 1971).

Após a dissolução da pastilha de Lycopodium clavatum L. com ácido

clorídrico (HCl) a 10%, adicionou-se ao tubo de ensaio 1,0cm3 de sedimento, e

em seguida 8 ml de ácido fluorídrico (HF) a 40 %, por uma hora a 100°C, para

dissolução dos componentes inorgânicos, principalmente sílica e silicatos. O

testemunho Abrolhos foi tratado com HF 40 %, a frio, por 24 horas. Em seguida o

material foi acetolisado segundo o método de Erdtman (1960). Após o tratamento

químico das amostras, foram montadas no mínimo cinco lâminas, em glicerina

p.a., para posteriores análises palinológicas sob microscopia óptica.

3.3. Análise palinológica

A análise palinológica qualitativa foi realizada a partir da identificação dos

grãos de pólen encontrados nas lâminas, com base no trabalho de Cruz-Barros &

Granito (1997) para Anacardiaceae, e nos catálogos polínicos de Roubik &

Moreno (1991) e Colinvaux et al. (1999) para as identificações gerais, ou através

de comparações com as lâminas da Palinoteca do Laboratório de Micromorfologia

Vegetal (LAMIV) da UEFS e da Palinoteca do Laboratório de Palinologia da

Universidade Guarulhos (UnG). Todo palinomorfo encontrado foi fotomicrografado

e descrito conforme a nomenclatura palinológica de Punt et al. (1994).

As descrições palinológicas foram feitas a partir dos palinomorfos

encontrados, desta forma as medidas apresentadas representam valores únicos

ou médias de alguns poucos dados. Os dados qualitativos, em virtude do elevado

grau de impurezas das lâminas, são descritos de maneira pouco detalhada.

O hábito indicado para as espécies dos respectivos tipos polínicos foram

obtidos a partir das indicações de Marchant et al. (2002), que se basearam no

LAPD (Latin American Pollen Database), ou de observações de campo ou de

material de herbário (HUEFS - Herbário da Universidade Estadual de Feira de

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Santana).

A análise palinológica quantitativa foi realizada a partir da contagem de,

no mínimo, 100 grãos de pólen, em cinco lâminas, devido a baixa concentração

de grãos de pólen e a grande quantidade de matéria orgânica, como p. e.

estruturas vegetais amorfas. Esse tamanho amostral é usado em estudos de igual

natureza devido aos motivos anteriormente citados (Islebe & Sánchez, 2002).

Os dados originados das análises palinológicas quantitativas foram

armazenadas no banco de dados dos programas TILIA & TILIA GRAPH (Grimm,

1987). Esse diagrama fornece o percentual dos grãos de pólen das plantas

indicadoras associadas, como também as curvas individuais representando as

percentagens polínicas de cada táxon. Dessa forma, a mudança abrupta em uma

freqüência polínica de um determinado táxon pode ser interpretada como uma

mudança ambiental (Absy, 1985).

Os diagramas polínicos de porcentagem e de concentração (Fig. 2 e 3),

foram plotados com base nos táxons de maior representatividade e no significado

ecológico para os ecossistemas estudados, sendo excluídos os tipos polínicos

indeterminados e os de representantes aquáticos.

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4. Resultados e Discussão

4.1. Análise do sedimento do Parcel dos Abrolhos

A amostra do sedimento marinho proveniente do Parcel dos Abrolhos

foi analisada em três diferentes profundidades na coluna estratigráfica (topo, meio

e base) para se verificar a ocorrência e origem de palinomorfos na amostra.

O resultado dessa análise não indicou a ocorrência de nenhum

palinomorfo. As prováveis explicações para a ausência desses elementos podem

estar relacionadas às características ambientais daquele ecossistema recifal,

como a distância da costa que é de ca. 70km (Leão et al., 1988), além dos efeitos

das correntes marinhas e da turbulência da água no local que não favorecem a

deposição de partículas finas.

Esses aspectos estão de acordo com os fatores apresentados por

Groot & Groot (1966) que influenciam a ocorrência de grãos de pólen e esporos

em sedimentos marinhos, e são discutidos de forma sucinta a seguir. Segundo os

autores, a distância da costa interfere na quantidade de grãos de pólen e esporos

no sedimento, pois à medida que aumenta a distância da costa diminui a

quantidade de palinomorfos na amostra de sedimento. Além disso, as circulações

atmosféricas e oceânicas também podem atuar na distribuição de palinomorfos

nos depósitos marinhos. Contudo, os autores ressaltaram a importância do tipo de

sedimento, destacando que as partículas finas de origem terrígena são as mais

favoráveis para o transporte e deposição dos palinomorfos, além de melhor

preservá-los.

Ainda em relação à granulometria e à sua associação com o ambiente

deposicional, Traverse & Ginsburg (1966) registraram para os sedimentos

marinhos de superfície do banco das Bahamas grandes quantidades de grãos de

pólen nos locais onde a turbulência da água era mínima e predominavam

sedimentos de granulação mais fina. Isto pode ser explicado porque ao caírem na

água, os grãos de pólen estão sujeitos aos mesmos processos de sedimentação

das partículas minerais em suspensão, mantendo-se assim até que encontrem

um ambiente de baixa energia que favoreça a deposição.

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Dessa forma, através das características sedimentológicas observadas

para a amostra do recife de coral do Parcel dos Abrolhos (tabela 1), como a

presença de areia com granulação visível de média a grossa e ausência de

matéria orgânica, pode-se inferir que o ambiente deposicional não é favorável ao

acúmulo de partículas finas, especialmente as de origem continental incluindo os

palinomorfos, diferente do que foi observado para a amostra do estuário do rio

Caravelas.

Considerando a ausência de palinomorfos, a amostra do recife de coral

do Parcel dos Abrolhos não foi objeto de datação por radioisótopos.

4.2. Análise do sedimento do estuário do rio Caravelas

O resultado das análises da concentração do Pb210 indicou que não

houve decaimento deste isótopo na amostra analisada, sugerindo que o

sedimento estudado foi remobilizado no sítio de deposição, isto, inclusive, já foi

referido por Grindrod (1988). Este fato impediu a determinação da idade da

amostra.

Contudo, foi obtida, para um outro ponto no estuário do rio Caravelas,

uma taxa de sedimentação de 7,3±0,79mm/ano. Considerando-se que o estuário

está submetido às mesmas condições de sedimentação, a taxa de sedimentação

indica uma idade de 54±7 anos para os 40cm de sedimentos analisados, ou seja,

trata-se de sedimento recente.

As características sedimentológicas registradas para a amostra do

estuário do rio Caravelas (tabela 1) constituída essencialmente por material

argiloso, ou seja, partículas finas, e por apresentar coloração escura devido à

presença de matéria orgânica, revelam que o sítio de deposição possui baixa

energia favorecendo a deposição partículas finas na qual podem ser inseridas os

palinomorfos.

Corroborando esta informação, Behling & Costa (2000) registraram que

sedimentos com grãos minerais de tamanhos grosseiros estão relacionados a um

sistema fluvial ativo (turbulento), porém quando a constituição dos sedimentos é

argilosa, rico em matéria orgânica e com aspecto fino de detrito lodoso (como na

amostra analisada); tais sedimentos refletem uma condição de baixa energia do

sistema fluvial, que favorece a deposição de finas partículas como os

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palinomorfos, e similam condições encontradas em sistemas lacustres.

A quantidade de matéria orgânica encontrada na amostra dificultou as

análises microscópicas, devido à grande quantidade de sujeira encontrada nas

lâminas, verificado-se a presença de muitos palinodebris (pedaços de estruturas

vegetais, p.e. epidermes, fibras e outros não identificados).

Tabela 1: Características estratigráficas do sedimento do Parcel dos Abrolhos

(TAB) e do estuário do rio Caravelas (TCV).

Amostra Profundidade (cm) Cor* Observações

9-18 Amarelo-esverdeado médio

sedimento mais grosso, sedimento médio a grosso visíveis, presença de manchas acinzentado-oliváceo. TA

B

18-60 Cinza-esverdeado sem observações.

4-18 preto-oliváceo matéria orgânica abundante, consistência mais grumosa, granulosa.

18-26 preto-oliváceo maior quantidade de areia, aumento da

plasticidade, moldável.

26-32 Cinza-escuro médio maior quantidade de areia, aumento da

plasticidade, moldável.

32-38 Cinza-escuro médio consistência aumenta.

TCV

38-40 Cinza-azulado médioargila plástica, adere à parede do

amostrador.

* Segundo Goddart et al. (1963).

4.2.1. Análise palinológica

A análise palinológica foi realizada em uma coluna estratigráfica de ca.

40cm de profundidade, que foi analisada a cada 2cm, e apresentou um total de

103 tipos polínicos identificados. Os esporos encontrados não foram incluídos nas

análises numéricas. Esses palinomorfos (grãos de pólen e esporos) estão

ilustrados e descritos palinologicamente no Apêndice A (Fig. 1-117).

A identificação dos grãos de pólen em seus respectivos tipos polínicos

não foi tarefa fácil, devido, sobretudo, à inexistência de floras polínicas para a

área de estudo ou uma mais próxima. Esses tipos foram identificados a partir de

catálogos palinológicos de outras áreas e das poucas espécies cujos dados

estavam disponíveis na palinoteca do LAMIV. Assim, ainda que, 103 tipos

polínicos tenham sido identificados, 37 não lograram identificação - perfazendo

um total de 26% dos tipos encontrados.

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11

Além desses fatores, outro que contribui para a dificuldade na

identificação dos tipos polínicos é o alto índice de diversidade de espécies (muitas

endêmicas) na região sul-baiana (Mori et al., 1983).

A análise de agrupamento dos dados palinológicos que verifica a

similaridade entre as amostras, CONISS (Grimm, 1987), representada no

diagrama polínico (Fig. 2) identificou a presença de três zonas polínicas principais

(I, II e III), sendo que a alta representatividade de Rhizopohora mangle na zona I e

no final da zona II, e de Avicennia na zona III, podem estar relacionados a

eventos fenológicos. Dessa forma, as zonas polínicas identificadas não possuem

um significado ambiental relevante, pois considerando-se o estuário como um

sitío de deposição aberto está sujeito aos processos de ressuspensão e

remobilização dos sedimentos. Além disso, conforme discutido anteriormente, a

impossibilidade de obtenção da idade da amostra pela quantificação do Pb210,

também sugere uma mistura dos sedimentos.

4.2.2. Sinais polínicos do estuário do rio Caravelas

O registro polínico do estuário do rio Caravelas é constituído em sua

maioria por tipos polínicos alóctones oriundos principalmente da floresta higrófila e

alguns elementos de restinga. Considerando Mori et al. (1983), é possível citar

como exemplo os seguintes elementos relacionados a floresta higrófila: Alchornea

(<6%), Cecropia (1-14%), Copaifera (1-6,5%), Didymopanax (1,5-3,0%), Euterpe

(1-11,5%), Moraceae (1-11,5%), e Syagrus (1-10%).

O tipo Zanthoxylum (Rutaceae), que foi observado em alguns níveis da

amostra analisada, por exemplo, tem seus representantes encontrados

principalmente na floresta atlântica de encosta; o que é corroborado pelos dados

encontrados por De Oliveira et al. (1999).

Os táxons relacionados à restinga foram as Myrtaceae spp. (<6,5%) e

Eugenia spp. (<4%). Porém, muitos desses elementos citados possuem

representantes em ambos ecossistemas, floresta higrófila e restinga, sendo,

portanto, necessário uma ampla análise da flora polínica atual da região para

melhor definir quais táxons são melhor indicadores de cada tipo vegetacional.

Os tipos polínicos dos táxons autóctones estão representados em sua

maioria pelos grãos de pólen de Rhizophora mangle (30-62%) e Avicennia sp. (1-

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14%), como as espécies de manguezal propriamente ditas, e por Dalbergia

ecastophyllum (<3,0%), uma espécie que ocupa os limites externos do manguezal

(Silva, 2002). Os valores encontrados para estes táxons refletiram aspectos de

sua ecologia; pois Rhizophora é um grande produtor de pólen e com polinização

anemófila, ao passo que, Avicennia produz pouco pólen e sua polinização é

entomófila. A grande produção de pólen permite uma maior eficiência no

transporte pelo vento, entretanto, a baixa produção polínica estará restrita ao

baixo transporte pelo vento (Tomlinson, 1986; Behling et al., 2001).

Em termos de concentração, que fornece dados independentes de

cada táxon analisado, foi verificado que não existem grandes discrepâncias entre

os diagramas polínicos de porcentagem e concentração (Fig. 2 e 3), ou seja, eles

são estáveis e, mais uma vez, reforça a idéia da baixa resolução das zonas

polínicas. Rhizophora mangle é instável em ambos diagramas.

O estudo da razão entre pólen autóctone e pólen alóctone em

sedimentos de manguezais é complexo devido à interação de fatores hidrológicos

e vegetacionais. Isto é corroborado por vários estudos. No delta do rio Orinoco

(Venezuela), os sedimentos fluviais mostraram 26% de tipos polínicos de

elementos autóctones. Contudo os resultados da soma polínica, indicaram que

61% dos palinomorfos contados foram de táxons autóctones, especialmente

Rhizophora mangle (Hofmann, 2002). Amaral (2003) registrou menos de 20% de

elementos de mangue nas amostras superficiais de sedimentos do manguezal do

rio Itanhaém no litoral paulista, enquanto que Behling et al. (2001) encontraram o

predomínio de táxons autóctones (80-90%).

Outro aspecto observado na amostra estudada foi a presença de

grande quantidade de tipos polínicos de espécies relacionadas à restauração de

ecossistemas degradados entre os elementos alóctones. Almeida (2000) cita

exemplos de algumas espécies pioneiras típicas para a Mata Atlântica, como

Cecropia spp., Trema micrantha L. Blume, Schinus terebinthifolius Raddi, que se

desenvolvem áreas de grandes clareiras, bordas de fragmentos florestais, locais

abertos e áreas degradadas; secundárias iniciais típicas como Zanthoxylum

rhoifolium Lam., Cupania spp., Alchornea iricurana Casar. que se desenvolvem

em locais totalmente abertos, semi-abertos e em clareiras na floresta; e as

secundárias tardias, como p.e. Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth. e

Dalbergia nigra Allem. ex Benth. que se desenvolvem exclusivamente em sub-

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bosque, em áreas permanentemente sombreadas.

Estes dados são corroborados pelos apresentados por Martini et al.

(2002) que registraram Psycotria purpurascens Mull. Arg. (Rubiaceae), Euterpe

edulis Mart. (Arecaceae) e Becquerelia cymosa Brongn. (Cyperaceae) como as

espécies mais abundantes nas clareiras, no sub-bosque e na área perturbada por

fogo da Reserva Biológica de Una, no sul da Bahia, e que conseguem ter grande

sucesso ecológico, colonizando ambientes de clareira ou áreas queimadas. De

acordo com Behling & Costa (2000), a presença de Didymopanax em vegetação

aberta pode estar associada a impactos causados por ações antrópicas na

vegetação.

Todas as espécies citadas pelos autores acima foram representadas

por tipos polínicos nos sedimentos do estuário do rio Caravelas indicando que a

área, na qual estes táxons estão inseridos, e consequentemente atuando como os

produtores de grãos de pólen alóctones, foi submetida a algum tipo de

degradação (natural ou antrópica).

4.2.3. Transporte e estado de conservação dos palinomorfos

Os estudos sobre a palinologia de sedimentos, geralmente, enfatizam o

produto final, ou seja, a presença de palinomorfos nos sedimentos. Todavia,

pouco se conhece sobre a forma de transporte dos palinomorfos nos corpos de

água (Traverse, 1990). Nesta pesquisa, verificou-se a importância de uma melhor

compreensão dos processos de transporte em corpos de água, sobretudo nos

rios, pois os sinais polínicos em ambiente estuarino podem revelar a história

recente da vegetação por onde percorrem os rios que compõem a bacia. O

entendimento desses processos associados às análises do estado de

conservação dos palinomorfos podem fornecer evidências do seu percurso, da

fonte produtora até o sítio de deposição.

O estado de conservação dos grãos de pólen e esporos permite inferir

sobre sua forma de transporte e deposição (Traverse, 1990; Barros et al., 2001;

Bartolomeu et al., 2001), como também a distância percorrida, pelos

palinomorfos, entre a fonte produtora e o sítio de deposição.

As análises palinológicas da amostra de sedimento do estuário do rio

Caravelas revelaram que muitos grãos de pólen e esporos, em sua maioria,

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apresentaram-se com danos mecânicos, principalmente amassados (Apêndice A,

Fig. 24, 31, 49, 86, 91, 100-101, 104). Verificou-se também que muitos deles

estavam quebrados impedindo a sua identificação.

Danos mecânicos foram também diagnosticados por Barros et al.

(2001) nos sedimentos fluviais quaternários do médio vale do rio Paraíba do Sul.

O mesmo foi encontrado por Bartolomeu et al. (2001), analisando sedimentos

quaternários turfosos da praia Vermelha no Rio de Janeiro.

Contudo, Barreto et al. (2001) encontraram palinomorfos bem

preservados em sedimentos do fundo da baía de Guanabara, indicando que não

sofreram danos mecânicos durante o transporte até o sítio de deposição,

sugerindo que eles foram transportados diretamente até o local de sedimentação.

Portanto, os danos mecânicos diagnosticados nos palinomorfos podem

ser atribuídos à sua forma de transporte pelas águas dos rios, o que ocasiona o

atrito com outras partículas em suspensão, ou até mesmo através de processos

de ressuspensão e redistribuição de partículas depositadas.

Por outro lado, o transporte dos grãos de pólen e esporos realizado

pelo sistema fluvial, faz um retrato da vegetação por onde os rios percorrem e

atuam como um dispersor de palinomorfos, sendo registrada no estuário através

dos tipos polínicos dos táxons alóctones. Isto foi observado por Coelho et al.

(2001), que analisaram os sedimentos do manguezal de Guaratiba, sob o ponto

de vista palinológico, e verificaram uma grande influência da floresta chuvosa

densa e da restinga, apesar do domínio local do manguezal. Os autores

explicaram o fato devido à proximidade da Serra do Mar ao sítio de deposição, e

atribuíram, ao sistema fluvial, o transporte dos grãos de pólen e esporos.

Os táxons alóctones que estão presentes nos sedimentos do estuário

do rio Caravelas apresentaram-se sempre na mesma frequência, o que revela

uma dinâmica deposicional regular sem distúrbios locais.

Além da interação dos fatores ambientais que atuam na dispersão e

deposição dos palinomorfos discutidos anteriormente, a morfologia destes

elementos também interagem com as condições ambientais durante a dispersão.

Segundo Hofmann (2002), os grãos de pólen das famílias

Malpighiaceae e Sapindaceae, mesmo apresentando polinização zoófila,

especialmente as lianas que ocupam a mata ciliar, local ideal para a deposição

polínica e incorporação no sedimento, ocorrem com relativa freqüência em

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amostras de sedimentos. Tais famílias são caracterizadas, respectivamente, por

grãos de pólen com tamanhos 13-81x12-81μm (pequenos a grandes), psilados,

escabrados, verrucados, reticulados a foveolados, e 12-43x23-66μm (pequenos a

grandes), psilados, escabrados foveolados e reticulados (Roubik & Moreno,

1991).

Considerando o que foi discutido acima por Hofmann (2002) é possível

fazer um paralelo para as espécies que não apresentam polinização pelo vento e

com baixa produção polínica, mas aparecem no registro palinológico de

sedimentos. A explicação para este fato, aqui, pode ser constatada pela

importância da água no transporte e conservação dos grãos de pólen e esporos.

O transporte de palinomorfos é fortemente influenciado tanto pelas águas pluviais

como fluviais, pois como é retratado nos sinais polínicos do estuário do rio

Caravelas, os elementos que compõem aquela assembléia palinológica revelaram

as características ambientais da região, em especial, da vegetação por onde os

rios que compõem a bacia do rio Caravelas percorrem.

Outro aspecto observado na análise palinológica dos sedimentos foi a

grande quantidade de grãos de pólen com tamanho pequeno e parede pouco

espessa, características que favorecem a dispersão dos palinomorfos pelo vento,

a exemplo de Cecropia. Hofmann (2002) exemplifica esta característica dos grãos

de pólen através dos táxons de Cecropia e Rhizophora.

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Fig. 2. Diagrama de percentagem de tipos polínicos mais frequentes e análise de agrupamento CONISS do sedimento do estuário do rio

Caravelas, Caravelas (sul da Bahia).

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Fig. 3. Diagrama de concentração de tipos polínicos mais frequentes no sedimento do estuário do rio Caravelas, Caravelas (sul da Bahia).

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5. Considerações finais

Este é o primeiro trabalho em manguezais da região Nordeste do

Brasil, especialmente no estado da Bahia, que trata do registro palinológico em

sedimentos (recentes) desses ecossistemas, apresentando a descrição de todos

os tipos polínicos identificados (e alguns não) com ilustrações. Ainda que muitos

tipos polínicos não tenham sido identificados (37), isto não diminui a importância

desta pesquisa no pioneirismo do estudo palinológico de sedimentos para o

estado da Bahia, não só por ser o primeiro, como mencionado, mas pela riqueza

de dados palinológicos trazidos agora ao conhecimento da comunidade científica.

Certamente, este trabalho não estará encerrado com esta dissertação, ele é

apenas o início da implantação de mais uma linha de estudo palinológico na

Bahia.

O testemunho sedimentar coletado no estuário do rio Caravelas

mostrou-se ser de tempo recente e com zonas polínicas pouco definidas, isto

talvez pela instabilidade deposicional nesse ecossistema dinâmico. Outros

fatores, como a bioturbação, devem ser levados em consideração durante a

análise dos sedimentos, pois os palinomorfos podem estar sendo remobilizados,

também, pela fauna local.

A ausência de grãos de pólen e/ou esporos na amostra do sedimento

dos recifes de corais do Parcel dos Abrolhos está relacionada às condições

ambientais desfavoráveis à deposição de partículas finas, como por exemplo, a

turbulência da água, e à sua distância da costa, cerca de 70km.

A assembléia palinológica encontrada no sedimento do estuário do rio

Caravelas está representada não apenas por tipos polínicos da flora local

(Avicennia, Rhizophora e Dalbergia ecastophyllum, p.e.), como também por

elementos da vegetação regional (Alchornea, Jacaranda, e Zanthoxylum, p.e.).

Os grãos de pólen de espécies pioneiras foram bem representados no

sedimento do estuário do rio Caravelas, indicando que a região próxima passou

por algum processo de degradação da sua cobertura vegetal.

As interpretações do registro palinológico em ambientes estuarinos

requerem uma melhor compreensão da dinâmica deposicional devido à grande

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quantidade de fatores ambientais que estão atuando nestes ambientes. No que se

refere a estuários da costa baiana, outro fator a ser considerado é o

desconhecimento palinológico da flora regional, o que dificulta a identificação dos

tipos polínicos encontrados; aliás essa foi a maior dificuldade na condução desta

pesquisa.

Apesar de não ter sido encontrado nenhum palinomorfo nas amostras

de sedimentos marinho, vale ressaltar a importância dessa investigação

palinológica, nos sedimentos dos recifes de corais do Parcel dos Abrolhos, pois

até então nada se sabia sobre aquele ecossistema nesta área do conhecimento

palinológico.

Assim, ressalta-se aqui a necessidade urgente de estudos

palinológicos da flora local para melhor embasar pesquisas de igual natureza.

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Apêndice A - Descrição e ilustração de tipos polínicos

ANGIOSPERMAE - DICOTYLEDONEAE

Amaranthaceae Espécie 1 Fig. 1

Mônade, pequeno (12μm), esférico; porado, ca. 30 poros, ca. 1,5μm diâm., distando entre si ca. 2,0μm; exina ca. 1,5μm de espessura, columelada, columelas às vezes fundidas. Sexina > nexina. Erva. Espécie 2

Mônade, médio (27μm), esférico; exina reticulada, heterobrocada. Erva. Espécie 3 Fig. 2-3

Mônade, pequeno (20μm), esférico; porado; exina ca. 1,0μm de espessura, reticulada, homobrocada, muro ca. 1,0μm de espessura, lúmen do retículo, ca. 4,0μm, báculo ca. 3,0μm de altura. Sexina > nexina. Erva. Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Fig. 4

Mônade, pequeno (25x24,0x22μm), prolato esferoidal (P/E=1,04), amb subcircular; 3-colporado, colpo longo, estreito, endoabertura costada, lalongada retangular; exina ca. 2,5μm de espessura, reticulada-estriada, homobrocada. Sexina < nexina. Árvore. Espécie 1 Fig. 5-6

Mônade, pequeno, (21x16x17μm), subprolato (P/E=1,31), amb subtriangular; 3-colporado, Colpo longo, estreito, endoabertura lalongada quase formando o endocíngulo; exina ca. 2,0μm, estriada-reticulada. Aquifoliaceae Ilex sp1 Fig. 7-8

Mônade, médio (24x16x25μm), prolato (P/E=1,5), amb subcircular; 3-colporado; exina pilada, padrão-Croton irregular. Árvore. Ilex sp2 Fig. 9

Mônade, médio (27x24x23μm), prolato esferoidal (P/E=1,13), amb subcircular; 3-colporado; exina ca. 1,0μm densamente pilada; Pilo ca. 2,5μm alt., cabeça do pilo ca. 2,5μm diâm., a distribuição dos pilos forma um padrão-Croton irregular. Sexina > nexina. Árvore.

Araliaceae Didymopanax Fig. 11

Mônade, pequeno (28x25x20μm), prolato esferoidal (P/E=1,12), amb subtriangular, 3-colporado; exina ca. 2,5μm de espessura, reticulada, heterobrocada. Sexina=nexina. Árvore.

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ii

Asteraceae Eupatorium Fig. 12

Mônade, pequeno (15x15x14μm), esférico (P/E=1,0), amb subtriangular, 3-colporado, Colpo longo, endoabertura lalongada, elíptica com extremidade aguda; exina ca. 2,0μm de espessura, espinhosa, espinho ca. 2,0μm comp., cônico, ápice levemente arredondado e lados planos; distância interespinal ca. 4,5μm. Erva.

Mikania Fig. 13

Mônade, pequeno (18x19x18μm), oblato esferoidal (P/E=0,95), amb subtriangular; 3-colporado, colpo longo, estreito, com extremidades afiladas, endoabaertura lalongada, elíptica. Exina ca. 1,5μm de espessura, espinhosa, microrreticulada homobrocada. Espinho ca. 2,0μm comp., cônico, ápice agudo e lados planos; distância interespinal ca. 4,0μm. Erva. Vernonia Fig. 14

Mônade, médio (DEp=25,0μm), amb subcircular, 3-colporado; exina espinhosa, espinho ca. 3,5μm, distam entre si ca. 4,0μm; estratificação da exina de difícil visualização. Erva. Espécie 1

Mônade, pequeno (DEp=18μm); 3-colporado; exina espinhosa. Espécie 2

Mônade, pequeno (18x17μm), prolato esferoidal (P/E=1,06); 3-colporado, colpo longo estreito, endoabertura lalongada estreita; exina espinhosa, espinho ca. 3,0μm. Espécie 3

Mônade, pequeno (20x14μm) prolato (P/E=1,43); 3-colporado, Colpo longo elíptico, endoabertura lalongada; exina ca. 1,5μm, espiculada, espículo ca. 1,0μm, em forma de mamilo com ápice agudo e base larga. Espécie 4

Mônade, médio (DEp=30μm), amb subcircular; 3-colporado; exina equinolofada, espinhos cônicos ca. 2,5μm, muro ca. 3,0μm, densamente columelada. Avicenniaceae Avicennia Fig. 15

Mônade, médio (DEp=30μm), amb subcircular, 3-colporado; exina ca. 2,0μm de espessura, reticulada, heterobrocada, com muros interrompidos. Sexina<nexina. Árvore. Bignoniaceae Jacaranda

Mônade, pequeno (DEp=20μm), amb subtriangular, 3-colporado; exina ca. 2,0μm de espessura, microrreticulada. Sexina=nexina. Árvore. Espécie 1

Mônade, pequeno (20x17x16μm), subprolato (P/E=1,18), amb subtriangular; 3-colpado, colpo longo, estreito; exina ca. 2,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada, na região polar a exina é mais estreita que a equatorial, exina ca. 2,0μm. Sexina=nexina.

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iii

Cactaceae Fig. 16-17 Mônade, médio (25x28x28μm), oblata esferoidal (P/E=0,89), amb circular; 3-colpado,

colpo longo estreito; exina ca. 2,0μm de espessura, espiculada, reticulada, heterebrocada com muros interrompidos. Sexina=nexina. Erva. Caryophyllaceae Sargina Fig. 18

Mônade, médio (D=26μm), esférico, pantoporado ca. 40 poros, ca. 3,0μm diâm., distribuídos espiraladamente sobre a superfície do grão de pólen; exina ca. 1,5μm espessura, microrreticulada, homobrocada. Erva.

Chrysobalanaceae Licania Fig. 19

Mônade, médio (11x14x14μm), suboblata (P/E=0,79), amb subtriangular, 3-colporado; exina ca. 1,5μm, psilada. Sexina>Nexina. Árvore Convolvulaceae Merremia sp1 Fig. 20

Mônade, médio (DEp=25μm), amb circular, 6-colpado; exina ca. 2,5μm de espessura, reticulada, heterobrocada, com muros interrompidos. Sexina> nexina. Erva. Merremia sp2 Fig. 21

Mônade, médio, (20x36x36μm), oblata (P/E=0,55), amb subcircular, 3-colpado; exina ca. 2,0μm, perfurada. Sexina>nexina. Erva. Cunnoniaceae Fig. 22

Mônade, pequeno (12x12x12μm), esférico (P/E=1,0), amb subtriangular, 3-colporado, colpo longo, estreito, endoabertura incospícua; exina reticulada, homobrocada. Árvore Cecropiaceae Cecropia Fig. 23

Mônade, pequeno (12x7μm), prolato (P/E=1,7), 2-porado; exina ca. 0,5μm, psilada. Árvore.

Ericaceae Fig. 24

Tétrade, multiplanar, médio (27x24μm); grão individual, pequeno (DEp=16μm), amb subcircular, 3-aperturado (colporado); exina ca. 1,5μm, reticulada, heterobrocada. Sexina=nexina. Erva.

Euphorbiaceae Alchornea sp1 Fig. 25

Mônade, pequeno (DEp=16μm), amb subcircular, 3-colporado colpo curto operculado, apocolpo ca. 7,0μm; exina ca. 1,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina=Nexina. Árvore.

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iv

Alchornea sp2 Fig. 26

Mônade, pequeno (DEp=19μm), amb subtriangular, 3-colpado, colpo operculado; exina ca. 1,0μm, psilada. Árvore.

Amanoa Fig. 27-28

Mônade, médio (35x36x35μm), oblato esferoidal (P/E=0,97), amb subcircular, 3-colporado, colpo ca. 2/3 do tamanho do grão de pólen, endoabertura com contorno irregular, semicircular; exina ca. 5,0μm de espessura, per-reticulada, heterobrocada, lúmen do reticulo ca. 3,0-6,0μm, muro ondulado, simplibaculado, báculo ca. 1,0μm larg. x 3,0μm altura. Sexina>nexina. Árvore. Chaetocarpus Fig. 29-30

Mônade, médio (DEp=28μm), amb subcircular, 3-colporado, pticoaperturado; exina ca. 3,0μm de espessura, reticulada, heterobrocada, com muros interropidos. Sexina>nexina. Arbusto. Dalechampia/Sapium Fig. 31

Mônade, grande (46x57μm), suboblato (P/E=0,81), 3-colporado; colpo estreito longo, endoabertura lalongada longa; exina ca. 3,5μm de espessura, microrreticulada, heterobrocada. Sexina<nexina. Arbusto. Phyllanthus sp1 Fig. 32-33

Mônade, pequeno (21x15x14,0μm), prolato (P/E=1,4), amb subtriangular, 3-colporado, colpo longo com extremidades afiladas, ca. 2,5μm de largura, endoabertura levemente elíptica ca. 3,0μm de diâmetro; exina ca. 2,0μm de espessura, reticulada, heterobrocada, lúmens do retículo ca. 1,0μm. Sexina>nexina. Erva. Phyllanthus sp2 Fig. 34-35

Mônade, pequeno (24x15x15μm), prolato (P/E=1,6), amb subcircular, 3-colporado, pitcoaperturado; exina ca. 1,5μm, microrreticulado, homobrocado. Colpo longo estreito, endoabertura lalongada 5,0x2,0μm. Sexina=nexina. Erva. Espécie 1

Mônade, pequeno (DEp=15μm), amb subcircular, 3-colporado; exina reticulada, homobrocada.

Espécie 2

Mônade, pequeno (24x22μm), prolato esferoidal (P/E=1,09), 3-colporado; exina ca. 2μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina=nexina. Haloragidaceae Myriophyllum Fig. 36

Mônade, médio (DEp=26μm), amb circular, 6-colporado, endoabertura anulada, exina psilada. Erva aquática. Humiriaceae

Mônade, pequeno (18x20x18μm), oblato esferoidal (P/E=0,9), amb subtriangular, 3-colporado; exina ca. 2,0μm, reticulada, heterobrocada. Árvore.

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v

Leguminosae - Caesalpinioideae Copaifera Fig. 37-38

Mônade, pequeno (16x15x16μm), prolato esferoidal (P/E=1,06), amb subtriangular, 3-colporado, colpo longo, estreito, constricto no centro, endoabertura lalongada; exina ca. 2,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina=nexina. Árvore. Leguminosae - Mimosoideae Mimosa scabrela Fig. 39

Tétrade, pequena (8,5x8,0μm), circular; grão individual muito pequeno, (4x7μm) peroblato (P/E=0,57); exina ca. 0,5μm de espessura, psilada. Arbusto. Mimosa sp1 Fig. 40

Tétrade, pequena (D=15μm), acalimada, uniplanar; grão individual muito pequeno, (DEp=7μm), amb triangular, 3-porado; exina ca. 1,0μm de espessura, psilada. Arbusto. Mimosa sp2 Fig. 41

Tétrade, média (21x16μm); grão individual pequeno, (DEp=12μm), amb subtriangular, 3-porado, exina ca. 1,0μm de espessura, microrreticulada, heterobrocada com muros interrompidos. Arbusto. Leguminosae - Papilionoideae Centrolobium/Dalbergia Fig. 42

Mônade, pequeno (22x18x18μm), subprolato (P/E=1,22), amb subcircular, 3-colporado, anguloaperturado, endoabertura lalongada; exina ca. 1,5μm de espessura, ornamentação?. Sexina<nexina. Árvore. Centrolobium Fig. 43

Mônade, pequeno (22x18x18μm), subprolato (P/E=1,22), amb subcircular, 3-colporado, colpo longo estreito, endoabertura ca. 4,0μm de diâmetro; exina ca.2,0μm de espessura, reticulada, heterobrocada com muros interrompidos. Sexina=nexina. Árvore. Dalbergia ecastophyllum Fig. 44-45

Mônade, pequeno (22x20x20μm), prolato esferoidal (P/E=1,1), amb subtriangular, 3-colporado, colpo longo estreito, endoabertura lalongada, em forma de ∞; exina ca. 2,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina=nexina. Árvore. Dalbergia sp1 Fig. 46-47

Mônade, pequeno (22x16x15μm), prolato (P/E=1,38), amb subcircular, 3-colporado, colpo longo, estreito, endoabertura lalongada; exina ca. 1,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina=Nexina. Árvore. Dalbergia sp2 Fig. 48

Mônade, pequeno (20x20x20μm), esférico (P/E=1,0), amb subtriangular, 3-colporado, colpo longo, endoabertura circular ca. 5,0μm diâmetro; exina ca. 1,5μm de espessura, microrreticulada. Árvore. Leguminosae - Indeterminados

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vi

Espécie 1 Mônade, pequeno (21x20μm), prolato esferoidal (P/E=1,05), 3-colporado, colpo longo;

exina ca. 2,5μm de espessura, reticulada, heterobrocada, Sexina=nexina. Espécie 2

Mônade, pequeno (24x17μm), subprolata (P/E=1,4), 3-colporado, colpo longo, endoabertura lalongada; exina ca. 1,5μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Espécie 3 Fig. 49

Mônade, pequeno (19x18x17μm), prolato esferoidal (P/E=1,05), amb triangular a subtriangular, 3-colporado, colpo longo, endoabertura circular, proeminente ca. 5,0μm diâm., levemente costada; exina ca. 1,5μm de espessura, microrreticulada. Sexina>nexina. Espécie 4 Fig. 50-51

Mônade, pequeno (18x17x17μm), prolato esferoidal (P/E=1,06), amb subcircular, 3-colporado, colpo longo, endoabertura circular inconspícua ca. 5,0μm; exina microrreticulada. Espécie 5

Políade, médio, eixo maior ca. 30μm comp., eixo menor ca. 22μm comp., ca. 15 grãos de pólen; grão individual pequeno (10,0μm) circular; exina ca. 1,0μm de espessura, psilada.

Malpighiaceae Heteropterys Fig. 52

Mônade, médio (DEp=31μm), 3-porado, poro circular ca. 3,0μm; exina ca. 2,0μm de espessura, escabrada. Sexina=Nexina. Arbusto. Espécie 1 Fig. 53-54

Mônade, pequeno (20μm), pantoaperturado, 6-colporoidado, poro circular; exina ca. 3,0μm escabrada. Sexina<nexina. Espécie 2 Fig. 55

Mônade, médio (32μm), circular, pantoapeturado, 10-colporado, colpo longo estreito, endoabertura circular, ca. 2,5μm de diâmetro, levemente anulada; exina ca. 3,0μm de espessura, escabrada. Sexina<nexina. Espécie 3 Fig. 56-57

Mônade, pequeno (22x20x20μm), prolato esferoidal (P/E=1,1), amb subquadrangular, 4-colporado, colpo longo, estreito, endoabertura circular, ca. 2,0μm; exina ca. 1,5μm de espessura, escabrada. Sexina>nexina.

Malvaceae

Espécie 1 Fig. 58

Mônade, pequeno (23μm), tendência de forma esférica; exina espinhosa, espinho ca. 4,0μm altura, cônico estreito agudo.

Espécie 2 Fig. 59

Mônade, espinhoso, espinho ca. 3,0μm, cônico, base ca. 2,0μm, ápice agudo.

Melastomataceae/Combretaceae Fig. 60

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vii

Mônade, pequeno (DEp=13μm), amb circular, 6-colporoidado; exina psilada. Árvore. Meliaceae Trichilia

Mônade, pequeno (18x13μm), prolato (P/E=1,38), 4-colporado. Árvore. Espécie 1

Mônade, pequeno (DEp=22μm), 4-colpado, colpo com margens irregulares; exina ca. 1,5μm de espessura, microrreticulada, homobrocada, na região apertural a nexina torna-se menos espessa. Sexina=nexina. Moraceae Espécie 1 Fig. 61

Mônade, pequeno (14x15μm), oblato esferoidal (P/E=0,93), 2-porado; exina ca. 1,5μm de espessura, microrreticulada. Sexina>nexina. Árvore. Espécie 2 Fig. 62

Mônade, pequeno (DEp=12μm), amb subcircular a elíptico; exina ca. 1,0μm de espessura, microrreticulada. Árvore.

Myrtaceae Eugenia sp1

Mônade, pequeno (DEp=18μm), amb triangular, 3-colpado, parassincolpado; exina ca. 1,5μm de espessura, psilada. Sexina>nexina. Árvore. Eugenia sp2 Fig. 63

Mônade, pequeno (DEp=18μm), amb triangular, 3-colparado, sincolporado, exina ca. 1,0μm de espessura, finamente microrreticulada (ou perfurada) homobrocada. Árvore. Espécie 1 Fig. 64

Mônade, pequeno (DEp=13μm), amb subtriangular, 3-colporado; exina ca. 2,0μm de espessura, psilada. Sexina=nexina. Espécie 2

Mônade, pequeno (DEp=20μm), amb triangular, 3-colpado, sincolpado; exina ca. 1,0μm de espessura, microrreticulada. Espécie 3 Fig. 65

Mônade, pequeno (10x14x14μm), oblato (P/E=0,7), amb triangular, 3-colporado, colpo longo, estreito com margens irregulares, endoabertura inconspícua; exina ca. 1,0μm de espessura, reticulada, heterobrocada com muros interrompidos. Sexina=nexina. Proteaceae Roupala Fig. 66

Mônade, médio (15x26x24μm), oblata (P/E=0,58), amb triangular, 3-porado; exina ca. 2,0μm, perfurada, psilada. Sexina=nexina. Árvore.

Rhizophoraceae Rhizophora mangle Fig. 67-68

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viii

Mônade, pequeno (20x15x16μm), subprolato esférico (P/E=1,33), amb subcircular a suabtriangular, 3-colporado, colpo longo, estreito ca. 1,0μm, endoabertura lalongada, levemente costada, estreita ca. 1,5μm, as vezes formando endocíngulo; exina ca. 1,0μm de espessura, microrreticulada. Sexina=nexina. Árvore. Rubiaceae Alibertia Fig. 69

Mônade, pequeno (19x23x22μm), suboblata (P/E=0,83), amb subtriangular, 3-colporoidado, endoabertura circular anulada; exina ca. 2,0μm de espessura, reticulada, heterobrocada, com muros interrompidos, simplibaculado, lúmen do retículo ca. 1,0-2,0μm, com báculos livres no interior do reticulo. Sexina=nexina. Árvore. Borreria/Diodia Fig. 70

Mônade, pequeno (DEp=20μm), amb circular, ca. 10 colpos, exina ca. 2,0μm de espessura, reticulada, homobrocada. Sexina=Nexina. Erva.

Galianthe sp1 Fig. 71-72

Mônade, médio (27x27x28μm), esférico (P/E=1,0), amb circular, colporado, endoabertura lalongada formando endocíngulo exina ca. 2,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada, muri simplibaculado. Erva.

Galianthe sp2 Fig. 73-74

Mônade, médio (28x26x26μm), prolato esferoidal (P/E=1,08), amb circular, 9-colporado, colpo longo estreito, endoabertura lalongada, ca. 3,0x2,0μm; exina microrreticulada, heterobrocada, com muros interrompidos. Erva. Psychotria Fig. 75

Mônade, médio (25,0μm), esférico, inaperturado; exina ca. 2,5μm de espessura, reticulado, heterobrocado, com muros interrompidos. Sexina<nexina. Arbusto. Rutaceae Zanthoxylum Fig. 76-77

Mônade, pequeno (16x14x14μm), prolato esferoidal (P/E=1,14), amb subcircular, 3-colporado, colpo longo estreito, endoabertura costada, lalongada; exina ca. 1,5μm de espessura, reticulada, heterobrocada, com muros interrompidos. Sexina>Nexina. Árvore. Santalaceae Thesium Fig. 78

Mônade, pequeno (16,0x16,0x15,0μm), esférico (P/E=1,0), amb subtriangular, 3-colporado, colpo longo estreito, endoabertura, lalongada, levemente elíptica. Exina ca. 1,5μm de espessura, psilada. Sexina=nexina. Erva. Sapindaceae Cupania Fig. 79-80

Mônade, médio (15x31x30μm), peroblata (P/E=0,48), amb triangular, 3-colpado,

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ix

sincolpado; exina ca. 2,0μm de espessura, escabrada. Sexina=Nexina. Árvore.

Scrophulariaceae Angelonia Fig. 81

Mônade, pequeno (14x14x14μm), esférico (P/E=1,0), amb circular, 3-colporado, colpo curto estreito, endoabertura lalongada; exina ca. 1,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina=Nexina. Erva. Solanaceae Solanum Fig. 82

Mônade, pequeno (26x26x25μm), esférico (P/E=1,0), amb subcircular, 3-colporado, planaperturado, colpo longo, estreito; poro lalongado, exina ca. 1,5μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina<nexina. Arbusto. Sterculiaceae Espécie 1 Fig. 83

Mônade, pequeno (17x20x18μm), suboblato (P/E=0,85), amb subtriangular, 3-porado, endoabertura circular ca. 5,0μm; exina ca. 2,0μm de espessura, perfurada. Sexina=nexina. Espécie 2 Fig. 84

Mônade, pequeno (18x18x18μm), esférico (P/E=1,0), amb triangular, 3-porado, poro aspidado, áspide ca. 2,0x5,0μm; exina reticulada, heterobrocada. (Diâmetro s/ as áspides) Symplocaceae Symplocos

Mônade, médio (25μm), amb subtriangular, 3-colporado, poro levemente costado, colpo inconspícuo; exina ca. 2,5μm de espessura aparentemente psilada. Sexina<nexina. Árvore. Espécie 1 Fig. 85

Mônade, médio (DEp=25μm), amb circular, 3-porado, poro levemente elíptico ca. 2,5μm de diâm. levemente anulado; exina ca. 2,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina=nexina. Tiliaceae Luehea Fig. 86

Mônade, médio (37x21μm), prolato (P/E=1,76), 3-colporado, poro circular; exina ca. 2,0μm de espessura, microrreticulada, heterobrocada. Sexina=nexina. Árvore. Espécie 1

Mônade, pequeno (DEp=17μm), amb triangular, 3-colporado; exina ca. 1,5μm de espessura, escabrada. Espécie 2 Fig. 87

Mônade, médio (30x20μm), P/E=1,5 prolato, 3-coporado; exina ca. 1,5μm de espessura, reticulado, homobrocado. Sexina>nexina. Ulmaceae Celtis Fig. 88

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Mônade, pequeno (DEp=14μm), amb subcircular, 3-porado; exina ca. 1,0μm de espessura, microrreticulada, heterobrocada. Árvore. Trema Fig. 89

Mônade, pequeno (DEp=17μm), amb subcircular, 3-porado, poro circular; exina ca. 1,5μm de espessura, reticulada, heterobrocada. Sexina<nexina. Árvore. Verbenaceae Aloysia Fig. 90

Mônade, pequeno (21x23x21μm), oblata esferoidal (P/E=0,91), amb triangular, 3-colporado, colpo longo, estreito, endoabertura de difícil visualização; exina ca. 3,0μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina>nexina. Erva. ANGIOSPERMAE - MONOCOTYLEDONEAE Alismataceae Sagitaria Fig. 91

Mônade, médio (28μm), abertura não visualizada, exina ca. 2,0μm de espessura, espiculada, espículo ca. 1,5 a 2,0μm, cônico com ápice agudo. Sexina<nexina. Erva Arecaceae Alagoptera

Mônade, médio (36x19μm), perprolato (P/E=1,89), 1-colpado, colpo longo estreito; exina ca. 1,5μm de espessura, microrreticulada. Árvore. Euterpe

Mônade, médio (52x28μm), heteropolar, prolato (P/E=1,86), 1-colpo; exina ca. 2,0μm de espessura. Sexina=nexina. Árvore.

Iriartea Fig. 92 Mônade, médio (26x16μm), prolato (P/E=1,62), 1 colpo, colpo longo; exina ca. 1,0μm (s/

báculos), microequinado a baculado, elemento da ornamentação ca. 1,5μm. Árvore. Syagrus Fig. 93

Mônade, médio (38x24μm), prolato (P/E=1,58), 1-colpo, colpo longo, quase toda a extensão do grão; exina ca. 2,0μm de espessura, microrrreticulada, homobrocada. Sexina=nexina. Árvore.

Espécie 1 Fig. 94-95 Mônade, médio (30x22μm), prolato (P/E=1,36), 1-colpo, colpo longo, exina ca. 2,0μm de

espessura, reticulada, heterobrocada, muro interrompido. Árvore.

Espécie 2 Fig. 96

Mônade, médio (D=33μm), 1-colpo; exina ca. 2,0μm de espessura, espinhosa, espinho

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curto ca. 2 a 3,0μm e base ca. 1,0μm. Sexina=nexina. Árvore. Espécie 3 Fig. 97

Mônade, grande (60x41μm), prolato (P/E=1,46), 1-colpo, Colpo longo ca. 51,0μm com margens irregulares; exina ca. 1,5μm de espessura, perfurada. Sexina=nexina. Árvore. Espécie 4

Mônade, médio (41x25μm), prolato (P/E=1,64), 1-colpo, colpo longo estreito; exina ca. 3,0μm de espessura, microrreticulada, heterobrocada. Sexina=nexina. Árvore. Espécie 5

Mônade, médio (46x26μm), prolato (P/E=1,77), 1 colpo, colpo ca. 38,0x2,5μm; exina ca. 1,5μm, difícil visualização. Árvore. Bromeliaceae Fig. 98-99

Mônade, pequeno (22x23μm) oblata esferoidal (P/E=0,96), monocolpado, colpo longo estreito; exina ca. 3,0μm de espessura, reticulada, heterobrocada. Sexina>nexina. Erva. Cyperaceae Fimbrystylis Fig. 100-101

Mônade, médio (D=34μm), apolar, assimétrico, tendência de forma circular, inaperturado; exina ca. 1,5μm de espessura, microrreticulada, homobrocada. Sexina=nexina. Erva. Espécie 1

Mônade, médio (D=26μm), circular, inaperturado; exina ca. 2,0μm de espessura, reticulada, heterobrocada, com muros interrompidos simplibaculado. Sexina=nexina. Erva. Poaceae Fig. 102

Mônade, pequeno a grande (10-51μm), esférico, 1 porado, poro podem ser levemente costado a costado; exina ca. 1,0-2,0μm de espessura, psilada ou microrreticulada, homobrocada. Sexina=nexina. Erva.

PTERIDOPHYTA

Cyatheaceae Cyathea sp1 Fig. 103

Trilete (34μm), amb triangular; esporoderme ca. 5μm de espessura, com gemas (ca.

4,0μm alt.).

Cyathea sp2 Fig. 104

Trilete (58μm), amb triangular; esporoderme ca. 3μm de espessura.

Cyathea sp3 Fig. 105-106

Trilete (46μm), subtriangular; lesura ca. 25μm comp.; esporoderme ca. 3,5μm, presença

de grânulos muito pequenos sobre a parede.

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Cyathea sp4 Fig. 107

Trilete (68μm), subcircular; lesura ca. 15μm de comp.; esporoderme ca. 3,5μm, psilada.

Cyathea sp5 Fig. 108

Trilete (48μm), amb triangular, coloração âmbar-escura; lesura ca. 26μm de comp.;

esporoderme ca. 3μm de espessura, psilada com perfurações esparsas na parede.

Cyathea sp6 Fig. 109-110

Trilete (67μm), amb subtriangular; lesura ca. 21μm de comp. e 3μm de larg.;

esporoderme ca. 3μm de espessura; parede apresenta elevações regularmente distribuídas.

Cyathea sp7

Trilete (73μm), subtriangular, coloração escura; lesura ca. 35μm de comp., bifurcam-se

nas extremidades tocando na parede. Esporoderme ca. 5μm de espessura,; parede apresenta

suaves elevações arredondadas e não muito densas.

Cyathea sp8

Trilete (35μm), esporos triangular, com extremidades arredondados; esporoderme ca.

1,5μm de espessura, psilada.

Hymenophyllaceae

Hymenophyllum Fig. 111

Trilete (48μm), amb triangular; lesura ca. 19μm comp.; parede estriada, apresentando

elevações semelhantes a báculos.

Polypodiaceae

Polypodium Fig. 112

Monolete (57x29μm), reniforme, lesura ca. 35μm de comp., parede ca. 4μm; rugulada.

Pteridophyta - Indeterminados

Espécie 1 Fig. 113

Trilete (41μm), amb triangular; esporoderme ca. 1μm de espessura, reticulado,

heterobrocado, com projeções da ornamentação ca. 3μm de espessura.

Espécie 2 Fig. 114

Trilete (37μm), amb subtriangular; lesura ca. 12μm comp. e ca. 1μm larg.; parede 3μm

de espessura, estriada.

Espécie 3 Fig. 115

Trilete (54μm), amb subtriangular; lesura ca. 21μm comp., estreita; parede ca. 7,5μm de

espessura, com elevações.

Espécie 4 Fig. 116-117

Trilete (61μm), amb subtriangular, coloração âmbar-escura, lesura estreita longa ca.

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22μm de comprimento. Parede 13μm, mais interna 5μm, perfurada.

Espécie 5

Monolete (83x55μm), lesura longa, quase toda extensão do esporo; parede ca. 6μm de

espessura, psilada.

Espécie 6

Trilete (37μm), triangular; perina ca. 2μm de espessura, microrreticulada.

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Figuras 1-12: Angiospermae - Dicotyledoneae. Amaranthaceae: Espécie 1 (1);

Espécie 3 (2-3). Anacardiaceae: Schinus terebinthifolius (4); Espécie 1 (4-5).

Aquifoliaceae: Ilex sp1 (7-8); Ilex sp2 (9). Araliaceae: Didymopanax (11).

Asteraceae: Eupatorium (12). Escala=10μm.

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Figuras 13-24: Angiospermae - Dicotyledoneae. Asteraceae: Mikania (13);

Vernonia (14). Avicenniaceae: Avicennia (15). Cactaceae: (16-17).

Caryophyllaceae: Sargina (18). Chrysobalanaceae: Licania (19). Convolvulaceae: Merremia sp1 (20); Merremia sp2 (21). Cunoniaceae: (22). Cecropiaceae: Cecropia

(23). Ericaceae: (24). Escala=10μm.

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Figuras 25-36: Angiospermae - Dicotyledoneae. Euphorbiaceae: Alchornea sp1

(25); Alchornea sp2 (26); Amanoa (27-28); Chaetocarpus (29-30). Euphorbiaceae: Dalechampia/Sapium (31); Phyllanthus sp1 (32-33); Phyllanthus sp2 (34-35).

Haloragidaceae: Myriophyllum (36). Escala=10μm.

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Figuras 37-48: Angiospermae - Dicotyledoneae. Leguminosae - Caesalpinioideae: Copaifera (37-38). Mimosoideae: Mimosa scabrela (39); Mimosa

sp1 (40); Mimosa sp2 (41). Leguminosae - Papilionoideae: Centrolobium/Dalbergia

(42); Centrolobium (43); Dalbergia ecastophyllum (44-45).Leguminosae -

Papilionoideae: Dalbergia sp1 (46-47); Dalbergia sp2 (48). Escala=10μm.

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Figuras 61-75: Angiospermae - Dicotyledoneae. Leguminosae - Indeterminados: Espécie 3 (49); Espécie 4 (50-51). Malpighiaceae: Heteropterys (52); Espécie 1 (53-

54); Espécie 2 (55); Espécie 3 (56-57). Malvaceae: Espécie 1 (58); Espécie 2 (59).

Melastomataceae/Combretaceae: (60). Escala=10μm.

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Figuras 61-74: Angiospermae - Dicotyledoneae. Moraceae: Espécie 1 (61);

Espécie 2 (62). Myrtaceae: Eugenia sp2 (63); Espécie 1 (64); Espécie 3 (65).

Proteaceae: Roupala (66). Rhizophoraceae: Rhizophora mangle (67-68).

Rubiaceae: Alibertia (69); Borreria/Diodia (70); Galianthe sp1 (71-72);. Escala=10μm.

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Figuras 91-102: Angiospermae – Rubiaceae: Galianthe sp2 (73-74). Psychotria

(75). Rutaceae: Zanthoxylum (76-77). Santalaceae: Thesium (78). Sapindaceae: Cupania (79-80). Scrophulariaceae: Angelonia (81). Solanaceae: Solanum (82).

Sterculiaceae: Espécie 1 (83); Espécie 2 (84). Escala=10μm.

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Figuras 85-: Symplocaceae: Espécie 1 (85). Tiliaceae: Luehea (86); Espécie 2

(87). Ulmaceae: Celtis (88); Trema (89). Verbenaceae: Aloysia (90). Escala=10μm.

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Monocotyledoneae. Alismataceae: Sagitaria (91). Arecaceae: Iriartea (92);

Syagrus (93); Espécie 1 (94-95); Espécie 2 (96); Espécie 3 (97). Bromeliaceae: (98-

99). Cyperaceae: Fimbrystylis (100-101). Poaceae: (102). Escala=10μm.

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Figuras 103-117: Pteridophyta. Cyatheaceae: Cyathea sp1 (103); Cyathea sp2

(104); Cyathea sp3 (105-106); Cyathea sp4 (107); Cyathea sp5 (108); Cyathea sp6

(109-110). Hymenophyllaceae: Hymenophyllum (111). Polypodiaceae: Polypodium

(112). Indeterminados: Espécie 1 (113); Espécie 2 (114); Espécie 3 (115); Espécie

4 (116-117). Escala=10μm.

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