paul cezanne

13
História da Arte Contemporânea Professora Auxiliar: Maria João Pereira Neto Ricardo José Leal Lamas Turma: INT1A nº: 20101009

Upload: melo

Post on 03-Jul-2015

184 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

Professora Auxiliar: Maria João Pereira Neto

Ricardo José Leal Lamas Turma: INT1A nº: 20101009

Page 2: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    1  

 

Índice

A influência do Poder da Arte na Arte . . . . . . 2

Definiçao do conceito Modernidade . . . . . . 4

Análise crítica ao impressionismo e a obra de Paul Cézanne . . . 6

Bibliografia . . . . . . . . . . 10

Anexos . . . . . . . . . . 11

Page 3: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    2  

 

A influência do Poder da Arte na Arte

Não existe realmente algo a que se possa chamar Arte. Existem apenas artistas. Esses homens pegavam num punhado de terra colorido e com ela modelavam toscamente as formas de um bisonte na parede de uma gruta; hoje, eles compram tintas e pintam cartazes para estações subterrâneas do metro; e muitas outras coisas os artistas fizeram ao longo dos tempo. Não há mal nenhum designar como arte todas essas actividades, desde que se tenha em mente que tal palavra pode significar coisas muito diversas, em várias épocas e lugares.

Não penso que existam quaisquer razoes erradas para se gostar de um estátua ou de um tela. Alguém pode gostar de uma paisagem porque ela lhe recorda a terra natal, ou de certo retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há errado nisso. Todos nós, quando vemos um quadro, somos fatalmente levados a recordar mil e uma coisas que influenciam o nosso agrado ou desagrado. Também existem razões erradas para não se gostar de uma obra de arte. A maioria das pessoas aprecia ver em imagens o que também lhe agrada ver na realidade. Essa é uma preferência muito natural. Todos gostamos do belo na natureza, e ficamos gratos aos artistas que o preservaram nas suas obras.

A arte desempenhou grande influência na sociedade ao longo do tempo, havendo uma evolução da forma como arte foi representada, desde da simples representação da realidade como ela é, até aos dias de hoje, em que a arte foi rompendo com os princípios clássicos da arte. A grande arte tem maneiras terríveis. A reverência silenciosa de galeria pode enganar, acreditando que as obras são coisas educadas, visões que acalmam, encantando e enganando.

Simon Schama diz- O poder da Arte é o poder da inquietante surpresa. Mesmo quando parece imitativa, a arte não duplica a familiaridade do mundo mas substitui-a por uma realidade própria. A sua missão vai para além da mera transmissão da

sabe ou se lembra dos pores-do-sol ou o girassol e a estas formas foram pintadas por Turner e Van Gogh e parecem existir em universos paralelos. É como se o nosso sistema sensorial fosse redefinido. Uma grande quantidade da arte realizada foi criada por artistas que têm preferido a negação heróica, e o queriam ter objectivos mais modestos para o seu trabalho, a imitação da natureza, a representação da beleza ou ambos ao mesmo tempo. Mas desde o Renascimento os artistas mais ambiciosos queriam ser algo mais grandioso. Era importante que a sua arte fosso reconhecida como nobre, parecido com poesia, filosofia ou religião; uma necessidade humana e não um luxo opcional. Figura 1: Simon Schama

Page 4: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    3  

 

Ao longo da história, a arte guiava-se pela convenção consciente dos poderes divinos, presa à melancolia, cuja mediocridade é igualado apenas pela sua malícia, começa séculos antes dos românticos de século XIX. A arte apresenta vários delírios de megalomania artística como a forma como Caravaggio, Picasso, Van Gogh, Rothko, Cézanne e entre outros, em cada um desses momentos é testada a capacidade do artista não apenas para cumprir os termos da sua pintura, mas sim transcendê- Todos estes trabalhos são as várias formas e incomensuráveis, chocantemente bonita.

                                                                                   

Page 5: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    4  

 

 

Modernidade

A modernidade é o transitório, o efémero, o contingente; é uma metade da Arte,

Charles Baudelaire, 1863

A modernidade é a representaçao e a acessibilidade da imagem.

As artes concebidas , em relaçao á modernidade, deixam de ser representação e passam a ser criação.

Os aspectos mais significativos das novas linguagens são, por exemplo:

na pintura a incongruência: a assimetria, o não figurativo;

na arquitectura, o primado da realidade funcional;

na música, o uso de harmonias dissonantes, a escrita atonal

na literatura, a quebra da sintaxe, a busca de uma narrativa consciente da temporalidade, da transitoriedade da vida e voltada para o registro da intensidade da experiência interior.

O acesso universal às imagens: originais e reprodução e a proliferação de museus nas grandes cidades europeias, grandes exposições, feiras, exposições temporárias, galerias comerciais.

Inovações determinantes para o modernismo representacional e para a

modernidade e Vanguarda artística ocidental do século XIX e XX como: Musica

Litografia

Fotografia (com a invenção da fotografia por Paul Delaroche, a abordagem realista da pintura e da escultura tornou-se desnecessária, portanto, os artistas começaram a procurar novas formas de visualizar e pensar sobre a natureza, materiais e função da arte)

A arte não deve ser apenas uma forma de representação mas uma forma de olhar.

O movimento modernista está intimamente associado com o termo arte moderna, ambos caracterizados por uma partida da ênfase na representação literal.

Este é um dos fundamentos da modernidade na arte.

Page 6: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    5  

 

Artistas/Criadores abraçaram sua nova liberdade de expressão, experimentação e radicalidade. Eles acreditavam que a arte deve partir da cor, mas também propor novas formas e não da representação do mundo natural. Paul Cézanne é frequentemente considerado o "Pai do Modernismo". Cézanne quis criar uma nova forma de expressão...Como se fosse a primeira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 7: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    6  

 

 

Análise crítica ao Impressionismo e a obra de Paul Cézanne

Algumas pessoas podem considerar os impressionistas os primeiros dos modernos, porque desafiaram regras das pinturas ensinadas nas academias. Eles também queriam pintar a natureza tal como viam, e a sua controvérsia com os mestres conservadores era menos em torno desse objectivo do que dos meios para alcançá-lo. A exploração impressionista dos reflexos das cores e as suas experiencias com o efeito da pincelada solta visavam a criação de uma réplica ainda mais perfeita da impressão visual. De facto, foi somente com o impressionismo que a conquista da natureza se completou, que tudo o que se apresentava aos olhos do pintor pôde converter-se em motivo de um quadro e que o mundo real, em todos os seus aspectos, passou a ser um objectivo digno de estudo real. Talvez tenha sido exactamente esse triunfo total dos métodos que fez alguns artistas hesitarem em aceita-los. Momentaneamente, pareceu que todos os problemas de uma arte que visava imitar a impressão visual tinham sido resolvidos e que nada haveria a ganhar se explorassem ainda mais a fundo esse objectivo.

Entretanto, sabemos que, em arte, basta solucionar um problema para que novos problemas venham substituir-se a esse. Talvez quem primeiro teve a noção clara da natureza desses novos problemas tenha sido um artista que pertenceu à mesma geração dos mestres impressionistas, Paul Cézanne (1839 1906). Na sua juventude, Cézanne participou nas exposições impressionistas, mas, revoltado com o acontecimento hostil, retirou-se para a sua cidade natal deAix-en-provence, onde estudou os problemas da sua arte sem ser perturbado por uma caterva de críticos. Era um homem abastado e de hábitos regulares, que não dependia financeiramente de encontrar fregueses para os seus quadros. Assim, pôde dedicar toda a sua vida à solução dos problemas artísticos que impusera a si mesmo, e aplicar os padrões mais exigentes ao seu trabalho. Exteriormente, levava uma vida de tranquilidade e lazer, mas estava sempre empenhado numa luta apaixonada para realizar na sua pintura aquele ideal de perfeição artística que perseguia. Figura 2: Paul Cézanne

A sua fama crescia entre os poucos admiradores, tentou por vezes explicar-lhes em poucas palavras o que pretendia fazer. Uma das observações que lhe são

que Cézanne quis dizer com isso foi que os velhos mestres clássicos, como Poussin, tinham conseguido nas suas obras um equilíbrio e uma perfeição maravilhosos. Uma pintura como Arcadia ego, de Poussin apresenta um padrão de impecável beleza e

Page 8: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    7  

 

harmonia, em que uma forma parece responder à outra. O todo possui uma simplicidade natural, da qual se desprende uma sensação de repouso e calma. Cézanne visava a realização de uma arte que possuísse algo dessa grandeza e serenidade. Mas não pensava que os métodos de Poussin ainda pudessem ser usados para alcançar tal propósito. Os antigos mestres, afinal de contas, tinham logrado esse equilíbrio e solidez por um alto preço. Cézanne concordava com os seus amigos impressionistas em que esses métodos da arte académica eram contrários à natureza. Admirava as novas descobertas no campo da cor e da modelagem. Também ele queria entregar-se às próprias impressões, pintar as formas e cores que via, não aquelas que eram fruto dos seus conhecimentos adquiridos. Mas sentia-se inquieto quanto aos rumos que a pintura havia tomado. Os impressionistas eram verdadeiros

A dissolução de contornos firmes à luz bruxuleante e a descoberta das sombras coloridas pelos impressionistas tinham, uma vez mais, criado um novo problema: como poderiam essas realizações ser preservadas sem acarretar uma perda de ordem e clareza? Numa linguagem mais simples: as telas impressionistas tendiam a ser brilhantes, mas confusas. Cézanne detestava a confusão. Entretanto, não queria retornar às convenções académicas do desenho e do sombreado para criar

obter construções harmoniosas. Ele enfrentava uma questão ainda mais urgente ao ponderar sobre o uso correcto da cor. Cézanne era sedento de cores fortes e intensas, assim como de padrões nítidos. Lembremo-nos de que os artistas medievais eram capazes de satisfazer livremente esse mesmo desejo porque não se sentiam obrigados a respeitar o aspecto real das coisas. Entretanto, que a arte retornou à observação da natureza, as cores puras e brilhantes dos vitrais ou das iluminuras de livros medievais cederam lugar àquelas suaves misturas de tons com que os maiores pintores entre venezianos e os holandeses lograram sugerir luz e atmosfera. Os impressionistas tinham renunciado à mistura de pigmentos na paleta e passaram a aplicá-los separadamente na tela em pequenas pinceladas que reproduziam os

nos tons do que qualquer um dos seus predecessores, mas Cézanne não estava satisfeito com o resultado. Ele queria transmitir os tons ricos e uniformes que pertencem à natureza sob os céus meridionais, mas concluiu que um simples regresso à pintura de áreas inteiras em puras cores primárias punham em perigo a ilusão de realidade. Os seus quadros pintados desta maneira assemelham-se a padrões planos e não conseguem dar a impressão de profundidade. Assim, Cézanne parecia estar cercado de contradições por todos os lados. O seu desejo de ser inteiramente fiel às suas impressões sensoriais face à natureza parecia colidir com o desejo de converter,

Não admira que, frequentemente, ficasse à beira do desespero, trabalhasse como um escravo a sua tela e jamais deixasse de realizar experiencias.

O verdadeiro motivo de espanto é que Cézanne conseguiu realizar nas suas obras o que era, aparentemente, impossível. Se a arte fosse uma questão de cálculo, isso não poderia ser feito, mas certamente que não é. Esse equilíbrio e essa harmonia, que tanto preocupam os artistas, nada têm a ver com o equilíbrio mecânico. Muito se tem escrito sobre o segredo da arte de Cézanne. Todas as explicações já

Page 9: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    8  

 

foram sugeridas sobre o que ele queria realizar e o que realizou. Contudo, ainda que nos impacientemos com as criticas, lá estão sempre os quadros para nos convencerem.

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 3: Paul Cézanne Monte Sainte-Victoire visto de Bellevue, ca. 1885-1895

No entanto, as nossas ilustrações deverão, por certo, transmitir pelo um pouco da grandeza do triunfo de Cézanne. A paisagem com o monte Sainte-Victorire, no sul da França (figura: 3), está banhada de luz e, no entanto é firme e sólida. Apresenta um padrão definido e, ao mesmo tempo, dá-nos a impressão de grande profundidade e distância. Há uma sensação de ordem e repouso no modo como Cézanne marcou a horizontal do viaduto, a estrada ao centro e as verticais da casa em primeiro plano, mas em nenhuma parte sentíamos tratar-se de uma ordem imposta por Cézanne à natureza. As suas pinceladas estão dispostas de modo a coincidirem com as principais linhas do desenho e a reforçarem a sensação de harmonia natural. O modo como Cézanne alterou a direcção das suas pinceladas sem nunca recorrer ao desenho de contornos.

Cézanne revela-nos até que ponto a concentração em formas simples e bem delineadas contribui para a impressão de equilíbrio e tranquilidade. Não admira que as pinturas de Cézanne fossem inicialmente ridicularizadas como patéticos borrões. Mas a razão dessa aparente inépcia é fácil de encontrar. Cézanne deixara de aceitar como axiomáticos quaisquer dos métodos tradicionais de pintura. Decidira partir da estaca zero, como se nenhuma pintura existisse antes dele. Sabemos que ele estava fascinado pela relação da cor com a modelação. Um sólido redondo, brilhante e colorido, como uma maça, era um motivo ideal para explorar essa questão. No seu

Page 10: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    9  

 

tremendo esforço para obter uma sensação de profundidade sem sacrificar o brilho das cores, e para construir um arranjo ordenado sem sacrificar a sensação de profundidade, em todas as lutas e experiencias havia uma única coisa que Cézanne estava preparado para sacrificar, sempre que necessário: a correcção convencional do contorno. Não tinha o propósito deliberado de distorcer a natureza, mas não lhe importava muito se ela tivesse que ser distorcida em alguns pormenores de menor importância, desde que isso ajudasse a obter o efeito desejado. Cézanne não se propunha criar qualquer ilusão. O que ele queria era transmitir a sensação de solidez e profundidade, e descobriu que podia fazê-lo sem recorrer ao desenho convencional.

ancha no campo da arte.

 

     

                       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 11: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    10  

 

 

Bibliografia

-

- livro Historia da Arte, E.H. Gombrich

- site, www.bbc.co.uk/

- PowerPoints de apoio das aulas de história da arte contemporânea    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 12: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    11  

 

 

 

 

Anexos Biografia:

Simon Schama é Professor Universitário de História da Arte e História. Ele ensinava história na Universidade de Cambridge (Christ's College), (1966-1976) Oxford (Brasenose College) (1976-1980) e história da arte e história na Universidade de Harvard (1980-1993) antes de vir para a Columbia. Ele também ensinou na École des Hautes Études en Sciences Sociales e entregou a George Macaulay Trevelyan Palestras em Cambridge, as Conferências Tanner (tanto de Harvard: "Random Access Memory" e Oxford "Rembrandt e Rubens") e os Finzi Contini- Palestra na Universidade de Yale sobre a tradição épica na história do Inglês.

Ele entregou a Andrew Mellon Palestras sobre as Artes Visuais na National Gallery em Washington, em "Realmente Velhos Mestres: o estilo tardio de Ticiano e de Kooning". Seus livros foram traduzidos para quinze idiomas e incluem Patriots e Libeators: Revolução e de Governo dos Países Baixos 1780-1813 (1977); Dois Rothschilds e da Terra de Israel (1979), o embaraço das riquezas: uma interpretação da cultura holandesa na Idade de Ouro; (1987) Cidadãos: Uma Crónica da Revolução Francesa (1989), Paisagem e memória (1995), Rembrandt's Eyes (1999), a história da trilogia de Inglaterra (2000-2002); Rough Travessias: Grã-Bretanha, os escravos e a Revolução Americana (2006) e O Poder da Arte (2007). Em 1991 ele publicou as novelas geminadas, Dead certezas: Especulações injustificada.

Seus livros ganharam o Prêmio Wolfson para a História, a WH Smith Prémio de Literatura, da Academia Nacional das Artes e das Letras Prémio de Literatura e, mais recentemente para a Rough travessiasNacional Critics 'Circle Award do Livro de Não-Ficção, (2007). Ele foi um ensaísta e crítico para a New Yorker desde 1994, a sua crítica de arte vencedora do Prémio Nacional da Revista em 1996. Sua arte ensaios também fora recolhida e publicada no Hang-Ups, Ensaios sobre Pintura (principalmente).

Seu trabalho na televisão para a BBC e PBS como apresentador-escritor inclui dois filmes sobre Rembrandt, uma série de cinco partes com base na Paisagem e memória, o premiado, indicado ao Emmy A História da Grã-Bretanha, um filme sobre Tolstoi, uma adaptação de 90 minutos Travessias de Rough, e mais recentemente o Poder em oito partes do art. A versão de estágio da Rough travessias para Headlong Teatro, escrita por Caryl Phillips e dirigido por Rupert Goold estreou em Londres no final de

Page 13: Paul Cezanne

História da Arte Contemporânea

    12  

 

Setembro de 2007 Seu trabalho em uma série de quatro partes para a BBC e PBS, "The American Future: A History". Exibido em torno da eleição presidencial de 2008.

Trabalho realizado por: Ricardo José Leal Lamas

Turma: INT1A

Nº: 20101009