patrulheiro urbano cel nilo silva ferreira
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Livro de técnica policial (Manual nº 11 da Brigada Militar) publicado pela gráfica da BM, em 1972. Porto AlegreTRANSCRIPT
BRIGADA MIUTAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL . .
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O PA TRULHEIRO URBANO
IMBM-_111
PORTO ALEGRE 1972
•
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DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
O PATRULHEIRO URBANO
APllOVADO & D&TEJUll:>ADA SUA UTILl7.AÇÃ0 OllRIGATOIUA XA
L'<STlllJC\0, PELO 801..ET!lll GERAL r<• 21 , DE 31 DE JANEIRO DE 1972.
MBM-11
t • EDIÇÃO
1MP1U:sso NAS Ol'tCINAS GRA.FICAS DA Bn!OADA MILITAR
PORTO ALF.01\E
l 9, 2
Mui to embora lodas as organi zaçÕes , màr
mente as militares , sejam regidas por leis, de . -eretos e regulamentos , existem e continuarão a
existir , conforme as transformações porque pa~
sem os agrupamentos sociais, situações especí
ficas que reclamam soluções imediatas . E então
verificamos, não sem surpresa, inexistir qual
quer dispositivo legal que defina os rumos a
seguir. Cabe pois aos líderes, aos dirigentes,
aos chefes ou comandantes, envidarem esfôrços
no sentido de que sempre tenham atualizadas ou
traçadas normas de procedimento que sirvam COITO
paradigma, norte e rumo certo e comum a todos
os integrantes da organização interessada. um mesmo proceder, uma unidade de doutrina, uma
uniformidade no agir , no atuar em diversos ca
sos , por t ropas ou homens de diferentes unid~
des de uma organização , é prova de disciplina,
de auto-confiança, de elevado grau de coesao e
identi dade de propÓsi tos e de ideais; enf im, é
prova de evidente exercício de comando em
toda a plenitude . O trabalho do Ten Cal PM Ni
lo,sem dúvida nenhuma, vem preencher conside
rável l~cuna existente na Corporação,pois vem
grupar , dar fo rma, consistência e novos con-·•
ceitas à maneira de proceder do patrulheirour
bano, cél ula máter e ponto principal em tod~
o complexo de policiamento ostensivo . Em lin
gua gem clara , simples e atr aen te , deverá cons
úituir o cate~ismo pelo qual deverão perseva
rar nossos Soldados de Políci a Mi lita r . Será
seu guia indispensável em qualquer s ituação .
Para i nstrutores e monitores que receberem a ,
tarefa de educar nossos praças para o exerc~
cio de um e fi ciente patrulhamen t o urbano, será
fo nte de consul ta indi s pensável, correta e efi
ca z , poi s não há pr obl e ma que " O PATRULHEIRO
URBANO '' não aborde, não o r iente , -nao i ndique
uma maneira cor r e t a de agir pa r a a meni zá-lo,nB.J
t r ali zá - l o ou eliminá-lo, ou pri nci palmente,s~
lucio~á - l o . O trabalho real i zado pelo Ten -Cel
PM Nilo é um exemplo de dedi cação e valor p r~
fi s si ona l . Traduz uma mensagem que se afi rma no
a mor à Brigada Mi l ita r, cent e nári a e aguer r i da
nos campos de combate em guerras fratr i ci da sou
e xternas, e que nos t empos correntes pro cu ra ,
com sof r egu i dão , co r agem e audác ia, prepara r-se
para s ua g r ande e nobre missão de paz . Meus cu~
primentos ao autor e os agradeciment os da Cor
poração por mais êsse s e rviço pres tado. A grad~
decendo a honra de me ter sido permiti do pref~ c i a r es t a ~xcel en t e obr a,recomendo-a a todos os
' camaradas da Bri gada Mili t ar .
ITABORAf PEDRO BARCEL LOS - CEL PM
CHEFE DO E M r.
NOTA DO AUTOR
Esta despretensiosa co leção de atitudes e
comportamen tos é fru to da experiência e da
observação vivida por Oficiais e Praças ,que vem
sendo registradas . r fruto da análise de probl_!l
mas surf idos , de erros come t idos e de missoãs
felizes . Ca da si tuação incidental teve e xamina
da a sua causa lidade, e do resultado obtidc SlJE giu , sempre, a quele procedimento que foi a ori
gem da falha ou sucesso . Na hora e m que a Br!
gada Militar recebe, do seu Coma ndant ~a dir~ . riz de '' asãegura r o maior n~mero poss{vel de
homens no policiamen to~ julgamos oportuna a di
vulgação dêste rol de preceitos, que poderáco~
t ribui r, embor a modestamen te, para qu e ês te
c r escente volume de s erv iço s e possa fa zer c om
atua ção efetiva e sem conflitos . Uierecemos
êst e t r aba l ho de me r a compilação como home na
gem de g ratidão aos Oficiais e Praças do s 19-
6 P M , 60 B P M , e à Ci a PM , que nao foram
apenas objetos passivos da observa ção,mas como
Pion~i ros na Brigada , do Patrulhamento dinâmi
co e progr a mado, os artÍ f"i • es dêstes proc edi -
menlos qu e rec om endamos .
O auto r
- l -
I- CONDIÇÕES PARA O SERVIÇO
1- Ao comparecer à parada de serviço, um patr~
lheiro deve estar com um bom aspecto1 porque
a função de polícia militar exige um· cont~
to pessoa~ e êsse contato precisa ser feito
com uma boa imagem física do agente,que as
sim causará boa impressão e obterá uma ati
tude favorável do pÚ~lico. Nêsse sentido
apresentar-se-á assim:
- Cabelo aparado
- Cost~letas aparadas na altura da cartil~
gem " Trague "
- Barba feita
- Uniforme limpo , passado e engomado
- Calça ajustada ao coturno,com elásticos
- Peça do uniforme sem sobra de tecido
- Calçados lustrados
Capacete na posição horizontal com a jug~
xer sob o queixo, e ajustado sÔbre o que!
xo.
2- Antes de entrar em forma verificar se está
de posse do material necessário ao serviço :
- Cad•rneta de apontamentos
- Caneta - Talão de notificação de infraçoãs.
ficha de ocorrê~cia
- ficha de acidente de trânsito
- 2 -
- Apito
- Punho para a sinali zação de trânsito
- Algemas
- Carta da cidade
- Recibo de presos e objetos
3-Também, antes da parada, verificar se sua ar
ma está carregada com seis cartuchos;se está
em boas condições de funcionament o e se es t á
de posse de mu ni ção suplementar , já que des
tas condi ções pode depender a vida do polici
al militar . O us·o de cinco cartychos no ci
lindro do revólver não se j ustifica no pat r~
l hamente, poi s diminui a capacidade de defe
sa do Policial Militar, numa emergência, que - -poderá tel' sua vida depende·ndo do sexto ca r
tucho, como inúmeros exemplos atestam. A me
lhor segurança no portar uma arma está na p~
rfcia e na habilidade do agente, no seu ma -' nuseio, e nao no numero de cartuchos. Arma de
fogo deve ser tratada com a cautela que me
rece um instrumento feito para matar.
4- Especial cui dado ter á o Policial Militar , ao
receber um revólver carregado, de ver ificar
se os cartuchos não possuem espoletas salien tes demais que possam impedir o giro do tam
bor . Tal fato é comum nos cartuchos de cali
b r o 3!l .
5- Rinda , a ntes da pa rada, verifi ca r se o fie!
- ::i -
do bastão está a j us tado à mão, porque dêste ~
j ustamente dependerá uma boa empunhadur~; na
necess idade do s eu emprêgo . Polici ais Mili t a
res j á perderam s eu s ba s t oãs e f o r a m a gredi -
dos com êles por nã o ofer ecerem uma empu nhad~
ra s egura e adequa da ao tamanho da mão.
6 -Quando t ran s po r t ado pa ra o l ocal de servi ço ,
mant erá pos t ura co r reta na v i a t ura , ma n tendo -
as ma~s aga rradas no su po r te,~ ra ta ndo - se d~
ca rro -choqu ~, as per na s f e chadas , evitando Pa
la r a l t o , dar risa das ou adota r out ra at i t ude
li vre , po r que o desloca mento em via tu ra mi li
tar· é f o rma t u r a .
7 - Ao
s e
l i - CUMPRIM EN TO DO ~ROGRAMA
assumi r o pÔs to ,
há f a t os ano r mais
s aber de seu anteces s o r ,
na a rea , i nteiran do- s e
do que a li ocorr er, para da r a con ti nu i dade
ao serv i ço j á em a nda mento , e mesmo pa r a pode r
r esponde r perante o r onda po r t udo que a l i
exista de c er to ou de e r rado.
8-t i mport ant e que, a pa rt i r do momento em qu ~
assume o pÔs to , o Po l icia l Mi l i ta r tenha a
consciência de que es tá diante do imprevisí
vel. Deve ter em mente que poderão ocorrer,<!,J
rante seu quarto, fatos simples e banais,comd
t a mbém poderão se pôr, à su~ fr ente, f atos graves , situaçoes peri gosas e risr.os a sua vicB.
- 4 -
{ boa regra manter-se ALERTA E PRUDENTE . Ser
corajoso não s ignifida ser insensato,masrum
prir o dever, apesar do medo natural dian
te, do perigo , que s6 os loucos não ~; ,n. 9- Caminhará ao ilongo do itinerário pr evisto no
cartão, cumprindo os horários que nê l e con~
tam, fazendo o máx i mo de contatos pessoais
no• locais aonde comparecer, procurando fa
zer notada a sua presença pelo maior número
possível de pessoas . Um Policial Militar fa E_
-dado que ficou um quarto de servi ço e nao
foi visto por ninguém , t r abalhou em vão, de
nada adiantou seu esfôrço pessoa l e o dacor -poraçao .
10-0 cumpr imento do horário do cartão obriga
o Pol i cial Militar , a es tar a certas horas
em cer tos locais , mas isso não o desobriga
da atender ocorrência s e intervir em fatos
irregulares que aconteçam em seu s etor e
que possam ser alcançados pela vista atent~
mesmo à grande distância . Sua re sponsabili
dade está sÔbre tudo o que ocorrer den t ro
dêste a lcance da vista, e
midade Fí s ica ; portanto4 a
-nao na sua proxi-atenção deve ser
dada aos fatos ao seu redor e a distância.O , , . .
patr ulhei r o e responsavel pelo estado poli-. cial dentro de seu setor de trabalho,e esse bom estado depende de sua atuação .
- 5 -. ' . 11- Em pr1nc1p10, o l ocal de trabalho do patr~
lheiro é a rua, por i sso não permanecerá -
dentro de nenhum prédio por mais tempo que
o necessá rio para atender uma ocorrência ,ou.
fa ze r um ráp ido contato de relações. rsse
contato não deve ultrapassar o tempo neces
sário a um cumpr imento e rápida troca de
palavras . Todo o tempo que estiver fora da
rua não estará sendo visto pelo pÚblico,que
é o objeti vo principa l de sua missão de p~
liciamento ostensivo.
12 - i~a ex-ecução do serviço poderá entrar em -
qualquer lugar público ou abe rto ao pÚbli co mediante pagamento de ingresso , tais rnmo
restaura ntes, bares, boit~s , super - mercacbs
lojas, cinemas , teatros, etc . Nêsses locai~ -nao estando escalado para o serviço especi
al, deverá permanecer o mínimo de tempo ne
cessári o para certifica r-se que nestes lo-
cais reina a ordem. A f im de evitar a ' ma
in terpretação por parte do públi c o e do
ronda, o Policial Militar não s enta rá , nem
manterá palestra nêsses locai s, simplesme~
te fará a ob s er vação e sairá.
13- Não se afastará do pÔsto senão pare atender
ocorrências, continuar perseguição ou pres tar socorro . Sempre que oco rrer essa nece~
sidade , deverá telefonar à Unidade logo que
- 6 -
possa, dizendo onde se encontra ; ainda, se
possível , poderá deixar ao ronda um recado
por intermédio de algum civil que esteja
no local de onde se afastou. Fica, assim,
e~tabelecido que não é o Policial Militar
escravo do cartão e nem que está proibido
de afastar-se do pÔsto, desde que seja por
motivo justificado . O cartão é um roteiro
básico que será seguido rlgidamente, desde que não ocorra um fato mais importante,
quando então o patrulheiro gozará de sua total liberdadr de i niciativa e decisão .
14- Considerando que o patrul heiro faz apenas -seis horas de serviço continuadas, nao po-
, A
dera abandonar o posto, nem faltar ao cum-
primento de seu programa sob o pretexto de
satisfazer uma necess idade fis iológica . r~
se interval o de tempo é perfeitamente acei tável para uma pessoa sã .
15- Se for acometido de qualquer indisposição
no serviço, comunicará ao quartel e aguar
dará substituição . Sentindo-se ma~sàmente
sairá do pÔsto depois de ter recebido a
comunicação pela Unidade . Não são causa de
j us ti f icativa de abandono de pÔsto ou falta
de cumprimento do programa , indisposiçoês
não comun icadas ant es de ser assinal ada a falta pelo ronda .
- 7 -
16 - Será permitido ao patrulheiro fazer peque
nas e ligeiras refeições, que pocl.e.rão ser
conduzidas na bÔlsa para documentos , desde
que suas formas e volumes não alterem a for .... ma e o aspecto daquela peça . Tais lanches
serão feitos fora das vistas do público,
se o Policial Militar estiver na r ua .
17- Também, será permitido ao Po licial Militar
fazer pequenas e rápidas refeições em bar~
bem frequentados ou l ancherias. Nêsse ca -' s o o Policia l Mili ta r f ará o lanche de pé ,
no b~lcão , sendo e n t ão facultado tirar o
·capacete . 18- Ao deslocar -se de um PSP (Ponto s ucessivo
de Pa r ada) para outro, fazê-lo com :
- Passo bem lento
- Mãos às costas
- Observação lenta Parado ou em marcha adotará sempre uma ati
tude f{sica inequ{voca de quem está de ser
viço no local, e não de quem está espera~
do um Ônibus ou caminhando de casa para o
quartel.
19- Ta n to para parar como para se deslocar , es -
colherá locais onde possa se r visto pelo maior número poss{vel de pessoas, pois êsse é o objetivo de seu trabalho . Quandouma
calçada tiver grosso volume de tl'ânsito l a
- 8 --pedestres, o Policial Militar nao desapare-
cerá no meio, mas passará a caminhar pela
outra , sempre pelo lado de fora , bem sÔbre
o meio - fio .
20 - Nas ruas de gr ande movimento em ambos os pa~
seios, o patrulheiro se deslocará pela pis
ta de rolamento, junto ao meio-fio ou logo ,
apos aos carros estacionados, mas jamais
pelo passeio. Nas avenidas caminha r á pelos
passeios dos canteiros centrais , por ser em . . , . mais vi si veis .
21-Quando nas pa r adas de Ônibus ou longas filas
de esper a de t r anspor te cole tivo , o patru l~i
ro fica r á na ca l çada oposta , ou na mesma, ' porem afastado do grupo para observar e ,
também, para não dar a impressão de ser
apenas mais um a esperar o Ônibus.
22-~ noite deslocar-se-á e fará paradas em lo-
cais iluminados para poder,
ser visto ou encontrado por
mais Fàcilmente,
quem
ajuda . Não terá justificativa o
precisa de
patrulheiro - ~ ' que nao for encontrado pelo Ronda, a noi t~
por se encontrar em local escuro. Isto por
si só já revel·a que não foi atingida a fina
lidad~~do policiamento ostensivo fardado, pois o agente não poderá ser visto,por quem o está procurando, mesmo já sabendo onde PIE
' , vavel mente o encontrara.
- 9 -23- No caso de chuva muito forte,poderá abriga!
ee em locais de onde possa ver e ser ·visto , ' pelo maior numero possivel de pessoas. Essa
tolerância não é válida para os horár ios de
sinalização de trânsito , cujos sinaleiros
deverão cumprir suas tarefas, mesmo sob in· , -tensa chuva, porque e nestas condiçoes de
tempo que ocorre maior número de acidentes
em cruzamentos . Boa medida é ter
para o tempo antes de entrar de
atenção
serviço.
podendo-se prever uma capa de chuva , e dei
xá -l á em um determinado local dentro do
'setor de serviço.
24 - Sendo o cigarro um vício, além do ato de
fumar dar a impressão de que o patrulheir~ , . ~ -
esta a vontade ou de folga, ele nao pra t l
cará êste ato no serviço . Depõe contra a
boa imagem o fato de um Policial Mi l itar
falar com alguém mantendo
ca, ou dirigir uma viatura
tar desta maneira. Para
o cigarro na
policial
facilitar
bÔ
mi li-
seu ' , dominio, e interessante que o pa trulhei ro,
ao sair para o serviço , deixe o cigarro e ,
os fosforas no quartel .
25- Nenhuma ocorrência será atendida pelo Po
licial Militar em s ervi ço que não seja re
gistrada na ficha de ocorrência corre~p9n
dente, que no regresso será depositada na
- 10 -
caixa coletora para isso destinada.A ficha
servirá como dado estatfstico, assim como
será subsídio para futuras averiguaçoês,
além de informar ao Comando se tal patru
lheiro decidiu certo ou não,sÔbre determi
nado fato.
26- Tomando conhecimento de que em algum lugar
funciona jÔgo de azar, prostituição de me·
nores,toxicomanias,ou subversão,o Policial
Militar anotará o enderêço e exercerá obseL
vaçã~ discreta, sem demonstrar mui to nerê~
se . Procurará gravar na memória os i ndiví
duos que entram e que saem,para um retrato
falado, e comunicará o fato à Unidade e a
Delegacia , mas jamais intervirá .o trabalho
para êsse caso exige preparação, investig~
ção e ação especializada , que talvez já es
teja sendo procedida em segrêdo.Uma inter-
27-
-vençao precipitada de um patrulheiro pode
pôr em terra preciosos es f ôrços. O patru
lheiro fará a prisão em flagrante,se tais
fatos ocorrerem na rua.
Ao pressentir que em seu pôs to se formam -reunioes de pÚbli co com o fim de fàzer prote§ tos a algo , que tenha por fim exercer ato
de Ódio ou vingança,ou de qualquer modo po~
sa degenerar em tumulto,o Policial Militar
g ravará o tioo físico do lidar e comunicará
- 11 -
imediatamente o fato , para obter os raf o! , .
ços necessari os. 28- Encontr ando objetos per didos ou r ec ebendo-
os de quem os tenha encontrado , fa-lo -ã sempre que possa, diante de testemunhas ,
anotando-lhes os nomes e enderêços , para co brir-se de futura acusação ou suspeita, de ter se apossado de parte do achado. ~sses
objetos serão entregues diretamente à Del~ gacia, se não i mplicar em afastamento do pÔs t b, quando en tão entregará através dó Unidade, por não ser fato urgente .
29~ Encontrando vefculos abandonados,q.e tenham os aspectos comuns aos carros furtados,tais como : abertos, vidro quebrado de janela,j~ nela lateral de ventilação arrombada , fios de partida com ligação feita diretamente com nós , luz acesa , indicador de painel i!!_
dicando falta de gasolina, falta de acessá rios ("depenado"), rádio, capot aberto , etc, o patrulheiro fará uma investi gação sumá
ria na área e manterá o vefculo isolado.e~ municando à Polfcia Civil ou à Unidade , sem tocá-lo. ~ importante a conservação dos v~ tfgios, que podem levar à descoberta do la
drão , que muitas vêzes, tenha furtado o car
ro apenas para usá- lo como meio de come-
ter outros crimes maiores. Sempre -sao
- 12 -
deixados indícios e impressões digitaisres partes polidas, trincos cromados, painel e,
principalmente , no espêlho retrovisor inte~ no , que é tocado para ajuste individual,per mitindo uma impressão do polegar · d~ mão di reita no vidro . Caso o patrulheiro descubra
o dono do carro furtado, poderá lhe dar ciê~ eia do achado apenas para tranquilizá-lo,1TBs jamais
, ta apos Civil , e
• , , # ,
de1xara toca -1 0 . A entrega sera fei-a perícia pelos técnicos da Polícia não depende do dono querer ou nao
que seja feita a perícia, poi s a mesma -nao visa só descobrir o ladrão do carro , mas
também o autor dos crimes que posslvelmente tenham sido cometidos con tra outrem com o veículo.
III - O CONHECIMENTO DA AAEA ---30-No interêsse do serviço , deve se familiari
zar com a localização de repartições pÚbli~
caa, bancos, farmácias, hospitais,bem como os nomes das ~uas de tÔda a cidade, a fim de ficar em condições de informar •
31-Deverão constar na caderneta de anotaçõesos números de telefones doe ÓrgaÕs de polícia, bomba.iros , a socorros pÚblicos. ~ lamentável e cons trangedo ra a situação de um policial militar que,perguntado sôbre o número do t~
- 13 -
lefone da polfcia ou qualquer outro
de socorro , não saiba info rmar.
, -o r gao
32 - Ao ser procurado para informaçoãs , o poli
cial milita r será atento e interessado ,
A pa r tir dêsse instante o problema passa a
ser o seu também . Caso não saiba i nformar
a compa nhará o interessado at é onde possa
obter a i nfo rmação desejada . Nêsse sentido
poderá se socorrer, de preferência, de pe~
soas estabeleci das no bairr o . Se a s i tua
ção parecer diFfcil, o pat ru lhei r o tefef2
na rá. à Secção de Operaçoes da Uni dade que,
po ssu indo mapas e guias , terá mel ho res COD
diçoes de auxiliar . Jamais será alguém dei
xado , pelo policial militar , nas mesmas
condiçoãs, senão devidamente informado.
33 - O policial militar deve es t a r informado da
localização dos hotéi s , hospeda rias e pen
soes, bem como os seus nfveis e categorias,
se os mesmos pos suem ou nao garagem,etc , a
fim de i nfo rma r turistas, ou mesmo simples
viajant es . Também , deve estar em condiçois
de informar , a êstes , dados gerais da loca
lidade , tais c omo: altitude do l ugar , popul~
ção , base da economia,di stância dos munic (
pios vizinhos, saídas da cidade etc .
IV- RELACIONAMENTO NO SER VIÇO
34 - Na execução de serviço polic ia l mi lita r,e vJ.
- 14 -
tará declaração a Órgãos de imprensa . Caso
seja pressionado deverá informar só o que
já fÔr do conhecimento de todos, falando~
co . Também não fará poses para fotografia
nem coagirá infratores sob sua custódia a
serem fotografados em poses . Fotografar P2
liciais em serviço é um direito de qualqu;!
um, mas isto é um problema de cuja solução
o policial não participa . Em operações de
tropa, caberá ao comandante qualquer tipo
de ligação com quem quer que seja.
35- r copveniente ao PM conhecer porteiros,ze
ladores de edifícios, vigias de garagens,
funcionários de postos de gasolina,garçms,
motoristas de táxi , vigilantes partícula -
res noturnos , bem como outras pessoas que
trabalhem à no ite e que poderão ser bons~
xil iares como fonte de informações . A essas
pessoas o policial cumprimentará e manterá
breve palestra sempre que as vir, entretamo,
sem entrar em inti midades ou confianças
para que não tenha sua ascendência e pres
tígio da Fô rça co mprometidos .
36- Em serviço é proib ido manter qualquer int!
midade com mulhe res, sejam quais forem ,in
clusive pa lestras, mesmo que se trate de
fa mili a r ou de seu círculo de amizades . Essas r e l oçÕes e contatos devem ser tra-
- !S -
tados Fora dos horários de trabalho . A fim
de evitar má interpretaçio do
manter a r esponsabil idade e
pÚbl'ico
confi ança
e na
auste r idade da funçio policial -mi litar ,
sempre que prestar i nformações ou acompa
nhar uma senhora , adotará u ma atitude i ncon
fundível , de respeito , cortesia e se rieda
de . Se atuando em dupla , ambos ficario ju~ ' tos a senhora e senhorita , pois o afasta -
mentp pode dar a impressio,ao público e ao
ronda , que se trata de assuntos pa rtícula -
res ·.
37 - Também , durante a execuçio do serviço, o
patrulheiro nio manterá palestras com quem
quer que seja, mesmo col egas de folga . r ara
dos casos de i nformaçio , nio se r ao alimen -' . tada s conversas com civis , que as vezes
não têm o que fazer . Também, é considerá -
vel que alguém venha con versar com o Poli
cial Mi li ta r para desviar s ua atenção , 6n~
quanto algo irregular é cometido . A pal es -, , . , .
tra da ao publico uma pessima impressãc:; ,
confe r indo a idéia da negaçio do trabalho
ou deslei xo no s erviço .
38 - Quando saudado por cidadios,o policial Mi
litar responder á com a continincia e com
um sorriso. Esta atitude nada custa ao pa
t r11l hei ro , m"s lhe trará inúmeras vantagea>
- 16 -
a si e à Corporação . O melhor agente de re
lações públicas de uma Fôrça, é o aspecto e
as atitudes de seus elementos de serviço,
pois é a êles que o povo conhece e por êles
julga tôda a Brigada. t elementar , também ,
que constitui indesculpável grosseria dei -
xar de responder ao cumprimento,uma
çao ou um aceno , mesmo de uma criança .
V- Q ENCAMINHAMENTO DAS PARTES
sau-
39-0 patrulheiro sempre ouvirá com atenção qu~
quer in' formação , comunicação ou chamado, por
mais banal que pareça no momento,fazendo r~
gistro em s ua caderneta , e agradecendo ªº-Í!:! formante . Se o cida dão pense que está col a
borando com a Corpo r ação e é recebido co rn
i ndiferença, omissão ou des caso p~lo Poli
cial Militar, jamais rec eberá es t ímulos à--coope r açao no futuro .
40-A maioria dos cidadãos não conhece a Organi
zação Pol i cial do Estado , por isso o patru
lheiro deve ser paciente e escutar queixas
que lhe são feitas na rua. As que não exigi
rem providências urgentes , isto é, as que
não envolvam iminência de risco de vida, i D
t egri:dade física e propriedade, serão ouvi
das com a tenção, e será recomendado que o ci
dadão compareça ao Distrito Policial (Dele -
- l 7 -
gacia de Polfcia) a fim de fazer o compe
tente registro para providências po l i ciais.
Em pri nc{pio , o patru lheiro intervirá ime-
diatamente nos fatos comunicados , onde
intervenção possa evitar lesoãs ainda
cons u madas .
a -nao
41- Nos crimes de ação privada, como calúnia,
difamação , sedução de meno res , e tc , o patr~
lhei ro só intervirá na flagrâ ncia , isto é, quando sua intervenção ~mpedir dano maior
ao ofendido ou agravamento de uma situaçãL
de atrito pessoal. Ao rec eber comunicaçac
de fa t os já ocorridos
comandará ao ofendido
e consumados , o PM r e
que faça queixa na
Delegacia do Dist rito, mas jamais irá ao
local , reavivar um fato às vêzes já super~ do . A experiência prova que, em grande nú
mero de caªas, p ~fendido , ~o ª~ber que o policial não irá prender o desa feto,mas qu e
deverá pedir providência à Delegacia atra - . ,
ves de registro ou de p r ocedimento Judici -
al , desiste da que~xa e encerra o ca so Pª!
doando o ofensor , devedor de d i nheiro , etc .
VI- VIGILÃNCIA E INVESTIGAÇÃO
42 - TÔdas as miesoes do patrulheiro se resumen
em VIG IAR ATOS NORMAIS da sociedade e I N
VESTIGAR OS FATOS ANORMAI S. Como regra geral,
- 18 -
deve entender por ato normal qualquer ati
tude ou compo~tamento lÓgico para qualquer
cidadão, isto é , procedimento que o próprio ' patrulheiro, estando de fo lga e a paisana 1
pode adotar, ta l como: olhar uma vitrina ,
ler um jornal num banco de praça, etc •.•
43 - Como fato anormal , que vai merecer atenção
espec i al e uma inves tigação sumáFia atra -
vés da interpelação, o patrul heiro vai en
cara r todos os comporta mentos e atitudes -
exepc i o11ais , isto é , a s coisa s que diflcil . ~ente ocorrerão com um cidadão comum ou me&
mo u próprio patrulheiro, t a l como: dormir
à noite num banco de praça, sair correndo de uma loja, ficar parado numa esquina õs
três ho ras da madrugada , etc.
44- O patru lheiro considerará fatos anormais
por t a11to , dignos de investigação e,se co~
provodo o estado de i licitude ou dúvida
fará a de t enção, como suspeito de ativida
de ilícita , de toda a pessoa que se encon
tre nas segu i nt es situaç~es :
1- Intoxi cado com ciga r ros de ervas ou com
drogas sin t éticas . O cigarro de maconha
( "f'i n i nho") geralment e é e nrolado em
p~po l comum . f xal a cheiro de cisco que~
m~du e apaga ~se f~cilmente, ob r igando o vi c i ado a acendê-lo repe t ida s ve zes ou
- 19-
a fumá - lo em grupo , para mantê-lo ace so .
2- Oferecendo ou conduzindo ciga r ros· s us
peitos de serem maconha , ou ''Dólares~
que consistem em pequenos paco tes cilÍ~
dricos , em papel comum , contendo a erva.
3 - Que apresente nos braços sinais ou ci catri zes próprias de injeções nas vei as
de drogas ,ou conduza consigo ampÔlas sus
peitas .
4- Embriagado a ponto de pôr em risco a se
gurança própria ou de outre111,ou promo -
~endo esci~dalos pelo aspecto ou condu
ta .
5- Portando arma proibida sem licença da
autoridade . A abordagem deve ser feita
com rapidez e cautela , mantendo-se o p~
trulheiro sempre junto ao corpo do sus
peito , para não lhe permitir liberdade
ou espaço para saca r a arma . Ao mesmo
tempo que pede licença, já se apossa da
arma.
6- Transitando ma l trapilho ou sem prova dG
ot.upação Útil .
7- Exercendo a mendicincia , sendo válido para o trabalho , ou e xercendo-a acompa
nhado de me11ores , importunando o pÚbli
co ou fazend o de modo vexatór i o e co11s
trangedor, a t ravés de lamúrias , i nsis -
- 20 -
tência ou de fo r ma ameaçadora.
8 - Te r recusado e forne cer dados sÔbre a
pró pria identidade , quando so li c itado pelo
pe t rulheiro .
9- Portando vo lumes sem justificar a poss e
(televisores , rádi os, etc . ) .
10- Of erecendo mercadoria ' estrangeira a ve~
da sem a documentação de procedência, ou
oferecendo - a por prêço qu e não lhe co r
responde ao valor razoável , ou j Óias ,
relÓg_ios , etc, sem as respectivas notas .
11 - Sendo meretriz seja encont rada na práti
c<. Jo '' trotoi r i' ou se oferecendo por g~ tos ou ~Litudoa em p~blico .
12- Dormindo em mesas de bar, sob ma rqu ises,
bancos de praça, terrenos ba l dips , sÔbr e
escadarias, etc . 13 - Tra nsitando à noite , com tênis , " Ceedes"
ou outro qua lquer tipo de calçado silen
cioso .
14- Portando '' pi- de - cabra '', '' mi chas '' (con~n
to de chaves falsas), "gaz~as'' , alicate -de pressao ou qualquer outro i nstrumento
usua lment e utilizado na prática de crime
l1't; Fur to .
15- Mantendo- s e insistentemente perto de caE
ro es ta cionado, encostado a êle, mexendo
em suas portas , olhando para o seu jnte-
- 21 -
r io r, etc .
16 - Tr afegando ou mantGndo o ca rro estaci~
nado, sem comprovar a posse legítima.
Sendo à noite, não e xp licar o motivo
de estar estacionado, desde qu e nao
haja muita lógica no ato .
17- Pa r ado ou circulando ins i stentemen t e
junto a colégios, praci nhas infantis e 1
ou tros locais o nde ha j a crianças ou
moças . -18- Sendo estrangei r o, e nao portar a carti&
ra de modêlo nR 19 .
19- Parado ou ci r culando com insistência
jun t o a casa comercial Fechada , bomba
de gaso l ina, ou mesmo alguma residên
cia, sem justifica r o motivo .
20 - Sendo pede r asta, mantendo atitude, ou
gestos , ou as vestes , escandalosas a
ponto de provocar ridículo.
21- Procu r a ndo se fu rta r ao olhar do patr~
lheiro, se escondendo dêle ou
apressado dos locais onde o
chegue.
VII- A T~CNICA DA ADVERTrNCIA
s aindo mesma
45 - Sendo a prevenção das infrações a pr inci
pal meta do policiamento fardado, o patru
lheiro inter virá , advertindo que m se en-
- l.L
contre em situação irregul.ar que possa -ser sanada . Adver tir nao s ignifica amea çar
" " r1>1r lições de moral . A advertênia é uma inLerpelação fefta pelo policial mili
La r para que a l guém mude d"' atitude e com
preende apenas :
1 2- Dizer que o que o indivíduo esta fazen
rln P. i nfr~1çãn .
2~ Solicitar qu e o infrator ad~te conduta
conveniente .
Jamais o policial militar dirá o que pode
fazer, como por exemplo : "Posso lhe prender
po r i sso", " se quisesse poderia prendê-lo''
etc . Se fÔr acatado e o infrator mudar de
compu rLa me .. tu ,o caso se rá encerrado , e nao
será considerado " OCORRrNCIA POLlCIAL", pof.
tanto não merecerá registro , nem ao menos
em f i cha . ~ conveniente ao pol i cial militar,
e mesmo à Corporação , que as pequenas in
frações sanáveis apenas c om a advertência
sejam encerradas na rua,pelo patrulheiro ~
quando acatado . ~e for intolerante· e · rigo
roso e1" excesso , conduzi - lo à Delegacia
do Distrito . Diant e da infração leve , o pl.,11tão simplesmente advertirá o infrator
e o livrará, coisa que poderi a t e r s ido
f eita pelo patrulheiro. Isto deixará o po~ Jj 1.i'1l-1niUtar e sua Corooracão como in_:
- 23 -
transigentes e arbitrários , e o policial ci
v.il como s.ensato, inteligente, com~.eensi
vo e bom. Também, sobrecarregará a Delega-
e ia , . , . .
fazendo-a tratar de casos primarias e
s imples,que poderiam ter
na rua. A detenção de uma
sido resolvidos
pessoa por moti-
vo contornável, revolta-a por submetê-la a
um vexame desnecessário .
~ó - As advertências do policial militar -serao
fe i t as em tom de voz e atitude profissiooa
is d não pessoais . Deve ser considerado -
que ni nguém, geralmente , aceita uma adve.E.
tência s em querer discutir, alegando ter
r a zão . Além disso, se o policial militar
não Fôr a inda experürnte , uma simples adOO.E.
t ência s e tra ns formará numa ocorrência gra
ve. Ness e ti po de contato, são mais impor
tantes os primeiros segundos na abordagem
do i~frator , que se fará assim:
1- Encaminhar - se ao infrator com naturali-, - , - ,
dada, isto e , nao correra , nao apressara o
passo ou qualquer outro gesto ou atitude que revele exaltação de ânimo .
2- Manter a cabeça erguida e os ombros ere
tos, ,
que e uma atitude de firmeza.
3- Não empunhar t alão de multa , caneta ,ba~
tão, etc , antes da interpelação , pois isso
dcm~nstrar ia uma conduta pré-concebido do
- ~4 -
policial militar .
4- Dominar a arrogância e a sensaçao de
poder que a farda, a arma e a condição
legal conferem,caturalmente, a um poli
cial militar.
5- Cumprimentar o infrator com polidez ,
como se nada de mal houvesse cometido,e
ap resentar-se com naturalidade e falar
serenamente, pois o infrator não é um
inimigo pessoal .
Quase sempre os infratores,quando podemju~
tificar seus drros , voltam- se contra o po
licial militar, se queixando deles, aprg
vitando-se de suas falhas na interpelação .
Essas falhas, se cometidas, permitem que
um individuo errado acuse o policial mili
tar, também de irr~ ao usar J rosseria
exaltação, prepotincia,ou ter falado dema:i!o
saindo do seu limite. O patrulheiro não po
de se nivelar no erro com o i nfrator . Nada
poderá ser alegado contra a sua conduta se
a mesma foi de cortesia e firmeza ao fazer
cumprir a lei . firmeza com serenidade de
sencora ja reaçao.
47- O patrulheiro,sendo um educador , deve dar o
exemplo. Em trato com infratores não deve
se exaltar, pois as infrações são cometi -das contra as leis e não cont ra a sua pes-
•
- 25
soa . Deve tratar a todos com SERE•1IOAOE,
FIRMEZA E CORTESiA, mesmo a um vagabundo
ou meretriz. Qualquer ~xcesso do policial
militar no falar ou no agir con'ra alguém,
atrairá a antipatia do pÚblico,e provocará
simpatia e solidariedade ao i n fra tor . Ao ' impor a Lei c po licial sera decidido e fi~
me, mas sempre polido . O atendimento de uma
ocorrência é um ato profissional que o p~
licial deve encarar com frieza , sem emoça~
e não como probl ema pessoal . •
48 - Durante seu quarto de serviço deve te r con:se-iência de que é um agente fiscaliz!!_
dor do cumprimento das Lei s . -Oue está na
rua para manter a Ordem PÚblica,evitando e
prevenindo as violações . Para evitar gra~
des ocorrências , deve intervir nas menores
irregularidades que lhes dão origem , deve
fazer sentir a s ua prescBnça nos l ocais onde
estiver, pera ter valor . O policial que to
lera violação da Lei em sua presença , ou
que se omite por indiferença diante de uma
irregula!idade, se desl!lI)raliza como profi~ ·· SJ.onal e diminui o pr estígio da sua Corpo
• raçao! como in;s~.itu ição . 'Também, até mesmo
,.por questão de esfpr ço , é inte ressante le_!!! . . brar -·se que é inais fácil advertir um g-rupo
;' :: de bêbedos num: bar, mamlando - os para casa ,
- 26 -
do que mais tarde ter de intervir num con
flito entre êles.
49 - No atendimento de contravenções ou crimes,
o policia l militar não critica o infrator
µe lo que fêz nem comenta com terceiros na
l ocal , pois não é um promotor de justiça
pa r a acusa r, nem advogado para defender,rra5
sim um agente f rio e imparcial da Lei . Não
pode fica r com pena da vítima, mas deve so
corrê-la . Não deve demon s trar raiva pel o
infrator, mas até protegê-lo, se pr eciso .
Não p0
ode se deixar envolver pelas
que dominam os locais de c rime . Se
-emoçoes
quiser
ter o contrÔle da situação , deve controlar
primeiro a si mesmo . Um patrul hei ro sereno
e f i r me fàcilmente domina e assume o coman
do da situação num local confundido pela
emoção . Se apa renta r calma e decisão, vai se
constituir numa ex ceção , at é mesmo invejá
vel pelos out r os . Natu ral mente e sem sentir
passarão tudo às suas maos, cop1preendendo
que somente quem ~abe o que está fazendo é
que pode se manter sereno numa confusão .
VIII - FONTES DE ACIDENTE
50 - Se a finali dade do policiamento farda do , e
a prevenção, não só de crimes e contraven
ções , m<is tamoém a de proteção da socieda -
- 27 -
de, compreenderá o patrulheiro que é sua
dbrigação tomar providências, comllliicando
ao setor responsável qualquer condição in •
segura que possa ser fonte de acidente,tais
como:
- fios elStricos caídos
- bueiros sem tampa
- postes frouxos
- muros ou paredes em vias de desabamento
- buíacos no leito das ruas
- vasos sÔbre bordas de sacadas
~andaimes e tapumes inseguros, enfim,tudo
que possa por em risco a integridade do
público .
Nêsses casos sinalizará o local com os meios
que dispuser, mantendo vigilância sêbre êles,
até que sejam sanados e seguramente sinali
zados.
51- e obrigação do patrulheiro , verificar 3
funcionalidade dos sinais que são coloc~
dos nos leitos das vias pÚblicas,onde há e.!!_ -cavaçoes ou obras. Os sinais podem:
- cair
- ser desviados
- ter alteradas suas posições corretas pelo
vento ou por má fé,e criar condição de
perigo. O patrulheiro restabelecerá a po
sição oriEinal,ou providenciará em sua
- 28 -
substituição , se fÔr destruído .
52 - Os sinais de t rânsito inscritos em placas serão verificados . O patrulheiro fiscaliza rá as suas posições, acertand.o ou comuni
cando a alteração . Muitos dêles se desbo -
tam com o tempo, caem ou ficam de visão, pelo crescimento de galhos de res, etc .
IX - SERVIÇOS GERAIS
difícil , arvo -
53- As árvores , jardins e gramados públicos e~ tão sob a tutela polici<:•l, e os danos a ês ses bens ·costituem infração de dispositivo do C6digo de PostMras Municipais . A simples violação será pass{ve-1 de advertência OL de
anotação de dados para comua~cação à Prefeitura. No caso de desacato caberá a pri--sao .
54- Quando forem danificapos postes ou linhas
da CEEE ou Telefônica., fatos comuns em aci
dentes de trânsito, o policial militar raão liberará os responsáveis.até que tenha fel
to cornunicaçãa àqueles< se tor.as . Cas1> sJj-e difícil o contato , pode~á ac r escentar na
ficha aquêle dano, para que a: Unida d-e o f~
ça .filepois. ' 55- I dêntico procedimento s erá tomadb em rela-
' ção a.o dano na-s calçadas , cantEjiro s " sin_a.:.
- 29 -
lização de trânsito e outros bens pÚbli cos , mantidos pela Prefeitura.
56 - Muitas outras t a refas cabem a um policial militar executar , desde que sejam de inte
rêsse da segurança e do bem estar pÚbli cos ou que, beneficiando a um partícula& seja fator de boas relações da Corporação . rsses gestos de educação e elegância repe~
cutem bem e devem ser praticados, embo r a não sejam um dever lega l. Assim,é r ecomen dável ao patrulheiro : - ajuda r a empu rrar para fora da pista um
veí cu l o em pane ; - oPerecer-se para chamar ajuda para
. esse
condutor em apu ros;
- a judar alguém que desembarque de um veículo portando embrulhos ;
- auxiliar a saída de veículos de ga r agens,
sinalizando; -- auxiliar remoçao de doentes de casa para
veí culo; - fazer parar táxi pa r a uma senhora que o
deseje . 57 - Não só as fontes de acidentes , mas qualquer
out r a forma de inconveni ên cia que prejudi
que o confÔrto ou o bem estar do público ,
merecerá a atuação do patrulheiro , tal como: - animai s mortos nas vias pÚblicas ou ter -
- 30 -
renos baldios;
- vasamente em encanamento d'água;
- canoe de esgôto estour ados;
lâmpadas da iluminação pública queimadas,
etc .
50- Tomando o conhecimento de que há algum coo com sintomas de relva, pedirá aux{lio à U-
nidade e t ra ~ará de localizar o dono
apresar o animal , para que fique amarrado ,
em observação, por 8 dias , quando então,e~
tarão dirimidas dúvidas do seu es tado . SÓs!!_
rão s~c rificados animais , pelo policial m_!
litar quando estiverem f eridos ou doentes
irrecuperàvelmente e com autorização e<Pr~
se do dono . Nos demais casos, será pedidc
o aux{lio da Sociedade Protetora dos Anima
is.
59 - Impedirá que seja depositado lixo nas via~
pÚblicas ou terrenos baldios, adverti ndc
aos infratores. Poderá , também , anotar no
me e enderêço e registrar na ficha,paraque
seja o infra t or denunciado à Prefeitura
co mo incurso no CÓdico de Posturas, pela
Unidade.
60- Para comunicar aos setores responsáveis a
existência de fontes de acidentes ou de mal
estar ao pÚblico, é importante adotar o cr_!
téri o de diri gir-se di retamen t e'~rros caso 5
- 31 -
que requeiram medi das ur gente s pam evita r mal gr ave, f azendo , após , o registro ne
..... ficha . Nos demais casos , cuja soluçeo pod e aer dada sem muita urgência , o patrulheirQ
apenas r egis t rará na ficha , como eão oa casos de Lâmpadas queimadas da rêde pÚbli ca , vasos pendentes de sacadas , etc. Ao e~
municar o fato diretamente, anotar o nome de quem atende ; se não souber ou vida sÔbre a que setor compete a do problema, telefonará à Secção
çoês , que o fará.
X- SERVIÇO ~NOITE -
, tiver dy so l ução
de Oper~
61- Nis rondas noturnas o patrulheiro, quando
tiver l anterna, deve di ri gir o foco de luz para o interior dos pátios,principalmente para ga r agens , depósitos, áreas junto a armazéns , r asas comerciais. ~sse mater ial de iluminação é de um valor muito grande , por que confere uma certa segurança nas
inspeções de locais escuros. Também mera--cerao uma vista os terrenos baldios junto a residências, por serem locais preferidos por marginais
62- ~ noite , quando em perseguição , para entrar
em local escuro ou de fraca iluminação,deve levar em conta que é necessário um pequeno alto para acostumar os olhos,pa r a erular a
- 32 -
desvantagem que terá em relação a quem a l i
chegou segundos antes .
63- ~ no i te a invi ol abili dade domi c i liar é mai~
acentuada . Quando em per seguição para pr i --sao , ao te r o f ugitivo se homi siado em al -
guma casa, o acesso
ocupante . Caso êste
depende de licença de
se recuse a per mitir
e sendo de DIA , o policial militar arrola
rá testemunhas e entrará à FÔrça , prendendo
também o dono , por favo r ec i mento pessoal,
caso nao seja , o fugitivo, parente próximo
(pai, F.il ho, i r mão , espôso , etc) . Se fÔr à NOI TE, o policial simplesmente guardará as
sa{das e comunicará à Unidade ou Delegacia.
SÓ ao cla r ear o dia poder á adota r o proce
dimento anteriormente descrito . )
~4- Ao verificar portas ou janelas abertas en 1 , '
horas ta r d i as da no i te, investigara sumari
amente alguém da casa a Fim de ver ifi car
se houve esquecimento ou se o dono assim e
deseja . Caso não apareça ninguém, o polic1
al militar procurará i nfo rmaçoes nos vizi
nhos . Se suspeitar de algo irregular no in
terior ,reunirá testemunhas e entrará no
prédio, anunciando-se , em voz alta, que s e
tr.a.ta de policial militar, para ev i tar oca
so de acordar- se alguém e Fazer disparo P8!!
sanda t ratar - se de ladrão . Caso sent ir chei
- 33 -
ro de gás de fogão , não usará luz elétrica ,
pois ao acionar o interrupto r , a faísca
pode produzir e xplosão do pr édio . Nêsse ca
so , se a brirão tôdas as portas e janel as.Se ,
apos a entrada verificar - se tratar-se de um
prédio a rrombado, o . ,
gua r da e comunicara
patru l hei r o fa r á a sua
ao Quartel ou Del egacia
65 - No serviço à noite , inspeciona r, tocando can
as mãos, todos os cadeado s , trincos de PºK tas e cortinas de vit r inas e garagens , e s
pecial mente casas comerciais , verificando
o seu corre to fechamento . O bom policial~
cob r e antes do dono a ocorr ência
bamento . Também , o patrulhei r o
uma boa impressão de trabalho e
do arrom
produzirá
valor se fbr
visto examinando cadeados, portas,etc,o que
é uma prova da sua pr eocupação com a segu
rança da propriedade .
66 - Ha vendo perturbação do sossego, com ruÍd~s , '
epos as 2200 ho r as, como algazarra, buzina
insistente , mús ica com volumes alto , etc,o
po l icial mi litar adver t irá o responsável pela contravenção . Somen t e efetua r á a pri
são caso não acatem a adv ertência ou conti
nu em na i nf ração a pó s advertidos . ,,
XI - PATRULHAMENTO MOTOR I ZADO
é 7 - Quando em guarni ção de car r o patrulha , ao
- 34-
receber o serviço, conferir o material de
eme~gência , testando o seu funcionamento e
a sua regularidade , pois será responsável
por sua carga e seu emprêgo eficiente . Será
responsabilidade da patrulha tÔda a opera
ção que fracassar por causa do mau estado
ou condições de funcionamento daquêle mate
rial . 68 - Considerando que um carro ou um rádio sao
materiais caros e de reposição difícil para
a Corporação , ao receber o serviço,inspec~
nará o veículo e estação, porque após rece . . , ,
b e r "sem novidade" se·ra responsa vel pelo
estado do material . l aconselhável revisar,
antes , o nível de Óleo, água da bateria,
freios , calibragens dos pneus ,pintura, f un
cionamento da sinalização .
69- Ao deslocar - se no veículo , sentar- se com
naturalidade , mantendo os braços caídos na
turalmente , evitando a posição antiestéti
ca de manter o braço sôbre a parte alta dú
encosto do banco ou sÔbre o bordo da jane
la, ou mesmo escorrer-se sôbre o banco daD
do a impressão de espreguiçar-se. O pÚbli-,
co e bom observador.
70 - Para que uma viatura rádio motorizada pos
sa ter um aspecto inquestionável de que está . , , .
de serviço, e necessar10 qu e seus ocupar -
- .3 ~ -
tes tenham o rosto voltado para o exterior
do carro,em atitude de observação expecta~
te e que a viatura não tenha velocidade trai
or do que 30 km/hora. Se o carro trafegar
com baixa velociade, mas seus ocupantes e~ tiverem palestrando, recostados à vontade,
no banco, fumando ou rindo, a impressao
que vão conferir ao pÚblico é de que estão
passeando num carro da rôr ça . Por outro la
do, se a atitude adotada pelos ocupantesdo
carro fÔr severa, mas a velocidade for acl
ma de 30 Km/Hora a impressão será de que o
ca rro não está dando proteção ao local,ma s
sim que está se deslocando de um lugar A
para um lugar ~. onde o ponto de observação , e apenas uma etapa de passagem veloz . lbrta~
to, um carro de patrulha-rádio só cumpre
sua finalidade de observar rigorosamente o
binômio- BAIXA VELOCIDADE e ATITUDE DE OB
SERVAÇÃO EXPEC TANTE DA GUARNIÇÃO.
71- O motorist~ policial militar terá a preoc~ ção de inteirar-se do tráfego ao seu reda~
especíalmente quando .em marcha de ronda,30
Km/hora, (mais ou menos), para não embara
çar o t rânsito dos . outros veículos . Para is
so trafegará pela direita da sua mão de di
ração, e fará o sinal convencional para os
veículos indecisos da sua retaguarda o ul-
- 36 -
trapassem.
72- Tanto para estacionar como para trafegar,
não estando no atendimento de emergências ,
o carro de patrulha obdecerá tÔdas as leis
que regem o t rânsito , pois à Polícia Mili
tar não cabe o privilégio , nem o abuso de
di r eit~ sem motivo que jus tifique.
73- A sirene, sendo um sinal regulamenta r do tren ' . si to para que todos os vel.culos parem, se s~
r á usada em caso de emergência . O tráfego
pela contra - mão só será feito quando a gra
vidada da emergência justificar o risco de
tragédia . e seu e feito negativo na opinião
do público. ~ importante que o motorista de
ca rro de patrulha saiba que há jurispr udên
eia pacífica que o condutor de carro de PQ
lÍcia é responsável pelos danos pessoais e
materiais que pr ovocar em acidentes ,em que
haja desobedec ido as regras de trânsito, m~
mo em eme r gências e com sirene ligada .
74- Ao se dirigir ao l ocal da ocorrência , ter em mente que por mais rápido que se deslo
qu~ consider ando o que foi dispendido para
que o chamado chegasse até o carro , já encontrará o caso em seu pior aspecto , já su
perado ou consumado . Deste modo , não se J~
tificam correrias em a l ta velocidade atra -• ves de ruas da cidade . º"e n• de1n orovoca r,
- 37 -
tragédias mais graves do que o caso qual.EU ,
atender . A ''maior velocidade poss1vel''rec~
mandada a um patrulheiro pari uma ocorrên
cia, não é o máximo que a máquina do carro
pode dar , mas s im a maior velocidade que
poderá imprimir COM SEGURANÇA para si,para
o carro e para o pÚblico que compoã o trâ~
s i to (veículos e pedestres) . t sempre inte
ressente lembrar-se que a título de salvar
desordeiros em rixa, não se pode correr o
risco de matar uma criança, demolir um car
ro , ~erir-se ou morrer numa capotagem .
75- ·~bre a velocidade de marcha , cabe lembrar
que somente com ela bem reduzida pode ser
fei t a uma observação eficiente, além do que. se a Unidade móvel tiver a mesma velocida
de dos outros carros , terá descaracteriza
da a sua função de ronda.Com bai xa velocidade é mais fác i l parar e , por exemplo ,al
cançar , a pé, a l guém qu e fuja em direçã:icon
trária, pela calçada, etc . Além disto , ê mais fáci l para um patrul heiro completar uma observa~ão ou tirar alguma dúvida olren
do outra vez, sem necessidade de fazer ·um
retôrno no carro .
76 - Não estando ate~dendo ou se dirigindo ao lo
cal de oco r rência, todos os carros da FÔr-,, ça, mesmo não estando em serviço po l icial,
- 38 -
darão preferênc~a, po r cortesia, aos pede_! ... tres nas travessias , parando o carro e fa-
zQndo o gesto de passagem, ou simplesmente
diminuindo a marcha. O mesmo procedimento
cortês será adotado em r elação a outros , . ,
veiculas . fora da emergencia,veiculo cara~ terizado da Corporação não pode.disputar
passagem nem vantagem de circulação . De p~
quenas atitudes se faz o prestígio de uma
instituição. Ca da agente na rua deve ser um
p r opagandista da Fôrça .
77 - O condutor de veículo de serviç~ a exemplo
d•os demais policiais, responderá ao cumpr.!_
menta de qualquer pessoa e responderá aos
sinais de luz usados como saudação por al
guns moto ristas.
78- Pa ra estacionamento nos PO (Pôsto de Obse~
vação), o carro ser á situado em lugar de
segura e fácil sa Í da,e bem visível pa r a o
público. ~ recomendável o desembarque e a
exibição da guarniçao no P~, o que aumà~ta a idéia de presença é de força . A noite ~ o PO será obrigatàriamente em local ilumina
do, mesmo que para isso fique um pouco a
fastado do local determi nado pelo cartão .
~ recomendável o desembarque da · guarniçao no PO , especial men t e à noite , pa r a contra
riar a tendência de dormir no banco .
- 39 -
79- Serão mantidas , nos painéis de carros patr~
lha , tabelas com a relação de ca rr os roub~
dos , bem como fotog r afias de fo r agidos e
delinquentes procurados . ' Tais relações
devem ser mantidas rigorosamente atualiza
das para evitar desperdíc i o de esfô rço . Na~
se sentido , tôda a vez que o Comando tiver
ciência de que um veículo , delinquente ou
criança perdida tenham sido encontrados ,
fará o cancelamento da busca em chamada ge
ral .
80 - Estando embarcado e sendo procurado por al
guem para serviço, desemba r cará do ca rro
para atender a parte . Receber um comunica
do sentado dá a impressão de desinterêsse
no caso . Caso este j a chovendo poderá, com
a devida cautela, convidar a parte para se
abrigar no veículo .
81- Estando em carro ou não, ao ser procu r ado
por alguém que pede uma providência ou co
munica um fa t o, seguir para o local,de p r~
ferência mantendo junto o comunicanta,para
evitar o '' trote'' . Também , se fÔr verídica
a comunicação , será mais fácil a atuação
num luga r , tendo alguém que o conheça para
localizar prédio , identificar pessoas e a
pon t ar suspeitos .
82 - Ao deixar o PO para atender a chamado que
- 40 -
não seja feito através do Comando, emitir
mensagem comunicando o afastamento e rela
tar o que puder sÔbre o destino que o aÇJ.Jar
da . Também, no regresso, cientificar ao Co
mando do ocorrido , assim como também o deve
ter feito ao ter chagado ao local da ocor
rência.
83- Enquanto atender uma ocorrência, a guar0i
ção não permitirá aglomerações de curiosos
em tôrno do carro. Isto poderá ser feito
com o intuito de esvaziar pneus, riscar~
tura, ·etc , com o fito de prejudicar a ope
ração ou mesmo ridicularizar a atuação po
licial militar. O Carro de patrulha é uma
instalação vital quando parado,e que deve
merecer tÔdas as medidas próprias de segu
rança Física e técnica .
84- Tendo em vista a proteção do ve1culo,QJSndo - A ,
a guarniçao for em numero maior de um,o m~
terista fará a guarda do material enquanto
os outros atuam.Nêsse caso , se tiverdesa
ir para reforçar ou apoiar seus colegas,
comunicará ao Comando, elevará o volume do 1 ' A radio para que possa ouvir a distancia. Se
ainda tiver de se afastar muito,fechará o
carro e levará consigo a chave, deixando o
mesmo com freio de mão acionado.
85- Estando só no carro e tendo de se engajar
- 41 -
em si tuação afastado do carro, também com~
nicará ao Comando e fechará o carro . A com~
nicação lhe conferirá uma segurança ma ior ,
embor a relativa, po r que per mitirá ao Coman
do fa z er ' nova chamada ao car ro dentro de
cinco minutos, que , não sendo respondide , de
terminará " a ida de outros carros para o lo
cal.
86- Sempre que fÔr deixado o carro para persa-•
guir ou abordar suspeitos ou criminosos, o
patrulheiro terá de comunicar ao Comando e
rela~ar o máximo que souber sÔbre o locai,
nome , tipo Físico do suspeito, vestimenta
que usa, e tc . Se não houver rádio no carr~
é interessante deixar rabiscado,numa fÔlha
da caderneta de apontamentos, a descrição,
porque se algo d~ grave l he acontecer, pelo ,
menos o.autor podera ser respons•bilizado -e nao ficar impune.
87- Também, se tiver de abordar ou seguir um
carro suspei t o, tendo rádio na viatura,
transmitirá ao Comando a maN:a, ti po, ano
de fabricação,côr, núme ro das placas ou si
nais caracterÍsticos , e descreverá o tipo
de seus ocupantes. Isto facilitará a conti
nuidade da busca, caso perca de vista , por
outros carros. Será difícil recordar de tudo
se fÔr feita a descrição após ter perd'ido
- 42 -
o veículo . 88- Ao perseguir um veículo suspeito, estando
com rádio, não fazê - lo baseado na velocid~ de , mas sim na manobra de outros carros, que entrarão na operaÇão e nas comunicações que serão estabelecidas na rêde . O carro
que assi nalar a infração ou suspeita . , J ª
, -tera sua missao cumprida se conseguir acom panhar com a vista, fazendo a descrição e mantendo o itinerário sempre informado a o Comando . A apreensão se faz com a obstrução pela frente, isto é , com o estabelecimento
de uma barreira no caminho, que será mont~ da por outros carros , jamais por trás, com correrias , que envolvem possibilidades de
' ' risco maior qo que , as vezes , se ~ pret ende
evitar com a são que seja
" - , apreensao . Nao ha nenhuma pri ma i s importante que uma vida .
89 - Para fazer parar um veículo suspeito,es t an
do motorizado, trafegar ao seu lado e ligar sirene . Caso não obedeça a sirene,fará o sinal com a mão pa~a que encos t e e cione à direita . Naturalmente, isto determinado onde o veículo suspeito
esta -,
sera possa
estacionar junto ao meio-fio,sem problema&
A_t é chegar ao local i deal de abordagem a~ trulha sàmente manterá o acompanhamento.D~ rante o tempo em que tiver de t r afega r ao
- 43 -
lado do suspeito, o policial militar mante ,
ra a devida cautela para as atitudes do ou
tro . Isto dará possibilidade de i'ivrar~e de
um abalroamento, de um ''apirtp '' caso o su~
peito jogue seu veículo contra a patrulha
e , mesmo, poderá se safar de disparo de a~
ma ,já que um veículo ao lado de outro ofe
rece Ótimo alvo para um atirador.
90- Para abordar veículo suspeito estacionado ,
parará o ca rro-patrulha at rás dile,mantendo estacionamento oblÍquo,de ré , com a
frente voltada para a direção da provável
fuga . Isto, além de oferecer proteção ao
patrulheiro que des embar car na
tando ser atropelado por outro
também permitirá uma a rrancada
pista, ev i-,
veiculo,
mais rápida, caso seja preciso iniciar ou continuar uma
perseguição motorizada.
91 - Ao abordar um carro suspeito, nunca despr~ zará a possibilidade de se tratar de apenas .. parte de um bando,cujo rest;ante venha ou~
teja em outro veículo. ~ comum os delinquei
tes , principalmente os assaltantes motori
zados, agirem em quadrilha dividida em maia.
de um carro. -
, 92- Para chegar-se a um carro suspeito,o poli-
dial sempre o fará por ~rés , pelo lado do
~ondutor, falando-lhe de um ponto si tuado
- 44 -
a uns dois passos atrás dêle . Isso manterá
o motorista numa posição incômoda ,pois terá
de torcer o Go rpo para voltar o r osto, pr~ judicando , assim , a sua liberdade de movi
mento caso queira disparar uma arma de fo
go contra o patrulheiro . Se tiver sido al
cançado após a perseguição, o policial mi
litar poderá abordar o suspeito com a s ua
arma na mão e mandar que o mesmo desembar
que de costas, par a uma busca , assim como a seus acompanhantes , um a um . A busca será
facilitada se fÔ r fe ita com os suspei tos
debruçados sÔbre o "capot " do carro , com
os braços abertos e estendi dos em todo o
seu comprimento e mantendo os pés afasta -
dos entre s {, e ao máximo de distância pos-, . - . / ,
s1vel do ca rro , em pos1çao de des1qu1l1 -
brio .
93 - Sempre que est iver sendo procedida uma bui
ca num suspeito , héwendo um 20 policia l m_!.
l i ta r, êste manterá sua arma na mão , em co~
diçÕes de uso imediato , com a cautela de
livr a r da linha de tiro o seu colega que
procede a busca . ~sté pr ocedimento não cons t itue exag;r o, deede q ue o cept<;redo tenhe
sido a l cançado após perseguição ou r eação .
Eficiente a r ma para êste tipo da cobe r t ura
é a espingarda de caça , que figu r a r á como ·
- 45 -
material obrigatório na car ga dos carros de patrul ha . A arma será um elemento de pr_g_
teção e de dissuasão . 94- Para embarcar presos rebeldes em "Viatura ,
um patrulheiro ent rar á primeiro e s egurará o prêso por debaixo dos br aços , pelas axila~
mantendo-o de costas para s ! à para o ca~ ro , o que facilitará a operação , já que um
A preso empurrado de frente contra um carro
e que cons iga abrir os braços e apôfá- los nos batentes da porta , criará uma situação
de embaraço e rid! culo . 95 - Estando em carro de serviço, ao receber de
tido ou prêso de outros policiais , mesmo s~ • periores hierarquicos , o patrulheiro proc~
dará a uma busca como se fÔsse a primeira , mesmo que haja alegação de que já foi r~
vistado . Nenhum prêso de nenhuma categor ia será embarcado numa viatur a sem satisfazer
êste requisito m!nimo de segurança . 96 - A comunicação é um elemento t ão val ioso ou
mais , quanto a mobil idade numa op eração. Q
patrulheiro motorizado 1t em ao seu dispor ês . - . ,
ses dois tesouros na mao , entret anta..,so po derá t irar - lhes proveito se souber usá- los ,, . adequadamente , fator vital do rendimento de um equipamento de rádio-comunicação é a di2_ c ip lina do s eu uso . A fim de evitar tumul-
- 46 -
to na rêde , com o congestionamento de cha
madas ~~ntervsnç~es, o patrulheiro s6 in tptvirá na rêds quando 'autorizado, . sempre
l evando em conta que pode haver outro cole
9• com problema mais greva , dependendo dê! te precioso meio de comunicação. O paliei• al militar lembrar- se-á de que a conversa pelo rádio é como se fÔase na presença de
um grupo, aonde cada vi't que um ralar os demais escutam, sob pena de ninguém sa ent ender .
97- Ao usar o rádio falará com intensidade natural da voz, evitando a tendência natural de gritar, como também ocorre com a palestra ao telefone. Isto é devido a idéia que
tem o interlocutor da distância a que se E!:!
contra o outro, idéia errônea, já que a onda de rá dio faz desaparecer êstes metros ou quilÔmattos. ~ bom princípio imaginar o microf~ne como sendo o ouvido da pessoa a
quem se· tala, cuja proximidade dispensa el_!·
~ão do tom de voz . 98- Se tiver de emitir mensagem-rádio , com o Ca.!,
ro em movimento , para anuiar o ruído do ~o
tor encostará o microfone junto ao pescoço, entre o pomo de Adão e o grosso feixe de
músculos, falando, então , do mesmo mod~
Isto livrará a mensaoem daouêles ru{dos . .
- 47 -
99- As mensagens-rádio são profissionais e não
pessoais,por isso ao chamar o 6omando,o p~ trulheiro apenas mencionar& o prefixo do
aeu c~rro , tal como- "PRM-15" ou "1 5'' que
funciona como pedido pare entrar na rêd~
Após isso e guardará ordem para emitir e men sagem , que ser~ simplesmente- "fale PRM -1~
6u ''fale 15", ou então, "Aguarde PRM-lS"ou
"Agua rda 15" , caso não seja possível ,no mg, menta, o Comando lhe dar atenção,por estar recebendo outra comunicação. t prejudicial à f~ncionalidade da rêde acrescentar coisas supérfluas e vazias , como por exemplotaqui é o Sd Jos é" ou querer saber quem éqt.eest~
atendendo na Estação Central , se é Sargento fulano ou o Cabo Ciclano.
100- As mensagens pelo rádio serão curtas ,conc.!.
sas, • claras e precisas. O patrulheiro f~ lará pausadamente 1 evitando pôr na voz a ema ção do episódio que vai narrar . O ~olicial Militar se lembrará que uma mensagem que
foi emit ida com atropêlo e conf~são j amais chegará ao destino com clareza.
101- A.; emitir uma mensagem para que
p leta e curta, é importante que o seja CO.!!J.
patrulh~
ro-antes de fazer a chamada , faça um rascunho mental. Alguns Policiais Mil itara~ P~
ra aoerf eiçoer está t écnica, imaginam a
- 48 -
mensagem como se f Ôsse um telegrama que
vai t ransmitir pessoalmente e par t icula! mente, e que terá de pagar do s eu bÔlso al
ta soma por cada palavra . Igual pr ocedim!!
to deve adotar pâra uso do alto - f'alanl:&- do carro.
102- O patrulheiro não trará nenhum preju!zo à rêde se falar de menos em mensagem , por
que é mais fácil ao Comando pedir mais d~ talhes, do que lhe dizer que está falando
demais. 103- Ao concluir uma mensagem transmitida pelo
rádio, o patrulheiro sempre dirá''desligo~ para evitar que o operador do Comando con t inue dando a êle a atenção da rêde.Quando não concluiu o diálogo e aguarda a raspo~ ta de uma pergunta, por exemplo , nao dir á "câmbio", para passar a palavra ao outro, já que o estalido do botão do combinado
1 , . , ..
reve ara que Jª nao est.á falando mas agua! dando , na escuta .
XII- ABORDAGEM DE SUSPEITOS
104- Ao abordar suspeitos ou criminosos DESARl!IADOS, mas que pela atitude demonst r em dis posição de reagir com fôrça r!sica ao po
licial , como mêdida de cautela e como demons t ração de fÔrça para dissuadi r e de s en
- 49 -
corajar a r~açao, o patrulheiro sacará e
manterá empunhado o bastão para o seu prQ
vável emprêgo como defesa. A experiência
prova que essa atitude de decisão e , fir
meza quase sempre tira o ânimo de luta do
infrator.
105- Ao abordar1 foragidos reconhecidos ou de
sordeiros ARMADOS, o patrulheiro empunha
rá ''na mão'' o seu rev6lver para assegura~
para si, a supremacia de ação.Tal a titude,
naturalmente, sõ será adotada
presumível, pelos antecedentes
quando f Ôr
do margi-
nal, que poderá haver reação diante da in
ferioridade do patrulheiro, ou quando se • tratar de abordagem a noi te ou em local
êrmo . O saque da arma sistemático pelo PQ
licial milita~ sem um motivo que justifi
que, trás as seguintes consequências nega
tivas:
1- A tendência a repetir a atitude por
simples hábito;
1- A repercussão negativa no pÚblico,pela
idéia de prepotência e exagêro arbitrá
rio que a arma provoca; 3- A possibilidade dêsse gesto desencade
ar igual atitude pelos de~jnquentes CQ vardes ao se assustarem . ·
106- A interpelação de suspeitos ou delinquen -
- 50 -
tas, estando a patrulha em dupla,se fará ., com as mesmas medidas de cau t ela . Há uma
tendência do policial militar sentir uma sensação de segurança quando na companhia
de um colega , sensação essa que não co r
responde~à garanti a adicional que outro
lhe confere. As medidas de prudência não
podem ser desleixadas, porque os riscos do
serviço policial são imprevisíveis quanto
à origem e natureza. Ninguém pode ser co~
siderado f raco ou sem perigo ao policial
mili-tar . Estando em dupla, eraquanto um o -
pera o outro se manterá alerta , mesmo que
se trate de prisão de um velhinho doente,
pois êste nao terá Fôrça para derrubar um
policial numa luta, mas sempre terá sufi
ciente para puxá~ . a tecla do gati l ho de
um revÓlver,ou passar uma lâmina de barbe
ar ou navalha no rosto do patrulheiro.
107- Todo, º auto~vel estacionado em local êr
mo, a noite, com passageiros no seu int~ rior,é suspeito. Deve ser abordado pelo
0 P.ã t rulheiro e inspecionado. O policial mili
tar chegará por trás sem a preocupação de
esconder-se, para não dar a idéia ou se r confundido com assaltante , mas com caute-
la, pois um carro nestas condições pode
abrigar no seu interior um casal despreo-
- 51 -
cupado ou um ladrão de automóvel " depen,!!_
dor", assaltante, f'oragido, e tc . Se
casal , o patrulhei ro fará a inspeçã o
documentos de propriedade do veículo
certi f icar -se qu e não se trata de
• fo r
nos
para
ca rro
fu rtado , e se r e t i ra r á s em ser indiscre
to . Se durante a abordagem o carro fugi r
do local, o patrulheiro anotará o ' número
de sua placa , caracterí sticas e cbmunica
rá o fa to , mas jamais fará disparo contra
o veícul o, a não ser que tenha receb ido
fÔgo dêle . ~ preferível que fuja um ladrão
de au t omóvel do que a t ingi r um casal que
tenha fugido com temor de ter sido desco
berto em situação i rregular , com conse
quências de repercussão mo ral . O ato libi
dinoso praticado em l ocal afa stado das v~
tas de outrém não constitua "ATO OBSCENO ~
ou infração penal . ~ste se caracteriza por
poder ser visto por qu em não deseja vê-lo,
portanto é arbitrariedade advertir, , deter
ou prender quem se encontr e em local ase~
ro ou êrmo , porque o ''luga r pÚblico '' de
que t rata a Lei pena l não é a &rea terri
torial , mas l uga r que permita ser visto -acidentalmente po r por quem nao pro cura
para
sal
ver. Ora, se para surpreender um ca
em intimidades num ca rro, à noi ta ~r
- 52 -
preciso rastejar , caminhar escondido,etq está evidente, que o fato não é público , isto é, não será visto fàcilmente por
quem não deseje vê-lo, portento não é infração penal, não cabendo nenhuma forma ae constrangimento por parte do pôliêial militar .
XIII - ~ ~ l ~ ~ I ~
108- A prisão é a retirada da liberdade total
de um cidadão por t~r cometido um crime ou cõntravenção, e implica no seu recolhi menta final a um Estabelecimento Penal. O patrulheiro fará a PRIS~O de alguém quando o encontrar em flagrante delito,ou por or
dém de autoridade competente. Por ser um ato sério, que pode implicar em reação de
consequências graves, o patrulheiro se es clarecerá bem a respeito da compêtêncià
de quem manda prender · algu~m, da clareza da ordem ,que n;o poder~ ser negada depoi~
A de identidade do preso , para evitar enga-
nos , etc . 109- DETENÇ~O consiste em retirar alguém do lo
cal aonde se encontra, mesmo contra a vo~ tade , e conduzÍ-lo, sob guarda , até a De
legacia, a fim de justificar- se por ter sido encontrado em Rituacão irreQular não
- 53 -
sanável pela simples advertênc.ia do patru
lheiro, na rua . r perfeitamente lagat e nã o constitua const r angimento ilegal con duzir alguém à presença de uma autoridade para o esclarecimento de uma situação. O patrulheiro fará, sempre, e DETENÇ~~,
quando tiver dúvida sÔbre a natureza do
fato cometido , sôbre o modo de procederou simplesmente quando suspeitar que o infr~ tor pode ter algo mais de condenável na sua vi da do que a infração cometida, como por exemplo : ser foragido da cadeia , assemelhar-se a delinquente procurado, etc .
110- Quando der vâz de prisão ou detenção a SJS_
peitos desarmados e â stas fujam , o patru
lheiro os perseguirá até captur&-lee,usarr do dos mesmas meio s , mas jamais fará disparo de arma de fogo contra alguém que têge.
Se ferir ou matar nestas condições, 1 iiio terá abrigo na legítima defes~, poi• es tá
só se caracteriza quando no estrito cump~ manto do dever l egal o patr ulheiro usar de meios moderados para se defender de AGRESS~O não provocada . Ora , quem foge de
sarmado não está agredindo . 111- No caso de fuga de prêso desarmado é ine
ficaz, também , o disparo de revólver,mesmo que os tiros sejam dados para cima, como
- 54 -
já t êm fe i to patrulheiros inexperi entes
ou despr epar ados , porque pode se apontar pelo menos duas ra zoãs contrárias a isso : 1- O fugitivo se assustará e terá mais ra
zoã s para fugir ; 2- O policial militar poderá acidentalme~
te atingir algúém qu e esteja na janela de um andar superior de prédio,numa s~ cada, ou mesmo alguém na r~a,desde que o patrulheiro t r opec e e caia,disparando a arma,como comumente acontece .
112- ~empre que prender alguém,fará o possível par a apr esentá- lo acompan hado de testemunhas . Essas ser ao escaladas compulsÕtia mente entre os que assistiram o fato, uma
vez que por suas vontades não farâo,teme~ ~ -
do incomodes futuros . O patrulheiro se di r igi r á a elas com fi r meza e ihes pergunt_ rá nome e enderêço, conferindo com e doc.!:!_ manto de identidade, anotando e convidando - as a acompanhar. Se por ventu ra al guma não puder comparecer à polícia no momentq o policial militar poderá levar apenas
. ' seus dados, que fo rnecera a autorfdada Pode acontecer que o patrulheiro tenha de
prender em flagrante delito sem t estemu -nhas, por i nexistirem. Nêste caso , aprese~
- 55 -
tará o prêso sem essa preocupação , po i s a
auto r idade pr o videnc i a r á em testemunha~
de ap r esentação que to r na rão vá lido o a to de prisão, se f Ôr la vrado .
113- Ao prender alguém em flag r ante delito e
ap r esentá - lo à auto r idade civil , ter á o
seu dever cump r ido , não cabendo ao pat r~
lhei r o insisti r numa cer ta sol ução , ou
saber o que será feito com o p r êso , s e se rá
lavrado o auto de prisão , etc . O destino é da competência da autor idade que r eceb e a
- ft ' ap r ; s entaçao do p r eso, e somente ela res -
ponderá , se porv entu r a alguém fÔ r reco l hi
do a uma prisão fo r a das fo r malidades de praxe .
114- Ao pr ender alguém, o patr ulheiro será r es
pensável pela s ua integr i dade Física, ca
bendo - lhe defender o p r êso de qua lquer a tentado a sua pessoa . São i mpor tantes as
medidas de cautela no caso de ter pr endi
do ou man t e r sob gua r da a ta r ados sexua i ~
auto r es de c r imes b r uta i s , e tc , que caus~
ram impacto na opinião pública, pois pode oco rr er aglomeração de cur iosos que se e
xaltam e se dispoem a l i nchar ou apl i -
ca r r epresálias . Cabe como de ver profi s -
sional ao patrulheiro ent r egar o p r êso i~
cólume à autoridade da Po l{ c i a Civ i l.
- ,5-6 -
115 - A custódia de prêsos pelo policial , mili.
tar é ato puramente profie-sio nal , por is
so será feita com . a fr ieza t!pica da pro
fi ssão. O patrulheiro da r á tratamento hu~
mano e 'superará suas emoções e · sentimen
tos r elativos ao prêso. Submeter alguém a
vexame, mesmo a um criminoso, de que t enha
a g·uarda, constitua crime, com penas pr.!!_
vistas na Lei n2 4.398, de dezembro/ 1967
(abuso de poder), que vão desde a adver
tência, pelo Juiz, até a demissã o do ser
viço .público .
116- ~o perceber prostitutas fazepdo o "trott~
ir'', isto é, sozinhas, em atitude eviden
te de oferecimento ou mesmo com at itudes
escandalosas, o patrulheiro às adverti r á e mandará que se retirem do seu setor .
Caso não acatem ou ludibr iem ao· pa t r ulhei
r o , voltando ao local , o patrulhei ro, sem . ,
dar a perceber, chamara a viatura de ser-
vi ço
~ste
da Unidade para efetuar a de t enção .
procedimento é o mais convéniimte ,
porque a prisão de uma meretriz deve ser
f ' , ,
eita o mais rapidamente possivel,o que e difícil para um patrulheiro s e estiver ~
pé~ Es tan~o a pé, sàment~ num caso · •~ ~ue heja . testemun~a e um local para reco l ~~r
imediatamente a prostituta, &vitanda · as~
57 -
sim , o ridículo das cenas que pode arma~
tal como gritar que está sendo assaltada em seu dinheiro pelo patrulhei ro;que o patrulhei r o é o seu marido e quer ' espeo-cá-la por c iúmes; que o policial lhe fiz proposta para relações sexuais e que,neg~ da, reso l veu prendi-la , etc , e muitos outros ardis próprios de defesa , além de ti rar ou ameaçar tirar a roupa na rua, deitar-se no chã~ etc . Em princípio, o poli-
, , . cial so afas t ara pros titutas do seu seto~ para não conferir a imagem de coni vi nci a
que o público pode ter, vendo o polici a l omisso diante do "trottoir" ostensivo , evi tando prendi-las, senão no caso de escândalo.
117- Se tiver de deter ou prender qualqu er mu-lher e não haja testemunhas pa ra aro!!!. panhá-los no transporte, o patrulheiro s~ licitará que algum cidadão os acompanhe ,
pa r a evi tar que.em sua defesa, a mulher venha a acusar o policial militar de terl he feito propostas desonestas , etc. . Se
não obtiver ninguém, no momento , poderá
conduzf-la a um local aonde haja t9etemunhas, como bar, loja , etc , aonde aguardará
•• transporte, que solicitará. Deve ev:íltar ficar sozinho com a detida.
- 58 -
118- Sempre que prender funcionário público em área sob administração de uma.repartição, ... dará ciâ~cia ao chefe . Estando em dupla
, it to s era facilitado 1 porque en~uanto um patrulheiro vai fazer a comunicação,o outro retira do local o funoionário1para evitar que aquâle chefe intervenha ou perturbe a marcha dos fatos .
119- Os ~râsos serão obrigatoriamente submetidos a revistas numa bósca preliminar e , se
-estiverem na rua , .>era o imediatamen-te "retirados do lugar aonde foi efetuada a priaão ,pi;sra· <um J.ócal .o mais reservado pos
sível , tal como o saguão de um eé!ifÍcio,I:!! co , interior de uma loja, etc. Isto evit~ rá a nociva aglomeração de curiosos, que
é um Ótimo auditório para as queixa s do prêso, alegação de injustiça, engano,etc . Essa súbita mudança de local desorganiza mais ainda a estrutura ps{quica do detido,
confundindo-o mais , o que é vantagem ao patrulheiro.
120- Enquanto aguarda; transporte para um prês:i, o patrulheiro 0°manterá sçb severa vigi -lância e de preferência algemado, porque , muitas vêzes , muitas delinquentes perigosos e foragidos são presos por outras infrações mais simples , e sentem-se desesp~
- 59
rados e cometem desatinos, pensando terem sido doecobortoa. Enquanto espera o trans
porte, o patrulheiro terá tempo de proce
der a uma busca mais rigorosa. Muitos policiais já foram mortos ou ficaram invál!
dos por se descuidar ou desprezar essas ~ grae mínimas de segurança,por entenderam que o prêso é um simples ~brio,
muito fraco, pequen~ etc .
• e velho ,
l 21 - A viatura para transporte de pr esos pedida à Unidade. SÕmente pedirá a
Polícia
• sera outra Civil o~gani zação da Fôr ça ou à
caso não obtenha ligâç~o com a sua Unida -de. Caso· retarde a vinda e haja risco ná ~
posição do prêso ao pÚblico1ou à sua pes: soa , o patrulheiro requisitará qualquer vej cu l o que passe no local. Essa requisição
, sera feita em forma de pedido de colabora ção, mas não pode ser negada pelo condu
to r do veículo, por assim dizer .ª Lei. Caso o condutor se negue a fazer o trans porte, o patrulhei ro o esclarecerá que i~ so constitua infração e que pode su rtir
efeito. Caso o condutor f u ja, o patrulhei ro simplesmente anotará a placa para com~ ni cação do fato . Se tratar-se de táxi, o
condutor, também, não terá di reito a rec~
tier pagamento pela corrida , Gaso o moto~
- 60 -
rista de táxi insista em receber pagamen-A
to pelo transporte de um preso, o patru-lheiro indicará que se dirija à autorida
de policial civil ou ao seu Comandante de ~nidade, para tratar do assunto.
122- Oos presos revistados sàmente serão retirados objetos que possam ser usados como arma ou instrumento de dano , tais como :
- revólver
- faca - can·i vete - lâmi nas
- isqueiros - cintos - espêlhos
- pentes de ponta , etc . Jamais serão retirados objetos que não . se prestem para dano, tais como :
• - relógios
, . - aneis
- alianças - dinheiro - cigarros. Também não serão recolhidos documentos, senão os de identidade , que podem servir no caso de f uga . ficar na posse temperá-
A , ,
ria deste ultimo, dara margem a ser acus~
do de ter ficado com parte do dinheiro,
- 61 -
ter fumado os cigarros, se apossado de um
relógio, etc ••• 123- Ao apresentar o prêso à autoridade, fará
entrega dos seus pertences,que já foram
retirados por medida de segurança . Dêsses objetos receberá um recibo . Tem a mesma
validade de r ecibo para o patru l heiro,o registro feito no livro de plantão, onde
o patrulheiro terá direito de verificar e conferir a descrição dos objetos.O livro
de plantão, sendo um documento oficial,n~ mer~do e rubricado pela autoridade , merece ré pÚblica. Essa equivalência de registro no livro a recibo, só é válida se fÔr Feita diàriamente o tal registro no livro, não valendo caso o funcionário o faça em FÔlhas soltas, em forma de rascunho, para passar a limpo no livro, etc. Normalmente a Unidade fornecerá,ao patrulheiro,formulário de recibo impresso , para prêso e m~
teria! . Caso a autoridade não dê recibo,n'ãc queir a assiná-lo ou não queira mostrar o - , registro, o policial nao entregara os
objetos. Caso já tenham sido ent:egues, chamará ao local o Oficial de ronda . Duran te a espera do ronda , o patrulheiro -nac
mais comentará nem discutirá com mai~
ninguém o fato • . o problema daí para diante
- 62
não está mais na sua es fe r a . Evi tará est~
belsce? clima de crítica , exaltaçãa , i nsul
. tas , etc, que não resolvem problemas.
124- Qu a ndo prender ébries turbu lentos , deli n-. quentes violentos ou presos que t enhaffi
Si do capturados após perseguição em fuga ,
ou ainda , quando estiver em inferioridade
numérica , o patrulheiro usar~ algemas ,evi
ta~da, apenas, a exposição desnecessária
da prêsa nestas condições , a fim de nãc provocar pena ou simpatia a êle . O uso da
algema é perfeitamente legal e i ~tiCo
dentro das condições lÓgicas a que se des
tina .
125- Quando escoltando presos à audiências , man
terá as algemas, só as retira ndo dura nte
o depoimento, caso a autoridade não dete~
mine a contrário, recolocando tão logo
termine . Quem determina as condições em
que far.l a escolta de um prêso, se irá ou '
não algemado , é a condutor que responde-
rá perante a Lei , caso haja fuga . Se al~uma ' autoridade superior determinar a dispensa
de algemas , o r esponsável pela escolta ~
pode e~1 gir essa or dem por escr i to ou que
a autoridade repita a ordem em presença da
testemunhas. Não existe prêso de confian ça .
- 63 -
XI V- SITUAÇ0ES DE PERIGO
126- O patrulheiro1quando puder pedir auxilio,
não t entará resolver nenhuma situação per igosa sozinho . Em cases de delinquentes
armados. que se horni si em em casas, poro es, depósitos, etc, se manterá vigiando as sa{das e solicitará que alguém chame a sua
Unidade ou Delegac ia. Desta forma,em poucos minutos, terá o refÔrço de colegas, que de
sencor ajará o delinquente. Também pdderá
disP.or de material necessário, corno gran~ das de gás, iluminação, escudo, etc.O se~ viço policial militar,embora haja riscos
eventuais, sendo bem executado, pode ser tão seguro quanto qualquer outro.
127- O policial militar, por dever de profis -são, não pode vacilar em aceitar uma situação de risco para salvar a vida de
alguém. Omitir socorro por mêdo é covardía pun{vel, principalmente. para alguém preparado para oferecer, como é o policial militar . Há, entretanto , uma categoria de necessitados de socorro que merecem
comportamento especial do patrulheiro: os que tentam ou querem consumar suic{dio já
iniciado. Nêsses casos o patrulheiro fará A , -todo o esforço possivel , desde q~e xsto
- 64 -,
nao comprometa a sua vida, pois nao e exi g{vel, por nenhum código moral,que alguém
perca a sua vl da tentando salvar a de quem -nao quer vive~ e procura a morte com suas
próprias maos .
128- A polícia militar, como profissão , exige sacrifício e abnegação. Para proteger a
uma vida, o patrulheíro tem por obrigação de en frentar os maiores riscos . Ent retanto,
diante de uma reação armada de um delin -quente, atual ou iminente, não deve vaci
lar em usar sua arma primeiro, para se de-,
fender. A arma que porta e para isso.Nes-ses casos não deve exceder o limite do necessári o , mas em hipótese alguma deve
arr i scar sua vida, Útil a sociedade em -comparaçao com a de um marginal. A pior
situação de um policial militar perante a
justiça, será mel hor do que morto,princi
palmente se lembrarmos que,seguidamente , são postos em liberdade, criminosos que mataram policiais em serviço , após cumprirem pequenas penas.
129- Se fÔr inevitável ferir alguém, o patru
lheiro pessoalmente,s em delegar a ninguém prestará o socorro, após desarmá -lo ou
su bjugá~lo. A atenção para com o ferido e as prontas providências na sua -remoçao,
- 65 -
conferem um caráter de legalidade profis sional ao evento, o que não oco r rerá caso delegue a terceiros 'ou se afaste do local
deixando a vítima en tregue a outros . A co municação aos seus gunaa providência .
, superio r es sera a se-
130- S·e não puder evitar e matar alguém , deverá comunicar o fato imediatamente aos seus~ per ior es, por qualquer meio possível . Se estiver em dupla , deixa r á ao colega as pr o
vidências e se recolherá à Unidade, se ªPI!? sentando ao superior de serviço . Se estiver só, guardar~ o local até a chegada das a~ toridades a fim de que o lugar da oco rrê~
eia não seja alterado por curiosos,. que.por ignorância, desfiguram o local
, ou, por ma
Fé , reti r am a arma do morto, etc, o que pode pr ejudicar o policial . O policial mi litar que mata alguém em serviço, tem os
mesmos direitos que qualquer homicida pe
rante a Lei , portan~o, pode exigir a as -sistência de um sup att~r hier á r quico ou da
um advogado antes de prestar qual quer depoimento ou assinar · têr mos de dec ~araçÕe~
131- Policiando áreas bancárias , ao ouvi r soar
o alarme, se dirigirá rápi da'mente ao lo
cal e, como primeira providência, bloqu~ará A ,
o transito, barrando t odo veicul o po&-
- ·66 -
sível, obstruindo a rua , pa ra evitar uma poss!veÊ fuga motorizada. Ao ac ercar-se, após, ao estabelecimento , o fa rá com cau
tela,çobrindo-se doa fogos que , caso se ,
confir me o assalto , recebera . Essa ocor-rência é grave e vio~enta . O policial mi
litar usará com todo o rigor a arma de fogo , e considerando que a arma regulamentar é o revólver, e que o armamento e~ pregado em assalto é mais pesado, a ação do policial militar deve ser fulminante , parà compensar o desiquillbrio .
132- Em caso de assalto a um estabelecimento
qualquer,~m que os delinquentes ainda estejam no seu interior , o policial militar não entrará , mas bloqueará a saída e se
manterá abrigado, aguardando refÔrço. Se conseguir fixa r os as sal tant!'S, ' já f.er~
cumprido bastante o s eu dever .
XV- PRESTAÇÃO DE SOCORROS
133- Todo Policial Militar deve se manter atua
lizado em métodos de respiração . ar tifi~i
al . tsse processo primário pode salvar a vida de um afogado,envenenado ou el etroc~
tado , se fÔr aplicada imediatamente ao ac! ..
dentado. são de vital importância os dois primeiros minutos, porque a partir dêles
6 f -
as possibilidades de sobrevivência da ví
tima caem numa progressão acelerada.Ao s2 correr um acidentado nessas condiçÕes , cou siderando que por falta de ar uma pessoa pode sobreviver somente por uns cinco minutos, mais ou menos, o patrulheiro deve
compreender que nada valerá chegar rum Iro~
pital com um cadáver . Por isso, será deci dido e rápido , removendo a vítima de contacto com o agente causador do mal , inici ciando a introdução de ar nos pulmoã~pelo
método que fÔr possível, ao mesmo tempo em que providenciará transporte ~ um hospital
ou presença de um médico. Durante o transporte não cessará, por nenhum segundo, a aplicação, mesmo que a vítima aparentemen
te pareça ter deixado de viver, da respiração artificial, porque há casos de morta
aparente e, ainda, o tempo de recuperação é maior ou menor, de acÔrdo com as condi--çoes de cada um.
134- Para socorr~r um eletrocutado, ~uando
puder desligar a fonte de energia , remove
rá a vítima do contato com o meio, puxan ~ do-a ou arrastando-a com qu~lquer instrumento mau co.ndutor de .ele.tricli.daôe. Poderá
se valer de um pedaço de madeira sêca,sa~ rafes de cêrca, taquaras, pano, que fàcil
- 68
mente obterá fazendo uso da própria camisa , gravata, cinto , etc. Nêsses salvamen tos é elemento Útil o bastêo po.licial, já
que a pr ocura de um iestrumento ideal retardará a opereçêo , aonde o tempo é tudo .
135- Quando acontecer de um véfculo se chocar cont r a poste de rêde elétrica e que caia
fio sÔbre o cerro , o policial militar ªIX!!. , .
selhara, por grito ou megafone , que os pa~ -sageir~s nao saiam , porque os pneus fundo
nem como isolantes da corrente com a ter-. ra, até que seja removido o fio . Os pas-
, -sageiros so terao dano, se colocarem parta - , do corpo no chao e parte no veiculo . Caso seja possível , o passageiro poderá salta~
tocando o solo sem contato com a lataria . ~ importante a ação enérgica do póliôial
militar porque o acidentado , normalmente , está confuso e em pânico .
136- Quando socorrendo afogados, lembrer-&e que
tanto pode introduzir ar nos pulmoes como, , ,
pera transportar, e tambem , i mportante,de tempo em tempo , voltar a cabeça da vítima
pa ra baixo, mantendo-a prêsa pela cintur~
para que a água possa correr do corp~ por gravidade . Por isso é icnportante variar o método, aplicando ora e bÔca a bÔca , ora
outro que permita o afogado manter a bÔca
..
- 69 · -
voltada para o solo, para melhor expelir algum líquido.
137- Quando remover, para socorro , um asfi xiado, por envànamento , procurar identifi -car o agente causador . Para o médico que atender é muito importante saber que sub~ tâncie provocou o efeito . O melhor q.J8 pcx:le
fazer o patrulheiro, nêsses casos,é levar amostra do material, bem acond icionado se possível, ou então investigar o local .
138- Nos casos de asfixia mecânica, por obstr~ çio das vias respirat6rias , o patrul~•i ro tentará -remover o agente com os meios gue dispuser , já que é difícil a introdução de ar nos pulmoãs por qualquer processo , nessas condições . Há casos que sao mais fáceis do que parecem , especialmente em se tratando de crianças, que mais táti lmente se perturbam, entr ando em pânico . Em qualquer caso de asfixia, o _ pat r ulheiro deve compreender que providenciar em tran~ porte, ou procurar médico ou hospital para
a vitima é mui to pouco, quase nada 1~orque nenhuma dessas providências se completará em cinco minutos . Enquanto fizer i sso ,te~
tará a introdução de ar nos pulmões da ví ti ma .
XVI - APÔI O A OUTROS O~G~OS - ·
- 70 -
139- O patrulheiro eficiente tem consciência
profissional de segurança pÚblica, portanto,
em serviço ou fo r a dêle , apoiará o trabalho de funcionários de qualquer Órgão de
serviço público , e oferecerá sua ajuda tÔda
a vêz que verificar policiais civis em o~
r ações que possam necessitá-la .
140- Estando em serviço de pat rulheiro e sendo
sol icitada sua ajuda por elementos da Po
lfcia Ci vil, pa r a s erviço qu e não seja de
ro tina daquela organização , poderá abando
nar · o pÔsto, comunicando o fato na primei ' - , ra oportuni dade possivel . Nao sera negada
ajuda em nenhuma emergência policial aos
elemen tos da Polfcia Civil , sob pretexto
de não poder se afastar de seu pÔsto.
141- Quando em serviço de apoio e m fôrças, nos
atos de auto ridade j udiciári a, policiais, administrativas ou de fiscali zação púb li
ca ter sempre em conta que sua mis:i'.'.'.o,co1TD
i ntegrante da fôrça Pública, é> ':!e cobrir e . ~ ,
oferecer garantias de força, se necessa -
ri o, não lhe cabendo execução de tarefas
ou serviços alheios a essa condição.
142- Escalado para ser viços de apoio em fôrça, permanecerá sempr e j unto à autoridade apo.!,
~da durante a execução do serviço e
atento a todos os fa tos qu e se desenrol em
- 71 -
ao seu redor . Oêste modo poderá oferecer
melhor segurança aos funcionários, como
elementos de proteção e poderá mais efici
entemente intervi r, se solicitado .
143- O Policial Milita r, se necessário, fará
s entir, com polidez, às auto ri dades que -apoia r em fôrça , o seu papel
A sua presença na companni a
na operaçao .
de a u to rida-
des ou fu ncionários civis funciona como
distintivo iden t ificado r, pela farda, da
legalidade do ato . Sendo reconhecido mais
r~pidamente , a t é pela vista , como agen t e
da Lei, caberá ao policial interceptar veJ
culos, proceder a busca pessoal de a r mas ,
ligação com civis para e xplicar o que es~
ocor rendo, etc , enfi m, to dos os atos que
uma a u toridade civil poderia exercer , mas
com maior dificu ldade. Não lhe cabe inte~ vir com ação direta e pessoal nos atos
,., ~ ·-administrativos da operaçao em si ,que nao
sejam da fôrça , Essa execução é da compe
tênci a da autor i da de ou de seus f unci oná -, . ,
ri os , que a empreendera e . logico, se necessário . Não é obrigação do po lical mi
l itar, por exemplo , o exame ou conferência
de cargas, inspeção de documentos , i nves
tigação, levantamento, regis tros , aponta -
me n tos, observação so z i nho ( campanas ~ '
- 72 -
transporte de mercadorias, volumes ou ani mais apreendidos . t lÓgico , que se estive rem sàmente o policial militar e a autori dada e esta jã esteja, por exemplo, carregando volumes , por questão de educação sàmente, o policial militar poderá ajudá la, já que isso caberia aos funcionários daquela autoridade .
144- Nos. serviços de apoio em Fôrça, · na o caberá ao policial militar fiscalizar os atos
dos func i onários na operaçi o, entretanto, não poderá encaQ'lpar ou cobrir atos arbi -
0
trários ou violências desnecessárias, que são cometidos muitas vêzes,justamente por
sentir- s<e. o fu ncionári o seguro com a presença do Policial . Nessas circunstâncias não caberá ao policial militar criticar, discutir, tomar partido ou imiscuir -s e na
~ tarefa que nao lhe compete, mas retirar~e
com seu apÕio, deixando a operação e apr~ sen tando - se à autoridade da Corporação q;e FÔr mais próxima .
145- Quando em viagem, acompanhando funcionári • os civis, em apoio de força, cabe ao poli
cial aceita r lugares em ve!culos sàmente se tiverem condições f!sicas de t r anspor
te , condi9naQ com a sua Corporação que alÍ
representa, assim , também, como as condi-
- 73 -
çoes de pousada e alimentação. Numa viagem dêsse tipo, os problemas de desconfÔ~ to são comuns . Aceitar discriminação de tratamento é desprestigiar a Corporação .
146- Em serviço nas Delegacias de Polfcia, acom panhará o funcionário de plantão tôda vez que fÔr solicitado o seu concurso em said!ls. O praça dêsse serviço será o responsável,
perante seu Comandante na Corporação, pelos atos errados que cometer, mesmo que tenha
sido ordem ou solicitaç~o do policial ci vil; Também, não participará de ações arbitrárias nem de operações i mp rovi sadas ,
que não sendo urgentes, n~o tenham si do coordenadas com a Brigada, t ais como a s chamadas "batidas", desarmamento de massa,
etc, •.• 147- Quando acompanhando funcionários civis em
serviço , verificar que os mesmos pretendem estabelecer palestras amigáveis em t::ar déis, boites, cabarés , ou sentar-se em mesas; ou ingerir bebidas nesses l ocais, s olicitar permissão e, com ela ou sem ela se retirar s em comentários ou discu$são e apresentar -se ao elemento de s erviço de sua Unidadp. Se fÔr encontrado por patrulhas de sua Corporação nas condiçÕeE acima descrita s , responderá à luz do ROE pala
74 -
sua solidariedade.
XVII- RELACIONAMENTO COM OUTRAS ORGANIZACnEs
148- Considerando que a Brigada Militar e a
Polícia Civil se completam no todo unitá
rio da segurança do Estado, devem, por is
so, manter boas relações entre seus ele
mentos. O patrulheiro se dirigirá com po
lidez e urbanidade a todos os policiais
c1v1s , devendo manifestar- se com respeito
quando tratar com autoridades . ~ importan
te para as relações de serviço interes
sarem-se os_ patrulheiros,em saber e guar
dar nomes e funçoes dos elementos da Poli
eia Civil .
149- Ocorrendo desentendimento com funcionári
os .da Policia Civil em matéria de serv~ço, -o patrulheiro nao deve insistir na forma
que deseja resolver o caso. Não deve se
exaltar, criticar ou ofender . AssuntosP1'2_
fissionais não merecem serem levados para
a disputa no campo pessoal . O procedimen
to correto será chamar ao local o Oficial
de ronda , a quem transferirá o problqma
Disputas pessoais ou de classe somente
desagregam a máquina de segurança do Esta , do , e nada constroem.
• 75 -
150- Quando chamado a quartéis,delegacias ou outros locais que não eejam os da sua Uni dada ou destacamento, por autoridades que não sejam às que se subordina na Brigada , para prestar decl arações , depoimentos,es
clarecimentos ou justificar atos de servi ço policial , respeitosamente informará que
não pode se afastar do pÔsto por ordem
administrativa de sua Corporação, e informar á imediatamente ao seu Comandante. Se pressentir que poderá ser coagido em fôr
ça, se recolherá e se apresentará ao seu Comandante . Nessas condições jamais deve-
, ra se deixar conduzir, par a pr estar contas de atitudes tomadas em serviço,a locais
onde poderá ser confundido , humilhado, ou ofendido por condições adversas . O funcio nário público só presta depoimento par a alguma autoridade , se requisitado ao seu
chefe imediato , na forma da Lei. 151 - Tomando conhecimento de ocorrência de i n
cêndio se dirigirá ao local,para verifi car o fato. Ao info r mar ao Btl de Bombei ros, dirá:
Se o prédio é de um piso ou mais ,
- Se o material que queima e madeira, com bust{vel ou elétrico.
Se há substâncias químicas e quais
- 76 -
- Se há rêde de água ou nao e etc •• • •.. enfim,dados que possibilitem aos Bombeiros a eleição do material a ser condu
zido. Pedirá, também , refÔrço policial à sua Unidade. Procurará saber se há pessoes
cercadas pelo fogo no interior do prédio, dormi ndo ou domina das pela i ntoxicação, quando fará o possível para salvá-las.
Manter á a ordem no l oca l, afasta ndo os c~ riasas. Manter-se-á atento à aprovei tadores que poderão saqueer o material salvo.
Investigará os prédios vizinhos, suas entradas , porões, dep6sitos, etc,para ficar
em condições de in f ormar aos Bombeiros.Apresentar - s e-á ao Comandante da Operaçã:, de comba te ao fo go, pondo- s e à sua dispo
sição . 152 - Encontrando-se em s e rviço em á r ea ond e a!
gume autoridade públi ca pol i cial ,judic i a~
administrativa ou mil i tar des envol va a lgu ~ . .
ma óperaç.ao., 8presentar- se- a ao responsa -vel por êla s of er ec erá o selJ esfôrço no que fÔ r compatí vel com a mi ssão do Palie!
al Mili t ar. 153- Na s suas rondas manter á contato com vi gi
lantes particul a res de empr âeas , apoi ando-, ,,., "' -os . O mesmo fara em rel açao as funçoes de
zel adsria do patrimônio público , qu e exer
- .,.,--cem os guardas municipais .
XVI II- CONDIÇl O IRREGULAR DE MENORES
154- Verificando a presença de menores. de 18 (dezoito) anos em boites pÚblicas , cabarés
ou casas de tolerância, fará a detenção dlles e dos seus acompanhantee , ee tratar -. . se do sexo femini no. Sera chamado ao lo -cal o plantão do-comissariado de menores ou a Delegacia , evitando retirá- los do l~ cal antes da chegada daquelas autoridade~ a fim de bem configurar a infração . Se pr~ ferir retirar os menores e acompanhante s , o fará acompanhadQ de testemunhas .
155- Encontrando menores de 18 anoe praticando • jogos em lugar es publicas , meemo os permi
tidos aos maiores da idade, tais como"mifi snoocker" e tiro ao alvo , fará a detenção , no local , do dono, dos menores que foram encontr ados jogando e de testemurtlasw . -e chamara a presença do plantao do comis-sart ado de menores ou a Delegacia . Se o dono fÔr primário na infração, eó o adve~ tirá e fará com que os menores se retirem do ambiente .
156- Os jogos am lugares públicos necessitam da
expedição de um " ALV ARA" , da Polícia civil. oara o seu funcionamento. Assim, casas d.!..
- 78 -
comércio que explorem '' mini-snoocker'',fu-,
tebol de mesa, etc, devem exibir as auto -ridades ou seus agentes, quando solicitado, aquêle documento , atualizado, já que precisa ser renovado . O alvará atra saoo :iJ:!!
plica em suspensão imediata ·daquela práti ca , não interessando se há jogadores ou
não na hora. Norma l mente as autoti àades limitam até a meia - noite a práti ca de tais jogos . Ao perceber a passagem do horário,
o patrulheiro mandará suspendP.r o jÔgo e pedirá vistas ao Alva rá, comunicando o f~
to i . Unidade, atravis da ficha e , também, ' , a @P , se o alva r a estiver encido.
' 157- Els menores d1 18 anos que orem encontra-
do~ perambulundo em vias públicas apó s is 2200 ho r as, serão mandados recolherem - se
. para suas c~sas , caso nao estejam acompanhados de r ~ ~on sável.
158- Os menores de 18 anos que for um encontra - '
dos transitando em ruas de má f a ma .ou locais suspeitos, s erão deti Jos e apresent~ dos ao comissâriado de menores ou Delega
cia, estejam ou não acompanhados de maio- . res .
159- Se encontrar c ri ança perdida de casa, se preocupará, enquanto investiga, em criar condlçÕes de confÔrto . Também , cuidará
- 79 -
para que a criança não se contraia e s e
tranquilize, porque , se~do mais sensível,
poderá se perturbar ou entrar em pânico
diante do policial militar ou de curioso &
l60- Ao atuar contr a menores que cometem ações ~
161-
ant i-sociais , como é o caso c omum de en-
graxates , ''chuqueiros'' ( l adrais de b61 -
sas de mu lhe~es) , deve o patrulheiro agi r
com s erenidade , porquanto há uma tend ên
c i a do público de adotar atitude favorá -
vel, sempre, ao menor~ que quase • bus c a t irar proveito disto .
As crianças , como os velho~ e os
res de de feitos Físicos , merecem
sempre ·
porta~o
t6da a
atençã o do patrulheiro nas travessia ~ d•
vias públicas. ~ .valioso ato de rel,açoeil públicas a ma ni festação dêsses gestos de .
elegância e educação do policial militar.
-feito,
saibam.
Não basta qu e um serviço seja bem
é nec essário que todos vejam ou
Para essas ajudas o patrulheiro nao espe-
ra pedido, toma a iniciativa .
162 - D patrulheiro será tolerante para com as
crianças, a quem tratará com brandura, a fim de terem suas confianças conquistad~
Responderá aos seus cumprimentos e l hes
dará respos tas atenciosas e afáveis qyardo
procurado por elas . Se tiver de adverti -
- ao -lile ·. , o fará em forma de conselho, provan
do-lhes as vantagens da conduta certa ~
desvantagens da errada . Isto modificará a . - .. i~pressao erronea que muita criança tem
' A de um policial e que, as vezes, a campa -nha por toda a vida.
163- Vendo que estão eendo sÔltas pandorgas(p~ pagaios) onde possam atingir a rêde elitrica , ordenar que o dono a recolha e g.sr
de . Só fará a · apreensão da mesma caso haj:I
desobediência ou reincidência, após a advettência. Como a maioria de que111 sol ta pandorga é ~riança, a advertência branda, lembrando os riscos e danos
, sera
que podem provocar na rêde pelo fechamento de cutto circuito e o efeito da descarga elj trica, que vindo através do cordão pode matar quem o segura •
. 164- Os doentes mentais serão tutel ados do policial. r ate oe ·protegerá do rid!culo de
outros, das imtempéries e dos perigos. Os que de.moostram, pelas vestes,haverem sa.Ído ou fugido de casas de saúde, serão a elas devolvidos, desde que não tenham sa!do am alta. Os demais serão encaminhados ou aos familiares ou Delegacia do distrito. Nor-malmente êsses doentes em tratamento N sao .. passivos, nao oferecendo , e~ princ!pio.;
- 81 -
-reaçao perigosa . . 165- Como controlador de conduta do públi co , o
policial militar não permitirá o exerc{cio
da mendicância quando o esmoleiro se acom
pan~a de menor de idade(1e : anos)ou quando
o fizer de modo ameaçador ou vexatório
para quem recebe o pedido, mesmo que
seja a sua intenção .
XIX - CONDUTA INCONVENIENTE -
.. nao
166- Quando a l guém se por t a de modos inconveni
entes, pertur bando a uma cerimônia ou a
ou trem, o patrulheiro advertir~ com sere
nidade e firmeza ao infrator . Caso conti nue na i n fração, o convidará a sair do lo '
cal. Caso não aceite esta alternativa ou
queira estabelecer discussão,caberá , entãq e somente nesses casos, cientificar que
poderá ser prêso . Se apesar de tudo o i n
frator continuar na mesma linha de ação,o
po licial militar o prenderá . Muitos cida
dãos acham,'que desobedecer uma ordem le
gal de um patrulheiro não constitua crim~
desde que não faltem com o respeito, nem
ofenda ou agrida ao policial militar, mas
desde que escla r ecido do que seja crime
de DESOBEDilNCIA mudam de atitude e aca -tam a ordem . Assim agi ndo o patrullieiro
62 -
terá mwitido a ordem sem a necessidade de prender ningu~m.
167 - [ncontrando caeais na prática de ato a~s~ no , isto é, praticando a tos l i bidinosos em l ocal que possa ser visto r àcilmente
pelo público, chamará o homem para um po~ to afastado e advertirá . Caso continuem na conduta , após advertido, será convidado a se retirar do local. Caso desacate ou queira discutir a legalidade da med.ída,
será det i do e ap resentado à Pol ícia Civil. A aqvertência será sempre feita ~ pârte da mulher.
XX - LOCAIS OE vfcro -
168- Quando i nspecionar bares e tendas, onde haja frequentes aglomerações de desocupa-
• dos, fazer , sistematicamente, uma busca de
armamento , inspeção de documentos de ide~
tidade e prova de ocupação. Deve avisar a todos, em voz alta , o que vai ser fei to,
após dar um cumprimento geral . Se estiver em dupla, enquanto um procede a r evi sta,
manter - se-á feito por to-
, , o outro guardara a sa1da e alerta . ~sse trabalho,s endo
dos os patrulheiro s em seus setores, roti neiramente, tem mais valor que as grandes ooer~çÕes esoorádicas , po rque em oolÍcia
- 83 -
são mais válidas as ações continuadas do dia- a - dia , que criam hábitos no pÚblico .
169- O armamento apreendido em serviço ordiná
rio de patrulha será apresentado à Delegaci~ junto com o infrator , e o apreendi-
.... , , do em ope.raçoes sera recolhido atraves da Unidade. Neste Último caso, será anotada
a identidade e enderêço do infrator numa etiquêta • que será apensa a cada arma . Caso o infrator não possua documento ou haja
dúvida quanto ao enderêço fornecido, será ' encaminhado a Delegacia junto com a arma •
• 170- Um ébrio só é contraventor quando poe em
risco sua segurança ou a de terceiros , ou
provoca escândalo pela sua atitude ou aspecto . Se o alcoolizado fÔr pessoa de bbns
costumes, que se ache excepcionalmente . . , . neste estado, mas pacifico , o patrulhei -
ro o protegerá e o encaminhará à sua resi
dência, mesmo que tenha de acompanhá - lo , pedir transporte à Unidade ou entregá-lo
aos cuidados de um táxi, anátando-lhe~ o prefixo. Se fÔr ébrio habitual ou que esteja com procedimento importuno ou escandaloso, será detido e conduzido à Delega
cia . Quando tratar com êsses tipos, o patrulheiro deve agir com firmeza e sereni dade para evitar o rid{culo que podem prQ
- 1!4 -
vocar , como por exemplo, se abraçando a um poste, etc . Qualquer excesso ao deter um bêbado será mal . visto pelo público .
171 P d • d t ' · ha' - ara as ruas e consagra o mera ric~o , - ' uma serie de restriçoes a liberdade indi -
vidual que, embora sendo medidas de exce~ ção, são francamente admitidas pela juri~ prudência . O patrulheiro,tendo por local de t rabalho as ruas, fiscalizará o cumpri menta rigoroso destas restrições como me-didas preventivas, inclusive, de pria 'defesa pessoal, pois · 'êsses
, sua pro-
l ocais ~nvolvem mais riscos no serviço do que
qualquer outro. Assim, impedirá que: 1- prostitutas parem nas calçadas ou tran
sitem. Acompanhadas de homem, será tolerado seu movimento ;
2- pros titutas permaneçam nas portas ou janelas, que devem permanecer fechadas ;
J- reunião de gr~pos se formem,p~rados nas calçadas . Os frequentadores dessas i;ues tlevem ~ estar em movimento;
4- indivfduos, mesmo isolados, permaneçam parados nas esquinas, nas calçadas,defronte a bares, nas portas, em tôrmoci3
carrocinhas de ''cachorro quente", etc . Como medida inicial nessas violações, o P.2, <
trulheiro fará a advertência, que , se nao
- 85 -
acatada , implicará
tor . Caso perceba a
de fôrça superior a
na detenção do infra -
antes de
iminência de .
empr ego
que
c hama r refÔ.fÇO
- , pode ter ,nao agira
de sua Unidade . Jamais deixará de atuar po r p r etexto de
nao suportar o piso da operação , pois r
rua é como um pÔsto ava nçado , com a sua
r e tagua rda cober ta, a quem pode pedi r au xílio .
172- Quando inspeciona r ba r es ou t endas e veri
fica r qu e está sendo ser vida bebida alcoó
lica a menores de lB anos , alienados me~
t a is ou pessoa já embriagada 1 o patrul hei , .
r o mandara que esses se retirem do local,
e a dv ert irá a quem está servindo . Se f Ôr
acatado s e r eti r ará . Se o proprietário já
fÔr r e inc i dente ou s e não for acatado po r
al guém, o patrulheiro deterá a quPm serviu a bebida e a quem be beu , conduzin
do -os à Del egacia. Ao p r ender ou deter
a lgu é m que tenha negóci o em balcão , o policial ter á dua s preocupaçoes : manter - se
aten t o, porqu e iss e tipo de
sempr e tem arma de fogo sob negociante
o balcão , e de permi t ir que an tes de sair possa toma r me
didas de guarda do s eu es tabelecimento. C~ ~
so nao haja quem guarde ' . o negocio, o PQ
l icial militar chama rá ao local o pess oal
de serviço na Unidade ou a Delegacia que . - , entao, vira ao local.
173- Quando rondando áreas aonde existam boi
tes, cabarés ou.bordéis,ou bares chamados "inferninhos", o patrulheiro manterá
especial atenção, impedindo que pessoas
vislvelmente alcoolizadas assumam a dire-- , , çao de veiculas. Essa conduta e muito co-
mum nesses locais e trazem ris~os de aci
dentes trá~icos, quase sempre. Ao ~erificar · isso, recomendar que o cidadão se ~a
lha de táxi, deixando o carro no local ou . - . passe a direçao a outra pessoa habilitada
e sóbria, mesmo que tenha de cha~ar por
tele fone ou outro meio. Caso queira CliSC,!! ,.. , . ,.
tir ou por em duvida a competencia do po-
licial para a atitude, o patrulheiro o ,
prendera.
XXI- LOCAIS Qf DIVERS0ES
174- Chegando a local de diversão pÚblica,isto
é, de divertimento aberto ao público em
geral, procurará o responsável e pedirá
a licença que deve ter sido fornecida pela ·
autoridade civil. Se não estiver licencia
da a reunião, o policial militar recomen
dará que o responsável tome a providência loqo. Enquanto i sto fÔr orovidenciado. o
- 87 -
policial militar assumirá o serviço,porque
em qualquer reunião de pessoas, a ordem
precisa ser mantida. Caso retarde ou haja
indício de que não foi providenciada a
mesma,permanecerá cumprindo sua mi s s ão . no
local.
175- Ao se apresentar para fazer ~erviço e m l~
cal de diversão, procurará saber quem é o
responsável, e só com êle se entenderá sô
bre o s erviço. Como ~adida preliminar fa-
• ·- -ra a inspeçao das condiçoes de segurança
do local, examinando :
- saídas
- localização de extintores de incêndio
- telefone
- lugar reservado para um provável reco -
lhimento de prêso , etc , enfim tudo que
assegure pleno domínio do meio ambi ent~
176- Em clubes sociais, isto é, em socieda des
recreativas privativas dos sócios, o pa
trulheiro só e ntrará se solicitado par
seu pres idente,ou se fÔr escalado previa
mente pela Unidade . Quando em serviço nê~
ses locais, não procederá, por s ua inici~
tiva, contra sócios que se mos trem incon
venientes. Essa função é da Diretoria.Aos
seus membros cabe a interpelação ou adve~
tência, restando ao policial apenas o cum
·sa -
primante da medida , se fÔr necessário , o
uso da fôrça. O patrulheiro jamais tenta
rà regular a conduta do sócio de um club~
dA , ,
porque cada um eles, ali , e o dono da
casa .
177- Apoiando o serviço de po rt eiros de clube&
fará com que êsses funcionário s se aperc~
bam de que a exigência de carteira social,
recibo atualizado, convite ou qualquer o~
tra credencial para dar condições de ' i n
gresso, deve ser exigióa quando o i nter a~
sado· a i nda não estiver dentro do
º sim fora da port a . r mais fácil
prédi o, e
impedir
alguém de en t ar ~ fôrça quando se encon
tra na rua, cu que retirar quem já es tá
dentro , principalmente se tratar - se, por
exemp lo, de um casal idoso acompanhado de moças . Um só \ o nessas condiç~es, descon
tente e exa ltado, não vai querer sair, e o
porteiro , cômodamente transferirá o espi
nhoso problema ao policial militar, coÁo -
cando-o num constrangimento e embaraço .
Essa conduta também é válida para campos
de futebol, nos portoes de acesso a dep e.!l
ciências sociais, bastando que o policial, já de in!cio, esclareça que não atuará
. , contra ninguem que t enha entrado com per-
missão do pvrtei ro para apresenta r credeQ
- 89 -
cial já no interior do por tão, mas sàmen-' te contra quem entrar ou tentar entrar a
fôrça, contnariando as regras impos t as no portão.
178- Ao policial militar em serviço de apói o à Jncionário s de portari as de locais de di
versão, cabe manter livre de embaraço . a área de entrada, ~onsiderando qee , normal 1 ~nt e, êstes lugares atrc m grande número de curiosos, pretendentes a entrada sem condições, etc, que se aglomeram, obrigando 'a quem entra . a abrir >assagem com o
corpo . Essas aglomeraçõe s e prestam muit o para campo de atuaç;o dos chamados"bat edores-de- carteira", mendigos , achacador Ls , etc.
179- De s erviço em policiamento de local .· de venda de ingressos para uma di versão pública , terá a missão de manter as filas
organizadas rigoroeamente na ordem de eh~ gada , fazendo delas seir quem tenha entr~ do indevi damente. Poderá impedi que alguém de fora alcance dinheiro para quem
se ache b~m colocado comprar-lhe , também , , - , para si, o ingresso , mas nao podera fazer
se essa pessoa nada alcançar, mas só pedir-lhe, já que não é proibido Falar com quem se ache na fila . Os intermediários na
- 90 -
venda de ingres so, chamados '' cambi stas "• qu ando qui••rem s e reabast ecer , t erão de entra r na f ila, pois como qualquer outro cidadão dal!, é um comprador. A melhor P2 sição par a vigiar uma fila é na sua fren te , junto à bilheteria.
180- Considerando que um disparo de a r ma de fo
go ou sua exibição,no meio de uma multidão,provoca pânico, é proibido, por Lei, o porte de arma em reunião de público . Essa p~oibição atinge, também, aos possuid2 res de licença de autoridade, já que uma das condições para o forneciménto dela é não portá-l a em locais de reunião e di ver soãs. Sàment e os policiais escalados para
serviço no local poderão portar as armas cidadão regu l amentares . Se um determinado
não quiser confiar a guerd~ da sua arma aos policiais, não t erá ingress o no está
dio. Quem receber e guarda dêsse materiW. deve etiquetá-lo e exi gir documento para entrega , além ~e mantê-l a em lugar seguro.
XX II- PRAÇAS DESPORTI VAS -
181- Policiando praças desportivas , onde há
multidão, terá especial cuidado nas medi das de prevenção e contrÔle de tumulto,CjlS sempre de i xam saldo trágico . O comandante
,
- 91 -
do serviço certamente fará alocução ao p~ blico, valendo-se de alto-falante ou meg~
fone, lembrando ao público que as a1 .. qdi
bancadas não podam desabar, que as s3fdas
. são suficientes, que não há risco da i1a:Ê1
dio por não ter o que queimar, que nêo
nenhum assistente armado, etc, e que, 1
nalmente, qualquer problema que houver
correria e a confusão só podem agravá -lo •
O papel do policial militar isolado sera
o de intervir com rapidez nos focos de i.!l
cidentes, no seu in!cio, pera que não
degenerem em desordem geral incontroláve~
Também, na sua área de ação 1 fará inspe -
ção sÔbra condiçoãs de segurança material
de muros, arquibancadas, escadas, postes,
fios da rêde elétrica, material inflamá
vel, caixas empilhadas, ate, tudo, anf<~
que possa produzir ruído capaz de dar id!!L .~ de desabamento, explosão, etc, Estudará, ainda, itinerários mais fáceis caso
tenha da se movimentar , e um ponto alto
e seguro, de onde possa se dirigir, caso
necessário, a uma multidão confusa ou em A
penico,
182- Da serviço no interior de estádios, junto
ao público, manterá as faixas da circula
ção livres de assistentes, Não permitrrá
que sejam ocupadas, mesmo temporária ou parcialmente, pois o exemplo ds desobediência na massa é seguido por imitação, e em poucos segundos essa importante via de locomoção do policial e público - · estará b-1-oqueada . Mantendo-se de pé, sÔbre essas faixas , ao fundo delas será · natàda a sua presença por quem chega.
l P3- Policiando parte interna de estádios,junto
ao pÚblico, terá a preocupaçao de pastar-
onde - constitua obstáculos ' vista •e nao a
do público . Se fÔr importuno ' visão dos a
assistentes, certamente será mal aceito e vaiado.
184- Ao policial militar em serviço numa quadre de esportes ou diversão, por ser muito observado, não será permitido manter-se no mesmo estado de espírito daquelas que ali vão pera se divertir. Manterá, no procedi manto e nas atitudes, a austeridade pró -pria da profissão , para conferir a imagem insqu!voca de um elemento em serviço e não de um espectador ou curioso . Evitará ·envolver-se nas emoçoes do · · · ambi~nt'e, aplaudir , rir ou distrair-se,prêso ao espetáculo . O alvo da sua atenção é o moti vo da sua presença no local, isto é,o pú blico, a quem deve manter sob contrÔle e
- 93
observação .
185- Aos policiais militares de serviço nos es
tádios, além das medidas de contrÔle do
público, cabe, ainda, a tarefa de prote
ção fÍsica e apoio às autoridades admini~
trativas das dependências , assim como ao
juiz da disputa A utoridade de um árbi
tro de futebol, por exemplo, á soberana e
irretorquível dentro do campo, quanto à aplicação dae re~as do jÔgo. Um policial
militar só entt'ará numa cancha ou p1oced.!!.
rá contra atleta se FÔr solicitado pelo
juiz. Do contrário aguardará,fora das li
nhas da cancha,o desenrolar dos fatos qu~
ainda , não lhe dizem respeito. Se tiver
de retirar da cancha um atleta expulso
que esteja recusando-se a sair, procurexá
dissuadir , convencendo-o. Somente agirá
com a Fôrça se tiver certeza da sup r ema -
eia , dQ contrário pedix·á refÔrço de cole
gas ,para evitar a tristeza de um espetácu
lo depreciativo à Corporação diante do pÚ
blico. ~ conveniente, antes do jÔgo,combi
nar com o juÍz a convenção de sinal de p~
dido de intervenção policial .
XXIII - LOCAIS DE CRIME -
186- Nos lo-cais de crime conti-a pessoa(lesoãs e
94 -
homicídio) cabem aos pat rulheiros duas
ordens de providências ; Uma ação dtreta
no fato e uma investigação preliminar su
mária, já que a veri guação é da competên
cia da Polícia Civil .
Ação di l'eta :
lQ - Socorrerá a vítima , se ainda couber
2Q - Prenderá o autor no loca l ou o persa-. ,
guJ.ra 3g _ Protegerá o local para conservaçãod:ls
indícios .
4º- Identificará as presentes, que sao
testemunhas ou suspeitos .
59- Comunicará à Delegacia ou à Unidade,
para que compareça a autoridade civiJ. A importância das providências está na
ordem de prioridade . Investigação preliminar :
12- Interrogará, ràpidamente, o autor , ví
tima (se possível)e testemunhas . 2Q- Transmitirá o fato, a identidade do
autor, suas caracterí sticas e o prová vel destino tomado .
3º - Inves tigará os asp·ectos centrais des
cobertos, até o ponto em que o atraso não prejudique a captura .
4º - Descobritá e interrogará os suspeitos
e detê - los - á , caso estiverem na área .
- 95 -
5º- Buscará testemunhas qu e já nao se
achem mais no local , para aguardar a
autoridade civil. 62- Preencher o formulário de ocorrência
, , com o maior numero poss1vel de de ta -
lhes, para uso no futu ro .
167- Nos locais de encontro de cadáver de pes
soas que aparentem ter sido v! t imas de
morte natural, sem assistência médica ou • acidental, como afogamento, quedas , etc, o
patrulheiro adotar á as seguintes medidas :
lº- Nos casos de dúvida, procura r certifi
car -se se realmente trata -se de um morto e não de algu ém acometido de mor
te aparente ou agonizante, levando em
conta que o policial não ' u~ médico para atesta r a morte.
22- Isolar o local do encontro .
3Q- Preservar os indícios e evitar que
toquem no co rpo , mesmo que se trate de
parentes.
42- Comunicar o fato para que compareça a
autoridade.
52- Enquanto aguarda a presença da autori
dade, investigará sôbre a identidade
do morto, local de moradia, parentes,
local de trabal ho, relações pessoais,
Últimas pessoas com quem foi visto e
- 96 , . outros dados julgados necessarios .
6º - ra zer apontamentos de tudo e transmitir à autoridade, caso está queira so licital'-lhe .
XXIV - CONDUTA IRREGULAR DE MILITARES-
lBB- Os militares, de qualquer Corpol'ação, sàmente podel'ao ser presos se encontrados em flagrante deli to . Nesse caso, ao pren -
der superior hierárquico, o patrulheirooo licitará escolta de igual pÔsto ou super!
or a~ prêso, para apresentá-lo e Delega -eia. Os presos nestas condições tratados com a dignidade dos seus
-serao postos
ou gradua.,;Ões ,só ficando na repartição e.!. vil o tempo necessário à lavratura do auto, devendo logo serem entregues às suas respectivas Corporações. O patrulheiro não apoiará e não permiLirá que se j a com! tido qualquer ato de violência ou de des considaração a militar prêso, qualquer Q.JG
SeJa a sua Corporação, tal como : algemá -A A A lo, ofende-lo, recolhe-lo ao xadres,colo -
cá-lo entre marginais, etc. O depoimentr será com a escolte presente .
189- Em princípio, o petrulheiro não fará a
apresentação de nenhum milita r à autoTid~ de civil . mesmo no caso de orêso em fla -
- 97 -
grante, sem que seja o fato comunicado ao
ronda e dêle recebida a orientaçao .
190- O militar de qualquer Graduação ou qual
quer Corporação que fÔr ap resentado, nat~
ralmente por ordem superior, à autoridade
civil , para ser ouvido, ,
sera acompanhado
de escolta durante todo o tempo, em todos
os procedimentos e em qualquer que seja
a dependência interna do local . Em nen hum
momento o militar ficará sem a escolta ,e~ - , trague a custodia de civis, por nenhum p~
tex~o . Se houver insistência nêsse senti
do, a escolta recolherá o apresentado . Por outro l ado,a escolta não pode · interferir
no depoimento.ou imiscui r-se nos procedi
mentos legais. 191 - Encontrando militares em contravenção, o
patrulheiro fará cessar a sua continuida
de e anotará os dados de identidade do i~
frator, para comunicaçao, que será fêita
à sua Corporação, através da Unidade do
patrulheiro . Durante o diálogo o patrulhej
ro se portará como soldado,obedecendo todas
as formalidades previstas para uma atitu
de de compos tura e de educação militar .
192- Encontrando militares fardados em estado
de embriaguês, proceder á como no caso de
civis de bons costumes . Se houver desaca-
- 98
to,terá duas condutas: se f Ôr de igua l gr aduação, o det erá , re ti rando a um l oca l
reservado , e chamará a s ua Co rporação ; se
superior hierá r quico não o tocará , m&s , se~
dar a perceber , chamará o serviço de policia militar de sua Corporação.
193- Tomando conhecimento de que elementos das
Fôrças Armadas promovem desordem em ambi
entes de meretrÍcio, não irá ao local,mas
limitar-se-á a chamar a patrulha de seus
quartéis ou navios. Pouco há a moralizar
num ambiente dêsse tipo. Normalmente, a
Única preocupação dos exploradores de le
nocinio é o dano, que geralmente é indeni , - , zado. Assim, tambem, nao tomara conheci-
mento de queixas de prostitutas contra fhl
ta de pagamento, nem de proprietários ds
espeluncas, contra dividas de bebidas, etc.
Apenas.evitará atritos pessoais,se esti-, , .
ver presente, e mandara que o dono va a
Delegacia do Distrito, fornecendo - lhe o
nome e enderêço do devedor . O policial
não será jamais instrumento dêsse tipo de , .
negocio.
XXV- POLICIAMENTO GERAL OE TRANSITO
194- Em serviço nas ruas,fazer com que seja
facilitado o trânsito de veícules e oe -
- ' 99 -
destras , f azendo cumprir o Código e o Re
gulamento de Trânsito . Assim, assumirá o
contrÔle de. tráfego qua ndo oc;orrer iminê.!2
e ia de conflito de ci rc~ l ação,sem esperar
or dem, porquanto tudo ~ que oco rrer de ano~
mal em seu pôsto é problema seu .Intervi rá
removendo todas as causas de conflito~ma~
tendo, assim, a fiuidez do tráfego e o
aproveitamento máximo da capacidad e de es
coamento das vias públicas .
l95- Quando policiando o trânsito em
inftuência de um acontecimento
ou qualquer outra concentração
zona de 9Sportivo,
de público,
terá o conhecimento do plano geral de ci~
cu lação e de tÔdas as al teraçÕes que foram
procedidas, a fim de informar sÔb r e as
ruas interditadas , inver sões de mãos de
di r eção, estacionamentos, itinarérios , etc. l96 - Nás áreas da concentração da veículos , o
patrulheiro estará atento a analisando o
sistema ao seu redor, para sugerir medidas
ou tirar melhor proveito possível dos si
nais (cavaletes) que sao fato r de aceno
mia pessoa l e de esfôrço. 197- Nos locais da concent r ação de povo, regu
lará o estaciona mento de veículos,visa ndo
sempre a melhor saída, e não o mais fácil
estacionamento na cheqada. Numa qrande
- 100 -
reuniao , a chegada de gente se faz em horários diferentes, mas na sa{da todos dei
xam o local na mesma ho r a . Estacionamento
mal organizado na chegada , mais
ficará na sa{da, com os riscos
de uma ci r culação caótica . Isto,
depõe contra a Co rporação .
con fuso , .
propr1os
também ,
198 - Nas grandes cancentraçoes , quando na orien
taçao e guarda de estacio.namento , não per
mitirá que zeladores intervenham na op er~
ção . tsses elementos não estão interessa-
dos 11\Jm s er viço organizado, e sim na grati
ficação . Imiscuindo-se - , na direçao do t r a -
fego , podem embaraçar por muito tempo uma
lhes advenha corren te, desde que disso
algum t r ocado. Muitos não são registrados
e licenciados para a profissão.Grcnde nÚme
ro dêstes apenas recol hem a gratificüção na chegada do ve{culo e , após cessado o
movimento, se retiram sem prestar o serv~ ço, deixando a segurança a ca rgo da pol{
cia . Caso não haja policiais designados
para a guarda do estacionamento , será exi
gida a licença para os que se ap r esenta -rem para a zeladoria . Os demais
afastados de perto dos ca rros .
sera o
199 - Por iniciativa própria, deve submeter ' a
i nspeçao os documentos do condutor e das
- 101 -
condiçoãs de qualquer veículo ( menos oe
militares) desde que lhe par eçam suspei
tos ou irregulares . Ao abordar· um carro
nessas condiçoãs , terá tÔda a cautela,por
que um infrator nervoso pode ser um fora
gido armado, um aeealtante,terrorista, etc,
que entenda ter sido reconhecido ou desc2
berto .
200- Após a meia noi te, todo o táxi que trafegar fora da área urbana , conduzindo pas-
, -sageiros, sera mandado parar e serao iden
tificados e submetidos a busca de os pas-. , sageiros. Se tudo estiver em ordem sera apenas anotada a identidade dêles . Em e111r
viço à noite, mandar parar todo táxi cujo motorista pareça ter feito qualquer espé
cie de sinal ao policial militar com ges
tos ou luz.Pode ocorrer que tenha suspei
tas ou esteja sob ameaça.
201- Nas pequenas violaçoãs do tráfego o p~
trulheiro advertirá aos faltosos com
SERENID ADE, FIRMEZA e POL1DE Z, adotando
uma atitude meramente profissional,sem , , -
critica, comentaria, liçoes de moral ou
ameaças de medidas. ' . '
202- só . , .
aplicara multa quando ocorrer • vi~a~ • - of"I 1 ,,
çao voluntaria do infrator,is!.c e,,cµeJ;snha
- 1102 -
cometido conscientemente a infração. Se , ... - ... ...
tiver duvida quanto as alegaçoes aobre
falta de sinalização, desconhecimento da
cidade, etc, apenas advertirá . No caso
de estacionamento em local proibido e si
nalizado, ou sÔbre calçadas e canteiros,
os sinais já se constituem nas advertên
cias, cabendo a multa . As infrações nao
se judtificam por ignorância da legislação de trânsito, que o condutor deve co
nhecer.
203 - Para expedir uma notificação de in fração
para multa, deve fazê-lo com ~s erenfdaee
e firmeza, sem demoestrar irritação,para
nãp transformar êsse simples ato funcio nal numa dura 11ingança . ·o eve primeiro in
terpelar· ao infrator· para depois , então ,
empunhar a caneta e o talão . O •· preehéhi
manto será feito com rapidez para evitar
reclamações do infrator ,e para nao ense
jar tempo pera discussão. Se o infrator
não se conformar, informará que tem 10
dias pera recorrer e 30 dias par a pagar
a multa. 204- Quando multar Ônibus ou ve{culos de ser-
viço público ou companhia de economi'a
mista, na notificação anotar o nome do
condutor, porque a multa será cobrada do
- 103 -
funcionário que cometer a infração, e as
emprêsas de Ônibus também oneram o empr~
gado dêsse pagamento.
20§- Os condutores desconhecidos que ~dir~gi -,
rem veiculas sem placas, sem • documentos
de propriedade ou identidade, serão pre -
SOS e conduzidos com a prudênc i a que r 9-
querem os suspeitos de crimes.S<irão de-
sembarcados, revistados e tratados como
suspeitos de atividades criminosas até
que comprovem,perante a autorid~de, as
soas condições de legalidade .Quase todos
os assaltos de delinquentes e terroris-
tas são praticados em carros furtados ,
sem placas e com seus condutores porta~
do carteiras de identidade falsa.
206- O patrulheiro retirará de ~ir cula~ão,le
vando o veículo diretamen~e ao depósito
da Polí c ia Civil, e apresentará o condu
tcr ~ autoridade, semp re que. ocorre m as
seguintes condiçoes :
1- Condutor sem documento
2- Condutor de táx i sem a
de habilitação. ,
matricula, ou
sem a vistoria atualizada, ou sem taa . , x~metro, ou sem conferir a placa com
o ca rro ·
3- Condutor sem documento de propriedade
d o veículo que este j a d irigindo,~esmo
_. 1 0 4 -
que se ja de outr ém. 4- Condutor embr i agado .
5 - lmpÔsto at r a sado ou veículo em bai xa . 6- Deficiência total de i l uminação , à noi-
te , a frente ou atrás . 7- Com amassamento na parte da frente,nos
paralamas ou para - choques , sem a certi dão de desembaraço.
B- Sem placas de identificação . 287- Ao ter de retirar veículo de
evitará diálogo prolongado ou estéril. Dirá apenas:
ci rculação, discussão
1- Que o veículo está irregular . 2- Que para essa irregularidade o
prevê a retirada de circulação . 3- Que o veículo será recolhido
Código
4- Pedirá licença e embarcará ao lado do
infrator, sem aguardar a permissâ:>, para evitar a tentação de fugir. Se estiver em mais de um, o policial militar sentará no banco de trás, por seguranç~
Se quieer poderá reter o veículo e co~ dutor no local até a chegada de re f Ôrço, se suspeitar de algo.
5- Declarar, se houver desconformidade can a medida, que qualquer jus ti ficat.i:va poderá ser apr esentada no, l ocal para
onde vão ; ieso acalmará ao infr ator e
- 105 -
lhe dará uma falsa esper ança , facilitando
a tarefa do policial militar de rua . O itl , .
nerario a ser seguido pelo carr o apreendi
do será determinado pelo patrulheiro, que
não permitirá, a qualquer título, a passa
da na casa do infrator ou qualquer outro
lugar, sob pretexto de buscar documentos ,
etc . Recusar a dirigir veículo apreen~ido
como resistência passiva ou desobediência
ao policial é crime passível de prisão . SÓ
poderão recusar - se, excluídos desta criml
nalidade, os que nao estão habilitados.
Neste caso o ve{culo será retido no local
e pedido o apoio do guincho .
209- Ao tomar conhecimento ou verificar nas
rondas que, em uma oficina,algum veícu l o
está sendo desamassa do sem a certidão de
desembaraço, fornecida pela Po lícia Civil,
embargará o serviço e comunicará à De lega
eia ou a Unidade . Se nos amassamentos ho~
ver ind{cios de atropelamento(sangue,c~
belo, fiapos de tecido, etc) o patrulhei
ro não se afastará do local, isolando~ do
contato de todos .
209- Havendo ve{culo em pane na pista ou tro -
cando pneus, mesmo que esteja sÔbre o . . , .
acostamento, exigira que seja colocado no
solo,numa distância maior de 10 metros, o
210-
.: 106 -
sinal regulamentar de advertência é à noi
te, ainda , exigirá que se mantenham · ace-,
sos os faroletes e as lanternas,alem do
triângulo . Se não dispuser do materi~l n~
cessário a sinalizaçao, que é obrigatório ,
o patrulheiro impedirá a depanagem ou
troca de pneus, e providenciará a retirada
de circulação do ve{culo por um guincho. , , , O condu t q t do veiculo sera tambe~ respon-
sável pela adequada sinalização de qual
quer objeto, volume ou parte de ca rga que
tenha de ficar sÔbre a pista ou acostame~ , .
to , responsabilidade essa que sera cobra-
da pelo patrulheiro.
211 - Sendo os animais soltos nas vias pÚblic?S
fontes de acidentes de trânsito, os patru • A
lheiros , ao encontra - los, devem rets-lo~~
puderem, e chamar a presença dos funcioná
rios do curral da Prefeitura. Se não di•-
puserem de recursos no local , chama rão a
presença da viatura de serviço da Unidad~
que dispõe de cordas, etc.
212- Também,sendo a
gos de bola no
caus a de acidentes, os jo -
leito das ruas, o
lheir o não permitirá a sua prática.Poderá
permitir,quando se trata de crianças,desde
que não haja movimento, assim mesmo, na
calçada,desd e qu e não haja trânsito d.e.
- 107
pedestre, ou seja fraco . Seri a in t ransigãn
eia do policial impedir o divertimento de
crianças nessas condições. Se houver quei
xas, a prática ser á suspensa em qualquer
condição de movimento de t r áfego .
213- O trânsito de bicicletas sÔbre cal çadas,
assim como os carrin hos de lomba , embara
çam o trânsito dos pedestres , porisso o
patrulheiro só permitirá a sua prática
por crianças, q~ando não houv er volume
suficiente de trânsito . Se tiver de ãdve~
tir c rianças, usará brandura e o fa r á em
forma de conselho . Caso não s ej a obedeci
do, comunicará o fato aos pais e sàmente
fa r á a ap reensao de bicicletas , car~inhos,
bolas , etc, no caso de desobediência con
sumada de crianças, ou falta de providên
cia dos pais .
214 - Nas zonas de maior movimento, caberá ao
patrulheiro facilitar o t ,r ânsi to sÔbre cal
çadas, assim, não permitindo reuniões em
grupos, senao sÔbre a orla exterio r dos
pa s seios .
21 5- O polic i a l mi litar, nas zona s de trânsito
i n tenso , não permifirá que "camelots'~ ven
dadores ambulantes ou p r opaga ndistas s e
instal em sôbr e a calçada , fo rmando aglom~ - ~ raço es em t~rno de si .
- 108 -
216- Nas zonas centrais não s erá permitido pelo
patrulheiro reuniões de grupos defront e a
casas comerciais, obstruindo o acesso ou
a vista de outros sÔbre as vitrinas .
217 - O patru l heiro fará com que os portadores • de volumes que, pelo seu tamanho , possam
perturbar out r os , tais como escadas ,tábu .
as , etc, transitem pelo leito das ruas e ..
nao pelo passeio .
218- Não será permitido, pelo policiamento mi-
l itar, que as calçadas sejam usadas
exposição de artigos , mesmo defronte
próprias l ojas . O passeio é público
destina ao t ransito de pedest r es .
para ' as
e se
219- O pat rulheiU> intervirá , também , caso a
calçada ou leito de via pública seja usa -
do para depos itar tijo l os , materi al de
construçao, demolição , de obras , uso êsse vedado em Lei Municipal, que prevê tabi
que de madei r a até o limite da metade do
passeio, para uso de obras ci vi s . Adverti
r á o responsável e fará registro na ficha,
para que a Un i dade formalize a denúncia ... . , -a Pr efeitura . Tambem, os empreiteiros sao responsáveis pela s i nalização das obras
públicas .
220- Não será permitido que mendigos se inste -
lem em locais oue oreiudiauem a f luidez
221-
- 109 -
do trânsito de pedestres . ~ comum &enta
r em- se no meio das calçadas, ponto de
passagem obrigatório, coisa que o patru
lheiro não deve permitir. A remoção de
mendigos só se fará após ter chegado via
tura ao local, pelo e &cândalo que êstes
elementos podem promover.
Exigirá que as cargas que ultrapassem o comprimento das carrocerias de
, veiculas,
automotores ou carroças, sejam sinaliza -
da s com uma bandeiro l a no f i ,, al exterior
do comp r imento . Na falta do · cumprimento desta regra , o veículo será retido até a
sua regula ri zação , sem preju{zo da 111\Jl ta , correspondente cabivel .
222- Verificando que ca rroças trafegam sem lan
ter nas na metade do comprimento ,lado es
querdo,retê-las e só deixá - las seguir , à noite, após a sua r egularizaç8o . Qualquer
lanterna serve, desde que a sua metade
dianteira tenha luz branca ou amarela e a
metade posterior emita luz vermelha. Caso
a carroça tenha s inais catadiÓptricos(Ôlho
de-gato) com as mesmas disposições de
côres e posições , será dispensado o uso
da luz .
XXVI - FISCALIZAÇÃO DE VEf CIJl OS 223 -. 1\o . insoecionar ca rrocaa, razer n:. • s eg11in -
- 110 -tes exigências l egais
1 - fe rradu r as completas no animal
2- travas nas rodas
3- revestimento de couro ou ou tro materi
al às correntes atrel adas ao ani mal
4 - escoras com dobradiças nas pa rtes da
frente e de trás para apoio de pêso da
carroça, quando parada
5- condições de comodidade, para o animal,
dos arreiamentos 6 - proporção entre carga e estado do ani
mai . Essas disposições estão contidas,
algumas, no Dec federal nQ 24.645, de
10 de julho de 1934, e suas violações
constituem contravenções pela prática
de maus tratos aos animais . Como é rara
a carroça que tenha o equi pamento obri
gatÓrio, sé serão recolhidas quando is
so puder ser atribu{do como agr avantea
uma outra violação .
224 - Retirar de circulação tÔda
s e ja dirigida por:
- ébrios, e
car roça que
- menores de 18 anos, por serem irrespon-
sáveis para tal . ' Os carroceiros que submete r em os animais
a maus tratos serão detidos . Quando 1cor
rer o recolhimento de ci rculação de uma
- 111 -,
carroça , bom procedimento e manter a car-
roça no depósito, obrigando o carroceiro
a levar consigo o animal e arreios .
225- O patrulheiro fará a retirada de circula
ção de tôda a motoneta , motociclo ou bici
cleta, que nao tenha o equipamento de il~
minação, à noite.
226 - ' - ' Para proceder a inspeçao de um veiculo, d_!!
ve ter em conta qu e j amais iniciará sem
ter na mão o dvcv mento de Habilitação do
conduto r As s im poderá identificá-lo,cas~
ao ~er i niciada a inspeção, o mesmo fuja -
do local.
227 - A inspeção no trânsito compreenderá a fis
calização de Documentos a Condições do vef
culo.
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS - sereo exigi
dos:
1- CNH, ,
habilitação dirigir . que e a para
Se a carteira . , Jª estiver apreendfda,t.!!_
, condutor exibir canhoto da ra o que o
notificação que lhe autoriza a dirigir
por 30 dias. ,
2- Documentos de propriedade- que e o cer tificado de Propriedade ou certificado
da Posse (reserva de domínio) ou o
atualizado Certificado de Registro . O
conduto r do veículo deve ter o cer ti -
- ·112 -
-ficado do o dono . O
mesmo, nao importando quem seja condutor de vefculo de aluguel
exibirá a Matrfcula, que o credencia a
dirigir vefculo de outrQ1• na pr aça e oca.!: tão de vistoria da SMT, atualizado. 3- Imeôsto- Os tributos dos vefculos au
tomotores se resumem no ato do licença anual, atualizado pela taxa rodoviária. r Fàcilmente verificado pela cÔr da sô bre - placa, pois há côr para cada ano, que o condutor substituirá por um compfovante da exatoria , caso tenha pago e não tenha
4- Comprovante lizado.
A ' ,
sobre-pl~ca disponivel. de Seguro ObrigatÓrio -atu~
CONDrccrEs DO VE! CULO - consistem a Fiscali zação das condições na exigência .do equi pamento obrigatório mfnimo para a segura~ ça. Para uma verificação correta,o patru lheiro ordenará seu trabalho , para não
esquecer alguma exigência, já que sao várias. r recomendável imaginar o carro di
vidido em três pa rtes - a pri 111ei ra,do pa~ choque dianteiro até o para-brisa diantei ro; a segunda , do para-brisa dianteiro até o para-brisa traseiro; do para - brisa tra-seiro, caira
, . at e o para -c~oque
parte. traseiro é a ter-
-113 . -
Primeira parte:- aí serao inspecionadru;
os eeguintes equipamentos, na ordem da
frente do veículo pera trá~ , devendo exi~ tir :
1- Para-choque dianteiro
2- faróis com luz branca (a~ta e baixa)
3- faroletee com luz branca ou amarelo- 1 ~
laranja do
4- Indicadores de mudança de direção
5- Limpadores de para-brisa
6 - Ausência de colagem de decalcomanias.
Segunda parte - aí será exig~vel :
1 - Espêlho retrovisor interno
2- Espêlho retrovisor externo(Ônibus e c~
minhoãs devem ter em ambos os lados)
3- Pala de proteção contra a luz do sol
4- Buzina funcionando (é proibido o uso
delas a ar )
5- Freio de -11ao
6- Freio de • cuja inspeção ,
pe , para sera
pedida uma arrancada em primeira e uma
frei ada brusca
7- Silenciador de descarga(dos ruídos do
motor), também, ,
verificado que, e com
a aceleração em ponto morto 8 - Extintor de incêndio (t~xis, caminhoãs
e Ônibus)- táxi e caminhoãs até 6 ton~
ladas, e passeio , a partir de 1972:
- 114
l de kg (co2:
Cami nhoês de ma is de 6 ton . l de 2 kg(C o~ :
Ônibus e micro - Ônibus : 1 de 4 kg(co2 : Inflamáveis líqui dos ou gás 2 de B kg (pó
quÍmi co . )
9- Tr i ângulo de s i nal ização
1 0- Cintos de s egurança(um par a cada pas
sag e i ro ) , e que s erá exi gível dos ve í
culos que r enovarem r egistr o a par tir
do 1971 .
Tercei r a parte - parte de trás, serão ex~ mlnndoa os equipamentos de t r ás para a
frente :
1 - Par a - choque traseiro
2- Lanter nas em côr ve r mel ha, com s i nal ma i s intenso de luz ao ser aci onado o
f r eio de pé (stop) 3- Luz na placa de i denti fi caçt
4 - Inuicadores de mudança de d i reção
5 - A~dincia de colagem no pa r a - b r isa t r a
sei r o
6 - Pr~ teto res pa r a as r odas t r as ei r a s dos
cami nhoes
7 - Luzes l i mi tador as de a ltura nas carrocerias de metal.
8 - Inscrições de I NFL AMAVEL ou ESCOLAR
nos respec ti vos veí cu l os . 228- A a bordaoem oara insoeçªo s~rá_fei ta den -
115 -
tro das seguintes normas, que serao de
cump r imento obrigatór io : , ·- ...
1- Os veiculos serao inspecionados somen -
te após terem safdo da pista, estacio
nando junto ao meio - fio, no acostamen
to .
2- Ao chegar ao vef culo,o policial mili tar fará a continência e cumprimentam':
"Bom dia", "Boa tarde", e dirá seu no
me e o que faz : "Sd José, em serviço de
fiscal i ::ação ."
3- ~ tom de voz e a atitude serao normais
usadas numa palestra . Não devP envol
ver severidade ou intimidade . A frieza
profissional faz bom efeito .
4- Para solicitar os documentos ou acio
nar equipamentos do veículo, o polici
al militar o fará em fo r ma de pergu~
ta : exemplo " O senhor quer mostrar sua carteira de habilitação?'' ''O senhor
quer acender o farol?" "Por favor,o s~
nhor quer acionar a buzina?" ''Por obsi
quio, o senhor quer abr ir o capot?'Pe~
guntando se o condutor quer fa zer isto ou aquilo dará a i déia de que nã1 está
coagindo e sim solicitando, o que gera
i medi atamente uma a titude de concordân
eia .
- 116 -
5- O pedido de documentos será explicado.
O patrulheiro pedirá pela sua designa-
çao o que quer ver . Como por exemplo:
''O senhor quer mostrar seu cer tificado
de propriedade do ve!culo?''''Por favor,
o senhor pode exibir de novo sua ca r
teira de habilitação?'' , etc. Pedir sim
plesmente''os documentos" , dará · margem
à que o inspecionado pergunte"que doc.!:!
mentas?'' ou faça como certo motorista,
que ao lhe pedirem ''os documentos''mos
trou as guias de carga que levava, ao pedirem- lhe ''a carteira'' ,entregou a
de sócio do Internacional, junto com a de dinheiro, perguntando qual das duas
era a pedida . O policial militar deve ,
ser exato , pois enfrentara gente dis-
posta a não colaborar e atá mesmo a
complicar .
6 - O policial militar só tomará em suas
mãos os documentos que solicitar. Não
pegará envoltórios de couro, plásticos,
nem manuseará carteiras onde se achem
os documentos solicitados no mei o de
outros, que não interessam. Quando mi~ turados, o policial não receberá, mas
pedirá que o próprio condutor os s epa
re do conjunto, tire dos envol t órios,
- ll 7 -
etc.
Pegar nêsses conjuntos é criar condiçoãs
de ser acusado de ter extrav~ado um docu
mento, que o condutor não tin~a ou rece
ber uma proposta de corrupção sem nada
podar· fazer, ou abrir um envoltório e ver
uma nota insinuante de dinheiro.Cêrto co~
dutor , ao receber dé volta um maço de p~
péis dêsse tipo, perguntou ao soldado: ''e
o dinheiro que estava aqui, aonde vou re
ceber?'', quando não havia dinheiro algum,
conforme ficou comprovado , depois , em con
fissão .
7- Ao se referir ao equipamento,usará os
nomes técnicos, tais como : farolates,a:i
invés de "sinaleiras da frente";lante.!:.
nas, e não "sinaleir as de trás"; indi
cador de mudança de direção, no lugar
de"pisca - pisca", a fim de evitar que
um condutor malicioso alegue não saber,,
por exemplo, o que é"pi sca-pisca" e~
quando lhe mostrado, querer dar aula
ao soldado , que o nome correto é êste
ou aquêle , que consta no Código .
8- Verificando irregularidades em meio ' a - - , .... inspeçao, nao fara refer encia ou come~
tário a respeitoy mas continuará a ins
- 118 -
peção at é o fim , fazendo apenas o regi~
tro . Assim agindo, evitará que o condu
tor, em meio a vistoria, saia do carro
para justificar a falta do cumprimento
da norma ou defender-se , dizendo tratar
se apenas de um ''fiozinho s6lto'', etc .
9 · -0 tratamento aos condutores será seJT1)re
''senhor'' e ''senhora'', não importando a
idade. Jamais se dirigi rá usando de outras formas, muito menos as que sugiram
intimidades ou subservência, tais como
"nosso amigo", "patrão", "chefe", etc,
que além de inconvenientes, podem dar e~
sejo a respostas constrangedoras, tais
como, por exemplo: ''não sou seu amigo'',
"não dou confiança a policiais",etc . l:'.v.!_
ta r á o uso de qualquer têrmo de "gÍria'~
tais como ''colher - de- chá'', ''carango~~c
que também tiram o caráter de educação
e austeridade profissional.
10- O policial militar não discutirá a medi
da a ser ãdotàda. Não tênlará ar9umen
tar , nem citará artigos ou leis,cÓdigos
ou regulamentos, porque pode ocorrer q.ie
o infrator sendo, por exemplo, um advo gado , terá superioridade ao policial no
terreno das leis qúe está infringindo e
procurará confundÍ-lo .
119 -,
11- O responsavel pelo ,
ve1culo,e a qu~rr
o PM se dirigirá , é o condutor . Não dare
ensejo a quem se encontre a mais no
carro, de intervir no fato . Nada tem
o patrulheiro a tratar com passageir~
por isso não alimentará diálogo com
êles, especialmente mulheres que,acom
panhando os maridos, no carro,se sentan
parte da ocorrência, quando na reali
dade não o são .
12- A boa postura será mantida pelo PM e
evitará atitudes que possam pÔ-lo em
ridículo ou dar margem à censura do i~ ,
frator, tais como : por o pe no estribo
do carro , debruçar-se sôbre a janela
do veículo, escrever usando o capot
como mesa , valer - se dos faróis acesos para iluminar o talão de multas ,pôr as
suas maõs no equipamento, etc . tsses
gestos ensejam ao infrator, já contra
riado, a contrariar o policial, apaga~
do os farÓis,di zendo que o seu carro , ,
nao e mesa, que sua Janela nao e bal --cao de botequim, etc.
1 3 - Tanto para interceptar a marcha de um
ve!culo, como para inspecioná - lo, após
parado , o policial Jamais fica ou pas
sa pela sua frente. ma nter-se~á sempre
- 120 -
ao lado . r difí cil reconhecer , à di stân cia, um veí culo que este j a sem fr e i os ou que seu condutor seja um ass~l tante dese~
parado por imaginar ter sido descobertq ou mesmo um ladrão de carro que pense ter sido montada a operação para captu r á -~Há
muitos casos , diàriamente , também , de bêbados no volante, que tentam fugir, para que não fique comprovado seu estado .
14- Os militares fardados poderão ser dispen -- , sados da inspeçao , desde que seus veicu -las n~o apresentem deficiências visíveis . Ós militar es que estejam dirigindo em tra jes civis terãa inspecionados seus veícu los, mas se fÔ r apontada alguma irregula ridade , o policial dará ciência ao mesmo . Se acatado e prometido o reparo da defic! ência , o policial o liberará. Caso nao re
conheça sua condição irregular, o palie! al solicitará seu nome e unidade, comunicando em ficha de ocorrência o fato, mas
nao o multará nem tomará outra medida re-, ,
pressiva qualquer, nem embaraçara o vei-culo .
15- Também, os elementos da polícia civil receberão o tratamento previsto para os mi litares em traje civil, isto é,serão inspecionado~ e se apurada falha, serão reco-
- 121
mandados a saná-l a •
16- Os veículos a serem retirados de circu
lação, e recolhidos ao depósito da polf cia civil,serão dirigidos ou pelos seus condutores ou gui nchados , mas jamais di rigidos pelo policial, mesmo que autori zados ou solicitado pelo infrator . Dêsse modo estará imune a acusaçoes de ter da nificado a caixa de câmbio, extraviado documento, se apossado de dinhei r o do P?rta-luvas, etc . Se o infrator fÔr só cio do Touring Club ou quis e r contra.ter o guincho de uma emprêsa, não l he será impÔsto o serviço de guincho da polÍ
cia,nem credenciado junto a ela . Mas o problema de remoção é Ônus do infrator. Se não se decidir, s erá utilizado o pr.Q_ cesso comum de recol himento.
17- O patrulheiro não permitirá que o condu tor de veículo inspecionado se deixando o local sob pretextos
afaste" tais
como buscar documentos , avisar o chamar o advogado, etc . Ladroes de
, . ·' ,. -moveis Jª tem fugido das maos da eia assim. Também o pol icial , ao lher carro ap re~ndido , nio passa rá,
viagem, na casa do i nfrator, pois
pai , aut.Q_
polÍ reco
na pode
- 122 -
oc.orrer que entre na porta da frente de um ediff cio e saia nos fundos, -nao mais voltando, criando uma nova situa --çao ao policial.
18- Quando o infrator nao estiver satisfei to com a atuação do policial , o que
, e
normal, ês te não interromperá sua tare fa, mas a completará, a despei t o da iD conformidade. Se quiser queixar-se do patrulheiro e pedir seu nome , ser - lhe-á fornecido . Não há nenhum mot ivo para
um policial negar a fornecer a sua iden tidade para alguém , nêsses casos . O patrul heiro poderá encaminhar um queixoso a um superior hierá rquico, mas S~
MENTE APÓS COMPLETAR A SUA ATUAÇ~O .
?EJ- Nas operações montadas para fiscalização
oe veículos , o policial militar terá sentido de trabalho coletivo, se preocupando, especialmente , com as providências e procedimentos seguintes: Se fÔr sinaleiro:
1- Munirse-á do material lo bem visível . Também,
capaz de torn á--por razoes de s egurança , se fÔr à noite , levará pu
nhos e colete com fita refletiva, bastão luminoso e placa de advertência da presença de"policiais na pista".
2- Postar - se- á ao centro da pista de rola menta, de frente para o lado onde se formará a coluna para inspeção , mantendo - se a uns 10 metros da placa de adve.! tência , que será colocada no centro da pista, cobrindo o sinaleiro,na linha.
mesma
3- SÓ chamará para entrar na coluna o nú-mero de carros correspondente ao de policiais para exame 1 os demais veícu los serão mandados continuar, passando pela sua retaguarda . Para que os veí cu los excedentes entendam que não preci sam entrar na coluna , é preferí vel qu~
após saturado o corredor , o sináléiro
volte-se de costas para a coluna est~ cionada e faça o sinal par a os demais
seguirem pela frente, o que é , par a um condutor indeciso, um sinal mais clar~
Se f&r um dos ~xaminadores:
1- Postar-se- á em linha em relação a:is ·seus colegas, a um intervalo de 10 metros e a uns três passos do meio - f i o e de cos
tas para a pista de rolamento, isto é ~
de frente para a calçada . 2- SÓ retardará veículo para
depois de verificar que o inspecionar
colega da sua esquerda já tem o seu . Do contrário
- 124 -
manda r á que o condutor cont i nue na colun~ sempre em frente . Ass i m, não obst r uirá a co l una .
3- Após inspecionado o seu ve! culo , êste deve ser retirado da coluna junto a s i , par a o . ' que fara sinal, protegendo seu regresso a pista de rolamento . Evitará que continue correndo na coluna, pois poderá ser ataca do mais adiante por outro colega que presuma não ter sido ainda examinado . . . -4- Trabalhara com rapidez, para nao obstruir o corredor e para não importunar mais ao condutor do que o necessário .
5- Resolverá todos os problemas surgidos den tro das normas , evitando a tendência natu ral de transferÍ-los ao superior hierárQ.Jj co pr esente e que comanda a oper ação, tão logo surja o primeiro embaraço . O comand<!! te do serviço é o coordenador geral da operação . Os casos particulares surgidos
serao resolvidos de acÔrdo com a norma, que é a mesma se aplicada por um soldado , sargento ou oficial . Levar um inconformado à presença de um
infrator super ior
pa r a que êste repita a decisão , não é ati tude de um bom profissiona l de pol!cia .
XXVII - SINALIZAÇ~O à BRAÇOS
230- Nas funçoãs de sinalei r o , em contr Ôle de
- 125 -tráfego, se conduzirá dentro d3s seguintes
diretrizes:
1- Para assumir o pÔsto, havendo movimen
to intenso , interromperá o trânsito
em tôdas as direçoãs, e para sair do
pedestal , aguardará um momento em que
uma corrente se escoe normalmente e
com visível preferência.
2- Adotará uma posição-base bem definida
em relação às direçoes das correntes
que controla . Ficar bem de frente e de
costas para as que interrompe e be~ de ' , -lado as que libera . Os pes serao manti
dos alinhados em "posi.ção de descansar: 3- Ficará sozinho no pÔsto de · contrÔle,
porque a presença de um colega junto a
sí pode confundir aós condutores . Se
trabalhando em dupla, o colega se man
terá sÔbre a calçada.
4- Adotará sàmente os gestos regulamenta
res , na forma correta, com · ãlegância . Evitará a gesticulação exagerada, gri
tos, etc. o . sinaleiro fala através dos
sinais regulamentares .
5- Para guiar velhos, crianças , portad.Q_
res de defeitos, etc, descerá do pede~
tal, após dar o sinal de diminuir a
marcha .
- 126 -6 - Para dar informações ou advertir falt~
sos, fará com que os mesmos · encostem os veículos à direita, junto ao meio
f io , quando sairá do pedestal -e . , ira
até lá . Jamais manterá diálogo,de qual quer natureza, com o carro sôbre.o ce~
tro da pista.
7 - Responderá a todos os cumprimentos e acenos com a continência regulamentar.
Saudará militarmente a todos os supe
riores hierárquicos que encarar . ~ão há o -mínimo fundamento na versão de que o
soldado de polícia militar em serviço
de trânsito não saúda superior hierárquico .
B- Apitará fortemente, porque muitos con dutores poderão não ver o sinaleiro en
coberto por outros carros, podem estar ouvindo o rádio, palestrando com um
passageiro, pelo apito,
militar.
-etc, mas ser ao alertados da presença de um policial
9- ~ noite, trabalhando em t~ânsito em l~ cais aonde normalmente nao haja ês se
serviço, apitará o máximo possíve~para alertar os condutores da sua presença
no local. Assim fará em locais de eve~
tos especiais , aciden~es , .e tc .
- 127
10- Tendo de trabalhar à noite , se inte-,
ressara em conduzir material de sin~
lização vis!vel, como punhos refleti
vos e outros artefatos de proteção
de que disponha a Unidade .
11- Caso não consiga tirar bom rendimen
to no som do apito metálico,trocará,
por iniciativa própria, para o de
trilo( com bolinha de cortiça)tambim
utilizável em serviço de trânsito. ,
12- Para ser ouvido por veiculas que se
aproximam , deve considerar a existê~
eia de uma zona dentro da qual tem alcance o som . Considerando,ainda,qLS
muitos carros trafegam com as jane
las fechadas, os silvos serão emiti
dos com a máxima intensidade poss! -vel . A zona de apito i variável con
fo rme os ru!dos do lugar .
13- A prioridade do movimento será manti
da para a coluna que estiver se es
coando em continuidade(sem grande di~
tância entre os vefculos) e com boa
velocidade de marcHa . Sàmente ,
sera cortada una coluna cont!nua e veloz
se far para dar ''LIVRE TR.NSITO"para
ve!culos de socorro,cortejos de entêrro. desfiles militares. etc.
- 128 -
14- Quando é aberto o sinal para uma lor ga col~na e qu e tenha gr1sso v~lume,
como no caso de safda de grandes cor
centraçoãs , a sua velocidade inicial , e lenta , porque lentas sao as veloci
dadas iniciais de cada um 1~s carros da coluna. À medida que é aumentada
a velocidad e dos veículos da frente, mais aumentam as dos demais, mas ,
também, lentamente . Desta forma, uma
long? coluna leva um tempo variável par a atingir a sua velocidade máxi ma . Essa velocidade máxima deve ser
apro veitada pelo policial, que mante ,
ra a coluna em escoamento o maior tam po possível . Co r ta r uma coluna que ainda não a tin gi u o rendimento da
sua velocidade máxima, para i niciar o - , , movime~to de outra, nao e medida pr2 pr ia . As colunas para poderem desla~ char precisam de maio r tempo possível
de movimento . SÓ um sinalei ro s em ' preparo e capa z de .fazer o chamado
''guizado'' de tr~nsi to, isto é, de da r uns pouco s minutos para cada uma de
duas grossas colunas de tráfego, obri
gando a freada s bruscas e e insatis f a ção , a+ém de manter uma verdadeira
129 -
prisão de veículos na rua . 15- Os cortes para mudança de correntes j~
mais serão bruscos . Observará quando houver um veículo atraeedo , abrindo claro na coluna, quando , en tão , fa rá & • • ele somente, o gesto de "P AR E" com a - - , , , mao . Nao usar~ apito ate ai , porque os demais também pararão . t sse carro,dimi
' nuindo a marcha , segurara os demais . 16 - Dará prioridade , em qualquer circun~
tância , a veículos da fôrça , da polícia Civil e fôrças Armada&i s empre que perceber a aproximação, facilitar~ os seus movimentos .
17- Para interromper a marcha de uma colu -na múl tipla , isto é, que tenha em várias co lunas em formação de linha
, SJ.
e não havendo um pedestal, por questão de
segu rança , o sinaleiro se posta r á ini cialmente na calçada , no lado 'diréito da coluna . Oêste ponto fará gesto para que a primeira coluna, que se escoa pela direi t a , pare. Protegido por esta, fará parar a segunda . Pr otegido pela segunda poderá sinalizar a tercei ra e assim por diaote . Para a liberação pr2 cederá de modo inverso no,movimento . ~s
te procedimento é aconselhável aonde
- 130 -
habitualmente nao haja s inaleiro e onde
o movime nto intenso de pedestres possa
esconder o policial das vistas dos con
dutores .
18- Pa ra r egular o c r uzamento de dois veÍc.!:!.
los em idênticas condições terá como
cri tério as vel ocidades . Fará o sinal de ''pare'' ao de menor velocidade , dando
procedência ao mais veloz .
19- O critério para regular o tempo de es -
coamento de correntes em cruzamento será
o de.maior volume de tráfego .A que tiver mais grosso volume terá mais tempo para
se escoar , mesmo que para isso tenha de deixar algum veiculo da outra de "casti
go", aguardando . Não pode haver equilí
brio de tempo entre vias principais e secundárias . ~ grave pecado em trânsito
dar idêntico t r atamento a veículos que saem de ruas secundár ia s e aos que tra
fegam por sÔbre as principais .
20 - Nos pontos de travessias de pedestr es , , ~
onde o volume de ve1culos fo r grosso , o
policial militar aguardará que haja um
claro aberto no comprimento da coluna, o que sempre ocorre pelo atr~so de · algum
carro, para cortá-la e dar passagem aos
pedestres .
•
•
- 131
21- Nos pontos de travessias de pedestres
onde o seu fluxo é volumoso ou cont{-
d ' , , nuo , e o e veicule s e meno r , dara a
prioridade de movimentos aos Últi mos , . , , ... Jª que os pedestres ja tem a vantagem
de continuidade, até aquele momento .
22- Os ve{culos retardatários,que se atr~
sam no fim das colunas , não serao
esperados pelo sinaleiro para a muda~
ça de sinal . Não é justo que dezenas
de carros sejam
pàderem iniciar
de um só.
mantidos parados , sem
movimento por causa
23- Para dosar o tempo de passagem de pe
destres, o sinaleiro aguardará que
sÔbre os passeios , se reunam grupos
que justifiquem a interrupção de uma
corrente de veículos . Após, selecion~
rá,dentre êles, um indivíduo médio . Ao
abrir o sinal para os pedestr es , acom
panhará pela vista o indivíduo sele
cionado até que complete a travessia ,
quando dar á o sinal de "atenção" e f e
chará o sinal, iniciando o movimento
de veículos . Desta forma,
pedestre , estimulando - o a
educará o
se orientar
pelo policial e fazer a travessia num
ato ráoido e seouro e não a continui -
- 132 -
dada descansada do seu "footing". Trave!! . .
s 1a e um ponto de perigo permanente ; o pedestre não pode ter nela o mesmo esta
do de esp!rito com que anda sÔbre um
passeio ou sôbre uma praça . Dev e faze
la preocupado com a sua segur ança , aten
to e obediente ao policial e não ao co~ trário , como seguidamente ocorr e , quando
o sinaleiro , para muda r o sinal, aguarda a vontade dos pedest r es e mui tas vêzes ,
até , de indivfduos que, despreocupado~
não se in teressam em ser rápidos por sentirem que o policial depende de si e não êle do . policial . O povo tem uma es
pécie de s exto sentido que l he per mite
perceber quando a pol!cia nao tê~ o de
vido preparo técnico para lhe proteger, lhe controlar ou educar os seus hábi tos,
e passa a fazer tudo por sua conta . Se
isto ocorrer no trânsito , manifesta a
sua falta de ré ao desobedecer conscie~
temente aos s i naleiros , envol vendo-os de tal forma, a ponto dêles se orientarem
pelo p~blico e não o p~blico por " iles~
Assim os policiais passam a manter o si
nal verde para os pedest res pel o tempo ~ . ,
que esses qu~~erem, os veiculas passam a parar sÔbre as faixas de pedestres em
133-
presença dos guardas, etc . Para se saber
o que o público pensa dos serviços de
uma Corporação, nada é melhor do que
observar a sua condu ta diante de um s i
naleiro .
24- Nas travessia s de vias pÚblicas,por co
legiais, junto a estabelecimentos esco
lares, será exigente para que todos atravessem a pista no mesmo local, aonde
se postará . Pr ovidenciará para que essP
local seja devidamente sina lizado com
ihscri ção em placas e, também, no so10,
onde se situar a faixa de pedestres . Advertirá , com brandura , às crianças qu~
não fizerem a travessia pela faixa e anotará seus nomes, o que surte efeitc
dissuasório. No caso de desobediêncis geral ou isoladas, mas repetidas,fará a
comunicação à Diretoria do estabeleci
mento e à Unidade. Os colegiais ,lambém,
farão as travessias em grupos , que: se
reunirão nas calçadas.
25- Para mudar o sinal de movimento de cor -- ' rentes, nao necessita , obrigatoriamente ,
si no li zar "trânsito inter rompido" em tcrlE
as direçoes, mas poderá simplesmente
fazer o seguinte:
a) Fazer o sinal de apito"DIMINUA A Ml\B.
- 134 -
CHA'' (longo), que preparará a coluna em movimento para uma parada suave , la vantando o braço direito com a mão as
palmada acima da cabeça (gesto parcial de ''trânsito interrompido em t6das as
direçoÊÍs''). b )- Fazer o giro do corpo (' inclusive
os pés), adotando a nove posiçã~
c)-
d)-
base-correte .
Observar se parou quem tinha de P3! rar. Após observar que uma direção de tráfego parou, porá em movimento a outra. Para isso usará simultâneamente do sinal de apito"SIGR'(br~ ve ) e do gesto manual que consiste em apontar com os dedos indicadores das maÕs, diretamente pa r a o rosto dos condutores dos primeiros
carros e, após, para a direção a segu i r. ~sse gesto manual de apontar é deveras interessante, porque
tira o condutor da dúvida se é êle -ou nao quem deve seguir.
26-Nos cruzamentos ou entroncamentos, as ' - , manobras a esquerda sao movimentos cri
ticos, por cortarem a frente de dire~ normais . U cruzamento, -DAt. permi-
- "i35 -tir quatro manobras à esquerda, exigirá
um pouco mais de atenção do sinaleiro.Tra balhando com sinais ã braços , o fa r á de acôrdo com o seguinte : após considerar
que das quatro correntes gerais{duas em cada uma das ruas que se cruzam)terá de parar três , para permitir o movimento de uma só, de onde sairão os veiculos que
' manobram a esquerda, ou seguem em frente : a) - Ao perceber um veiculo fazendo s i nal
de quem vai entrar à esquerda , fará o sinal de apontar para o rosto do seu . condutor e em seguida para um ponto no solo aonde o veiculo deve parar para aguardar a autorização para a manobra. Lsse local deva ser à esQJe! da da pista por onde está trafegaid.J, para permitir o prosseguimento dos
- ' que nao querem dobrar a esquerda.
b)- Dará o sinal de apito''DIMINUA A MARCHA" ao mesmo tempo em que levanta a
mão direita, com a mão espalmada virada para a frente e acima da cabeça. Assim irá girando o corpo até ficar com o seu ombro esquerdo voltado para o lado onde se acha o veiculo que vai
manobrar à esquerda. c)- Voltará a palma da mão direita
o rost:&_ do collQ.y_tQ..t. .d.li. primeiro para , JLe..1..:.
- 136 -
culo que se situa na corrente que vindo
agora, da direita, passaria pela fren
t9 do seu corpo, parando-o . A primeira
das quatro correntas gerais com êstc
gesto de palma de mão "PARE", já estará parada . As segunda e terceiras cor
rentes gerais, também, já estarão par~
das pelo gesto de "PARE", que consiste
em ter o sinal eiro lhe voltado as costas e mantido~se de frente,respecti vamen
te . Assim restará, livre para se movimentar ,a 4§ corrente geral que estará
à esquerda do sinaleiro,e cujos ve!cu
los seguirão em frente ou manobrarão & esquerda.
d)- Após verificar que as três primeirae
correntes pararam, apontará com o dedo
indicador da mão esquerda para o rosto . .
do condutor que deseja manobrar a es-
querda e fará a chamada, indicando a
sua passagem pela frente do sinaleiro
e apontando para a dir~ção a seguir
(agora à frente do sinaleiro).O gesto
de chamada deve constar do desenhn de uma linha imaginária que o sinaleLro
fará com a ponta do dedo indicador da
mão esquerda, iniciando no rosto do
condutor que vai dobrar.cassando oelo
- 137 -
chão o uns dois metros do sinaleiro,!1111 GU!
va e seguindo em direção ao destino do veí culo . Se quando chamado o veículo passar
faz~ndo a volta por trás do sinalei ro,não estará errado, pois o Código determina
que a passagem seja feita pel~ '':upa cen tral do cruzamentoh que é uma expressão !
lástica . Entretanto, a manobra é mais fácil para o movimento se fÔr feita - pela
, frente, especialmente por ve~culos de grande porte, que assim terão uma curva com 111aior abertura . Aos ve!culos desta CO,!'.
- - ' r ente que nao vao dobrar a esquerda,o si-naleiro fará o sinal de mão "SIGA"que será
o de apontar com o indicador da mão es-
querda para o res e depois
rosto dos primeiros condutQ para a direção a seguir(vi -
r3o da esquerda passando pelas costas) .
Essa chamada se faz necessária porque tos podem entender que o movimento é
, so
pa ra os que vao dobrar à esquerda ou pio r
ainda, que seja obrigado, também,a entra~ à esquerda.As manobr as à esquerda _ serão
maic fàcilmente sinalizadas se o policial
militar sempre voltar o seu ombro esquer-' , do pa r a o lado do veJ..culo que fa ra dobrar.
XXVIII ~ ACIDENTE OE TR~NSITO 231 - Nos acidentes di tr~nsito com s~mente DA-
- 138 -
NOS MATER IAI S,procederá do seguinte modo :
a) - Estando moto r izado , estacionará a vi~ tura de modo · seguro e conveniente,para
si e para o ~rânsito em geral, porque
o carro de policia vai ao local resol ver um problema de circulação, e não
criar outro ou aumentar o que já exis
te . Será levado em conta que o paliei al não deve estar atravessando a rua
do local do acidente até o carro tôda a vêz que precisa de algo. ~ melhor
. , . . , desde o inicio Jª estacionar em local mais lÓgico.
b)- Sendo à noite , fará com que as partes sinalizem o.local, usando os respecti
vos triângulos e mantendo as lanter
nas e faroletes acesos. Ainda poderá ser usado o material de sinalização
carga da viatura ou, ainda , os seus fa roletes , faróis ou lanternas.
c)- Control ará o tráfego na á rea,evitando conflitos ou embaraços na circulação .
~ admiss{vel que haja confusão no trâ~ s ito num local de acidente , mas sÕmente antes da chegada de um policial m~
litar ,; após isso se dar não é conceb!vel .
mais
d)- Manterá o contrÔle da situação local,
evitando discussões ou que as partes, geralmente exaltadas, se conflitem . ,tumul t~
ando o seu t rabalho. e- Não permitirá que curiosos intervenham na
questão ou toquem nos veículos. Mantê-los afastados só pode trazer vantagens.
f- Se perceber derramamento de Óleo ou gasolina no chão, manterá a maior área possível isolada, além de alertar os circun~ tantas para êsse detalhe, providenciando
-em extintor , como prevençao. g- Para iniciar o t.rabalho propriamente dito,
no acidente, tomará nas maÕs as carteiras de habi litação dos condutores , Eseae - serão devolvidas após feito o registro .
h- Preencherá a ficha de acidentes,mesmo que as partes aleguem terem entrado em acÔrdo sÔb re a indenização dos danos . Pode ocorrer que uma delas aceite a desculpa e pr~ meta a reparação com o fim de ocultar uma s i tuação ilegal para sí ou para o veícul~ e que será descoberta se houver atuaçoo ~ licial. Enquanto fizer o registro na ficha
comentário de espécie alguma . ;
ra nao fa
Será rrio e decidido ao escalar compulsoriamen
te, como testemunha, a quem assistiu o f~ to, anotando nomes e enderêços . Não discu
140 -
t irá o problema com pessoa alguma estre~ ha s~ serviço policial militar . Não tom~
~ á partido de ninguém e nao emitirá pare
~er sÔbre quem tem razão ou quem seja cul pado. ~ em mesmo que lhe seja pedido pelas
partes, pois não é Juiz .
j- Usará,no registro , a terminologia técnica ~dequaoa para descrever as diversas for
"-.,. de acidentes, lembrando-se dos concei
tOS!
roli;ão - quando dois veículos em movi
menta se chocam .
Aba lroamento- quando ambos em movimenlD,
um colhe o outro pelo lado(flanco),produ~lndo um atrito lateral.
- ~ hoque- quando um ve!culo colhe outro
parado , ou um obstáculo fixo como muro, ' arvore, etc .
- Tomb~mento- quando um ve!culo cai sÔbre
um lado.
- Capotagem- quando um ve!culo cai mante~ do as rodas para cima,mesmo que não fique nesta posição final.
1- -Fe rá ~correta representação gráfica da posi ção final dos ve!culos no croquis da
fic ha , tendo o cuidado de apor-lhes,à re
t aguarda, uma flexa indicando os sentidos em qu e trefeqaua~ antes do atrito . bem
- 141 -
como batizará as ruas e outros pontos fi xos de referência no terr eno.Os ve!culos, em sua posição final, serão representados em -desenho que mostre do mesmo modo que seriam vistos por quem se · ache de um ponto acima do local do fato . Assim,
, . um veiculo tombado apresentara a viste de um só lado e duas rodas visíveis.
m- Após preenchida e ficha, determinar que s ejam oe veículos retirados da via pÚbl! ca, o que será feito com Ônus dos condutsree.Caso pr ecisem ser guinchados a ini
ciativa cabe aos proprietários . sob pres-são do polÃcial, que chamará o guincho da repartição de trânsito, caso os res
ponsáveis retardem a solução. . , -n- Apos concluida a atuaçao no local,o poli cial recomendará,aos que tenham sOftfdo danos em seus ve!culos, que · compareçam no dia seguinte à repartição do trânsitx:>, a fim de obterem a certidão de desembaço, sem o que não poderão receber conce! to em oficinas. ~ recomendável que proc~ rem a Delegacia de Acident es no primeiro dia Útil após o acidente,para dar tempo de chegar a ficha policial àquela repar
tição, que poderá fornecê-la, por cópia, como certidão, aos interessados.
- 142 -o- Os veículos ou condutores participan
tes que estejam nas condiçoãs previstas para retirada de veículo da circu lação , serão apreendidos , ou presos, e
apresentados à autoridade policial . Assim procederá o policial contra os que
dirijam sem documentos, embriagados~vei culo sem o mínimo de equipamento de se
gurança, sem placas identificadora~ sem
habilitação , transportando material
etc . -suspeito, p- Se alguma
feita com das partas nao estiver satis
êsta a atuação do policial, completará o seu traba lho e indicará a sua Unidade e fornece r á o seu nome com pleto, mantendo a compostura e frieza .
q- Nos acidentes de trânsito com apenas
prejuízos materiais, entre particula res, por se tratar de problema de ação privada, o Estado,através da Polícia, não é obrigado a ter despesas com per! tos , fotógrafos , etc , para levantame~
to científico do local. Se as partes quiserem a presença de fotógrafo parti cular , só terão êsse direito , - . ' mente , se nao houver preJuizo lação do trânsito. Quanto às a que têm direito, poderão ser
natural-' . a circu-
' . pericias feitas
- 143 -
no depósito da polícia civil, desde que requeridas na forma da lei .
r- Tratando - se de veí culo oficial de propri edade da União , Estado ou Municíp io, ser á isolado o local e pedida a preserr ça do Pl antão da Delegacia de º Aci den tes, porque o dano material no patrimÔ nio público é crime de ação pública , cabendo o inquérito da polícia, "ex .. 10 -
f Ício" . • r s- Se tratar-se de acidente com veicwlo
ck! Fôrça, será chamado ao local a patrulha ou elemento de serviço na gua.E_ nição,porque , se tratando de material bélico danificado, caberá o Inquérito Policial Militar , conforme reza a Legislação militar processual .
t- Quando ocorrer acidentes com viaturas das Fôrças Armadas , será chamada ao local os Órgãos de polícia daquelas co rporações, pelo motivo de s er, também, obrigatório o competente IPM.
u- Se lhe fÔr solicitado , o policial mili tar poderá orientar os possuidores de seguro contra acidente , recomenda do que recolham os veículos para uma garagem,
ou mesmo oficina, mas sem ser rep~ado, e avi sem o agente local da companhia
- l 44 -
seguradora pare que êste inicie o proced! menta cabível.
232- Nos acidentes de trânsito· graves isto é, )"~
que tenham lesões corporais ou homicídio, ~
o patrulheiro procederá do meemo modo que no "local do crime'' ou "encontro de cadáver" (nQs 186-'l.&7-)aFBSlas acrescentando
uma atuação para manter a circulação do trânsito o mais regular possível,
233- Os veículos participantes · de acidentes donde resultem lesoãs corporais ou homici . , - -dia; em principio , nao terao suas posi-
ções alteradas até o comparecimento da ay toridade du plantão de acidentes, Exceção a essa regra se faz quando uma vítima necessite socorro e o Único veículo disp~ nível seja parte do acidente.
234- No local de acidente com ferimentos( lesões corporais) cabe ao patrulheiro Jrovl denciar socorro à ví tima . Essa providência não significa que devem obrigatoriamente acompanhá- la até ao hospital . Poderá confiá-la a quem deseje fazê-lo, tendo o cuidado de anotar na caderneta de apontamentos . Dêste modo poderá melhor completar
o seu trabalho local, Quando,entretanto,o patrulheiro acompanhar o Ferido no veículo , procurará fazê-lo na viatura do auto~
; #
'145-
do atropelamento , etc , ou pel o menos lev~
lo junto , para poder mantê- lo sob vi gi lâD
eia , até completar o socorro .
235- Quando houver atropelamento de peçlestres ecn
que o causador fuja, o patrulheiro,enquaD to a vftima é colocada em vefculo para o
transporte, colherá e fará registro das
caracterfsticas do vefculo ou condutor,bew
como o nome e enderêço das testemun~as.I! so deve s.er feito simultâneamente ao socar
ro e com rapidez , porque haverá muita dif ic.ul dade de fazê - lo ao voltar novamente
ao local , mais tarde , quando as · testemu
nhas tiverem se afastado ,
•