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Nome: Leandro Flach da Rosa Origem da Páscoa Desde o mundo antigo, a páscoa consiste em uma das mais importantes datas do calendário de festividades do mundo cristão. Sua mais conhecida conotação religiosa se vincula aos três dias que marcam a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Entretanto, muitos estudiosos tentam dar outra interpretação a esse fato, trazendo uma consideração, uma visão menos denotativa à história da ressurreição. Em uma perspectiva histórica da formação das crenças cristãs, alguns estudiosos apontam que o cristianismo, ao florescer em sociedades marcadas pelo politeísmo e por várias narrativas míticas, acabou incorporando a ideia de imortalidade presente em outras manifestações religiosas. De acordo com os pesquisadores M. Goguel, C. Guignebert, e A. Loisy, a morte trágica seguida do processo de ressurreição vinculada a Jesus em muito se assemelha às histórias de outros deuses como Osíris, Attis e Adônis. Estudos mais recentes apontam que essa associação entre a páscoa cristã e outras narrativas mitológicas está equivocada. A própria concepção de mundo e as funções pelas quais o processo de morte e ressurreição assumem nas crenças orientais e greco-romanas não podem ser vistas da mesma maneira que na construção do ideário cristão. O estudioso A. D. Nock aponta para o fato de que no cristianismo a crença na veracidade da história bíblica é uma chave fundamental de seu pensamento ausente na maioria das religiões que coexistiram na Antiguidade. Interpretações mais vinculadas à própria cultura judaica e à narrativa Bíblica apontam a Páscoa como uma nova ressignificação da festividade de libertação dos hebreus do cativeiro egípcio. Nessa visão, a libertação do cativeiro, enquanto um episódio de redenção do povo hebreu, se equipararia à renovação do Cristo que concedeu uma nova esperança aos cristãos. Apesar de a narrativa bíblica afirmar que o episódio da ressurreição foi próximo à festa judaica, a definição do dia da Páscoa causou uma contenda junto aos representantes da Igreja. No ano de 325, durante o Concílio de Niceia houve a primeira tentativa de se estabelecer uma data que desse fim às contendas com respeito ao dia da Páscoa. Mesmo tentando resolver a questão, só no século XVI – com a adoção do calendário gregoriano – as dificuldades de se precisar a data da páscoa foram amenizadas. A data ficou estipulada no primeiro domingo, após a primeira Lua cheia do Equinócio da Primavera, entre os dias 21 de março e 25 de abril. Mesmo sendo alvo de tantas explicações e contendas, a Páscoa marca um período de renovação entre os cristãos, onde a morte de Jesus deve ser lembrada com resignação e alegria. Ao mesmo tempo, traz aos cristãos a renovação de todo um conjunto de valores fundamentais à sua prática religiosa. Por Rainer Sousa Graduado em História

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pascoa

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Page 1: Pascoa

Nome: Leandro Flach da Rosa

Origem da Páscoa

Desde o mundo antigo, a páscoa consiste em uma das mais importantes datas do calendário de festividades do mundo cristão. Sua mais conhecida conotação religiosa se vincula aos três dias que marcam a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Entretanto, muitos estudiosos tentam dar outra interpretação a esse fato, trazendo uma consideração, uma visão menos denotativa à história da ressurreição.

Em uma perspectiva histórica da formação das crenças cristãs, alguns estudiosos apontam que o cristianismo, ao florescer em sociedades marcadas pelo politeísmo e por várias narrativas míticas, acabou incorporando a ideia de imortalidade presente em outras manifestações religiosas. De acordo com os pesquisadores M. Goguel, C. Guignebert, e A. Loisy, a morte trágica seguida do processo de ressurreição vinculada a Jesus em muito se assemelha às histórias de outros deuses como Osíris, Attis e Adônis.

Estudos mais recentes apontam que essa associação entre a páscoa cristã e outras narrativas mitológicas está equivocada. A própria concepção de mundo e as funções pelas quais o processo de morte e ressurreição assumem nas crenças orientais e greco-romanas não podem ser vistas da mesma maneira que na construção do ideário cristão. O estudioso A. D. Nock aponta para o fato de que no cristianismo a crença na veracidade da história bíblica é uma chave fundamental de seu pensamento ausente na maioria das religiões que coexistiram na Antiguidade.

Interpretações mais vinculadas à própria cultura judaica e à narrativa Bíblica apontam a Páscoa como uma nova ressignificação da festividade de libertação dos hebreus do cativeiro egípcio. Nessa visão, a libertação do cativeiro, enquanto um episódio de redenção do povo hebreu, se equipararia à renovação do Cristo que concedeu uma nova esperança aos cristãos. Apesar de a narrativa bíblica afirmar que o episódio da ressurreição foi próximo à festa judaica, a definição do dia da Páscoa causou uma contenda junto aos representantes da Igreja.

No ano de 325, durante o Concílio de Niceia houve a primeira tentativa de se estabelecer uma data que desse fim às contendas com respeito ao dia da Páscoa. Mesmo tentando resolver a questão, só no século XVI – com a adoção do calendário gregoriano – as dificuldades de se precisar a data da páscoa foram amenizadas. A data ficou estipulada no primeiro domingo, após a primeira Lua cheia do Equinócio da Primavera, entre os dias 21 de março e 25 de abril.

Mesmo sendo alvo de tantas explicações e contendas, a Páscoa marca um período de renovação entre os cristãos, onde a morte de Jesus deve ser lembrada com resignação e alegria. Ao mesmo tempo, traz aos cristãos a renovação de todo um conjunto de valores fundamentais à sua prática religiosa.

Por Rainer SousaGraduado em História

Páscoa ou Domingo da Ressurreição  é um festividade religiosa e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento . É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa cristã. A data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao Advento. O domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período de quarenta dias de jejum, orações e penitências.

O termo "Páscoa" deriva, através do latim Pascha e do grego bíblico Πάσχα Paskha, do hebraico ח Mס Oפ (Pesaḥou Pesach), a Páscoa judaica.

A última semana da Quaresma é chamada de Semana Santa, que contém o chamado Tríduo Pascal, incluindo a Quinta-Feira Santa, que comemora a Última Ceia e a cerimônia do Lava pés que a precedeu7 8 e também a Sexta-Feira Santa, que relembra a crucificação e morte de Jesus9 . A Páscoa é seguida por um período de cinquenta dias chamado Época da Páscoa que se estende até o Domingo de Pentecostes.

A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que sua data não é fixa em relação ao calendário civil. O Primeiro Concílio de Niceia (325) estabeleceu a data da Páscoa como sendo o primeiro domingo depois da lua cheia após o início do equinócio vernal (a chamada lua cheia pascal)10 . Do ponto de vista eclesiástico, o equinócio vernal acontece em 21 de

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março (embora ocorra no dia 20 de março na maioria dos anos do ponto de vista astronômico) e a "lua cheia" não ocorre necessariamente na data correta astronômica. Por isso, a data da Páscoa varia entre 22 de março e 25 de abril (inclusive). Os cristãos orientais baseiam seus cálculos no calendário juliano, cuja data de 21 de março corresponde, no século XXI, ao dia 3 de abril no calendário gregoriano utilizado no ocidente. Por conseguinte, a Páscoa no oriente varia entre 4 de abril e 8 de maio inclusive.

A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica pela data e também por muitos dos seus simbolismos centrais. Ao contrário do inglês, que tem duas palavras distintas para as duas festas (Easter e Passove respectivamente), em português e em muitas outras línguas as duas são chamadas pelo mesmo nome ou nomes muito similares. Os costumes pascais variam bastante entre os cristãos do mundo inteiro e incluem missas matinais, a troca do cumprimento pascal e de ovos de Páscoa, que eram, originalmente, um símbolo do túmulo vazio12 13 14 . Muitos outros costumes passaram a ser associados à Páscoa e são observados por cristãos e não-cristãos, como a caça aos ovos, o coelho da Páscoa e a Parada da Páscoa15 16 17 . Há também uma grande quantidade de pratos típicos ligados à Pascoa e que variam de região para região.  

As origens do termo

 A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas

ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem. 

  Entre as civilizações antigas

Historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.

 A Páscoa Judaica Entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o

êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C., onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.

 Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.  

 A Páscoa entre os cristãos Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo

(quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior al equinócio da Primavera (21 de março).

 Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém.   

 A História do coelhinho da Páscoa e os ovos   A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois

este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da

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espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.

 Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, joias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.

 A figura do coelho da Páscoa foi trazida para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.

A Origem da Páscoa – Uma comemoração CristãA origem da Páscoa, um feriado associado com a observância da ressurreição, é na verdade baseada em uma celebração pagã primitiva. Os Cristãos reconhecem esse dia como uma comemoração do evento mais importante da fé Cristã; mas como tantos outros feriados "Cristãos", a Páscoa tem sido comercializada e influenciada por tradições não-Cristãs, como o coelho, desfiles e caça de ovos da Páscoa. Como isso aconteceu?

A Origem da Páscoa – Suas raízes pagãsA origem da Páscoa data aos tempos antigos, logo após do Dilúvio Global registrado em Gênesis 6-9. Ninrode, um neto de Noé, tinha deixado de seguir o Deus do seu avô e passou a ser um líder tirânico. De acordo com o registro bíblico, enquanto era rei, Ninrode criou Babel, Nínive, Assur, Calá e outras cidades, todas conhecidas por estilos de vida que promoviam a perversidade e depravação. Quando Ninrode morreu, sua esposa, a Rainha Semíramis, passou a ensinar que ele tinha se tornado um deus, o deus-sol. Mais tarde ele passaria a ser conhecido como Baal, e aqueles que seguiam a religião que sua esposa criara passaram a ser conhecidos como adoradores de Baal. Eles passaram a ser sinônimos de idolatria, adoração de demônios, sacrifício humano e outras práticas perversas.A origem da Páscoa envolve o nascimento do filho bastardo de Semíramis, Tamuz. De alguma forma, Semíramis tinha convencido as pessoas que Tamuz era Ninrode reencarnado. Já que as pessoas estavam ansiosamente esperando pelo salvador prometido desde o início da humanidade (veja Gênesis 3:15), eles acreditaram que Tamuz era esse salvador, e até mesmo que ele tinha sido supernaturalmente concebido. Em breve, além de adorar Tamuz (ou Ninrode reencarnado), as pessoas também passaram a adorar Semíramis como a deusa da fertilidade. Em outras culturas, ela também era conhecida como Ishtar, Ashtur e, sim, Páscoa.A origem da Páscoa volta ao ritual da primavera instituído por Semíramis logo após a morte de Tamuz, o qual, de acordo com tradição, foi morto por um animal selvagem. As lendas afirmam que através do poder das lágrimas de sua mãe, Tamuz "ressuscitou" na forma de uma nova vegetação que apareceu na terra.De acordo com a Bíblia, foi na cidade de Babel que as pessoas criaram uma torre com a intenção de desafiar a Deus. Até esse ponto, todas as pessoas do mundo falaram apenas uma linguagem. A construção da torre fez com que Deus, como registrado em Gênesis 11:7, confundisse suas línguas para atrapalhar sua unificação em falsas crenças. À medida que as pessoas se mudaram a outras partes do planeta, muitos levaram consigo suas práticas pagãs. Tradições contemporâneas, como a do coelho e ovo da páscoa, também podem ser traçadas às práticas estabelecidas por Semíramis. Por causa de sua natureza prolífica, os coelhos são associados com fertilidade e sua deusa, Ishtar. Babilônios primitivos acreditavam em uma fábula sobre um ovo que caiu do céu no rio Eufrates e do qual a Rainha Astarte (um outro nome para Ishtar e Semíramis) tinha "chocado".

A Origem da Páscoa – Dia da Ressurreição para os CristãosPara os Cristãos, a origem da Páscoa é simplesmente a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo cerca de 2000 anos atrás. De acordo com os Evangelhos, Jesus Cristo, o verdadeiro Messias prometido no Velho Testamento, foi crucificado e ressuscitou durante a época da Páscoa judaica. Desde a ocorrência desse evento tão maravilhoso, aqueles que acreditam que Cristo é o seu Messias honram esse dia especial e celebram com a Páscoa tradicional. À medida que o Evangelho se espalhou pelas nações não-judaicas, entre os povos que não tinham o costume de celebrar a Páscoa, os rituais pagãos gradualmente influenciaram o que a igreja Cristã chamava de o "Dia da Ressurreição". Abrir mão dos mandamentos de Deus pelo conforto do mundo é tão antigo quanto a nação de Israel. Na verdade, a história americana ensina que a Páscoa foi excluída como um feriado pagão pelos fundadores dos Estados Unidos (os Puritanos) e só passou a ser reconhecida depois da Guerra Civil. Os interessados em uma visão Cristã da história americana e do processo gradual de abrir mão das fundações

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bíblicas sobre as quais os EUA foram formados talvez queiram ler livros como The Light and the Glory, escrito por Peter Marshall e David Manuel.

A verdadeira História da PáscoaMuito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava

o fim do inverno e a chegada da primavera. A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra “páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.

A páscoa judaica (em hebraico פסח, ou seja, passagem) é o nome do sacrifício executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que precede a Festa dos Pães Ázimos (Chag haMatzot). Geralmente o nome Pessach é associado a esta festa também, que celebra e recorda a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro de Êxodo.

A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas tem um significado diferente. Enquanto para o Judaísmo, Pessach representa a libertação do povo de Israel no Egito, no Cristianismo a Páscoa representa a morte e ressurreição de Jesus (que supostamente aconteceu na Pessach) e de que a Páscoa Judaica é considerada prefiguração, pois em ambos os casos se celebra uma “libertação do povo de Deus”, a sua passagem da escravidão (do Egito/do pecado) para a liberdade.

De fato, para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa.

Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Perséfone. Na mitologia romana, é Ceres.

Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera decorando ovos. O próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha o hábito de banhar ovos em ouro e ofertá-los para os seus amigos e aliados.

Por que o ovo de Páscoa?O ovo é um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. Ele contém o

germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.

Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo. Na maioria das tradições, este “ovo cósmico” aparece depois de um período de caos.

Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o “Sopro divino”), chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao Céu e a Terra – simbolicamente é possível ver o Céu como a parte leve do ovo, a clara, e a Terra como outra mais densa, a gema.

O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha se abriu e, de seus elementos pesados, surgiu a Terra (Yin) e, de sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yang).

Para os celtas, o ovo cósmico é assimilado a um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do Universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros.

Na tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.

Por que o Coelho de Páscoa?Coelhos não colocam ovos, isto é fato! A tradição do Coelho da Páscoa foi trazida à

América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.

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Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?

No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antiguidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.

Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida. Em união com o mito dos Ovos de Páscoa, o Coelho da Páscoa representa a renovação de uma vida que trará boas novas e novos e melhores dias, segundo as tradições.

Outros símbolos da PáscoaO cordeiro é um dos principais símbolos de Jesus Cristo, já que é

considerado como tendo sido um sacrifício em favor do seu rebanho. Segundo o Novo Testamento, Jesus Cristo é “sacrificado” durante a Páscoa (judaica, obviamente). Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho segundo João no capítulo 1, versículo 29: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo”.

Paulo de Tarso (na primeira epístola a Coríntio no capítulo 5, versículo 7) diz: “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova,

porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.“Jesus, desse modo, é tido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus (em latim: Agnus

Dei) que supostamente fora imolado para salvação e libertação de todos do pecado. Para isso, Deus teria designado sua morte exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a aliança antiga, no sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança, no sangue do próprio Jesus imolado. Assim, a partir daquela data, o Pecado Original tecnicamente deixará de existir.

A Cruz também é tida como um símbolo pascal. Ela mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Jesus. No Concílio de Nicéa em 325 d.C., Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Então, ela não somente é um

símbolo da Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.O pão e o vinho simbolizam a vida eterna, o corpo e o sangue de

Jesus, oferecido aos seus discípulos, conforme é dito no capítulo 26 do Evangelho segundo Mateus, nos versículos 26 a 28: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lhe, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados.

Por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia todos os anos?O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou

depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Concílio de Nicea em 325 d.C., definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária – conhecida como a “lua eclesiástica”).

A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.

Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”. De fato, a sequência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos no nosso calendário Gregoriano.

Os benefícios do cacau são muito difundidos atualmente e há alguns anos ele perdeu aquele estigma de vilão das dietas, afinal, ele é rico em vitaminas A, B, C, D, magnésio, manganês, potássio, sódio, ferro, flúor e fósforo. “O chocolate apresenta também teobromina, que estimula o cérebro; a fenilalanina, conhecida como ‘hormônio da paixão’; a tiramina, que estimula os neurônios; a cafeína e outras substâncias”, explica Sylvana.

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Porém para usufruir de todas essas maravilhas é preciso escolher chocolates que contenham grande concentração de cacau e pouca concentração de leite, açúcar e manteiga de cacau, que não possuem estes benefícios e contribuem para o aumento do valor calórico do chocolate. “Na hora de escolher, opte por amargo, que é rico em cobre, substância responsável por afastar doenças cardiovasculares. Ele é o que possui também a maior porcentagem de antioxidantes já que contém mais massa de cacau”, afirma a nutróloga.

Você sabia que a maioria dos chocolates brancos não possui massa de cacau? Eles contêm apenas leite, açúcar e manteiga de cacau? Ou seja, caso o chocolate branco seja seu preferido, esqueça, você está perdendo todos os benefícios do alimento e ficando apenas com os malefícios, que envolvem ganho de peso. “No caso do chocolate ao leite, além de tudo isso, ele contém ainda a massa de cacau, o que melhora a situação”, diz ela.

Outra pegadinha muito comum para quem gosta de chocolate é escolher produtos que são misturados com castanha do Pará, amendoim, avelã e outros alimentos. Isso porque, a quantidade destes incrementos no chocolate é pequena demais para trazer os benefícios gerados por ele, mas acaba deixando o produto com ainda mais calorias.

A fama de que o chocolate acalma a TPM, diminui o LDL (colesterol ruim) e aumenta o HDL (colesterol bom), diminui o risco de doenças cardíacas e ainda atua como antioxidante e antienvelhecimento também deve ser balanceada. Isso porque, ele atua como coadjuvante nessas melhoras e não como agente principal.

“Se a pessoa tem dieta balanceada e pratica exercícios físicos, o chocolate vai ajudar a manter os bons níveis de colesterol, mas comer chocolate e se alimentar mal não irá mudar muita coisa”. Além disso, a ideia de que comer chocolate todos os dias não faz mal também não significa que para usufruir dos benefícios que ele traz seja necessário o consumo diário. “Para quem não sente vontade de comê-lo todo dia, pode ingeri-lo uma vez por semana e mesmo assim estará sendo beneficiado com suas propriedades”, afirma a Dra. Sylvana.

Páscoa:No momento de comprar seu ovo de páscoa fique atento as informações nutricionais

do alimento e procure optar por um produto que contenha mais massa de cacau e menos manteiga, leite e açúcar, assim você irá potencializar os benefícios. Ao abrir seu ovo, divida ele em porções diárias, consumindo no máximo 50grs por dia. Essa divisão evita que ao abrir o ovo você consuma, sem perceber, uma quantidade maior do que a indicada. “É importante ressaltar também que os números dos ovos não seguem uma padronagem por isso, um ovo com o mesmo número, mas de diferentes empresas pode variar a gramatura”, alerta Sylvana.