participante: gisela de aragão umbuzeiro [email protected] · 2016. 6. 3. · icem 2005...
TRANSCRIPT
-
ICEM 2005
Participação na 9a. Conferência Internacional sobre Mutágenos AmbientaisSão Francisco, Califórnia
2 a 9 de Setembro de 2005
Participante: Gisela de Aragão Umbuzeiro
SEM ÔNUS PARA A EMPRESAFINANCIADO FAPESP E ORGANIZADORES DO EVENTO
-
ICEM 2005
OBJETIVO DA PARTICIPAÇÃO
Coordenar mesa sobre Genotoxicologia de Sistemas Aquáticos a convite dos organizadores
do evento e apresentar palestra:A relevância do ensaio com
Salmonella/microssoma na avaliação da qualidade das águas e indicação e azo corantes como importantes contaminantes do meio aquático
-
ICEM 2005
RESUMO DO EVENTO
Dr. Guilette Jr (Florida) – Contaminantes, genes e saúde: lições da vida selvagem – níveis altos de estradiol no plasma
de jacarés
Dr. Somers (Canada) – Contaminantes ambientais e mutagênese na vida selvagem – faltam muitos estudos para
entendimento dos efeitos adversos
Dr.Claxton (USA) – Mutágenos Ambientais na Atmosfera – avaliação de risco relativa
Dr. Nohmi (Japão) – Diferentes linhagens de Salmonella, deficientes para vários tipos de reparo – podem auxiliar na detecção do tipo de mutágeno presente em matriz ambiental
-
ICEM 2005
RESUMO DO EVENTO
Dr. Ohe (Japão) e Dr. Donnely (USA) – Mutágenos ambientais em água, ar, solo de sedimento – ficou evidente a
necessidade de se considerar resultados de bioensaios de mutagenicidade (como o teste com Salmonella) como critério
de qualidade ambiental no nível regulatório. O cloro também foi apontado como um desinfectante
bastante problemático utilizado no tratamento de águas gerando diversos produtos indesejesáveis com características
tóxicas e mutagênicas, com implicações em aumento de incidência de câncer nas populações expostas
-
ICEM 2005
RESUMO DO EVENTO
Dra. Rita Schoeney (USA) mostrou o novo método da USEPA para avaliação de risco carcinogênico e que o “modo de ação” do contaminantes tem que ser incluído na avaliação para que
o mesmo seja considerado como carcinogênico. Outros fatores que influenciam na determinação do “slope factor” são a suscetibilidade infantil e os efeitos de baixa dose
Outras sessões que tratavam especificamente de efeitos de baixa dose como hormesis (que é um efeito benéfico do
agente quando em baixas doses) foram também apresentadas. Pode-se concluir que os valores de obtidos em avaliações de
risco devem ser interpretados como valores orientadores para tomada de decisão e que estão sempre sendo atualizados a
luz de novos conhecimentos científicos.
-
ICEM 2005
PRÊMIOS
A aluna Danielle Palma de Oliveira, aluna de doutorado e estagiária da CETESB ganhou o Travel Award e o
Environmental Mutagenicity Society Award pela excelência do trabalho apresentado
“Um possível novo sub produto de desinfecção com atividade mutagênica gerado a partir de azo corantes e cloro” que foi desenvolvido aqui na CETESB sob orientação da Dra. Gisela Umbuzeiro em colaboração com o IQ-UNESP de Araraquara
(Dra. Valnice Boldrin Zanoni e aluna Patrícia Carneiro)
Gisela Umbuzeiro também recebeu o Travel Award.
-
APRESENTAÇÃO FEITA POR GISELA UMBUZEIRO NO ICEM 2005
A RELEVÂNCIA DO TESTE COM SALMONELLA NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA E A INDICAÇÃO DE AZO-CORANTES COMO
IMPORTANTES CONTAMINANTES AQUÁTICOS
-
CO-AUTORES DOS TRABALHOS já publicados: Larry D. Claxton, Sarah Warren – US EPA Harold Freeman – College of Textiles – NCSU T. Watanabe & Y. Terao – Japão Danielle Oliveira USP aluna de doutorado COLABORADORES dos trabalhos em elaboração: ANÁLISES QUÍMICAS Valnice Boldrin & Patrícia Carneiro UNESP- Araraquara ANÁLISES DE CRIPTAS ABERRANTES Daisy Favero Salvadori – FM – UNESP – Botucatu TESTES COM TRADESCANTIA Paulo Saldiva: USP – Faculdade de Medicina TESTES COM RAÍZ DE CEBOLA Maria Aparecida Marin Morales – UNESP – Rio Claro
-
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS INTERIORES DO ESTADO DE SÃO PAULO
Azo Dye Processing Plant
Drinking Water TreatmentPlant
Water served for60,000 inhabitants
15 m3/h
540 m3/h
MONITORING SITE CETESB SMA 65/98
MUTAGENIC
340 m3/h
6km
PRE-CHORINATION
LOCAL DE REFERÊNCIA
PRESÍDIO INDÚSTRIA DE TINGIMENTOGALVANOPLASTIA
ETA
CAPTAÇÃO
~6 km
~60.000 PESSOAS
540m3/h
h15 m3/
340m3/h
T. AMESPOSITIVO
-
EXTRAÇÃO ORGÂNICA
SALMONELLA/MICROSOME
ASSAY
Eluiçãometanol eDCM
Eluição metanolacetato de etila
CONCENTRAÇÃOROTAVAPOR
N2
N
H+
Extração N
10L
resina XAD-4
10L
Descarte da amostra
HCl 0,1NpH ≤ 2
Extração H+resina XAD-4
AMOSTRAS ÁGUA SEDIMENTO
ULTRASONI-CAÇÃO
30g
Metanol e DCM
Filtração
-
TA98, TA100, YG1024, YG1041, YG1042
(superprodutoras de nitroreductase and acethyltransferase)
Resultados expressos em número de revertentes por litro ou grama equivalente
SALMONELLA/
microssoma
extratoSalmonella typhimurium
+ +
S9
Minimal agar
66h37ºC
Revertentes espontâneos
Espontâneos e induzidos
-
ANÁLISES QUÍMICAS
● Cromatografia de camada delgada para detecção preliminar de compostos coloridos (corantes) e fluorescentes
● GC/MS/MS – screening de orgânicos semi voláteis
● NMR & MS – determinação das estruturas químicas
● LC/DA – Identificação e quantificação de corantes
● LC/ED – Identificação e quantificação de benzidina
-
YG1041 +S9 = 5x106 rev/L -S9 =1x106
TA98 +S9 = 3x105 rev/L -S9 = 1x105
FONTE DE POLUIÇÃO IDENTIFICADA COM O TESTE SALMONELLA
EFLUENTE DA INDÚSTRIA DE TINGIMENTO
-
RIBEIRÃO DOS CRISTAIS
-
110
1001000
10000
Rev
erta
nts/
liter
TA100
+S9
TA100
-S9
YG104
2+S9
YG104
2-S9
TA98+
S9
TA98-
S9
YG104
1+S9
YG104
1-S9
TRATADABRUTA
RIBEIRÃO DOS CRISTAIS
110
1001000
10000
Rev
erta
nts/
liter
TA100
+S9
TA100
-S9
YG104
2+S9
YG104
2-S9
TA98+
S9
TA98-
S9
YG104
1+S9
YG104
1-S9
TRATADABRUTA
LOCAL DE REFERÊNCIA
MUTAGENICIDADE DA ÁGUA BRUTA COMPARADA COM A TRATADA NORIBEIRÃO DOS CRISTAIS E EM LOCAL REFERÊNCIA
MUTAGENICIDADE RELACIONADA A NITRO/AMINAS AROMÁTICAS
Umbuzeiro et al Chemosphere 54(2004)1589-1597
-
DOS DEZ CORANTES FORNECIDOS PELA INDÚSTRIA UM CORANTE PREVALENTE FOI DETECTADO POR CCD - BDCP
1= Local referência2- rio após descarga 3= rio na ETA4= água tratadaCVS= BDCP
EFLUENTEINDUSTRIAL BDCP
3 CORANTES IDENTIFICADOS E
SURFACTANTES DESCONHECIDOS
-
Lodo da ETA Sedimento do ribeirão Cristais
1. loca referência2. após descarga3. na ETA4. BDCP
lodo BDCP
Oliveira et al aceito pelo SSCJ
-
Corantes do BDCP foram separados por cromatografia
mutagenicidade Estruturas químicas
SALMONELLA MICROSOME
NMR & MS
-
Número de revertentes/ug teste com SALMONELLA/microssoma
COMPONENT TA98-S9 TA98+S9 YG1041-S9 YG1041+S9
BDCP 3.9 70 76 1,570
D. BLUE 373 1.8 480 100 6,300
D. VIOLET 93 10 1,000 195 4,600
D. ORANGE 37
7.2 46 160 280
-
Estruturas químicas foram determinadas por ressonância nuclear Estruturas químicas foram determinadas por ressonância nuclear magnética (NMR) e espectrometria de massa magnética (NMR) e espectrometria de massa
Blue Component of BDCP (C.I. Disperse Blue 373)
Br
NO2
O2N NN
CH3CONH
OCH3
N(CH2CH=CH2)2
Violet Component of BDCP (C.I. Disperse Violet 93)
O2N NN N(C2H5)2
CH3COHN
Br
NO2
Orange component of BDCP (C.I. Disperse Orange 37)
O2N NN N
Cl
Cl
C2H5
CH2CH2CN
BDCP – BLACK DYE COMMERCIAL PRODUCTBDCP – BLACK DYE COMMERCIAL PRODUCT
GrupoNITRO
HAROLD FREEMAN
GrupoAMINA
-
Br
NO2
O2N NN
CH3CONH
OCH3
N(CH2CH=CH2)2
YG1024 +S9mix
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
fraction number
revertant/fr.
LODO BDCP
55% da mutagenicidade devida ao CI Disperse
Blue 373
1,500 Rev/ug47,000 Rev/g
Contribuição de corantes na mutagenicidade do lodo da ETA (T. WATANABE & Y. TERAO)
-
Reference SiteJail Dye processing plantGalvanizer
DWTP
Water intake
~6 km
~60.000 people
540m3/h
3%
340m3/h
106-7 rev/L400,000 ng/L
105-6 rev/L200,000 ng/L
104 rev/L500 ng/L
103-4 rev/g70 ng/g
sedimento
104-5 rev/g7,500 ng/g
lodo
103 rev/L20 ng/L
Água tratada foi encontrado adicionalmente os ácidos halogenados e MX esperados e novos produtos de desinfecção gerados pelo cloro e corantes
MUTAGENICIDADE(YG1041) E CONCENTRAÇÃODO BDCP
- S9
-
• Nitro ou aminas aromáticas estavam contribuindo para a mutagenicidade do efluente industrial, do rio, do sedimento, da água tratada e do lodo da ETA do Ribeirão dos Cristais
• Corantes do grupo dos nitro-aminoazobenzenos estavam contribuindo para a mutagenicidade detectada
AS LINHAGENS DE SALMONELLA AS LINHAGENS DE SALMONELLA ESTAVAM CERTAS O TEMPO TODO......ESTAVAM CERTAS O TEMPO TODO......
Outros compostos mutagênicos além dos corantes estão presentes nas amostras e estão sendo estudados.
-
RESULTADOS
ADICIONAIS
COM OUTROS TESTES
realizados através de colaborações
-
ANÁLISES QUÍMICAS•Benzidina - 47 ug/L (LC-ED)•CI Disperse Blue 373 - 67 ug/L (LC/DA)•CI Disperse Violet 93 - presente•CI Orange 37 - 126 ug/L•Outras aminas aromáticas (GC/MS/MS)•Outros corantes e compostos fluorescentes desconhecidos (CCD)
Lesões pré-neoplásicas-
ACFSamonella microssoma
Aberrações cromossômicas Micronúcleos
BIOENSAIOS
EFLUENTE DA INDÚSTRIA DE TINGIMENTO
-
FORMATION OF THE PBTA-22-[2-(acetylamino-4-[N-(2-cyanoethyl)ethylamino]-5-methoxyphenyl]-
5-amino-7-bromo-4-chloro-2H-benzotriazole (PBTA-2)
HIGHLY MUTAGENIC FOR SALMONELLA AND GENOTOXIC FOR MAMMALIAN CELLS, GENERATED BY THE REDUCTION AND CHLORINATION OF THE BLUE COMPONENT OF THE BLACK AMINOAZOBENZENE DYE STUDIED -
1022x103
7x103
Rev/nmol
Data from Dr Wakabayashi et al.; Figure from Matsuoka et al 2001
912N =
distalproximal
micr
onuc
lei (
%)
14
12
10
8
6
4
2
0
REFERENCE SITE
DWTP INTAKE
MICRONUCLEI
POINT MUTATIONS
ORGANIC EXTRACTORGANIC EXTRACT
CHEMICAL ANALYSIS showed the presence of: Dyes- Blue (65 ng/L); Violet (12 ng/L); Orange (397 ng/L) and
mutagenic aromatic amines and fluorescent compounds
Ribeirão dos Cristais na ETA
-
Considerações finais• Corantes e compostos relacionados são importantes contaminantes ambientais e podem ser encontrados em efluentes industriais, água superficial, sedimento, lodos e água tratada utilizada para consumo humano.
• Pouca informação sobre toxicidade e genotoxicidade de corantes está disponível na literatura internacional portanto mais estudos são necessários para elucidar os riscos envolvidos quando a biota ou a população humana em casos de exposição.
•O teste Salmonella/microssoma teve um papel chave no monitoramento da qualidade da água e deveria ser utilizado de forma sistemática na complementação das análises químicas, emcondições padronizadas, como um parâmetro de avaliação da qualidade das águas.
-
CETESBDeborah RoubicekPaulo Fernando RodriguesLourival WankeFabio KummrowCélia Maria RechCarlos Alberto CoimbrãoFrancisco Viana de CastroWalace SoaresMaria Inês Zanoli SatoRenata Souza Leão Martins
USEPAMike KohanPeggy Mathews
USP E UNESPR. CaritaD. Lobo & S. SoaresR. Alves de Lima & A.P. BazoT. Mazzo & A. SaczkP. Carneiro