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    Portugal na 1GuerraMundial

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    A Primeira Guerra Mundial foi uma guerra que ocorreu entre 1914 e1918, devido, sobretudo, a pretenses imperialistas.

    A 7 de Agosto de 1914, o Congresso, reunido extraordinariamente,aprovou uma declarao em que se reafirmava que Portugal no

    faltaria aos deveres impostos pela sua aliana com a Inglaterra. Foidepois decretada a organizao de uma expedio militar, com destino a

    Angola e Moambique.

    Estas colnias portuguesas, cobiadas pela Alemanha desde o sculoXIX, estavam a ser invadidas por tropas daquele pas.

    Havia os que defendiam que, se Portugal entrasse na guerra ao ladodos aliados, estes ajudariam na defesa das nossas colnias (Angola e

    Moambique), cobiadas pelos alemes, e ficaramos mais fortalecidos

    internacionalmente.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hastear_da_bandeira_portuguesa.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hastear_da_bandeira_portuguesa.jpg
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    Grande parte da populao portuguesa era inculta e analfabeta edesconhecia as causas da guerra e as razes que levavam Portugal a

    participar nela.

    Em 1916, a Inglaterra solicitou a Portugal o confisco de barcosalemes ancorados nos portos nacionais. Portugal atendeu o pedido e a

    Alemanha declarou-lhe guerra (09/03/1916).

    O governador organizou o Corpo Expedicionrio Portugus (CEP)para combater em Frana (1917-1918), ao mesmo tempo que eramenviadas tropas para Angola e Moambique.

    Os soldados portugueses sofreram a dureza da guerra das trincheiras eas consequncias dos ataques com gs txico. Foi ainda ao longo de1918 (9 de Abril) que se desenrolou a batalha de La Lys (Frana),em que, apesar de vencidas e de terem sofrido um nmero considervelde baixas, as tropas portuguesas se bateram corajosamente.

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    As causas a que levaram entrada de Portugal na ! guerra foram: A manuteno das colnias, de modo a poder reivindicar a sua

    soberania na Conferncia de Pazque se adivinhava com o final daguerra;

    A necessidade de afirmar o prestgio e a influncia diplomtica doEstado republicano entre as potncias monrquicas europeias, de formaa granjear apoio perante uma possvel incurso monrquica que viesse a

    derrubar o republicanismo (muitos portugueses defendiam, alis, oregresso da monarquia). A vontade de afirmar valores de Estado que distinguissem Portugal da

    Espanha e que assegurassem a independncia nacional. A necessidade, por parte do Partido Democrtico de Afonso Costa,

    ento no poder, de afirmar o seu poder poltico, ao envolver o pas numesforo colectivo de guerra, tanto em relao oposio republicanaquanto em relao s influncias monrquicas no exlio.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Arrear_da_bandeira_alem%C3%A3.jpg
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    A guerra em Angola

    Sob o comando deAlves Roadas, foi enviado para Angola uma foraexpedicionria de 1600 homens, em Outubro de 1914.

    Na fronteira sul, aps um ataque alemo aoposto fronteiriodeCuangar, as tropas portuguesas tentaram expulsar os alemes do

    territrio, mas em Dezembro de 1914, foram derrotadas em Naulila(Desastre de Naulila), tendo que recuar paraHumbe. As tropasalemes tambm retiraram mas, em simultneo, as populaes locaisacabaram por se revoltar contra a soberania portuguesa.

    O governo portugus, devido revolta local, teve de enviar daMetrpole mais 397 oficiais e 12043 praas e de Moambique envioumais 2 companhias landins.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Embarque_tropas_para_angola_2.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Embarque_tropas_para_angola_1.jpg
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    A guerra em Moambique

    Aps um ataque alemo ao posto fronteirio deMaziua, no Rovuma, ogoverno de Portugal enviou para Moambique uma fora de 1527homens. Essa fora, que chegou a Moambique em Outubro de 1914,estava completamente desorganizada, de tal forma que, passadosalguns meses, mesmo sem ter tido nenhum contacto com o inimigo, j

    tinha perdido 21% dos seus efectivos devido a doenas.Em Novembro de 1915 chegou a Moambique uma nova fora de 1543homens, comandados porMoura Mendes. Essa 2 fora tinha como

    finalidade recuperar a ilha de Quionga, mas tambm devido adesorganizao idntica da primeira fora, s em 4 meses perdeu, por

    doena, metade dos efectivos. S em Abril de 1916 a pequena ilha deQuionga foi recuperada.

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    Em fins de Junho de 1916 chega a Moambique a 3 fora enviada dePortugal, constituda por 4642 homens comandados por Ferreira Gil,com a finalidade de passar o Rovumae atacar as tropas alemes aomesmo tempo que estas eram atacadas no Tanganica por forasinglesas, da Rodsia, da Unio Sul-Africana, do Qunia, do CongoBelga e da ndia. Esta 3 fora consegue passar o Rovuma econquistarNevalamas, logo de seguida, derrotada no combate de

    Nevala, tendo que retirar novamente para Moambique. Em 1917Portugal envia a 4 fora para Moambique, esta constituda por 9786homens e comandada por Sousa Rosa.

    A Alemanha tinha na frica Oriental, uma pequena fora de 4000askarise 305 oficiais europeus, comandados pelo generalLettowWorbeck.

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    Este general alemo conseguiu sempre resistir aos ataques das forasinglesas, apesar de estas serem em nmero muito superior. Isto s foi

    possvel devido a este general ter utilizado uma nova forma de guerra(guerrilha), no lhe interessando manter ou conquistar posies, massim manter o inimigo sempre ocupado, de modo que este no pudesselibertar soldados para enviar de volta Europa.Em Novembro de 1917, Lettow Worbeck passa o Rovuma e derrota as

    tropas portuguesas emNegomano, e percorre Moambique semprefugindo e derrotando as tropas (inglesas e portuguesas) que encontravapelo caminho e provocando a revolta das populaes locais contra osportugueses. Este general alemo acabou por voltar ao Tanganica.Com o final da guerra na Europa, o exrcito alemo que se encontrava

    nessa altura na Rodsia, acabou por se renderapesar de nunca ter sidoderrotado.Para Portugal ficaram, alm das grandes derrotas militares, asrevoltas das populaes locais, que demoraram a ser reprimidas.

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    Crise em Portugal

    medida que o nmero de mortes vai aumentando no CorpoExpedicionrio Portugus e o seu fim era previsvel, a guerra tornava-se cada vez mais impopular.O custo de vida aumentava, o abastecimento de gneros escasseava e o

    desemprego aumentava. Estes factores fizeram despoletar violentasreaces sociais (greves e assaltos) que eram aproveitadas pelosunionistas e monrquicos, contrrios interveno de Portugal noconfronto armado e defensores da retirada das tropas portuguesas doscampos de batalha da Europa.

    A este agravamento das condies de vida e da agitao social epoltica, Afonso Costa no apresentava solues, recusando a entradano governo de elementos de outros partidos republicanos, catlicos eindependentes.

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    Por outro lado, na Flandres, o Corpo Expedicionrio conhecia a suaquase destruio. No dia 4 de Abrilde 1918, as tropas amotinavam-seem pleno campo de batalha.O Corpo Expedicionrio vivia dias de horror e inferno: do dia 9 para10 daquele ms, quando a 2 Diviso do Corpo ExpedicionrioPortugus retirava dos campos de batalha para ser substituda, sofreuum dos maiores bombardeamentos do exrcito alemo seguido por umataque em massa alemo embora com grandes focos de resistncia por

    parte dos portugueses o CEP acaba quase por desaparecer. Era oprincpio do fim da guerra para os portugueses.O Corpo Expedicionrio Portugus retirou-se para a retaguarda dos

    Aliados. Alguns efectivos integraram o exrcito ingls e outros foram

    utilizados como mo-de-obra para abrir trincheiras, o que foidesmoralizando, cada vez mais, os soldados lusitanos.Mesmo assimainda se formou algumas divises que ainda marcharam na marcha davitria em Paris em 1919 trazendo alguma glria e honra para oslusitanos.

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    Corpo Expedicionrio Portugus

    O Corpo Expedicionrio Portugus (CEP) foi a principalfora militar que Portugal, durante a 1 Guerra Mundial,

    enviou para Frana.

    Portugal tambm enviou para Frana uma outra fora, mais

    reduzida e menos famosa: o Corpo de Artilharia PesadaIndependente (CAPI).

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    Organizao

    O Corpo Expedicionrio Portugus foi inicialmente organizado comouma Diviso Reforada seguindo o modelo organizativo portugus eenglobando 3 Brigadas, cada uma com 2 Regimentos de Infantaria a

    3 Batalhes.

    O CEP ficou, pois, com a seguinte organizao:

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    Quartel-General do Corpo; Quartel-General da 1 Diviso;

    Quartel-General da 2 Diviso;

    Infantaria

    1, 2, 3, 4, 5 e 6 Brigadas (cada uma englobando um QuartelGeneral, 4 Batalhes de Infantaria e uma Bataria de Morteiros

    Ligeiros de 75 mm);

    Artilharia

    1, 2, 3, 4 , 5 e 6 Grupos de Batarias de Artilharia (cada um

    englobando 3 Batarias de Peas de 75 mm e uma Bataria de Obusesde 114 mm);1, 2, 3, 4, 5 e 6 Batarias de Morteiros Mdios de 152 mm;1 e 2 Batarias de Morteiros Pesados de 236 mm;

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_militar
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    Engenharia

    Companhia de Telegrafistas de Corpo;

    1 e 2 Companhias Divisionrias de Telegrafistas;Seco de Telegrafia sem Fios (englobando 2 subseces divisionrias);1 e 2 Companhias de Sapadores de Corpo;1, 2, 3, 4, 5 e 6 Companhias Divisionrias de Sapadores

    Mineiros;Seco de Pombais Militares;Batalho de Mineiros;1 e 2 Grupos de Companhias de Pioneiros;

    Metralhadoras

    1, 2, 3, 4, 5 e 6 Grupos de Metralhadoras (cada um englobando2 Batarias de Metralhadoras Pesadas de 7,7 mm);

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    Servio de Sade

    1, 2, 3, 4 e 5 Ambulncias;

    1 e 2 Colunas Automveis de Transporte de Feridos;1, 2, 3, 4, 5 e 6 Seces Hipomveis de Transporte de Feridos;

    Outros

    Grupo de Esquadres de Cavalaria, transformado em Grupo deCompanhias de Ciclistas;1 e 2 Seces Divisionrias de Observadores;1 e 2 Seces Mveis Veterinrias;

    1 e 2 Trens Divisionrios;1 e 2 Grupos Automveis;1 e 2 Companhias de Servios Auxiliares

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    Base de Retaguarda

    Quartel-General da Base;

    1, 2 e 3 Depsitos de Infantaria;Depsito de Cavalaria;Depsito de Remonta;Depsito Misto;

    Hospital Cirrgico;Hospital de Medicina e Depsito de Convalescentes;Estao de Evacuao;

    Depsito de Material de Engenharia;

    Depsito de Material de Guerra;Depsito de Material Sanitrio;Depsito de Material Veterinrio;

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coimbra_aos_seus_mortos_na_grande_guerra.jpg
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    Depsito de Material de Subsistncias;Depsito de Material de Fardamento e Aquartelamento;

    Depsito de Material de Bagagens;Oficina de Montagem de Munies de 75 mm.

    Alm destas foras o CEP inclua ainda as seguintes unidades que

    foram colocadas sob comando directo do 1 Exrcito Britnico: Corpo de Artilharia Pesada, englobando 2 Grupos, cada um com umaBataria de Obuses de 233 mm, uma Bataria de Obuses de 202 mm euma Bataria de Obuses de 152 mm;

    atalho de Sapadores de Caminhos de Ferro;

    Companhia de Projectores de Campanha.Foi tambm criado um Corpo de Aviaoque no chegou a seractivado, sendo os seus pilotos integrados em unidades de aviaobritnicas e francesas.

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    Batalha de La Lys

    A Batalha de La Lys, deu-se entre 9 e 29 de Abril de 1918, no valeda ribeira da La Lys, sector de Ypres, na regio da Flandres, naBlgica.

    Nesta batalha, que marcou a participao de Portugal na Primeira

    Guerra Mundial, os exrcitos alemes provocaram uma estrondosaderrota s tropas portuguesas, constituindo a maior catstrofe militarportuguesa depois da batalha de Alccer-Quibir, em 1578.A frente de combate distribua-se numa extensa linha de 55quilmetros, entre as localidades de Gravellee de Armentires,

    guarnecida pelo 11 Corpo Britnico, com cerca de 84 000 homens,entre os quais se compreendia a 2 diviso do Corpo ExpedicionrioPortugus (CEP), constituda por cerca de 20 000 homens, dos quaissomente pouco mais de 15 000 estavam nas primeiras linhas,comandados pelo general Gomes da Costa.

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    Esta linha viu-se impotente para sustentar o embate de oito divises do6 Exrcito Alemo, com cerca de 55 000 homens comandados pelogeneral Ferdinand von Quast(1850-1934). Essa ofensiva alem,montada por Erich Ludendorff, ficou conhecida como ofensiva"Georgette" e visava tomada de Calais e Boulogne-sur-Mer. Astropas portuguesas, em apenas quatro horas de batalha, perderam cercade 1341 homens, 4626 feridos, 1932 desaparecidos e 7440

    prisioneiros, ou seja, mais de um tero dos efectivos, entre os quais

    327 oficiais.

    Entre as diversas razes para esta derrota to evidente tm sidocitadas, por diversos historiadores, as seguintes:

    A revoluo havida no ms de Dezembro de 1917, em Lisboa, quecolocou na Presidncia da Repblica o Major Doutor Sidnio Pais, oqual alterou profundamente a poltica de beligerncia prosseguida antes

    pelo Partido Democrtico.

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    A chamada a Lisboa, por ordem de Sidnio Pais, de muitos oficiaiscom experincia de guerra ou por razes de perseguio poltica ou de

    favor poltico. Devido falta de barcos, as tropas portuguesas no foram rendidas

    pelas britnicas, o que provocou um grande desnimo nos soldados.Alm disso, alguns oficiais, com maior poder econmico e influncia,conseguiram regressar a Portugal, mas no voltaram para ocupar os

    seus postos. O moral do exrcito era to baixo que houve insubordinaes, deseroe

    suicdios. O armamento alemo era muito melhor em qualidade e quantidade do

    que o usado pelas tropas portuguesas o qual, no entanto, era igual aodas tropas britnicas. O ataque alemo deu-se no dia em que as tropas lusas tinham recebido

    ordens para, finalmente, serem deslocadas para posies mais retaguarda.

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    As tropas britnicas recuaram em suas posies, deixando expostos osflancos do CEP, facilitando o seu envolvimento e aniquilao.

    O resultado da batalha j era esperado por oficiais responsveis dentrodo CEP, Gomes da Costae Sinel de Cordes, que por diversas vezestinham comunicado ao governo portugus o estado calamitoso das tropas.

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