parte final
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INTRODUÇÃO
Informação do local de trabalho
A Empresa MasterFlavor Indústria e Comércio de Aromas LTDA., está localizada na
Rodovia BR-101 SUL km 19/20 - Prazeres Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. A empresa
apresenta pouco mais de um ano e meio de funcionamento e desenvolve suas atividades na
área de pesquisa, desenvolvimento e produção de novos aromas alimentícios, farmacêuticos,
lácteos e para produtos de nutrição animal.
A empresa comporta três laboratórios, sendo um de pesquisa e desenvolvimento de
novos aromas salgados, o segundo é de pesquisa e desenvolvimento de novos aromas doces e
o terceiro e último é o laboratório de controle da qualidade, onde são realizadas as análises
físico-químicas e sensoriais das amostras de matérias-primas e lotes de produtos acabados.
O estágio foi realizado no laboratório de Controle da Qualidade que, atualmente,
encontra-se sob a responsabilidade do responsável Técnico da empresa e supervisor de
Estágio, Mário Luiz Manetta.
Descrição sobre aromas
O mercado de aromas cresce a cada dia no mundo. São desenvolvidos diversos tipos
de aromas e segundo uma reportagem sobre a indústria de aromas da revista Galileu, este
mercado movimenta cerca de 8,5 bilhões de dólares por ano.
Os aromas sempre estiveram presentes desde épocas antigas e eram usados para
verificar se o alimento estava estragado ou para diferenciar de plantas nocivas das
comestíveis. Hoje, os aromas nas indústrias alimentícias são considerados essências assim
como as proteínas, os carboidratos, as vitaminas e os minerais nos alimentos (Food
Ingredients Brasil, 2009).
Eles são aditivos alimentares a fim de dar ou melhorar as características sensoriais dos
alimentos como o sabor e o odor. A indústria farmacêutica, também utiliza o aroma com a
finalidade de mascarar o sabor de alguns remédios. Eles podem se apresentar em diversas
formas: sólidos (pó, granulados e tabletes), líquidos (soluções e emulsões) e pastosos.
Os aromas podem ser classificados em naturais: quando são obtidos através de
métodos físicos, microbiológicos ou enzimáticos a partir de matérias-primas aromatizantes
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naturais. E os sintéticos, que são desenvolvidos em laboratório. A indústria utiliza,
geralmente, o sintético devido ao alto custo da extração de aromas naturais.
Os aromatizantes são divididos em três status: os aromas naturais, o aroma idêntico ao
natural e o aroma artificial, essa classificação esta ligada as fontes de matérias primas que
serão misturadas para a fabricação do aroma. Podem ser aplicados em diversos tipos de
produtos e segmentos dentro de uma indústria de alimentos (Food Ingredients Brasil, 2009).
Quimicamente, os aromas são complexos. Alguns deles podem apresentam cerca de
mil substâncias, que em conjunto, conferem um aroma característico. À medida que aumenta
o peso molecular e reduz a pressão de vapor, há uma perda de poder aromatizante.
As funções químicas utilizada na indústria alimentícia e que estão presentes nos
aromas são os ésteres, os ácidos, os hidrocarbonetos, os alcoóis, os aldeídos, os acetais, os
éteres, os fenóis, as cetonas, as lactonas, os compostos nitrogenados e os compostos
sulfurados. Na tabela 01, demonstra alguns exemplos de compostos químicos que são usados
nas fabricas:
Tabela 01: Compostos químicos utilizados na indústria alimentícia
Fonte: http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/aromatizantes/
Nos rótulos é comum se encontrar informações tipo: "aroma idêntico ao natural". Os
aromas sintéticos possuem as mesmas moléculas aromáticas dos naturais. A diferença entre
um idêntico e um autêntico está no método de obtenção dessas moléculas. Enquanto nos
aromas naturais as moléculas são obtidas a partir de produtos de origem animal ou vegetal,
por processos físicos, os demais são criados por reações químicas de síntese em laboratórios.
Quando essa síntese dá origem a moléculas que não existem na natureza, os aromas são
considerados artificiais (Aditivos & Ingredientes,2009).
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Abaixo na tabela 02, demonstra duas moléculas de aromas de Jasmim, entretanto, se
nota a diferença das estruturas das moléculas e das funções química do aroma natural e o
sintético.
Tabela 02: Estruturas molecular para o aroma de jasmim
Fonte: http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/aromatizantes/
Neste relatório serão abordadas as análises físico-químicas e sensoriais das matérias-
primas e produtos acabados dos respectivos lotes produzidos, bem como os métodos e
equipamentos utilizados em cada análise e a diferença das análises físico-químicas dos
aromas líquido e sólidos.
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PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS PARA LÍQUIDOS
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
DETERMINAÇÃO DE ÍNDICE DE REFRAÇÃO
A refratômetria se baseia na medição do índice de refração de substâncias líquidas ou
sólidas; e se utiliza em determinações qualitativas para a identificação de compostos, ou
quantitativas para conhecer bem a concentração.
O instrumento utilizado nesta técnica é o refratômetro, que pode ser de diferentes tipos
segundo o seu uso e o método de medição, existem no mercado uma grande variedade de
marcas e modelos.
Atualmente, o refratômetro está sendo muito utilizado no controle de qualidade
das indústrias com a finalidade de determinar concentrações e identificação de certos
compostos em amostras de produtos alimentícios no geral.
O princípio da medição do refratômetro é a mudança da direção do feixe de luz de um
meio a outro de distinta densidade, sempre que o segundo meio é opticamente mais denso que
o primeiro, a mudança dos ângulos formados é diretamente proporcional à velocidade da luz
nos dois meios.
A figura 01 mostra uma ilustração de um aparelho refratômetro:
Figura 01: fonte: http://quimis.com.br/produtos.php?cat=1&sub=28&prod=137
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METODOLOGIA
Reagentes e materiais:
- Refratômetro ABBE de bancada modelo: Q767B;
- Pipeta de Pasteur descartável 3 mL;
- Amostra a ser analisada.
PROCEDIMENTO
1) Adicionou-se uma ou duas gotas da amostra no refratômetro;
2) A leitura é visualizada pelo manipulador na escala de índice de Refração localizada no
aparelho com a temperatura automaticamente.
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DETERMINAÇÃO DO pH
Existem dois métodos para análise de determinação de pH de amostras: método
colorimétrico e o método eletrométrico.
Os métodos colorimétricos usam certos indicadores que produzem ou alteram suas
colorações em determinadas concentrações de íons hidrogênio. São processos de aplicação
limitada, pois as medidas são aproximadas e não se aplicam as soluções intensamente
coloridas ou turvas, bem como as soluções coloidais que podem absorver o indicador,
falseando os resultados. Nos processos eletrométricos empregam-se aparelhos que são
potenciômetros especialmente adaptados e permitem uma determinação direta, simples e
precisa do pH.
O pH é definido como: pH= - log [H+], ou seja, é inversamente proporcional ao teor de
íons H+ efetivamente dissociados.
A escala de pH, varia de 0 a 14, é utilizada para indicar o grau acidez ou alcalinidade de
uma solução, em comparação com a água. Desta forma, dizemos que uma solução está ácida
quando o pH é menor que 7,0, básica quando o pH é maior que 7,0 e neutra quando o pH é
igual a 7,0.
Cada meio biológico possui um pH específico, onde acontecem reações químicas para
sintetizar diversas substâncias orgânicas.
Segue abaixo ( figura 02) o instrumento utilizado nas análises de pH:
Figura 02: http://www.produtosparalaboratorio.com.br/t/phmetro-de-bancada/
Reagentes e materiais:
- Amostra a ser analisada;
- pHmetro HANNA Instruments modelo:HI2221.
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Procedimento:
1) A leitura do pH da amostra é feita adicionando a amostra líquida diretamente no
aparelho (no eletrodo, respectivamente), espera-se estabilizar o valor no visor e
anota o pH fornecido.
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DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE RELATIVA DE LÍQUIDOS ATRAVÉS DO
MÉTODO DO PICNÔMETRO
Os estados da matéria podem, de forma simplificada, ser agrupados em sólidos,
líquidos e gasosos. Uma das propriedades macroscópicas que geralmente distingue esses três
estados da matéria é a densidade específica (massa/volume), pois em geral a densidade de
gases é menor do que a de líquidos, e esta última apresenta densidade menor que a de sólidos.
A densidade relativa é uma propriedade física característica de cada substância e a sua
determinação pode ser utilizada para a indicação de substâncias desconhecidas, comparando o
valor encontrado experimentalmente com valores já tabelados.
A densidade relativa pode ser determinada comparando a massa volúmica das soluções
com a massa volúmica da água a 4ºC.
A densidade é uma grandeza intensiva, ou seja, não depende de quantidade de matéria,
porém depende do tipo de substância e é, geralmente, influenciada pela temperatura e pela
pressão. Por isso, deve-se fazer referência à temperatura a que se realizam as análises
laboratoriais.
A densidade absoluta ou massa específica de uma substância qualquer de massa m e
volume V é definida por:
Isso significa que a densidade absoluta é a razão entre a massa de um corpo pelo
volume que este corpo ocupa.
Já a densidade relativa é definida como sendo a razão entre densidades absolutas de
duas substâncias, no qual ρ2 é, geralmente, o padrão. É comum considerar a água como
padrão, visto que esta substância esta presente em grande abundância e sua densidade a
temperatura ambiente (25°C) é de ρ água ≅ 1,00 g/cm3.
A determinação de densidade é, geralmente, feita em análise de alimentos que se
apresentam no estado líquido. Pode ser medida por vários aparelhos, sendo os seguintes os
mais usados: picnômetros e densímetros convencionais digitais. Os picnômetros dão
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resultados precisos e são construídos e graduados de modo a permitir a pesagem de volumes
exatamente iguais de líquidos, a uma dada temperatura.
Para a determinação das densidades relativas dos aromas líquidos, utilizou-se o
picnômetro para líquidos de 5 mL, como mostra a tabela a seguir:
Tabela 03: Imagem e característica do picnômetro
IMAGEM DO PICNÔMETRO CARACTERÍSTICAS DO PICNÔMETRO
Picnômetros para líquidos
Volume do picnômetro: 5mL
O picnômetro é uma vidraria especial, construído cuidadosamente de forma que o
volume do fluído que contenha seja invariável. Esta vidraria apresenta uma abertura larga e
sua tampa é perfurada na forma de um fino tubo longitudinal. Nesta determinação, vamos
utilizá-lo para medir a densidade relativa (em relação a água) de um aroma líquido.
Reagentes e materiais:
- Picnômetro;
- Balança Analítica;
- Papel toalha.
Procedimento:
Inicialmente todos os picnômetros foram identificados em ondem alfabética de “A” à
“T”. Em seguida, tirou-se a tara de cada picnômetro, respectivamente. Logo após,
adicionamos água em cada picnômetro e pesamos na balança analítica (picnômetro + água). O
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valor obtido na pesagem de cada picnômetro identificado era subtraído do valor da tara do
picnômetro correspondente. Desta forma era encontrado o valor da massa de água contida
dentro do picnômetro. Sabendo-se o valor da massa de água no interior do picnômetro podia-
se calcular o fator de correção para cada picnômetro, como mostra o cálculo abaixo:
f = 1,00 ÷ peso da amostra de água contida no interior do picnômetro
No qual, 1,00 é a densidade da água. A partir do exposto acima, criou-se a seguinte
tabela:
Tabela 04: Tabela de tara e fator de correção dos respectivos picnômetros
1) A amostra líquida era adicionada no picnômetro,
2) Pesava-se o picnômetro contendo a amostra;
3) O valor resultante da pesagem era subtraído do valor da tara do picnômetro
correspondente;
4) O valor obtido no item acima era multiplicado pelo fator de correção do picnômetro
correspondente. O resultado obtido era a densidade do produto analisado.
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PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS PARA SÓLIDOS
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
DETERMINAÇÃO DE pH
As análises de pH para os aromas sólidos, são idênticos aos de análises para os
líquidos. O diferencial é que, para ser analisado, deve-se preparar anteriormente uma solução
a 2% do aroma sólido, para então levar esta solução ao equipamento e aguardar a
estabilização do valor no visor.
Reagentes e materiais:
- Amostra a ser analisada;
- pHmetro HANNA Instruments modelo:HI2221.
Procedimento:
1) A leitura do pH da amostra é feita da seguinte forma: prepara-se uma solução a 2% da
amostra sólida e em seguida leva-se a solução para o equipamento. Aguarda a
estabilização do valor no visor, e anota o valor fornecido.
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DETERMINAÇÃO DE UMIDADE (PERDA POR SECAGEM)
Todos os alimentos, qualquer que seja o método de industrialização a que tenham sido
submetidos, contêm água em maior ou menor proporção. A umidade, geralmente, representa a
presença de água contida no alimento, que pode ser classificada como: umidade de superfície,
que refere-se à água livre ou presente na superfície externa do alimento, facilmente evaporada
e umidade adsorvida, referente à agua ligada, encontrada no interior do alimento, sem
combinar-se quimicamente com o mesmo. A umidade esta diretamente relacionada com à
perda de peso sofrida pela amostra quando submetido a aquecimento devido a remoção da
água contida na amostra. Na realidade, não ocorre apenas à remoção da água, mas sim de
outras substâncias que se volatilizam nas condições de aquecimento. O resíduo obtido após o
aquecimento é denominado de resíduo seco.
Segue abaixo uma ilustração da balança de umidade utilizada nas análises
laboratoriais:
Figura 03: Ilustração da utilização da balança de umidade
Reagentes e materiais:
- Amostra a ser analisada;
- Balança de umidade Toledo modelo: MB45;
- Espátula.
Procedimento:
2) Adiciona-se aproximadamente 3g da amostra sólida no prato da balança de umidade.
Aperta-se em STAR e aguarda a contagem do tempo de oito minutos cronometrados
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pelo próprio equipamento. Ao passar oito minutos o próprio equipamento dispara um
“barulho” correspondente à sinalização do resultado final da análise.
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DETERMINAÇÃO DE TEOR DE SAL ATRAVÉS DO MÉTODO DE MOHR
A química analítica é o ramo da química que trata da identificação ou quantificação de
espécies ou elementos químicos. A química analítica remonta o antigo Egito, onde já foram
conhecidos entre outros, as técnicas de copelação de couro e da prata em que o metal impuro
era aquecido numa capela. Transmitidas dos egípcios e destes aos árabes, essas técnicas
empíricas foram se desenvolvendo ao longo dos milênios. O desenvolvimento dos métodos
analíticos foi acompanhado pela introdução de novos instrumentos de medida como a balança
e a aparelhagem volumétrica. Dos métodos volumétricos, estão os argimétricos, os quais
fazem uso de um indicador de adsorção que são substâncias orgânicas indicadoras do ponto
final da reação. Entre os métodos argimétricos, está o método de Mohr usado para determinar
cloretos em amostras.
O método de Mohr foi descrito pela primeira vez em 1865 por K. F. Mohr, um
químico farmacêutico alemão, que foi um pioneiro no desenvolvimento da titulometria. Com
a descoberta de que o Cr (VI) é carcinogênico, atualmente o método de Mohr é raramente
empregado.
O método de Mohr consiste num processo de detecção do ponto final de volumetria.
Este método baseia-se na formação de um segundo precipitado e é aplicado para titular o
nitrato de prata com solução padrão de cloreto de sódio 0,1 N usando solução de cromato de
potássio como indicador (VOGEL,1992).
Quando todos os íons Ag+ tiverem se depositado sob forma de AgCl, haverá
precipitação de cromato de prata (AgCrO4) de coloração vermelho-tijolo, como mostra a
reação abaixo:
Ag+ + Cl- ⇔ AgCI
Ag+ + CrO4 -- ⇔ Ag2CrO4
Desta forma, o método de Mohr é um excelente processo para determinação de cloreto
em amostras.
Existem alguns interferentes que podem conferir erros no processo de análise por este
método, tais como: Íons Br, I- e CN- que podem ser quantificados como se fossem íons Cl-;
formas reduzidas de enxofre como íons sulfeto, tiossulfato e sulfito, porém podem ser
eliminados com tratamento oxidativo prévio com peróxido de hidrogênio; fosfato em
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concentrações maiores que 25 mg/L leva a precipitação de fosfato de prata e o ferro em
concentrações maiores que 10 mg/L mascara a detecção do ponto final (VOGEL,1992).
A tabela 05 abaixo mostra as principais vidrarias utilizadas neste procedimento:
Tabela 05: Principais vidrarias utilizadas no procedimento de determinação de teor de
sal pelo método de Mohr.
VIDRARIAS FUNÇÕES
ERLENMEYER O balão de Erlenmeyer é um frasco de vidro
ou plástico que leva o nome do químico
alemão, Emil Erlenmeyer. Sua utilização é
vasta, podendo ser usado para misturas e
soluções, mas a sua utilização mais comum é
para a titulação, processo que determina a
quantidade de uma determinada substância
em uma solução.
PROVETA A proveta é um tubo cilíndrico com base e
aberto em cima, que pode ser fabricado com
plástico ou vidro. Sua principal característica
é a presença de medidas em toda a sua
extensão. É utilizada para medição de
volumes de líquidos, com baixa precisão.
Sua graduação pode ser variada, assim como
sua altura.
BURETA A bureta é um tipo de vidraria utilizada em
laboratórios, disposta na vertical (com
escoamento de fluido de forma
gravitacional), sustentada por um suporte
universal (com garras) e, quando em
utilização, posicionada sobre um béquer
ou erlenmeyer. Seu principal objetivo de uso
está na correta dosagem volumétrica de
algum reagente nas titulações.
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Tabela 05: Principais vidrarias utilizadas no procedimento de determinação de teor de sal pelo método de Mohr.
Reagentes e materiais:
- Amostra a ser analisada;
- Balança analítica Adventurer Ohaus modelo: AR2140;
- Espátula;
- Erlenmeyer 250 mL;
- Proveta 250 mL;
- Suporte com garra;
- Bureta 25 mL âmbar;
- Nitrato de prata 0,1 N;
- Cromato de potássio.
Procedimento:
1) Preparou-se uma solução do aroma pó a 0,1%;
2) Adicionou-se 10 gotas do indicador de cromato de potássio à solução;
3) Titulou-se à solução com nitrato de prata 0,1 N;
4) Com a mudança da coloração da solução de amarelo para vermelho-tijolo, observou-se
o volume gasto de nitrato de prata e calculou-se o teor de sal da amostra de acordo
com os cálculos abaixo:
Teor de sal (%) = V AgNO3 x 0,585 ÷ P amostra
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Figura 04: Imagem ilustrativa da análise de teor de sal pelo método de Mohr
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ANÁLISES SENSORIAIS DOS AROMAS LÍQUIDOS E SÓLIDOS
A análise sensorial é uma ciência que utiliza os sentidos humanos (visão, olfato, tato,
paladar, audição), para avaliar as características ou atributos de um produto.
É uma ferramenta intensamente utilizada pelas indústrias de alimentos, bebidas,
cosméticos, perfumes, produtos de limpeza, automóveis e outros.
Muitas empresas estão utilizando cada vez mais esta técnica de análise sensorial para
auxiliar na fase de desenvolvimento de produto, programas de otimização de fórmula,
qualidade e para atender as preferências do consumidor, sobre um determinado produto ou
alguma característica importante para o consumidor sobre um determinado produto ou alguma
característica importante para o consumidor geralmente na fase que antecede um lançamento
no mercado, verificando a aceitação de produtos no mercado, pesquisando os gostos e a
aceitação de produtos no mercado, preferências de consumidores.
Essa análise, é uma ferramenta moderna utilizada para o desenvolvimento de novos
produtos, reformulações dos produtos já estabelecidos no mercado, estudo de vida de
prateleira, determinação das diferenças e similaridades apresentadas entre produtos
concorrentes, identificação das preferências dos consumidores por um determinado produto e,
finalmente, para a otimização e melhoria da qualidade.
Abaixo serão descritas algumas relações dos sentidos humanos com as análises
sensoriais de acordo com o manual de análise métodos físico-químico de alimento do Instituto
Adolfo Lutz:
1. Visão: No olho humano, ocorre um fenômeno complexo se um sinal luminoso
incide sobre a capa fotossensível, a retina, provocando impulsos elétricos que,
conduzimos pelo nervo óptico ao cérebro, geram a sensação visual que é, então,
percebida e interpretada.
2. Olfato: A mucosa do nariz humano possui milhares de receptores nervosos e o
bulbo olfativo está ligado no cérebro a um “banco de dados” capaz de armazenar,
em nível psíquico, os odores sentidos pelo indivíduo durante toda a vida. Na
percepção do odor, as substâncias desprendidas e aspiradas são solubilizadas pela
secreção aquosa que recobre as terminações ciliadas, entrado em contato com os
receptores nervosos e produzindo impulsos elétricos.
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3. Audição: O ouvido humano tem a função de converter uma fraca onda mecânica
no ar em estímulos nervosos que são decodificados e interpretados por uma parte
do cérebro, o córtex auditivo, de forma a reconhecer diferentes ruídos.
4. Tato: É toda sensibilidade cutânea humana. É o reconhecimento da forma e estado
dos corpos por meio do contato direto com a pele. Ao tocar o alimento com as
mãos ou com a boca, o indivíduo facilmente avalia sua textura, mais do que
quando utiliza a visão e a audição.
5. Gosto: Na boca, a língua é o maior órgão sensório e está recoberta por uma
membrana cuja superfície contém as papilas, onde se localizam as células
gustativas ou botões gustativos e os corpúsculos de Krause, com as sensações
táteis.
Reagentes e materiais:
- Fitas olfativas (apenas para análise de líquidos);
- Amostra a ser analisada;
- Espátula;
- Béquer.
Procedimento:
1) Para análise sensorial de sólidos levou-se em consideração quatro requisitos
principais: aspecto, cor, odor e sabor.
- O aspecto dos produtos acabados sólidos era geralmente pó fino, já as matérias-
primas apresentavam aspectos diversos, tais como cristais, pó fino, grãos etc.
- A análise de cor era realizada observando a cor do último lote produzido com o
padrão, se alterações nas cores fossem observados, novas análises deveriam ser feitas
a fim de identificar a origem dessas alterações. Caso houvesse erros, os respectivos
lotes deveriam passar por correções na produção. Nas análises de cor de matérias-
primas as diferenças encontradas poderiam pôr em risco o processo produtivo dos
aromas, por isso, se alterações nas cores fossem observadas, entrava-se em contato
com os respectivos fornecedores para reenviar outro produto.
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- A análise de odor era realizada diretamente no recipiente da amostra, comparando a
amostra padrão com o último lote produzido. Pequenas diferenças no odor podiam ser
levadas em consideração, caso o padrão fosse muito antigo, visto que com o tempo
algumas substâncias volatilizam e o aroma perde parte do odor inicial. O mesmo
procedimento funciona para as análises de odor de matérias-primas.
- Para degustação dos aromas sólidos, deve-se levar em consideração que os produtos
acabados eram degustados diretamente colocando pequenas quantidades do aroma na
língua, ou era preparada uma solução a 1% em água morna para degustação posterior.
Vale ressaltar que das matérias-primas sólidas, poucas poderiam ser degustadas
diretamente, visto que muitas poderiam ser tóxicas se ingeridas. As matérias-primas
sólidas que podiam ser degustadas diretamente são: Glutamato monossódico, proteína
vegetal hidrolisada, proteína vegetal hidrolisada HPP-RFC, Sal, Amido, Soro de leite,
alho pó, cebola pó, entre outras.
2) Para análise sensorial de líquidos levou-se em consideração quatro requisitos
principais: aspecto, cor, odor e sabor.
- O aspecto dos produtos acabados e matérias-primas líquidas era geralmente líquido
ou viscoso.
- A análise de cor era realizada observando a cor do último lote produzido com o
padrão, se alterações nas cores fossem observados, novas análises deveriam ser feitas
a fim de identificar a origem dessas alterações. Caso houvesse erros, os respectivos
lotes deveriam passar por correções na produção. Nas análises de cor de matérias-
primas as diferenças encontradas poderiam pôr em risco o processo produtivo dos
aromas, por isso, se alterações nas cores fossem observadas, entrava-se em contato
com os respectivos fornecedores para reenviar outra remessa. Em alguns casos de lotes
de produtos acabados, era necessário a diluição da amostra, no caso de emulsões, por
exemplo, para observar a cor após aplicação. Essas amostras eram diluídas a 0,1%, em
alguns casos, para análises de cor. Mas, dependendo da finalidade do aroma líquido,
cada amostra apresentava uma diluição diferente.
Exemplo: Corante Solução Oleosa de Urucum a 30% era diluída a 0,2 % para análise
sensorial de cor.
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- A análise de odor era realizada com a utilização das fitas olfativas, comparando a
amostra padrão com o último lote produzido. Pequenas diferenças no odor podiam ser
levadas em consideração, caso o padrão fosse muito antigo, visto que com o tempo
algumas substâncias volatilizam e o aroma perde parte do odor inicial. O mesmo
procedimento funciona para as análises de odor de matérias-primas.
- Para degustação dos aromas líquidos, deve-se levar em consideração que os produtos
acabados eram degustados diretamente colocando pequenas quantidades do aroma na
língua, ou era preparada uma solução a 0,2% em água doce, nos casos de aromas doces,
para degustação posterior. Vale ressaltar que das matérias-primas líquidas, poucas
poderiam ser degustadas diretamente, visto que muitas poderiam ser tóxicas se ingeridas.
As matérias-primas líquidas que podiam ser degustadas diretamente são: Glicerina,
Propileno Glicol, Óleo de Soja, Glicose.
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ANEXO I
Recipientes de amostras de produtos acabados líquidos (à esquerda) e matérias-primas líquidas e produtos
acabados pó (à direita)
Recipientes de amostras de produtos acabados pó
Recipientes de amostras de matérias-primas líquido
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ANEXO II
Bancada de análise físico-química do laboratório
de controle da qualidade
Balança de umidade toledo modelo: MB45
Balança analítica Adventurer Ohaus modelo: AR2140
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ANEXO III
Embalagens de matérias-primas líquidas
nas prateleiras do setor produtivo
Produto acabado pó embalado e pronto
para entregar aos clientes
Embalagens de pequenas
Amostras para os clientes
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ANEXO IV
Laboratório de desenvolvimento salgado (primeiro ambiente)
Laboratório de desenvolvimento doce
Laboratório de desenvolvimento salgado (segundo ambiente)
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CONCLUSÃO
As atividades desenvolvidas durante o período de Estágio Curricular Supervisionado
foram de fundamental importância no que diz respeito à vivência prática que é de extrema
importância na formação de um Técnico em Química. Isso porque o estudante, além de obter
o conhecimento teórico para exercer a profissão, ainda contou com a experiência prática
diretamente nos laboratórios e na Indústria como um todo, proporcionando com isso a
conexão das teorias aprendidas durante o curso de Técnico em Química Industrial oferecido
pela Instituição de Ensino (IFPE) e a prática exercida na Empresa MasterFlavor.
Exercer a função de estagiária do setor de Controle da Qualidade foi, sem dúvida, uma
oportunidade incrível para minha formação, pois me capacitou de forma bastante positiva a
ter mais autonomia nas minhas decisões e atitudes quanto profissional e me ajudou a ter maior
segurança nos trabalhos realizados na empresa. Além disso, a experiência prática me mostrou
o quão bom e importante é ter a possibilidade de ver na prática tudo o que você acompanhou
nas disciplinas teóricas do curso, pois mostra a grande importância de levar o conhecimento
teórico para o mercado de trabalho.
Com isso, espero que a experiência vivenciada, tanto na instituição de ensino quanto
na empresa em que estagiei, me abra outras oportunidades de crescimento profissional,
dando-me mais uma vez a oportunidade de mostrar o quanto aprendi nos meus dois anos de
curso no IFPE.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PONTES, Felipe. Fábrica de Sabores. Revista Galileu, Brasil, Out. 2011. Disponível em: <
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI269876-17773,00-
FABRICA+DE+SABORES.html>. Acessado em: 26 de março de 2014.
Aromas Naturais: Importância, Variações, Estrutura e Aceitação. Disponível em: <http://www.insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/materias/88.pdf>. Acessado em: 26 de março de 2014.
Os aromas. Revista Food Ingredients Brasil, N° 8, 2009. Disponível em: <http://www.revista-fi.com/materias/99.pdf>. Acessado em: 26 de março de 2014.
Índice de refração. Disponível em: <http://www.qmc.ufsc.br/organica/aula02/refracao.html>/.
Acessado em 06 de abril de 2014.
Densidade Relativa De Líquidos Método do Picnômetro. Disponível em: <
http://www.ceunes.ufes.br/downloads/2/gilmenebianco-Exp1_Densidade.pdf >/. Acessado em
06 de abril de 2014.
Determinação da densidade relativa das soluções de sacarose e dos açucares a estudar. Disponível em: <http://educa.fc.up.pt/ficheiros/fichas/653/densidade%20relativa.pdf>. Acessado em 06 de abril de 2014.
VOGEL, A.I. "Análise Química Quantitativa". Editora Guanabara Koogan S.A., 1992. Rio de Janeiro, RJ
Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. coordenadores
Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea, São Paulo:Instituto Adolfo Lutz, 2008,
p. 1020.
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