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PARÓDIA DE AS MIL E UMA NOITES NA WEB

Alice kovalczuk de Oliveira

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2010

Orientador: Jaime dos Reis Sant´Anna

Área de Língua Portuguesa – UEL – Londrina

“Como senhora da palavra, Sherazade, deposita em

meio ao negror da noite o clarão refulgente da vida.”

(Nilma Gonçalves Lacerda)

Resumo

O presente artigo é a finalização do processo de formação

continuada desenvolvido pela Secretaria Estadual da Educação do Paraná,

realizado no Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE, acompanhado

pela Universidade Estadual de Londrina-UEL. A presente proposta visa

provocar reflexões quanto ao emprego de novas metodologias nas aulas de

Língua Portuguesa e Literatura, nesse período de tanta informatização e com

os laboratórios de informática nas escolas é preciso desenvolver métodos

para bem utilizá-los. O projeto desenvolvido foi objetivado pela inquietação

que o desinteresse dos alunos pela leitura causa na maioria dos educadores.

O principal foco esteve na leitura e produção de paródias, com a inserção

dos recursos tecnológicos na prática pedagógica que utilizou o serviço de

uma webquest, a qual foi um dos pontos motivadores para o desenrolar das

tarefas sugeridas e postagem das atividades, que foram desenvolvidas pelos

estudantes do Primeiro Ano do Ensino Médio, após a leitura do livro As mil e

uma noites, de Julieta de Godoy Ladeira.

Palavras-chave:Leitura – tecnologia - paródia

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Introdução

Com os avanços na área tecnológica presentes na vida moderna,

atualmente acessíveis nas escolas paranaenses, principalmente com os

laboratórios de informática, pouco explorados por professores e alunos, é

visto como mais um recurso que busca o compartilhar e o interagir no

desenvolvimento dos conhecimentos de forma dinâmica e atraente, fez-se

necessário o uso desses recursos, a fim de despertar o interesse dos

estudantes para novas práticas nas aulas de literatura e de língua

portuguesa.

O desafio está em buscar uma prática pedagógica que seja capaz

de mobilizar os alunos diante desse potencial das novas tecnologias que

favoreçam uma prática transformadora nas atividades de literatura, que

promovam a autonomia, a reflexão, o senso crítico, a pesquisa, a criatividade,

com ações que estimulem a busca do seu próprio conhecimento e possam

reconhecer o momento e a realidade na qual vivem, inferindo sobre a

mesma.

A proposta valoriza a leitura, a produção de paródias e os

computadores da sala de informática existentes nas escolas públicas, como

uma forma de adequar as atividades desenvolvidas com os novos tempos,

sendo que não tem como fugir dele.

É papel da escola e do educador garantir que os alunos conheçam

e experimentem novas metodologias de interação entre a literatura e as

novas tecnologias, uma vez que abrem novas perspectivas para os desafios

do cotidiano escolar.

Pensando nessa possibilidade de interação, o trabalho com o

auxílio da webquest (metodologia de pesquisa na internet, voltada para o

processo educacional), pode ser uma estratégia que venha ao encontro

desses novos desafios, pois à medida que maior número de docentes a

explore, como recurso para o desenvolvimento de atividades, no caso, com

leitura e pesquisa, muitas vezes difícil de se aplicar em sala de aula, os

estudantes estarão mais conscientes sobre o bom aproveitamento que

possam vir a fazer dela.

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Partindo dessa temática, a ideia foi de transformar os horizontes

de expectativas do professor, da escola, dos alunos, da comunidade familiar

e social, por intermédio de práticas que envolvam a leitura de alguns contos

fantásticos do livro As mil e uma noites e a utilização dos computadores da

sala de informática para produções de paródias com algumas das narrativas

selecionadas.

Esses horizontes de expectativas possibilitaram ao estudante uma

reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das aquisições, que

ampliaram seus conhecimentos.

O aluno é o leitor, e como leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo com seus conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. Assim, o docente deve partir da recepção dos alunos para, depois de ouvi-los, aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos alunos. ( DCEs Língua Portuguesa,2008,p.75)

Como leitura se propôs o conto maravilhoso que facilitou o

desenrolar das atividades, já que tem como característica ser fluido, móvel,

entendido por todos, e suas personagens não são determinadas

historicamente, cujas ações são constantes e independentes, com

características diferentes, protagonizam acontecimentos fora do universo

real.

O maior desafio esteve em buscar uma prática pedagógica que

fosse capaz de mobilizar os alunos diante do potencial das novas tecnologias

com práticas transformadoras nas atividades de literatura, que promovessem

a autonomia, a reflexão, o senso crítico, a pesquisa, a criatividade, com

ações que estimulassem a busca do seu próprio conhecimento e pudessem

reconhecer o momento e a realidade na qual vivem, inferindo sobre a

mesma.

Fundamentação teórica

Leitura

A escola é o espaço fundamental para a aquisição dos

conhecimentos que permitem a inclusão do indivíduo na vida social e

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produtiva. Reforça-se assim, a necessidade das práticas de leitura e de uma

seleção diante de tantas informações que circulam nos meios de

comunicação e com tamanha rapidez.

Uma das necessidades fundamentais do ser humano é dar sentido

ao mundo e a si mesmo, e o texto, seja informativo ou ficcional, permanece

como meio primordial para que isso se realize. A leitura é um ato libertador,

quanto maior vontade consciente o indivíduo tem de liberdade, maior será o

índice de leitura. (Ezequiel T. da Silva,1988, p.59)

Toda pessoa nasce com um potencial físico e psíquico para ler o

mundo. Sua transformação em leitor depende do conjunto de estímulos

sócio-ambientais com os quais se identifica no transcorrer da vida,

principalmente o do meio escolar, pois quanto mais leituras se acumulam,

maior é a propensão para a modificação dos horizontes de expectativas.

A socialização do indivíduo se faz, para além dos contatos pessoais, também através da leitura, quando ele se defronta com produções significantes provenientes de outros indivíduos, por meio do código comum da linguagem escrita. No diálogo que então se estabelece, o sujeito obriga-se a descobrir sentidos e tomar posições, o que abre para o outro. ( Bordini e Aguiar, 1988, p.10)

Essas expectativas podem ser proporcionadas com textos

literários que satisfaçam as necessidades dos alunos, cujas obras

correspondam ao esperado e que as estratégias agradem a partir de

procedimentos conhecidos e interessantes para cada faixa etária.

Ao se defrontar com o texto, o aluno traz consigo toda sua

bagagem de experiências linguísticas e sociais, que deve se mobilizar a partir

das provocações e lacunas que a obra lhe propõe. Isso permite ao leitor uma

interação direcionada, na qual ele reconhece os significados que lhe são

familiares ou enfrenta os desconhecidos, podendo se submeter a um diálogo

com o texto, fazendo-se corresponder aos seus conhecimentos e interesses.

Esse processo de recepção, implica a participação ativa e criativa daquele

que lê.

Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que consiga

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justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos. (PCNs,1997,p.54)

Sobre essas ideias, a literatura, nas Diretrizes Curriculares

Paranaense, sugere que a partir dos pressupostos teóricos da Estética da

Recepção (Jauss/1994), formem um leitor capaz de sentir e de expressar o

que sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de literatura, um

envolvimento de subjetividades que se expressam entre obra/autor/leitor, por

meio da interação que está presente na prática de leitura.

Novas tecnologias

A partir da interação entre obra/autor/leitor, decorre a necessidade

de desenvolver atividades que contemplem as novas tecnologias presentes

no cotidiano escolar, na tentativa de incentivar o interesse dos alunos a

participar de maneira ativa do processo de aprendizagem, com a utilização

dos computadores do Laboratório de informática.

Valente (2005) salienta que existem dois aspectos a serem

considerados na implantação das tecnologias em ambiente escolar. A

primeira sinaliza que tanto o domínio técnico quanto o pedagógico devem

estar acontecendo simultaneamente. Dessa forma o pedagógico é

beneficiado pelo domínio da técnica, e a técnica acaba criando novas

possibilidades que atendam ao pedagógico.

É clara a importância do domínio sobre o uso adequado de cada

ferramenta para explorá-la em diferentes situações educacionais. Para

Almeida (2005, p.41) “Tecnologia e conhecimentos integram-se para produzir

novos conhecimentos que permitam compreender as problemáticas atuais e

desenvolver projetos em busca de alternativas para a transformação do

cotidiano e a construção da cidadania”.

Se a escola não inclui o uso de computadores na educação, ela

está alheia ao espírito do tempo e produzindo exclusão social. Voltados para

uso individual ou coletivo, trazem um dos maiores benefícios tecnológicos

para estimular a aprendizagem com criatividade e seriedade.

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“Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente se comparada a outros gêneros e suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler nessa esfera também mudam. O hipertexto – texto no suporte digital/computador – representa uma oportunidade para ampliar a prática de leitura.” (DCEs, 2008, p. 73)

Com a inclusão de atividades de pesquisa digital, o aluno aprende

a trabalhar em equipe e decide juntamente com o grupo o que há de

interessante e de confiança postado na rede. Aos poucos vai descobrindo

caminhos mais úteis para sua cultura através das escolhas de tantas opções

que a tecnologia digital traz.

O conto

Mediando esse desafio, o conto maravilhoso serve de base para

todo o desenvolvimento do projeto. Por ser o mais amplo e mais expressivo,

revela informações históricas, etnográficas, sociológicas, jurídicas e sociais.

É um documento vivo de costumes, ideias, mentalidades, decisões e

julgamentos do povo.

Afirma Câmara Cascudo lido em Nelly Novaes Coelho(1987):

“Para todos nós é o primeiro leite intelectual. Os primeiros heróis, as

primeiras cismas, os primeiros sonhos, os movimentos de solidariedade,

amor, ódio, compaixão, vêm com as histórias fabulosas ouvidas na infância.”

Há muitas divergências quanto aos textos que marcaram o início

desse gênero narrativo, porém existe um ponto comum entre elas: a

produção permanecia viva entre o povo que testemunhava a verdadeira

maneira de ver e sentir a vida, destinados ao público adulto e não infantil e/ou

juvenil como aconteceu com o passar dos tempos.

Em língua portuguesa o termo conto serve para designar a forma popular, folclórica, criação coletiva de linguagem e daí a não-propriedade de um único criador, e, ao mesmo tempo, a forma artística, atributo exclusivo de um estilo peculiar, individual. (Luzia de Maria, 1984, p.10)

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Um conto é um relâmpago na vida dos personagens. Não importa

muito seu passado, nem seu futuro, pois isso é irrelevante para o contexto do

drama, objeto do conto. O espaço da ação é restrito. A ação não muda de

lugar e quando eventualmente muda, perde dramaticidade. O objetivo do

conto é proporcionar uma impressão única no leitor.

Segundo Edgar Allan Poe: "No conto breve, o autor é capaz de

realizar a plenitude de sua intenção, seja ela qual for. Durante a hora de

leitura atenta, a alma do leitor está sob o controle do escritor. Não há

nenhuma influência externa ou extrínseca que resulte de cansaço ou

interrupção”.

Para Deonísio da Silva:

"Os homens têm sido contistas desde priscas, eras (...) Jesus foi um

extraordinário contista, ainda que jamais tenha escrito um único e

escasso livro (...) Criativo, inovador, o famoso nazareno inventou

contos fascinantes. Basta dar uma olhadinha nas parábolas (...)

São contos, por exemplo, numerosas narrativas bíblicas (...) O

Pantschatantra, hindu, está cheio de contos. As mil e uma noites

são um verdadeiro panegírico do gênero. As nossas lendas

indígenas são contos. As anedotas e piadas são contos. A prosa

popular é, pois, muito chegadinha a um conto”.

Pelo seu arranjo composicional, o conjunto de contos fantásticos

de As mil e uma noites, serve de elemento motivador para a leitura, com uma

variedade de temas sobre os costumes do povo árabe, cujo espírito de

aventura, humor, justiça e fantasia são transmitidos com lições de conduta,

de vida e de amor pela protagonista Sherazade, durante quase três anos de

uma narrativa contínua.

Essa continuidade poderia caracterizar também a novela pela

sucessividade dos episódios que a narradora coloca em suas histórias de

forma ordenada e completa, apresenta também um fundo de verdade aliada

a pluraridade de tempo, espaço, ação e personagens que favorecem a

precipitação da narrativa para o seu desfecho.

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Sendo que fica a cargo do leitor classificar a devida obra como um

conto ou uma novela, pois em muitos momentos das narrativas elas se

confundem por apresentarem os mesmos elementos: fatos que determinam a

história ( O quê?), as personagens bem definidas (Quem?), o enredo segue

o modo como se tecem os fatos (Como?), os lugares onde se passam os

fatos (Onde?), o momento em que se passam os acontecimentos (Quando?),

a causa de todo o conflito (Por quê?) e geralmente com foco narrativo em

terceira pessoa, podendo apresentar discurso direto e indireto ao mesmo

tempo.

Paródia, Pastiche ou Estilização

O conto maravilhoso encaixa-se na teoria desenvolvida pelo

formalista russo Bakhtin (1997, p.203), sobre a influência da palavra já dita

presente em novos discursos:

A palavra não é um objeto, mas um meio constantemente ativo, constantemente mutável de comunicação dialógica. Ela nunca basta a uma consciência, a uma voz: sua vida está na passagem de boca em boca, de um contexto para outro, de um grupo social para outro, de uma geração para outra...

Esse dialogismo é considerado como o princípio constitutivo da

linguagem e a condição do sentido do discurso, que se constrói, entre pelo

menos dois interlocutores, um diálogo entre discursos, tem-se a

intertextualidade.

É com a intertextualidade das diferenças (Sant´Anna, 1985) que se

constrói a paródia. Nela, há uma tomada de consciência crítica, apresenta

uma nova forma de ler o convencional, de caráter contestador, ocorre um

choque de interpretação.

Muitas vezes a paródia, ainda que conserve sua característica de

rompimento, presta uma homenagem ao intertexto ou ao seu autor.

...um determinado discurso real parodiado é apenas subentendido. Mas aqui o próprio discurso do autor ou se faz passar pelo discurso do outro ou faz este passar por seu discurso. Em todo caso, ele

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opera diretamente com o discurso de outro, o protótipo(o discurso real do outro) subentendido fornece apenas a matéria e é um documento que confirma que o autor realmente reproduz um certo discurso do outro. (Bakhtin, 1997, p.196)

Na paródia, a palavra do outro age passivamente nas mãos do

autor que opera com ela. Ele toma a palavra indefesa e sem reciprocidade do

outro, a reveste da significação que ele, como autor deseja, obrigando-a a

servir aos seus fins, que em lugar de endossar o modelo retomado, rompe

com ele, sutil ou abertamente.

O reconhecimento do intertexto depende da amplitude dos

conhecimentos que o interlocutor tem em sua memória, sendo que a falta de

depreensão do texto-fonte, empobrece ou impossibilita a leitura e a

construção de sentidos (Koch, Bentes, Cavalcante, 2008, p.35).

O tom humorístico aparece de forma irônica, as formas de

recuperação do já dito são de contestação da autoridade, de subversão de

valores, que exigem do receptor a competência interpretativa e sua

contextualização. A intertextualidade não é mais uma dimensão derivada,

mas a dimensão primeira de que o texto deriva, seria a intertextualidade

interna das vozes reproduzidas no diálogo com outros textos.

Embora muitas vezes essa intertextualidade que acontece na

paródia pode ser confundida com o pastiche ou com a estilização, porque

ambos partilham sua origem tendo como base uma obra anteriormente

produzida – o hipotexto.

Etimologicamente derivado da palavra italiana pasticcio (massa ou

amálgama de elementos compostos), pastiche era aplicado pejorativamente,

no campo da pintura, a quadros forjados com tal perícia imitativa que

procuravam ser confundidos com os originais. Durante a Renascença, devido

à crescente procura de obras de arte em Florença e Roma, muitos pintores

medíocres foram levados a imitar quadros de grandes mestres italianos, com

intenções fraudulentas. O conceito viajou para França e pasticcio converteu-

se no galicismo pastiche, no século XVIII. (www.fcsh.unl.pt/)

pasticho (francês pastiche)s. m. Obra literária ou artística na qual

se imitou a maneira de outro escritor ou artista. = PASTICHE

pastichar - (pasticho + -ar) v. tr. e intr.1. Imitar o estilo, a maneira

de. = DECALCAR, COPIAR. 2. Fazer um pasticho.

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paródia (grego paroidía, -as) s. f. 1. Liter. Imitação burlesca de

uma obra séria. 2. Por ext. Imitação, reprodução burlesca de

qualquer coisa. 3. Pop. Animação, farra, pândega.

(www.priberam.pt/)

O pastiche não é corrosivo para o texto que imita, ao passo que a

paródia não pode dispensar esse efeito, se quiser funcionar como tal. A

paródia é a deformação de um texto preexistente O pastiche é a imitação

criativa de um texto preexistente.

Quanto às condições que concorrem para o sucesso do pastiche como recurso textual, é fundamental que no texto-fonte seja visível um conjunto de traços peculiares, de temas recorrentes, um estilo autoral passível de ser apreendido, compreendido e convertido. (ww.fcsh.unl.pt/ )

A paródia distingue-se do pastiche de um modelo preexistente por

pressupor a ridicularização ou anedotização desse modelo, ao passo que o

pastiche apenas se conforma com o decalque, sem qualquer intenção de

interferir moral ou socialmente com o objecto decalcado.

Já na estilização a linguagem do autor é elaborada de maneira a

que se perceba seu traço característico ou sua tipicidade para uma

determinada personagem, uma posição social determinada ou uma certa

maneira artística (Bakhtin, 1997, p.187).

Para Tynianov(1985, p.13 e 14), na paródia, os dois planos devem

ser discordantes, deslocados, mas quando não há mais discordância, e sim,

concordância dos dois planos: o do estilizador e o do estilizado, há

estilização; porém quando esta tem uma motivação cômica ou é fortemente

marcada, se converte em paródia.

Na visão de Bakhtin, a fusão de vozes que é possível na

estilização, não é possível na paródia; as vozes na paródia não são apenas

distintas e emitidas de uma para outra, mas são antagônicas. Pode-se

parodiar o estilo de outro em várias direções opostas à original e só se pode

estilizá-lo em uma única direção.

O estilizador usa o discurso de um outro como discurso de um outro e assim lança uma leve sombra objetificada sobre esse

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discurso....o importante para o estilizador é o conjunto de procedimentos do discurso de uma outra pessoa precisamente como expressão de um ponto de vista específico. Ele trabalha com um ponto de vista do outro. A personagem sempre fala a sério. A atitude do autor não penetra no âmago do seu discurso, o autor o observa de fora. (Bakhtin, 1997, p.190)

A estilização seria o meio ou artifício utilizando-se de um texto

original – a técnica; já a paródia seria o fim ou resultado - o efeito produzido.

Sendo a paródia um discurso com voz, o que se diz tem que

remeter sempre para o já dito - o sujeito do discurso parodístico jamais se

desvia da influência que o outro-parodiado exerce sobre si. Confirma que o

autor realmente opera sobre um certo discurso de um outro, o qual fornece

apenas a matéria para uma nova produção.

Esse diálogo com o texto do outro pode desenvolver no aluno a

busca pela comprovação do que já foi pronunciado, despertando-lhe certas

habilidades de argumentação, o que permite o desenvolvimento de

competências necessárias para a capacidade da leitura crítica, além de gerar

prazer e gosto pela escrita, não importa que seja por meio da paródia, do

pastiche ou da estilização.

O primeiro passo do escritor é se tornar um bom leitor. Sartre

(crítico francês. Jean Paul/21/06/1905) afirmava que o ato de escrever

implica em leitura. Como leitor, você aprimora e enriquece seu vocabulário,

se inspira... mas principalmente, aprende a se colocar do outro lado,

quando estiver escrevendo.

Metodologia

O projeto desenvolvido com estudantes do 1º Ano do Ensino

Médio, teve início com a motivação para a leitura do livro As mil e uma noites,

de Julieta de Godoy Ladeira e o conto de Ali Babá e os Quarenta Ladrões, de

Ferreira Gullar.

Iniciou-se com a distribuição da obra literária para cada aluno como

apresentação e posterior leitura. Houve comentários sobre a importância de

ler e da viagem cultural que a mesma pode proporcionar a todos.

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Os primeiros contos do livro foram lidos em sala, oralmente, com

acompanhamento de todos, momento que houve o despertar do interesse

pela leitura, pois a forma como estão dispostos os textos, causaram grandes

expectativas nos alunos em relação aos fatos ocorridos em cada narrativa.

Com o término da leitura, assistiram ao filme para complementar o

trabalho da leitura. Foi interessante porque o filme traz alguns contos com

fidelidade ao texto escrito, entre eles o de Ali Babá, que os alunos puderam

identificar as personagens e o conflito com grande facilidade e apreciação.

Outro passo foi o contato com os computadores, na sala de

informática da escola, primeiramente para avaliar o grau de dificuldades ou

facilidades dos alunos com as ferramentas que seriam utilizadas para o

desenvolvimento das práticas pedagógicas propostas, principalmente com a

webquest.

Ao desenvolver as atividades postadas na webquest, de acordo

com as propostas do projeto, a intenção foi que o aluno percebesse os vários

mecanismos existentes para aprender e interagir nas aulas de Língua

Portuguesa e literatura.

Nessa busca por novas metodologias para as aulas de literatura

que motivassem a aprendizagem na era da informatização, buscou-se nos

computadores que fazem parte do cotidiano escolar, formas do aluno

construir seu próprio conhecimento com as mudanças nas práticas

pedagógicas mediadas pelo professor.

Dentre tantas possibilidades está a internet, que permite à

educação o uso de ferramentas, que se bem exploradas, podem fazer a

diferença no momento de desenvolver atividades numa sala de aula.

Como qualquer outra ferramenta, a internet exige cautela e

objetividade para que o aluno se beneficie em sua educação por meio da

pesquisa, da investigação, de um pensar mais elaborado e possam, por meio

dela, tornar-se cidadãos autônomos, sujeitos do processo de construção de

seu próprio conhecimento.

Em seguida foi feita a análise da composição das narrativas, com

sua organização interna e alguns aspectos dos textos que se entrelaçam,

motivo pelo qual para alguns teóricos, essa obra caracteriza-se como conto e

para outros como novela.

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Houve um debate sobre a obra de As mil e uma noites como

sendo uma coletânea de contos ou novela, já que em muitos momentos das

narrativas elas se confundem por apresentarem os mesmos elementos, fatos

que determinam a história( O quê?), as personagens bem definidas (Quem?),

o enredo segue o modo como se tecem os fatos (Como?), os lugares onde se

passam os fatos (Onde?), o momento em que se passam os acontecimentos

(Quando?), a causa de todo o conflito (Por quê?) e geralmente com foco

narrativo em terceira pessoa, podendo apresentar discurso direto e indireto

ao mesmo tempo.

A partir do conto de Ali Babá e os Quarenta Ladrões, o enfoque foi

para o estudo dos elementos que compõe a narrativa: personagens, enredo,

espaço, tempo, narrador, com análise e reeleitura do mesmo.

Destacou-se também a importância de realizar atividades com os

gêneros digitais, como: e-mail, blog,chat, lista de discussão, fórum de

discussão, dentre outros, experienciando usos efetivos da linguagem escrita

na esfera digital.

É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo

interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de

sua produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor,

conforme propõe geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para

dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.

Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e

intercomplementares sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas às propostas

das Diretrizes, que podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o

contexto.

No primeiro momento é de ampliar as leituras sobre a temática

proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor

compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da

produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os

possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular;

organizar as ideias.

Os textos explorados foram selecionados de acordo com a ideia de

que já exista o pré-conhecimento para a compreensão das releituras feitas

pelos autores dos mesmos. Após a leitura dos textos Chapeuzinho Vermelho

de Rubem Alves, O fantástico mistério de Feiurinha de Pedro Bandeira, e

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Bonezinho Vermelho e a Internet no século XXI de Ivone Gomes de Assis, os

alunos, com direcionamento do professor, encontraram as particularidades de

cada um para chegar às suas definições e posteriores pesquisas para

confirmar ou não essas particularidades observadas. Entre elas; a estilização,

o pastiche e a paródia

Os alunos pesquisaram outros exemplos de contos parodiados

para aprofundar os conhecimentos, sempre observando a forma crítica e

irônica do novo texto.

Após essas pesquisas os alunos começaram a produzir suas

paródias, relacionadas aos contos selecionados da obra As mil e uma noites.

Ao entregar a primeira versão da produção, foi o momento da reescrita das

paródias, para isso houve uma reflexão para verificar se os argumentos e

ideias desenvolvidos no tema escolhido estavam expostos de forma crítica e

objetiva, dentro do contexto definido.

Com a correção concluída, cada aluno responsável pela digitação

das paródias produzidas se dirigiu à sala de informática para a conclusão das

atividades. Todos tiveram acesso à leitura das paródias dos colegas, esse foi

o momento de críticas e elogios.

As paródias foram publicadas no site do ColégioTalita Bresolin,

www.cfntalitabresolin.seed.pr.gov.br/modules/noticias/ no serviço youblisher.

Análise de Dados

Ao iniciar a leitura, oral, em sala, houve grande interesse de todos

em descobrir o que estava por vir a cada capítulo do livro. Os primeiros

contos chamaram bastante a atenção dos alunos, talvez pelo suspense que

provocam no leitor. Esse foi o momento motivador para que todos sentissem

interesse pelos demais contos, que foram lidos em casa.

Com o término da leitura, os estudantes assistiram ao filme As mil

e uma noites (2000), que complementou a leitura de maneira satisfatória,

todos puderam visualizar alguns dos contos lidos, os quais traziam muita

fidelidade ao texto lido. Foi mais produtivo para o desenvolvimento da leitura

primeiro ter lido o livro e somente depois passar o filme, sendo que a

proposta inicial sugeria o contrário do que se realizou em sala.

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Concluída essa etapa, a próxima foi o contato com os

computadores na sala de informática, onde se observou que a maioria

dominava bem as ferramentas e tinham domínio da internet. Nesse momento

foi apresentada uma webquest para que todos soubessem do que se tratava,

visto que ninguém nunca teve acesso a essa ferramenta.

Ainda na sala de informática, os alunos analisaram as propostas

da webquest sobre o livro que leram. Anotaram as atividades que deveriam

desenvolver dentro dos prazos estabelecidos. Todos ficaram motivados a

cumprir todas as tarefas.

As tarefas postadas na webquest foram cumpridas de acordo com

o tempo proposto. A primeira foi o levantamento, em duplas, dos elementos

da narrativa do conto de Ali Babá e os Quarenta Ladrões quanto ao enredo,

personagens, narrador, tempo e espaço. Em seguida houve comentários com

a turma para ver se todos concordavam com o que tinham anotado e se

fechassem as reflexões em comum acordo. Houve participação de todos.

Ao se discutir se a obra seria um conto ou uma novela, realizou-se

primeiramente a pesquisa sobre os dois gêneros para que, em sala, todos

juntos, por meio do levantamento realizado, chegassem a uma conclusão

fundamentada na leitura do livro.

A maioria da turma julgou a obra como coletânea de contos,

embora apresente textos ligados uns aos outros, numa sequência de

capítulos assim como os de uma novela, mas cada qual com novas tramas.

Na continuidade das reflexões, houve levantamento, por parte de

cada grupo, dos elementos da narrativa do conto de Ali Babá para exposição

em sala, assim todos puderam participar e entender melhor que

personagens, enredo, espaço, tempo e narrador devem ser analisados no

momento da leitura, para que a compreensão do texto de fato aconteça.

Antes de iniciar a produção escrita foi feita a pesquisa sobre a

paródia, o pastiche e a estilização. Sendo que os dois últimos, totalmente

desconhecidos dos alunos.

Após a pesquisa foram lidos em sala e oralmente: Chapeuzinho

Vermelho, de Rubem Alves, Bonezinho Vermelho e a internet no século XXI,

de Ivone Gomes de Assis; e O Fantástico Mistério de Feiurinha, de Pedro

Bandeira, em casa e individualmente. Após as leituras, cada grupo preparou

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seu painel relacionando as obras lidas com os gêneros textuais pesquisados,

discriminando suas especificidades.

Percebeu-se que quando o aluno pesquisa a teoria e logo em

seguida observa na prática da leitura de textos, consegue entender melhor as

diferenças de cada gênero.

O enfoque maior foi dado à paródia, pois foi com esse gênero que

os alunos começaram a produzir seus textos. Pesquisaram outras paródias

para maior domínio. Somente depois analisaram o tema que seria

desenvolvido em seus textos parodísticos.

A primeira versão foi corrigida pela professora para que o grupo

retomasse a escrita do texto. Houve quase que unanimidade pelo conto de

Ali Babá e os Quarenta Ladrões, talvez pela dramaticidade e expectativa que

a narrativa provoca no leitor.

Para finalizar todos os textos foram reescritos, corrigidos

novamente e digitados pelos alunos para a conclusão das atividades. Todos

entenderam que a paródia necessita de um referencial para que seja

compreendida pelo leitor.

Considerações Finais

Quando se fala em educação, parece que tudo é muito lento e

demorado, os resultados não são imediatos, porque desenvolver o intelecto

do ser humano não é tarefa fácil. Talvez seja por isso que os grandes

investimentos não estão voltados para essa área, infelizmente.

Foi pensando em trazer para a sala de aula um novo método, que

estivesse mais próximo dos jovens, surgiu a ideia de interação entre a

leitura/produção e as novas tecnologias. A leitura e a produção como

objetivos principais, mas que houvesse nas práticas, a utilização dos

computadores dos laboratórios de informática existentes na escola.

Os alunos já leem pouco, se a escola não dá o suporte e incentivo

necessários, acompanhando as mudanças que vem junto com a

informatização, fica difícil de desenvolver o prazer pela leitura.

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Com a aplicação desse projeto ficou claro que a motivação é um

dos pontos principais para que o aluno busque a leitura, não por obrigação,

mas por prazer, prazer de descobrir o novo, o diferente, aquilo que está por

vir. Nesse caso específico, a obra selecionada ajudou muito, pois a

sequência dada nos contos fez com que os alunos quisessem ler sempre

mais, foi muito interessante a maneira que a leitura cativou a todos.

Os resultados obtidos a partir da proposta inicial de trabalhar

leitura/produção/novas tecnologias, foram muito bons. Houve grande

mobilização dos grupos para o cumprimento das atividades, com participação

da grande maioria. Conheceram termos até então nunca vistos,

principalmente a webquest. Gostaram de saber que existe esse serviço

disponível na web que pode ser utilizado por todas as disciplinas para

postagem de tarefas e trabalhos.

Durante todo o processo houve interação na construção do

conhecimento por meio das pesquisas e das leituras realizadas. O resultado

final de todas as reflexões, está nas produções das paródias pelos alunos,

que tiveram como fonte de temas, assuntos polêmicos que estavam

circulando na mídia naquele período, entre elas o caso da Ministra Erenice

Guerra e o tráfico de influências.

Tudo que foi pesquisado, lido e produzido serviu para aprimorar os

conhecimentos da turma, mas não poderia deixar de mencionar que os

trabalhos também aproximaram uns dos outros, sempre com as lideranças

direcionando para que houvesse atitudes responsáveis a fim de que se

cumprisse a proposta do projeto com êxito.

Referências

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formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado

Aberto, 1993.

BAKHTIN, Mikhail. Problemas da Poética de Dostoievski. Rio de Janeiro:

Forense Universitária, 1997.

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1987.

GULLAR, Ferreira. As mil e uma noites: contos árabes. Rio de Janeiro:

Revan, 2006. 4ª edição.

JAUSS, H.R. A história da literatura como provocação a teoria literária.

São Paulo: Ática, 1994.

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SEB. Parâmetros Curriculares nacionais: volume 2. Língua Portuguesa. MEC. Brasília, 1998.

http://www.webquestbrasil.org/criador2webquest/s

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www.fcsh.unl.pt/

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