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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 205 | Série II, du 11 février 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais Diana Bernardo Terceiro mandato consecutivo à frente da instituição Simone de Oliveira vai presidir, este fim de semana, ao júri do Festival da canção Lusartist, em Mutzig, perto de Strasbourg Parlamento aprovou nova Lei do Conselho das Comunidades Carlos Ferreira reeleito Presidente da Academia do Bacalhau de Paris 03 21 Entrevista de Marcos Lopes, o jo- gador do Manchester City, em- prestado ao Lille. “Sinto-me bem e feliz no Lille”. 05 PUB PUB

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Page 1: Parlamento aprovou nova Lei do Conselho das Comunidades · Na edição da semana passada, o texto sobre o jantar de convívio dos animadores do programa “A Voz de Portugal” na

G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 205 | Série II, du 11 février 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais

Diana Bernardo

Terceiro mandato consecutivo à frente da instituição

Simone de Oliveira vaipresidir, este fim de semana, ao júri do Festival da canção Lusartist, em Mutzig,perto de Strasbourg

Parlamento aprovou nova Lei doConselho das Comunidades

Carlos Ferreira reeleitoPresidente da Academiado Bacalhau de Paris

03

21Entrevista de Marcos Lopes, o jo-gador do Manchester City, em-prestado ao Lille. “Sinto-me beme feliz no Lille”.

05

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02 Opinião

Foi há 10 anos

Na edição do LusoJornal do dia 10de fevereiro de 2004, o destaque foipara a inauguração do busto de Eçade Queirós na avenue Charles deGaule, em Neuilly-sur-Seine.Eça de Queirós foi Cônsul Geral dePortugal em Paris e morava emNeuilly-sur-Seine, onde aliás faleceu.Na inauguração estava o então Mi-nistro dos Negócios Estrangeiros,António Monteiro e o então Embai-xador de Portugal, João Rosa Lã,assim como o Maire da cidade,Louis-Charles Bary. Esta inaugura-ção foi o resultado de vários anos depersistência por parte da AssociaçãoCultural Portuguesa de Neuilly-sur-Seine.O busto foi oferecido pela CâmaraMunicipal de Lisboa e custou11.000 euros.Nessa edição dávamos tambémconta que a empresa portuguesa deaviação Aerocondor, agora extinta,ganhou o concurso para fazer as li-gações aéreas entre Agen e Paris.

Errata

Na edição da semana passada, otexto sobre o jantar de convívio dosanimadores do programa “A Voz dePortugal” na rádio RBS, é da autoriade Rui Barata e não de Eric Mendes,como erradamente foi escrito.

Todas as semanas, estamos ao seu lado

Le respect de la mémoirePedro da NóbregaHistoriador, antropólogo edirigente associativo em Nice

[email protected]

Chronique d’opinion

En lisant un billet évoquant les com-mémorations du 70ème anniversairede la libération du camp de la mortd’Auschwitz, je n’ai pu m’empêcherd’avoir un haut-le-cœur en y trouvantdes propos aussi indignes que scanda-leux ressortant l’amalgame rance entrenazisme et communisme, une insulteà la mémoire des millions de résistantscommunistes ayant lutté contre le na-zisme et dont plusieurs milliers sontmorts assassinés par les nazis dans lescamps de la mort notamment. Il est àcroire que les vieux réflexes anticom-munistes de certains hiérarques del’institution catholique perdurent carcet ignoble parallèle présente l’avan-tage d’éviter tout questionnement surl’attitude du pape Pie XII et sur une po-litique vaticane aveuglée par la menacebolchevique, voyant dans l'Allemagnehitlérienne un rempart contre cette

«menace» et muette face à l’extermi-nation des juifs. Attitude notammentdénoncée par le grand cinéaste Costa-Gavras dans son film «Amen».Une équivalence d’autant plus odieuselorsque l’on sait que le camp d’Aus-chwitz a été libéré, au prix de durscombats et de lourdes pertes, par leshommes de la 332ème Division d’In-fanterie de l’Armée Rouge Soviétique;mais qui s’inscrit dans l’entreprise defalsification historique actuellement encours qui permet aux autorités polo-naises d’inviter aux cérémonies le Pré-sident Ukrainien qui gouverne avec desformations ouvertement néo-nazies ho-norant la mémoire du criminel deguerre ayant servi sous l’uniforme SS,Stepan Bandera, pendant que le Pré-sident Russe est déclaré persona nongrata. Il ne s’agit pas là de porter un ju-gement sur l’actuel Président de la

Russie mais de respecter la mémoirede ceux qui ont libéré le camp.Il est heureux que tous les catholiquesn’aient pas fait preuve du même aveu-glement idéologique et aient su s’ins-crire, lors de ces périodes douloureuseset au-delà des divergences de sensibi-lité, dans le combat commun contre labarbarie nazie pour la liberté et la paixdont il convient de rappeler que l’UnionSoviétique a payé le plus lourd tribut.Une lutte commune saluée avec briopar le grand poète Aragon, commu-niste, dans les vers de son poème «Larose et le réséda» passé à la postérité:«Un rebelle est un rebelleNos sanglots font un seul glasEt quand vient l'aube cruellePassent de vie à trépasCelui qui croyait au cielCelui qui n'y croyait pas»Dans deux pays comme la France et le

Portugal qui ont payé un lourd tribut aufascisme, il est des postures qui sontd’autant plus condamnables, tant surle plan de l’éthique que sur le plan dela rigueur historique. Voilà quim’amène à dire, en m’inspirant de laconclusion de l’article évoqué, quemême au sein des sanctuaires, la bouepeut prospérer. Il appartient à chacunde nous de pas la laisser proliférer entoute impunité car la mémoire est uncombat. Comme l’écrivait Robert Des-nos, un autre grand poète mort en dé-portation:«Or, du fond de la nuit, nous témoi-gnons encoreDe la splendeur du jour et de tous sesprésents.Si nous ne dormons pas c'est pourguetter l'auroreQui prouvera qu'enfin nous vivons auprésent».

Ser ou não ser Charlie não é a questãoNuno AurélioReitor do Santuário de NossaSenhora de Fátima de Paris

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Crónica de opinião

A França, o país que nos acolhe paravivermos em paz e na liberdade, foiprofundamente abalada pelos atenta-dos contra o Charlie Hebdo, agentespúblicos e uma loja hebraica que fize-ram mortos, feridos e provocou umsentimento de generalizado de insegu-rança e de medo, mas também de so-lidariedade e cidadania. Devemosrecusar viver com medo. Acontecidoshá apenas um mês será que ainda noslembramos todos?Depressa se introduziu, na reação na-cional e discussão geral, o slogan “Jesuis Charlie”. Ou não. E até isso pro-vocou dissensões e agressões verbaisentre cidadãos, vizinhos, amigos emembros da mesma família. O piorque nos poderia acontecer, no entanto,seria reduzir estes acontecimentos do-lorosos e complexos, a meia dúzia defrases feitas e lugares-comuns. Dandoconta ainda da reflexão feita com jo-vens e jovens adultos da Comunidade,não pretendo aqui resolver toda a pro-blemática, mas tão só sugerir - a partirda experiência de Jesus, também Elevítima da injustiça e morto como cri-minoso e blasfemo (sendo inocente) -que devemos viver vigilantes, não ape-nas contra o terrorismo, mas tambémcontra o mal e o pecado que podemdominar e vencer o coração e a inteli-gência.O primeiro mecanismo que temos paranos defendermos nestas situações dehorror, que nos ferem tanto, é qualifi-

car quem os pratica de ‘monstros’. Osnazis foram monstros, os ditadores sãomonstros, os violadores, os terroristase assassinos são monstros. E com estapalavra “monstro” dissociamos (sepa-ramos) os humanos que os praticaramde nós mesmos. Isto é inconsciente,repito, e não é por mal que o fazemos,mas para nos protegermos de um certosofrimento moral: “esse não é comonós! Não pode ser…”. Mas é engana-dor.O Papa Francisco, quando condenouos atentados de Paris, foi claro aodizer: “O atentado de ontem faz-nospensar em tanta crueldade humana, acrueldade da qual o homem é capaz”.O homem, o ser humano - esta huma-nidade que existe e subiste em cadaum de nós - e não uma raça à parte deseres “monstruosos”. E talvez por isso,além de confiar a Deus “as vítimasdesta crueldade”, o Santo Padre con-vidou todos a rezar “também peloscruéis, a fim de que o Senhor trans-forme os seus corações”. Tomamos deJesus e dos mártires cristãos o exem-plo de quem é morto violentamentepedindo perdão para os agressores: re-cusaram-se a viver um instante sequercom ódio no coração.Na verdade, o trigo (o bem) e o joio (omal) não crescem separados (“Nóscontra os Outros”) mas crescem juntosdentro de cada pessoa e sociedade. Emesmo não utilizando armas e balas,quantas vezes se usam a língua, a mão

e as palavras (escritas e faladas) comoarma de destruição do nome, da honrae da dignidade de outros.Ao chegar o ano novo contava-se umablague em banda desenhada num jor-nal satírico. Alguém pergunta a umgrupo: “Quem quer mudanças?”Todos respondem positivamente, le-vantando a mão. Depois torna a per-guntar: “E quem está disposto amudar?”. Ninguém respondeu. Assimsomos nós. Facilmente concentramostodo o mal em alguém que o fez. Maso mal é sempre mal e mau. E nóstambém podemos matar com a línguae com o pensamento e podemos mor-rer por causa dos (maus) sentimentosque temos.Um leitor escrevia ao jornal: “Notresouci du ‘politiquement correct’ alaissé la place à la satire et à la carica-ture dans le traitement de cette ques-tion fondamentale du terrorismeislamique. Par cet attentat horrible, onpourrait oser dire qu’elle a atteint sonbut: réveiller l’opinion! Mais il va nousfalloir maintenant avoir le courage po-litique d’inventer une approche diffé-rente. La satire ne suffit plus. L’unitéde la nation, en grave péril, l’exige’”.Sim, é preciso encarar outros proble-mas escondidos. Há na nossa socie-dade uma intolerância (mal) disfar-çada e uma incapacidade cada vezmaior em comunicar. Não basta serCharlie ou outro “nome” qualquer: épreciso que tenhamos sempre pre-

sente que as pessoas não se definempela sua religião ou profissão, raça ouideologia; que não são melhores oupiores pelas suas origens ou religião.Se a França se levantou contra a in-tolerância dos terroristas, também re-velou ainda tiques de continuadaintolerância entre cidadãos diferen-tes, chegando-se ao insulto de quemnão aderiu ao “Je suis Charlie”, comose sê-lo fosse obrigatório à democra-cia e não sê-lo fosse uma declaraçãofavorável à violência e ao terrorismo!São essenciais ao viver em comum asliberdades de religião, de pensa-mento, de expressão e de associação.Mas é preciso tomarmos consciênciaque nenhuma liberdade e direitos sãoabsolutos e sem limites, pois numademocracia plural eles devem asse-gurar o bem comum e a harmoniaconvivial.A liberdade de expressão, mesmo emFrança e no resto do Ocidente, não égarantida da mesma forma a todos oscidadãos e correntes de pensamento,nem mesmo agora, quando feridosbrutalmente e sem desculpa, muitosse levantem a defendê-la.Temos de ir mais longe na mudança ena resistência, temos de ir às raízesprofundas do mal que enfraquece onosso viver em comum. Cuidado como ‘piège tendu devant nous’: “serCharlie” ou não ser, não é o funda-mental. Entretanto, coragem e con-fiança: vivamos sem medo!

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Alfredo Lima, Ana Catarina Alberto, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Aurélio Pinto, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Duarte Pereira (Cyclisme), Eric Mendes, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos (Arles), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mário Loureiro, Natércia Gonçalves (Clermont-Ferrand), Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia (Sport), Padre Carlos Caetano, RicardoVieira (Musique Classique), Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Sheila Ferreira (Clermont-Ferrand), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: Alfredo Lima, António Borga, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de laporte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidade em Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra. Tel.: (+351)239.716.396 / [email protected] | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: février 2015 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | www.lusojornal.com

le 11 février 2015

emsíntese

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03Política

lusojornal.com

emsíntese

Governo vai lançar os VistosTalento

Depois dos Vistos Gold, o Governoprepara-se para lançar os Vistos Ta-lento. O anúncio foi feito pelo Secre-tário de Estado Adjunto do Ministrodo Desenvolvimento Regional,Pedro Lomba. “Conseguir captar ta-lentos do mundo inteiro é impor-tante para o país. E isso passa logopela porta de entrada e a porta deentrada são os vistos. O país precisade uma política de vistos mais com-petitiva, mais moderna e por issomesmo estamos a trabalhar no sen-tido de aprovar e adotar esses vistosjá este ano. O novo visto empreen-dedor ou o novo visto para inovado-res”, etc.Pedro Lomba defendeu a necessi-dade de uma nova política de vistoscom exemplo concreto. “Não pode-mos ter estudantes internacionaisque querem vir para cá e estãomeses à espera do visto, isso não ésó a má imagem que damos, comopodemos perder esses estudantes”.Em andamento já está o programade incentivos e de elevada mobili-dade internacional para não resi-dentes. “Visa apoiar projetos depessoas que não são residentes,que estão em mobilidade internacio-nal, projetos esses que se obterãodepois condições específicas con-tratualizadas de tipo diferente”.

Imprensa portuguesa no estrangeiro vai poder candidatar-se a incentivos portugueses

O Governo quer que os órgãos decomunicação portugueses no es-trangeiro possam aceder aos con-cursos de incentivos portugueses,de igual forma que os órgãos de co-municação social de Portugal.“Provámos há meses, e está parapromulgação do Senhor Presidenteda República, um regime novo deincentivos, que permite que umórgão de comunicação social emlíngua portuguesa no estrangeiro,possa também candidatar-se nostermos desse novo regime, aosapoios que nós temos previsto”disse o Secretário de Estado PedroLomba. “É uma forma de valorizar acomunicação social em língua por-tuguesa que está espalhada pelomundo, de valorizar a forma comoessa comunicação social em línguaportuguesa pode cooperar com acomunicação social do nosso país.Há muitos projetos que podem serfeitos”.

Foi definitivamente aprovada a nova Lei doConselho das Comunidades PortuguesasA maioria PSD/CDS-PP e o PS aprova-ram na sexta-feira da semana passada,em votação final global, as alteraçõesà Lei do Conselho das ComunidadesPortuguesas (CCP). As bancadas doPCP e do PEV votaram contra, en-quanto o BE optou pela abstenção.Os Deputados da Comissão parlamen-tar de Negócios Estrangeiros e Comu-nidades tinham aprovado dois diasantes, por unanimidade, as alteraçõesà Lei do CCP. Depois de ter sido apro-vada no Parlamento na generalidade,em setembro passado, a Proposta deLei do Governo baixou à Comissãorespetiva, com apelos da maioriaPSD/CDS-PP para um consenso,tendo sido criado um grupo de tra-balho para rever o diploma.Sobre o funcionamento do CCP, umórgão consultivo do Governo em maté-ria de emigração, o executivo propunhao abandono total das Comissões temá-ticas, em vigor desde a última alteraçãoà Lei do CCP proposta pelo então Se-cretário de Estado António Braga, apro-vada em 2007 pelo Governo socialista,regressando à organização por Secçõesregionais e locais.A proposta foi contestada pela oposi-ção e pelo Conselho Permanente doCCP e a versão definitiva, agora apro-vada, prevê o funcionamento com asduas soluções. O PSD teve de cederpara que o PS votasse a favor esta Pro-

posta de Lei.São então introduzidas as Secções re-gionais (Europa; África; Ásia e Oceânia;América do Norte; América Central eAmérica do Sul) e as Comissões temá-ticas são reduzidas para três - “ques-tões sociais, económicas e fluxosmigratórios”, “ensino de português noestrangeiro, cultura, associativismo ecomunicação social”, “questões con-sulares e participação cívica e política”- reunindo-se uma vez por ano.Outra proposta do Executivo que entre-tanto foi abandonada foi a de o Conse-lho Permanente ser presidido pelomembro do Governo que tutela a emi-gração - o Secretário de Estado das Co-munidades Portuguesas -, que aoposição recusava, considerando cor-responder a uma “governamentaliza-ção” deste órgão.

O CCP passa de 73 membros - dez dosquais nomeados - para 80 elementos,todos eleitos, sendo o Conselho Perma-nente presidido por um dos Conselhei-ros, eleito entre os seus pares. Asreuniões deste órgão máximo podemser convocadas pelo Governo, pelo Pre-sidente ou por um mínimo de dois ter-ços dos Conselheiros.O Governo pretendia, com esta revisãoda lei, passar a fazer corresponder ouniverso eleitoral do Conselho com ouniverso eleitoral dos círculos eleitoraisda Europa e de fora da Europa para aAssembleia da República, “garantindoum envolvimento de todos os eleitos nofomento de um único processo de re-censeamento e de participação polí-tica”, mas propunha um mínimo de250 assinaturas para a apresentaçãode candidaturas, número que baixou

agora para 75.Na reunião da Comissão parlamentarde Negócios Estrangeiros, o Deputadodo PSD Carlos Gonçalves salientou queo projeto final “inclui alterações pro-postas por todos os grupos parlamen-tares que participaram” no grupo detrabalho, o que “demonstra que houvevontade de conseguir consensos, o quenão aconteceu no passado”, referindo-se à aprovação da anterior versão da lei,apenas com os votos do PS. “É umaLei muito importante para os Portugue-ses que residem no estrangeiro e quecontinuam a ter um défice de repre-sentação e de intervenção nas institui-ções políticas em Portugal”, defendeuo social-democrata.Pelo PS, o Deputado Paulo Pisco apon-tou a “considerável abertura que osPartidos da maioria demonstraram” re-lativamente às propostas dos outrosPartidos, nomeadamente às sugestõesque os Socialistas consideraram maisimportantes, entre as quais o universoeleitoral, a Presidência do ConselhoPermanente e a manutenção de Co-missões temáticas.“O PS tinha uma posição adversa à al-teração desta Lei, partindo do princípioque não se pode mudar a Lei de cadavez que muda o Governo”, sustentouPaulo Pisco, que reconheceu que aversão final da proposta permitiu “al-gumas melhorias”.

Maioria PSD/CDS e PS aprovaram alterações à Lei

Cesário quer eleições do CCP até ao verãoO Secretário de Estado das Comu-nidades, José Cesário, espera queo Conselho das Comunidades Por-tuguesas (CCP) tenha as suas elei-ções até ao final do verão.“Pretendemos fazer as eleições doCCP até ao verão para que o pró-ximo Governo possa entrar em fun-ções com este problema resolvido.Após a aprovação da votação finalglobal na quinta-feira, a lei será su-

jeita à finalização do processo le-gislativo, em Belém, para promul-gação. A partir do momento queseja promulgado poderemos mar-car as eleições já com o novo qua-dro legislativo”, afirmou, nosábado, José Cesário.A alteração mais significativa à Leiverifica-se no universo eleitoral: “Apartir de agora votarão apenas osPortugueses recenseados para as

eleições legislativas, passamos ater apenas um único caderno elei-toral, que era o que estava emcausa”, salientou o governante.José Cesário realçou ainda que ameta era a de acabar com a “proli-feração” de cadernos eleitorais, re-conhecendo também a importânciada “restauração dos Conselhos re-gionais”, considerados “absoluta-mente decisivos” para o

funcionamento do Conselho à es-cala a nível local. “Este é um passoimportante para que o Conselhodas Comunidades represente deuma forma mais próxima, maisativa, cada Comunidade e consigamanter, um diálogo mais ativo emais frequente, não apenas com oGoverno em Lisboa, mas tambémcom as Embaixadas e Consulados.É esse o nosso objetivo”, ressalvou.

le 11 février 2015

PSD congratula-se com emigrante no Conselho Nacional de EducaçãoNa semana passada foi publicado noDiário da República o Decreto-Lei21/2015 que aprova a Orgânica doConselho Nacional de Educação(CNE) e permite a entrada neste órgãode um representante das Comunida-des Portuguesas designado pelo Con-selho das Comunidades Portuguesas(CCP).“Esta é uma boa notícia para as Co-munidades portuguesas e para os De-putados do PSD da emigração que aolongo dos últimos anos tentaram ex-plicar que a ausência de representan-tes da nossa diáspora no ConselhoNacional de Educação não fazia sen-tido pois estávamos a deixar de forada definição das políticas da educa-ção quase cinco milhões de Portugue-

ses” diz um comunicado do GrupoParlamentar do PSD. “Nesse sentidoo Grupo Parlamentar do PSD apresen-tou, em 2010, o Projeto de Lei444/XI/2 que pretendia a inclusão dedois representantes do Conselho dasComunidades Portuguesas na compo-sição do Conselho Nacional de Edu-cação, mas que veio a ser rejeitadocom os votos contra do Partido Socia-lista. Já nesta Legislatura o PSD vol-tou a apresentar a mesma propostasendo o Projeto Lei 389/XII aprovadona generalidade em 11 de outubro de2013”.“O facto de o Governo ter vindo agorareconhecer este direito das gentes dasnossas Comunidades a estar represen-tadas no CNE vem demonstrar não

apenas a importância de todos estesPortugueses que residem fora de Por-tugal na promoção da língua e culturaportuguesas como também a consta-tação de que eles merecem, efetiva-mente, que os projetos educativosnacionais tenham em consideração asua realidade” diz a nota do PSD en-viada às redações.Os Deputados da emigração eleitospelo PSD - Carlos Gonçalves, MariaJoão Ávila e Carlos Páscoa - “nãopodem deixar de salientar neste mo-mento que este foi um processo quecontou com a oposição daqueles quesempre têm dúvidas quando se tratamas matérias relativas à representaçãodas Comunidades Portuguesas. Re-lembramos que em 2011 no debate

da anterior proposta feita pelo PSD, oPartido Socialista afirmava que eraum ‘equívoco’ e um ‘engano’ a en-trada dos representantes das Comuni-dades no CNE pois este era um órgãoque nada tinha a ver com essas pró-prias Comunidades”.A nota dos Deputados sociais-demo-cratas diz ainda que “a decisão queo Governo agora tomou, para alémde reconhecer a importância dopapel que as Comunidades portu-guesas podem assumir na definiçãode políticas nacionais, vem ao en-contro de uma necessidade que en-tendemos fundamental para o paísque é a de aumentar a sua represen-tatividade e a sua participação cívicae política”.

Lusa / Tiago Petinga

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04 Política

lusojornal.com

José Cesário dizque principais objetivos do mandato foramcumpridos

O Secretário de Estado das Comuni-dades, José Cesário, disse no fim desemana passado que os principaisobjetivos da sua Secretaria de Estadode levar os serviços consulares às Co-munidades mais isoladas e credibili-zando o ensino da língua portuguesaforam cumpridos. “Conseguimoslevar os Consulados até às Comuni-dades mais isoladas. Durante o anode 2015 vamos ter Permanênciasconsulares em 179 cidades onde nãoestávamos há dois anos e meio. Sig-nifica que eram Comunidades ondenão havia qualquer espécie de traba-lho consular e passou a haver”, afir-mou José Cesário, à Lusa.O Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas disse tambémque o objetivo de “credibilizar o en-sino da língua portuguesa”, duranteeste mandato, foi concretizado. “Emalguns casos a credibilização do en-sino do português foi efetuada por as-sociações, por autoridades locais, poriniciativa do Estado português, mas averdade é que não havia um sistemade avaliação das aprendizagens dosalunos. Implementámo-lo e hoje háuma certificação que abrange todosos países onde há ensino da línguaportuguesa”.José Cesário acrescentou ainda queessa certificação foi complementadacom “novos mecanismos de apoio àsescolas”, onde o Governo passou adistribuir manuais e bibliotecas esco-lares, dando apoio às escolas na for-mação de professores. “Esses foramos objetivos e esperamos que tenhamcontinuidade nos próximos tempos,mas estamos também empenhadosnoutras metas, como é o caso da li-gação dos lusodescendentes e dasnovas Comunidades com Portugal”,disse.O Governante abordou a redução defuncionários das Embaixadas e dosConsulados portugueses confir-mando que ainda há “situações porresolver”.“Ainda temos de resolver meia dúziade casos em todo o mundo, estamosa fazê-lo progressivamente. Houveredução, mas também houve admis-sões. É preciso recordar que admiti-mos durante estes dois últimos anosmais de uma centena de funcioná-rios, agora houve mais saídas do queadmissões”, esclareceu.

emsíntese

Secção do PSD de Paris reuniu em Aulnay-sous-Bois e prepara 40° aniversário

A Secção de Paris do Partido SocialDemocrata (PSD) reuniu no sábadopassado, dia 7 de fevereiro, no localda UMP em Aulnay-sous-Bois (93). ODeputado do PSD Carlos Gonçalves,Presidente da Secção, reuniu-se comcerca de 50 militantes do Partido du-rante o início da tarde.O PSD-Paris analisou a situação polí-tica atual, falou da representação dasComunidades portuguesas no Conse-lho Nacional de Educação e no Con-selho Económico e Social. A redeconsular também foi um dos temasabordados, o Conselho das Comuni-dades, assim como o papel dos Autar-cas de origem portuguesa em França.“A situação política em Portugal foibastante discutida, assim como os as-petos económicos, o défice, e final-mente os objetivos de recuperaçãoque começam a ser atingidos”, co-meça por referir Carlos Gonçalves. ODeputado apontou para o “rigor” doGoverno mas que não impede uma“crítica válida, acerca dos Portugue-ses residentes no estrangeiro. O Go-verno português é criticado por nãodar o devido destaque ao contributodos Portugueses que estão fora dopaís. Foi feito um apelo claro ao Go-verno nesse sentido”.O Deputado pelo Círculo da Europaapontou para os Projetos de Lei re-centes que dão a possibilidade paraque os Portugueses no exterior sejammelhor representados. “Em Portugalainda há dúvidas a esse respeito,temos vindo a fazer muitos reparos etemos conseguido resultados”, acres-centou.Carlos Gonçalves evocou a nova Lei

do Conselho das Comunidades Por-tuguesas que os Deputados da Co-missão Parlamentar de NegóciosEstrangeiros e Comunidades aprova-ram por unanimidade. Num comuni-cado do Grupo parlamentar do PSD,enviado na semana passada, os De-putados sociais-democratas conside-ram a Lei do CCP “um instrumentojurídico fundamental para a nossadiáspora assumindo uma importân-cia ainda maior num momento emque os Portugueses que residem noestrangeiro continuam a ter um dé-fice de representação nas institui-ções nacionais”.O comunicado diz ainda que “oGrupo Parlamentar do PSD consideraque a área das Comunidades portu-guesas é fundamental para a afirma-ção externa do país e como taldevemos continuar a procurar quetodos os Portugueses que residem noestrangeiro participem cada vez maisna formulação das políticas nacio-

nais. Para nós a questão da represen-tação é uma matéria fundamental ea aprovação desta Lei é, sem dúvida,mais um passo importante para apro-ximar Portugal da sua Diáspora”.Finalmente, acerca da política emFrança, o Deputado referiu “um par-ticular orgulho, pois há muitos autar-cas lusodescendentes a desem-penharem um papel importante noseio da política francesa” mesmo seacrescentou que “ainda há muito afazer”, concluiu.No ano em que o PSD-Paris come-mora 40 anos de existência, CarlosGonçalves anuncia um “programacomemorativo” para mais tarde,“provavelmente um evento na prima-vera” e um encontro com militantesantes do verão “porque depois entra-se em campanha eleitoral, mesmo seo aniversário é só em setembro” dizao LusoJornal.Mas já esta semana vem a Paris oVice-Presidente do Partido, Marco

António Costa, para encontro com osmilitantes de Paris, na quinta-feira,e de Lyon-Saint Etienne, na sexta-feira. No momento em que se fechaesta edição do LusoJornal, CarlosGonçalves diz que Marco AntónioCosta ainda não tem o programa de-finitivamente fechado, mas “vai en-contrar-se com elementos e estru-turas da Comunidade”.Para além de ter participado na reu-nião da Secção do PSD-Paris, CarlosGonçalves assistiu no fim de semanapassado, à Assembleia Geral da Aca-demia do Bacalhau de Paris, visitouo salão Expolangues e em particularo stand do Instituto Camões e almo-çou no sábado com “representantesda Comunidade portuguesa da SeineSaint Denis”, antes de seguir paraBrunoy, onde participou na Conferên-cia “Le Portugais une Langue d’Ave-nir” com a presença daCoordenadora do Ensino de Portu-guês em França, Adelaide Cristóvão.

Marco António Costa vem a Paris esta semana

Por Clara Teixeira

Deputado Paulo Pisco em Paris e em Nantes

O Deputado do PS Paulo Pisco, eleitopelo círculo eleitoral da Europa, des-locou-se a Paris e a Nantes na se-mana passada durante 3 dias, ondeparticipou em vários encontros. Nodia 6, começou por visitar o Salão Ex-polangues em Paris, onde manifestoucuriosidade pelos vários stands e so-bretudo pelo português. “Tive a opor-tunidade de encontrar muitaspessoas interessadas pela língua por-tuguesa, estava ali demonstrado quehá um interesse crescente pelo Por-tuguês” disse ao LusoJornal. No finalda tarde seguiu para Romainville(93), onde se encontrou com a Mairede Romainville, Corinne Valls, e comoutros membros do executivo, no-meadamente o Conselheiro munici-pal português Fernando Lourenço.No dia seguinte, visitou o municípiode Saint-Herblain, perto de Nantes.“Foram encontros muito interessan-tes e julgo eu produtivos, na medidaem que a Comunidade portuguesaestá muito ativa na vida social e eco-nómica nas duas cidades”, explicou.Paulo Pisco referiu a importância deestar em contacto com os municípiosde maneira a que tenham uma per-

ceção diferente, “de como conside-rarem os Portugueses e a sua impor-tância na região. Penso que há aindaali qualquer coisa que falta”.Em Nantes, a componente empresa-rial foi a mais abordada. Paulo Piscoabordou a melhor forma de organiza-ção dos empresários, de modo a que“os Portugueses tenham mais visibi-lidade. Muitos sabem que há empre-sários portugueses, mas por falta derecenseamento, não se sabe quantossão, quantas pessoas empregam ouquanto faturam anualmente”, la-menta. Paulo Pisco espera que hajamesforços nesse sentido de forma aterem mais relevância.A visita a Nantes terminou com umencontro mais festivo durante umjantar animado na AssociaçãoFranco Portuguesa de Nantes, noqual participaram algumas persona-lidades da Comunidade portuguesa.Finalmente o programa terminou nodomingo, com uma entrevista narádio Alva, onde pôde abordar aatualidade política portuguesa esobre as Comunidades portuguesas.“Três dias intensos e produtivos”,concluiu Paulo Pisco, confiante quea Comunidade portuguesa está cadavez mais afirmada.

Por Clara Teixeira

le 11 février 2015

Militantes do PSD reunidos na sede da UMP em Aulnay-sous-BoisDR

Paulo Pisco com a equipa da rádio Alva em NantesDR

Lusa / António Cotrim

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05Destaque

Carlos Ferreira eleito para terceiro mandatocomo Presidente

Chegou à presidência da Academiado Bacalhau de Paris (ABP) há doisanos e na sexta-feira, dia 6 de feve-reiro, foi eleito para o terceiro ano nocargo. Carlos Ferreira é o líder deuma Direção que se tem mantidoconsistente nos últimos anos e quepretende usufruir deste novo man-dato para criar condições de pereni-zar o trabalho que tem vindo adesenvolver.Entrevista com o homem que liderauma das Academias do Bacalhaumais ativas do mundo.

LusoJornal: O que o levou a candida-tar-se a um terceiro mandato na Di-reção da Academia do Bacalhau deParis?Carlos Ferreira: O objetivo desta novacandidatura foi, sobretudo, dar con-tinuidade ao trabalho que tem vindoa ser desenvolvido. Nos últimos qua-tro anos - dois com o António Fernan-des e dois comigo enquantoPresidente - temos vindo a desenvol-ver um projeto de dinamização daAcademia e não queria deixá-lo ina-cabado. Antes pelo contrário, queroperenizar o trabalho que se tem vindoa fazer. Para isso, neste mandatoquero criar um conjunto de condi-ções que permitam essa continui-

dade mesmo depois da minha saída.

LusoJornal: Que condições sãoessas?Carlos Ferreira: Antes de mais, queroresolver a questão dos estatutos daAcademia, que foi algo sobre o qualtrabalhámos bastante este ano. O ob-jetivo é tornar a Academia do Baca-lhau de Paris uma instituição deutilidade pública reconhecida peloEstado francês, de forma a poder po-tencializar a nossa vertente solidária.Outro fator que vai permitir a conti-nuidade do trabalho mesmo depoisda minha saída, é a criação de umSecretariado estável e profissional.Até aqui, o trabalho era feito umpouco por todos os Compadres que,verdade seja dita, nem sempre têmdisponibilidade, até porque - gostariade lembrar - somos todos voluntários.Por isso, contratámos uma pessoaque se encarregará tanto da parte deSecretariado como da comunicaçãoda Academia. Com isto, esperamos,o trabalho tornar-se-á organizado efluído, independentemente de quemestiver na Presidência.

LusoJornal: À semelhança do anopassado, agora também não teveuma lista concorrente. Como vê estasituação e porque acha que as coisastêm acontecido assim?

Carlos Ferreira: É verdade. Na pri-meira vez em que fui eleito, houveuma lista concorrente, o que me deubastante prazer. Ter alguém que nosdesafia é sempre positivo porque ob-riga-nos a dar o nosso melhor. O anopassado e este ano, não houve ne-nhuma lista para além da minha. Oque, naturalmente, não quer dizerque não nos tenhamos esforçado etrabalhado ao máximo. Talvez a nãoexistência de uma lista concorrenteseja precisamente um reflexo disso,do trabalho que esta Direção temvindo a desenvolver. Acredito que, deuma forma geral, os Compadres e Co-madres estão satisfeitos com o traba-lho que temos vindo a fazer e, porisso, sabem que podem continuar aconfiar em nós para levar a Academiano bom caminho.

LusoJornal: Quais são os projetos quequer desenvolver neste novo man-dato?Carlos Ferreira: Como disse anterior-mente, pretendo continuar a desen-volver trabalho na linha do que temsido feito, ou seja, ter uma Academiadinâmica, que valoriza os valores-base que nos regem: a amizade, a so-lidariedade e a portugalidade. Paraalém disso, temos um projeto que jáestá a ser pensado há algum tempomas que verá a luz do dia em 2015:

a criação de uma revista oficial daAcademia do Bacalhau de Paris.Será uma publicação semestral, edi-tada em maio e dezembro, cujos con-teúdos versarão, principalmente,sobre as atividades da Academia, oseventos, as pessoas e instituiçõesapoiadas pela Academia do Bacalhaude Paris, os projetos em curso. Estarevista será redigida internamentemas contará também com a colabo-ração de jornalistas exteriores, quetrarão um contributo importante paraa visibilidade que queremos que aAcademia do Bacalhau de Paristenha.

LusoJornal: Essa abertura ao exterioré também um desígnio deste novomandato?Carlos Ferreira: Sem dúvida. Quere-mos ter um impacto significativo nomeio em que nos inserimos, seja aComunidade portuguesa em França,a sociedade francesa ou até mesmoa sociedade portuguesa, visto que,muitas vezes, apoiamos pessoas einstituições em Portugal. A Academiado Bacalhau de Paris não é um cír-culo fechado. É, e pretende ser cadavez mais, um ator ativo e dinâmicoque marca a diferença no dia-a-diados que estão à sua volta e que temum impacto na vida daqueles quemais precisam.

Eleições na Academia do Bacalhau de Paris

lusojornal.com

Por Diana Bernardo

le 11 février 2015

As eleições para a direção da Academia do Bacalhau de Paris decorreram durante a Assembleia Geral Ordinária que teve lugar no dia 6 de fevereiro,pelas 19h00, no Novotel da Porte de Charenton, em Charenton-le-Pont (94).A lista encabeçada por Carlos Ferreira foi a única a apresentar a sua candidatura e venceu as eleições com 52 votos de entre as 69 pessoas quevotaram.Durante a Assembleia Geral foram também apresentados os Relatórios moral, de atividades e financeiro referentes a 2014. Apesar de terem geradoalguma discussão, foram todos aprovados por maioria.Depois das eleições, teve lugar o jantar mensal da Academia, que contou com uma centena de pessoas.A Academia do Bacalhau de Paris existe desde 1998 e faz parte das 55 Academias espalhadas pelo mundo. O movimento teve origem na Áfricado Sul, em 1968, e tem como valores-base a amizade, a solidariedade e a portugalidade.

Nova Direção da ABP quase ao completoPhoto Lima

Como se faz a relação debens no processo de inventário?

Resposta:

No processo de inventário com-pete ao cabeça de casal prestardeclarações e apresentar, entreoutros documentos, a relação debens.A relação de bens é uma lista ourol de bens pertencentes a alguémque, no caso, faleceu, que é assi-nada e rubricada pelo cabeça decasal.Os bens que integram a herançasão especificados na relação, pormeio de verbas, sujeitas a uma sónumeração, com indicação dovalor atribuído a cada um, e pelaseguinte ordem:- Direitos de crédito;- Títulos de crédito;- Dinheiro e moedas estrangeiras;- Objetos de ouro, prata e pedraspreciosas e semelhantes;- Outros bens móveis (camas,mesas, cadeiras, etc.);- Bens imóveis (o valor dos pré-dios que estão inscritos na matriz,ou seja, participados à AutoridadeTributária e Aduaneira - ServiçoLocal de Finanças, é o valor matri-cial).As dívidas são identificadas emseparado e com uma numeraçãoprópria.Se o cabeça de casal declarar quenão pode incluir um determinadobem na relação de bens por estese encontrar na posse de outrapessoa, o Notário do Cartório no-tarial onde decorre o processo deinventário notifica o possuidor dobem para que, dentro de um de-terminado prazo, faculte ao ca-beça de casal o acesso a essebem e forneça os elementos quese revelem necessários para a suainclusão na relação de bens.Após a apresentação da relaçãode bens, os interessados têm 20dias para reclamar:- Invocando a falta de bens quedevessem ter sido relacionados;- Requerendo a exclusão de bensque foram indevidamente consi-derados como parte da herança;- Referindo alguma inexatidão nadescrição dos bens que possa serrelevante para a partilha.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

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06 Comunidade

lusojornal.com

Portugal é “o terceiro melhor país do mundo em termosde política climática”

O Ministro Ambiente considerou quea Reforma da Fiscalidade Verde e oCompromisso para o CrescimentoVerde têm contribuído para um “ra-ting virtuoso” de Portugal nesta área,antes de apresentar na semana pas-sada, na OCDE, em Paris, as propos-tas portuguesas neste setor.“A Reforma para a Fiscalidade Verdee o Compromisso para o CrescimentoVerde têm vindo a ser reconhecidospor várias organizações internacionaiscomo exemplares. O rating que é hojeatribuído a Portugal na área verde éum rating que é virtuoso para que oambiente, para a economia e para oemprego, num momento em quetodos os países se procuram diferen-ciar para atrair investimento e para ex-portar produtos e tecnologias”,explicou à Lusa Jorge Moreira daSilva, à margem de uma mesa re-donda na sede da Organização para aCooperação e Desenvolvimento Eco-nómico (OCDE).O Ministro português apresentou naOCDE as propostas portuguesas naárea do ambiente, pelas quais - expli-cou - Portugal foi considerado “o ter-ceiro melhor país do mundo emtermos de política climática” pelo TheClimateChange Performance Index e

colocado no “top ten” pelo FórumEconómico Mundial, em Davos.“Portugal teve da parte da OCDE, doBanco Mundial e das Nações Unidasum sentimento de crescente interesseem relação às nossas reformas, emespecial porque foram realizadas numcontexto de dificuldades económicase financeiras e Portugal não utilizou opretexto da crise para adiar a lide-rança no crescimento verde, pelo con-trário”, acrescentou.Jorge Moreira da Silva relembrou queas novas metas do Compromisso para

o Crescimento Verde passam por“40% de energias renováveis em2030, 80% de renováveis na eletrici-dade, 30 a 40% de redução dasemissões em 2030, um aumento daprodutividade de materiais em 30%,uma redução das perdas de água de40 para 20% e a melhoria dos níveisde eficiência energética”.Quanto ao “interesse que as organiza-ções internacionais têm atribuído àReforma da Fiscalidade Verde emPortugal” - que entrou em vigor a 1 dejaneiro de 2015 - o Ministro justificou

que, “ao contrário da generalidadedos processos de reforma da fiscali-dade verde por todo o mundo”, nocaso português “os impostos verdessão uma oportunidade para desagra-vamento de outros impostos sobre fa-tores positivos como o trabalho e acriação de rendimento nas empre-sas”.Em Paris, Jorge Moreira da Silva par-ticipou ainda numa mesa redondasobre Desenvolvimento Sustentável,promovida pela OCDE, tendo depoisuma reunião com a Ministra francesa

do Ambiente, Desenvolvimento Sus-tentável e Energia, Ségolène Royal.“O encontro com a Ministra do Am-biente e Energia incide essencial-mente sobre a concretização dopacote do clima e energia aprovadoem outubro, que inclui metas tão am-biciosas como as energias renováveis,a eficiência energética e a reduçãodas emissões de gases com efeito deestufa, mas também a meta das in-terligações de energia que tem comoobjetivo pôr fim ao isolamento da Pe-nínsula Ibérica em relação ao resto daEuropa”, acrescentou.A Cimeira de Paris sobre AlteraçõesClimáticas, de 30 de novembro a 15de dezembro, foi também um dostemas da reunião entre Moreira daSilva e a Ministra francesa, tendo emvista a preparação de uma conferên-cia mundial que tem como objetivo aadoção de um primeiro acordo univer-sal para manter a temperatura globalabaixo dos 2°C.Jorge Moreira da Silva encontrou-seigualmente com o Secretário Geral daOCDE, Ángel Gurría. Depois seguiupara Bruxelas para um encontro como Vice-Presidente da Comissão Euro-peia e responsável pela União Ener-gética, Maros Sefcovic, no âmbito daestratégia de internacionalização daspolíticas energéticas.

Ministro do Ambiente apresentou relatório em Paris

le 11 février 2015

Apartamentos do Clube Praia da Rocha têm água e luz cortadas

Mais uma vez, o Clube Praia daRocha, em Portimão, no Algarve, estáa dar que falar. Na quinta-feira, dia29 de janeiro, foi cortada a luz e nasegunda-feira seguinte foi cortada aágua e o gás, alegadamente porque aempresa Administradora do condomí-nio, não teria pago as faturas corres-pondentes.Este empreendimento que tem tidoenormes problemas, como aliás o Lu-soJornal tem vindo a acompanhar hávários anos, é caracterizado pelofacto de a maior parte dos proprietá-rios estarem em França e por vezesdesconhecem até esta situação, al-guns deles têm apartamentos aluga-dos sem água e sem luz!O empreendimento tem 13 andarese mais de 600 apartamentos, sendoque cerca de metade estão a ser uti-lizados para exploração turística. Al-guns dos interlocutores citados pelaimprensa local dizem que alguns tu-ristas optam por abandonar os apar-tamentos e há pessoas que têm desubir as escadas a pé com uma lan-terna, porque não há elevador, pornão haver eletricidade.No seu site internet, o Collectif desPropriétaires Clube Praia da Rocha(CPCPR) confirma que a Administra-ção deve 89.000 euros de água e110.000 euros de eletricidade. “Osproprietários pagaram o consumo,

mas o senhor Paulo Martins, gerenteda Grenn Stairs, reproduziu a mesmasituação que provocou quando eraDiretor da Iberotel, em 2004, aban-donando a fase 3, sem nos ter dadoqualquer explicação sobre o que fezdos fundos de reserva destinadospara obras”. O Coletivo quer mesmoque “os Administradores do ClubePraia da Rocha sejam todos conde-nados por fraude e assédio dos1.650 proprietários vítimas”.O Collectif des Propriétaires ClubePraia da Rocha é uma associaçãosem fins lucrativos registada na Pré-féture de Lille em março de 2009.No passado dia 24 de janeiro realizoua sua Assembleia Geral anual, em

Roubaix, e a estrutura é presidida porMaria Fontan, uma estilista “MaîtreArtisan” radicada na região de Lille,que trabalha habitualmente para tea-tro e cinema, para a Académie Fran-çaise e para o Comité Miss France.No dia 26 de julho, o Coletivo criouuma segunda associação em Portu-gal. “Agora temos a possibilidade ju-rídica de poder defender osinteresses dos proprietários em Por-tugal, em França ou na Europa”.Maria Frontan tinha reunido no pas-sado dia 9 de outubro com a Presi-dente da Câmara Municipal dePortimão, na presença do Vice-Presi-dente da Câmara e do Diretor Geralda Empresa Municipalizada dasÁguas e Resíduos de Portimão(EMARP). Nessa reunião, constatoua exasperação das instituições em re-lação à situação/impasse do ClubePraia da Rocha. Segundo declara-ções de Maria Fontan aos nossos co-legas da Rádio Triomphe, o DiretorGeral da EMARP teria mesmo ditoque existia um perigo iminente deexplosão das caldeiras que se en-contram no teto e que nenhuma dasnormas de segurança é respeitada.Em 2009, o LusoJornal noticiou odescontentamento dos proprietárioscom a Administração do condomí-nio, a “Iberotel - Hotelaria e Tu-rismo, S.A.”, mas depois de 2012,a Administração passou para a so-ciedade “Green Stairs, Lda.”.

“Esta situação não pode persistir”diz Marina Vaz Meireles, proprietáriano Clube Praia da Rocha. “Há doispressupostos importantes para alte-rar esta situação: o primeiro, e por-ventura o mais importante é o deque os proprietários têm de conjugaresforços de forma a unir-se nestacausa comum que os afeta damesma forma e com o mesmo graude intensidade. O segundo pressu-posto consiste em trabalhar paraque se possa assegurar uma outraAdministração que paute a sua ati-vidade pela transparência e cumpraos compromissos zelando comodeve ser, pelo interesse coletivo enão olhando de forma egoística parao seu próprio umbigo. Da reunião everificação destes dois pressupostosapenas pode resultar o benefíciopara todos os envolvidos” apela.“Neste momento estamos numa en-cruzilhada” afirma Marina Meireles.“Quanto aos proprietários que têmcontratos de exploração, avizinham-se ou adivinham-se períodos contur-bados, na medida em que nadarecebem da empresa que explora osseus apartamentos, acabando porcede-los gratuitamente e no caso deesta não contribuir para as despesasrelacionadas com o empreendi-mento e correspondentes às fraçõesque explora, lá terão os proprietáriospor ter de pagar a conta, que se ad-vinha não seja pequena”.

Marina Meireles escreveu esta se-mana uma carta à Presidente da Câ-mara Municipal de Portimão ondediz que “os proprietários têm feito oseu papel, têm denunciado a situa-ção, exposto a mesma a essa Câ-mara, inclusive de forma pública àcomunidade e alertado para o quese está a passar e as repercussõesque isso acarreta para a cidade dePortimão, em particular para aque-les turistas que visitam o ClubePraia da Rocha, acabam por levar etransmitir uma ideia negativa paraos seus países”.Mas Marina Vaz Meireles demarca-se, nessa mesma carta, da ação deMaria Fontan. “Da minha parte ecreio que a maioria dos proprietá-rios, não alinha em algumas inicia-tivas promovidas por uma senhorade nome Maria Fontao, a qual alegarepresentar vários proprietários,sendo Presidente de uma associa-ção em França que não tem qual-quer legitimidade em Portugal”.No momento de fecho desta edição,o LusoJornal não tinha conseguidofalar, nem com Marina Meireles,nem com Maria Fontan, mas volta-remos a este assunto na nossa pró-xima edição. No entanto, no site doCollectif des Propriétaires ClubePraia da Rocha, a associação anun-cia que “a Administração do ClubePraia da Rocha abandonou tudo edesapareceu”.

Muitos dos proprietários residem em França

Por Carlos Pereira

Jorge Moreira da SilvaLusoJornal / Carlos Pereira

Por Carina Branco, Lusa

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07Medias

Programas “Contacto” da RTP Internacionalsuspensos e com renovação incertaO único programa da televisão portu-guesa dedicado às Comunidades por-tuguesas espalhadas pelo mundo, o“Magazine Contacto”, tem as emis-sões suspensas desde dezembro e asua continuação é incerta.“O último programa foi para o ar emdezembro. Normalmente renovamos ocontrato ainda durante a série para evi-tar problemas de continuidade, e co-meçamos com os novos programaslogo em janeiro. Isso não aconteceueste ano”, disse à Lusa o produtor doContacto Nova Inglaterra, Floriano Ca-bral.A situação repete-se com todos os pro-gramas da série Contato, que tem vá-rias edições em todo o mundo.Nomeadamente o Europa Contacto,que começou precisamente emFrança.Floriano Cabral queixa-se de não terqualquer resposta da RTP. “Nos últi-mos meses, a única coisa que soube-mos foi através do Facebook. Umutilizador queixou-se da ausência dosprogramas na página da RTP Interna-cional e um responsável da página res-pondeu que os tinham terminaram poragora e que aguardavam novos forma-tos”, disse o produtor.O programa é transmitido na RTP In-ternacional, mas todas as edições são

produzidas por produtoras locais inde-pendentes. “Estamos em contactocom os responsáveis das outras edi-ções e estão todos na mesma situação.Neste momento, ninguém tem qual-quer resposta da RTP”, assegura Cla-risse Frias, responsável pela produçãodo programa em Nova Jérsia.A produtora esteve em dezembro emLisboa e reuniu com a Chefe de pro-dução do canal do Estado, Alice Mi-lheiro, quando já se percebia nãohaver intenção de renovar os contratos.Na ocasião, a responsável confirmouque não havia qualquer indicaçãoquanto ao futuro dos programas.Já em 2011, o “Magazine Contacto”esteve para acabar devido aos cortesorçamentais no canal público e os pro-gramas, que nalguns casos aconte-ciam todas as semanas ou a cada duas

semanas, passaram a mensais. “Nosúltimos cinco ou seis anos, os cortes ea instabilidade têm sido recorrentes.Já com a passagem a mensal as au-diências tinham sofrido uma quebra”,diz Floriano Cabral. O produtor diz queesta decisão “também representa umaquebra de receitas porque o Contactoé um dos programas com mais au-diência e o preferido pelos anuncian-tes”.Os dois produtores ouvidos pela Lusagarantem que a Comunidade tem pro-testado contra o encerramento do pro-grama. “Todos os dias recebemoscartas e emails a perguntar sobre o re-gresso do programa”, diz ClarisseFrias.A produtora diz que esta indecisão lhecausa problemas de gestão na em-presa, mas sobretudo enquanto teles-

pectadora. “Este programa é o únicodedicado aos milhões de pessoas quevivem nas Comunidades imigrantes efaz mesmo muita falta. Sem ele, nãosabemos o que se passa nas outrasComunidades ou mesmo na nossa”,garante.Na Europa este programa foi perdendoimportância. Por um lado porque otempo horário foi consideravelmentediminuído, e também porque há mui-tos anos que o produtor do programa,Miguel Quaresma, não mora no estran-geiro. Faz a produção do programa apartir de Portugal delegando a produ-ção de reportagens a subcontratadosno estrangeiro, sem que a RTP Inter-nacional se preocupe com isso.Segundo notícia de “O Jornal”, deMassachusetts, o Provedor do teles-pectador da RTP, Jaime Fernandes,está a preparar um programa “A Vozdo Cidadão” sobre o assunto.No final de janeiro, foi anunciado queo Conselho de Administração da RTPliderado por Alberto da Ponte iria re-nunciar ao cargo após a entrega do re-latório de contas de 2014. A televisãopública tem agora uma nova Adminis-tração composta por Gonçalo Reis(Presidente), Nuno Artur Silva (vogal)e Cristina Vaz Tomé (vogal com pelourofinanceiro).

Produtores e telespetadores não foram informados

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emsíntese

Gabinete deApoio ao Emigrante já estáa funcionar emCarregal do Sal

O Gabinete de Apoio ao Emigrantede Carregal do Sal já se encontraa funcionar, permitindo quer oatendimento presencial, quer o vir-tual, este através do portal do mu-nicípio.Os emigrantes podem receberapoio em questões relacionadascom a saída, regresso e reinser-ção, segurança social e reformas,educação, reconhecimento de do-cumentos no estrangeiro ou nainscrição consular.Acolher “Portugueses regressadosa Portugal em situação de doençaou de outra forma de vulnerabili-dade” é outro dos objetivos.Já há mais de 100 gabinetes deApoio ao Emigrante a funcionarem municípios portugueses, espa-lhados de norte a sul do país.

Baile de Carnavalem Penacovaevoca InvasõesFrancesas

Um baile de gala de Carnaval inte-grado no projeto Caminhos da Ba-talha do Buçaco vai realizar-se naCasa do Povo de Penacova, no dia14 de fevereiro, à noite, com o ob-jetivo de recriar a sociedade localde 1810.“Esta será também uma forma di-ferente, original e divertida de ce-lebrar o Dia dos Namorados numambiente de corte do início do sé-culo XIX”, segundo uma nota daCâmara Municipal de Penacova.A iniciativa visa recriar “um bailede corte o mais aproximado possí-vel do que seriam estes eventosem 1810, época em que Portugalse via envolvido nas Guerras Pe-ninsulares, às portas da terceiraInvasão Francesa, e o país aban-donado pela família real que em1808 se mudou para o Brasil”.Os interessados poderão dançar acontradança, o minuete, a quadri-lha ou valsa, “ao som dos compo-sitores mais em voga” na época,como Mozart, Beethoven, Haen-del, Paganini, Bocherinni e Pergo-lesi, entre outros.Os melhores trajes de época serãodistinguidos com três prémios.

Paulo Pisco volta a questionar Governo sobreretoma das emissões de rádio em Onda CurtaO Deputado socialista Paulo Piscoperguntou na semana passada ao Go-verno se a RTP pretende retomar asemissões de rádio em Onda Curta,considerando que a sua suspensão,há quase quatro anos, causou um“prejuízo gratuito” para as Comuni-dades e a língua portuguesa.Num requerimento entregue naquinta feira da semana passada noParlamento e dirigido ao Ministro Ad-junto e do Desenvolvimento Regio-nal, Miguel Poiares Maduro, oDeputado socialista considera “ina-ceitável que se tenham suspendidoas emissões de Onda Curta, emjunho de 2011, e entretanto se tenha

abandonado à progressiva degrada-ção todo o valioso património do Cen-tro Emissor de Pegões”, avaliado emvários milhões de euros.A suspensão das emissões em OndaCurta, que privou “todos aqueles queouviam a RDP em mobilidade ou emsítios mais isolados do planeta”, foi“sempre muito contestada e aindahoje continuam a surgir reclama-ções”, refere.“Passados todos estes anos, nãopode o Governo continuar sem justi-ficar a suspensão das emissões emOnda Curta, sem dizer se fez ou nãoo estudo de avaliação sobre a impor-tância das emissões, na medida em

que nada se conhece neste domínio,nem deixar de dar uma resposta à si-tuação do património do CentroEmissor de Pegões”, acrescentaPaulo Pisco.O Socialista, eleito pelo círculo elei-toral da Europa, pergunta ao MinistroPoiares Maduro se o Governo admitea possibilidade de retomar as emis-sões em Onda Curta e se já realizouo estudo sobre esta operação.Quanto ao Centro Emissor de Pegões,Paulo Pisco questiona em quantoestá avaliado o património e “por querazão o Governo nada fez para impe-dir a sua progressiva degradação” ese chegaram a haver propostas para

a sua venda.Na quarta-feira, numa audição naAssembleia da República, o novoPresidente do Conselho de adminis-tração da RTP, Gonçalo Reis, dissesaber que as emissões em OndaCurta foram descontinuadas pelocanal público, escusando-se a adian-tar uma posição. “Julgo que é umdever genérico assegurar a distribui-ção dos conteúdos, mesmo que sejapara públicos distantes. De certezaque houve um racional, vamos anali-sar, somos sensíveis ao tema”, disse,referindo, no entanto, não ser possí-vel assumir um compromisso sobre aOnda Curta.

le 11 février 2015

L’opérateur Numericable proposeun «Bouquet portugais» à ses abonnésL’opérateur Numericable enrichit sonoffre de «Bouquet communautaire»en proposant un «Bouquet portugais»à ses abonnés. Pour 7 euros parmois, les clients de l’opérateur ontdésormais l’accès à 6 chaînes diffu-sées en langue portugaise.«Pour découvrir le meilleur de l’infor-mation, du divertissement, du sport,des séries et des programmes en ver-sion originale», Numericable proposeà partir de la Box, les principaleschaînes portugaises disponibles de-puis la France: la chaîne internatio-nale d’Etat, la RTP internacional

(canal 691); SIC Notícias, la chaîned’information en continu (canal692); SIC, la première chaîne privéeportugaise (canal 693); Benfica TV,la chaîne des fans de football et duclub de Lisboa, qui diffuse des repor-tages, interviews de joueurs, toutel’actualité du Championnat portugaisainsi que du football européen etmondial (canal 694); mais aussi lesdeux chaînes de TV Record brési-lienne, la TV Record (canal 695) etla TV Record News, chaîne d’infor-mation en continu brésilienne (canal696).

Ces chaînes sont accessibles depuisle 27 janvier, en souscrivant au «Bou-quet Portugais». L’offre vient complé-ter «les bouquets du monde» deNumericable déjà composés du Bou-quet arabe, Bouquet africain, Bou-quet allemand, Bouquet espagnol,Bouquet musulman, Bouquet océanindien et Bouquet grande muraille.Issu du rapprochement entre Nume-ricable Group et SFR, le groupe Nu-mericable-SFR a pour ambition decréer, à partir du premier réseau enfibre optique et d’un réseau mobilede premier plan, le leader national de

la convergence du Très Haut Débitfixe-mobile. Propriétaire de ses infra-structures, le groupe combine deuxréseaux puissants et, grâce à ses in-vestissements, Numericable-SFR apour objectif d’étendre rapidement lacouverture THD fibre et 4G au plusprès des territoires et d’offrir une qua-lité de service optimale.Le groupe Numericable-SFR estdétenu à 60% par Altice, à 20%par Vivendi et est coté sur EuronextParis (Euronext). L’actionnaire ma-joritaire d’Altice est le PortugaisArmando Pereira.

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08 Atentados

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Sinagoga Portuguesa deParis: Sentimentode insegurança domina Comunidade judaica

O ataque da semana passada con-tra três militares que protegiam umCentro comunitário judaico em Nicevoltou a despertar um “sentimentode insegurança” junto da Comuni-dade judaica em França, disse àLusa Philippe Darmon, oficiante daSinagoga Portuguesa de Paris, narue Buffault.“O que se passou mostra que bastaque venham quatro ou cinco aomesmo tempo e não são os militaresquem os vão travar”, descreveu, ad-mitindo, porém, que “os militaresmobilizados para proteger a Comu-nidade ajudaram a restabelecer al-guma calma”.Um mês após o ataque ao super-mercado “kosher” em Paris, a 9 dejaneiro, nota-se que “há menos pes-soas a irem à Sinagoga” e continuaa sentir-se a presença dos mais dedez mil militares mobilizados emtodo país para proteger Sinagogas,Mesquitas, escolas judaicas e ou-tros locais considerados “sensíveis”pelas autoridades francesas.Para o ministro oficiante da Sina-goga Portuguesa de Paris, não é apresença de militares que vai apa-gar “o profundo sentimento de mal-estar”, uma vez que isso sóaconteceria “atacando a raiz do pro-blema e desmantelando todas asredes terroristas”.“Os militares são como um pensoem cima de uma hemorragia. Nãoé que tenha medo, mas estou in-quieto. É um problema que afetanão só a França, mas a Europa e omundo inteiro”, continuou, em refe-rência ao extremismo islâmico.Philippe Darmon, que nasceu em1966 em Jerusalém e veio paraFrança para exercer funções religio-sas em 1989, admitiu que há ju-deus que pensam deixar o país masnão acredita que o ataque ao super-mercado judaico tenha provocado“uma decisão de fuga em massa”.O Rabino relativizou as notícias re-lativas ao aumento do número deatos “islamofóbicos” desde os ata-ques de 7 a 9 de janeiro, conside-rando que são casos marginais. “Ésimples: um Judeu teme quandovai rezar e um Muçulmano não. Elesnão têm nada a temer, em França.São muitos, estão protegidos e nãosão nem os Cristãos nem os Judeusque vão cometer o que quer queseja. É certo que houve algumascoisas, mas não se pode compararo perigo”, rematou.

emsíntese

Por Carina Branco / Lusa

“Não há razão para haver pânico agora”

Um mês após o ataque ao semanáriosatírico Charlie Hebdo, “em Paris, nãohá razão para haver pânico agora”,disse à Lusa Hermano Sanches Ruivo,Conselheiro do 14º bairro da capitalfrancesa. “O sentimento geral é que acidade recuperou uma parte da calma,como não podia deixar de ser. Há umavontade de segurança, não há um sen-timento de pânico”, descreveu o por-tuguês.O Hôtel de Ville de Paris continua de-corado com faixas onde se lê “Paris éCharlie”, “Nós somos Charlie” e“Charlie Hebdo - Cidadão de Honra daCidade de Paris”, uma distinção atri-buída dois dias após o atentado de 7de janeiro que dizimou a redação dosemanário.O Conselheiro de Paris precisou que aautarquia está “à procura de outro es-paço” para o jornal, que antes “estavaalbergado em prédios da cidade”. Osjornalistas do “Charlie” foram acolhi-dos pela redação do diário Libération,onde continuam a trabalhar, e um dossobreviventes do ataque, LaurentLéger, anunciou no ‘twitter’, esta se-mana, que o próximo número sai no

dia 25 de fevereiro.Hermano Sanches Ruivo admitiu que“há claramente um antes e um apósCharlie”, considerando que se passoude um terrorismo que visa o públicoem geral a “um ato militar preparadocom objetivos muito específicos e so-bretudo simbólicos”.O Conselheiro socialista garantiu que,

em França, “não há uma vontade dever no Islão o diabo”, lembrando que“há dois, três anos, eram mais de70% os Franceses que achavam queo Islão não era compatível com a so-ciedade francesa e agora são 51% apensar que pode haver uma diferen-ciação”.Na opinião do autarca parisiense, umadas consequências dos ataques foique “os Franceses acordaram e verifi-caram que eram mais unidos do quepodiam parecer quando acharam queos valores da sociedade francesa esta-vam a ser atacados”, sublinhando que“muitos Franceses pedem uma parti-cipação maior em alguns dos palcosonde se luta contra os ‘jihadistas’”.Entretanto, para contribuir para o sen-timento de “união e pertença”, aMaire de Paris, Anne Hidalgo, anun-ciou a intenção de criar um “Cartão docidadão de Paris”, de abrir estabeleci-mentos públicos aos sábados demanhã para receber voluntários quedeem apoio escolar e de realizar umaconferência inter-religiões em março.Por outro lado, em nome da Mairie, aautarca declarou querer apresentar,num Tribunal em Paris, queixa por di-famação pública contra o canal norte-

americano Fox News, o qual após osatentados tinha avançado que na ca-pital francesa havia bairros “interdi-tos” a quem não fosse muçulmano.“Além de ser uma falsa informação, éclaramente uma difamação. Nós quevivemos aqui em Paris, como é quepodemos aceitar que se diga que hábairros onde, se não se é muçulmano,não se pode entrar, onde a polícia nãopode entrar? A polícia pode entrar emtodos os bairros de Paris e não házonas onde algumas comunidades te-riam a possibilidade de dizer às outraspara não entrarem”, vincou HermanoSanches Ruivo.No sábado passado assinalou-se o pri-meiro mês desde o ataque ao CharlieHebdo, a 7 de janeiro, perpetradopelos irmãos Chérif e Saïd Kouachique mataram 12 pessoas. A 8 de ja-neiro Amedy Coulibaly disparou contradois polícias, ferindo um deles mortal-mente. A 9 de janeiro, Amedy Couli-baly atacou um supermercado koshere matou quatro reféns. Os três atacan-tes, que se conheciam e afirmavamagir em nome de grupos islamitas ra-dicais, foram abatidos num assaltoquase simultâneo das forças de ordema 9 de janeiro.

Hermano Sanches Ruivo fala sobre os Atentados de Paris

Por Carina Branco, Lusa

Emmanuel Demarcy-Mota contra “autocensura”

O Diretor franco-português do Théâtrede la Ville, em Paris, mostrou-se contraqualquer tipo de autocensura, comoresposta ao ataque ‘jihadista’ ao jornalsatírico Charlie Hebdo. “O objetivo écontinuar a dizer o quão fundamentalé a liberdade de expressão e a noção delaicidade. A última coisa a fazer é re-cuar, ter medo e autocensurar-se. Estafoi a posição que tomei”, justificou oencenador.A fachada principal do Théâtre de laVille, na Praça do Châtelet, ainda temum cartaz com a frase “Je suis Charlie”e o mesmo slogan repete-se na páginainternet do teatro construído em 1860e que serviu de palco a uma das maisconhecidas atrizes de teatro de sempre,

Sarah Bernhardt no final do século XIX.Emmanuel Demarcy Mota organizou,na última semana de janeiro, um en-contro com vários Diretores de teatropara “debater a afirmação dos valoresartísticos e da liberdade de expressãoe afirmar que não se deve recuar naprogramação artística mesmo que estacoloque questões seja a que religiãofor”, explicou.O Diretor do Théâtre de la Ville contou,ainda, que durante o mês de janeironão teve menos público do que o ha-bitual e que a peça que subiu ao palcouma semana após o ataque ao CharlieHebdo - “Seis personagens à procurade autor” - juntou 15 mil espetadoresentre 14 a 31 de janeiro, “o que cor-responde ao esperado”.O dia 14 de janeiro, data da estreia da

peça de Luigi Pirandello encenada porEmmanuel Demarcy Mota, coincidiucom a corrida dos Franceses aosquiosques para comprar a primeiraedição do Charlie Hebdo após o ata-que de 7 janeiro. O Théâtre de la Villecomprou mil exemplares para “ofere-cer ao público que quisesse o jornal”.Por outro lado, na sequência do PlanoVigipirate, acionado após os ataquesde 7 a 9 de janeiro, em Paris, o Teatrolevou espetáculos a vinte escolas dacapital francesa porque as visitas es-colares tinham ficado suspensas. “Osartistas foram às escolas apresentarexcertos de espetáculos para que a ju-ventude não fosse privada dos espetá-culos e para mostrar que o diálogoentre as crianças, o teatro e a culturadeveria ser mantido e mesmo refor-

çado”, acrescentou Emmanuel De-marcy Mota.O objetivo é “mostrar que o mundocultural está solidário com os quepodem correr riscos” e aproximar asescolas do mundo cultural “para pro-mover a liberdade de criação e a liber-dade artística”.Este protagonista da cena teatral pari-siense de origem portuguesa teme oaproveitamento político que a ex-trema-direita possa fazer ao “utilizar omedo como argumento”.“É preciso trabalhar para que as pes-soas não tenham medo senão fecham-se sobre si mesmas em nome do medodo cidadão estrangeiro. A França foi edeve continuar um país de acolhi-mento, de tolerância e de abertura”,rematou o encenador de 44 anos.

Por Carina Branco / Lusa

le 11 février 2015

Victor Hugo no seu tempo já adivi-nhava as dificuldades de ser livre edisse: “Vamos salvar a liberdade, a li-berdade era salvar o resto”. E foi oque aconteceu em França nestes diasde janeiro de 2015. Mais de 4 mi-lhões de Franceses e outras naciona-lidades que aqui vivem e trabalham,vieram sem medo para a rua desfilarlivremente com muito barulho o seuamor à liberdade e às conquistasdeste grande país que é a França.Muitos de nós, Portugueses da pri-meira geração dos anos 1960-1970,estiveram presentes, desfilaram sem

medo, a fim de mostrarem aos nossosamigos de França que têm sensibili-dade e querem defender custe o quecuste aquilo que ao longo dos séculosdefine este país: Liberdade, Igual-dade e Fraternidade.Naquela maré de gente em Paris,nunca na história da França tinha sidovista uma Bandeira Nacional Portu-guesa que estava içada lá no alto domonumento da Praça da República,em Paris… Era só uma! Mas aquelacor verde e vermelho fazia tremer ocoração de alguns compatriotas pre-sentes naquela manifestação gigan-

tesca. Sentimos na alma um orgulhosem comparação possível com outrosmovimentos aqui realizados há maisde 50 anos. Ao que foi noticiado,nunca na história deste belo e bompaís, que também é dos 2.000.000de lusitanos daqui, uma tal manifes-tação foi realizada como esta para de-fender efetivamente a Liberdade.A população de França anda trauma-tizada, inquieta e a Comunidade por-tuguesa, essa, na sua grande maioria,não aparece naturalmente, andacomo escondida, porque a tal con-quista da dignidade e da liberdade

pouco ou nada lhes diz respeito e pre-fere ir ver um desafio de futebol natelevisão ou ver o Cristiano Ronaldo,o melhor futebolista do mundo… e jánão é pouco!Naturalmente só lhe resta o retornode Sarkozy, porque já começou afazer-se de “Monsieur Muscles” eprovocar aqueles que nestes últimos50 anos construíram o que melhorse fez nesta “nossa França”, mesmose os Sarkozistas os não queiramneste país. Os Sarkozistas e Le Pe-nistas portugueses não ganharão!Viva a Liberdade.

Viva a LiberdadeJosé Batista de MatosEx-Conselheiro dasComunidadesPortuguesas

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Crónica de opinião

LusoJornal / Mário Cantarinha

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Empresas

Plus d’un million de passagers transportésentre la France et le PortugalL’année dernière, TAP Portugal a dé-passé le million de passagers sur lesvols qu’elle opère entre la France etle Portugal. La compagnie a trans-porté un total de 1.194.500 passa-gers, soit une augmentation de 4%par rapport à l’année précédente. TAPPortugal renforce son positionnementsur son marché avec plus de 46.000passagers supplémentaires en 2014.Ces indicateurs de trafic démontrentque TAP Portugal a non seulementfait face à l’intensification de laconcurrence, mais qu’elle a égale-ment augmenté son volume de trafic,grâce à sa forte présence sur son mar-ché et à la qualité globale de son pro-duit.Avec cette croissance, TAP Portugalne cesse de consolider son position-nement dans le transport aérien entrela France et le Portugal. TAP Portugal

dessert Lisboa et Porto au départ dessept villes suivantes: Paris (Orly), Bor-deaux, Lyon, Marseille, Nice, Tou-louse et Nantes (dernière escaleinaugurée l’été dernier).«Les lignes exploitées par TAP Portu-gal entre la France et le Portugal sontpratiquement toutes en augmenta-tion» dit une note de presse envoyéeaux rédactions. Les vols opérés entreParis et Lisboa ont été les plus actifs,avec un total d’environ 560.000 pas-sagers. Les vols entre Paris et Portose situent en deuxième position, avecplus de 274.600 passagers.L’été dernier, TAP Portugal a exploitéune moyenne de 158 vols hebdoma-daires entre la France et le Portugal.Durant l’été 2015, ce sont 162 volshebdomadaires qui sont prévus, avecune offre de plusieurs vols quotidiensau départ de Paris, Nice, Toulouse et

Lyon.Il convient également de mentionnerla desserte de Lisboa avec 2 vols quo-tidiens au départ de Marseille, un volquotidien au départ de Bordeaux et,à partir de cet été, un vol quotidienau départ de Nantes, ainsi que desvols supplémentaires le week-end audépart de Toulouse.La clientèle française qui se rend enAlgarve, à Madère ou aux Açores, bé-néficie de nombreuses correspon-dances offertes par le hub de Lisboa.Cette plateforme stratégique permetégalement de rejoindre l’Amériquedu Nord, ainsi que les 15 destina-tions africaines de TAP Portugal: An-gola, Ghana, Mozambique etSénégal.S’agissant du Brésil, TAP Portugalest la première compagnie euro-péenne par la densité de son réseau,

avec la desserte de 12 destinationsbrésiliennes. «Sur le marché fran-çais, les ventes vers le Brésil se dé-marquent, avec une augmentation de23,1% par rapport à l’année précé-dente. Les nouvelles destinationsvers Bogota et Panama ont égale-ment contribué à alimenter le traficau départ de la France» souligne Ric-cardo Lo Presti, Directeur Général deTAP Portugal pour la France, le Be-nelux et la Pologne.TAP Portugal offre 77 fréquenceshebdomadaires entre Paris et le Por-tugal: 49 vols à destination de Lisboaet 28 à destination de Porto. A partirde juillet 2015, TAP Portugal exploi-tera également 20 vols hebdoma-daires au départ de Nice, 19 vols deLyon, 18 de Toulouse, 14 de Mar-seille et 7 vols de Bordeaux etNantes.

TAP Portugal

emsíntese

Empresas portuguesas naPharmapack

A feira profissional Pharmapack,destinada a profissionais e espe-cializada nas embalagens para osetor farmacêutico, conta este anocom a participação de duas em-presas portuguesas: a Neutroplaste a Gepack.Apesar de ser uma pequena re-presentação, trata-se de notáveisempresas portuguesas com di-mensão internacional e com ven-das em França.A feira tem lugar nos dias 11 e 12de fevereiro, no Parque de Exposi-ções de Paris Expo Porte de Ver-sailles e as duas empresasportuguesas estão no Hall 5.

Forte presençaportuguesa naFeira Premiere Vision Pluriel

A feira profissional Premiere VisionPluriel, evento de referência nosetor têxtil da Moda, dedicado aprofissionais, que inclui as feiras“Fabrics” (têxteis), “Yarns” (fios/fi-bras), “Accessories” (acessórios),“Manufacturing” (confeção a fei-tio), “Knitwear solutions” (Malhas)e a “Leather”, feira internacionalde curtumes (ex-“Le Cuir à Paris”)conta este ano com a participaçãode 56 empresas e entidades por-tuguesas.A participação portuguesa está re-partida pelo conjunto destas feirasque têm lugar no Parque de Expo-sições de Paris-Nord Villepinteentre os dias 10 e 12 de fevereiro.Esta presença de 56 empresas eentidades representa um aumentode 30% ou seja mais 13 entidadesportuguesas relativamente à ses-são de fevereiro de 2014.

Aude de Amorimconvidada dos Financeiros

O próximojantar da Con-fraria dos Fi-nanceiros deParis realizar-se-á no dia 12de fevereiro,quinta-feira,pelas 20h00

no restaurante “Les Trois Font laPaire”, no boulevard Saint Ger-main, em Paris.A convidada da noite é Aude deAmorim, ex-Cônsul Geral deFrança no Porto até 2014, e agoraem funções no Ministère des Affai-res Etrangères, em Paris.

Fábrica francesa que transforma resíduos denavios em combustível naval abre em SinesUma fábrica para produzir combustí-vel naval, a partir dos óleos residuaisrecolhidos nos navios de carga, abreaté ao final deste mês em Sines, numinvestimento de 17 milhões de eurosde uma empresa francesa.A unidade, instalada no Porto deSines, no distrito de Setúbal, “é a pri-meira” a nível mundial com esta tec-nologia “única”, garantiu à Lusa oPresidente e fundador da Ecoslops,Michel Pingeot.Por lei, para evitar que os resíduossejam despejados no mar, os naviostêm de os entregar nos portos, mas oseu destino tem sido, no geral, a inci-neração, processo que a nova tecno-logia permite dispensar, com ganhospara o ambiente, explicou o empresá-rio francês.As instalações em Sines, no litoralalentejano, representam um investi-mento de cerca de 17 milhões de

euros, com uma comparticipação de6,2 milhões de euros por fundos co-munitários.De acordo com Michel Pingeot, foramcriados 45 postos de trabalho diretos,recrutados localmente, estando pre-visto que o quadro de pessoal seja au-mentado consoante as necessidadesda empresa.O responsável manifestou-se “muitosatisfeito” por ter avançado com o in-vestimento em Sines, escolha que sedeveu ao “potencial de crescimento”do porto comercial. Para o Presidenteda Ecoslops, a experiência foi “a con-firmação da capacidade de concreti-zação dos Portugueses”, os quaisconsidera que “têm paixão”.A empresa francesa procura agoranovos investidores para implementaruma solução que permita reduzir odesperdício resultante da produção docombustível naval. Conforme Michel

Pingeot esclareceu à Lusa, o processoorigina 17% de resíduo, mas, com uminvestimento de 1,7 milhões de eurosna unidade alentejana, é possível re-duzir esse desperdício a 5%, aumen-tando proporcionalmente a produçãode combustível naval.A Ecoslops pretende também cons-truir novas fábricas em Abidjan, naCosta do Marfim (África), e em Singa-pura (Ásia), sendo Antuérpia, na Bél-gica, igualmente uma possibilidade.Inicialmente, estava previsto que aunidade de Sines iniciasse a labora-ção em outubro de 2013, no entanto,segundo o empresário, “problemastécnicos” motivaram o atraso na aber-tura.A Ecoslops Portugal tem o exclusivoda recolha dos óleos residuais geradospelos navios de carga no Porto deSines, por via de uma subconcessãocontratada com a Companhia Logís-

tica de Terminais Marítimos (CLT), dogrupo Galp Energia, concessionária doterminal de granéis líquidos.Os óleos residuais, denominados“slops”, são produzidos quer devidoao armazenamento e utilização decombustível para o funcionamentodos navios, quer, no caso dos carguei-ros de granéis líquidos, dos resíduosde produtos (crude e refinados, entreoutros) que ficam nos tanques. Na fá-brica de Sines, após a separação dos“slops” em água, sedimentos e hidro-carbonetos, estes últimos são subme-tidos a um processo que os transformaem combustível naval, cujo principalcomprador poderá ser a companhia denavegação MSC Portugal.A unidade terá uma capacidade deprodução aproximada de 30 mil tone-ladas de combustível naval por ano,com receitas anuais na ordem dos 10milhões de euros.

le 11 février 2015

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Turismo fluvial noDouro alcança os600 mil passageirosem 2014

O ano de 2014 foi dos melhores desempre para o turismo na Via Nave-gável do Douro (VND), por onde via-jaram cerca de 600 mil passageirosem pequenas embarcações, cruzei-ros de um dia ou barcos hotéis.Segundo dados fornecidos à Lusapela Delegação do Douro do Insti-tuto da Mobilidade e dos Transpor-tes (IMT), em 2014 passaram pelavia navegável mais 45 mil do que noano anterior.Na sua maioria são os estrangeirosque mais optam por estas viagens(57%). Aquele que é considerado oproduto mais exportador do rioDouro, o barco hotel, sofreu um au-mento de mais de 30%, alcançandoos 55 mil passageiros. A maior parte dos passageiros queopta por viajar a bordo destas em-barcações é proveniente dos Esta-dos Unidos da América (29%),seguindo-se a França (19%).A Via Navegável do Douro foi inau-gurada em toda a sua extensão em1990. São 210 quilómetros desdeBarca d’Alva até ao Porto.

Tugabox queracabar com asaudade

O serviço Tugabox, direcionado paraos novos emigrantes portugueses,surgiu em setembro de 2014 eenvia mensalmente uma caixa sur-presa de produtos portugueses paraos subscritores. No seu interior en-contram não só produtos alimenta-res tipicamente portugueses, mastambém artesanato, uma forma dedar a conhecer a quem está foranovas empresas e artesãos.Os clientes podem optar por umasubscrição mensal ou trimestral nosite da empresa. Os produtos sãoescolhidos pensando nos produtoscom que os clientes cresceram,acrescentando alguns clássicos,produtos de que já nem se lembra-vam.“Citando um dos nossos clientescujo feedback representa tudoaquilo para que trabalhamosquando escolhemos os produtos:‘Uma das magias destas caixas nãoé tanto o conteúdo em si, mas a sur-presa e aquela sensação do ‘meuDeus, já não me lembrava disto…’!’.O que nos torna únicos é todos osmeses criarmos um momento desurpresa, até de nostalgia, que per-mite matar um bocadinho das sau-dades de Portugal com um sorriso”sublinha Rita Gomes, fundadora daTugabox.http://tugabox.pt/

Laetitia Gonçalves et «To Paris Communication»aident les jeunes créateurs de mode étrangers

C’est mercredi dernier que «To ParisCommunication» a donné sa premièreconférence de presse dans les locauxde Pôle Paris Alternance à Paris.Spécialisée dans la promotion desjeunes créateurs de mode étrangers,la nouvelle agence cosmopolite «ToParis Communication» a proposé au-tour d’un défilé trois de ses clientsprometteurs: Toranja Shoes, IjazzWedding et Very Important Portu-guese.A l’approche de la Saint Valentin,l’équipe de «To Paris Communica-tion» nous a fait découvrir son agencesur le thème de l’amour. C’est dansune salle décorée de petits cœurs rou-ges, qu’une vingtaine de curieux a étéaccueilli avec un cocktail, en débutd’après-midi.«To Paris Communication» c’est larencontre de six jeunes étudiantes pa-risiennes d’origines différentes: laFrance, le Congo, l’Inde, l’Algérie, laMartinique et… le Portugal. JuliaZaepfel, Chef de projet, Marion Zou-babela, Responsable des relations pu-bliques, Tiffany Annoussamy, Chargéede clientèle, Lilas Seba, Responsabledigital, Salomé Branchet, Chef de pro-jet événementiel et finalement Laeti-

tia Gonçalves, Directrice artistique.«Nous sommes actuellement en3ème année de Communication etnous devions, dans le cadre de nosétudes en alternance, réaliser un pro-jet, et très vite cela nous est apparuévident de nous rassembler autourd’une passion commune: la mode etsurtout on voulait aider les jeunescréateurs venus d’ailleurs souhaitantfaire leurs débuts dans la capitalefrançaise», explique en début de con-férence, Laetitia Gonçalves.Conscientes que Paris est la capitalede la mode et que c’est difficile pour

les jeunes inexpérimentés de s’instal-ler dans le marché, «To Paris Commu-nication» propose dans un premiertemps des services non rémunérésafin d’acquérir le maximum d’expé-rience nécessaire pour conquérir lemarché de la communication de lamode. «C’est un projet étudiant qui adémarré au mois d’octobre et qu’onespère se concrétisera par la suite etqui sait nous permettra d’en vivre.Cela nous tient à cœur, nous sommestrès motivées, avons toutes beaucoupd’énergie et consacrons beaucoup detemps à cette activité», confie la

jeune lusodescendante.Chacune se servant de ses origines, desa langue maternelle et bien sûr deson réseau de contacts, apporte ainsisa valeur ajoutée, elles espèrent vitese faire connaître et s’imposer commedes vraies professionnelles. «Je suisd’origine portugaise, je parle très bienle portugais, mes parents sont deBraga, sont arrivés en 1992, justeavant ma naissance, j’y vais tous lesans au Portugal, voir ma famille, meressourcer au soleil», rajoute LaetitiaGonçalves avec une pointe de nostal-gie.Du haut de ses 22 ans, Laetitia Tei-xeira Gonçalves est une vraie passion-née, souriante, bosseuse et jolie enplus, définit par ses collègues commeune vraie pile électrique. «Je n’arrêtepas, je veux tout donner, je suis raviedu retour et de la confiance des créa-teurs, notamment portugais dont on apu découvrir leurs créations au-jourd’hui, Humberto Alves de ToranjaShoes et Franck Costet de la marquestreet wear, Very Important Portu-guese».Présentes sur les réseaux sociaux,elles travaillent maintenant sur lacréation de leur site internet afin demieux se rapprocher des clients et dese faire connaître plus facilement.

Une agence créée par des jeunes étudiantes

Par Clara Teixeira

Portugal Fashion: criadores lusos em ParisAs propostas para o próximooutono/inverno de criadores portu-gueses que desfilam no Portugal Fas-hion chegam às passerelles deMadrid, Londres e Paris num roteiroque começou na segunda-feira pas-sada e dura até 11 de março, antesda edição nacional.Em antecipação à agência Lusa, a or-ganização do Portugal Fashion - res-ponsabilidade da AssociaçãoNacional de Jovens Empresários(ANJE) - anunciou a passagem pelas

semanas internacionais de moda àsquais vai levar as criações de conhe-cidos designers nacionais, nomesemergentes e jovens criadores doBloom (plataforma de lançamento denovos talentos).A semana de moda de Madrid esco-lheu Portugal como país convidado eacolhe os desfiles de Miguel Vieira,Anabela Baldaque e Júlio Torcato.Em Londres, o Portugal Fashion dáespaço aos jovens designers, promo-vendo um desfile e uma instalação.

Um ano depois, Daniela Barros eJoão Melo Costa voltam a apresentaros seus coordenados na plataformaFashion Scout, um evento dedicadoà caça de novos talentos. O Interna-cional Fashion Showcase recebe denovo a participação de nomes portu-gueses, estando a cargo de CarlaPontes, Hugo Costa, João MeloCosta, Mafalda Fonseca e da marcaKlar a representação nesta instala-ção.Depois de Espanha e da Inglaterra,

mas antes da edição nacional do Por-tugal Fashion - que decorre em Lis-boa e no Porto entre 24 e 28 demarço - há tempo ainda para umapassagem em Paris, onde a semanada moda decorre até dia 11 demarço.De acordo com o Presidente da Dire-ção da ANJE, João Rafael Koehler,este “é o terceiro ano consecutivoque o Portugal Fashion inclui no seuroteiro internacional três capitais eu-ropeias, neste caso três importantes

le 11 février 2015

Restaurante Vitória: ponto de encontro português em Brive-la-Gaillarde

O restaurante Vitória, aberto desdeagosto de 2011, tem-se caracterizadopor ser um ponto de encontro da Co-munidade portuguesa de Brive-la-Gaillarde, encontro entre gentes eencontro com a tradicional cozinhaportuguesa.Os seus proprietários, Maria José eJoão Miguel, originários da zona deGuimarães, em Portugal, já possuíamalguma experiência na área da restau-ração, pois já eram proprietários deum café-snack bar em terras lusas.Quando surgiu a oportunidade deabrir este espaço em terras francesas,os dois empreendedores, com deter-minação e garra, não hesitaram e lan-çaram-se neste desafio bastante

recompensador, sem olhar para trás.Quando entramos neste espaço, em

Brive-la-Gaillarde, temos a sensaçãode conforto, carinho e arte de bem re-

ceber como só os Portugueses sabemacolher.Com uma equipa de 8 funcionários,servem almoços todos os dias da se-mana e jantares entre quinta-feira edomingo. Podemos degustar um Ba-calhau na brasa, um Bacalhau re-cheado ou um Bacalhau à Zé do Pipo,bem como um Cabrito e uma Vitela,bem ao gosto dos Portugueses.Situado numa das principais artériasda bonita cidade de Brive-la-Gaillarde,na avenue Alsace-Lorraine, o restau-rante Vitória, aguarda a visita de Por-tugueses e não só.“Que bem se está no Vitória”, dizemcarinhosamente os clientes mais as-síduos, esperando que mantenhampor longos anos este “local de encon-tros” em Brive-la-Gaillarde.

Por André Jorge Leite

Les créatrices de l’agenceLusoJornal / Clara Teixeira

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Ensino 11

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Língua portuguesa promovida na Expolangues

Como habitualmente, a língua portu-guesa esteve presente no Salão Expo-langues que decorreu de 5 a 7 defevereiro, no pavilhão 4.1 do Parquede exposições de Paris-Porte de Ver-sailles.Quanto mais as culturas se entrela-çam mais os indivíduos e nomeada-mente os jovens necessitam dedominar várias línguas. A diversidadelinguística no Salão Expolangues atraipessoas de vários horizontes, a come-çar pelos professores, estudantes eprofissionais à procura de novidadese de informação.Do lado lusófono, o Brasil estava bemrepresentado por 3 instituições: “Idio-mas Rio”, vinda diretamente do Brasilpela primeira vez; “Alter’Brasilis”, ins-talada em Paris, e a associação Bião,já bem conhecida no seio da Comu-nidade brasileira. Quanto ao Portu-guês norma europeia, estavarepresentado pelo Instituto Camões, aCoordenação do Ensino e a associaçãoADEPBA.Lamartine Bião Oberg, Presidente daassociação Bião, fiel expositor da Ex-polangues, confessou que o Salão temconhecido uma quebra de visitantes.“É pena porque é a única oportuni-dade que temos de encontrar profes-sores da nossa língua materna e de

encontrar outras escolas que fazemoutros tipos de ensino, com novas me-todologias, e isso é interessante”.Contudo reconhece que há um pú-blico diverso de várias faixas etárias,“pessoas das Antilhas que têm muitointeresse pela cultura brasileira e no-tamos um interesse dos jovens quequerem tentar a vida no Brasil e pes-soas que querem viajar e aprender umpouco a língua”.Por seu lado, a Coordenadora do En-sino de português em França, Ade-

laide Cristóvão, insistiu sobre a impor-tância da presença da Língua portu-guesa na Expolangues. “O Camões -Instituto da Cooperação e da Línguatem como objetivo a promoção da lín-gua e cultura no estrangeiro, partici-pamos quase desde o início, já fomospaís de honra convidado”. Muitos sãoaqueles que se dirigem ao stand paraobter informações variadas sobre o en-sino. “Temos muitos estudantes queprocuram conselhos na sua orientaçãoou que procuram equivalências. A

ideia é termos capacidade de respostaa todas as perguntas”. Porém, a Coor-denadora evocou uma dimensão dife-rente do Salão, “outrora na Porte dela Villette era reputado e atraía muitomais gente. Julgo que o espaço queera um lugar de encontro e de procurade novidades do mais avançado quese fazia em termos didáticos e novastecnologias, agora faz-se muito atra-vés da internet”, apontou ao LusoJor-nal.O Camões-Instituto da Cooperação eda Língua, propõe aulas de Portuguêsno Ensino Primário, quer como LVE,quer como LCO. No Ensino Secundá-rio, no colégio e liceu - da responsa-bilidade do Ministério da EducaçãoFrancesa -, ou ainda nas Secções In-ternacionais Portuguesas. O Camõesapoia também o ensino do Portuguêsem 17 Universidades francesas atra-vés de um leitor ou docente e da pro-moção das atividades culturais “assimcomo cursos de Português Língua Es-trangeira (PLE) e cursos de PortuguêsLíngua Segunda”.“Este ano na Expolangues, o Camõesnão propôs aulas de português, porfalta de meios. “Porém, a vertentebrasileira bem presente e ativa, orga-nizou aulas e encontros, de modo quea língua portuguesa estava, de qual-quer modo, bem representada”, con-cluiu Adelaide Cristóvão.

Com stands de Portugal e do Brasil

Por Clara Teixeira

Conférence de Adelaide Cristóvão à BrunoyLe samedi 7 février, à l’initiative del’Amitié Franco-Portugaise du Vald’Yerres (91), une conférence de Ade-laide Cristóvão, Coordinatrice de l’en-seignement du portugais en France, arassemblé dans la plus grande diversitédes amoureux du Portugal de la langueportugaise, des parents d’élèves, desprésidents d’associations (l’AGRAFr,l’ADEPBA, l’Association franco-portu-gaise de Boissy Saint Lèger, l’Associa-tion franco-portugaise de Brunoy, leComité de jumelage de Brunoy,…),mais aussi des enseignants de portu-gais de tous niveaux, une Directriced’école de Brunoy, des élus, notam-ment le Maire de Brunoy, Bruno Gallier,et le Député portugais Carlos Gon-çalves.Adelaide Cristóvão a affirmé avecconviction tous les enjeux de cettelangue, appuyée par l’exposition du po-tentiel économique de la langue portu-gaise. Elle a, par ailleurs, expliquécomment et où apprendre le portugais.De nombreux témoignages sont venusillustrer cet exposé: l’AGRAFr, Associa-tion des diplômés portugais de France,représentée par Sylvia Fernandes, a ex-primé combien de lusophones ont desresponsabilités importantes au-jourd’hui dans diverses entreprises.Lucie Palmeira, d’ADEPBA, professeurde portugais au Lycée Talma, a corro-boré ce message en citant le parcoursde nombreux anciens élèves.Des parents d’élèves ont dit leur bon-heur que leurs enfants puissent accé-der à cette langue et bénéficier d’unecontinuité de cet enseignement au col-

lège et au lycée, à Brunoy, encore unedes trop rares villes à offrir cette oppor-tunité.Mais une mobilisation réelle de diffé-rents partenaires, soutenue par la Pré-sidente de l’association Amitié FrancoPortugaise, Marie-Hélène Euvrard, en-couragée par Adelaide Cristóvão, per-met d’espérer.«Grâce aux actions menées en collabo-ration avec la Coordination de l’ensei-gnement, avec des parents d’élèves,des associations et des élus - Maires etDéputés - aujourd’hui nous pouvons af-firmer que des ouvertures se feront pro-chainement, comme par exemplel’ouverture d’une classe bi-langue auCollège Bellevue, à Crosne-Yerres, dèsseptembre 2015. Il y a également unprojet d’ouverture de cours de portu-gais au Lycée Rosa Parks, à Montge-ron, en septembre 2016» expliqueMarie-Hélène Euvrard au LusoJornal.«Mais l’assemblée a bien conscienceque cette veille, cette mobilisation, doitêtre permanente et sera couronnée de

succès si et seulement nous agissonsensemble».Parmi les chantiers ouverts actuelle-ment, il y a une forte implicationd’Adeline Sauvage et tous les parentsd’élèves de portugais, qui sollicitent lacontinuité au Collège de Boissy SaintLèger, celle de Cristela El Bejaoui,avec les parents d’élèves de Roissy-en-Brie, là encore pour une continuitéau Collège. On note également un be-soin exprimé pour une continuité auCollège Saint Pierre de Brunoy.Le Député Carlos Gonçalves, égale-ment présent, a affirmé son soutien àcette initiative. Il a exprimé aussi lesdifficultés parfois pour faire avancercertains dossiers, en réponse entreautre à l’interpellation de Lucie Pal-meira au sujet des ouvertures depostes au CAPES, mentionnant uncourrier envoyé par l’ADEPBA au Mi-nistère de l’Education Nationale fran-çaise, publié d’ailleurs dans ladernière édition de LusoJornal.Carlos Conçalves a souligné «l’ur-

gence que chacun d’entre nous inter-pelle aussi les élus de France, les ins-titutions, pour que nous réussissionsensemble».Après trois heures d’échanges trèsdenses, passionnants, la Présidentede l’association a remercié tous lesparticipants et a souligné «l’investis-sement exceptionnel» de AdelaideCristóvão.L’assemblée est repartie convaincue,enthousiaste, bien décidée à veiller àla distribution et à la réponse des en-quêtes dans les écoles primaires dèsà présent, informer les parentsd’élèves sur la nécessité de confirmerl’inscription sur le site de la Coordina-tion et à inciter les associations à jouerpleinement leur rôle de partenairepour que le Portugais soit pleinementreconnu comme une langue interna-tionale.«A quand les assises régionales ou na-tionales de la promotion de la langueportugaise?» se demande Marie-Hé-lène Euvrard.

Une assemblée très intéressée et très participative

le 11 février 2015

Francisco de Lacerda: Ou laFragueira, ouParis!

Francisco de Lacerda, musicologue,compositeur et maestro portugais, aété nommé membre du jury de l’Ex-position Universelle 1990, à Paris.Francisco de Lacerda est né auxAçores en 1869, dans une familledes plus anciennes, descendants dela vieille aristocratie péninsulaire.Étant un passionné de musique de-puis l’âge de 4 ans, il fait des étudessecondaires aux Açores et ensuite àPorto pour initier des études de mé-decine, comme son frère José (mé-decin, poète et politique). MaisFrancisco de Lacerda a abandonnéles études médicales pour se dévouerexclusivement à la musique. En plusde son œuvre extraordinaire commecompositeur, il a eu une notoriété in-ternational, ayant été chef d’orchestreau Portugal, en Suisse et en France.En 1895, ayant obtenu une boursede l’État portugais il est venu à Parisoù il a été élève d’Émile Pessard,Bourgault-Ducoudray et Charles-Marie Widor et influencé par Fauré,Ravel, Poulenc et Dukas.En 1987, Vincent d’Indy séduit parses qualités de maestro, l’a choisitpour le remplacer et Francisco de La-cerda a ainsi, en 1900, fait sa pre-mière apparition en public commechef d’orchestre. Succès immédiatqui lui a ouvert les portes d’une car-rière parmi les meilleurs Orchestresd’Europe.Nommé membre du jury et repré-sentant du Portugal à l’ExpositionUniverselle de 1900, à Paris, Direc-teur des concerts du Casino de LaBaule, Directeur des GrandsConcerts de Marseille, est obligé deretourner aux Açores, à Fragueira,pour des raisons de santé, là où il acommencé à dire: «Ou Fragueira ouParis», pour citer les deux endroitsqu’il aimait le plus.Déçu par la façon comme il a étéreçu au Portugal, il est revenu enFrance, renouvelant une carrière deChef d’orchestre à Paris, Marseille,Nantes, Toulouse et Angers, de 1925à 1928, année où il a du rentrer à Lis-boa, atteint de tuberculose.Francisco de Lacerda fut un symboledu nationalisme musical européen dela transition du XIXème au XXèmesiècles.

Affinités

Maria FernandaPinto

Historiques

Stand do Instituto Camões na ExpolanguesLusoJornal / Clara Teixeira

Adelaide Cristóvão à Brunoy samedi dernierDR

Page 12: Parlamento aprovou nova Lei do Conselho das Comunidades · Na edição da semana passada, o texto sobre o jantar de convívio dos animadores do programa “A Voz de Portugal” na

12 Cultura

lusojornal.com

Daniel Bastos apresentou “Terra” em ParisNo passado sábado, dia 7 de fevereiro,o escritor português Daniel Bastosapresentou o seu mais recente livro depoesia “Terra” em Paris.A obra com chancela da Editora Con-verso, uma edição bilingue, em Portu-guês e em Francês, com tradução dodocente Paulo Teixeira, e que contacom ilustrações do artista plástico Or-lando Pompeu e prefácio do fotógrafo,poeta e pintor Gérald Bloncourt, foiapresentada pelo jornalista Carlos Pe-reira, Diretor do LusoJornal.No decurso da sessão de apresentaçãono LusoFolie’s, no chamado “Viadutodas artes”, Carlos Pereira assinalou opercurso literário de Daniel Bastos nocampo da História, salientando queesta incursão do autor natural de Fafena poesia, tal como nos seus anterio-res livros de caráter histórico, revelauma estreita ligação às suas raízes queo prendem à terra, a Portugal e às Co-munidades portuguesas espalhadaspelos quatro cantos do mundo.“Daniel Bastos tem 35 anos, mas tem

já uma vasta obra publicada, essen-cialmente no domínio da história, eessencialmente na história relacio-nada com Fafe” disse Carlos Pereira.“Mas para além da licenciatura emHistória pela Universidade de Évora,tem também uma licenciatura emTeologia e uma pós graduação emÉtica e Filosofia Política. Nada que

deixasse prever um livro de poesia”.Carlos Pereira destacou também a li-gação de Orlando Pompeu, um artistaplástico de Cepães, a aldeia do con-celho de Fafe onde também nasceuDaniel Bastos, com Paris.Por seu lado, o escritor minhoto, agra-deceu a receção calorosa por parte daComunidade emigrante, em particular

do promotor cultural do Lusofolies,João Heitor, um homem das letras,dos livros, e da lusofonia, e de ParcidioPeixoto, Conselheiro das Comunida-des Portuguesas em França, assegu-rou que “a poesia é sinónimo deliberdade, de cultura e de solidarie-dade”, e que nesse sentido a apresen-tação do livro em Paris era tambémuma homenagem às vítimas dos re-centes ataques terroristas em França,“assim como de reconhecimento pelotrabalho dos nossos emigrantes naconstrução de pontes entre povos eculturas”.Durante a sessão, Daniel Bastos anun-ciou já uma próxima obra que está atrabalhar com o fotógrafo francês Gé-rald Bloncourt, que irá abordar a his-tória da emigração portuguesa paraFrança entre 1954 e 1974. Vai tercerca de 150 fotografias do fotógrafoque fotografou os emigrantes portu-gueses dos anos 50 e 60, algumasinéditas, mas também textos de aná-lise da autoria de Daniel Bastos.

Historiador e escritor de Fafe apresentou livro de poesia no LusoFolie’s

“Estrangeira a mim mesma” de Léa Ferreira

Léa Ferreira é uma jovem autora deexpressão portuguesa que acaba depublicar o seu primeiro romance, “Es-trangeira a mim mesma”. Atualmenteprofessora de português na Universi-dade de Pádua, em Itália, Léa Ferreiranasceu em França e é filha de paisportugueses emigrados nos anos 70.Cresceu na região de Paris, mas a vidalevou-a a Portugal onde se pode licen-ciar em línguas. Uma realidade naqual se inspirou fortemente para es-crever a história de Sophie da SilvaPereira, a personagem principal doseu primeiro livro.Em conversa com o LusoJornal, LéaFerreira conta que a “Sophie é umajovem de 27 anos que está numa faseimportante da sua vida em que vãoacontecer várias mudanças e com issose vai confrontar com a sua ferida desempre que é o facto de não perceberexatamente quem é, nem o seu lugarna sociedade, nem a sua identidade”.No fundo este é um livro que conta os

problemas, questões ou receios dequem vive numa dupla cultura talcomo viveu a autora. “Inspirei-mebastante no meu percurso pessoalmas depois acrescentei muita coisa.Criei uma personagem que é muitoparecida comigo pelo seu percurso,mas é uma personagem criada, nãosou eu!”

O livro é um relato na primeira pessoade Sophie, uma rapariga que tem di-ficuldades em lidar com as suas ori-gens. Portuguesa nascida em França,vai estudar para Portugal mas regressaa França mais tarde para procurar tra-balho no sul do país. No seu relatolemos com humor as passagens sobre“o mau gosto dos anos 80”, as “via-gens de calor no início de agosto, numMercedes” ou “a proliferação dasamericanices televisivas que procria-ram Dylans e Kellys por todo o lado”.Uma realidade com a qual a autora re-conhece que nem é fácil crescer.Ao LusoJornal contou que a sua his-tória não se reflete na maioria masque há muita gente que se pode iden-tificar com o que escreveu. “Quandose vive uma dupla cultura, quando vi-vemos num certo país, mas em casatemos uma cultura diferente, acaba-mos sempre por estar à procura dequem somos. Acredito que uma boaparte não pára para pensar nisso, maspenso que há sempre um conflito...”E acrescenta que esse é um caminho

que cada um tem de fazer. “Claro quehá sempre mais valias que se tiramdesse conflito: ganhamos um olhar di-ferente, quer sobre a cultura de ori-gem, quer sobre o país onde estamos.Há uma riqueza na dupla cultura, masacho que há um percurso a fazer, umcaminho, até tomarmos consciênciadisso”, contou Léa Ferreira ao Luso-Jornal.Este livro é um romance integral-mente em português com 176 pági-nas que está disponível na internetnos sites Amazon e KOBO desde fi-nais de janeiro. Por enquanto aindanão há edição em papel sendo essetambém um dos objetivos de Léa Fer-reira com a sua auto publicação: “Pu-blicar algo que escrevemos é sempremuito profundo. No entanto, nestemomento, publiquei porque gostavaque se lesse, gostava de partilhar isso,e conhecer as experiências daquiloque cada um sente...” Para sabermais sobre a autora e este livro ligue-se ao site https://estrangeiraamim-mesma.wordpress.com

A autora optou pela auto publicação do romance na internet

Por Ana Catarina Alberto

le 11 février 2015

“Nous retourne-rons sur le Tage”,d’Alia Pinto Falgueiras

Par lamanièredont leschapitresde cer o m a nsont orga-nisés, parla qualitéde lal a n g u efrançaiseet par la

diversité des questions qu’il soulève,parallèlement à l’histoire d’amourcomplexe qui le traverse, «Nous re-tournerons sur le Tage» (Villèle édi-tions, 2014), deuxième livre d’AliaPinto Falgueiras, se situe parmi lesromans les mieux réussis des au-teurs d’origine portugaise vivant enFrance. Née à Benlhevai (Trás-os-Montes), arrivée dans la région deTours en 1963, à l’âge de 8 ans, AliaPinto Falgueiras aborde ici aussi lethème obsessionnel du «retour auxsources», qu’elle évoquait déjà dansson premier livre, un récit autobio-graphique intitulé «Quand le Portu-gal m’appelle» (2009).Mais, le présent ouvrage n’est pasautobiographique, même si des élé-ments de l’itinéraire personnel del’auteur sont présents dans les cinqchapitres qui le composent. Extrê-mement bien élaboré, le person-nage fort de ce roman est Solange.En effet, entre le premier chapitre(où Ludovic, son fils, jeune avocattourangeau, veut connaître la véritésur sa mère) et le dernier chapitre(où il décide de retourner au Portu-gal sur les pas de Solange et de Joa-quim, son père), l’essentiel de ceroman est consacré à Solange,Française de mère belge, dont la viea basculé après un accident de voi-ture. Séparée de Joaquim, préma-turément cloitrée dans unerésidence pour seniors, vivant surun fauteuil roulant, Solange écrit sesmémoires. Et c’est à travers ces mé-moires, qui s’intègrent dans le livrecomme une longue analepse, un re-tour en arrière, que Ludovic va dé-couvrir la vraie histoire de sesparents. Alia Pinto Falgueiras metsur le compte de «l’émigration malvécue», de «la différence des cul-tures» et de «l’importance du retouraux sources» les ruptures et lesdrames qui surgissent au cours deson roman.On pourra débattre sur ces points devue le samedi 28 février, au café-lit-téraire «Lusofolie’s», à Paris, où AliaPinto Falgueiras sera présente pourune rencontre autour de son livre.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Galeria Sonnabendem LisboaO Museu Arpad-Szenes Vieira daSilva, em Lisboa, inaugurou umaexposição com 49 obras da histó-rica Galeria Sonnabend, em Paris.Na mostra, intitulada “Sonnabend.Paris-New York”, patente até 3 demaio, vão estar representados 15artistas: Andy Warhol, Roy Lich-tenstein, George Segal, Michelan-gelo Pistoletto, RobertRauscenberg, John Chamberlain,Robert Watts, Claes Oldenburg,Tom Wesselmann, James Rosen-quist, Jim Dine, Mario Schifano,

Arman, Jasper Johns e Larry Bell.O galerista António Homem, nas-cido em Lisboa, em 1939, curadordesta exposição, começou a traba-lhar com a Sonnabend, em Paris,em setembro de 1968. Residenteem Nova Iorque desde 1989, diri-giu a Galeria Sonnabend junta-mente com a colecionadora IleanaSonnabend até à morte desta, em2007, data em que herdou a Gale-ria e a coleção, com Nina Sundell,filha do primeiro casamento deIleana.

Pintor Bernard Frizeem Lisboa O pintor francês Bernard Frize vaiexpor obras em Portugal, pela pri-meira vez, apresentando, no Centrode Arte Moderna (CAM) da Gulben-kian, em Lisboa, a partir de 13 defevereiro, trabalhos produzidos nasduas últimas décadas.“Isto é uma ponte” é o título da ex-posição que o Centro de Arte Mo-derna da Fundação CalousteGulbenkian vai apresentar até 31de maio. Bernard Frize, 65 anos, mostranesta exposição pinturas produzi-

das durante a segunda metade dasua carreira, ao longo de duas dé-cadas.Nascido em Saint Mandé e a viverentre Paris e Berlim, Bernard Frizecomeçou a ganhar notoriedadecom as séries de pinturas “Allover”, realizadas em 1977, reali-zando, dois anos depois, a primeiraexposição individual na Galerie Lu-cien Durand, em Paris. Desdeentão, tem exposto em cidadescomo Roma, Londres, Nova Iorquee Paris, entre outras.

Apresentação do livro no LusoFolie’sLusoJornal / Mário Cantarinha

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13

emsíntese

Cultura

Livro de gastrono-mia distinguido emFrança

O livro “Comer em Évora”, do fotógrafoJerónimo Heitor Coelho, dedicado àgastronomia e restauração da cidade,foi distinguido pela Academia Interna-cional de Gastronomia, cuja Assem-bleia geral se reuniu em Paris, com oPrémio de Literatura Gastronómica.

Nova obra de JeanMeckert em português

A editora Antígona vai publicar, estemês, um novo romance de Jean Mec-kert, “Somos todos assassinos”, numatradução de Luís Leitão. O romance,originalmente editado em 1952, foi“escrito a partir do guião do filme ho-mónimo de André Cayatte e CharlesSpaak, e centra-se em René Le Guen,membro da Resistência durante a ocu-pação nazi de França, que, acusadode homicídios no pós-guerra, foi con-denado à pena de morte, só abolidaem França em 1981”.

Alice Machado prepara ensaio sobre Verlaine

A escritora Alice Machado, radicadaem Paris, acaba de editar em Portugalo livro “Os sonhos de Rafael”. EmFrança editou recentemente “EntreAube et crépuscule”, um ensaio sobreCharles Baudelaire.Natural de Cubo, no distrito de VilaReal, terra onde situou o seu primeiroromance “La Vallée des Héros” AliceMachado prepara atualmente um novoensaio sobre o poeta Paul Verlaine.

LusoJornal: O que procura quando es-creve?Alice Machado: Dar alma às palavras.Tentar partilhar com os leitores as mi-nhas alegrias, os meus pontos de vistasobre o mundo - o claro/escuro daminha existência. No fundo, dar algode mim, sentir que estou menos sóneste mundo.

LusoJornal: É uma consequência dealgum desajuste com o mundo, muitorecorrente nos artistas?Alice Machado: Sim. Por vezes tenhoa impressão que não sou “daqui”.

LusoJornal: Do que mais gosta de es-crever nos seus livros?Alice Machado: A intimidade das mi-nhas personagens, a sua fragilidade.Um género de “fraqueza mental”, quepoderíamos definir como um dramapsicológico, sem no entanto ser mór-bida, nem deixar cair o leitor dentro de

um vazio.

LusoJornal: Qual o escritor que maisinfluenciou a sua escrita?Alice Machado: Um pouco de todos.Tenho o hábito de dizer que “somos oque lemos”. Depois fazemos a nossamistura. Se nomeasse todos, saturavacertamente o jornal (risos).

LusoJornal: Com quem mais gostou dese ter cruzado?Alice Machado:Também são muitos osnomes. José Saramago, Urbano Rodri-gues, Eduardo Lourenço ou Daniel deLacerda são alguns dos muitos nomescom quem tive a alegria imensa de meter encontrado.

LusoJornal: Para quem escreve os seuslivros?

Alice Machado: Para todos os meus lei-tores. Não sou elitista. Considero queum livro é algo que entra em sua casa,entra na intimidade, provocando em sialgo de diferente. Uma companhia.

LusoJornal: Qual é o papel de um es-critor numa Comunidade emigrante?Alice Machado: Não sei ao certo. Mascreio que deve dar a conhecer a nossahistória, os nossos costumes e ambi-ções ao país que nos acolhe. Daí ter es-crito ao longo da minha carreira emfrancês.

LusoJornal: Vive do que publica?Alice Machado: Tento, mas não é fácil.Mas o meu objetivo de vida é de divul-gar a nossa cultura, a nossa história emFrança. Falo deste país, porque moroaqui também. Farei de tudo para levar

Portugal a brilhar em todos os cantosdo mundo, como fizeram os nossos an-tepassados. Essa sim, é a minha e anossa maior riqueza.

LusoJornal: Algum tema que jamaisescreveria?Alice Machado: Penso que não! Hásempre um lado por onde se podepegar!

LusoJornal: Que leituras lhe deu maisprazer?Alice Machado: Eu diria que ler umbom livro é sempre um prazer e um so-frimento. Há tantos... mas talvez “Let-tre au Greco” de Nikos Kazantzakis ou“Immoraliste” de Gide.

LusoJornal: Por quais dificuldades pas-sou para publicar o seu primeiro livro?Alice Machado: É o caminho da cruz,sobretudo quando se desconhece omeio. Foram “nãos” atrás de “nãos”,até que um dia recebi o tão desejado“sim”.

LusoJornal: Que palavras gostava de di-rigir àqueles que querem lançar o seuprimeiro livro?Alice Machado:Não gosto muito de darconselhos, visto que cada um tem oseu funcionamento próprio. Contudo,aconselharia a seguir a tradição literá-ria, seguindo um editor tradicional comuma boa distribuição.

http://alicemachado.com/

Procuro “dar alma às palavras”

Por Ricardo Vieira

le 11 février 2015

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14 Cultura

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Conférence sur Luandino Vieira au CentreUniversitaire Clignancourt

Le choix de la date de cette confé-rence, qui a eu lieu le 4 février dernierau Centre Universitaire Clignancourt,à Paris, n’était pas anodin, car le 4 fé-vrier 1961 marquait le début de lalutte armée anticoloniale en Angola.Or, Domingos Xavier, l’un des person-nages principaux de la nouvelle «Avida verdadeira de Domingos Xavier»,est un ouvrier angolais, noir, arrêté surun chantier et emprisonné à Luanda,où il mourra sous la torture, devenantainsi une figure emblématique de larésistance au colonialisme.Organisée par Maria-Benedita Basto,Professeur de portugais à l’UFRd’Études Ibériques et Latino-améri-caines (Sorbonne-Paris IV), cetteConférence était présentée par Daniel-Henri Pageaux, professeur émérite àl’Université Sorbonne Nouvelle-Paris3, spécialiste en Littérature françaiseet comparée, auteur de nombreux tra-vaux sur le monde ibérique, latino-américain et africain. L’assistanceétait constituée essentiellement d’étu-diants inscrits en portugais.José Luandino Vieira est né au Portu-gal en 1935 et s’est installé en Angolaavec ses parents dès l’âge de 3 ans.Après une enfance passée dans les«musseques» (quartiers populaires deLuanda), il a été condamné en 1961à quatorze ans de prison pour avoirsoutenu le Mouvement Populaire deLibération de l’Angola (MPLA) et pouravoir eu des «activités subversives». Ilest alors déporté au camp de Tarrafal(Cap Vert), où il écrit une grande par-tie de son œuvre.Lauréat du prix Camões en 2006(qu’il a refusé), souvent comparé à

Mia Couto ou à Guimarães Rosa pourson travail de réinvention d’une écri-ture littéraire, en l’occurrence lalangue portugaise parlée dans les«musseques», fortement infléchie parle quimbundo, Luandino Vieira estl’auteur de très nombreux contes,nouvelles et romans. La plupart de ceslivres ont été traduits en français.Précisément, Daniel-Henri Pageauxsouligne dès le début de sa confé-rence que «A vida verdadeira de Do-mingos Xavier», récit fondateur de lalittérature angolaise, a d’abord été pu-blié en français («La vraie vie de Do-mingos Xavier», éd. PrésenceAfricaine, Paris, 1971, traduction deMário de Andrade et Chantal Tiber-ghien), avant même la version origi-nale, parue en 1974, à Lisboa, auxEd. Setenta.Pour Daniel-Henri Pageaux, «ce trèsbeau récit pose, dans son titre, unproblème d’interprétation au lecteur:que veut dire ‘vida verdadeira’? Cettefausse redondance oblige d’emblée le

lecteur à en dégager un sens».Écrit en 1961, peu de temps aprèsl’arrestation de son auteur, cette fic-tion anticolonialiste a tout d’abord cir-culé sous le manteau. En 1972,rappelle aussi Daniel-Henri Pageaux,ce texte a fait l’objet d’un film docu-mentaire, de Sarah Maldoror, sous letitre de «Sambizanga», primé deuxfois.«A vida verdadeira de Domingos Xa-vier» contient deux dimensions: anti-colonialiste et esthétique. Il s’agitd’un récit faussement simple, quipourrait être l’histoire d’un fait diversdans un «musseque», mais qui enréalité fait apparaître un double fondde personnages et d’arguments.Outre Domingos Xavier, il y a aussil’histoire de sa compagne, Maria, quide village en village part à la re-cherche de son compagnon, jusqu’àla prison de Luanda où elle apprendrasa mort tragique. Au cours de salongue marche, entre espoir et déses-poir, elle prendra conscience que son

rôle de compagne et de mère s’enri-chit au contact des frères d’armes deson «homme». À la fin du roman, ex-plique Daniel-Henri Pageaux, sonchagrin crée une sorte de transfigura-tion tragique. Les femmes qui vien-nent la consoler constituent unvéritable chœur, comme dans le théâ-tre antique.Un mot est souvent prononcé par ceuxqui souffrent de la répression et du ra-cisme: «irmãos». Chaque personnagede ce roman est un maillon de résis-tance coloniale. Tel Mussanda, le tail-leur, qui vit quelques péripéties avantde connaître le nom de celui qui a étéarrêté.Le dernier chapitre de cette nouvelle,avec son dénouement joyeux, estconçu comme un décor de théâtre. Ily a ici une rupture totale de style et deton: c’est la «farra» (la fête). Dans uneambiance de musique angolaise, ac-compagnée de rythmes cubains etbrésiliens, on annonce la mort de Do-mingos Xavier à tous les présents, ycompris au personnage blanc de l’his-toire: «Mes frères, il n’y a pas de noirs,il n’y a pas de lutte de races mais declasses». Et Mussanda donne la ré-ponse à la question posée dès le titredu récit: «Domingos Xavier est mortparce qu’il n’a pas donné le nom deses frères. Sa vraie vie commencemaintenant, car avec sa mort c’estune vie symboliquement politique quicommence».À la fin de la Conférence, un échangetrès riche eut lieu entre le conférencieret l’assistance, à travers de multiplesquestions portant aussi bien sur lestyle et le langage de Luandino Vieira,que sur le sens de son œuvre en gé-néral.

Un récit fondateur: “A vida verdadeira de Domingos Xavier”

Par Dominique Stoenesco

emsíntese

Concerto deEduardo BaltarSoares e TiagoCassola Marquesem Poitiers

A dupla de guitarristas, formadapor Eduardo Baltar Soares e TiagoCassola Marques participou nopassado dia 4 de fevereiro, nos“Encontros Literários” da Univer-sidade de Poitiers, com um con-certo ao fim da tarde. O duocoloca os instrumentos ao serviçode uma articulação entre o reper-tório clássico e o popular. O con-certo “Espelhos” quer-se comouma expressão de uma culturaportuguesa sem tempo nem es-paço.Tiago Cassola Marques é professorde guitarra no Conservatório deMúsica do Porto desde 2010 e naEscola Profissional de Música deEspinho. Diplomado em guitarrapelo Conservatório Superior deMúsica de Salamanca, estudousob a direção de Hugo Geller. Foibolseiro em 2005 no Conservato-rio di Musica di Perugia, na Itália.Iniciou os seus estudos no Conser-vatório de Música de Aveiro, e pos-teriormente no ConservatórioNacional de Lisboa. Tocou em im-portantes salas nacionais. Fundacom Eduardo Baltar Soares o Bal-tar Cassola Guitar Duo, desenvol-vendo variados projetos artísticose uma intensa agenda de concer-tos em Portugal, Espanha ouFrança. Toca ainda frequente-mente a solo.Quanto a Eduardo Baltar Soares,guitarrista diplomado pelo Conser-vatório Superior de Música de Sa-lamanca, licenciado em Históriapela Universidade do Porto e mes-trando na Universidade do Minho,une no currículo colaborações in-ternacionais com músicos e outrosartistas, realizando investigações,oficinas e apresentações interdis-ciplinares em todo a Europa. Fun-dou com Tiago Cassola o B.C.G.D.mantendo uma considerável ativi-dade concertística, divulgando amúsica portuguesa para duas gui-tarras. Juntamente com o brasi-leiro Fernando Chaib (percussão),mantêm o projeto “Rio de Janeiro1920”. Com considerável expe-riência docente em Portugal e Es-panha, leciona atualmente naAcademia de Música José Atalayae na Escola Profissional de Músicade Espinho.Organizado pelo Instituto Camões,o concerto do duo foi bastanteaplaudido pelos presentes e re-gressará brevemente a Françapara outros momentos de partilha.

Por Clara Teixeira

le 11 février 2015

Rencontre des acteurs culturels, sportifs etéconomiques portugais de RomainvilleLe samedi 7 février, en fin d’aprèsmidi, les collaborateurs de la banqueCaixa Geral de Depósitos de Romain-ville, après la fermeture au public,ont accueilli des personnalités d’ori-gine portugaise qui sont acteurs dansla ville de Romainville.Déjà à la mi-novembre 2014, sur in-vitation de Fernando Lourenço, élude Romainville (93), un groupe delusodescendants, acteurs dans diverssegments d’activités de la ville, sesont réunis en Mairie. Cette rencon-tre fut considérée «très enrichis-sante» et, d’un commun accord, il aété convenu de renouveler cette ex-périence en début d’année 2015.Etaient présents samedi dernierJorge da Costa, Champion du mondede Boxe Thaï, prix d’autant plus mé-rité qu’il a été obtenu à Pattaya. Fortde ce titre, il dirige le plus grand clubde Boxe Thaï de Seine Saint Denis,justement à Romainville, qui compteplus de 200 adhérents. Etaient pré-sent également Carlos Ferreira, Vice-Président de Football Club de

Romainville, qui compte plus de 400adhérents, Carine Goncalves de l’AJRAssociation Jeunes Romainville, lajuriste et romancière Altina Ribeiro,membre co-fondatrice de la Sociétédes Auteurs Lusophones de France(SALF) et qui a écrit un livre sur la

Ville de Romainville, Nicole Lopes,DRH, Maria Afonso, Agent immobi-lier ORPI, Alcino Afonso, promoteurimmobilier, Amilcar Matias, journa-liste/chroniqueur et caméraman/réa-lisateur, Humberto Alves, créateur dela marque de chaussures Toranja, la

comédienne Hélène Foubert, Jorgeda Silva, dirigeant de la boulange-rie/pâtisserie L’Atelier des Artistes,primée pour les meilleures baguettesdu département 93 (sur 40 com-munes de Seine St Denis) et à cetitre a été reçu le 15 janvier dernierà Matignon, par le Premier Ministre.La Mairie de Romainville était égale-ment représentée dans la réunion parStéphane Weisselberg, Maire adjointen charge de la culture et du déve-loppement durable et Fernando Lou-renço, Conseiller municipal déléguéà la démocratie locale et à la citoyen-neté.Cette nouvelle rencontre fut l’occa-sion de se souhaiter les vœux pourcette nouvelle année 2015 au tourd’un apéritif composé d’une dégus-tation de produits Portugais, salés etsucrés, élaborés par Prim’land, unmagasin de produits portugais à Ro-mainville, ainsi que déguster la tra-ditionnelle Galette des rois et un BoloRei, élaboré par la L’Atelier des Ar-tistes.

Dans l’agence de la banque CGD

Conférence au Centre Universitaire ClignancourtLusoJornal / Dominique Stoenesco

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Cultura 15

lusojornal.com

Simone de Oliveira vai cantar na final do Lusartist

No próximo dia 14 de fevereiro, oDôme de Mutzig recebe a final da se-gunda edição do concurso Lusartist.Um espetáculo onde vão atuar os dezcantores finalistas mas também ou-tros artistas bem conhecidos da Co-munidade como Dan Inger dosSantos, o humorista José Cruz e a in-contornável Simone de Oliveira quesobe ao palco acompanhada do pia-nista Nuno Feist.Este é um concurso que procura dara conhecer novos talentos da lusofo-nia, numa iniciativa criada com oapoio da Associação Cultural Portu-guesa de Strasbourg e com o intuitode permitir aos concorrentes a possi-bilidade de entrarem no mundo pro-fissional da música.José Figueiras repete a experiência doano passado na apresentação da finalem parceria com a fadista Shina. Emconversa com o LusoJornal o anima-dor da SIC relembra que, no ano pas-sado, este foi um “evento que sedestacou pela diferença e pela quali-dade. Nota-se que há uma grandetriagem inicial que faz com que o con-curso atinja um nível de qualidademuito interessante. E tudo o queaconteceu na primeira edição foi umexcelente pontapé de saída para aspróximas edições... O Lusartist é umdaqueles casos que, se continuar a terpernas para andar, pode um dia vir aganhar o interesse das televisões emPortugal...”Exatamente no sentido de imprimirmais qualidade ao concurso, Shina,uma das criadoras do evento, contouao LusoJornal que “na pré-seleção ojúri concentrou-se essencialmente navoz e na afinação para apurarem osdez finalistas”. Contudo a fadista su-

blinha que o mais importante nestafase já não é ganhar: “O mais impor-tante para os candidatos é este dia in-teiro que vão passar connosco e ondevão poder encontrar outras pessoas,entrar no meio e darem-se a conhecerao nosso júri”. No fundo o dia da finaldo Lusartist “funciona quase comoum estágio acelerado de vida artís-tica!”, contou ao LusoJornal.A escolha do júri foi por isso um dosdetalhes mais importantes para a or-ganização, exatamente para propor-cionar algo mais aos concorrentes que

não ganham o prémio final. “Escolhe-mos personalidades do meio musicalprofissional como a representante deuma editora, uma diretora artística,um artista de renome, representantesda imprensa e uma booker que é apessoa que vende concertos a produ-tores e que consegue avaliar o poten-cial de palco de cada concorrente”.O júri deste ano é assim presidido porSimone de Oliveira, que vai atuar naabertura do espetáculo, e compostopor Rodolfo Salvado, Diretor da edi-tora que vai editar o disco do futuro

vencedor, Alexandre Cardoso que é daorganização e que será o Diretor artís-tico desse álbum, Célia Costa, Bookerda empresa Sons de Encanto, NoémieRamos, Diretora de comunicação doBanque BCP, o apresentador VítorSantos da Rádio Alfa, Rui Gaspar dobomdia.lu, Carlos Pereira, Diretor doLusoJornal e Mafalda Vilela, represen-tante da Associação Cultural Portu-guesa de Strasbourg.Voz de referência em Portugal, Si-mone de Oliveira confessa não gostarmuito do papel de júri: “Não é nadaconfortável, nunca gostei de ser júride nada, mas farei o melhor com omaior coração e a minha maior since-ridade”, contou em entrevista por te-lefone ao LusoJornal. Antes de sentarna mesa dos jurados, a cantora vaiabrir o espetáculo acompanhada porNuno Feist: “Estou muito entusias-mada para ir! Mas, por estranho quepossa parecer estou cheia de nervos!Vou estar acompanhada do grandepianista Nuno Feist e vamos fazer onosso melhor e cantar aquilo que aspessoas quiserem que eu cante, atéporque não sei muito bem se o pú-blico conhece bem o meu reportó-rio...” Ainda assim demonstra que éuma alegria vir cantar para os Portu-gueses em França: “Há quem digaque sou uma patriota mas é a verdadeé que eu gosto muito do meu país etenho o maior respeito e a maior ad-miração pelas pessoas que foram parafora de Portugal pela simples razão deque eu não sei se seria capaz de fazero mesmo!”Aproveita ainda para deixar uma men-sagem aos finalistas: “Que não fi-quem muito nervosos, que subam aopalco com sinceridade e verdade eque cantem o melhor que sabem eque podem!”

O espetáculo vai ser apresentado por José Figueiras e Shina

Por Ana Catarina Alberto

Três noites de Fado na região de Lyon

Nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro, o Fadoesteve presente na região de Lyon ede Saint Etienne. No dia 5, a Univer-sidade Jean Monet organizou a suaNoite de Fado, seguida no dia 6 pelaAssociação Cultural Portuguesa deSaint Etienne e no sábado dia 7, oInstituto de Língua e Cultura Portu-guesa (ILCP), em Lyon, concluiu estadigressão dos fadistas Alexandra Gui-marães e Emídio Rodrigues, acompa-nhados à guitarra portuguesa porMiguel Amaral e à viola por PauloFerreira de Carvalho. Em Lyon, foi nopalco do Liceu Bellevue que os fadis-tas encantaram um público francêse português presente na sala, que osaplaudiram fortemente.“Com a passagem destes cantorespela nossa região, não podíamos dei-xar passar esta oportunidade de or-ganizamos para os nossos alunos epara a Comunidade portuguesa emgeral, este espetáculo de fado aquina cidade de Lyon. O resultado finalfoi muito positivo, e o ILCP agradece

a presença de todos” explicou ao Lu-soJornal Tristan Frejanville, o Presi-dente do ILCP. “Participámos nestaparceria com a Universidade de SaintEtienne e com a ACPSE para a vindadestes artistas e agradecemos atodos os que nos ajudaram para que

este espetáculo de fado fosse umafeliz realidade”.A Fadista Alexandra Guimarães co-meçou bem cedo a interpretar fado,mas foi a sua participação no musi-cal “Amália” de Filipe La Féria, como elenco do Porto, que decidiu de-

senvolver esta área musical aos 27anos. Com uma formação jornalísticae de produtora, Alexandra Guimarãesestá agora mais virada para o fado ejá tem um trabalho gravado, que es-tará à venda dentro de alguns meses.Alexandra Guimarães é do Porto, masé por todo o país que tem conquis-tado o seu público. Uma belíssimavoz para o Fado e uma linda presençaem palco.Por seu lado, Emídio Rodrigues estáno fado há cerca de oito anos. Nopassado deu voz a bandas musicaisque animavam espetáculos na regiãodo Porto, mas hoje trabalha essen-cialmente na área do Fado. Um se-gundo álbum de Fado tradicionalestá pronto para sair no mercado,com interpretações que fez duranteestes 8 últimos anos.Emídio Rodrigues e Alexandra Gui-marães são amigos, e é a segundavez que passam pela região RhôneAlpes. Deixaram mais uma boa re-cordação no público desta regiãoque visivelmente gosta de ouvircantar o Fado.

Com Alexandra Guimarães e Emídio Rodrigues

Por Jorge Campos

le 11 février 2015

O Som da semana

Noëmi Waysfeld &Blik - Alfama(AWZ records)

Antes de mais, falemos do objeto.Belíssimo artwork, num packagingelegante, com a tradução das letrasem 3 línguas.Depois o conteúdo. “Alfama” é umpunhado de fados escolhidos a dedo,cantados... em iídiche.Noëmi Waysfeld quis interpretar ofado na sua “língua emocional”, de-pois de se ter apaixonado pelo cantoportuguês, Património Imaterial daHumanidade.Noëmi e o seu grupo Blik («olhar»,em iídiche) transportam imagenscarregadas de emoção e de história,sem cair em clichés nem facilitismos.Desconstroem e personalizam o re-pertório, de forma sensível e inteli-gente, estabelecendo pontes entre asculturas.Nascida em França, com costelarussa e judaica, a artista gosta de co-meçar os concertos a improvisarsobre textos de Pessoa.Noëmi partiu de uma intuição musi-cal forte, e da admiração nutrida porAmália Rodrigues e pela complexi-dade da tão indizível saudade.“Libertação” de David Mourão-Fer-reira, é o tema de abertura, numa in-terpretação sentida. Segue o clássico“Estranha forma de vida”, compostopor Marceneiro para a diva Amália.Contrabaixo, trompete e acordeãonum desassossego ritmicamenteperfeito.Que se fale de saudade, de “nostal-gia” russa ou polaca, o fio condutoré a potência simbólica do canto, avencer o drama, numa esperançacega.Surge “Alfama”, primeiro entoadonum português exótico, envoltonuma voz suave e profunda. O acor-deão serpenteia o tema e prenda-noscom um solo de belo efeito. Pelaboca da artista, apetecia até ouvirmais uns versos na língua de Ary dosSantos.Destaque ainda para “Amália”, comlamentos eficazes de alaúde, e aindao respeito pela obra intemporal.“Maria Lisboa” permite a Noëmi dia-logar em português com o acordeãode Thierry Bretonnet.Aqui está mais uma prova de que ofado toca dentro e fora de portas.

Patrick Caseiro

Alexandra Guimarães e Emídio Rodrigues em LyonLusoJornal / Jorge Campos

Isabelle Rozenbaum

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16 Associações

L’association Les Copains d’Hugo a aidé deuxCentres d’accueil pour enfants au Portugal

Une fois de plus, une équipe de l’as-sociation Les Copains d’Hugo s’estrendue au Portugal le week-end der-nier pour accomplir sa mission: aiderles centres d’accueil pour enfants.Cette année, conformément aux en-gagements pris lors du Gala 2014 del’association, les actions se sont por-tées sur deux centres, à Santarém etPeniche.Le Centres d’accueil de Santarém ac-cueille 24 enfants âgés de 3 à 18 ans,dont la moitié sont des adolescents,dans une ancienne maison bourgeoisedu 19° siècle, appartenant à SantaCasa da Misericórdia. Le Centre dePéniche accueille 13 enfants, âgés de2 à 17 ans dans deux appartementsréunis, avec peu de confort et exigus,sans jardin, dans un quartier défavo-risé de la ville.C’est chargés de cadeaux que Les Co-pains d’Hugo sont allés rencontrer lesenfants du Centre de Santarém dirigépar Ana Pedro. L’équipe a beaucouptravaillé vendredi pour réunir les com-mandes et finir les achats. «Le samedimatin, les enfants étaient là pour lesrecevoir avec leurs yeux écarquillés etbrillants» disent les dirigeants de l’as-sociation. Après la distribution des

bonbons, fournitures scolaires et pei-gnoirs, les enfants ont mis la main àla pâte pour aider à décharger et ins-taller meubles, couettes, tapis et ma-tériel vers les salles de jeux du Centre.Chez les ados, un long bureau, 3 or-dinateurs, une PS4, une nouvelle té-lévision plus grande, 3 nouveauxcanapés, 2 fauteuils et un tapis pren-nent place dans la salle que l’associa-tion avait faite repeindre récemment.Chez les petits, l’ambiance est eupho-rique: dans leur salle de jeux, il a étéinstallé un grand meuble de range-ment, une télévision, des canapés etfauteuils verts anis et oranges, debelles couleurs ensoleillées parfaite-ment accordées aux murs peints dedessins du Roi Lion.Au Centre de Péniche, l’arrivée desmembres de Les Copains d’Hugo avecles énormes paniers surprise a déclen-ché chez les enfants une excitation re-tenue, mais pour peu de temps. Eneffet, ils se sont rapidement sentis enconfiance et ont découvert bonbons,Nutella, jeux de société, fournituresscolaire et nécessaires de toilette.Néanmoins, le vrai besoin de ce Cen-tre est un véhicule pour assurer lesdéplacements quotidiens (école, acti-

vités, courses,…). C’est donc un véhi-cule Wolkswagen, flambant neuf quel’équipe leur a remis.Il y a 2 ans, la Directrice du Centre,Cláudia Inglês, a fait un appel auxdons dans le but d’acheter ce véhi-cule. En moins de 6 mois, Les Co-pains d’Hugo ont rendu cela possible.Ses économies pourront donc être uti-lisées pour d’autres projets.A Santarém, une petite chaîne hifi adéclenché une mini boom! Les Co-pains d’Hugo ont lâché les outils etont dansé avec les enfants et les édu-catrices. L’ambiance était festive et jo-viale. Les ados, plus distants etnonchalants au début de la journée,se sont ouverts à l’équipe au fur et àmesure de l’aménagement de leursalle de détente et ont pris consciencede l’effort fourni par les soutiens del’association.Les Copains d’Hugo ont partagé unrepas avec tous les enfants, momentd’échange considéré chaleureux. «Ilsuffit de quelques instants pour queces enfants se sentent proches et queleurs petites mains prennent les nô-tres sans plus les lâcher» disent les di-rigeants de l’association.La journée s’est achevée par une prise

de parole de l’équipe d’encadrement,des adolescents, des enfants. Lesadolescents en particulier, ont remer-cié Les Copains d’Hugo à leur façonen leur faisant part de leur étonne-ment quant à cette générosité sansfrontière, venue à eux, «un bel exem-ple de solidarité que nous garderonsen mémoire toute notre vie».A Péniche, une cérémonie a été orga-nisée par Jofre Pereira, Directeur duCentre culturel et de solidarité local,pour la remise du véhicule. Etait éga-lement présent le Prêtre Pedro qui abéni le véhicule. Ensuite, Marisa Pe-reira, psychologue du Centre, avaitpréparé des chansons et des dansesavec les enfants, qu’ils ont interprétésau son de sa guitare. Ce moment departage s’est poursuivi autour de la fa-meuse «Caldeirada de Peniche» pré-parée par les employées du Centre.Ont tenus à être présents Ana Silva,Nuno Batalha et le Prêtre Moisés,Responsables du Centre de Nazaré,que l’association a aidé l’année der-nière. L’ambiance était détendue etencore une fois il y avait toujours unenfant sur les genoux ou dans les brasdes responsables de l’association LesCopains d’Hugo.

Avec remise de meubles, matériel divers et même une voiture

lusojornal.com

Festa de Carnaval emChaville

A Associação Cultural dos Portugue-ses de Chaville (92) festejou o seuCarnaval com um jantar e baile nosábado passado, à noite, na SalaHuguette Fradet, naquela cidadedos arredores de Paris.Foi um momento agradável e festivoque reuniu todas as idades. Se-gundo Amândio do Carmo, Presi-dente da associação, havia muitagente e viu-se obrigado a recusarmuitas pessoas. “Os lugares esgo-tam-se depressa, já temos o hábitode organizar festas assim, que têmmuito sucesso e as pessoas sabemque o ambiente é sempre bom”, dizao LusoJornal a sorrir.Crianças e mais velhos apresenta-ram-se mascarados, e apreciaram aanimação de Peter Lamego. “Fiqueia conhecer este artista e estamoscontentes com a sua animação.Tentamos diversificar sempre parafugir à monotonia” explica o Presi-dente da coletividade. Peter Lamegoanimou a tarde, sempre acompa-nhado pelo seu órgãoA Associação Cultural dos Portugue-ses de Chaville propõe aulas de por-tuguês. “Apesar de serem poucosalunos, para uma associação já éum ponto positivo, pois queremoscontribuir para a promoção da lín-gua e da cultura portuguesas”.Mas obviamente que a atividade fol-clórica da associação, com o grupo“Borda d’Água” conhece mais dinâ-mica ainda. “Temos muitos jovens etemos atuado bastante na regiãoparisiense” confessa Amândio doCarmo orgulhoso com os membrosdo rancho.No próximo dia 21 de março já estáagendada mais uma festa, seguidauns meses mais tarde por umaNoite de Fado.

emsíntese

Por Mário Cantarinha

Associação Convergência organizou maisum convívio de folclore em Montreuil

A associação Convergência de Mon-treuil (93) organizou no domingo pas-sado o seu Encontro de folclore, naescola Diderot II. Vários grupos foramconvidados a participar, nomeada-mente Rosas de Portugal de Montreuil,Aldeia do Vez de Rosny-sous-Bois,Margens do Lima de Choisy-le-Roi,Cantares de Noisy-le-Grand e o Grupode Concertinas Convergência da asso-ciação organizadora.“É um convívio entre amigos, travam-se muitos conhecimentos, torna-se ummomento agradável. São 30 anos devida associativa, 30 anos de encontrosde festividades, de visitas pelo país”dizem os dirigentes da coletividade. A

sala encheu depressa e os membros jáestão a trabalhar nos próximos eventos.“Regularmente reunimo-nos aquineste mesmo espaço, já temos outradata importante para o dia 7 de junho,com folclore e outras animações”, ex-plicou ao LusoJornal Lurdes Loureiro,uma das responsáveis da associação.A associação Convergência tem regu-larmente reunido os seus membros àvolta de eventos diversos. “Organiza-mos uma viagem a Lurdes, no âmbitodo fim de semana da Pentecostes. Asaída está prevista para dia 22 de maioe o regresso será no dia 25 depois dopequeno-almoço. Será como habitual-mente uma viagem interessante eacessível a todos”, concluiu LurdesLoureiro.

Por Joaquim Pereira

le 11 février 2015

LJ / Mário Cantarinha

LusoJornal / Joaquim Pereira

Equipe de l’association Les Copains d’Hugo au PortugalDR

Voiture offerte par l’association Les Copains d’HugoDR

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17Associações

emsíntese

Assemblée géné-rale de l’Associa-tion d’Aide aux Familles d’Immi-grés Portugais Décédés enFrance

L’Association d’Aide aux Famillesd’Immigrés Portugais Décédés enFrance (AAFIPDF) s’est réunie enAssemblée générale annuelle le 1février dernier, à Créteil, Présidéepar Armando Cunha.L’AAFIPDF, créée en 1982, a pourobjectif d’aider les familles portu-gaises - conjoints et enfants - lorsdes funérailles des membres enFrance et au Portugal. L’associa-tion compte 373 adhérents actifs.L’année dernière, en 2014, 7 fa-milles ont bénéficié de l’aide del’association à hauteur de 3.200euros par famille.Les enfants des membres associésde plus 18 ans, qui poursuiventleurs études, sont couverts parl’association. La cotisation an-nuelle est de 60 euros.Cette Assemblée générale s’estachevée autour d’un cocktail réu-nissant l’ensemble des membreset adhérents. La Banque BCP, par-tenaire de l’Association depuis1990, était représentée par plu-sieurs collaborateurs. L’AAFIPEFest soutenue depuis 15 ans par laBanque BCP.

Confraternização da Ronda Típica de ChaletteO grupo de folclore Ronda Típica deChalette-sur-Loing, que este ano ce-lebra 35 anos de atividade, levou aefeito no passado dia 7 de fevereiro,o seu primeiro jantar de confraterni-zação anual. Mais de 300 pessoasestiveram presentes no recinto daMaison des Associations posto à dis-posição pelo Maire local, Franck De-maumont.A Ronda Típica constitui um dos gru-pos mais representativos do folclorenacional em França, contando cercade 40 pares ativos, dos seis aos oi-tenta anos, constituindo mesmo doisgrupos, um de jovens ao lado dogrupo principal.Há pouco mais de um ano foi eleitoum novo Presidente da Ronda Mi-nhota, o jovem Gregory David, de 24anos, estudante de Direito na Univer-sidade de Orléans e reservista naGendarmerie Nationale Française.Filho de pais franceses, é tambémdançarino no grupo principal, tendointegrado a Ronda Típica com aidade de 6 anos. O seu dinamismo ea sua dedicação ao grupo desde asua mais tenra idade mereceram atotal aceitação como novo Presi-dente.A Ronda Típica está no Facebook eno Twiter, a juventude e as novas tec-nologias conjugam-se com tradição.

O grupo goza de uma autonomia fi-nanceira e administrativa e faz parteintegrante da Association des Portu-gais du Gatinais, dirigida por ManuelTorres, onde igualmente coexistem,na área desportiva, duas equipas defutebol, cujo Presidente é Filipe Ro-drigues.Na presença do Cônsul Honorário dePortugal em Orléans, José de Paiva,e do Presidente da Associação dos

Portugueses do Gatinais, o Presi-dente Gregory David, numa brevealocução, fez jus em agradecer a todaa equipa da Ronda Típica os esforçose empenho postos na boa execuçãodas tarefas, com palavras de muitoapreço para todos, salientando certosmembros da Direção como o Tesou-reiro Alexandre Pereira, o Vice-Presi-dente Cesário Pinto e a SecretáriaCyntia Teixeira, mas sobretudo tendo

chamado e oferecido ramos de floresa todas as cozinheiras que durantetodo o dia prepararam o excelentejantar. Na assistência encontrava-seainda Mário Tavares, Conselheiro mu-nicipal de nacionalidade portuguesa.A animação musical esteve a cargode DJ Djmajistik, que complementouas atuações dos grupos de jovens ede seniores da Ronda Típica, a quemfoi rendida a justa homenagem.

Cônsul Honorário de Orléans em Chalette-sur-Loing

Almoço convívio na Associação CulturalRecreativa de Santo António FC Bercy

A Associação cultural e recreativa deSanto António, em Paris 12, realizouno dia 1 de fevereiro, uma jornada deconvívio à volta de um almoço tipi-camente português, onde a Feijoadafoi degustada em ambiente festivo.Esta associação existe desde de1980 e tem como atual PresidenteAntónio Ribeiro, natural de Fafe, queassumiu o cargo em 1998.Extremamente dinâmico, António Ri-beiro faz questão de realizar no pri-meiro domingo de cada mês umalmoço convívio cuja ementa é Fei-joada ou Arroz de cabidela. A confe-ção destes almoços fica a cargo deIsaura Ribeiro e Alzira Ribeiro, cozi-nheiras de “mão cheia” e com ta-

lento culinário nato.Ao longo dos anos, o Presidentedesta associação tem procurado di-namizar e levar a cabo uma série deatividades lúdicas e com muita por-tugalidade. Exemplo desta dinâmica,são as excursões e os Festivais fol-clóricos que organizam diversasvezes por ano, ou onde participa,tendo a próxima saída já data mar-cada para dia 8 de março, em Mo-rangis.Todos estes eventos são marcadospela boa disposição e alegria tipica-mente portuguesa.

ACRSA – FC BercyCentre João da Gama53/55 rue François Truffaut75012 Paris

Por Isabel Pereira e Paula Martins

le 11 février 2015

Comunicado do Centre Culturel et Récréatifdes Portugais de Plaisir (CCRPP)A Casa de Portugal de Plaisir ex-pressa o seu mais profundo agrade-cimento a todos aqueles que nostransmitiram as suas condolênciaspelo falecimento da nossa Dignís-sima Presidente Odília de Figuei-redo.Foi com especial carinho e apreçoque, num momento de extremopesar para esta associação, recebe-

mos palavras de sincera estima, re-conhecimento, respeito e eterna sau-dade pela Sra. De Figueiredo. Atodos os sócios, amigos, associações,anónimos e às mais variadas perso-nalidades, que em nome próprio e/oudas instituições que representam,nos enviaram palavras de consolo - onosso muito obrigado.Aproveitamos para anunciar junto de

todos aqueles que tiverem interessa-dos em participar, que irá realizar-seno próximo dia 15 de fevereiro, naigreja St. Pierre em Plaisir, pelas10h30, uma missa de mês em me-mória de Odília Figueiredo.A Direção da Casa de Portugal dePlaisir informa também que tomou adecisão de suspender toda a progra-mação da associação do primeiro se-

mestre em respeito à memória danossa Presidente e irá, desde já, co-meçar a preparar a sua sucessãobem como uma homenagem a reali-zar-se no segundo semestre de2015, altura em que se retomarão asatividades da Casa de Portugal dePlaisir.

A Direção do CCRPP

Casa de Portugal em Plaisir

Presidente António Ribeiro, ao centroDR

Manuel Torres, Gregory David e José de PaivaDR

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18 Desporto

lusojornal.com

Tour de chauffe avant le grand choc

Le Sporting Club de Paris retrouvaitsamedi dernier sa Coupe Nationale.Vainqueur à quatre reprise de celle-ci, les Parisiens étaient sortis préma-turément de la compétition lors de lasaison passée.Visant le doublé Championnat-CoupeNationale, les Parisiens avaient àcœur de réussir son entrée en scène.Face à un adversaire d’un calibre in-férieur (le petit poucet de la compé-tition), les verts et blancs del’entraineur le plus titré de l’histoiredu futsal français, Rodolphe Lopes,ont tout simplement signé le cartonde ces 32ème de finale.Sur un score sans appel de 16-0, le

Sporting Club de Paris valide son bil-let pour le tour suivant et s’est pré-paré de la meilleure des manières aumatch de la prochaine journée deChampionnat.Samedi 14 février, le Sporting Clubde Paris se déplacera dans le nord dela France pour un match qui est toutsimplement l’un des grands chocs decette saison. Les Sportinguistas af-fronteront Douai qui a ravi la place deleader au Sporting après que ce der-nier fut exempté de match lors de laprécédente journée. Un match àenjeu donc, pour les Champions deFrance qui ne pourront viser qu’unevictoire pour retrouver leur fauteuil deleader du Championnat et rétablir lahiérarchie.

Futsal: Sporting Club de Paris

Par Rudy Matias

Le Sporting Futsal d’Albi et le 7-2 fatal

Après sa brillante qualification pourles 32ème de finale de la Coupe deFrance, le Sporting Futsal d’Albi areçu les hauts garonnais du Saint-LysOlympique et les deux équipes n’ontpu se départager, 4-4, pour le comptede la 13ème journée du Champion-nat d’Honneur Midi-Pyrénées. Lesvert et blanc tarnais qui occupent la8ème place au classement avaientdéjà la tête ailleurs, menés 3-1 aubout de 10 minutes de jeu, ils ont duse battre comme des lions pour arra-cher le nul face à une équipe qui lestalonne à la 9ème place.Pour recevoir, le samedi 7 février, leUJS Toulouse, en Coupe de France,la Mairie d’Albi à mis à la disposition

de l’Association Sportive et Culturellede Portugais d’Albi son plus beaugymnase, salle omnisports de haut ni-veau, faisant partie du Complexesportif du Stadium d’Albi, où à lamême heure se jouait la rencontre derugby Pro D2 entre le Sporting ClubAlbigeois (qui n’a rien a voir avec lesassociations portugaises) et Mont-de-Marsan.Le public, entièrement rendu à lacause Sportinguista, chauffait leGymnase du COSEC dont les cou-leurs des tribunes sont vertes - ironiedu sort. Les rouges venus de Toulousen’avaient pas l’intention d’êtres vic-times d’un exploit, ils ignoraient sans

doute qu’au Portugal, trois heuresplus tard, il y avait un autre match deFutsal, qui mettait face à face le Ben-fica et le Sporting. Un autre monde!Les hommes du Président AntónioPereira avaient la foi, les musulmansplus nombreux que les chrétiens,avaient une prière commune: «ForçaSporting».Et le match? Il a eu lieu! Et dès le dé-part il était évident que de la maîtrisecollective des toulousains sortirait lefruit de leurs entrailles. Ouverture dela marque par l’UJS, suivie par l’éga-lisation du Sporting moins d’une mi-nute après, l’instinct de survie quinous mène à la tombe.

Le nul 1-1 à la mi-temps, laissait en-trevoir une seconde période âprementdisputée. Loin s’en faut. En dix mi-nutes l’UJS à mis les pendules àl’heure - 5-1 - et le penalty transformépar Mustapha Dakhlaoui, déjà auteurde l’égalisation, n’a fait qu’aggraverla marque.En ce jour du 7 février, le SportingFutsal d’Albi en a voulu faire honneur,y compris de faire payer l’entrée pourune valeur de 2 euros au collabora-teur du LusoJornal. Il a payé, il a étéremboursé, et il a versé 2 euros auxbonnes ouvres d’une association sansbut lucratif mais dont les bénéficessont toujours bons a prendre!

32ème de finale de la Coupe de France de Futsal

Par Manuel André

le 11 février 2015

João Sousa falha final de Montpellier

O tenista português João Sousa, 49ºdo ‘ranking’ mundial, falhou no sá-bado o apuramento para a final doTorneio ATP250 de Montpellier, aocair nas meias-finais face ao polacoJerzy Janowicz.Depois de sexta-feira ter afastado oalemão Philippe Kohlschreiber, 23ºda hierarquia, João Sousa foi derro-tado pelo 44º em três ‘sets’, pelosparciais de 6-7 (9-11), 6-3 e 1-6,em uma hora e 52 minutos.João Sousa não entrou bem no en-contro e sofreu um ‘break’ logo noquarto jogo, chegando a estar a per-der por 4-1, mas conseguiu quebraro serviço do polaco ao nono e levouo encontro para o ‘tie-break’.Num desempate muito equilibrado,o tenista luso chegou a ter um pontopara ganhar o parcial, com 8-7, noserviço de Janowicz, mas o polacosalvou-o e acabou por se impor por11-9, já depois de o português sal-var três ‘set points’.Apesar do desaire, João Sousa res-pondeu da melhor forma, ao venceros primeiros três jogos do segundoparcial e chegar a 5-1. O polacoainda reduziu para 5-3, mas o 49ºda hierarquia fechou o ‘set’ por 6-3,com o seu serviço.O último parcial também não tevegrande história, com Janowicz achegar igualmente a 3-0 e a vencerpor 6-1, qualificando-se para a final.João Sousa não chegava tão longenum Torneio do circuito ATP desdesetembro do ano passado, quandoalcançou a final de outra prova fran-cesa, em Metz.

Atletismo: Portugueses no Meeting de Mondeville

Três atletas portugueses competi-ram no fim de semana passado nomeeting de Mondeville, em França:a atleta portuguesa Carla Tavares foisexta na final B de 60 metros, com7,57 segundos, depois de fazer7,55 na eliminatória, Edi Maia foiquarto no salto com vara, com 5,35metros e Marcos Chuva foi sétimono salto em comprimento, com7,26 metros, numa prova em quefez quatro nulos e não concluiu umoutro salto.

emsíntese

Longwy: Portugal en segundo na qualificaçãopara o Europeu de pólo aquático femininoEm Longwy, no Norte da França, aSeleção portuguesa feminina depólo aquático terminou no sábadopassado no segundo lugar do GrupoA do primeiro torneio de qualifica-ção para o Europeu de 2016, aovencer a Suíça por 27-4 (4-2, 9-2,7-0 e 7-0).Na terceira e última ronda da“poule”, disputada na cidade fran-cesa de Longwy, a Seleção lusaimpôs-se facilmente, com os golos

de Ana Rita Pereira (1), MarianaSarmento (3), Inês Nunes (2), AnaRute Estorninho (5), Fátima Airosa(3), Elisabete Matos (3), Aurelie Ma-riani (1), Susana Costa (3) e InêsBraga (6).A Seleção portuguesa tinha perdidocom a França, por 18-7 (2-2, 6-0,4-3, 6-2), na segunda jornada doGrupo A. Mariana Sarmento (3),Inês Nunes (2), Aurelie Mariani (1)e Inês Braga (1) marcaram os golos

das Portuguesas, mas não impedi-ram o triunfo da França.A Seleção portuguesa venceu a Tur-quia por 14-7, no primeiro jogo emFrança. Os golos portugueses foramapontados por Ana Rita Pereira (1),Mariana Sarmento (1), Inês Nunes(4), Elisabete Matos (2), Aurelie Ma-riani (1), Inês Braga (4) e Naida Ma-riani (1).A França venceu o Grupo A, comnove pontos, mais três do que Por-

tugal, enquanto Turquia e Suíça fi-caram no terceiro e quarto lugares,com três e zero pontos, respetiva-mente.Os pontos conquistados neste pri-meiro torneio de qualificação transi-tam para o segundo torneio, adisputar em outubro e que qualificaos três primeiros de cada agrupa-mento para a fase final do Europeude 2016, que vai ser disputado emBelgrado, na Sérvia.

Sporting Futsal d’Albi 2-7 UJS Toulouse

Sporting Futsal d’Albi: Patrice FatChane, Abdelllatif Zaimi, MustaphaDakhlaoui, Tarek Ben Moussi, NabilMakhloufi, João Moreira, Julien Gar-cia, Abdeslam Boulahfa, Vincent Sa-labert et Mohktos Derri.UJS Toulouse: Orlando Pereira, Sou-fiane Ait Merim, Abderrahman Okba,Michael de Sá Andrade, Outman Ab-delhamind, Abderrahim Okba, Ibra-him Hallak, José Francisco Rios Aldoet Julien Rojo.

SCP

Mustapha Dakhlaoui, entraîneur, joueur, buteurLusoJornal / Manuel André

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20 Desporto

lusojornal.com

emsíntese

Football Féminin /D2: à qui le tour?

La VGA Saint Maur, qui comptedans son effectif l’internationale por-tugaise Mélissa Gomes et la luso-descendante Mélanie Hacard-DeCastro, déroule et a encore exploséles compteurs en battant Bischheimsur le score de 6-0, lors de la 14èmejournée du Championnat françaisde D2.Les Saint Mauriennes occupent lapremière place du groupe A, avec56 points, 13 d’avance sur l’équipequi se positionne à la deuxièmeplace, Hénin-Beaumont. Vende-nheim descend à la troisième place,avec 41 points, après sa défaite 1-0face à Dijon.On peut également noter que laVGA a marqué 71 buts et n’a en-caissé que 5, ayant la meilleure at-taque et la meilleure défense. Pournoter l’écart avec les autres équipes,nous remarquons que Hénin-Beau-mont, la deuxième meilleure atta-que, n’a marqué que 37 buts, laVGA a donc scoré 34 fois de plus (!)Dans le second groupe de cettedeuxième division, qui en comptetrois, Yzeure, de la gardienne et in-ternationale portugaise Patrícia Mo-rais, commande le classement avec50 points, après sa nouvelle victoireface à Orvault sur le score de 5-0.Continuons notre tour des lusodes-cendantes: à la 5ème place, avec34 points, on retrouve Le Mans, deRute Botica et Layla Fernandes, quia battu La Roche-sur-Yon, 3-1. Pourfinir, l’équipe de Mathilde Fernan-des et de Charlotte Fernandes, Vald’Orge, a remporté son 2ème matchface à Tours, sur le score de 5-1,avec un but - le premier de la saison- de Charlotte Fernandes, et occupela 11ème et avant-dernière place dece groupe, avec 23 points.

Marcos Freitas 2° no Top 16 Europeu

O atleta português ao serviço do ASPontoise, Marcos Freitas, terminouna segunda posição no Top 16 Eu-ropeu, que se disputou no Azerbai-jão, até domingo passado.O internacional madeirense nãoconseguiu revalidar o título conquis-tado no ano passado, tendo sidoderrotado na Final por Dimitrij Ovt-charov (Alemanha, nº1 da Europa enº6 do Mundo).Marcos Freitas é o atual 10º da hie-rarquia mundial e obtém automati-camente o apuramento para a Taçado Mundo, a disputar em outubro,na Suécia.

Par Marco Martins

Michaël d’Almeida veut être Champion du Monde

Le cycliste lusodescendant Michaëld’Almeida participera à quatreépreuves lors du Championnat dumonde de cyclisme sur piste qui sedéroulera en France au vélodrome deSaint Quentin-en-Yvelines, du 18 au22 février.Michaël d’Almeida sera présent en«vitesse par équipes» en compagniede Grégory Baugé et de Kevin Sireau.Le cycliste d’origine portugaise seraégalement présent, cette fois-ci enépreuves individuelles, «le kilomètre»,«la vitesse» et «le keirin».

LusoJornal: C’est la première fois quevous ferez ces quatre épreuves enChampionnat du monde?Michaël d’Almeida: Effectivement çasera la première fois que je participe-rai en même temps à ces quatreépreuves lors d’un Championnat dumonde. Lors d’autres compétitions j’aidéjà été convoqué pour ces épreuvesmais j’avais décidé de ne participerqu’à deux ou trois épreuves, mais ja-mais à quatre.

LusoJornal: On peut donc s’attendreà quatre médailles?Michaël d’Almeida: Tout est possibleétant donné mon niveau de forme.Toutefois sur un Championnat dumonde, il y a de la concurrence c’estsûr. Mais mon objectif n’est pas d’ob-tenir quatre médailles, c’est surtoutd’obtenir un titre de Champion dumonde.

LusoJornal: Avez-vous une disciplinequi vous plaît plus que les autres?Michaël d’Almeida: Je n’ai pas vrai-ment de préférence. C’est sûr que jevais tout de même plus me concentrersur les disciplines olympiques, c’est-

à-dire la vitesse par équipes, le keirinet la vitesse individuelle. Quant au ki-lomètre, comme ce n’est pas une dis-cipline olympique, ce n’est plus unepriorité pour moi. En tout cas, lors duChampionnat du monde, les épreuvesvont se dérouler dans l’ordre de mespréférences. Tout d’abord la vitessepar équipes, puis le keirin, qui serasuivi par le kilomètre, et pour finir lavitesse individuelle.

LusoJornal: Que peut-on dire de lapiste de Saint Quentin-en-Yvelines?

Michaël d’Almeida: C’est un très beauvélodrome. C’est le plus beau d’Eu-rope et certainement l’un des plusbeaux du monde. Sur cette piste on aune sensation de vitesse incroyablecar elle est plus large que les autrespistes, 8 mètres contre 7 mètres pourles autres. C’est donc une piste trèsrapide.

LusoJornal: Peut-on dire que vos prin-cipaux adversaires se trouvent enéquipe de France?Michaël d’Almeida: Je pense qu’ils

peuvent venir de n’importe où. J’ai durespect pour tous mes adversaires,qu’ils soient français ou étrangers. Cequi est sûr, c’est que je ne crains per-sonne, car je suis en très bonne formephysique. Mais c’est évident qu’enFrance on a une densité énorme debons coureurs. En tout cas je suis prêtà affronter n’importe quel adversaire.

LusoJornal: Le Portugal va participerpour la première fois à un Champion-nat du monde…Michaël d’Almeida: Le Portugal a destalents. Ivo Oliveira, par exemple, estChampion du monde chez les juniors.Moi, ça me satisfait de voir cet inves-tissement au Portugal, surtout quemaintenant il y a également un trèsbeau vélodrome sur le sol portugais.En tout cas j’espère que le Portugalaura de bons résultats et je serais làpour aider le cycliste qui sera présentlors de la compétition.

LusoJornal: Un petit mot pour attirerle public portugais à la compétition?Michaël d’Almeida: Le vélodrome fait5.000 places donc j’invite les Portu-gais de la région à venir assister àcette compétition. De mon côté, jesais déjà que toute ma famille viendrame soutenir.

On rappelle que le cycliste lusodes-cendant, Michaël d’Almeida, a rem-porté la Médaille d’argent de la vitessepar équipes avec Kévin Sireau et Gré-gory Baugé aux Jeux Olympiques deLondres en 2012. Aux Championnatsdu monde, Michaël d’Almeida a déjàremporté sept Médailles (cinq d’ar-gent et deux de bronze). Pour finir,nous rappellerons également que lelusodescendant a été cinq fois Cham-pion d’Europe et cinq fois Championde France.

Championnat du monde de cyclisme sur piste à Saint Quentin-en-Yvelines

Par Marco Martins

José Mourinho a caminho de Paris

O Treinador português mais conhecidono mundo do futebol atual, José Mou-rinho, estará presente na próxima se-mana em Paris para disputar osoitavos-de-final da Liga dos Cam-peões. O Chelsea volta a encontrar oParis Saint Germain na prova maisprestigiosa do futebol europeu.Na temporada passada, os Inglesesconseguiram apurar-se frente aos Pa-risienses. Recordamos que, num jogoa contar para os quartos-de-final, oPSG tinha derrotado os Londrinos por3-1 no Parque dos Príncipes. Um re-sultado que não agradou ao Técnicoportuguês que aliás foi protagonistade um episódio curioso no fim do en-contro em Paris, não respondendo auma pergunta feita em português,afirmando que não falava a língua deCamões. Um episódio caricato masalgo habitual para o Técnico luso quenão apreciou a derrota do seu clube enão desejando falar uma outra línguaque aquela dos dois clubes presentes,o francês e o inglês.Na segunda mão dos quartos-de-final,

o Chelsea derrotou por 2-0 o ParisSaint Germain com um golo nos últi-mos minutos, e conseguiu apurar-separa as meias-finais.Este ano, o duelo parece equilibradocomo no ano passado, apesar dos Pa-risienses viverem momentos difíceis

no Campeonato francês, ocupando oterceiro lugar atrás do Lyon e do Mar-seille. No entanto, o PSG parece estarmais motivado nos jogos da Liga dosCampeões, visto que esta época jáderrotou o FC Barcelona na fase degrupos por 3-2. Uma proeza notável.

Do lado do Chelsea, o clube lidera -quer dizer domina - o Campeonato in-glês e já vê o título de Campeão cadavez mais próximo.É preciso relembrar que na época pas-sada, a situação era contrária e nãoimpediu a equipa de José Mourinhode alcançar o apuramento.A primeira mão dos oitavos-de-final,PSG-Chelsea, decorre na terça-feira,dia 17 de fevereiro no Parque dosPríncipes. Quanto ao segundo clubefrancês presente nos oitavos-de-final,e que eliminou o Benfica na fase degrupos, o Monaco, defronta os Ingle-ses do Arsenal no dia 25 de fevereiro.O clube monegasco é comandado porum Técnico luso, Leonardo Jardim, econta com três jogadores portugueses:Ricardo Carvalho, João Moutinho eBernardo Silva.De referir por último que nos oitavos-de-final da prova, ainda está presenteum clube português, o FC Porto. Osazuis-e-brancos jogam na quarta-feira,dia 18 de fevereiro, na Suíça, frenteao Basileia, clube helvético que é co-mandado por um Treinador português,Paulo Sousa.

Liga dos Campeões

Por Marco Martins

le 11 février 2015

Michaël d’Almeida prépare le Championnat du monde de cyclisme sur pisteLusoJornal / Duarte Pereira

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21Desporto

Marcos Lopes: «Sinto-me bem e feliz no Lille»

Marcos “Rony” Lopes tem sido opçãoregular do Treinador do Lille, René Gi-rard, quando as lesões não o tramam.Emprestado pelo Manchester City aoLille, o jovem jogador de 19 anos járealizou 17 jogos e apontou dois goloscom a equipa do Norte da França,aliás marcou um golo no passado fimde semana na vitória do Lille por 2-1frente ao Montpellier.Na passada terça-feira, dia 3 de feve-reiro, o Lille foi eliminado pelo ParisSaint Germain nas meias-finais daTaça da Liga, o que deixa a equipacom apenas o Campeonato comocompetição a disputar.Em entrevista ao LusoJornal, MarcosLopes abordou a temporada com oLille, a época do seu clube de cora-ção, o Benfica, e traçou como objetivoestar presente no Campeonato doMundo Sub-20… ou no EuropeuSub-21 com a Seleção Portuguesa.

LusoJornal: O Lille foi eliminado daTaça da Liga mas por um Paris SaintGermain que não é imperial?Marcos Lopes: O Paris Saint Germainé uma grande equipa apesar de nãoter jogado bem nos últimos jogos. OsParisienses vieram aqui e acabarampor ganhar 1-0, mas nós também nãoestivemos ao nosso nível, não criámosmuitas oportunidades para marcar,mas houve períodos em que estive-mos por cima. Eles acabaram por terpoucas oportunidades mas apontaramum golo e levaram a vitória.

LusoJornal: Quais são agora os objeti-vos do clube?Marcos Lopes: Vamos ter de pensarjogo a jogo e vamos tentar acabar namelhor posição possível na classifica-ção, fazendo o máximo de pontos pos-síveis.

LusoJornal: A equipa parece desmo-tivada...Marcos Lopes: É verdade que aequipa não tem passado por um bommomento. Esta época também acabá-mos por ser penalizados porque tive-mos muitos jogadores lesionados. Aépoca passada esta equipa terminou

no terceiro lugar mas não tivemos tan-tos jogos, porque este ano tivemos aLiga dos Campeões, a Liga Europa, ti-vemos Taças e Campeonato, e o nossoplantel não é muito grande. Nestemomento claro que a equipa está umpouco desmoralizada porque perde-mos os últimos jogos. Agora vamos le-vantar a cabeça, seguir em frente etentar ganhar o próximo jogo para ga-nharmos confiança e mais motivação.

LusoJornal: Como foram geridas assuas lesões? Está completamente re-cuperado?

Marcos Lopes: Tenho um sentimentode raiva. Recuperei bem da primeiralesão e achei que estava pronto parajogar, estava a sentir-me muito bem,voltei e acabei por ter novamente umalesão. Na segunda lesão, acabei porficar mais tempo de fora, mas sobre-tudo por prevenção, para ter muitocuidado porque ainda tenho competi-ções muito importantes no verão.Agora sinto-me muito bem, completa-mente recuperado. Estes últimosjogos já disputei quatro, mas tem queser a pouco e pouco para ganharritmo.

LusoJornal: Com estas lesões, acabapor não jogar com regularidade, queera o seu objetivo no início da tempo-rada…Marcos Lopes: Vim para o Lille parajogar mais, é certo, mas com as lesõesnão tem acontecido. Acho que vimdemasiado rápido para aqui depois doverão que tive. Terminei uma compe-tição e vim logo para aqui sem ter umperíodo de férias, acabando por nãoter a devida preparação. Acho que issoacabou por me penalizar. Agora estouaqui e estou preparado para ajudar aminha equipa e conquistar objetivospessoais.

LusoJornal: Pessoas à volta do clubedo Lille afirmam que seria importantecontar com o Marcos na próxima tem-porada, é uma possibilidade?Marcos Lopes: Não sei. Há semprevárias possibilidades. O que é certo éque no fim da temporada tenho de re-gressar ao Manchester City, mas mui-tas coisas podem acontecer. Sinto-mebem aqui, estou feliz, como tambémestou feliz quando jogo com o City.Ainda falta algum tempo, veremos oque vai acontecer.

LusoJornal: Já pensa no Campeonatodo Mundo de Sub-20 com a SeleçãoPortuguesa?Marcos Lopes: Eu posso estar emduas competições [ndr: Campeonatodo Mundo Sub-20 e Campeonato daEuropa Sub-21]. Ainda não sei emqual vou estar. Espero estar pelomenos numa delas. Cabe à FederaçãoPortuguesa decidir. Em qualquer uma

que possa estar, vou dar o meu me-lhor para ajudar a Seleção. A Seleçãode 1995 [ndr: ano de nascimento] fezum grande Europeu e estamos con-fiantes para encarar o Mundial. Setiver de representar os Sub-21, ireiigualmente motivado para ajudar aequipa.

LusoJornal: É uma obrigação para oBenfica conquistar o Campeonato, sa-bendo que já não há competições eu-ropeias nem Taça de Portugal?Marcos Lopes: Eu sou benfiquista,por isso espero sempre que o Benficaganhe. É mais ou menos uma obriga-ção porque o Benfica é um grandeclube que quer sempre ganhar todasas competições que disputa. Este anonão jogaram tão bem, nem tiveramtanta sorte como na temporada pas-sada. Acabaram por ser eliminados daChampions e da Taça de Portugal,mas no Campeonato estão bem eacho que têm uma boa possibilidadede conquistar o Campeonato. Esperoque assim seja.

LusoJornal: O Benfica tem vendidovários jogadores que raramente vesti-ram a camisola da equipa principal emostra que tem uma formação dequalidade, aliás o Marcos tambémsaiu dessa formação…Marcos Lopes: O Benfica é um grandeclube e é difícil jogar na equipa prin-cipal. Infelizmente, mesmo com bonsjogadores na formação, acabam porcomprar jogadores vindos de fora, emvez de aproveitar os jovens da casa.Os jovens da casa acabam por sair eestão em grandes clubes, o Bernardo[ndr: Bernardo Silva] está no Mónaco,o André Gomes no Valência e o IvanCavaleiro no Corunha. Todos os quesaíram, são titulares nas diferentesequipas e estão a fazer ótimas tem-poradas. Isso prova que a formaçãodo Benfica é boa. Era muito bom queo Benfica apostasse mais na forma-ção e espero que comece a fazê-lo.

LusoJornal: Apostar na formação, eem jogadores Portugueses, levatempo. E tempo quer dizer abdicarde alguns objetivos… Seria compli-cado para os adeptos aceitarem?Marcos Lopes: Acho que os adeptosficariam contentes com uma equipacom Portugueses e que possa arreca-dar títulos. Acho até que os adeptosquerem que se aposte mais na forma-ção porque dá para ver que há quali-dade. Se apostarem na formação, osjogadores vão evoluir e vão ser maisvalorizados. Claro que é precisotempo e paciência, porque um jovemjogador não vai entrar na primeiraequipa e arrebatar logo. Um jovem jo-gador tem sempre de ter um tempode adaptação, mas quando essetempo for dado, acho que os jovensportugueses do Benfica têm todo otalento para jogar na equipa princi-pal.

O próximo jogo do Lille é este sábado,frente ao Nice. Um encontro impor-tante visto que o Lille ocupa um preo-cupante 11° lugar com 31 pontos,mais oito que o primeiro clube abaixoda linha de água, o Evian ThononGaillard.

Jogador está emprestado pelo Manchester City

Por Marco Martins

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le 11 février 2015

Marcos Lopes do LilleLusoJornal / Marco Martins

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22 Desporto le 11 février 2015

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Segredos, paraquê?

Lendo com atenção os quatro Evan-gelhos, encontramos vários episódiosem que, após um milagre, Jesus re-comenda silêncio a todos os que opresenciaram e pede que não divul-guem o que aconteceu. É a situaçãoque encontramos no Evangelho dopróximo domingo, dia 15. O texto diz-nos que Jesus curou um leproso eque «advertindo-o severamente,despediu-o com esta ordem: Nãodigas nada a ninguém». Estas pala-vras não podem deixar de nos sur-preender. Há dois mil anos atrás,sanar alguém da lepra era quasecomo ressuscitar um morto! O mila-gre realizado por Jesus é uma provaextraordinária, quase irrefutável, dasua potência e divindade. Então, por-quê pedir discrição e silêncio? Nãoteria tido muitos mais seguidores seestes milagres tivessem sido explora-dos e publicitados ao máximo? Por-quê todo este segredo?Podemos dizer que se trata de umaquestão de prudência e honestidade:Jesus Cristo não quer iludir o povo.Na Palestina ocupada pelo ImpérioRomano, a “febre messiânica” assu-mia contornos profundamente políti-cos e nacionalistas. Jesus sabe queo seu messianismo não passa porum trono conquistado com a ajudade poderes divinos (como sonhavamas multidões), mas pelo escândalo esofrimento da cruz. Para além domais, Ele quer evitar que a atençãodas pessoas recaia toda sobre osseus milagres e não sobre a suamensagem. Os milagres de Jesussão sinais que revelam a Sua verda-deira identidade. São como um dedoque indica na direção de uma es-trela. Mas imaginem que tristeza seas pessoas se deixassem encantarpela imagem do dedo de quemaponta e nunca erguessem os olhospara o céu...

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Paroisse de PuteauxÉglise de Sainte Mathilde33 rue Lucien Voilin

Missa aos domingos às 9h00

boanotícia

La belle réaction des Lusitanos

Après une défaite amère face aux Go-belins (1-2) à domicile, les Lusitanosse sont offerts une victoire impres-sionnante sur le terrain des Lilas, 3-0. Une réponse de leader.C’était une équipe revancharde del’US Lusitanos qui se rendait dans leNord de la région parisienne pour af-fronter les Lilas FC. Pour cette ren-contre décisive pour la suite duChampionnat, Adérito Moreira n’avaitpas hésité à mobiliser tout songroupe. La victoire était l’unique op-tion souhaitée de la part des Saint-Mauriens. En optant pour un 4-4-2emmené devant par la paire Ramos-Ayi, les Lusitaniens affichaient clai-

rement leur volonté d’aller de l’avantet de forcer la décision sans attendredes erreurs éventuelles de leur adver-saire du jour. Après un round d’ob-servation sans de réelles occasions,ce sont les Lusitanos qui frappent lespremiers grâce à Gilberto Pereira etPaulino Tavares. Mais il faudra atten-dre la 30ème minute de jeu pour voirenfin Saint Maur ouvrir logiquementla marque. A l’entrée de la surface,Paulino Tavares voit son coup-francatterrir sur le poteau du portier lila-sien qui reste spectateur sur le butde Wilson Moreira (0-1). Ayant biensuivi la frappe de son coéquipier, lemilieu lusitanien enchaîne avec uncontrôle et une frappe imparablesous le nez de la défense des Lilas.

Dans la foulée, c’est Gilberto quis’échappe sur le côté droit et quiadresse une passe décisive à SitouAyi qui ne manque pas l’occasion dedonner un avantage de deux buts àson équipe (0-2, 33ème).Mais Saint Maur ne voulait pas atten-dre la pause pour sceller définitive-ment le sort de cette rencontre.Profitant d’un ballon approximatif dela défense adverse, Jony Ramos an-ticipe la sortie du gardien des Lilasqui accroche le buteur portugaisdans la surface. Pénalty incontesta-ble que Ramos ne manque pas detransformer (0-3, 45ème). Endeuxième période, les deux équipesne forceront pas leurs talents pourencore animer les débats. La défense

des Lusitanos composée de Sar-mento, Fonseca, Dembélé et Bitu-runa se montrant intraitable devantun Revelino Anastase qui n’a vrai-ment pas eu à se déployer. A la fin,ce sont les anciens des Lilas, au-jourd’hui Lusitanos, RedouaneKerrouche et Carlos Coutinho quiavaient le sourire. Grâce à cettevictoire, Saint Maur confirme sonstatut de leader avec 50 points.Soit deux unités de plus que sondauphin et principal concurrent àla montée, la réserve de Créteil/Lu-sitanos, victorieuse du Red Star (2-1). De quoi pimenter le prochaindéplacement des Saint-Mauriensface au Plessis-Robinson d’un cer-tain, Jérôme Rothen…

Football - Division d’honneur

Par Eric Mendes

Lusitanos de Sait Maur / EM

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23Tempo livrele 11 février 2015

Jusqu’au 12 février Exposition «Trajectoire d’un volume» deCatarina Rosa à l’Espace Nuno Júdice,Consulat Général du Portugal à Paris, 6rue Georges Berger, à Paris 17.

Jusqu’au 16 février Exposition «Le Brésil en 60 Photos», 60vues prises par l’association ADEPBA, àl’occasion de la Semaine de Langues etCultures, à la Bibliothèque de l’École Po-lytechnique - Espace Langues, route deSaclay, à Palaiseau (91).

Jusqu’au 8 mars Exposition Circulations - Festival de lajeune photographie européenne, avec leportugais Tito Mouraz, vainqueur du Prixinternational de photographie Emergen-tes DST 2013. Centquatre Paris, 5 rueCurial, à Paris 19. Du mardi au vendredi,de 13h00 à 19h00 et le week-end, de12h00 à 19h00.

Du 13 février au 21 mars Exposition «Empreinte du cap» de Nel-son Gomes Teixeira. Au LusoFolie’s, 57avenue Daumesnil, à Paris 12.

Jusqu’au 12 avril Exposition «Pliure» Prologue (la part dufeu). Œuvres de Marcel Duchamp, VitalyHalberstadt, Alain Resnais, Sol LeWitt,Dayanita Singh, Geoffrey Chaucer, Lour-des Castro, Lawrence Weiner, Lewis Car-rol, William Morris, Richard Long,Michael Snow, Olafur Eliasson, John Lat-ham, Denis Diderot, Jean Le Rondd’Alembert, Francesca Woodman, Al-brecht Dürer, François Truffaut, EdwardRuscha, Jean-Luc Godard, Bruce Nau-man, Maria Helena Vieira da Silva, RuiChafes, Raffaella della Olga, Helena Al-meida, Robert Filliou, Christian Bol-tanski, Wolf Vostell et Claude Closky.Commissaire: Paulo Pires do Vale. Leslundi, mercredi, jeudi et vendredi, de9h00 à 18h00, le samedi et dimanche,de 11h00 à 18h00. A la Fondation Ca-louste Gulbenkian, Délégation de Paris,39 bd de la Tour Maubourg, à Paris 7.

Le mercredi 11 février, 18h00 Séminaire «L’Auto da Alma: la traditioneuropéenne et le théâtre vicentin» parJosé Augusto Cardoso Bernardes de

l’Université de Coimbra, proposé parOlinda Kleiman de l’Université Sor-bonne Nouvelle. A la Fondation Ca-louste Gulbenkian, Délégation de Paris, 39bd de la Tour Maubourg, à Paris 7.

Le dimanche 22 février, 16h00 Présentation du livre «Este país não existe»avec João Heitor (LusoFolie’s), Daniel Ri-beiro (Journaliste) et Victor Pereira (Histo-rien, co-auteur), en réalisation avec LeMonde Diplomatique. Au LusoFolie’s, 57avenue Daumesnil, à Paris 12.

Les jeudis, 20h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste JoséCruz au Café-Théâtre Le Lieu, 41 rue deTrévise, à Paris 9. Infos: 01.47.70.09.69.Jusqu’au 14 février, 21h00 “King Lear” de William Shakespeare, misen scène par Rona Waddington, avec, entreautres, la comédienne brésilienne GabriellaScheer. Théâtre de Nesle, 8 rue de Nesle,à Paris 6. Infos: 01.46.34.61.04. Du mercredi à samedi.

Le samedi 7 mars, 20h15 «Olá!» (en langue portugaise) ‘one manshow’ de l’humoriste José Cruz au Café-Théâtre Le Lieu, 41 rue de Trévise, à Paris9. Infos: 01.47.70.09.69.

Le samedi 14 février, 21h00 Soirée dîner de La Saint Valentin en fadoavec Vitor do Carmo et Célia do Carmo ac-compagnés par Filipe de Sousa (guitarra)et Nuno Estevens (viola), organisé parl’Academia do Fado. Salle Maurice Tepaz,Stade Léon Bonvoisin, route de la Pyra-mide, au Bois de Vincennes, à Paris 12. Infos: 01.48.08.08.36.

Le samedi 14 février, 20h00 Dîner-spectacle de fado avec Jorge Fer-nando et la jeune Fabia Rebordão, accom-pagnés par Guilherme Banza (guitarra) etGustavo Roriz (viola). Organisé par l’Asso-ciation Franco Portugaise de Boissise-le-Roi. Salle des Fêtes d’Orgenoy (77). Infos: 06.15.89.88.38.

Le vendredi 20 février 4° Nuit de Fado de Paris, organisée parRadio Alfa, présentée par Odete Fernandes,avec Manuel Miranda, Mónica Cunha, Tony

do Porto, Guadalupe, Vitor do Carmo etNina Tavares. Accompagnés par TonyCorreia, Pompeu, Manuel Miranda etFilipe de Sousa. Salle Vasco de Gama,1 rue Vasco da Gama, à Valenton (94).Infos: 01.45.10.98.60.

Le samedi 28 février, 19h30 Soirée fado avec dîner, avec MónicaCunha e Sousa Santos, accompagnéspar Filipe de Sousa et Nuno Estevens,organisée par l’Amicale des TravailleursSans Frontières. Salle Gavroche, 35 ruedes Barentins, à Bezons (95). Infos: 06.11.19.43.70.

Le samedi 7 mars, 20h00 Soirée fado avec Conceição Guadalupeet Maria da Saudade accompagnéespar Manuel Corgas (guitare portugaise)et Victor do Carmo (guitare classique).Restaurant Vila Nova, 53 rue MauriceSarraut, à Tourcoing (59).

Le mardi 17 février, 19h00 Concert d’Alexandra Bernardo (so-prano), lauréate du concours de chantde la Fondation Rotários portugaise. Àla Maison de Norvège, bd Jordan, àParis 14.

Le samedi 14 février, 21h00 «Baile dos namorados» animé par lesgroupes Caramelo et Nova Geração.Parc Exposition de Pau (64).

Le samedi 14 février Concours de chant Lusartist, présentépar Simone de Oliveira et José Figuei-ras (SIC), avec la participation des ar-tistes: Delfim Miranda (sosie deMickael Jackson), José Cruz, Calema,Dan Inger, Eli,… Spectacle organisépar l’Association Culturelle Portugaisede Strasbourg. Salle Dôme de Mutzig(67). Infos: 06.72.74.66.21.

Le samedi 14 février, 21h00 Fête de la Saint Valentin organisée parRadio Arc en Ciel, avec le groupe KapaNegra et la chanteuse Joana. SalleMontission, à Saint Jean-le-Blanc (45).

Le samedi 14 février, 21h00 Fête de la Saint Valentin organisée parl’Association sportive des Portugais,animé par José Alberto Reis. Bal animépar Grupo Energya. Salle des Fêtes Jac-ques Brel, à Pontault-Combault (77).

Le samedi 14 février, 21h00 Soirée Saint Valentin organisée parl’Association franco-portugaise duHavre, avec le groupe Ba2Pé. Salle deBléville, 17 rue Pierre Farcis, Le Havre(76). Infos: 06.19.79.25.43.

Le dimanche 15 février, 14h00 Fête de Carnaval organisée par la Mis-sion Catholique Portugaise de Stras-bourg, avec bal animé par le groupeGalaxia. Salle St Urbain, à Strasbourg(67). Entrée gratuite.

Le dimanche 15 février, 14h00 Fête de la Saint Valentin organisée parl’Association Musicale Franco-Portu-gaise d’Ile de France, avec 3 groupesfolkloriques: Rancho de Nogent-sur-Marne, Arc-en-Ciel d’Alfortville et VerdeMinho de Maisons-Alfort. Bal animé par le groupe Tradições. Cen-tre culturel des Planètes, 149 rue MarcSangnier, à Maisons Alfort (94). Entrée gratuite.

Le samedi 21 février, 15h00 Fête populaire, stands d’artistes et pro-duits réligieux, tournoi de Sueca, dîneret bal avec le groupe Energya, dans lecadre du Festival des jumelages, orga-nisée par l’Association culturelle portu-gaise de Les Ulis-Orsay. GymnaseBlondin, avenue Guy Mocquet, à Orsay(91).

Le samedi 21 février Show Cleyton Nunes e Banda. Restau-ration brésilienne et Feijoada. Entréelibre. Le Five Créteil, 1 rue le Courbu-sier, ZA Europarc, à Créteil (94).

Le samedi 21 février, 19h00 Repas dansant de Carnaval animé parle groupe Latina. Soirée déguisée orga-nisée par l’AMCBL. Salle MauriceRavel, face au 46 rue de la Gare, àIssou (78). Infos: 06.11.43.20.10.

Le dimanche 22 février, 14h30 Spectacle avec le groupe folkloriqueEsperança de l’ACP Les Ulis-Orsay, legroupe Escola de Samba de Vila Cova-à-Coelheira (Vila Nova de Paiva) et balavec le groupe Energya, dans le cadredu Festival des jumelages, organiséepar l’Association culturelle portugaisede Les Ulis-Orsay. Gymnase Blondin,avenue Guy Mocquet, à Orsay (91).

Le dimanche 22 février, 15h00 Fête de Carnaval organisée par l’Asso-ciation Portugaise Culturelle et Socialede Garches, avec Cláudia Martins etMinhotos Marotos, mais aussi Serge,Hathleen et Laura. Bal animé par DuoGrupo. Ecole Pasteur A, 5 rue de lacôte St. Louis, à Garches (92).

Le samedi 28 février, 19h00 Fête de Carnaval, avec repas et anima-tion avec un Dj. Déguisement conseillé.Organisé par l’Association Estrelas doMar. Salle Emile Zola, 28 rue EmileZola, à Nogent-sur-Marne (94). Infos: 06.09.65.00.43.

Le samedi 28 février, 20h00 Felizardo en concert avec dîner com-plet. Salle Polyvalente, à côté de laMairie, à Fontenay-le Fleury (78). Infos: 06.70.36.60.65.

Le dimanche 15 mars, 15h00 Commémoration des 40 ans de carrièrede Herman José, «40 anos sempre abombar», organisée par Portugal Maga-zine, avec la présence de l’artiste. SalleJean Vilar, 9 boulevard Héloïse, à Ar-genteuil (95). Infos: 06.63.78.17.13.

Le dimanche 22 février, 14h30 Festival folklorique organisé par l’Asso-ciation Folklorique Jeunesse Portugaisede Paris 7, avec la participation desgroupes Meu País de Maisons Alfort, AsCantarinhas de La Queue-en-Brie, Le-zírias do Ribatejo de Vincennes, Dan-ças e Cantares de Paris 4, Alegria dosEmigrantes de Montfermeil et Juven-tude Portuguesa de Paris 7. Salle desFêtes de la Mairie du 15ème arrondis-sement, 31 rue Péclet, à Paris 15. Entrée gratuite. Infos: 01.45.54.06.11.

Le dimanche 15 février, 15h00 Tournoi de Suéca organisé par l’Asso-ciation Folklorique Jeunesse Portugaisede Paris 7. Salle C3B, 54 rue Emeriau,à Paris 15. Infos: 01.45.54.06.11.

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Guy Ange e Paulito na RádioEnghien

No próximo sábado, dia 14 de feve-reiro, os convidados do programa ‘Vozde Portugal’ da rádio Enghien, sãoGuy Ange e Paulito para presentaçãodo seu novo trabalho.A convidada do sábado seguinte, dia21 de fevereiro é Luyanna, para apre-sentação do seu novo single.O programa tem lugar aos sábados,das 14h30 às 16h30, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:idfm98.fr.

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Page 24: Parlamento aprovou nova Lei do Conselho das Comunidades · Na edição da semana passada, o texto sobre o jantar de convívio dos animadores do programa “A Voz de Portugal” na

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