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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana
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PARECER ÚNICO SUPRAM-CM Nº 061/2014 0411269/ 2014 (SIAM)
INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:
Licenciamento Ambiental 05690/2006/003/2011 Sugestão pelo Deferimento
FASE DO LICENCIAMENTO:
Licença de Operação em Caráter Corretivo - LOC
VALIDADE DA LICENÇA: 04 anos
PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS:
PA COPAM: SITUAÇÃO:
Outorga - Não se aplica
Reserva Legal - Averbada anteriormente
EMPREENDEDOR: Harsco Metals Ltda CNPJ: 32.592.073/0014-20
EMPREENDIMENTO:
Harsco Metals Ltda CNPJ: 32.592.073/0014-20
MUNICÍPIO: Ouro Branco ZONA: Rural
COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): SAD 69
LAT/Y - 20º 32’ 41” S LONG/X - 43º 45’ 19” O
LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:
INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO
USO SUSTENTÁVEL X NÃO
BACIA FEDERAL: Rio São Francisco
BACIA ESTADUAL: Rio Paraopeba
UPGRH:
SF3 SUB-BACIA: Rio Maranhão
CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE/PORTE
F-05-07-1 Reciclagem ou regeneração de outros resíduos classe 2 (não perigosos) não especificados – beneficiamento de escória
5/M
RESPONSÁVEL TÉCNICO (Estudos): REGISTRO:
Carlos Alberto Nogueira – Engenheiro Mecânico
CREA – RJ.841063193/D - ART: 1-41100000000318183
RELATÓRIO DE VISTORIA: 93.539/2012
Protocolo Siam: 1067822/2013
DATA: 13-08-2012
DATA: 20-03-2014
EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA
ASSINATURA
Marcia de Albuquerque Guimarães 1.114.085-2
De acordo: Silvia Cristiane Lacerda Superintendente da SUPRAM Central
1.167.076-7
De acordo: Bruno Malta Pinto Diretor de Controle Processual
1.220.033-3
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1. INTRODUÇÃO
Este Parecer trata da análise da Licença de Operação em caráter Corretivo – LOC da
empresa Harsco Metals Ltda. que opera dentro da unidade industrial da Gerdau Açominas em
Ouro Branco.
Autuações sofridas pelo empreendimento: A Harsco foi autuada em duas ocasiões:
Em 8-10-2010, AI Nº F-8932/2010, por “descumprir determinação ou deliberação do COPAM”,
pois não apresentou o inventário de resíduos em 2009. O prazo para a apresentação do
inventário foi prorrogado até 2011. O processo foi invalidado e aguarda notificação ao
empreendedor para o arquivamento.
Em 20-03-2014, por operar sem Licença, não causando poluição. O processo encontra-se em
trâmites de formalização na SUPRAM CM.
A vistoria técnica foi realizada em 13-09-2012 (protocolo siam 1067822/2013), quando se
constatou que a empresa estava em operação normal de seus 3 turnos e as medidas de
controle preconizadas nos estudos ambientais apresentados foram verificadas. Em razão da
constatação de campo foi lavrado Auto de Infração.
Foram solicitadas informações complementares aos estudos, as quais foram atendidas pela
empresa, no prazo estipulado.
Os estudos ambientais (Relatório de Controle Ambiental –RCA e Plano de Controle Ambiental
- PCA) foram elaborados tendo como responsável técnico o Engenheiro Mecânico Carlos
Alberto Nogueira, cuja ART de no 1-41100000000318183 está quitada.
2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
A Harsco Metals é um empreendimento que se ocupa da atividade de processamento de
escória e resíduos metálicos. A empresa está instalada dentro da unidade industrial da
Gerdau Açominas em Ouro Branco desde 2004, conta com 190 empregados na área
operacional e cerca de 16 administrativos, em 3 turnos diários, 7 dias na semana.
O empreendimento está localizado em zona rural, área total do terreno é de 10 hectares, área
útil de 9 ha e a área construída atual é 0,59 ha.
A atividade exercida no empreendimento está sujeita a sazonalidade, sendo a média de
produção de 2.270 t de aço por dia e gera os seguintes produtos com suas respectivas
produções:
Resíduos Metálicos a industrializar, 66.680 t/mês;
Industrialização por encomenda de Sucata A: Composto por 85% de Ferro e 15% de
escória, produção de 8.002 t/mês;
Sucata B: Composto por 65% de Ferro, 35% de escória, produção de 2.000 t/mês.
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Sucata C: Composto por 45% de Ferro, 55% de escória, produção de 1.650 t/mês.
Agregado siderúrgico, produção mensal de 33000 toneladas.
A empresa situa-se em zona rural e a área de Reserva Legal está regularizada conforme art.
24 e seguintes da Lei estadual nº 20.922. de 16 de outubro de 2013.
A energia elétrica é fornecida pela subestação da Gerdau Açominas, assim como a água
utilizada no empreendimento. A Harsco Metals apresentou um contrato de prestação de
serviços com a Gerdau Açominas, constatando a coleta e destinação final de resíduos sólidos,
tratamento de esgotos sanitários, abastecimento de água e de energia elétrica.
Possui um posto de abastecimento a diesel de 15 m3 com todas as adaptações para o
controle de contaminação no solo. O posto se enquadra na dispensa descrita no parágrafo 4º
do artigo 1º da Resolução CONAMA 273/2000, portanto não está sujeito a licenciamento
individual. O consumo médio de Diesel mensal é de 125 m3.
Figura 1: Localização da Harsco Metals dentro do Complexo Industrial da Gerdau Açominas
fonte: Google Earth
2.1 Processo Produtivo
Basicamente, o processamento da escória bruta misturada com sucata de aço, oriundos do
processo de produção de aço, consiste na separação magnética, britagem e classificação
granulométrica.
A escória gerada pela Gerdau Açominas segue para o pátio onde é realizado o resfriamento
com água, o que confere uma melhor caracterização ao material para a etapa de britagem, de
modo a garantir uma separação mais eficiente do aço da escória (melhor “britabilidade”),
auxiliando, também, a diminuir a geração de material particulado nesse processo.
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Após o resfriamento, a escória é transportada internamente por caminhões fora de estrada
para a planta de processamento da Harsco Metals. O material é, então, descarregado no
alimentador que possui uma grelha retendo uma parte da escória. A fração de escoria que
transpassa a grelha é conduzida por uma correia transportadora até o separador magnético
onde são produzidas duas frações de materiais: magnéticos e não magnéticos.
A fração magnética, a sucata de aço, é conduzida por um transportador de correia até uma
peneira vibratória para classificação da sucata em três faixas granulométricas: sucata A, B e
C, que são empilhadas por meio de transportadores de correia para posterior entrega a
Gerdau Açominas para reaproveitamento no conversor LD.
A fração não magnética, o agregado siderúrgico, também é conduzida por um transportador
de correia até uma peneira vibratória para classificação do agregado em quatro faixas
granulométricas, conforme requerimentos de mercado. A faixa granulométrica mais grosseira
é conduzida até um britador de mandíbulas para desagregação da sucata contida e redução
de tamanho para facilitar sua posterior comercialização. O produto da britagem é conduzido
novamente ao separador magnético para remoção da fração magnética que se desprende da
fração não magnética e posterior classificação granulométrica.
A fração não magnética é reconduzida até a peneira vibratória para classificação final. Os
agregados siderúrgicos produzidos são então disponibilizados para a Gerdau Açominas que
realiza a sua comercialização.
A fração de escória que fica retida no alimentador da planta de processamento é posicionada
no entorno de um guindaste equipado com eletroímã e esfera metálica para “boleamento” da
escória. O “boleamento” consiste na impactação da escória com a esfera metálica (por
gravidade), após o que a fração metálica se desprende da escória e é separada pelo
eletroímã para utilização na aciaria da Gerdau Açominas. A escória remanescente (não
metálica) é então realimentada à planta de processamento para classificação granulométrica e
comercialização pela Gerdau Açominas.
Atividades Secundárias:
- Abastecimento de máquinas em movimento com óleo diesel no posto de abastecimento
- Serviços de oficina mecânica e manutenção de maquinários e equipamentos
- Serviços de abastecimento, lubrificação e lavagem de equipamentos
- Administração da Harsco
3. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
Pertence à Bacia do São Francisco, sub bacia do Rio Paraopeba, sendo o córrego mais
próximo ao empreendimento o Ribeirão Gurita, aproximadamente a 200 metros. Não há
lançamento de efluente líquido em curso d’água.
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A água utilizada na Harsco Metals é totalmente fornecida pela Gerdal Açominas. A água é
proveniente de uma captação no Ribeirão Soledade em Congonhas, portaria de outorga no.
300/2010, válida até 30-01-2015.
A água é utilizada para a lavagem de pisos e equipamentos, para o controle de material
particulado e para o consumo humano e de sanitários.
4. AUTORIZAÇÃO PARA INTERVENÇÃO AMBIENTAL (AIA)
Não se aplica, pois não haverá supressão de vegetação.
5. RESERVA LEGAL
Por se tratar de um empreendimento localizado em zona rural, a área de Reserva Legal está
regularizada, nos termos da legislação, conforme se vê à AV 17 – 288, na certidão juntada
aos autos às f. 032.
6. IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS
Os principais impactos ambientais provenientes da atividade desenvolvida pela empresa,
identificados nos estudos, dizem respeito aos efluentes líquidos provenientes das atividades
industriais e dos despejos sanitários; às emissões atmosféricas provenientes da manipulação
de matéria prima, do processo de produção, da circulação de caminhões; à disposição de
resíduos sólidos industriais e de característica doméstica, e a emissão de ruídos pelo
funcionamento dos equipamentos e trânsito de veículos.
A Harsco Metals apresentou um contrato de prestação de serviços com a Gerdau Açominas,
constatando a coleta e destinação final de resíduos sólidos gerados no empreendimento e
tratamento de esgotos sanitários da Harsco.
6.1 – Efluentes líquidos industriais
Há geração de efluente industrial no setor de lavagem de equipamentos móveis, estimada em
0,05 m3/h. O empreendimento possui uma caixa separadora de água e óleo utilizada para
tratamento desses efluentes oleosos, cujo óleo coletado é removido e destinado para
empresas receptoras certificadas. A água isenta de óleo é então descartada. O
monitoramento é realizado pela Gerdau Açominas.
6.2 – Efluentes sanitários
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O esgoto sanitário proveniente das instalações sanitárias da Harsco é conduzido a uma fossa
séptica para tratamento, cujo monitoramento é realizado pela Gerdau Açominas.
De acordo com o apresentado nos estudos ambientais, o total de serviço prestado pela
Gerdau entre fornecimento de água e tratamento do esgoto sanitário é de cerca de 28.840
L/dia.
6.3 – Efluentes Atmosféricos
Ocorre a emissão de material particulado no beneficiamento da escória, pela própria
manipulação durante o processo, movimentação de material nas vias de acesso, área de
britagem, peneiramento, transferência de correia, estocagem e embarque dos produtos finais.
O sistema de controle utilizado é a umectação da escória mediante a utilização de bicos
aspersores e caminhão pipa, de acordo com a necessidade.
6.4 – Ruídos
Segundo os estudos ambientais, o controle e a medição das emissões de ruídos são
realizados pela própria Gerdau Açominas, não havendo até esta data quaisquer constatações
por excesso do nível de ruídos decorrentes das atividades da empresa. Os últimos laudos de
ruídos da planta da Harsco foram apresentados como informações complementares aos
estudos e mantiveram dentro dos níveis exigidos da legislação.
Por recomendação do Ministério do Emprego e do Trabalho o uso dos Equipamentos de
Proteção Individuais - EPIs, como abafadores é indispensável próximo aos maquinários e
equipamentos.
6.5 Resíduos sólidos
As taxas mensais máximas de geração dos principais resíduos sólidos industriais geradas no
empreendimento que são estimadas nos estudos apresentados são as seguintes:
- óleo usado dos serviços de manutenção de equipamentos e maquinários, classe I, 625
L/mês;
- materiais contaminados com óleo (material absorvente, papel, borra oleosa e outros) dos
serviços de manutenção de equipamentos, classe I, 3,71 t/mês;
- Pneus usados, gerado nos serviços de manutenção de equipamentos e maquinár ios, classe
II-A, 5,9 t/mês;
- resíduos de escritório e atividades administrativas, de sanitários e da copa, classe II -A, não
quantificado e enviado à Gerdau para gestão;
- Sucata metálica, gerado nos serviços de manutenção de equipamentos e maquinários, 0,878
t/mês;
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- EPIs e uniformes usados, gerados na operação, classe II-A, 1500 unidades/mês;
- Baterias e pilhas usadas dos serviços de manutenção, classe I, 58 unidades/mês;
- Lâmpadas fluorescentes, manutenção das instalações, classe I, 6 unidades/mês;
- Bombonas, embalagens de produtos químicos e outros não quantificado, é enviado à Gerdau
Açominas para gestão.
Todos os resíduos acima descritos são enviados para a Gerdau Açominas para a gestão dos
mesmos que promove o envio a empresas regularizadas ambientalmente, em acordo com o
contrato de prestação de serviços assinado com a Harsco. As cópias das regularizações das
empresas encontram-se apensas ao processo.
7. COMPENSAÇÕES
O empreendimento Harsco Metals Ltda. não é passível de incidência da Compensação
Ambiental, nos termos da Lei Nº. 9.985, de 18 de julho de 2000 e do Decreto 45.175, de 17 de
setembro de 2009, considerando que: a) a operação regular do empreendimento não é
causadora de significativo impacto ambiental; b) a operação do empreendimento já possui
todas as medidas mitigadoras e de controle ambiental exigíveis.
9. CONTROLE PROCESSUAL
Trata-se de pedido de licenciamento ambiental na modalidade de licença de operação corretiva
formalizado pela Harsco Metals ltda., que, através de seu representante legal, a requereu
validamente objetivando operar a atividade industrial de reciclagem ou regeneração de outros
resíduos classe 2, listada sob o código F-05-07-1, no município de Ouro Branco/MG.
Como sabido, a licença de operação pretende autorizar “a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores,
como as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação” (cf. art.
8º, III, Res. Conama n. 237/97). Contudo, no presente caso, verifica-se a modalidade corretiva, em
função da operação irregular, desamparada de prévia autorização, constada em fiscalização. Em
consulta ao SIAM verifica-se que a requerente, nos idos de 2066, solicitou uma LO tendo sido seu
pleito indeferido no ano de 2008, razão pela qual formalizou o processo administrativo que ora se
analisa.
Os custos de análise do Processo Administrativo foram integralmente quitados, conforme planilha
de custos elaborada, e comprovantes de quitação juntados às f. 039-042, em atendimento ao
disposto na Resolução SEMAD nº 412/2005.
Não foram informadas pelo empreendedor nem constatadas in loco qualquer intervenção em Área
de Preservação Permanente (APP) ou necessidade de supressão de vegetação. A utilização dos
recursos hídricos será nos termos do capítulo desse parecer.
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No que tange às publicações, tanto em periódico de grande circulação quanto a publicação oficial,
visando à publicidade necessária do procedimento administrativo, tais documentos se encontram
nos autos às f.260 e 262. Pela inexistência de débitos de natureza ambiental foi apresentada a
CNDA n. 956984/2011, as f. 261.
A validade do prazo desta licença deve respeitar a dos empreendimentos listados na Deliberação
Normativa COPAM n.º 74/04 de Classe 5, tudo nos exatos termos previsto pelo inciso III, art. 1º da
Deliberação Normativa COPAM n.º 17, de 17 de dezembro de 1996, qual seja, 4 (quatro) anos.
Oportuno advertir, ainda, que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas ao
final deste parecer único e qualquer alteração, modificação ou ampliação sem a devida e prévia
comunicação, e respectiva autorização do órgão responsável, torna o empreendimento em questão
passível de autuação.
Desta forma, conclui-se que o processo encontra-se formalizado e devidamente instruído com a
documentação exigível para a aferição e deferimento da pleiteada licença ambiental, é o que se
percebe com a análise da documentação listada no FOBI e as que aqui foram instruídas.
10. CONCLUSÃO
A equipe interdisciplinar da Supram Central e Metropolitana sugere o deferimento da Licença
de Operação em Caráter Corretivo, para o empreendimento Harsco Metals Ltda., para a
planta de Ouro Branco, para a atividade de “Reciclagem ou regeneração de outros resíduos
classe 2 (não perigosos) não especificados – beneficiamento de escória”, pelo prazo de 04
anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e programas propostos.
As orientações descritas em estudos, e as recomendações técnicas e jurídicas descri tas neste
Parecer, através das condicionantes listadas em Anexo, devem ser apreciadas pela Unidade
Regional Colegiada do Copam Rio Paraopeba.
Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer
condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração,
modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram-CM, tornam o
empreendimento em questão passível de autuação.
Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central
Metropolitana, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais
apresentados nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a
comprovação quanto a eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s)
responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is) técnico(s).
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo
requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do
certificado de licenciamento a ser emitido.
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11. ANEXOS
Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação em caráter Corretivo (LOC) da Harsco
Metals Ltda.
Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação em caráter Corretivo
(LOC) da Harsco Metals Ltda.
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ANEXO I
Condicionantes para Licença de Operação em caráter Corretivo (LOC) da Harsco Metals Ltda.
Empreendedor: Harsco Metals Ltda
Empreendimento: Harsco Metals Ltda
CNPJ: 32.592.073/0014-20
Município: Ouro Branco
Atividade: Reciclagem ou regeneração de outros resíduos classe 2 (não perigosos) não especificados – beneficiamento de escória
Código DN 74/04: F-05-07-1
Processo: 05690/2006/003/2011
Validade: 04 anos
Item Descrição da Condicionante Prazo*
01 Implantar cinturão verde nos limites do empreendimento, com espécies nativas da região, bem como projeto paisagístico. Enviar relatório fotográfico comprovando a implantação.
Durante o prazo de validade da licença, principalmente no período chuvoso
02 Apresentar semestralmente à SUPRAM CM uma cópia do monitoramento dos efluentes líquidos enviados ao sistema de tratamento da Gerdau Açominas.
Durante a vigência da Licença de Operação
03 Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido no Anexo II.
Durante a vigência da Licença de Operação
* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na Imprensa Oficial do Estado.
Obs. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos anexos deste parecer poderão ser resolvidos junto à própria Supram, mediante análise técnica e jurídica, desde que não altere o seu mérito/conteúdo.
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ANEXO II
Programa de Automonitoramento da Licença de Operação em caráter Corretivo (LOC) da
Harsco Metals Ltda.
Empreendedor: Harsco Metals Ltda
Empreendimento: Harsco Metals Ltda
CNPJ: 32.592.073/0014-20
Município: Ouro Branco
Atividade: Reciclagem ou regeneração de outros resíduos classe 2 (não perigosos) não especificados – beneficiamento de escória
Código DN 74/04: F-05-07-1
Processo: 05690/2006/003/2011
Validade: 04 anos Referencia: Programa de Automonitoramento da Licença de Operação em caráter Corretivo (LOC) da Harsco Metals Ltda.
1 - RESÍDUOS SÓLIDOS Deverão ser enviadas semestralmente à SUPRAM CM planilhas mensais de controle da geração e disposição dos resíduos sólidos gerados pelo empreendimento, contendo, no mínimo, os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações:
Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)
Denominação Origem Classe NBR
10.004 (*)
Taxa de geração kg/mês
Razão social
Endereço completo
Forma (*)
Empresa responsável
Razão social
Endereço completo
(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.
(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial
(*) 1- Reutilização 2 – Reciclagem 3 - Aterro sanitário 4 - Aterro industrial 5 - Incineração 6 - Co-processamento 7 - Aplicação no solo 8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 9 - Outras (especificar)
Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à
Supram-CM, para verificação da necessidade de licenciamento específico.
As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendedor. Fica
proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos Perigosos segundo a NBR
10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes fixadas
pela legislação vigente.
Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão ser gerenciados em
conformidade com as Resoluções CONAMA n.º 307/2002 e 348/2004.
As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que
poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo
empreendedor.
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2. RUÍDOS
Local de amostragem Parâmetros Freqüência de análise
No entorno do empreendimento, baseando-se na Norma da ABNT, NBR 10151/2000 e Lei
Estadual 10.100 de 17/01/90 Nível de pressão sonora (ruído)
Semestral
Enviar Semestralmente à Supram-CM relatório contendo os resultados das medições efetuadas; neste deverá
conter a identificação, registro profissional e assinatura do responsável técnico pelas amostragens.
As amostragens deverão verificar o atendimento às condições da Lei Estadual n° 10.100/1990 e Resolução
CONAMA n.º 01/1990.
O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM n.º 167/2011 e deve conter a
identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises, acompanhado da
respectiva anotação de responsabilidade técnica – ART.
IMPORTANTE
Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento poderão sofrer
alterações a critério da área técnica da Supram-CM, face ao desempenho apresentado;
A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada da Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo(s) responsável(eis) técnico(s), devidamente habilitado(s);
Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição original do projeto das
instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e aprovada pelo órgão
ambiental.