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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana

5690/2006/003/2011

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Rua Espírito Santo, no 495, Centro, Belo Horizonte – MG, Cep:30.160-030

Telefones: (31) 3228-7700 – 3228-7704

PARECER ÚNICO SUPRAM-CM Nº 061/2014 0411269/ 2014 (SIAM)

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 05690/2006/003/2011 Sugestão pelo Deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO:

Licença de Operação em Caráter Corretivo - LOC

VALIDADE DA LICENÇA: 04 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS:

PA COPAM: SITUAÇÃO:

Outorga - Não se aplica

Reserva Legal - Averbada anteriormente

EMPREENDEDOR: Harsco Metals Ltda CNPJ: 32.592.073/0014-20

EMPREENDIMENTO:

Harsco Metals Ltda CNPJ: 32.592.073/0014-20

MUNICÍPIO: Ouro Branco ZONA: Rural

COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): SAD 69

LAT/Y - 20º 32’ 41” S LONG/X - 43º 45’ 19” O

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO

USO SUSTENTÁVEL X NÃO

BACIA FEDERAL: Rio São Francisco

BACIA ESTADUAL: Rio Paraopeba

UPGRH:

SF3 SUB-BACIA: Rio Maranhão

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE/PORTE

F-05-07-1 Reciclagem ou regeneração de outros resíduos classe 2 (não perigosos) não especificados – beneficiamento de escória

5/M

RESPONSÁVEL TÉCNICO (Estudos): REGISTRO:

Carlos Alberto Nogueira – Engenheiro Mecânico

CREA – RJ.841063193/D - ART: 1-41100000000318183

RELATÓRIO DE VISTORIA: 93.539/2012

Protocolo Siam: 1067822/2013

DATA: 13-08-2012

DATA: 20-03-2014

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA

ASSINATURA

Marcia de Albuquerque Guimarães 1.114.085-2

De acordo: Silvia Cristiane Lacerda Superintendente da SUPRAM Central

1.167.076-7

De acordo: Bruno Malta Pinto Diretor de Controle Processual

1.220.033-3

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1. INTRODUÇÃO

Este Parecer trata da análise da Licença de Operação em caráter Corretivo – LOC da

empresa Harsco Metals Ltda. que opera dentro da unidade industrial da Gerdau Açominas em

Ouro Branco.

Autuações sofridas pelo empreendimento: A Harsco foi autuada em duas ocasiões:

Em 8-10-2010, AI Nº F-8932/2010, por “descumprir determinação ou deliberação do COPAM”,

pois não apresentou o inventário de resíduos em 2009. O prazo para a apresentação do

inventário foi prorrogado até 2011. O processo foi invalidado e aguarda notificação ao

empreendedor para o arquivamento.

Em 20-03-2014, por operar sem Licença, não causando poluição. O processo encontra-se em

trâmites de formalização na SUPRAM CM.

A vistoria técnica foi realizada em 13-09-2012 (protocolo siam 1067822/2013), quando se

constatou que a empresa estava em operação normal de seus 3 turnos e as medidas de

controle preconizadas nos estudos ambientais apresentados foram verificadas. Em razão da

constatação de campo foi lavrado Auto de Infração.

Foram solicitadas informações complementares aos estudos, as quais foram atendidas pela

empresa, no prazo estipulado.

Os estudos ambientais (Relatório de Controle Ambiental –RCA e Plano de Controle Ambiental

- PCA) foram elaborados tendo como responsável técnico o Engenheiro Mecânico Carlos

Alberto Nogueira, cuja ART de no 1-41100000000318183 está quitada.

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A Harsco Metals é um empreendimento que se ocupa da atividade de processamento de

escória e resíduos metálicos. A empresa está instalada dentro da unidade industrial da

Gerdau Açominas em Ouro Branco desde 2004, conta com 190 empregados na área

operacional e cerca de 16 administrativos, em 3 turnos diários, 7 dias na semana.

O empreendimento está localizado em zona rural, área total do terreno é de 10 hectares, área

útil de 9 ha e a área construída atual é 0,59 ha.

A atividade exercida no empreendimento está sujeita a sazonalidade, sendo a média de

produção de 2.270 t de aço por dia e gera os seguintes produtos com suas respectivas

produções:

Resíduos Metálicos a industrializar, 66.680 t/mês;

Industrialização por encomenda de Sucata A: Composto por 85% de Ferro e 15% de

escória, produção de 8.002 t/mês;

Sucata B: Composto por 65% de Ferro, 35% de escória, produção de 2.000 t/mês.

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Sucata C: Composto por 45% de Ferro, 55% de escória, produção de 1.650 t/mês.

Agregado siderúrgico, produção mensal de 33000 toneladas.

A empresa situa-se em zona rural e a área de Reserva Legal está regularizada conforme art.

24 e seguintes da Lei estadual nº 20.922. de 16 de outubro de 2013.

A energia elétrica é fornecida pela subestação da Gerdau Açominas, assim como a água

utilizada no empreendimento. A Harsco Metals apresentou um contrato de prestação de

serviços com a Gerdau Açominas, constatando a coleta e destinação final de resíduos sólidos,

tratamento de esgotos sanitários, abastecimento de água e de energia elétrica.

Possui um posto de abastecimento a diesel de 15 m3 com todas as adaptações para o

controle de contaminação no solo. O posto se enquadra na dispensa descrita no parágrafo 4º

do artigo 1º da Resolução CONAMA 273/2000, portanto não está sujeito a licenciamento

individual. O consumo médio de Diesel mensal é de 125 m3.

Figura 1: Localização da Harsco Metals dentro do Complexo Industrial da Gerdau Açominas

fonte: Google Earth

2.1 Processo Produtivo

Basicamente, o processamento da escória bruta misturada com sucata de aço, oriundos do

processo de produção de aço, consiste na separação magnética, britagem e classificação

granulométrica.

A escória gerada pela Gerdau Açominas segue para o pátio onde é realizado o resfriamento

com água, o que confere uma melhor caracterização ao material para a etapa de britagem, de

modo a garantir uma separação mais eficiente do aço da escória (melhor “britabilidade”),

auxiliando, também, a diminuir a geração de material particulado nesse processo.

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Após o resfriamento, a escória é transportada internamente por caminhões fora de estrada

para a planta de processamento da Harsco Metals. O material é, então, descarregado no

alimentador que possui uma grelha retendo uma parte da escória. A fração de escoria que

transpassa a grelha é conduzida por uma correia transportadora até o separador magnético

onde são produzidas duas frações de materiais: magnéticos e não magnéticos.

A fração magnética, a sucata de aço, é conduzida por um transportador de correia até uma

peneira vibratória para classificação da sucata em três faixas granulométricas: sucata A, B e

C, que são empilhadas por meio de transportadores de correia para posterior entrega a

Gerdau Açominas para reaproveitamento no conversor LD.

A fração não magnética, o agregado siderúrgico, também é conduzida por um transportador

de correia até uma peneira vibratória para classificação do agregado em quatro faixas

granulométricas, conforme requerimentos de mercado. A faixa granulométrica mais grosseira

é conduzida até um britador de mandíbulas para desagregação da sucata contida e redução

de tamanho para facilitar sua posterior comercialização. O produto da britagem é conduzido

novamente ao separador magnético para remoção da fração magnética que se desprende da

fração não magnética e posterior classificação granulométrica.

A fração não magnética é reconduzida até a peneira vibratória para classificação final. Os

agregados siderúrgicos produzidos são então disponibilizados para a Gerdau Açominas que

realiza a sua comercialização.

A fração de escória que fica retida no alimentador da planta de processamento é posicionada

no entorno de um guindaste equipado com eletroímã e esfera metálica para “boleamento” da

escória. O “boleamento” consiste na impactação da escória com a esfera metálica (por

gravidade), após o que a fração metálica se desprende da escória e é separada pelo

eletroímã para utilização na aciaria da Gerdau Açominas. A escória remanescente (não

metálica) é então realimentada à planta de processamento para classificação granulométrica e

comercialização pela Gerdau Açominas.

Atividades Secundárias:

- Abastecimento de máquinas em movimento com óleo diesel no posto de abastecimento

- Serviços de oficina mecânica e manutenção de maquinários e equipamentos

- Serviços de abastecimento, lubrificação e lavagem de equipamentos

- Administração da Harsco

3. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Pertence à Bacia do São Francisco, sub bacia do Rio Paraopeba, sendo o córrego mais

próximo ao empreendimento o Ribeirão Gurita, aproximadamente a 200 metros. Não há

lançamento de efluente líquido em curso d’água.

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A água utilizada na Harsco Metals é totalmente fornecida pela Gerdal Açominas. A água é

proveniente de uma captação no Ribeirão Soledade em Congonhas, portaria de outorga no.

300/2010, válida até 30-01-2015.

A água é utilizada para a lavagem de pisos e equipamentos, para o controle de material

particulado e para o consumo humano e de sanitários.

4. AUTORIZAÇÃO PARA INTERVENÇÃO AMBIENTAL (AIA)

Não se aplica, pois não haverá supressão de vegetação.

5. RESERVA LEGAL

Por se tratar de um empreendimento localizado em zona rural, a área de Reserva Legal está

regularizada, nos termos da legislação, conforme se vê à AV 17 – 288, na certidão juntada

aos autos às f. 032.

6. IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

Os principais impactos ambientais provenientes da atividade desenvolvida pela empresa,

identificados nos estudos, dizem respeito aos efluentes líquidos provenientes das atividades

industriais e dos despejos sanitários; às emissões atmosféricas provenientes da manipulação

de matéria prima, do processo de produção, da circulação de caminhões; à disposição de

resíduos sólidos industriais e de característica doméstica, e a emissão de ruídos pelo

funcionamento dos equipamentos e trânsito de veículos.

A Harsco Metals apresentou um contrato de prestação de serviços com a Gerdau Açominas,

constatando a coleta e destinação final de resíduos sólidos gerados no empreendimento e

tratamento de esgotos sanitários da Harsco.

6.1 – Efluentes líquidos industriais

Há geração de efluente industrial no setor de lavagem de equipamentos móveis, estimada em

0,05 m3/h. O empreendimento possui uma caixa separadora de água e óleo utilizada para

tratamento desses efluentes oleosos, cujo óleo coletado é removido e destinado para

empresas receptoras certificadas. A água isenta de óleo é então descartada. O

monitoramento é realizado pela Gerdau Açominas.

6.2 – Efluentes sanitários

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O esgoto sanitário proveniente das instalações sanitárias da Harsco é conduzido a uma fossa

séptica para tratamento, cujo monitoramento é realizado pela Gerdau Açominas.

De acordo com o apresentado nos estudos ambientais, o total de serviço prestado pela

Gerdau entre fornecimento de água e tratamento do esgoto sanitário é de cerca de 28.840

L/dia.

6.3 – Efluentes Atmosféricos

Ocorre a emissão de material particulado no beneficiamento da escória, pela própria

manipulação durante o processo, movimentação de material nas vias de acesso, área de

britagem, peneiramento, transferência de correia, estocagem e embarque dos produtos finais.

O sistema de controle utilizado é a umectação da escória mediante a utilização de bicos

aspersores e caminhão pipa, de acordo com a necessidade.

6.4 – Ruídos

Segundo os estudos ambientais, o controle e a medição das emissões de ruídos são

realizados pela própria Gerdau Açominas, não havendo até esta data quaisquer constatações

por excesso do nível de ruídos decorrentes das atividades da empresa. Os últimos laudos de

ruídos da planta da Harsco foram apresentados como informações complementares aos

estudos e mantiveram dentro dos níveis exigidos da legislação.

Por recomendação do Ministério do Emprego e do Trabalho o uso dos Equipamentos de

Proteção Individuais - EPIs, como abafadores é indispensável próximo aos maquinários e

equipamentos.

6.5 Resíduos sólidos

As taxas mensais máximas de geração dos principais resíduos sólidos industriais geradas no

empreendimento que são estimadas nos estudos apresentados são as seguintes:

- óleo usado dos serviços de manutenção de equipamentos e maquinários, classe I, 625

L/mês;

- materiais contaminados com óleo (material absorvente, papel, borra oleosa e outros) dos

serviços de manutenção de equipamentos, classe I, 3,71 t/mês;

- Pneus usados, gerado nos serviços de manutenção de equipamentos e maquinár ios, classe

II-A, 5,9 t/mês;

- resíduos de escritório e atividades administrativas, de sanitários e da copa, classe II -A, não

quantificado e enviado à Gerdau para gestão;

- Sucata metálica, gerado nos serviços de manutenção de equipamentos e maquinários, 0,878

t/mês;

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- EPIs e uniformes usados, gerados na operação, classe II-A, 1500 unidades/mês;

- Baterias e pilhas usadas dos serviços de manutenção, classe I, 58 unidades/mês;

- Lâmpadas fluorescentes, manutenção das instalações, classe I, 6 unidades/mês;

- Bombonas, embalagens de produtos químicos e outros não quantificado, é enviado à Gerdau

Açominas para gestão.

Todos os resíduos acima descritos são enviados para a Gerdau Açominas para a gestão dos

mesmos que promove o envio a empresas regularizadas ambientalmente, em acordo com o

contrato de prestação de serviços assinado com a Harsco. As cópias das regularizações das

empresas encontram-se apensas ao processo.

7. COMPENSAÇÕES

O empreendimento Harsco Metals Ltda. não é passível de incidência da Compensação

Ambiental, nos termos da Lei Nº. 9.985, de 18 de julho de 2000 e do Decreto 45.175, de 17 de

setembro de 2009, considerando que: a) a operação regular do empreendimento não é

causadora de significativo impacto ambiental; b) a operação do empreendimento já possui

todas as medidas mitigadoras e de controle ambiental exigíveis.

9. CONTROLE PROCESSUAL

Trata-se de pedido de licenciamento ambiental na modalidade de licença de operação corretiva

formalizado pela Harsco Metals ltda., que, através de seu representante legal, a requereu

validamente objetivando operar a atividade industrial de reciclagem ou regeneração de outros

resíduos classe 2, listada sob o código F-05-07-1, no município de Ouro Branco/MG.

Como sabido, a licença de operação pretende autorizar “a operação da atividade ou

empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores,

como as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação” (cf. art.

8º, III, Res. Conama n. 237/97). Contudo, no presente caso, verifica-se a modalidade corretiva, em

função da operação irregular, desamparada de prévia autorização, constada em fiscalização. Em

consulta ao SIAM verifica-se que a requerente, nos idos de 2066, solicitou uma LO tendo sido seu

pleito indeferido no ano de 2008, razão pela qual formalizou o processo administrativo que ora se

analisa.

Os custos de análise do Processo Administrativo foram integralmente quitados, conforme planilha

de custos elaborada, e comprovantes de quitação juntados às f. 039-042, em atendimento ao

disposto na Resolução SEMAD nº 412/2005.

Não foram informadas pelo empreendedor nem constatadas in loco qualquer intervenção em Área

de Preservação Permanente (APP) ou necessidade de supressão de vegetação. A utilização dos

recursos hídricos será nos termos do capítulo desse parecer.

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No que tange às publicações, tanto em periódico de grande circulação quanto a publicação oficial,

visando à publicidade necessária do procedimento administrativo, tais documentos se encontram

nos autos às f.260 e 262. Pela inexistência de débitos de natureza ambiental foi apresentada a

CNDA n. 956984/2011, as f. 261.

A validade do prazo desta licença deve respeitar a dos empreendimentos listados na Deliberação

Normativa COPAM n.º 74/04 de Classe 5, tudo nos exatos termos previsto pelo inciso III, art. 1º da

Deliberação Normativa COPAM n.º 17, de 17 de dezembro de 1996, qual seja, 4 (quatro) anos.

Oportuno advertir, ainda, que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas ao

final deste parecer único e qualquer alteração, modificação ou ampliação sem a devida e prévia

comunicação, e respectiva autorização do órgão responsável, torna o empreendimento em questão

passível de autuação.

Desta forma, conclui-se que o processo encontra-se formalizado e devidamente instruído com a

documentação exigível para a aferição e deferimento da pleiteada licença ambiental, é o que se

percebe com a análise da documentação listada no FOBI e as que aqui foram instruídas.

10. CONCLUSÃO

A equipe interdisciplinar da Supram Central e Metropolitana sugere o deferimento da Licença

de Operação em Caráter Corretivo, para o empreendimento Harsco Metals Ltda., para a

planta de Ouro Branco, para a atividade de “Reciclagem ou regeneração de outros resíduos

classe 2 (não perigosos) não especificados – beneficiamento de escória”, pelo prazo de 04

anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e programas propostos.

As orientações descritas em estudos, e as recomendações técnicas e jurídicas descri tas neste

Parecer, através das condicionantes listadas em Anexo, devem ser apreciadas pela Unidade

Regional Colegiada do Copam Rio Paraopeba.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer

condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração,

modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram-CM, tornam o

empreendimento em questão passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central

Metropolitana, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais

apresentados nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a

comprovação quanto a eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s)

responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is) técnico(s).

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo

requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do

certificado de licenciamento a ser emitido.

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11. ANEXOS

Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação em caráter Corretivo (LOC) da Harsco

Metals Ltda.

Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação em caráter Corretivo

(LOC) da Harsco Metals Ltda.

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ANEXO I

Condicionantes para Licença de Operação em caráter Corretivo (LOC) da Harsco Metals Ltda.

Empreendedor: Harsco Metals Ltda

Empreendimento: Harsco Metals Ltda

CNPJ: 32.592.073/0014-20

Município: Ouro Branco

Atividade: Reciclagem ou regeneração de outros resíduos classe 2 (não perigosos) não especificados – beneficiamento de escória

Código DN 74/04: F-05-07-1

Processo: 05690/2006/003/2011

Validade: 04 anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

01 Implantar cinturão verde nos limites do empreendimento, com espécies nativas da região, bem como projeto paisagístico. Enviar relatório fotográfico comprovando a implantação.

Durante o prazo de validade da licença, principalmente no período chuvoso

02 Apresentar semestralmente à SUPRAM CM uma cópia do monitoramento dos efluentes líquidos enviados ao sistema de tratamento da Gerdau Açominas.

Durante a vigência da Licença de Operação

03 Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido no Anexo II.

Durante a vigência da Licença de Operação

* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na Imprensa Oficial do Estado.

Obs. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos anexos deste parecer poderão ser resolvidos junto à própria Supram, mediante análise técnica e jurídica, desde que não altere o seu mérito/conteúdo.

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ANEXO II

Programa de Automonitoramento da Licença de Operação em caráter Corretivo (LOC) da

Harsco Metals Ltda.

Empreendedor: Harsco Metals Ltda

Empreendimento: Harsco Metals Ltda

CNPJ: 32.592.073/0014-20

Município: Ouro Branco

Atividade: Reciclagem ou regeneração de outros resíduos classe 2 (não perigosos) não especificados – beneficiamento de escória

Código DN 74/04: F-05-07-1

Processo: 05690/2006/003/2011

Validade: 04 anos Referencia: Programa de Automonitoramento da Licença de Operação em caráter Corretivo (LOC) da Harsco Metals Ltda.

1 - RESÍDUOS SÓLIDOS Deverão ser enviadas semestralmente à SUPRAM CM planilhas mensais de controle da geração e disposição dos resíduos sólidos gerados pelo empreendimento, contendo, no mínimo, os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações:

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)

Denominação Origem Classe NBR

10.004 (*)

Taxa de geração kg/mês

Razão social

Endereço completo

Forma (*)

Empresa responsável

Razão social

Endereço completo

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.

(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial

(*) 1- Reutilização 2 – Reciclagem 3 - Aterro sanitário 4 - Aterro industrial 5 - Incineração 6 - Co-processamento 7 - Aplicação no solo 8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à

Supram-CM, para verificação da necessidade de licenciamento específico.

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendedor. Fica

proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos Perigosos segundo a NBR

10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes fixadas

pela legislação vigente.

Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão ser gerenciados em

conformidade com as Resoluções CONAMA n.º 307/2002 e 348/2004.

As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que

poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo

empreendedor.

Page 12: PARECER ÚNICO SUPRAM-CM Nº 061/2014 (SIAM) PA … · Pertence à Bacia do São Francisco, sub bacia do Rio Paraopeba, sendo o córrego mais próximo ao empreendimento o Ribeirão

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana

5690/2006/003/2011

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Rua Espírito Santo, no 495, Centro, Belo Horizonte – MG, Cep:30.160-030

Telefones: (31) 3228-7700 – 3228-7704

2. RUÍDOS

Local de amostragem Parâmetros Freqüência de análise

No entorno do empreendimento, baseando-se na Norma da ABNT, NBR 10151/2000 e Lei

Estadual 10.100 de 17/01/90 Nível de pressão sonora (ruído)

Semestral

Enviar Semestralmente à Supram-CM relatório contendo os resultados das medições efetuadas; neste deverá

conter a identificação, registro profissional e assinatura do responsável técnico pelas amostragens.

As amostragens deverão verificar o atendimento às condições da Lei Estadual n° 10.100/1990 e Resolução

CONAMA n.º 01/1990.

O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM n.º 167/2011 e deve conter a

identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises, acompanhado da

respectiva anotação de responsabilidade técnica – ART.

IMPORTANTE

Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento poderão sofrer

alterações a critério da área técnica da Supram-CM, face ao desempenho apresentado;

A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada da Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo(s) responsável(eis) técnico(s), devidamente habilitado(s);

Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição original do projeto das

instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e aprovada pelo órgão

ambiental.