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1 PARECER TÉCNICO SUPRASOY INTEGRAL E SUPRASOY LIGHT A. SOJA Acredita-se que os grãos da soja são originários da China, provavelmente em regiões centrais e ao norte, sendo encontrada neste país desde 4.000 a 5.000 anos atrás. A soja é um alimento singular, pois é rico em seu conteúdo de nutrientes. Contêm proteínas de origem vegetal, oligossacarídeos, fibras dietéticas, fitoquímicos (principalmente as isoflavonas) e minerais 1,2,3,4 . A tabela 1 apresenta a composição nutricional dos grãos da soja. Tabela 1: Perfil Nutricional de grãos de soja expressos por 100g de alimentos. Composição Grãos de soja Carboidrato complexo (g) 21 Carboidrato simples (g) 9 Oligossacarídeo (Stachiose) (mg) 3,3 Trissacarídeo (Rafinose) (mg) 1,6 Proteína (g) 36 Gordura total (g) 19 Gordura saturada (g) 2,8 Gordura monoinsaturada (g) 4,4 Gordura poliinsaturada (g) 11,2 Fibra insolúvel (g) 10 Fibra solúvel (g) 7 Cálcio (mg) 276 Magnésio (mg) 280 Potássio (mg) 1,797 Ferro (mg) 16 Zinco (mg) 4,8 Adaptado de MATEOS-APARICIO et al. 2008 5 . 1. COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL 1.1 PROTEÍNAS A soja é um alimento rico em proteína, contêm em média 40%, enquanto outros grãos da nossa alimentação possuem por volta de 20 a 25% 3 . Há níveis baixos de aminoácido sulfurados, sendo a

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PARECER TÉCNICO SUPRASOY INTEGRAL E SUPRASOY LIGHT

A. SOJA

Acredita-se que os grãos da soja são originários da China, provavelmente em regiões centrais e ao norte,

sendo encontrada neste país desde 4.000 a 5.000 anos atrás.

A soja é um alimento singular, pois é rico em seu conteúdo de nutrientes. Contêm proteínas de origem

vegetal, oligossacarídeos, fibras dietéticas, fitoquímicos (principalmente as isoflavonas) e minerais1,2,3,4. A

tabela 1 apresenta a composição nutricional dos grãos da soja.

Tabela 1: Perfil Nutricional de grãos de soja expressos por 100g de alimentos.

Composição Grãos de soja

Carboidrato complexo (g) 21

Carboidrato simples (g) 9

Oligossacarídeo (Stachiose) (mg) 3,3

Trissacarídeo (Rafinose) (mg) 1,6

Proteína (g) 36

Gordura total (g) 19

Gordura saturada (g) 2,8

Gordura monoinsaturada (g) 4,4

Gordura poliinsaturada (g) 11,2

Fibra insolúvel (g) 10

Fibra solúvel (g) 7

Cálcio (mg) 276

Magnésio (mg) 280

Potássio (mg) 1,797

Ferro (mg) 16

Zinco (mg) 4,8

Adaptado de MATEOS-APARICIO et al. 20085.

1. COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL

1.1 PROTEÍNAS

A soja é um alimento rico em proteína, contêm em média 40%, enquanto outros grãos da nossa

alimentação possuem por volta de 20 a 25%3. Há níveis baixos de aminoácido sulfurados, sendo a

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metionina o aminoácido mais limitante, seguido pela cistina e treonina4. Entretanto, essa diferença não é

muito elevada, por isso alimentos com proteína da soja são considerados equivalentes com a qualidade

de proteína animal 2,6. Já está documentado que a soja apresenta uma proteína de alto valor biológico, de

acordo com o método PDCAAS que determina o score de aminoácidos corrigido pela digestibilidade da

proteína. A proteína da soja tem um PDCAAS de 1, o que indica que ela atende às necessidades

protéicas de crianças e adultos, quando é a única fonte deste nutriente.

Outro dado interessante, é que a soja contém lisina, que é deficiente na maioria das proteínas dos

cereais, sendo os aminoácidos da soja complementares aos aminoácidos de outros cereais (Tabela 2) 5.

Tabela 2: Composição de aminoácidos dos grãos de soja

Aminoácido mg/g Proteína

Arginina 77,16

Alanina 40,23

Ácido aspártico 68,86

Cistina 25,00

Ácido glutâmico 190,16

Glicina 36,72

Histidina 34,38

4-Hidroxiprolina 1,40

Isoleucina 51,58

Leucina 81,69

Lisina 68,37

Metionina 10,70

Fenilalanina 56,29

Prolina 52,91

Serina 54,05

Treonina 41,94

Triptofano 12,73

Tirosina 41,55

Valina 41,55

Adaptado de MATEOS-APARICIO et al., 20085.

1.2 GORDURAS

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A soja normalmente contém entre 18 e 22% de óleo, sendo que praticamente 99% do total de gordura

são de triglicerídeos, e em menores quantidades encontram-se fosfolipídeos e ácidos graxos3. Esta

característica, ao contrário da maioria dos grãos que possuem pequenas quantidades de gorduras,

chegam a contribuir com 47% do seu total de calorias, provenientes dos lipídeos7,8.

Este grão contém grande conteúdo de ácidos graxos poliinsaturados, linoléico (C18:2) e linolênico

(C18:3) e quantidades moderadas de gordura saturada, ácido palmítico (C16:0) e ácido esteárico

(C18:0). A predominância é de ácido linoléico (aproximadamente 53% do total de ácidos graxos) e o

linolênico (aproximadamente 7 a 8% dos ácidos graxos), representando boa fonte de ômega-3 (w-3).

Considerando que muitas dietas são pobres em w-3, o consumo de soja e seus subprodutos pode

contribuir para aumentar a ingestão deste ácido graxo5.

1.3 CARBOIDRATOS

A soja possui em média 35% de carboidratos, contendo uma variedade de polissacarídeos. Dentre as

fibras encontram-se: celulose, hemicelulose e pectina5. Os maiores constituintes dos polissacarídeos são

a arabinose, galactose, ácido urônico e celulose9.

O carboidrato solúvel da soja tem traços de glicose e arabinose. Entre os di e oligossacarídos encontram-

se a sacarose, rafinose e stachiose3,10-12, sendo que os dois últimos podem estar relacionados com

flatulência e desconforto abdominal, mas são considerados prebióticos pois promovem o crescimento da

população de Bifidobacterium3,12,13.

1.4 ISOFLAVONAS

Isoflavonas é um termo usado para determinar um grupo de fitoquímicos, com ação estrogênio-símile.

Elas não são nutrientes, mas possuem efeitos benéficos na prevenção da saúde. Tem sido associada

com a prevenção e tratamento de doenças crônicas como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes

assim como outras patologias7,14.

A estrutura básica das isoflavonas é composta por um núcleo de flavona, o qual possui dois anéis

benzênicos ligados a um pirano heterocíclico, sendo a genisteína e daidzeína as principais isoflavonas da

soja4,15. Essa estrutura química é responsável pelo caráter estrogênio-símile, das isoflavonas, fato que lhe

confere importantes efeitos à saúde.

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Muitos efeitos benéficos à saúde associados com o consumo de soja têm sido atribuídos ao conteúdo de

isoflavonas. Como resultado das similaridades estruturais com o estrógeno endógeno, as isoflavonas

apresentam fracos efeitos estrogênicos por meio da competição do o 17-beta-estradiol pela ligação com

os receptores intranucleares de estrógeno, exercendo efeitos estrogênicos e anti-estrogênicos em vários

tecidos16. As atividades estrogênicas das isoflavonas seriam as responsáveis pelas suas propriedades

benéficas; adicionalmente, as isoflavonas podem exercer outros efeitos por meio de outras vias

metabólicas não mediadas pelos receptores de estrógeno16.

A genisteína, daidzeína e gliciteína são as principais isoflavonas na soja. Dentre elas, a genisteína é mais

estudada devido a sua prevalência na soja e a sua maior atividade, já que tem alta afinidade pelos

receptores estrogênicos16.

As isoflavonas estão principalmente na forma glicosídica nos vegetais, possui componentes altamente

polares (solúveis em água). Em cada grama de soja há entre 0,1 a 0,3mg de isoflavona, porém é no

gérmen onde há a maior concentração deste componente (>20mg/g). Após a ingestão, os flavonóides são

hidrolisados pela microbiota intestinal saudável, por meio da ação das glicosidases gerando as formas

agliconas daidzeína e genisteína, sendo estes componentes passíveis de absorção e metabolização17.

2. BENEFÍCIOS DA SOJA

Existem diversas pesquisas que identificam benefícios no consumo de leguminosas como feijão, soja,

lentilha, entre outros18. A soja por conter proteína de alta qualidade, baixa quantidade de gordura

saturada, não possuir colesterol, ser rica em fibra e ainda apresentar outros compostos bioativos, possui

diversos benefícios à saúde, que serão discutidos a seguir5.

2.1 DIABETES MELLITUS

Obviamente o tratamento com indivíduos diabéticos depende de diversas variáveis como estilo de vida e

necessidades metabólicas. A proteína da soja tem relação com o diabetes, pois possui arginina e glicina

os quais tendem a reduzir níveis sanguíneos de insulina, além da fibra que tem um efeito modulador de

insulina5.

Indivíduos com diabetes freqüentemente apresentam patologias associadas como obesidade,

aterosclerose, hipertensão e hipercolesterolemia, sendo a soja mostrou-se efetiva no tratamento de todas

as patologias citadas, portanto seria uma boa opção em diabéticos19.

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Sabe-se que uma dieta rica em fibras, principalmente fibras solúveis estão associadas com o controle de

níveis glicêmicos em diabéticos. Em estudos experimentais tem sido encontrado que há melhora da

glicose sanguínea devido à ingestão de fibras provindas da soja, provavelmente, pois a fibra leva a uma

absorção mais lenta do carboidrato7,20. Outras ações também são esperadas como uma maior excreção

de ácido biliar pelas fezes e diminuição da absorção de gordura19.

Foi verificado que a substituição da proteína animal por proteína da soja e outros vegetais poderia talvez

diminuir a hiperfiltração renal, proteinúria e diminuir a carga ácida, reduzindo assim, o risco de doenças

renais em diabéticos21.

Ainda, a retinopatia diabética é uma das complicações mais comuns em diabéticos, o efeito

antiangiogênico das isoflavonas pode ser válido nesta alteração22.

Em um estudo prospectivo de coorte, 64.227 chinesas de meia idade, sem histórico de diabetes, câncer

ou doença cardiovascular foram acompanhadas por uma média de 4,6 anos, para coleta de dados de

fatores de risco para diabetes, incluindo ingestão dietética e atividade física, além de avaliação corporal.

Foi encontrada associação inversa entre o consumo de leguminosas e a incidência de diabetes, sendo

que o consumo de leguminosas em especial era de soja, pois representava 53% do total deste grupo

alimentar23.

Ali et al.24 demonstraram que as isoflavonas da soja têm efeitos hipoglicemicos e hipolipidêmicos, que são

mediados por alterações nos peptídeos hormonais, em estudo com ratos magros e obesos, que

receberam dieta contendo 0,1% de isoflavonas da soja. Os autores observaram que o consumo de

isoflavonas promoveu redução nos níveis de glicose, aspartato amino transferase e alanina amino

transferase nos dois grupos estudados. Nos animais magros, as isoflavonas reduziram os níveis de

triglicerídeos, além de promover alterações benéficas nos níveis de insulina, glucagon e leptina24.

Pesquisas indicam que o consumo de soja por diabéticos pode ser potencialmente vantajoso, mas mais

estudos são necessários a fim de provar a capacidade do controle da glicemia em diabéticos por meio

deste alimento25.

2.2 HIPERTENSÃO ARTERIAL E DOENÇAS RENAIS

Foram realizados estudos com ratos hipertensos em que o efeito da proteína hidrolisada de soja e da

proteína de soja foram testados. Identificou-se que os ratos que consumiram a proteína hidrolisada de

soja ou a proteína de soja tiveram uma melhora no desenvolvimento da hipertensão, além de melhorar

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função renal, diminuir a excreção urinária de proteína e elevar o clearance de creatinina. Houve

diminuição da atividade da enzima conversora de angiotensina, malonaldeído, fator alfa de necrose

tumoral e do inibidor do ativador do plasminogênio-1 (PAI-1), e houve a diminuição da expressão do

CYP4A e da concentração de insulina. Esses dados indicam que soja pode amenizar a elevação da

pressão sanguínea e proteger células renais26,27.

A substituição da proteína animal por proteína da soja freqüentemente diminui hiperfiltração em pacientes

diabéticos e reduz a excreção urinária de albumina, o que sugere que a soja teria um efeito protetor das

células renais28.

A fim de avaliar se os fitoestrógenos presentes na soja poderiam ter uma influência na hipertensão uma

meta-análise avaliou estudos que utilizaram fitoestrógenos no tratamento da hipertensão. Entretanto, não

foram encontradas significância estatística ou diferenças clínicas nestes pacientes, mostrando que a ação

da soja na hipertensão provavelmente não seja pela presença de fitoestrógenos29.

2.3 DOENÇAS CARDIOVASCULARES

As doenças cardiovasculares e níveis elevados de colesterol representam um dos maiores problemas de

saúde na maioria dos países desenvolvidos; contudo, a maioria das mortes por doenças cardiovasculares

pode ser prevenida por meio do estilo de vida baseado na dieta, atividade física e ausência de

tabagismo18,30.

Condutas dietéticas para o controle do colesterol sérico abrangem nutrientes, alimentos e compostos

bioativos de alimentos31. Revisão realizada por FARRIOL et al.25 mostrou que diversos estudos

corroboram que a ingestão regular de leguminosas diminui o risco de doenças cardiovasculares.

Mais recentemente, Shatylo et al.32 selecionaram 47 pacientes com angina funcional e dislipidemia para

um estudo de intervenção. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: o primeiro recebeu dieta

hipocolesterolêmica com alimentos a base de soja (29g de proteína de soja/dia) e medicação durante 4

semanas (grupo intervenção); o grupo controle recebeu a dieta hipocolesterolêmica e medicação pelo

mesmo período. Os indivíduos do grupo intervenção apresentaram redução da freqüência e duração dos

ataques de angina, aumento da tolerância a atividade física e redução considerável das concentrações de

colesterol e LDL-colesterol, quando comparados ao grupo controle. Além disso, a dieta contendo soja

promoveu a normalização dos níveis de glicose, de acordo com os resultados do teste de tolerância a

glicose, nos indivíduos com alteração do metabolismo de carboidratos32.

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Há estudos específicos para a ingestão de soja, indicando que a substituição da proteína animal pela

proteína da soja pode reduzir as concentrações totais de LDL-colesterol e de triglicérides no sangue, não

alterando de forma significativa a concentração de HDL-colesterol sanguíneo. Por isso a soja pode

auxiliar na diminuição do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, já que auxilia no

controle dos fatores de risco33.

Existem diversas hipóteses para explicar o mecanismo destas ações. Uma hipótese seria que a

composição de aminoácidos ou sua distribuição na soja alteraria o metabolismo do colesterol,

possivelmente alterando o metabolismo endócrino já que há alteração na razão insulina:glucagon e nas

concentrações de hormônios da tireóide34,35.

Outra hipótese seria a presença de outros componentes não relacionados com a proteína, como

saponinas, fibras, ácido fítico, minerais e a associação da isoflavona com a proteína da soja (que afetaria

o metabolismo do colesterol). As modulações metabólicas observadas com a introdução de soja na dieta

são: síntese de colesterol alterada, aumento da síntese de ácidos biliares ou aumento de sua excreção,

aumento da apolipoproteína B ou aumento da atividade do receptor E e diminuição da produção de

lipoproteína hepática e de colesterol34.

Estudos epidemiológicos indicam que dietas ricas em fibra provindas de cereais e leguminosas são

inversamente relacionadas com doenças cardiovasculares. As leguminosas são fonte de fibras,

especialmente fibra solúvel que estão relacionadas com a diminuição da concentração sérica de

lipoproteínas e diminuição da reabsorção de ácidos biliares18. A fermentação da fibra solúvel no intestino

também produz ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) que diminuem a síntese hepática do colesterol,

ação esta identificada pelo ácido propiônico, que é um AGCC36. A diminuição da síntese de colesterol

hepático está ligada com a redução dos níveis sanguíneos de insulina, isto porque a insulina é

responsável pela ativação da enzima que participa da síntese de colesterol, e, por outro lado, talvez

também possa ser por uma alteração dos ácidos biliares no fígado37.

Há também outra hipótese em que as isoflavonas presentes na soja e em seus derivados poderiam inibir

o desenvolvimento da aterosclerose, pois apresentam propriedades antioxidantes, protegendo a oxidação

da fração LDL-colesterol, a qual gera uma cascata de eventos que produzem plaquetas ateroscleróticas.

Além disso, as isoflavonas podem ter um efeito hipocolesterolêmico; entretanto, este efeito ainda está

sendo estudado. Pode haver também uma interação entre a isoflavona e os receptores de estrógenos,

pela estrutura similar destes componentes e pela ação metabólica2.

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Diversos artigos encontraram a relação de diminuição do colesterol e diminuição do risco de doenças

cardiovasculares com o consumo de soja, entretanto, o consumo de componentes isolados da soja, ainda

precisam ser mais estudados2,20.

2.4 IMUNIDADE

A genisteína presente na soja é a isoflavona mais estudada na imunidade. Já foi verificado que a

genisteína suprime o antígeno específico da resposta imune e a resposta de proliferação de linfócitos.

Entretanto a genisteína melhora a resposta citotóxica mediada por células natural killer e células T

citotóxicas. Em humanos também foi verificado que o uso desta isoflavona inibe resposta inflamatória

alérgica, mostrando que a genisteína interfere em diversos pontos no sistema imune38.

2.5 CÁLCULO BILIAR

A soja tem sido associada com benefícios em pacientes com cálculo biliar; entretanto o mecanismo ainda

não está muito bem esclarecido, mas pode estar relacionado com o efeito de diminuição do colesterol

pela proteína da soja com isoflavona5.

2.6 CÂNCER

Nos últimos anos, grupos de pesquisa têm sugerido que o consumo de soja está associado relativamente

com níveis menores de alguns tipos de câncer em países que incluem este alimento em suas

dietas4,7,25,39. Portanto, alimentos com soja e isoflavonas têm ganhado atenção especial pelo seu possível

efeito preventivo e no tratamento do câncer5.

A soja é uma leguminosa única devido à sua concentração de isoflavonas, que por sua vez possui seus

metabólitos e ambos possuem atividades hormonais e não hormonais. O interesse inicial pelas

isoflavonas foi pela sua atividade estrogênica e na possibilidade desta atividade ser útil na prevenção e

tratamento de cânceres dependentes deste hormônio40. Os estudos têm mostrado um efeito modulador,

ou seja, em casos de altas concentrações de estrogênio a isoflavona tem ação antiestrogênica e quando

há baixas concentrações de estrogênio a isoflavona tem ação estrogênica4,7.

Uma das principais isoflavonas é a genisteína que pode ter efeito anticâncer, devido a sua ação

antioxidante e também por ser um inbidor da proteína tirosina quinase, MAP-quinase, quinase S6

ribossômica, topoisomerase II, os quais formam parte do fator estimulador de crescimento que sinaliza a

cascata de transdução em células normais e em células cancerosas. A genisteína, in vitro, também

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aumenta as concentrações de TGF-beta, o qual pode inibir o crescimento de células tumorais, tendo um

importante papel como potente inibidor de angiogênese7.

2.6.1 CÂNCER DE MAMA

O crescimento de cânceres dependentes e não dependentes de estrogênio, in vitro, pode ser inibido pela

soja; entretanto ainda não está clara a concentração necessária para promover esta resposta, apesar das

evidências indicarem que a ingestão de soja pode ajudar na prevenção da iniciação de células

cancerosas4,7. Por outro lado há evidências de que a isoflavona aumenta a atividade estrogênica em

mulheres com risco de câncer de mama, ou com mulheres que já apresentem câncer de mama39-41.

Japoneses possuem níveis de fitoestrógenos mais elevados no sangue e possuem incidência menor de

câncer de mama, próstata e cólon42.

Corroborando essas teorias, Suzuki et al.43 demonstraram em seu estudo caso controle com 678

mulheres com câncer de mama e 3390 mulheres sem câncer de mama (grupo controle) que as mulheres

que faziam uso de produtos a base de soja apresentaram redução do risco de câncer de mama pelos

diferentes tipos de receptores (estrógeno, progesterona e fator de crescimento). Esses resultados indicam

que a soja pode trazer certa proteção contra este tipo de câncer43.

2.6.2 CÂNCER DE PRÓSTATA

O estrógeno pode inibir o crescimento do câncer de próstata, mas também está associado à hiperplasia

prostática benigna e câncer de próstata. É sabido que estrógenos causam a morte programada das

células com câncer de próstata e inibem enzimas associadas com diferentes processos no

desenvolvimento deste tipo de câncer5. Alimentos com soja podem representar um fator que contribua

para a diminuição da mortalidade por câncer de próstata42. A genisteína reduz a síntese de DNA em

células de próstata in vitro e inibe o efeito da testosterona no desenvolvimento do câncer de próstata em

ratos40,44.

Entretanto, o consumo de produtos a base de soja suficiente para diminuir o LDL-colesterol parece não

reduzir o Antígeno Específico da Próstata (PSA) como foi proposto em outros estudos42.

Estudo de caso controle foi realizado no qual foram selecionados 406 indivíduos com hiperplasia

prostática benigna e 462 controles, com idade entre 40 e 75 anos, para análise da ingestão dietética

usual dos 10 anos anteriores45. Entre outros alimentos como vegetais no geral e vegetais amarelados, o

consumo de tofu também foi associado inversamente com o risco desta patologia45.

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2.6.3 CÂNCER DE CÓLON

Há algumas evidências epidemiológicas do efeito protetor de produtos a base de soja no câncer de cólon,

mas há outros estudos não mostrando efeito. Estudos in vitro tem mostrado efeito anti-proliferativo em

alguns tipos de células, incluindo células do trato gastrintestinal46.

Outro fator importante no desenvolvimento do câncer de cólon é a presença de fibras, pois diminuem o

risco de doenças crônicas e do sistema digestivo20,47. As fibras da alimentação podem aumentar o volume

fecal e reduzir o tempo de transito intestinal, promovendo a continuidade dos movimentos peristálticos e a

eliminação do material fecal, reduzindo a exposição de células colônicas às substâncias mutagênicas20,48.

A fermentação da fibra no cólon produz um aumento de ácidos graxos de cadeia curta que apresenta

uma proteção contra o câncer de cólon e contra infecções intestinais através da inibição da putrefação e

do aumento de bactérias patogênicas49,50. Além disso, os flavonóides possuem atividade anti-proliferativa

no desenvolvimento do câncer de cólon em humanos51. Entretanto, não são todas as pesquisas que

encontraram este benefício quando há em conjunto uma dieta rica em gorduras totais (DAVIES et al.,

1999), portanto esta evidência de proteção no câncer de cólon ainda é limitada42.

2.7 MENOPAUSA

O início dos sintomas do climatério (fogachos e suores noturno) é a principal razão para que mulheres na

pré-menopausa iniciem a terapia hormonal52. A associação de baixa incidência de sintomas pós-

menopausicos com o alto consumo de soja nas mulheres asiáticas sugere que os fitoestrógenos possam

representar uma alternativa a terapia estrogênica, em função da alta afinidade das isoflavonas pelos

receptores estrogênicos do tipo beta52.

Estudos indicam que a adição de alimentos com proteína isolada de soja, com quantidades naturais de

isoflavonas em dieta de mulheres pós-menopausadas, diminui a freqüência de fogachos17,53. Uma das

explicações seria que, devido a sua estrutura estrogênio-símile, as isoflavonas se ligariam nos receptores

de estrogênio, desencadeando um efeito estrogênico17,54.

Cheng et al.52 realizaram um estudo prospectivo duplo-cego com 60 mulheres na pós-menopausa, para

avaliar os efeitos das isoflavonas. As mulheres foram divididas em dois grupos que receberam 60mg de

isoflavona ou placebo diariamente por três meses. Antes e após a intervenção, os autores avaliaram:

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sintomas climatéricos, níveis séricos de lipoproteínas, estradiol e hormônio folículo estimulante; ainda,

realizaram biópsia de endométrio e tecido mamário para investigar a proliferação e expressão dos

receptores esferoidais52. Após doze semanas, os autores observaram que o grupo que recebeu as

isoflavonas apresentou redução dos fogachos e suores noturnos em 57% e 43%, respectivamente, sem

relato de efeitos colaterais; entretanto não foram observadas alterações nas demais variáveis

analisadas52. Contrariamente, Duffy et al.54 não demonstraram melhora nos sintomas climatéricos com

suplementação com dose semelhante para 33 mulheres na pós-menopausa; porém os autores

observaram uma melhora da função cognitiva. Existem dois tipos de receptores de estrogênicos (alfa e

beta), sendo que ambos os receptores existem no cérebro. As isoflavonas parecem ter preferência ao

receptor beta, que é o relacionado com o desenvolvimento da função cognitiva54.

2.8 REDUÇÃO E MANUTENÇÃO DE PESO CORPÓREO

Na última década, a prevalência da obesidade e o aumento de doenças crônicas vêm sendo relacionadas

com a rápida ocidentalização das populações. A obesidade está associada à hiperinsulinemia, resistência

à insulina, anormalidades do metabolismo lipídico, sendo o maior fator de risco para o desenvolvimento

de diabetes tipo II, doenças cardiovasculares, aterosclerose e certos tipos de câncer. A alimentação no

continente asiático está relacionada com uma menor freqüência destas patologias, sendo a soja e

produtos derivados um dos fatores estudados que contribuiriam para estes benefícios16. A genisteína e

daidzeína podem ser obtidas em níveis elevados sob certas condições nutricionais e estudos

epidemiológicos e de laboratório sugerem que esses compostos podem ter efeitos benéficos na

modulação do peso corporal.

Estudo realizado com ratos identificou que os animais alimentados com soja tiveram ativação do AMPK,

levando a uma aumento da captação de glicose pelos músculos esqueléticos, aumento do catabolismo de

lipídeos, maior oxidação de gorduras, melhorando a sensibilidade à insulina, sendo provavelmente um

alimento que possa auxiliar na prevenção e tratamento de obesidade e sobrepeso55,56.

2.9 OSTEOPOROSE

O envelhecimento induz a redução na massa óssea e a osteoporose conseqüente é um importante

problema de saúde pública reconhecido no mundo todo. A perda óssea com o aumento da idade pode

ser devido a redução da formação óssea e aumento da reabsorção57. Fatores farmacológicos e

nutricionais podem prevenir essa perda óssea associada com a idade, embora ainda não exista um

entendimento completo do mecanismo de ação dos alimentos e plantas no metabolismo ósseo.

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Populações de cidades ocidentais em comparação com populações de países asiáticos apresentam um

aumento do risco de osteoporose5. Existe uma correlação positiva entre a ingestão de proteína animal e a

excreção de cálcio, porém, esta relação não é encontrada com a ingestão de proteína de origem

vegetal58. Indivíduos asiáticos com baixa ingestão de proteína animal e baixa ingestão de cálcio possuem

muito menos fraturas que a população ocidental7.

O consumo de soja pode ser necessário para aumentar moderadamente a massa óssea; dados indicam

que a proteína da soja e suas isoflavonas são responsáveis por este efeito58,59. Isso porque já foi

identificado que a genisteína tem um efeito inibidor direto na reabsorção óssea e que a daidzeína

aumenta a massa óssea em mulheres pós-menopausadas7,60.

Mori et al.61 avaliaram os efeitos da suplementação de isoflavonas na densidade mineral óssea em 81

japonesas saudáveis na pré- e pós-menopausa, em um estudo duplo-cego placebo-controlado. As

participantes foram divididas em dois grupos: o grupo intervenção recebeu 100mg de isoflavonas e o

grupo controle recebeu placebo, contendo 25mg de vitamina C e 5mg de vitamina E, diariamente por 24

semanas. Os autores observaram que o grupo recebendo isoflavonas apresentou aumento significante na

densidade mineral óssea, além de redução no percentual de gordura corporal. Assim os autores

concluíram que as isoflavonas não só previnem a reabsorção óssea, mas também aumentam a

densidade mineral e reduzem a gordura corporal, contribuindo para a redução do risco de osteoporose e

obesidade61. Dados similares foram apresentados no estudo brasileiro de Shiguemoto et al.62, com ratos

recebendo um iogurte a base de soja enriquecido com isoflavonas, submetidos a atividade física. Outros

estudos com animais também apresentaram resultados positivos63,64.

Dentre os mecanismos estudados, temos que as isoflavonas (principalmente genisteína e daidzeína) têm

um efeito estimulador na formação óssea osteoblástica e um efeito inibidor na reabsorção óssea

osteoclástica, aumentado, desta forma, a massa óssea57. Além disso, a menaquinona (um análogo da

vitamina K abundante na soja fermentada) também tem efeitos semelhantes57.

3. CONCLUSÃO

Os dados científicos apresentados identificam potentes efeitos benéficos da soja à saúde humana. Nesse

sentido, a inclusão de soja e seus subprodutos na alimentação diária, associada a uma dieta equilibrada,

poderá promover importantes modulações metabólicas, contribuindo para a redução do risco de

desenvolvimento de diversas patologias e, conseqüentemente, melhora da qualidade de vida. Supra

Soy Integral, a base de proteína da soja e soro do leite, contribui com a ingestão diária de soja,

agregando todos os nutrientes presentes no grão:

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� Possui aproximadamente 6g de proteína por porção;

� Oferece 10mg de ácido graxo Ômega-3 por porção e 56mg de ácido graxo ômega-6;

� Tem 2g de fibras/porção

B. SORO DO LEITE

O termo whey protein (do inglês, proteína do soro) refere-se às proteínas isoladas do soro do leite. Estas

proteínas são extraídas da porção aquosa do leite, gerada durante o processo de fabricação de queijos e

coalhadas65,66. Durante décadas, este soro, considerado um subproduto, era dispensado pela indústria de

alimentos, sendo somente a partir da década de 70 pesquisado por cientistas, que passaram a estudar as

propriedades desta proteína65. Entretanto está proteína atualmente é conhecida como um alimento

funcional e de apreciáveis aplicações nutricionais66.

As proteínas do soro do leite apresentam estruturas globulares contendo algumas pontes de dissulfeto, o

que conferem certo grau de estabilidade estrutural. A constituição das proteínas do soro pode variar em

tamanho, peso molecular e função, fornecendo a este grupo protéico características especificas65. Sendo

subdivididas nas denominadas frações, ou peptídeos do soro, estão principalmente entre elas a beta-

lactoglobulina, alfa-lactoalbumina, albumina do soro bovino, imunoglobulinas e glicomacropeptideos65-67.

Suas características bioquímicas, fisiológicas, nutricionais, funcionais e quantidades relacionadas estão

distribuídas na Tabela 3.

Tabela 3. Características bioquímicas, fisiológicas, nutricionais e funcionais de cada fração/peptídeo do

soro do leite.

Fração ou peptídeo

Relação fração/peptídeo na proteína do soro

Características bioquímicas / fisiológicas

Características nutricionais e

funcionais

Beta-lactoglobulina65

Maior representatividade (cerca de até 55%)

Médio peso molecular / Resistência a certas enzimas, absorção no intestino delgado

Maior teor de *BCAA’s

Alfa-lactoalbumina 65,68-71

É o segundo peptídeo do soro (cerca de 15 a 25

%)

Baixo peso molecular/ Fácil e rápida digestão

Maior teor de triptofano (6%),afinidade com cálcio

e zinco, atividade antimicrobiana

Albumina do soro bovino66,69, 72

Corresponde a cerca de 10%

Alto peso molecular / afinidade e transporte de AGL

e outros lipídios

Rica em cistina, (precursor de glutationa)

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Imunoglobulinas65,69,71,73

Quatro das cinco classes estão

presentes no leite bovino (principal

IgG)

Alto peso molecular Imunidade passiva e atividade antioxidante

Glicomacropeptídeos 65,68

Muitos autores não o- descrevem como

um peptídeo do soro

Baixo peso molecular, alta carga negativa / resistente ao calor, a digestão e mudança

de pH

Favorece a absorção de minerais no epitélio

intestinal, alto teor de *BCAA’s

1. CARACTERÍSTICAS E APLICABILIDADE

Conceitua-se que diferentes fontes de proteína exibem taxa de digestibilidade diferentes,

conseqüentemente interferindo nas taxas de oferta de aminoácidos adicionais disponíveis para as

determinadas funções no organismo74.

Diferentemente da caseína, que forma coágulos no interior do estômago, o whey protein possui

característica solúvel, o que lhe confere rápida digestibilidade e absorção66,75. Em decorrência disso, tem

sido especulado que o whey protein seja mais efetivo em acentuar a hipertrofia muscular quando

comparados a alimentos integrais, uma vez que seus aminoácidos estariam sendo mais prontamente

disponibilizados para a síntese protéica76. Ainda em comparação com a proteína proveniente de soja e da

caseína, a whey protein destacou-se em sua característica digestiva, promovendo uma oferta mais rápida

e potente na fonte de nutrientes e aminoácidos essenciais74.

2. COMPOSIÇÃO CORPORAL & OBESIDADE

Acredita-se que a elevação na ingestão de proteína pode contribuir para diminuição da obesidade e

conseqüentemente diminuir a chances de um individuo vir a ter síndrome metabólica e doenças

cardiovasculares, isto associado a controles da quantidade energética da dieta. Pois se alega que a

proteína estaria envolvida em proporcionar uma maior saciedade em comparação com carboidratos e

gorduras, e associado a seu efeito na manutenção e aumento de massa corporal isenta de gordura a

proteína poderia interferir positivamente nos componentes corporais77.

Na tentativa de investigar os efeitos de dietas ricas em proteínas, comparando a ingestão de diferentes

fontes como carne vermelha, soja, leite e whey protein e relacionar a manutenção do peso corporal,

Huang et al. (2008)78 induziram ratos a obesidade e posteriormente ofereceram dietas ricas em cada

fonte citada anteriormente. Apesar de não se observar diminuição de padrões de obesidade, no grupo

que utilizou whey protein, diferente dos outros grupos, o ganho de peso estabilizou, e possivelmente a

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saciedade foi mais efetiva, além de esta proteína estar associada com níveis mais baixos de insulina

entre todas as outras fontes testadas78.

3. EXERCÍCIO, ATIVIDADE FÍSICA, HIPERTROFIA, ALTERAÇÕES METABÓLICAS, RECUPERAÇÃO E

IMUNIDADE.

Diferentes formas de proteína dietética afetam a assimilação do crescimento protéico corporal e

conseqüentemente pode interferir nos resultados obtidos pelo treinamento e exercícios físicos. Em

relação à síntese de proteína no músculo, algumas pesquisas evidenciam aspectos semelhantes entre a

caseína e a whey protein, mesmo apresentando padrões diferentes na digestibilidade e absorção, porém,

algumas pesquisas indicam a whey protein como melhor indutora no ganho protéico em relação à

caseína, em contraste, outros estudos que mostram a caseína é mais evidenciada 79.

Tang et al.80 dividiram grupos de homens jovens treinados em suplementado pós-treino com whey protein

(10g) e controle (10g glicose), e concluíram que esta pequena dose protéica ofertada pós treinamento

pode estimular a síntese de proteína muscular, conseqüentemente conduzindo a uma hipertrofia

muscular80.

A tabela 3 destaca alguns estudos recentes relacionados à síntese protéica muscular a respectiva

utilização de whey protein.

Tabela 3. Pesquisas e estudos atuais abordando o desenvolvimento muscular com a utilização de whey

protein.

Referências

Características do estudo Resultados obtidos

Cribb; Williams; Carey (2006)81

Ingesta de 1,5g/kg/dia de caseína ou whey protein em homens fisiculturistas

durante o período de 10 semanas.

O uso de whey protein proporcionou um aumento de massa muscular mais elevado, melhores alterações na

composição de gordura corporal, e aumento da força relativo ao peso

corporal Tang et al. (2007)80 Homens jovens treinados divididos em

suplementado pós-treino com whey protein (10g)

Aumentou a estimulação de fatores ligados à síntese de proteína muscular

Cribb et al.(2007)82 Ingesta de 1,5g/kg/dia de whey protein em homens durante o período de 11

semanas.

Encontrou-se hipertrofia e aumento na força

Katsanos et al. (2006)83 19 indivíduos (homens e mulheres) suplementando 15g whey protein ou uma mistura de aproximadamente 7g

aminoácidos essenciais

A estimulação de síntese protéica foi maior no grupo suplementado com whey

protein

Candow et al. (2006)84 Homens e mulheres durante 6 Evidenciou um aumento da massa

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semanas ingerindo 1,2g/kg/dia de whey protein

muscular

A utilização de whey protein pré e pós-atividade mostra-se eficiente na recuperação para sessões de

exercícios seguintes e conseqüentemente acredita-se que sustenta a função imune durante longos

períodos de sessões de treinos de alta intensidade. Estudos em animais demonstraram que o whey

protein exibe propriedades imunomoduladoras, provavelmente associados ao seu alto conteúdo de

cisteína79.

4. OUTRAS POSSÍVEIS APLICAÇÕES

Existe uma produção em larga escala de produtos protéicos derivados do leite e colostro e a procura de

validação científica para os efeitos destes produtos na saúde humana e seus efeitos fisiológicos85. O

maior estudo do soro do leite com certeza está em cima do esporte e atividade física, entretanto, há

outras propostas para o uso deste produto em algumas patologias e condições clínicas que serão

abordados a seguir73.

Há relatos de que o soro do leite tem atividade antioxidante, imunomoduladora, anti-hipertensiva,

antitumoral, hipolipidêmica, antiviral, antibacteriana e como agente quelante66,73 , já que alguns estudos

indicam que dietas hiperprotéicas e com baixa quantidade de carboidratos podem ser benéficos em

pessoas com diabetes, obesidade e hipercolesterolemia86.

4.1 PSORÍASE E OUTRAS DOENÇAS AUTO-IMUNES

Há vários tipos de whey protein, sendo que um deles é o um extrato do soro do leite chamado XP-828L,

que está sendo pesquisado em casos de psoríase. Drouin et al.87 realizaram estudo com 42 pacientes

que apresentavam psoríase moderada, observou-se melhora nos sintomas da avaliação global destes

indivíduos. Os autores ainda relatam que estudos experimentais in vitro mostraram que o XP-828L

diminuiu a proliferação de concanavalina A (que estimula células T) e a produção de interleucina-2 (IL-2)

e de interferon-gama (INF-gama), mas em humanos o processo ainda não está bem definido. Entretanto,

os autores concluíram que o XP-828L é um produto natural com benefícios à saúde que pode ser usado

como alternativa ou concomitante ao tratamento de psoríase moderada e tem grande potencial para o

tratamento de outras doenças auto-imunes87.

4.2 EFEITO ANTIINFLAMATÓRIO

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Foi encontrado que o whey protein isolado pode melhorar a resposta antiinflamatória na fibrose cística, o

qual pode ser mediado por peptídeos, sendo que whey protein isolado, quando hidrolisado, melhora as

concentrações intracelulares de glutationa (GSH) e diminui a secreção de interleucina-8, mostrando que

este produto hidrolisado tem uma ação antiinflamatória além de melhorar o impacto celular da GSH88.

Esses efeitos proporcionam diversas possibilidades de uso em diversos desequilíbrios fisiológicos.

4.3 HIPERTENSÃO

Revisão realizada por Fitzgerald e Meisel89 mostrou que os peptídeos hidrolisados da caseína e do soro

do leite, tanto em animais quanto em humanos, podem promover uma redução significativa da

hipertensão.

5. COMBINAÇÃO COM SORO DO LEITE - SORO DO LEITE E SOJA

A indústria alimentícia procura produzir novos produtos que contenham componentes que tragam

benefício à saúde, por exemplo, em um mesmo produto hoje em dia é possível encontrar soro do leite e

componentes à base de soja. Brown et al.90 compararam o efeito no exercício físico com a ingestão de

barras de proteína a base do soro do leite ou a base de soja; os autores afirmam que ambos os produtos

promoveram o aumento de massa muscular e que como vantagem o produto a base de soja promoveu

preservação da função antioxidante.

Supra Soy Integral, em sua versão normal e Light, contém em sua composição proteínas da soja

associadas às proteínas do soro do leite, representando uma importante fonte de proteínas de alto valor

biológico, que associa os benefícios da proteína da soja com a proteína do soro do leite.

C. MICRONUTRIENTES

1. ZINCO

O zinco é o segundo elemento-traço mais abundante no organismo humano. Assim, apresenta

importantes funções no organismo91,92.

� É essencial para a atividade de mais de 300 enzimas de todas as seis classes, onde age como íon

catalítico, co-catalítico, estrutural ou regulador93, incluindo a enzima antioxidante superóxido dismutase.

� Participa da síntese e da degradação de carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos.

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� Dentre as funções biológicas dependentes de zinco, temos replicação de DNA, transcripção de RNA,

transdução de sinal, catálise enzimática, regulação redox, proliferação e diferenciação celular e

apoptose93.

� Por afetar a atividade do fator de crescimento IGF-1 (insulin-like growth factor 1), é necessário para o

adequado crescimento ósseo.

Assim, considerando suas funções biológicas, é fácil entender que o zinco é crucial para múltiplos

aspectos do sistema imune, incluindo o desenvolvimento normal, diferenciação e função das células

pertencentes tanto a imunidade adquirida como inata93. Os linfócitos T são as células imunológicas que

tem maior susceptibilidade à deficiência de zinco, que pode reduzir o número de células periféricas e no

timo, bem como sua proliferação93. Outras células também podem ser afetadas, levando a redução da

produção de anticorpos e comprometimento da função das células do sistema imune inato, como a

atividade das células natural killer, produção de citocinas pelos monócitos e quimiotaxia, além da ação

oxidativa dos neutrófilos.

Vale lembrar que o zinco também é necessário para a adequada maturação e função cerebral, já que no

sistema nervoso central, está concentrado nas vesículas sinápticas de neurônios glutaminérgicos

específicos, que são encontrados primariamente no cérebro e se conectam com outros córtices cerebrais

e estruturas límbicas. Durante os eventos sinápticos, o zinco é liberado e passa para os neurônios pós-

sinápticos, agindo como um neurotransmissor.

Apesar da ausência de dados epidemiológicos sobre a deficiência de zinco, a UNICEF estima que

represente um problema de saúde pública potencial no mundo94, com múltiplas conseqüências à saúde,

incluindo desordens comportamentais e cognitivas. Assim, considerando-se as importantes funções

orgânicas do zinco, sua deficiência pode interferir em múltipos sistemas orgânicos.

A deficiência de zinco está associada a uma maior susceptibilidade às infecções, causadas por bactérias,

vírus e fungos, uma vez que o zinco está relacionado com a síntese de imunoglobulinas e manutenção da

função imune95,96. Outras manifestações clínicas associadas com a deficiência de zinco incluem: retardo

no crescimento, atrofia do timo, hipogonadismo, infertilidade, dermatite, redução da capacidade de

cicatrização, alopecia, teratologia, anorexia e diarréia93.

Uma porção de Supra Soy Integral oferece 2mg de zinco, que correspondem a 30% das necessidades

diárias de um adulto. Já a versão Supra Soy Integral Light oferece 0,81mg, correspondente a 12% das

necessidades.

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2. VITAMINA D

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, formada pelo ergocalciferol (vitamina D2) e colecalciferol

(vitamina D3), sendo esta última sintetizada pela ação da luz solar na pele97. Suas principais funções

estão associadas com a manutenção da homeostase do cálcio e do fósforo e mineralização óssea, sendo

então essencial para a prevenção da osteoporose98. Além disso, a vitamina D atua como importante

regulador na transcrição gênica, através da regulação da proliferação, diferenciação, apoptose e

angiogênese celular99.

Por atuar nas células beta do pâncreas, a vitamina D regula a secreção da insulina e, consequentemente,

tem papel fundamental no metabolismo dos carboidratos100, podendo então ser considerada uma vitamina

essencial para a prevenção do desenvolvimento do diabetes tipo 1.

Ainda, tem importantes efeitos na função imunológica, principalmente em macrófagos, células dendríticas

e células-T, fornecendo fortes evidências de um papel fisiológico para esta via esteróide na função imune

normal101. Por outro lado, sua deficiência tem sido associada com elevação dos níveis de proteína C

reativa, indicando uma potente ação antiinflamatória102.

Recentemente, o estudo Brazos Nutricional, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São

Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, avaliou a ingestão de

micronutrientes em 2392 pessoas residentes em 120 municípios das cinco regiões do Brasil. Os

resultados demonstraram que 99% da população apresentaram ingestão inadequada de vitamina D.

Considerando as funções fisiológicas da vitamina D, sua deficiência pode ter importantes conseqüências

para o crescimento e manutenção da saúde óssea e na função imunológica.

A última edição do Journal of the American College of Cardiology apresenta um trabalho sobre o estado

da arte da vitamina D, no qual os autores demonstraram que a deficiência de vitamina D está presente

em 30 a 50% da população geral103. A deficiência de vitamina ativa o sistema renina-angiotensina-

aldosterona e pode predispor a hipertensão e hipertrofia ventricular. Adicionalmente, pode promover um

aumento no hormônio da paratireóide, que aumenta a resistência a insulina, que está associada com

diabetes, hipertensão, inflamação e aumento do risco cardiovascular103. Estudos epidemiológicos têm

associado baixos níveis de 25-hidroxivitamina D com fatores de risco coronarianos e eventos

cardiovasculares adversos.

Além disso, por atuar como um importante regulador da neuroproteção endógena e exógena, a

deficiência de vitamina D pode promover disfunções cerebrais, incluindo alteração de comportamento e

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envelhecimento cerebral104. O estudo de Eyles et al.105 indicou que a manutenção de níveis adequados de

vitmaina D na infância está associada com melhora da atividade dos receptores transcricionais de

vitamina D no cérebro, estando então associados com manutenção do desenvolvimento cerebral e saúde

mental na vida adulta.

Para contribuir com a ingestão diária de Vitamina D, que é fundamental para a manutenção da saúde,

Supra Soy Integral e Supra Soy Integral Light oferecem aproximadamente 3mcg por porção.

3. VITAMINA A

A vitamina A tem um papel essencial em diversas funções fisiológicas incluindo visão, crescimento,

reprodução, hematopoiese e imunidade106:

� O ácido retinóico é necessário para a manutenção da diferenciação normal da córnea e das

membranas conjuntivas, prevenindo a xeroftalmia, bem como para os fotoreceptores e para as células em

cone106; ainda é necessária para a visão noturna, já que se combina com a proteína opsina, para formar

os pigmentos fotossensíveis, rodopsina e iodopsina, nas hastes e cones dos olhos, que são necessárias

para a visão noturna107.

� É fundamental para a manutenção da integridade das células epiteliais de todo o organismo107. Por

meio da ativação de seus receptores (RAR e RXR) os ácidos retinóicos regulam a expressão de diversos

genes que codificam proteínas estruturais109.

� Influencia também o crescimento longitudinal, por meio da promoção da diferenciação das células

pituitárias secretoras de GH e pela estimulação direta da secreção de GH110.

A primeira linha de defesa contra infecções é representada pelos neutrófilos, que são as primeiras células

a responder a infecções e atingir bactérias, vírus, fungos e células tumorais111. Os neutrófilos fagocitam o

organismo alvo ou célula e então utilizam espécies de oxigênio ativas e outras moléculas mitocondriais

para matar o alvo. Os neutrófilos se diferenciam e amadurecem na medula óssea; esses processos são

dependentes de ácido retinóico111. Por esse motivo a vitamina A é fundamental para o funcionamento do

sistema imunológico e sua deficiência está associada com aumento do risco de infecções e mortalidade,

principalmente em crianças. Vale lembrar que a deficiência de vitamina A é um problema no Brasil e no

mundo, principalmente em regiões de baixa renda112.

Assim, observa-se que a ingestão de vitamina A é fundamental para a saúde ótima. Nesse sentido Supra

Soy Integral oferece 132mcg de vitamina A por porção, quantidade que supre 22% das necessidades

diárias de um adulto; Supra Soy Integral Light oferece aproximadamente 117mcg por porção,

correspondendo a 20% das necessidades diárias.

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4. CÁLCIO

O cálcio é um importante mineral para o organismo, com funções bem reconhecidas na formação de

ossos e dentes. Além dessas funções bem estabelecidas, temos que a homeostase do cálcio neuronal e

a sinalização de cálcio regulam múltiplas funções neuronais, incluindo transmissão sináptica e

sobrevivência celular. Desta forma, distúrbios na homeostase do cálcio podem afetar o funcionamento

neuronal113.

O cálcio é fundamental para a ação de algumas proteínas celulares, como a troponina, que regula a

contratilidade da actina e miosina, ação que torna o cálcio fundamental para os processos de contração

muscular114. Além disso, atua como co-fator e na ativação de diversas enzimas, incluindo algumas

necessárias para o metabolismo de macronutrientes.

É importante destacar o equilíbrio entre cálcio intra- e extracelular, que está associado com a massa de

gordura corporal. Estudos randomizados e com grupo controle têm demonstrado uma associação inversa

entre a ingestão de cálcio e o peso corporal115,116. O cálcio intracelular tem ação direta na regulação do

metabolismo lipídico dos adipócitos e armazenamento dos triglicérides. Níveis elevados de cálcio

intracelular estimulam a lipogênese e reduzem a lipólise, promovendo acúmulo de gordura no adipócito e

aumento da adiposidade. A baixa ingestão dietética de cálcio promove aumento da produção de calcitriol

que estimula o fluxo de cálcio para o adipócito e células pancreáticas, desencadeando toda essa série de

efeitos. Por outro lado, ingestão adequada de cálcio, reduz os níveis de calcitriol, promovendo redução do

cálcio intracelular e, conseqüentemente, redução da lipogênese e aumento da lipólise116,117.

As implicações clínicas da deficiência de cálcio incluem raquitismo, baixo acréscimo de massa óssea,

bem como alterações na programação fetal durante a gestação, baixo pico de massa óssea devido ao

baixo acréscimo na infância e adolescência, osteoporose na pós-menopausa e osteoporose senil118. Os

níveis séricos de cálcio são mantidos em um intervalo normal por meio da reabsorção óssea e alteração

das perdas urinárias de cálcio e pela absorção intestinal. A absorção é dependente de quantidades

suficientes de vitamina D, presença de agentes quelantes de cálcio na dieta (fosfatos, oxalatos e fitatos),

faixa etária e estado fisiológico118.

Considerando-se a importância do cálcio para o metabolismo ósseo e para funções fisiológicas normais,

sua ingestão diária é necessária. Supra Soy Integral contribui com o consumo diário de cálcio, já que

oferece aproximadamente 240mg por porção, que corresponde a 24% das necessidades diárias de um

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adulto. Já Supra Soy Integral Light supre 34% das necessidades diárias, pois contém aproximadamente

345mg de cálcio por porção.

5. FERRO

O ferro é um componente funcional das proteínas carreadoras de oxigênio, citocromos e enzimas que

transferem elétrons119; sendo assim é essencial para todas as células do organismo.

Como o ferro está presente na hemoglobina e na mioglobina, a sua deficiência irá comprometer a

formação de tais proteínas, prejudicando o transporte de oxigênio. Por outro lado, por participar da

citocromo oxidase (enzima responsável pelo transporte de oxigênio inspirado para a formação de ATP), a

deficiência de ferro pode prejudicar o metabolismo energético. Assim, considerando-se essas funções

fisiológicas, fica claro o motivo pelo qual o cansaço generalizado é o principal sintoma da anemia. A

anemia é um problema comum entre crianças e adolescentes em todo o mundo, e está frequentemente

associada com alguns elementos traço, como o ferro120.

Além disso, o ferro possui outras funções essenciais ao organismo:

� É fundamental para ótima função do sistema imune.

� É necessário para a síntese de aminoácido carnitina, que desempenha função no metabolismo de

ácidos graxos.

� Atua na citocromo P450, enzima hepática de destoxifcação.

� Age na enzima que inicia a síntese de neurotransmissores serotonina e dopamina

� É necessário para a adequada síntese de colágeno e elastina.

A anemia apresenta importantes conseqüências em diferentes faixas etárias:

� Na infância, pode trazer conseqüências prejudiciais para o desenvolvimento intelectual: crianças com

anemia entre 18 e 24 meses de idade apresentaram alteração de escore em testes de funcionamento

mental e motor, mesmo após a normalização dos índices hematológicos121.

� Em idosos, a anemia pode estar associada com a síndrome das pernas inquietas, conforme estudo de

O´keeffe et al.122.

É importante destacar ainda que distúrbios na homeostase do ferro estão associados com alteração na

susceptibilidade a doenças infecciosas123.

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As necessidades de ferro e suas variações em diferentes faixas etárias são bem conhecidas e consistem

das perdas basais de ferro das superfícies interiores e exteriores do corpo, perdas na menstruação e

quantidades necessárias para o crescimento, incluindo a gestação124.

Supra Soy Integral contribui com a ingestão diária de ferro já que supre 9% das necessidades diárias

(1,25mg/porção), enquanto que Supra Soy Integral Light supre 6% das necessidades diárias

(0,79mg/porção).

Referências Bibliográficas:

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