parasitas de bovinos : epidemiologia e … · outras enfermidades passíveis de vacinação...
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PARASITAS DE BOVINOS :
EPIDEMIOLOGIA E CONTROLEThelma Maria Saueressig
Genética Alimentação
SanidadeManejo
Produção Animal
SANIDADE
Doenças:
Infecto-contagiosas
Bacterianas
Parasitárias
Calendário de Vacinação
Paratifo (vacasprenhas)
Paratifo(bezerros)
Brucelose
8º mês gestação
15 a 20 d idade
3 - 8m idade+
J A S O N D J F M A M J
1
Calendário de Vacinação
Raiva Bovina
Febre Aftosa
1ª dose 4m idade. Reforço 30 d. Anual
A partir dos 4m. Reforço 30 d.Anual
Seguir campanhada Defesa Sanitária
J A S O N D J F M A M J
1ª dose 4m idade. Reforço 30 d. Anual
Clostridioses
Botulismo
2
Outras Enfermidades Passíveis de Vacinação
Campilobacteriose descartar touros positivos;
vacinar fêmeas em idade de reprodução. Leptospirose
vacinar fêmeas em idade de reprodução semestralmente.
IBR e BVDvacinar 60 dias antes da estação de monta ;
revacinar 30 dias após;
repetir anualmente.
Diarréia a rota e coronavírusvacinar vacas no 8º mês de gestação;
revacinar após três semanas.
AS PRAGAS DO BOI
VERMES
MOSCA-DOS-CHIFRES
CARRAPATOS
VERMINOSE
•Pelos arrepiados•Anorexia•Emagrecimento•Anemia•Diarréia profusa•Retardo no crescimento
SINTOMAS
OS EFEITOS NEGATIVOS DEPENDEM:
Espécies de parasitos / Patogenicidade
Localização no hospedeiro
Susceptibilidade genética do hospedeiro
Experiência prévia à infecção pelo parasito
Grau de infecção:condições climáticasvegetação/ tipo de pastagemtipo de exploraçãoraçaidade
ESPÉCIES DE INTERESSE BRASIL CENTRAL
Cooperia spp.
Haemonchus spp.
Trichostrongylus axei
Oesophagostomum radiatum
Bunostomum phlebotomum
Strongyloides papillosus
Neoascaris vitulorum
Dictyocaulus viviparus
CICLO DE VIDA
Ovos nas fezes
Larvas(L 1 e L 2 )
Larvas infectantes
(L 3 )
Larvas(L 4 )
Adultos jovens(L 5 )
HelmintosAdultos
Fase parasitáriaANIMAL
Fase de vida livrePASTAGEM
Ovos nas fezes
Ingestão de (L 3 )
18a30dias
Ovo
(L 3 )
7a10dias
PERÍODO CRÍTICO DO ANO
Seca: Subnutrição e Verminose
Escassez de forragem
Alta carga parasitária
Anorexia voluntária parasitária
ANIMAIS X PREJUÍZO
CATEGORIA NÍVEL DE PREJUÍZO
Bezerros antes da desmama
Desmamados (até 24-30 meses)
Baixo
Alto
BaixoBoi de engorda
Vacas Baixo
Bianchin, 1986.
CONTROLE DA VERMINOSE
Categorias de tratamentos com anti-helmínticos:
1- Tratamento Curativo:Aplicação do vermífugo em animais clinicamente doentes. É o tratamento mais desfavorável em termos de custo/benefício.
2- Tratamento Preventivo Extensivo:Princípio ativo fornecido durante períodos relativamente longos e contínuos (misturado ao sal, implantação de bolos).
Não há necessidade de juntar o gado diversas vezes para tratamento.O princípio ativo não elimina 100% das formas infectantes (pode acarretar resistência).Presença de resíduos dos princípios ativos nos tecidos.
3- Tratamento Tático:Para evitar um aumento de contaminação do ambiente. Utilizado em caso de modificações no ambiente dos animais, como:
Chuvas pesadas com temperaturas elevadas em época normalmente seca.
Introdução de animais novos na propriedade.
Introdução de animais novos em pastagem recém-formada.
Queima de pastagem, etc.
4- Tratamento Estratégico:Utilização de vermífugos em épocas críticas pré-identificadas.
• Para evitar possíveis falhas neste programa, devido às variações climáticas em certas áreas ou regiões, incluir tratamentos táticos adicionais quando necessário.
Um tratamento estratégico a longo prazo sempre é mais efetivo e econômico do que tratamentos curativos.
JAS
JJA
OND
ASO
SONJFM
JJA
JJA
OND
JAS
Distribuição do Trimestre mais seco no Brasil
GADO DE CORTE
Categoria Animal Tratamento
Desmame aos 30 meses
Vacas prenhas
Maio/ Julho/ Setembro
Julho ou Agosto
CONTROLE DA VERMINOSE NO BRASIL CENTRAL
Antes do desmame Depende do manejo
Animais para terminação
Antes de colocá-los:na pastagem p/engordano confinamento
GADO DE CORTE
Categoria Animal Tratamento
Animais recém-comprados
Todos os animais
Tratar antes de introduzi-los na propriedade.
Tratar dois dias antes de colocá-los nas pastagens vedadas ou novas.
CONTROLE DA VERMINOSE NO BRASIL CENTRAL
Depois, seguir de acordo c/ a categoria animal
Depois, seguir de acordoc/ a categoria animal
CONTROLE DA VERMINOSE NO BRASIL CENTRAL
GADO DE LEITE
Categoria Animal Tratamento
Dos 3 meses ao primeiro parto
Abril/ Julho/ Setembro/ (Dezembro)
Animais recém-comprados
Tratar antes de introduzi-los na propriedade; depois seguir de acordo com a categoria animal
Animais adultos Início das estações seca e chuvosa
• Tetrahidropirimidinas(Levamisol / Tetramisol)
• Benzimidazóis(Albendazol / Fenbendazol / Oxifendazol)
• Lactonas macrocíclicasAbamectina / Ivermectina / Doramectina / Moxidectina
Anti-helmínticos Comerciais
Alternativas de Controle
Pastejo rotacionado
Insetos Controle biológico Fungos
AçafrãoFitoterápicos Alho
Nim
MOSCA-DOS-CHIFRES
MOSCA-DOS-CHIFRESHaematobia irritans
Ocorre praticamente em todo o país
1990 Distrito Federal
Pouca informação local sobre epidemiologia e controle
Características
8Inseto pequeno (2 a 4mm de comprimento)
8Hematófago
8Permanência quase constante no corpo do animal
8Picadas freqüentes e dolorosas:
Fêmeas 38 picadas /diaMachos 24 picadas/dia
Cada sucção da fêmea pode durar de 4 a 5 minutos
Características
• Pousam no hospedeiro com a cabeça voltada para baixo e asas em forma de asa delta;
• Preferência pelos bovinos (machos e pelagem escura);
• Outros animais em caso de altas infestações na propriedade.
FEZES FRESCASPupas Larvas Ovos
Desenvolvimento:Período chuvoso: cerca de 8 - 12 diasPeríodo seco: cerca de 12 - 30 dias
Ciclo Evolutivo
Parasitismo(3 a 7 semanas)
• Produção de ovos: cerca de 80 - 300 unidades/fêmea
Desenvolvimento durante o ano todono Brasil Central
Porém:baixa fertilidade dos ovosalta mortalidade das larvas > 90%
• Vida útil: cerca de 40 dias
Seca: diminuição de desenvolvimento, porém não há interrupção !
Grande inquietação
Ernande Ravaglia / Embrapa Pantanal
Animal irritado einquieto:
Ernande Ravaglia / Embrapa Pantanal
alimentação prejudicada
diminuição da libido dos touros
(Um animal com ≅ 500 moscas)
2,5 l de sangue
40 kg de P.V.
5 - 15 % de redução na produção de leite
PERDAS ANUAIS
15% redução na taxa de prenhez
(Barros, 2005)
Perdas Econômicas no Brasil
Estimativa: US$ 150 milhões (anuais)
GRAU E NÍVEL DE PREJUÍZO(Para gado de corte a campo)
Nº de moscas / animal
Grau de infestação Nível de prejuízo
ATÉ 50
> de 20050 a 200
BaixoMédioAlto
PoucoTolerávelAlto
O limiar econômico foi situado em 200 moscas/animal (literatura internacional)
Observações Embrapa Cerrados :
Situação mais favorável às infestações:Temperaturas elevadas + Chuvas moderadas
No período seco (temperaturas mais baixas)
No período chuvoso (chuvas torrenciais ou mais intensas)
As infestações no animal diminuem:
CONTROLE
Produtos químicos Problemas:
Rápida aquisição de resistência
Alterações nas populações de carrapato
Interferência na fauna de insetos das massas fecais
Controle ideal:
Químico + BiológicoInseticidas Inimigos naturais
CONTROLE QUÍMICOEm relação ao “momento”
Tático: intervenção rápida
( súbito da população + animal estressado)
Estratégico: dinâmica populacionalDirecionado p/ épocas com maior abundância
EVITAR TRATAMENTOS:
Supressivos: (freqüentes)
Estéticos: (animais sempre “limpos” )
Oportunísticos: ( ida ao curral)
Economicamente desvantajoso ! ! !
CONTROLE QUÍMICO ESTRATÉGICO(Recomendações: CNPGC, 2002)
retardar ao máximo o início do tratamento
No período chuvoso
quando os animais estiverem visivelmente incomodados
Quem tratar ?Todos os animais em crescimento;Todos os machos inteiros;Demais adultos: só os mais infestados.
CONTROLE QUÍMICO ESTRATÉGICO
(Recomendações: CNPGL)
Três tratamentos:
Abril Setembro Outubro
CONTROLE QUÍMICO ESTRATÉGICO(Recomendações: CPAP, 2005)
Época Chuvosa
Após início Ao final NOVEMBRO / DEZEMBRO MAIO / JUNHO
Ideal: flexibilidadeRetardar o início do tratamento ao máximo
(aproveitar maiores infestações)
Outras orientações . . .
Concentrar os tratamentos nos touros;
Usar brincos inseticidas nos touros durante a estação de monta;
Concentrar os tratamentos na estação dasmoscas.
CONTROLE BIOLÓGICOSeleção de inimigos naturais: maior obstáculo !
Besouros coprófagos no momento os mais viáveis
Destroem as massas fecais (controle de insetos e vermes)
Contribuem favoravelmente parao sistema solo-planta-animal
Digitonthophagus gazella
Introduzido no Brasil pela EMBRAPA Gado de Corte
• Besouros nativos: ineficientes
• Besouros coprófagos exóticos: opção viável
D. gazella: 1º selecionado
Digitonthophagus gazella
Altamente prolífero40% de controleVida útil: 60 - 90 dias1 geração em cerca de 40 dias100 casais /ha
Digitonthophagus gazella
Mosca-dos-chifres (e outros insetos de importância veterinária);
Nematóides gastrintestinais de bovinos.
Características...Contribuição para o sistema
solo-planta-animal
Contribuição no Controle:
Desintegração de excrementos de bovinos e incorporação ao solo;
Melhoria da fertilidade do solo e da capacidade de absorção de água;
Reciclagem de nutrientes;
Redução da evaporação do nitrogênio presente nas fezes (excrementos expostos ao ar - 70 a 80 % de N2 ). (Gillard, 1977);
Liberação de área para pastejo: Bovino adulto 10 a 12 bolos fecais/dia
(área de 8 m2 ).
123 milhões de bovinosfezes para cobrir área 2,7 milhões ha/ano
7,5 mil ha/dia
Então:75 % dessas fossem depositadas no pasto e 50 % ficassem intactas por meses
Perda de 1 milhão de ha/ano
Fincher, 1981 (Estados Unidos)
Carrapato
CARRAPATOBoophilus microplus
4 Tristeza parasitária (Babesiose e Anaplasmose);
4 Ação hematófaga (cada fêmea suga 2 a 3 ml de sangue);
4 Danos no couro do animal / porta de entrada para miíases.
8 O Boophilus microplus incide em todo o País
4 Região Centro-Oeste muito favorável para seu desenvolvimento
4 Gado Zebú “poderia” amenizar os danos econômicos, entretanto:
grandes áreas de pastagens cultivadas
aumento da taxa de lotação/capacidade de suporte devido a este tipo de pastagem, e
Estão produzindo alterações no ecossistema do B. microplus, quebrando a resistência do gado zebú e propiciando dispersão do carrapato.
introdução de animais mestiços
GonandroNeandroNeógina
Partenógina
Teleógina
Pré-posturaPostura
Metaninfa
NinfaMetalarva
Larva
Larva infestanteEclosão
Ciclo de Vida
CICLO BIOLÓGICO DO B. microplus( Duração em dias )
Máx (dias)Mín (dias)
FASE DE VIDALIVRE (solo)
FASE DE VIDAPARASITÁRIA
(animal)EXTREMOS DO CICLO
8Queda início da ovoposição
8Período de ovoposição
8Incubação de ovos8Larva fase infestante
TOTAL DA FASE DE VIDA LIVRE
Larva infestante teleógina
2
14
146
36 453
23
44
202184
18 48
54 501
INCIDÊNCIA E VARIAÇÃO ESTACIONALTrabalhos Embrapa Cerrados
• Maiores infestações por carrapato ocorrem em outubro (início do período chuvoso).
• A variável mais importante para a dinâmica da população é a temperatura.
Queda de uma fêmea ingurgitada = a sua multiplicação = no mínimo 2.500 outros carrapatos.
População de Carrapatos na Fazenda.
95%
5%
CONTROLE ESTRATÉGICO DO CARRAPATO
Deve ser feito em todo o rebanho
Respeitando-se duas exceções:
Vacas no lote maternidade (os carrapatos estimularão a formação de anticorpos contraos agentes da TPB e contra os carrapatos);
Bezerros recém-nascidos (contato com larvase carrapatos desde o nascimento, e proteção pelo colostro e leite, começam a fabricar suas próprias defesas contra carrapatos e TPB.
CONTROLE ESTRATÉGICO DO CARRAPATO
GADO DE CORTE
Efetuar o primeiro tratamento em todos os animais em setembro
Realizar então mais três tratamentos com intervalos de 21 dias. Estes três tratamentos podem ser substituídos por uma mudança dos animais para pastagens não contaminadas por carrapatos.
Se possível, observar os animais semanalmente e só tratá-los novamente, quando o número de fêmeas ingurgitadas (azeitonas) for superior a 25 por lado do animal.
CONTROLE ESTRATÉGICO DO CARRAPATO
GADO DE LEITE (Sudeste e Centro-oeste)
De janeiro a abril(época mais vulnerável do ciclo)
4 a 5 banhos (intervalos de 21 dias)
3 aplicações pour on (intervalos de 30 dias)
Desvantagem do controle Chuvas...Perdas do produto
Disseminação da resistência
Então, em caso de chuva no dia programado...
1- Transferir o banho p/ outro dia;
2- Animais em galpões cobertos (2 horas pós tratamento)Caso o rebanho seja muito grande: separar por lotes
Rotação de pastagens (30 a 45 dias)
animais limpos ao retornarem ao pasto vedado
CONTROLE ESTRATÉGICO DO CARRAPATO
Medidas complementares
Descarte ou banhos mais freqüentes dos animais mais sensíveis (normalmente 10% do rebanho). (carregam em torno de 50% da população de carrapatos do rebanho)
Medida auxiliar simples :GADO DE LEITE
“Relógio biológico” da fêmea
Queda pela manhã
Então...Manter os animais por período mais prolongado no local (p. ex.: recebendo suplementação) e eliminar carrapatos caídos!!!!
Pela manhã Bovinos confinados p/ ordenha
Proposta de Controle Integrado de endo e ecto-parasitas (Gado de Leite)
J F M A M J J A S O N D
Helmintos
Carrapatos
Mosca-dos-chifres
F= fipronilA= avermectina B= benzimidazóis
XX X
X
XXX X X
XX X
F F F A AB B
Controle e Resistência
A resistência é a capacidade desenvolvida pelos parasitas, que caracteriza-se pela atuação ineficiente dos medicamentos mesmo quando utilizados na dosagem e modo recomendados.
Pode ocorrer resistência numa população de parasitas até mesmo antes destes entrarem em contato com o medicamento. Explicação: já existiam na população indivíduos resistentes naturalmente;
Mecanismo da Resistência
O mais comum é ocorrer um processo de seleção genética (alterações ou mutações), em que alguns indivíduos de uma população sobrevivem após a exposição continuada aos medicamentos.
Resistência dos Carrapatos aos Carrapaticidas
Freqüente exposição dos carrapatos aos
carrapaticidas
Populações de carrapatosse acostumam com
o veneno
Algumas já não morrem mais com os grupos de venenos disponíveis no
mercado para eliminá-las.
Como observar a resistência?
Duas características destacam-se:
quando o carrapaticida é aplicado e não ocorre nenhuma alteração aparente no número de parasitas no corpo do animal.
quando é observado o retorno imediato das infestações por carrapatos nos bovinos após a aplicação do produto carrapaticida;
Instalada a resistência de uma população de carrapatos a um determinado produto
Será também para os outros produtos da mesma família ou do grupo químico;
Caráter irreversível:
exceção para o grupo das DIAMIDINAS -após alguns anos de “descanso”, tornam-se efetivos novamente (algumas observações).
Observações:
• É importante a manutenção de pequena população de carrapatos no corpo do bovino, que irá funcionar como “vacina natural”, mantendo a memória imunológica contra as plasmoses (babesiose e anaplasmose).
• O uso indiscriminado de carrapaticidas, além de induzir à resistência, provoca o desequilíbrio nas populações de carrapato, favorecendo ao aparecimento da “Tristeza Parasitária Bovina”.
Ponderações:
Portanto, utilizar os carrapaticidas:o mais corretamente possível; menos freqüentemente.
Para retardar ao máximo o estabelecimento da resistência na população de carrapatos
O processo da “RESISTÊNCIA” ocorrerápara qualquer família ou grupo químico carrapaticida usado com freqüência...
Manejo dos Carrapaticidas(Soluções / Pulverizações)
Aspectos importantes:
Uso correto:“Preparo” e “aplicação” da solução carrapaticida;
Manejo de pastagem
Freqüência:Utilização estratégica do produto (baseada na biologia do carrapato).
Manejo dos Carrapaticidas(Soluções / Pulverizações)
Favorecendo a seleção de carrapatos resistentes a todos
os produtos
Troca indiscriminada dos grupos químicos(rotação)
Contato dos carrapatoscom todos os gruposquímicos disponíveis
=
Manejo dos Carrapaticidas(Soluções / Pulverizações)
Só a variação do produto, dentro do mesmo grupo químico, não melhorará a situação, pois, o princípio ativo (que mata o carrapato), é semelhante nos dois produtos.
Troca / Rotação de Produto (2 anos)
ATENÇÃO
Utilizar produto comercial pertencente a um grupo químico diferente daquele em uso;
Instalada a resistência
Alternativas
discutíveis;
podem ter efeitos colaterais graves
Alternativas
Aumentar a concentração do produto aspecto toxicológico - especialmente fosforados e diamidínicos;
ALERTA: não usar misturas caseiras; optar pelas disponíveis no mercado.
Aumentar, temporariamente, a freqüência dos tratamentos (intervalos mais curtos para atingir os carrapatos pequenos, mais suscetíveis aos carrapaticidas;
Associar produtos de grupos químicos diferentes (ex.: piretróide + fosforado)
Furlong & Martins,2000.
Ou simplesmente, ...trocar o grupo químico ou a família do carrapaticida
Problema: ineficiente se a população de carrapato já tiver tido contato com todos os grupos ou famílias de carrapaticidas disponíveis
Rotação indiscriminada
de produtos
Seleção de indivíduosresistentes
Processo de resistência
em andamento
Resistência cruzada a
produtos químicos diferentes
Alerta !!!
usar corretamente os carrapaticidas
prolongar a vida útil dos produtosdisponíveis
retardar a instalação da resistência
Carrapaticidas disponíveis no mercado
1- Carrapaticidas de contato
2- Carrapaticidas sistêmicos
(atuação pela circulação sangüínea)
1- Carrapaticidas de contato:
1.2- Diamidínicos (Amitraz)
1.3- Piretróides (Alfametrina, Alfacipermetrina, Deltametrina, Flumetrina, Cipermetrina, Cialotrina, etc)
pulverização, imersão ou pour on
Seis grupos ou famílias
1.1- Fosforados (Diazinon, Diclorvos, Clorfenvinfos, Coumaphos, etc.)
1.4- Fenilpirazole (Fipronil)1.5- Thiazolina (Thiazolina + Cipermetrina)1.6- Naturalyte (Spinosad)
2- Carrapaticidas sistêmicos(atuação pela circulação sangüínea)
injeções, ou no fio do lombo
Dois grupos ou famílias
2.1- Derivados das Avermectinas (Doramectina, Ivermectina, Moxidectina)
2.2- Benzoifeniluréias (Fluazuron - inibidor do crescimento)
Escolha do ProdutoQual carrapaticida usar no rebanho?
Quando o produto “não está funcionando” ...
Troca do carrapaticida por um outro, porém,da mesma família !!!
USUAL
pois, o princípio ativo (que mata o carrapato),é semelhante nos dois produtos.
Grande equívoco:
Escolher o mais eficiente para determinada população de carrapato:
TESTES
Para observar a eficiência do carrapaticida em uso, e . . .
Biocarrapaticidograma
Metodologia de diagnóstico de resistência
O diagnóstico é realizado através de teste:
Teste em laboratório (mais preciso) ou
Teste de campo (indicativo)
De acordo com os resultados obtidos, escolher o produto mais eficaz para o rebanho.
Eficiência do carrapaticida, após os resultados do teste, não confirmada quando o produto for aplicado nos animais observar:
Importante:
preparo (diluição) do produto
aplicação da solução
0
10
20
3040
50
60
7080
90
Efic
iênc
ia M
édia
(%
)
A B C D E F
Princípio Ativo
Saueressig, 2001.
D: CoumafósE: AlfametrinaF: Decametrina
A: Amitraz 1B: Amitraz 2C: Clorfenvinfós + Cipermetrina
Eficiência média de cinco bases químicas carrapaticidas de contato. Embrapa Cerrados, DF
82,27
77,58
61,78
38
A
B
C
DG
rupo
Quí
mic
o
Eficiência Média (%)
A: AmidinaB: Organofosf. + PiretróideC: OrganofosforadoD: Piretróide
Saueressig, 2001.
Eficiência média de quatro grupos químicos carrapaticidas, de contato. Embrapa Cerrados, DF
Não erradicar completamente os carrapatos.Manter a população de carrapatos em níveis baixos para preservar a imunidadedo rebanho às plasmoses.
Recomendações (indicativas)
Associar controle com manejo,
clima, etc.
Ser racional e ter “jogo de cintura”
Thelma Maria [email protected]