parapente - paragliding - apostila - tecnicas pilotagem manobras

Upload: awishi01

Post on 02-Jun-2018

239 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    1/18

    CURSO

    DE

    PARAPENTE

    Parte IV

    Tcnicas de PilotagemManobras

    Elaborao e responsabilidade por:MAXIMILIAN HOCHSTEINER Piloto N III UP PG DAC 003 I

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    2/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    2

    CURSO DE PARAGLIDING PARTE IV MANOBRAS

    INTRODUO

    MANOBRAS ELEMENTARES

    MANOBRAS AVANADAS

    PANES E COLAPSOS

    PARAQUEDAS DE EMERGNCIAS

    IntroduoEsta apostila est chegando sua mo bem na hora em que o seu conhecimento de

    pilotagem est avanado e colocando voc mais alto e mais longe do cho.Todos queremos enroscar em trmicas e voar longas distncias. No entanto, para esta

    realizao, preciso compreender e enfrentar a turbulncia e os colapsos com experincia e preparo.Esta apostila tem por objetivo oferecer suporte tcnico ao seu conhecimento prtico.A responsabilidade por acidentes de qualquer natureza de inteira responsabilidade do

    piloto, lembrando que sempre que o piloto se perguntar se j verificou tudo e a resposta for achoque sim, PARE e verifique tudo de novo.

    Quando voamos, no se pode adivinhar as coisas e sim prever.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    3/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    3

    O PNDULO E A COMPENSAO

    Antes de partirmos para a detalhes sobre o que pode acontecer com o piloto durante ovo em seu parapente, precisamos nos lembrar que o parapente uma aeronave diferente dasdemais, pois o piloto est deslocado para baixo e sua asa arqueada, deixando o centro de gravidadelonge da funo aerodinmica de sustentao.

    Ou seja, estamos realmente pendurados em um grande balano voador, assim estaremosconstantemente pendulando.

    CURVAS

    Para o parapente executar uma curva necessrio destruir a aerodinmica estvel doprojeto.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    4/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    4

    A CURVA COMO FAZER

    Atravs das linhas e comando e direo (freio / batoque), o piloto fora para baixo o ladoque quer girar, o bordo de fuga e deformado criando resistncia ao avano, causando turbulncia noextradorso. Diminui com isso, a rea da vela projetada, o lado oposto voa com maior velocidadesem deformao, o lado acionado afunda mais que o lado livre, o piloto gira no eixo vertical, isto

    tira o piloto do ponto de estabilidade e o faz balanar at o retorno do equilbrio.

    Soltar o freio acionado, equilibrar o balano, atenuando o pndulo, a isto chamamos depilotagem ativa. O piloto memoriza e reconhece o vo nivelado estando constantemente ajustando a

    presso da vela atravs das linhas de comando e direo, efetuando ajustes para compensar eventuaisaumentos de balano.Com o tempo, desenvolvemos o sentido de voar, sem ficar olhando constantemente para

    cima, a correo dos pndulos uma das atividades que entretm o piloto durante o vo ativo.Apenas o que sentimos suficiente para que possamos voar de maneira tranqila e segura.

    0 %(velocidade mxima)

    25 %(finesse mxima)

    40 %cada mnima

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    5/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    5

    ORELHAS

    Apesar de considerarmos uma manobra elementar, bastante importante umadeterminada calma e segurana por parte do piloto na hora de executar as orelhas.

    O fechamento de orelhas a forma de descida mais segura em situaes quem exigemtal procedimento.

    Consiste em dobrar para dentro e por baixo as duas pontas da vela (estabilizador)reduzindo a rea projetada, fazendo o parapente afundar mais, aumentando a presso interna,diminuindo o risco de colapsos maiores.

    Pode-se chegar a uma taxa de queda de 4 m/s, e ainda associar ao uso do acelerador, oque aumenta ligeiramente a taxa de queda.

    COMO FAZER ORELHAS

    Alcanando as linhas externas, de cada lado do tirante A, uma duas ou trs (cuidadopara no pegar as linhas de outro tirante) o mais em cima possvel, adiante dos mosquetinhos. svezes preciso se erguer na sellete. Com um movimento rpido, puxamos para baixo e para fora ato fim do comprimento que elevamos as mos (quanto mais linhas puxamos, maior oafundamento).

    Nas velas mais estveis (standart) necessrio ficar segurando, caso contrrio, a velareabre.

    O que nos fora a fazer curvas com o deslocamento do corpo na sellete, forando oassento para o lado da curva. O parapente reage com o pndulo mais sensvel, pois seu tamanho

    sobre a cabea diminui, fique tranqilo, volte o corpo e ele volta a voar reto.Prximo do cho ou quando for conveniente soltar as linhasO parapente reabre e retoma o vo estvel (em alguns modelos necessrio acionar os

    freios progressivamente at a reabertura).Fazer orelhas no parapente exige do piloto calma e preciso, pois se puxarmos as

    linhas de forma desigual, um lado dobra e outro no, ou seja, o parapente inicia uma curva, ou talvezquando no momento da puxada rpida o piloto exagera e pode causar um stall de A, com muitafora.

    Voe com luvas, pois s vezes as linhas podem cortar ou escapar das mos, ferindo opiloto.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    6/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    6

    ACELERADOR

    um dispositivo montado nos tirantes do parapente onde, ao ser acionado, o pilotodiminui o ngulo de ataque, em relao ao deslocamento do vo (vento relativo), aumentando a suavelocidade de descida, por isto recebe o nome de acelerador.

    Acionado com os ps atravs de um degrau que ligado por uma linha, vai at o grupo

    de tirantes A e B (s vezes s o A). Possui curso de deslocamento pequeno, determinado pelofabricante no manual do equipamento e aumenta ligeiramente a velocidade horizontal (em mdia de3 a 8 km/h a mais que a velocidade mxima) servindo como uma alternativa para a progresso emventos fortes dentro dos limites mximos.

    Acelerador

    Posio normal

    Perfil mais convexo

    Acelerando 50%

    Abaixa o bordo deataqueElevador A 75%Elevador B 38%

    Abaixam A e BPerfil muito convexoElevador A 100%Elevador B 50%

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    7/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    7

    MANOBRAS AVANADAS

    Agora que entendemos os procedimentos elementares (manobras bsica), descreveremosas manobras avanadas para conhecimento. Merecem um destaque especial, por servirem comoconduta para a perda de altura, entretanto, so mtodos radicais e provocam descidas violentas.

    Somente devem ser feitas e usadas em caso de necessidade, onde os procedimentos

    elementares forem ineficazes ou em cursos de aprendizado de manobras avanas para treinamento.Todo curso de manobra feito com orientao de instrutores qualificados e sobrigorosas condies de segurana (normalmente sobre grandes extenses de gua para o caso de uma

    pane real).

    Fechadaassimtrica

    Abertura total,vo equilibrado,

    freios a 25%

    Fechadasimtrica

    Balano pendularpara trs da

    aberturaGiro muitoviolento

    Autorrotao

    Soltar os freios. Se ogiro no parar, compense

    com o freio oposto aosentido de giro

    UFF ! !

    Freio muitoprogressivo

    Parachutagem

    Soltar os freios

    Se no sairgirar o tirante

    dianteiro

    UFF ! !

    Fazer orelhas

    Fazer espiral

    Abrir

    Aproximao

    Rotaoinvoluntria

    Freio e gire do ladoexterior para

    manter a trajetria

    Bombear o ladofechado para

    acelerar a abertura

    Vo equilibrado

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    8/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    8

    FRONT-STALL OU ESTOL DE A

    O colapso frontal simtrico pode ocorrer quando, na sada de uma trmica, uma correntede ar descendente empurra todo o bordo de ataque para baixo e o piloto cai, pois todas as linhas dotirante A ficam frouxas. No h muito o que temer neste tipo de colapso, pois instantneo, e areabertura imediata, o problema est no susto.

    O piloto pode provocar um colapso de A segurando simetricamente na altura dosmosquetinhos e puxando rapidamente para baixo, imediatamente o tirante arrancado da mo e avela reabre.

    Mantendo os freios ligeiramente acionados, normalmente a vela reabre devido a perdade altura causado pelo colapso.

    B-STALL

    Consiste em descaracterizar o perfil aerodinmico, atravs de uma deformao pelas

    linhas do tirante B, provocando um friso no intradorso e uma depresso no extradorso, anulando avelocidade horizontal, causando o descolamento do fluxo de ar sob o extradorso, por conseqncia,a entrada em queda vertical.

    O B-STALL ou Estol de B pode ser usado quando no se consegue a taxa de quedadesejada atravs do fechamento de orelhas. Podemos chegar nas taxas de afundamento de 7 m/s.

    Neste caso, no estamos voando para frente e sim caindo (parachutando).

    Vo normal

    Trajetria

    Trajetria

    Ao quebrar o perfil aerodinmico, o piloto leva ovelame a uma parachutagem pelo descolamentodo fluxo de ar.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    9/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    9

    Como se faz o B-StallSeguramos no tirante B na altura do mosquetinho. Os dois lados ao mesmo tempo,

    tendo certeza de puxarmos igualmente os tirantes, e imprimimos nosso peso nos braos at queaparea um friso no intradorso da vela.

    Iremos pendular para frente e para trs, pois freamos totalmente o vo, em seguidavoltamos posio normal, parachutando.

    Mantemos assim, segurando os tirantes B, at a deciso de voltar a voar novamente.Soltar simetricamente e contando um, dois, trs, j, iremos pendular novamente para

    frente e para trs at estabilizar num vo reto (conforme o parapente, h necessidade do pilotointervir para sair da parachutagem, acelerando ou adiantando os tirantes A, jamais freie).

    COLAPSO ASSIMTRICOO colapso assimtrico pode ocorrer quando em dias muito turbulentos. Uma corrente de

    ar descendente empurra parte da vela para baixo, provocando uma fechada de um dos lados da vela. o tipo de colapso mais comum em dias quentes e de fortes correntes ascendentes.

    O parapente fecha uma parte (de 30 a 70%) de um dos lados. Os parapentes standart eintermedirio tendem a voltar por si s ao vo normal, entretanto, a interferncia do piloto ajuda aacelerar a abertura.

    O piloto pode provocar um colapso assimtrico, puxando um dos tirantes A parabaixo, manobra que deve ser feita sob a superviso de um instrutor habilitado e em condies desegurana.

    Impedir que o parapente entre em giro, faz parte do procedimento do piloto para reabriro parapente. Fique calmo, pois o parapente pode voar com apenas a metade inflada.

    Vo normalTirante B puxado

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    10/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    10

    Puxe ambos os freios simetricamente at 25%, jogando o peso para o lado aberto. Apartir da o parapente deve reabrir naturalmente.

    Caso isto no ocorra, acione o freio do lado fechado longa e progressivamente, at que oparapente reabra.

    Esteja preparado para uma perda considervel de altura.

    Bombadas fortes e curtas no surtem efeito. Todos os movimentos devem serprogressivos.

    a partir de uma ao tempestuosa ou tardia que uma situao de colapso controlvel,conduz a situaes irrecuperveis.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    11/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    11

    ESPIRAL OU SPIN-POSITIVO

    Consiste em efetuar uma violenta curva, at completar 360 graus, ou ainda, a partir deuma curva, segurar o giro e acentuar o comando at o mximo de centrifugao que o pilotoagenta.

    Ateno: A espiral positiva extremamente radical.

    A acelerao e a fora centrfuga podem chegar a valores altos, deixando o pilotoassustado.

    Usado como manobra para perda de altura, podemos chegar a taxas de queda de at15m/s, porm, s deve ser utilizado por pilotos experimentados e conscientes dos riscos.

    A acelerao dos giros aumenta a fora da gravidade no epicentro da espiral, podendochegar a 4 Gs, o que causa no piloto uma impresso de retardo de atitude, fatal em alguns casos.

    Os comandos do parapente j no so mais os mesmos do que no vo normal, pois maisacelerado, a presso interna das clulas dobra ou triplica, fazendo com que os comandos fiquemduros, pesados e insensveis.

    possvel tambm que o parapente estabilize, jogando o piloto para fora, permanecendoassim, mesmo que se atue nos comandos tentando acionar os freios.

    Normalmente, a sada da espiral leva 3 voltas completas at o vo normal, por este

    motivo uma manobra pouco recomendada, se houverem mais pilotos voando no mesmo espao.Tanto o incio da manobra, como o final, requerem do piloto especial ateno, cuidadose conhecimento sobre o comportamento das reaes do equipamento.

    90o 180o

    270o 360o

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    12/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    12

    NEGATIVA OU SPIN-NEGATIVO

    Para que o parapente inicie um giro contrrio sua trajetria de vo, s possvel seperdermos toda a velocidade horizontal (relativa), sendo puxado para trs.

    Normalmente o piloto que produz tal situao, voando prximo de sua velocidademnima ou anulando esta. A conseqncia que uma parte do parapente que esteja estvel comece a

    girar para trs, freada pelo lado instvel e puxada pelo piloto.Prximo da velocidade mnima, o vo fica sensvel se o piloto soltar um dos freiosrapidamente. Poder provocar o descolamento do fluxo de ar no extradorso do lado freiado, devido alta taxa de afundamento (velocidade vertical) imediatamente o lado acelerado puxado para trs e

    para dentro do sentido de rotao.O piloto despenca de costas e centrifuga, a metade da vela aberta voa para trs, o bordo

    de fuga passa a ser o ataque no sentido de rotao do conjunto. Numa negativa, o velame tentavoar dando socos violentos e tenta puxar os braos do piloto.

    A recuperao se d mantendo os braos rgidos, e acionando os freios 60%, para anulara rotao, e em seguida, soltando o comando em quatro tempos progressivos, de 45, 30, 15, e 0%,voltando ao vo normal.

    O vo com excesso de freio o sintoma, o sinal que precede uma situao de spinnegativo; tentar girar uma trmica com raio muito pequeno e fechado de curva, tentar apertar umacurva contra a encosta para no perder o lift; so situaes que exigem um limite mnimo develocidade. Se o piloto soltar um dos freios e a resposta do equipamento no for previsvel,

    poderemos estar com um problema. A negativa uma situao que no se tem controle, no se podeprever os acontecimentos, os balanos e chacoalhos, ento evite voar prximo da velocidademnima.

    Lembre-se: vento na cara significa velocidade.

    0%

    25%40%

    50%100%

    20 100

    40 100

    100

    100

    10040

    20

    0

    100% (mnima)

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    13/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    13

    ORELHO (BIG EARS)

    A orelhinha j definida anteriormente, utilizada em situaes que o piloto precisaperder altura. Esta manobra rotineira, as velas atuais possuem no tirante frontal (elevador A), alinha externa j est preparada para fazer orelha.

    Contudo, podemos provocar stall em mais linhas, desde que restem um grupo mnimo

    para sustentar o tirante A. Em velas mais antigas, com 5 linhas possvel se fazer orelha at com3 linhas de cada lado. Verifique no manual do usurio o que o fabricante recomenda para estasituao.

    O colapso deve ser simtrico, e basta soltar as linhas para que o parapente retome o vonormal, porm, no esquecendo de que, diminuindo a rea da vela, reduzindo sua superfcie, oafundamento aumenta proporcionalmente, portanto deve ser planejado com cautela e com alturamnima de segurana.

    Ainda resta lembrar que, a presso interna tambm aumenta, o peso do piloto causamaior esforo nas linhas e pontos de fixao, pois o tamanho do parapente est reduzido. Asensibilidade para curvas maior e o efeito pendular acentuado. Esteja alerta para a vida til deseu equipamento e para a manuteno recomendada pelo fabricante.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    14/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    14

    CRAVETE

    Esta manobra hoje est em desuso, pois fora muito a estrutura do parapente e expe opiloto ao risco.

    executada com o colapso das linhas internas do elevador frontal (tirante A),normalmente uma linha do meio de cada lado, pode se dizer que o contrrio do procedimento para

    se fazer orelha, precisa ser simtrico e executado com preciso.O parapente perde as clulas do meio em funo do stall das linhas centrais e voa com asextremidades, normalmente provocando um movimento para frente e para trs, similar a umremador. Basta soltar as linhas e o parapente retoma o vo normal.

    uma manobra que causa um esforo muito grande em pontos crticos do equipamento.Causa perda de altura e dirigibilidade, pois no temos comando, vai para onde bem quiser e deve serfeita por pilotos bastante experimentados, em total condio de segurana.

    PANES E COLAPSOS

    1- Pilotar sem as linhas de freio possvel, que com o passar do tempo, a linha de comando e direo (freio), fique

    desgastada prximo roldana e at rompa, devido ao uso, equipamento velho, desateno do piloto,falta de manuteno, o descaso para o reparo.

    possvel que, por essa desateno do piloto, este decole com o freio preso, um n, outoro da linha do freio sobre o tirante.

    Podemos pilotar o parapente atravs do ltimo elevador, exatamente onde est preso obatoque (punho do freio), tirante C ou D, conforme o modelo do equipamento.

    Causando uma pequena toro no tirante, perto do mosquetinho, podemos dirigir oparapente, contudo, os comandos ficam bem mais sensveis, mais agressivos e pesados.

    Situao que obriga o piloto a cancelar o seu vo e pousar imediatamente.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    15/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    15

    2 TwistO Twist ou toro no eixo vertical do piloto, pode acontecer quando ao decolar de costas

    ( francesa), gira para o lado contrrio de sua toro, ou ainda, em uma situao turbulenta sofre umcolapso assimtrico de grandes propores e cai na sellete antes de controlar a pane.

    Para retomar o vo normal, o piloto precisa intervir na situao, tentar distorcer o giro,forar a inverso da rotao.

    bem complicado tentar pilotar e pousar de costas para o deslocamento de vo.

    3 Colapso Assimtrico / Perda de presso internaDurante o vo normal, podemos ser acertados por correntes de ar de direes diferentes,

    desde que se tenha feito uma avaliao metereolgica para isto (horrio trmico e turbulento).Ar subindo em um lado da vela e descendo do outro, em seus 10 a 12 metros de

    envergadura, fatalmente ir forar o ar interno a sair por algum lugar.Colapso, 30, 40, 60 ou 70 % de rea fechada, controlar o vo e recuperar a vela como

    descrito no item colapso assimtrico.

    4 Rasgos e linhas rompidas

    No momento da decolagem, conforme o local onde se deseja voar, a rampa pode sersuja, com pedras, galhos, arbustos e at mesmo prximo a cercas ou cabos de ao de esteio paratorres de comunicao.

    No momento da puxada, a vela rasga ou arrebenta uma linha, evitar a decolagem, pois orasgo faz a vela perder a presso e uma linha arrebentada causa uma deformao na aerodinmica davela.

    Caso no seja possvel evitar ou se tenha entrado em vo e depois percebido o problema,tentar pousar imediatamente.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    16/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    16

    PARAQUEDAS DE EMERGNCIA - RESERVA

    um equipamento obrigatrio e deve ser usado em situaes de gravidade, de risco parao piloto. Ao perceber a impossibilidade de recuperao de um colapso, o piloto deve imediatamentedecidir pelo acionamento (arremesso) do pra-quedas de emergncia.

    O acionamento do reserva (segunda chance) antecede o risco de vida do piloto e s serve

    para estes casos, quando a situao extremamente grave.Arremessar o reserva simples. Puxando a ala do container, este sai do container e ficapendurado dentro da fraldinha, pela ala em sua mo, procuramos ento lan-lo o mais para fora epara longe possvel, utilizando um movimento pendular e usando o prprio peso do pacote paradar impulso, e soltando a ala ao fim do movimento para que ele seja lanado o mais longe possvel,e tenha o maior impulso possvel que o far sair da fraldinha e iniciar sua abertura mais rapidamente.

    Aps o reserva aberto, procure recolher o parapente (principal) o mais rpido possvelpara junto de si, evitando a interferncia deste no desempenho do reserva.

    Prepare-se para uma queda forte e faa o rolamento a fim de evitar traumas maiores.Checar o pino-trava antes de cada decolagem, evita que por descuido, o reserva caia

    durante o vo, provocando srios acidentes.

    A cada 6 meses, o pra-quedas de emergncia deve ser aberto e inspecionado, redobradopor uma pessoa de confiana, de preferncia com voc acompanhando.

    Os problemas advindos do reserva dobrado por muito tempo sem inspeo so:magnetizao das costuras e adeso dos gomos do tecido, apodrecimento do elstico das linhas,acmulo de detritos no container e enroscamento de linhas.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    17/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    17

    CONCLUSO:

    Esta apostila descreve vrias situaes que no devem ser provocadas.E, se executadas, mediante a superviso de um instrutor qualificado, sob todas as normas

    e totais condies de segurana.Todos os equipamentos, especificamente o parapente, no foram concebidos paraacrobacias ou manobras extremas. No entanto, todos os testes so feitos sob extremo rigor tcnico emxima condio de segurana.

    Esteja atento aos limites do equipamento, as recomendaes do fabricante no manual dousurio e no se exponha ao risco sem necessidade.

  • 8/10/2019 Parapente - Paragliding - Apostila - Tecnicas Pilotagem Manobras

    18/18

    Parte IV Tcnicas de Pi lo tagem Manobras

    18

    Elaborao e responsabilidade por:MAXIMILIAN HOCHSTEINER - Piloto N III UP AG DAC 003-IDigitalizao Grfica e Internet:MAURO H. M. TAMBURINI Piloto N II FPVL B2260

    Bibliografia IV

    DOMINGO, Mrio Arqu. Parapente Iniciacin Manual Prctico Editora Perfils, 5Edio, 1995 Espanha.

    Fitas de Vdeo INSTABILITY Manobras Extremas, 1992.

    MUNDIAL DE VERBIER Larger than life, 1993.

    EL TRINGULO Pierre Bouilloux, 1994.

    PORTA, Dante. Curso de Parapente Editora Devecchi S.A., Barcelona, Espanha.

    RIZZO, Ermano. Volare in Parapendio. Editora Mursia, 1990 Milo, Itlia.

    Ventomania Paragliding School Ciclo de Palestras Tcnicas de Paraglider Apostila