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Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio Parte I – Bases Legais

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Parâmetros Curriculares Nacionais

Ensino Médio

Parte I – Bases Legais

O novo Ensino Médio

O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação

Média e Tecnológica repensa o Ensino Médio e inicia uma reforma que visa:

• Reduzir a extrema desvantagem entre os índices de escolarização e de nível de conhecimento

do país em relação aos países desenvolvidos.

• Uma formação geral, que torne o educando capaz de criar, formular, buscar dados e analisá-

los. Rompendo com a ideia de um ensino baseado no acúmulo de informações.

• Acompanhar os avanços da “Revolução Informática” que transforma a área do conhecimento

e passa a ocupar um local central nos processos de desenvolvimento.

• Atender as novas exigências do mercado de trabalho e aos padrões de qualidade desejados

pela sociedade.

• Formar um aluno com preparação científica, que seja capaz de utilizar as diferentes

tecnologias relativas às áreas de atuação e que tenha desenvolvido competências básicas que lhe

permita desenvolver a capacidade de continuar aprendendo.

• Capacitar o educando para realização de atividades nos três domínios da ação humana: a vida

em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva.

O processo de trabalho

Se fez fundamental a participação de professores e técnicos de

diferentes níveis de ensino e de iniciativas, indivíduos ligados direto

ou indiretamente à educação para a formulação de uma nova

concepção de Ensino Médio.

• Ficando decidida uma reorganização curricular em áreas do conhecimento,

objetivando facilitar o desenvolvimento de conteúdos, numa perspectiva de

interdisciplinaridade e contextualização.

• Os trabalhos de elaboração da reforma foram concluídos em junho de 1997,

passando pela discussão e o aval dos dirigentes e equipe técnica de coordenação do

programa.

• O projeto aparentemente foi discutido em debates abertos a população, com

participação dos sindicatos dos professores e associação de estudantes secundaristas,

obtendo dos participantes uma aprovação consensual.

• A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi a principal referência legal

para formulação das mudanças propostas.

A Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional e a reforma curricular do Ensino Médio.

A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96)

Vem conferir uma nova identidade ao Ensino Médio, determinando que Ensino Médio é Educação Básica.

• Emenda Constitucional nº 14/96 modificou a redação do inciso II do Art. 208, da Constituição de

1988 que garantia como dever do Estado “a progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade aoensino médio”. Posteriormente, modificou a redação desse inciso sem alterar o espírito da redaçãooriginal, inscrevendo no texto constitucional “a progressiva universalização do ensino médiogratuito”.

• A Constituição, portanto, confere a esse nível de ensino o estatuto de direito de todo cidadão. O

Ensino Médio deixa de ser obrigatório para as pessoas, mas a sua oferta é dever do Estado.

• Etapa final da educação básica, para o exercício da cidadania, base para os acessos as

atividades produtivas, prosseguimento de níveis mais elevados da educação e para odesenvolvimento pessoal.

• Na concepção, a Lei nº 9.394/96 muda no cerne a identidade estabelecida para o EnsinoMédio contida na referência anterior, a Lei nº 5.692/71, cujo 2º grau se caracterizava por umadupla função: preparar para o prosseguimento de estudos e habilitar para o exercício de umaprofissão técnica. Na perspectiva da nova Lei, o Ensino Médio, como parte da educaçãoescolar, “deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social” (Art.1º § 2º da Lei nº9.394/96).

O papel da educação na sociedade tecnológica

Busca romper o paradigma que o Ensino Médio é uminstrumento de conformação. Considerações importantes:• Recoloca-se o papel da educação como elemento de desenvolvimento social.

• Compreensão de que a aproximação entre as competências não garante umahomogeneização das oportunidades sociais.

• Compreender como essa interdisciplinaridade contribui para que todos desenvolvame ampliem suas capacidades afim de combater a dualização na sociedade.

• A Globalização econômica faz com que haja uma rapidez nas informações.

• Educação como papel econômico, cientifico e cultural e a necessidade de se investirna formação dos docentes.

• Se mostrar prospectiva com as rápidas mudanças na área de conhecimento eprodução.

• Investir no macroplanejamento visando ampliar a oferta de vagas.

• Garantir Competências básicas para que o educando continue aprendendo.

• Priorização da formação ética e do desenvolvimento da autonomia intelectual e dopensamento crítico.

• A educação estruturada em quatro alicerces: aprender a conhecer, aprender a fazer,aprender a viver e aprender a ser.

A Reforma curricular e a organização do Ensino Médio.

Deve contemplar conteúdos de estratégias de aprendizagem,

Capacitar o educando para realização de atividades nos três

domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade

produtiva e a experiência subjetiva.

• Aprender a conhecer: Desenvolvimento da curiosidade intelectual, garante

aprender a aprender, estimula o senso crítico;

• Aprender a fazer: Desenvolvimento de habilidades e o estimulo ao surgimento de

novas aptidões;

• Aprender a viver: Aprender a viver em comunidade

• Aprender a ser: Preparação do individuo em pensamentos autônomos e críticos

e para formular seu próprio juízo de valor;

• Uma educação de base cientifica e tecnológica;

• Aprendizagem motivadora;.

Problematização:

• Existe uma diferença entre “obrigatoriedade e gratuidade ao Ensino

Médio” de “a progressiva universalização do Ensino Médio gratuito”?

• A garantia da universalização é diferente do que simplesmente a gratuidade.

Universalização demanda que outros fatores estejam relacionados com a permanência

na escola, como a garantia de alimentação escolar, material escolar, apoio pedagógico,

outro formato de aprendizado que rompa com todos os tipos de preconceito. E por fim, a

universalização deve significar a inclusão de todas e todos, isso remete à necessidade e

garantia de políticas públicas que dêem conta das diversas esferas da escola.

• Nesse sentido, devemos refletir sobre qual é de fato a importância da escola, seus

objetivos dentro da sociedade atual.

• No que diz respeito à cidadania, cabe a nós questionarmos o que de fato é

cidadania. É a preparação para participar de eleições? É ser um eleitor? É intervir

socialmente sobre as bases que regram nossa vida cotidiana de forma organizada

socialmente? É questionar as relações que estão colocadas como únicas em nossa

sociedade? O que é a cidadania que a escola deve auxiliar?

Problematização:

Ensino Médio como base para o exercício da Cidadania?

• A LDB coloca que o Ensino Médio serve também a construção de uma identidade, do

sujeito em situação. Entretanto vimos que tanto o exercício da cidadania quanto a

construção de uma identidade se edificam em uma base de escola muito precária e que

reproduz opressões que interferem diretamente na consolidação dos educandos. Como

por exemplo, o machismo, o racismo, a homofobia, o preconceito cultural.

Nesse sentido, como podemos pensar uma escola diferente? Quais ações concretas

na perspectiva da influência da escola nessa construção?

• No que diz respeito à cidadania, cabe a nós questionarmos o que de fato é cidadania. É

a preparação para participar de eleições? É ser um eleitor? É intervir socialmente sobre

as bases que regram nossa vida cotidiana de forma organizada socialmente? É

questionar as relações que estão colocadas como únicas em nossa sociedade? O que é

a cidadania que a escola deve auxiliar?

• O que significa dizer que a dupla função da educação é preparar os indivíduos para o

prosseguimento dos estudos e habilitar para a profissão? A educação seria um

instrumento de “conformação” do futuro profissional ao mercado de trabalho ou ao

mundo do trabalho?

• De que maneira é fomentado o pensamento critico dentro da escola nas outras áreas

que não só a das humanas?

Problematização:

• O que significa dizer que a dupla função da educação é preparar os indivíduos para o

prosseguimento dos estudos e habilitar para a profissão? A educação seria um instrumento

de “conformação” do futuro profissional ao mercado de trabalho ou ao mundo do trabalho?

• De que maneira é fomentado o pensamento critico dentro da escola nas outras áreas

que não só a das humanas?

• É necessário que as outras áreas fomentem isso conjuntamente?

Como é pensado uma aprendizagem motivadora?

• “Autonomia tecnológica” – desenvolvimento das competências cognitivas e culturais

passa a coincidir com o que se espera na esfera da produção. A esfera da produção, com

toda a sua “Revolução tecnológica” representa a atividade crítica dos educandos?

• Qual a importância dentro da escola da contextualização e respeito aos conhecimentos

não científicos? – Os traços sociais e culturais trazidos pra dentro da escola peloseducandos?

• Como se dá a relação entre os PCN’s e a atuação concreta dos professores?

“A revolução tecnológica, por sua vez, cria novas

formas de socialização, processos de produção e,

até mesmo, novas definições de identidade

individual e coletiva. Diante desse mundo

globalizado, que apresenta múltiplos desafios para

o homem, a educação surge como uma utopia

necessária indispensável à humanidade na sua

construção da paz, da liberdade e da justiça

social.”

Ensino por competências

As competências se tornaram parte do discurso educacional, principalmente após apublicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e dos ParâmetrosCurriculares Nacionais pelo Ministério da Educação. Todavia, tem-se observado que suacompreensão não é clara.

“Não basta compreender competências como uma base no processo de ensino, mas comoo processo de ensino.”

Na Educação competência é a faculdade de mobilização de um conjunto de recursoscognitivos como saberes, habilidades para solucionar com competência e eficácia umasérie de situações. ( Perrenoud)

É consenso internacional que a educação, ao longo da vida, está fundada em quatroPILARES:

• APRENDER A CONHECER;

• APRENDER A FAZER;

• APRENDER A VIVER;

• APRENDER A SER.

Estes pilares foram definidos na Conferência Mundial de Educação para Todos, realizadaem Jomtien, na Tailândia, em 1990, deveriam ser a meta para o desenvolvimentoeducacional em todos os países signatários de seus documentos.

– APRENDER A CONHECER:

• CULTURA GERAL

• ESPÍRITO

• VISÃO CRÍTICA

• APRENDER A APRENDER

– APRENDER A FAZER :

• RELACIONAR EM GRUPO

• RESOLVER PROBLEMAS

• QUALIFICAR–SE PROFISSIONALMENTE

– APRENDER A VIVER :

• SABER COMPREENDER O OUTRO

• SABER RESOLVER CONFLITOS

• RESPEITAR AO OUTRO

– APRENDER A SER :

• AGIR COM AUTONOMIA

• EXPRESSAR OPINIÕES

• ASSUMIR RESPONSABILIDA DES PESSOAIS

• Pode-se perceber que são objetivos que vão muito além da informação ou mesmo do

mero desenvolvimento de um conhecimento intelectual. Abarcam toda a formação

humana e social da pessoa. É fácil perceber que metas desse porte envolvem

conhecimento, comportamento, conceitos, procedimentos, valores, atitudes, saber, fazer

e ser. Não podem ser atingidas com um ensino livresco, fragmentado, conteudista,

estereotipado, estagnado. Exigem novas perspectivas, uma nova visão da Educação.

Competências no currículo

• Para desenvolver essas competências será necessário que elas sejam trabalhadas em

conexão com alguns conteúdos conceituais. Pois elas não são tratadas como disciplinas.

Cabendo aos currículos estaduais a reflexão desta associação.

• Ainda temos muito o que aprender quanto aos modos de expressar e principalmente de

desenvolver competências e habilidades como objetivos de ensino e aprendizagem.

Certamente, terá que ser uma construção coletiva.

• Do ponto de vista prático, isso significa que é necessário que os alunos descubram os seus

próprios caminhos. Quanto mais "pronto" é o conhecimento que lhes chega, menos

estarão desenvolvendo a própria capacidade de buscar esses conhecimentos, de

"aprender a aprender", como tanto se preconiza hoje.

Competências na sala de aula

• Para o desenvolvimento de competências - que são gerais, e não setorizadas – se faz

necessário a ruptura das barreiras que se criaram entre as diferentes disciplinas. É

verdade que cada disciplina tem as suas particularidades, uma metodologia própria,

uma abordagem epistemológica que lhe é característica. Entretanto, é também verdade

que nenhum fenômeno complexo envolve uma única disciplina para a sua resolução.

• É necessário que cada professor se sinta responsável pela formação global de seu aluno

e não por um único aspecto, informativo e relacionado à sua área específica de atuação.