paráfrase

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4.3 Paráfrase Sant’Anna (1988) afirma que o termo ‘para- -phrasis’ (que já no grego significava continuidade ou repetição de uma sentença) pode ser considerado, grosso modo, uma reafirmação, por meio de outras palavras, do mesmo sentido de uma obra escrita, ou seja, pode-se considerar a paráfrase a tradução ou a transcrição de um texto primitivo. Nesse sentido, Derrida (2002) ensina que o tradutor deve resgatar, absolver, resolver o texto original e quando “cria” é como um pintor que “copia” seu “modelo”. Por sua vez, Benjamin (1996, p. 108) diz que “a natureza engendra semelhanças”, bastando, para entender isso, pensar-se na mímica. Portanto, diferentemente da paródia, a paráfrase é a frase paralela, ou seja, uma releitura do original. Se, na primeira, temos a ruptura, a crítica sutil; na segunda, ficamos à frente de uma releitura, de uma reprodução. André (1988) assevera que muitas são as formas como utilizamos a paráfrase no texto acadêmico: a) podemos reproduzir, com outras palavras, o mesmo pensamento do texto, seguindo a ordem do discurso original; b) podemos reproduzir o texto, com outras palavras, mas buscando esclarecer, para os leitores de outro nível (nesse caso, portanto, motivado pelos objetivos), vocábulos ou expressões que julgamos importante elucidar; c) podemos, ao reproduzir o texto, ampliar as informações sobre ele, seu autor, a obra, o estilo etc., na medida em que essas informações sejam cabíveis e relevantes para sua melhor compreensão; d) podemos, finalmente, fazer um decalque, ou seja, seguindo a estrutura do texto original, substituir a ideia inicial por outra que com ela esteja associada.

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O que é Paráfrase

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4.3 ParfraseSantAnna (1988) afirma que o termo para-

-phrasis (que j no grego significava continuidade

ou repetio de uma sentena) pode ser considerado,

grosso modo, uma reafirmao, por meio de

outras palavras, do mesmo sentido de uma obra

escrita, ou seja, pode-se considerar a parfrase a

traduo ou a transcrio de um texto primitivo.

Nesse sentido, Derrida (2002) ensina que o

tradutor deve resgatar, absolver, resolver o texto

original e quando cria como um pintor que

copia seu modelo. Por sua vez, Benjamin (1996,

p. 108) diz que a natureza engendra semelhanas,

bastando, para entender isso, pensar-se na

mmica.

Portanto, diferentemente da pardia, a parfrase

a frase paralela, ou seja, uma releitura

do original. Se, na primeira, temos a ruptura, a

crtica sutil; na segunda, ficamos frente de uma

releitura, de uma reproduo.

Andr (1988) assevera que muitas so as

formas como utilizamos a parfrase no texto acadmico:

a) podemos reproduzir, com outras palavras,

o mesmo pensamento do texto,

seguindo a ordem do discurso original;

b) podemos reproduzir o texto, com outras

palavras, mas buscando esclarecer,

para os leitores de outro nvel (nesse

caso, portanto, motivado pelos objetivos),

vocbulos ou expresses que julgamos

importante elucidar;

c) podemos, ao reproduzir o texto, ampliar

as informaes sobre ele, seu autor,

a obra, o estilo etc., na medida em

que essas informaes sejam cabveis e

relevantes para sua melhor compreenso;

d) podemos, finalmente, fazer um decalque,

ou seja, seguindo a estrutura do

texto original, substituir a ideia inicial

por outra que com ela esteja associada.