paracoccidioidomicose: uma revisÃo da literatura … palhares... · [email protected]...

23
1 PARACOCCIDIOIDOMICOSE: UMA REVISÃO DA LITERATURA Luana Palhares Ferreira Instituto Pharmacológica [email protected] Edson Negreiros dos Santos- Mestre em Farmacologia 1- INTRODUÇÃO A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica de distribuição restrita na América Latina (PANIAGO et al., 2003) que acomete, principalmente, trabalhadores rurais do sexo masculino, manifestando-se, geralmente, como lesões na pele, pulmões e mucosas. Desde sua primeira descrição em 1908 por Adolpho Lutz, a PCM vem sendo objeto de interesse multidisciplinar devido a sua frequência, diversidade de manifestações clínicas, seus desafios terapêuticos e às numerosas opções em pesquisa. Apesar de essa micose ter sido beneficiada do constante avanço da ciência, particular da Biologia Molecular, ainda persiste o perfil de doença de alta prevalência e morbidade, acometendo segmentos sociais específicos que apresentam grandes deficiências de acesso e suporte dos serviços de saúde. Em consequência, observa-se o diagnóstico tardio, o aumento do potencial incapacitante e mortes prematuras por essa doença. Nos últimos anos, muitos estudos sobre a PCM foram publicados. Entretanto, o último grande trabalho congregando os conhecimentos relatados sobre a doença data de 1994 (FRANCO et al, 1994). Associado a isso, atualmente o mapa de distribuição da doença no Brasil vem sendo constantemente modificado graças à descentralização do diagnóstico (SHIKANAI-YASUDA et al., 2006). Desta forma, trabalhos que agreguem os conhecimentos obtidos nos últimos tempos sobre a PCM se fazem necessários e de extrema importância. Assim, tendo em vista a alta incidência da PCM no Brasil, à descentralização do diagnóstico e ao avanço, nos últimos anos, da pesquisa relacionada a esta micose, somada, ainda, à gravidade que o quadro clínico pode assumir; o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre a PCM. Para tanto, o trabalho abordará aspectos

Upload: ngobao

Post on 03-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

PARACOCCIDIOIDOMICOSE: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Luana Palhares Ferreira

Instituto Pharmacológica

[email protected]

Edson Negreiros dos Santos- Mestre em Farmacologia

1- INTRODUÇÃO

A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica de distribuição restrita na

América Latina (PANIAGO et al., 2003) que acomete, principalmente, trabalhadores rurais

do sexo masculino, manifestando-se, geralmente, como lesões na pele, pulmões e mucosas.

Desde sua primeira descrição em 1908 por Adolpho Lutz, a PCM vem sendo objeto

de interesse multidisciplinar devido a sua frequência, diversidade de manifestações

clínicas, seus desafios terapêuticos e às numerosas opções em pesquisa.

Apesar de essa micose ter sido beneficiada do constante avanço da ciência,

particular da Biologia Molecular, ainda persiste o perfil de doença de alta prevalência e

morbidade, acometendo segmentos sociais específicos que apresentam grandes

deficiências de acesso e suporte dos serviços de saúde. Em consequência, observa-se o

diagnóstico tardio, o aumento do potencial incapacitante e mortes prematuras por essa

doença.

Nos últimos anos, muitos estudos sobre a PCM foram publicados. Entretanto, o

último grande trabalho congregando os conhecimentos relatados sobre a doença data de

1994 (FRANCO et al, 1994). Associado a isso, atualmente o mapa de distribuição da

doença no Brasil vem sendo constantemente modificado graças à descentralização do

diagnóstico (SHIKANAI-YASUDA et al., 2006). Desta forma, trabalhos que agreguem os

conhecimentos obtidos nos últimos tempos sobre a PCM se fazem necessários e de

extrema importância.

Assim, tendo em vista a alta incidência da PCM no Brasil, à descentralização do

diagnóstico e ao avanço, nos últimos anos, da pesquisa relacionada a esta micose, somada,

ainda, à gravidade que o quadro clínico pode assumir; o presente estudo tem como objetivo

realizar uma revisão da literatura sobre a PCM. Para tanto, o trabalho abordará aspectos

2

importantes sobre a doença, incluindo temas como histórico da micose, características do

agente, fatores de virulência, epidemiologia, manifestações clínicas, resposta imunológica,

diagnóstico e terapêutica.

2- METODOLOGIA

Para a realização do presente estudo, foram consultados artigos indexados no

Bireme, Lilacs, Science Direct e Scielo e livros-texto sobre o tema, ambos sem datas limite

de publicação.

Foram utilizadas publicações que abordavam aspectos importantes relacionados à

doença, como histórico da micose, epidemiologia, características do agente e fatores de vir

3 – ASPECTOS GERAIS

3.1 HISTÓRICO

A PCM foi descrita pela primeira vez no Brasil em 1908, por Adolpho Lutz. Quatro

anos depois, Afonso Splendore conduziu experimentos sobre o agente etiológico da doença

e o enquadrou no gênero Zymonema brasiliensis. A denominação de Paracoccidioides

brasiliensis, no entanto, foi instituída apenas em 1930 por Floriano Paulo de Almeida

(PONTES et al., 2000).

Entretanto o termo Paracoccidioidomicose, que designa o nome da doença, só foi

consagrado em 1971, na reunião de Micologistas das Américas ocorrida em Medellín. Até

essa data, a doença era conhecida por ampla sinomínia, como: blastomicose brasileira,

blastomicose sul-americana, micose de Lutz e doença de Lutz - Splendore - Almeida

(Valle e COSTA, 2001).

Já a classificação das formas clínicas desta micose foi definida apenas em 1986 em

outro encontro realizado em Medellín, o III Encontro Internacional sobre

Paracoccidioidomicose. No entanto, em 1983, no II Encontro sobre Paracoccidioidomicose

realizado em Botucatu – Brasil, os pesquisadores já propunham esta classificação

(FRANCO, et al., 1987).

3

Estes encontros internacionais, realizados a cada três anos, possuem como

propósito fundamental gerar relações colaboradoras entre investigadores, clínicos,

cientistas, e jovens micologistas para avanços no campo da PCM e outras micoses

endêmicas relacionadas. O VIII e IX Encontro Internacional sobre a

Paracoccidioidomicose foram realizados no Brasil, respectivamente, nas cidades de

Pirenópolis e Águas de Lindóia nos anos de 2002 e 2005. O maior número de trabalhos

apresentados nessas reuniões estava relacionado com as áreas de imunopatologia e

modelos experimentais; imunoterapia e imunomodulação e; biologia molecular. Além

destas também foram abordados importantes trabalhos nas áreas de diagnóstico,

epidemiologia, clínica e terapêutica.

3.2 AGENTE ETIOLÓGICO E FATORES DE VIRULÊNCIA

A PCM é uma micose sistêmica de natureza granulomatosa crônica, causada por

um fungo termodimórfico denominado Paracoccidioides brasiliensis (BRUMMER et al.,

1993).

Este fungo, nos tecidos do hospedeiro ou se cultivado a 35-37°C, cresce na forma

de levedura, apresentando-se macroscopicamente como colônias moles e rugosas, que são

formadas, microscopicamente, por células ovais ou alongadas possuindo múltiplos

brotamentos. Na natureza ou quando cultivado a 18-23°C desenvolve-se com morfologia

de micélio, caracterizada por colônias brancas, pequenas e irregulares, cobertas por um

curto micélio aéreo. Esta forma, microscopicamente, é composta de hifas finas e septadas

(BRUMMER et al., 1993; GOLDANI e SUGAR, 1995).

4

Apesar dos esforços de vários grupos de pesquisa, o nicho ecológico do P.

brasiliensis ainda é desconhecido e o fato do fungo permanecer por muitos anos em

equilíbrio com o homem prejudica ainda mais a identificação de sua ecologia (MENDES,

1991). Acredita-se que o P. brasiliensis seja encontrado saprofiticamente na natureza, onde

provavelmente, clamidósporos e conídios do fungo estejam presentes no solo ou em restos

de vegetais (LACAZ et al., 2002). Esta hipótese é apoiada em relatos de isolamento do

fungo de solos de áreas endêmicas como Argentina, Venezuela e Brasil. Entretanto, outras

tentativas semelhantes em isolar o fungo do solo foram frustradas (RESTREPO et

al.,2001).

Além do solo, o P. brasiliensis foi também isolado a partir de materiais

contaminados tais como rações para cães e fezes de pingüim (Pygoscelis adeliae) e, anos

mais tarde, de tecidos de tatus (Dasypus novemcinctus) que vivem em região endêmica no

estado de Minas Gerais, sendo este animal considerado um reservatório provável do fungo

(FERREIRA et al. 1990; SILVA-VERGARA et al.,2000; ENDO et al., 2004).

Relacionado a esses possíveis reservatórios do fungo existe uma discussão sobre as

características ecológicas mais favoráveis ao P. brasiliensis. Neste contexto, sugere-se que

as melhores regiões para o desenvolvimento do fungo são as de clima úmido, com

temperaturas amenas (17 a 24°C), alto índice pluviométrico, altitude média, solo ácido e

vegetação abundante (RESTREPO et al., 2001; RAMOS-E-SILVA e SARAIVA, 2008).

Entretanto, essas características estão sendo revistas, principalmente, pelo fato de

ocorrerem casos de PCM em regiões do Brasil em que a temperatura vigente não enquadra

nesta faixa proposta, como foi discutido no IX Encontro Internacional sobre a

Paracoccidioidomicose ocorrido em 2005, na cidade de Águas de Lindóia-SP.

Além dos estudos sobre o nicho ecológico do fungo outro ponto sobre o agente

etiológico da PCM que desperta grande interesse dos pesquisadores está relacionado a

composição química e fatores de virulência do fungo.

A parede celular do P. brasiliensis é constituída de lipídios e proteína, com

proporção maior de cisteína/cistína na fase miceliar em relação à fase leveduriforme

(MARQUES, 1998). Além desses constituintes existem, também, os polissacarídeos α–

(1,3) – glucana e β- (1,3) – glucana e os antígenos extracelulares gp43, gp70 e gp30, todos

5

considerados exemplos de importantes fatores de virulência (HOGAN et al., 1996;

MATTOS GROSSO et al., 2003; ANDREOTTI et al., 2005).

O polissacarídeo α– (1,3) – glucana predomina na forma leveduriforme, enquanto

que na morfologia micelial ocorre principalmente a β- (1,3) – glucana. Estudos sugerem

que a α– (1,3) – glucana protege o fungo de enzimas digestivas presentes em macrófagos e

outros leucócitos (RAMOS-E-SILVA e SARAIVA,2008) e que a β- (1,3) – glucana é

digerida pela enzima β – glucanase produzida pelos fagócitos humanos (SAN-BLAS,

1982).

Outro fator de virulência apresentado pelo fungo é uma glicoproteína de peso

molecular 43kDa, denominada gp43. Esta glicoproteína se liga a laminina, inibindo a

expressão do MHC-II e a função macrofágica, sendo, assim, importante para evasão da

resposta imunológica do hospedeiro pelo P. brasiliensis. (FERREIRA e ALMEIDA,

2006). O gp43 funciona como um antígeno reconhecido pela maior parte dos indivíduos

com PCM, apresentando-se em altas concentrações na forma aguda (juvenil) e

desaparecendo-se do sangue circulante em condições em que é favorável a evolução do

quadro clínico do hospedeiro, sendo assim considerado um relevante marcador sorológico

para o diagnóstico e para o acompanhamento dos pacientes sob tratamento farmacológico

(MARTINEZ, 2004).

Por outro lado, a gp70 é uma glicoproteína reconhecida por 96% dos soros de

pacientes. Este constituinte inibi a fagocitose do fungo, induzida via receptor de manose e

receptor de porção Fc de imunoglobulina (FcR), e diminui a liberação tanto de óxido

nítrico (NO) como de peróxido de hidrogênio (H2O2) (MATTOS GROSSO et al., 2003).

Acredita-se que outro fator que pode ser relacionado à virulência são as

características de adesão da glicoprotéina gp30. Entretanto, pela descrição recente desta

molécula pouco se sabe sob sua ação sobre o hospedeiro (ANDREOTTI et al., 2005).

Além desses elementos estruturais do P. brasiliensis, outro fator que parece

influenciar na virulência é o dimorfismo (SAN-BLAS et al., 2002), que é a habilidade de

transformação do fungo para a forma parasitária, patogênica (KUROKAWA et al., 1998).

No P. brasiliensis, a temperatura parece ser o único fator que desencadeia o dimorfismo

(SAN-BLAS e SAN-BLAS, 1994).

6

Na PCM, assim como em muitas micoses, a doença desenvolve-se quando se tem a

conversão de uma morfologia fúngica não patogênica, existente no meio ambiente e na

superfície das mucosas, pra uma forma patogênica, nos tecidos. Essa situação indica que

fungos dimórficos precisam da morfogenia para a colonização do hospedeiro e,

conseqüentemente, para o desenvolvimento da doença, entretanto, a associação da

morfologia e da virulência ainda não é conhecida (ROONEY e KLEIN, 2002).

3.3 EPIDEMIOLOGIA

3.3.1 Distribuição Geográfica

A Paracoccidioidomicose constitui a principal micose sistêmica da América Latina

e está geograficamente limitada a esta região, atingindo desde o México até a Argentina

(PANIAGO et al., 2003). Nessa área endêmica estima-se que exista aproximadamente 10

milhões de pessoas infectadas (RESTREPO et al., 2001), sendo o Brasil responsável por

cerca de 80% dos casos relatados (FAGUNDES-PEREYRA et al., 2006), seguido da

Colômbia, Venezuela e Guatemala (LORENZONI et al., 2002). Esta doença, no entanto,

não se encontra distribuída de forma homogênea por todo o continente (BRUMMER et al.,

1993; GOLDANI e SUGAR, 1995), não verificando, assim, sua ocorrência no Chile,

Guianas e Antilhas (PREDROSO et al., 2008).

Nos países onde a doença é endêmica, também existe variação da distribuição

geográfica dos casos pelo território, que tendem a se concentrar em regiões de florestas

úmidas (tropicais e subtropicais) (BRUMER et al., 1993; MALUF et al., 2003). No Brasil,

a maior parte dos casos ocorre na região sul, sudeste e centro-oeste (COUTINHO et al.,

2002). Entretanto, este mapa de distribuição tem sido alterado ao longo das últimas

décadas, provavelmente, devido à descentralização do diagnóstico e a fatores ambientais

provenientes da abertura de novas fronteiras agrícolas nas regiões Centro-Oeste e Norte

(SHIKANAI-YASUDA, et al., 2006).

7

Apesar de restrita a essas áreas endêmicas, foram observados casos de PCM em

países fora da fora da América Latina, no entanto, referem-se a pessoas que visitaram ou

viveram previamente em um país latino-americano (OGUSUKU, 2008).

3.3.2 Distribuição por Idade

A infecção pelo Paracoccidioides brasiliensis é adquirida nas duas primeiras

décadas de vida, sendo o pico de incidência entre 10 a 20 anos de idade (VALLE, 2001).

Entretanto, a apresentação de manifestações clínicas ou a evolução para doença é

raramente observada nessas décadas. O maior número de casos ocorre principalmente em

indivíduos entre 30 e 50 anos de idade (FAGUNDES-PEREYRA et al., 2006), como

verificado no estudo de Marques et al. (2007), onde a média de idade dos 152 pacientes

acompanhados foi de 44,4 anos.

Neste contexto, alguns autores verificaram a ocorrência de 2 ou 3 casos da doença

em pacientes entre 1 a 7 anos para cada 1.000 casos em adultos. Essa baixa ocorrência em

crianças deve-se, provavelmente, ao longo período de latência da PCM, de tal modo que a

infecção adquirida na infância manifestaria, como doença, anos mais tarde; e,

possivelmente, à menor oportunidade de esses pacientes entrarem em contato com o P.

brasiliensis, devido ao fato de estarem em menor contato com a terra, quando comparado

aos adultos (LACAZ et al., 1982; MARTINEZ, 2005).

3.3.3 Distribuição por Sexo

Segundo o Ministério da Saúde (2005) a PCM é verificada mais frequentemente no

homem que na mulher, em uma relação média de 11:1 nas áreas endêmicas (FAGUNDES-

PEREYRA et al., 2006), exceto na Colômbia, Equador e Argentina onde esta relação é

muito maior (150:1) (BRUMMER et al., 1993). Entretanto, as crianças que são acometidas

8

por esta micose sistêmica não apresentam diferença em relação ao sexo (PANIAGO et al.,

2003).

A desigualdade na distribuição deve-se à maior exposição do homem às fontes de

infecção, assim como aos fatores reguladores hormonais (ESPUNHARDI et al., 2010).

Restrepo et al. (1984) comprovaram que influências hormonais são importantes para o

desenvolvimento da PCM. Neste trabalho houve a demonstração de que o estrógeno é

capaz de inibir a transição do P. brasiliensis da sua forma miceliar infectante para a forma

leveduriforme parasitária. Este hormônio, no entanto, não foi capaz de suprimir a transição

do fungo de sua forma de levedura para miceliar e de afetar o seu crescimento ou a

formação de multibrotamentos nas leveduras.

3.3.4 Distribuição Ocupacional

Dentre os indivíduos acometidos pela a PCM, a maior incidência de casos é

observada em trabalhadores rurais (RAMOS-E-SILVA e SARAIVA, 2008). Neste

contexto, Espunhardi et al. (2010) verificaram que 86% dos pacientes estudados eram

moradores da zona rural e 14% atualmente moram na zona urbana, no entanto, já moraram

ou tiveram contato com a zona rural.

Paralelamente à ocupação, esta doença prevalece em indivíduos de baixo nível

sócio-econômico, provavelmente porque a má nutrição favorece a transição entre infecção

e doença, por afetar a resposta imunológica (GREER e RESTREPO, 1977). Entretanto, não

é possível formular afirmativas exatas sobre este assunto porque o habitat natural do P.

brasiliensis é apenas hipotético (LONDERO,1982).

3.3.5 Prevalência e Incidência

A real prevalência e incidência da PCM não é possível de ser estabelecida devido

ao fato desta micose não ser doença de notificação compulsória. Os dados disponíveis são

obtidos a partir de publicações da literatura e registros hospitalares e não representam o

número total de pessoas infectadas (PANIAGO et al., 2003; CAMPOS et al., 2008). Isto

acontece especialmente em regiões de alta endemicidade, onde são relatados apenas casos

9

raros da micose (GREER e RESTREPO, 1977) e em regiões com suporte micológico

precário (LONDERO, 1982).

No Brasil, estima-se que a incidência anual em zonas rurais endêmicas varie de 1 a

3 novos casos por 100.000 habitantes (SHIKANAI-YASUDA et al., 2006). Nos anos de

1980 a 1995, foram verificados 3.181 casos de óbito por PCM, resultando em taxa de

mortalidade de 1,45 casos por milhão de habitantes. As regiões com maiores coeficientes

foram Sudeste, Sul e Centro-Oeste com 106,66; 54,69 e 19,88 mortes por ano,

respectivamente. Ainda neste estudo, a PCM foi indicada como a oitava causa de

mortalidade entre as doenças infecciosas e parasitárias e a mais alta taxa entre as micoses

sistêmicas (COUTINHO et al., 2002).

3.4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

A manifestação clínica abordada no presente estudo é a definida no Encontro

Internacional sobre Paracoccidioidomicose realizado em Medellín – 1986. Neste encontro

a Paracoccidioidomicose foi classificada em PCM-infecção, PCM-doença de forma aguda,

forma crônica, subdividida em unifocal ou multifocal, ou forma residual (seqüelas). Esta

proposta clínica está correlacionada com a história natural da PCM (SHIKANAI-

YASUDA et al., 2006).

Várias hipóteses de formas de contágio já foram consideradas, incluindo pele e

mucosa do trato gastrointestinal. No passado, em razão de muitos pacientes apresentarem

ulcerações bucais, acreditava-se que a via de entrada do agente infeccioso fosse

implantação traumática do fungo na mucosa oral por meio de fragmentos vegetais,

utilizados na limpeza dentária na zona rural. No entanto, essa teoria não foi verificada em

experimentos de animais de laboratório, onde as lesões da mucosa oral foram precedidas

ou acompanhadas por lesões pulmonares (BISINELLI e FERREIRA, 2002; MARTINEZ,

2004).

Entretanto a hipótese mais aceita é que o contágio do hospedeiro ocorra,

provavelmente, pela inalação de hifas ou conídios, penetrando nas vias aéreas superiores e

instalando-se, inicialmente, nos pulmões (WANKE e AIDÊ,2009). Ao atingir os alvéolos,

o fungo é eliminado ou se multiplica no local, constituindo o foco primário,

10

parenquimatoso, do qual dissemina por via linfática para o linfonodo regional,

constituindo, ambos, o complexo primário (MARQUES, 1998).

A partir das lesões do complexo primário, pode ocorrer uma disseminação do fungo

e, em conseqüência, o estabelecimento de lesões em qualquer órgão do hospedeiro,

constituindo o foco metastático (FRANCO e MONTENEGRO, 1982).

Todas essas lesões descritas – complexo primário e foco metastático – podem não

causar sinais e sintomas, caracterizando a Paracoccidioidomicose - infecção (FRANCO et

al., 1987). Nessa condição, pode ocorrer resposta imune-específica, com o aparecimento de

anticorpos circulantes e positivação do teste intradérmico (ALBORNOZ, 1982).

As pessoas acometidas por esta forma assintomática da PCM podem apresentar três

tipos de evolução: o complexo primário regride com a destruição total dos fungos; regride

com a persistência dos fungos viáveis ou; progride para o desenvolvimento da doença

(FRANCO et al., 1989). A PCM doença, por sua vez, surge por meio da evolução direta do

complexo primário (FRANCO et al., 1987); da reativação dos focos latentes,

proporcionada por um desequilíbrio entre o hospedeiro, parasita e ambiente e; em

conseqüência de uma reinfecção por uma nova exposição ao fungo, denominada reinfecção

exógena (MARQUES, 1998).

A partir de seu estabelecimento, a PCM pode evoluir de duas maneiras: aguda ou

crônica. O tipo agudo ou juvenil acomete, principalmente, crianças (Figura 4) e

adolescentes de ambos os sexos e representa 3 a 5 % dos casos da doença. Esta forma

clínica evolui-se rapidamente (SHIKANAI-YASUDA et al., 2006) e é caracterizada por

lesões cutâneas, pelo acometimento linfonodais das cadeias cervicais, torácicas e

abdominais, por profunda alterações intestinais e por hepatoesplenomegalia (WANKE e

AIDÊ,2009). Essa forma clínica é classificada em moderada, quando o envolvimento das

cadeias linfonodais é mais localizado, ou grave, onde o comprometimento visceral é

disseminado (FRANCO e MONTENEGRO, 2000).

11

A forma crônica, por outro lado, manifesta-se especialmente em adultos (Figura 6)

e é responsável por 90% dos casos de PCM. Esse tipo clínico evolui-se lentamente e

acomete principalmente os pulmões, caracterizando a forma crônica unifocal. Esse tipo de

apresentação pode ser ainda uma doença isolada cutânea, do Sistema Nervoso Central

(S.N.C.), da adrenal ou osteoarticular (MARQUES, 1998). Quando a forma crônica se

apresenta sob o tipo multifocal, ou seja, quando se manifesta em mais de um órgão afeta,

também, mucosas, pele (SHIKANAI-YASUDA et al., 2006), linfonodos e glândulas

adrenais (BRUMMER et al., 1993).

De acordo com o estado geral e o nível imunológico dos indivíduos, a doença

crônica é classificada em leve, moderada ou grave. As formas leves caracterizam por um

discreto envolvimento pulmonar, não acometendo outros órgãos. Por outro lado, no tipo

grave ocorrem extensas lesões nos pulmões, lesões tegumentares e podem existir lesões em

outros órgãos. As formas moderadas estão relacionadas com os pacientes que não possuem

os critérios para serem enquadrados no grupo da forma leve (FRANCO et al., 1987).

A doença pode evoluir para o óbito ou cura. Em caso de cura, verificam-se

cicatrizes nos órgãos acometidos, que podem provocar seqüelas. Estas cicatrizes podem

apresentar-se estéreis ou possuir fungos viáveis, que podem ser os prováveis responsáveis

pelo reaparecimento da doença (MENDES, 1991).

3.5 RESPOSTA IMUNOLÓGICA

O desconhecimento do nicho ecológico do P. brasiliensis e o momento exato em

que esse agente provoca a infecção impedem que se analise, no homem, a seqüência da

resposta inflamatória ao fungo, eventos que foram verificados em modelos experimentais

(MENDES, 1991).

Após o contato com o fungo, observa-se, devido ao estímulo dos antígenos do P.

brasiliensis, o aparecimento de linfócitos T sensibilizados, que migram e se concentram no

local de interação com o parasita. Uma vez estimulados neste local, tais linfócitos

12

sintetizam e liberam diferentes linfocinas, que determinam uma resposta inflamatória

inespecífica, caracterizada por congestão vascular, edema e presença de células

inflamatórias, em especial as polimorfonucleares. A seguir, surgem, em número crescente,

células mononucleares, que em sua maioria são macrófagos, enquanto diminuem as

polimorfonucleares. Prossegue-se com o aparecimento de células gigantes e, finalmente,

são reconhecidas as células epitelióides, organizando o granuloma. A reação inflamatória

pode ser eficiente e destruir o agente, com progressiva cicatrização do processo; se o

agente e/ou seus antígenos persistirem limitados ao centro do granuloma, a inflamação se

mantém e pode ocorrer dissolução do granuloma com a multiplicação ativa dos fungos e

disseminação aos tecidos vizinhos, com formação de novos focos e ampliação da lesão

(MENDES, 1991; FRANCO e MONTENEGRO, 2000).

Na literatura, há evidências que indicam que a formação desses granulomas

epitelióides está relacionada com a resposta imunitária do hospedeiro, mais precisamente, à

imunidade celular (FRANCO e MONTENEGRO, 2000). Diante disso, a mudança da

morfologia do granuloma, descrita anteriormente, está correlacionada com a diminuição da

resposta imune mediada por células e exarcebação da resposta imune humoral. Essas

observações revelam a predominância do padrão tipo “T helper 1” nas fases iniciais da

infecção, caracterizada por uma doença circunscrita; e do padrão tipo “T helper 2” na

doença disseminada, ou seja, após a dissolução do granuloma, difusão do fungo e

antígenos e a elevada produção de anticorpos, repercutindo ativação e diferenciação de

linfócitos B para plasmócitos e alta secreção de imunoglobulinas (MARQUES, 1998).

Esses níveis elevados de anticorpos circulantes, segundo Peraçolli (1978), não

apresentam papel protetor nas micoses em geral, corroborado após este autor inocular

P. brasiliensis pela via intratesticular de hamsters e observar que na infecção generalizada

os níveis de resposta imune celular são muito baixos ou negativos, enquanto que os títulos

de anticorpos permanecem elevados.

13

3.6 DIAGNÓSTICO

Na forma aguda da PCM, os sinais e sintomas são inespecíficos. Em razão disso,

consideram-se como diagnósticos diferenciais as doenças que cursam febre,

linfadenomegalia, lesões cutâneas, hepatoesplenomegalia, como na leishimaniose,

histoplasmose, tuberculose e outras micobacterioses (TELLES FILHO, 2001). Para a

avaliação geral do paciente com forma crônica, o exame físico e anamnese devem incluir a

avaliação de sinais e sintomas relacionados ao envolvimento tegumentar, pulmonar e

laringeo, linfático, adrenal e sistema nervoso central. Diante disso, os exames a serem

realizados nessas duas fases como forma de investigação inicial são: raio X simples de

tórax, ultrassonografia abdominal, hemograma completo, velocidade de

hemossedimentação, provas de função hepática, uréia, creatinina, sódio e potássio

(SHIKANAI-YASUDA et al., 2006).

A confirmação diagnóstica da PCM é obtida por meio da visualização do fungo em

espécimes clínicos ou de biópsia tecidual (WANKE e AIDÊ, 2009) . O exame direto a

fresco com KOH a 10% em lâmina sob lamínula é de baixo custo e eficaz, sendo realizado

em uma diversidade de espécimes, como escarro, aspirado ganglionar raspado de lesões em

mucosas e cutâneas e em material obtido por fibrobroncoscopia. Para a verificação do

fungo em biópsia tecidual é necessária a coloração pelas técnicas de prata de

Gomori/Grocott e de ácido periódico de Shiff (LONDERO, 1986; WANKE et al., 2001;

TARANTINO et al., 2002; SHIKANAI-YASUDA et al., 2006).

As provas sorológicas, como Imunodifusão em gel, ELISA e Western Blot, também

auxiliam no diagnóstico da PCM (NEVES et al., 2006). Na imunodifusão em gel a reação

antígeno-anticorpo é detectada por meio da formação de até três sistemas precipitantes,

sendo que um deles é denominado como fração gp43. Esta técnica utiliza-se filtrado de

cultura da fase leveduriforme e apresenta sensibilidade em torno de 80 a 95% (MENDES-

GIANNINI e MELHEM, 2001; SANCHEZ, 2001). É um teste de ampla aplicação no

diagnóstico imunológico por ser, além de grande sensibilidade e especificidade, de fácil

execução, necessitando de poucos recursos materiais e humanos (SHIKANAI-YASUDA et

al., 2006). Existem provas mais sensíveis, como ELISA e Westen Blot, que auxiliam na

especificação dos tipos de anticorpos séricos contra vários determinantes antigênicos do

fungo (MENDES-GIANNINI e MELHEM, 2001). Ao lado do valor diagnóstico, essas

14

provas sorológicas permitem o acompanhamento do paciente ao tratamento efetuado

(SHIKANAI-YASUDA et al., 2006).

É importante ressaltar que essas avaliações sorológicas têm valor preditivo, pois

existem antígenos comuns ao P. brasiliensis e a outros fungos, assim têm sido detectadas

reações cruzadas com outras micoses sistêmicas (MENDES, 1991).

3.7 TRATAMENTO

O tratamento da PCM não está totalmente resolvido e, por isso, diferentes serviços

adotam preferências próprias (MARQUES, 2003). Para o combate do P. brasiliensis,

sugere-se a utilização de derivados sulfamídicos, anfotericina B e derivados azólicos, além

do controle da desnutrição; do combate às doenças associadas; da adoção de medidas de

suporte mediante complicações clínicas e; da eliminação da ingestão alcoólica e do

tabagismo (WANKE e AIDE, 2009), considerados, respectivamente, por Martinez e Moya

(1992) e Santos et al (2003) como fatores de risco para o desenvolvimento da PCM. O

alcoolismo foi ainda apresentado como fator que, possivelmente, possa prejudicar a cura

dessa doença, em especial na forma crônica.

A terapêutica farmacológica é mantida até quando os pacientes apresentarem os

critérios de cura, sendo, usualmente, de longa duração para que se tenha o controle das

manifestações clínicas e para evitar recaídas. (SHIKANAI-YASUDA et al., 2006).

Alguns autores sugerem uma alternativa ao tratamento farmacológico convencional

que é a utilização do laser de baixa intensidade Helio-Neônio (HeNe), uma vez que tem

demonstrado propriedades cicatrizantes e microbicidas. No entanto, os mecanismos desta

modalidade de terapia precisam ser investigados (FERREIRA et al., 2006; Ferreira et al.,

2009).

3.7.1 Sulfamídicos

15

As sulfas, por serem distribuídas na rede pública de saúde, são as mais prescritas e

utilizadas no ambulatório (TELES FILHO, 2005). Suas principais indicações envolvem

casos benignos ou localizados; aqueles nunca tratados, desde que não graves; os que não

demonstrem alergia ou resistência às sulfas e o tratamento de manutenção de casos que

foram inicialmente tratados com anfotericina B (DEL NEGRO, 1982).

A associação de sulfametoxazol e trimetropina na dose de 400 e 80mg

respectivamente é utilizada por via oral (3 comprimidos a cada 12 horas) por 21 dias,

podendo a dose de manutenção ser reduzida, primeiramente, em 2 comprimidos a cada 12

horas por 21 dias e, em seguida, 1 comprimido a cada 12 horas por dois anos. Por outro

lado, o esquema posológico para crianças é de 8-10mg/kg/dia de trimetropina ou 40-

50mg/kg/dia de sulfametoxazol a cada 12 horas (TARANTINO et al., 2002; WANKE et

al., 2001; SHIKANAI-YASUDA, 2005).

A principal desvantagem da utilização das sulfas é o longo tempo de tratamento o

que compromete à aderência do paciente a esta terapêutica farmacológica (CAPONE,

2009).

3.7.2 Anfotericina B

Dentre os fármacos utilizados no tratamento da PCM, a anfotericina B é o mais

eficaz devido a sua potente ação antifúngica, sendo indicada nos casos graves da doença,

nos resistentes a outros fármacos e em casos que apresentem alergia e intolerância às sulfas

(TARANTINO et al., 2002; WANKE et al., 2001; SHIKANAI-YASUDA, 2005;

DOMENICO et al., 2003).

A anfotericina B é administrada exclusivamente por via parenteral; sendo a via

venosa a mais comum, podendo ser também veiculada por via intratecal e intrarticular nos

casos de PCM do S.N.C. e artrite blastomicótica, respectivamente (DEL NEGRO, 1982). O

esquema posológico é de 50 mg por dia com dose total cumulativa em torno de 2 a 3g,

podendo o tratamento ser completado com derivado imidazólico ou sulfa após a dose

terapêutica recomenda ter sido alcançada (DOMENICO et al., 2003).

16

Os efeitos colaterais da Anfotericina B, portanto, faz com que seja imperiosa a

necessidade de internação para a sua administração. Dentre estes efeitos destacam-se:

retenção azotada, variação da concentração de potássio sérico, anemia, febre, calafrios e

flebite (TARANTINO et al., 2002; WANKE et al., 2001; SHIKANAI-YASUDA, 2005;

DOMENICO et al., 2003).

3.7.3 Derivados Azólicos

Dentre os derivados azólicos, os que apresentam eficácia na terapêutica da PCM

são: cetoconazol, itraconazol e fluconazol (SHIKANAI-YASUDA et al., 2006).

O cetaconazol está indicado no tratamento de formas leves e moderadas,

especialmente nos casos de resistência às sulfas. (NEGRONI, 1982). O esquema

terapêutico recomendado é de 400mg/dia por três meses e 200mg/dia até completar nove

meses (TARANTINO et al., 2002; WANKE et al., 2001; SHIKANAI-YASUDA, 2005).

O itraconazol é a melhor opção terapêutica para o controle das formas leves e

moderadas da PCM em menor período de tempo, além disso, apresenta facilidade na

administração oral em dose única, menor taxa de recidivas e reações adversas, o que

favorece a adesão ao tratamento. Entretanto, este fármaco não está disponível na rede

pública na maioria dos Estados (SHIKANAI-YASUDA et al., 2006; LACAZ et al. 2002).

A posologia indicada é de 200mg/dia por seis a nove meses. Por outro lado, para crianças

com menos de 30 kg de peso corporal ou maiores de 5 anos a dose recomendada é de 5 –

10 mg/kg/dia (TARANTINO et al., 2002; WANKE et al., 2001; SHIKANAI-YASUDA,

2005)

Outro derivado azólico que possui atividade contra o P. brasiliensis é o fluconazol,

indicado na dose de 400mg/dia por 3 a 6 meses, sendo a dose de manutenção de 100 – 200

mg/dia por 6 a 12 meses . Para crianças a posologia recomenda é de 3 – 6 mg/kg/dia

(TARANTINO et al., 2002; WANKE et al., 2001; SHIKANAI-YASUDA, 2005).

3.7.4 Critérios de Cura

17

Para a suspensão do tratamento os critérios de cura da PCM são: clínico, que indica

o desaparecimento dos sinais e sintomas; micológico, que se refere à eliminação do

P. brasiliensis ou à comprovação de inviabilidade; radiológico, que compreende a

estabilização do padrão de imagens radiológicas após o tratamento, realizadas com

intervalo de três meses ao longo de um ano e; imunológico, que corresponde a negativação

sorológica (MENDES, 1991; MARQUES, 1998; SHIKANAI-YASUDA et al., 2006).

A certeza da obtenção de cura não é verificada entre os portadores de PCM pela

impossibilidade de erradicação do agente desta doença. Diante disso, devido ao risco de

uma reativação tardia, deve-se empregar o termo “cura aparente” e acompanhar os

pacientes ambulatorialmente com exame micológico e imunológico em intervalos

semestrais e, depois, uma vez ao ano (LACAZ et al., 2002; SHIKANAI-YASUDA et al.,

2006).

4 - CONCLUSÕES

Mesmo após cem anos à primeira descrição da Paracoccidioidomicose, vários

aspectos relacionados à esta micose ainda permanecem desconhecidos, tornando-a uma

doença que requer investigação e dedicação dos pesquisadores.

Embora constitua uma enfermidade que responde satisfatoriamente à terapia

antifúngica, pode apresentar graves seqüelas ou evoluir ao óbito caso o diagnóstico seja

retardado ou o tratamento mal planejado. Diante disso, verifica-se a extrema importância

em agregar os dados relacionados à Paracoccidioidomicose, especialmente os identificados

nos últimos anos, porque o último trabalho produzido com essa finalidade data de 1994.

18

REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBORNOZ, M. B. Paracoccidioidomicose – Infección. In: DEL NEGRO, G.; LACAZ,

C. S.; FIORILLO, A. M. Paracoccidioidomicose. São Paulo: Sarvier – EDUSP, cap. 8, p.

91-96, 1982.

ANDREOTTI, P. F.; SILVA, J. L. M.; BAILÃO, A. M.; SOARES, C. M. A.; BENARD,

G.; SOARES, C. P.; MENDES-GIANNINI, M. J. S. Isolation and partial characterization

of a 30kD a adhesin from Paracoccidioides brasiliensis. Microbes and Infection, v. 7, p.

875–881, 2005.

_____Brasil. Ministério da Saúde . Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças

infecciosas e parasitárias: guia de bolso – 5° edição amp, - Brasília: Ministério da Saúde,

p. 233-235. 2005.

BISINELLI, J. C.; FERREIRA, M. L. S. Doenças infecciosas: Paracoccidioidomicose

(Blastomicose Sul-americana). In: TOMMASI, A. F. Diagnóstico em patologia bucal. 3°

edição. São Paulo: Pancast; 2002, p. 202-209

BRUMMER, E.; CASTANELA, E.; RESTREPO, A. Paracoccidioidomycosis: na update.

Clinical Microbiology Reviews, v. 6, p. 89-117, 1993.

CAMPOS, M. V. S.; PENNA, G. O.; CASTRO, C. N.; MORAES, M. A. P.; FERREIRA,

M. S.; SANTOS, J. B. Paracoccidioidomycosis at Brasilia’s university hospital. Revista da

Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Uberaba, v. 41, n.2, 2008.

CAPONE, D.; JANSEN, J. M.; LOPES, A. J.; SIQUEIRA, H. R.; COSTA, A. A.;

CAPONE, R. B. Micoses Pulmonares. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, p.

72-75, 2009.

COUTINHO, Z. F.; SILVA, D.; LAZÉRA, M. PETRI, V.; OLIVEIRA, R.M.; SABROZA,

P. C.; WANKE, B. Paracoccidioidomycosis mortality in Brazil (1980-1995). Caderno de

Saúde Pública, v. 18, n. 5, p. 1441-1454, 2002.

DEL NEGRO, G. Tratamento. Controle de cura. Profilaxia. In: DEL NEGRO, G.;

LACAZ, C. S.; FIORILLO, A. M. Paracoccidioidomicose. São Paulo: Sarvier – EDUSP,

cap. 27, p. 127-283, 1982a.

DOMENICO, C.; MOGAMI, R.; MIYAGUI, T. Tomografia computadorizada de alta

resolução nas doenças difusas pulmonares: correlação anatomopatológica. 1° Ed. São

Paulo – Rio de Janeiro – Ribeirão Preto- Belo Horizonte: Atheneu, 2003, 360p.

ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE PARACOCCIDIOIDOMICOSE, 8, 2002,

Pirenópolis. Annual Review of Biomedical Sciences. Botucatu: Fundação Editora da

UNESP, 2002. 130p.

19

ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE PARACOCCIDIOIDOMICOSE, 9, 2005,

Águas de Lindóia. Disponível em: <http://www.sbi.org.br/pbmicose2005.htm>. Acesso

em: 26 nov. 2007.

ENDO, S.; KOMORI, T.; RICCI, G. SANO, A.; YOKOYAMA, K.; OHORI, A.; KAMEI,

K.; FRANCO, M.; MIYAJI, M.; NISHIMURA, K. Detection of gp43 of Paracoccidioides

brasiliensis by the loop-mediated isothermal amplification (LAMP) method. FEMS

Microbiology letters, Amsterdam, v. 234, n.1, p. 93-97, 2004.

ESPUNHARDI, K. C.; SOUZA, V. C.; FILHO, R. B.; FILHO, M. A. Eficácia do controle

farmacológico da paracoccidioidomicose no município de Cacoal – RO. Uningá Review,

v. 3, n. 4, p. 56 – 64, 2010.

FAGUNDES-PEREYRA, W. J.; CARVALHO, G. T. C.; GÓES, A. M.; LIMA E SILVA,

F. C.; SOUSA, A. A. Paracoccidioidomicose do sistema nervoso central: análise de 13

casos. Arquivo de Neuro-Psiquiatria, v. 64, p. 269-276, 2006.

FERREIRA, M. S.; FREITAS, L. H.; LACAZ, C. S.; DEL NEGRO, G. M. B.; MELO, N.

T.; GARCIA, N. M.; ASSIS, C. M.; SALEBIAN, A.; HEINS-VACCARI, E. M. Isolation

and characterization of a Paracoccidioides brasiliensis starin from a dogfood probaly

contaminated with soil in Uberlândia , Brasil. Journal of Medical na Veterinary

Mycology. Oxfordshine, v. 28, p. 253-256, 1990.

FERREIRA , S. F., ALMEIDA, S. R. Immunization of susceptible mice with gp43- pulsed

dentritic cell induce na increase of pulmonary Paracoccidioidomycosis. Immunology

letters, Amsterdam, v. 103, p. 121-126, 2006.

FERREIRA, M. C.; BRITO, V. N.; GAMEIRO. J.; COSTA, M. R.; VASCONCELLOS, E.

C.; CRUZ-HOFLING, M. A.; VERINAUD, L. Effects of HeNe laser irradiation on

experimental paracoccidioidomycotic lesions. J Photochem. Photobiol. V. 84, p.141-149,

2006.

FERREIRA, M. C.; GAMEIRO. J.; NAGIB, P. R. A.; BRITO, V. N.; VASCONCELLOS,

E. C.; VERINAUD, L. Effect of low intensity Helium-Neon (HeNe) laser irradiation on

experimental paracoccidioidomycotic wound healing dynamics. Photochemistry and

Photobiology. V. 85, p.227-233, 2009.

FRANCO, M.F.; MONTENEGRO, M.R.G. Anatomia patológica. In: DEL NEGRO, G.;

LACAZ, C. S.; FIORILLO, A. M. Paracoccidioidomicose. São Paulo: Sarvier – EDUSP,

1982. cap. 9, p. 97-117.

FRANCO, M.; MONTENEGRO, M. R. Paracoccidioidomicose. In: BRASILEIRO

FILHO, G. Bogliolo-Patologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. cap. 33,

p. 1239-1250.

20

FRANCO, M.; MENDES, R. P.; MOSCADI-BACCHI, M. Paracoccidioidomycosis.

Baillière’s Clin. Trop. Med. Comm. Dis., v. 4, n. 4, p. 185-220, 1989.

FRANCO, M.; LACAZ, C.S.; RESTREPO, A.; DEL NEGRO, G.

Paracoccidioidomycosis. Florida: Boca Raton, 1994. 448p.

FRANCO, M.; MONTENEGRO, M. R.; MENDES, R. P.; MARQUES, S. A.; DILLON,

N. L.; MOTA, N. G. S. Paracoccidioidomycosis: a recently proposed classification of its

clinical forms. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 20, n. 2, p.

129-132, 1987.

GOLDANI, L. Z.; SUGAR, A. M. Paracoccidioidomycosis and AIDS: an overview.

Clinical Infectious Diseases, v. 21, n. 5, p. 1275-1281, 1995.

GREER, D. L.; RESTREPO, A.; La epidemiologia de la Paracoccidioidomicoses. Boletin

de la Oficina Sanitaria Panamericana, v. 83, p. 428-445, 1977.

HOGAN, L. H.; KLEIN, B. S.; LEVITZ, S. M. Virulence factors of medically important

fungi. Clinical Microbiology Reviews, v. 9, n. 4, p. 469-488, 1996.

KUROKAWA, C. S.; SUGIZAKI, M. F.; PERAÇOLI, T. S. Virulence factors in fungi os

systemic mycoses. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 40, n. 3,

p. 125-135, 1998.

LACAZ, C. S.; ZAMITH, V. A.; DEL NEGRO, G.; SIQUEIRA, A. M. Aspectos clínicos

gerais. Formas polares da Paracoccidioidomicose. Particularidades clínicas, infanto-

juvenis. In: DEL NEGRO, G.; LACAZ, C. S.; FIORILLO, A. M. Paracoccidioidomicose.

São Paulo: Sarvier – EDUSP, 1982. cap. 13, p. 141-147.

LACAZ, C. S.; PORTO, E.; MARTINS, J. E. C.; HEINZ-VACCARI, E. M.; MELO, N. T.

Tratado de micologia médica Lacaz. 9° edição, p. 649-713, 2002. São Paulo, SP:

Sarvier.

LONDERO, A. T. Epidemiologia. In: DEL NEGRO, G.; LACAZ, C. S.; FIORILLO, A.

M. Paracoccidioidomicose. São Paulo: Sarvier – EDUSP, 1982. cap. 7, p. 85-90.

LONDERO, A. T. Paracoccidioidomicose: patogenia, formas clínicas, manifestações

pulmonares e diagnóstico. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 12, p. 41-60, 1986.

LORENZONI, P. J.; CHANG, M. R.; PANIAGO, A. M. M.; SALGADO, P. R. Meningite

paracoccidioidomicótica. Arquivos de Neuropsiquiatria, v. 60, n. 4, p. 1015-1018, 2002.

MALUF, M. L. F.; PEREIRA, S. R. C.; TAKAHACHI, G.; SVIDZINSKI, T. I. E.

Prevalência de paracoccidioidomicose: infecção determinada através de teste sorológico

em doadores de sangue na região noroeste do Paraná, Brasil. Revista da Sociedade

Brasileira de Medicina Tropical, v.36, p. 11-16, 2003.

21

MARQUES, S. A. Paracoccidioidomicose. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 73, n.

5, p. 455-469, 1998.

MARQUES, S. A. Paracoccidioidomicose: atualização epidemiológica, clínica e

terapêutica. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 78, n. 2, p. 135-148, 2003.

MARQUES, S. A.; CORTEZ, D. B.; LASTÓRIA, J. C.; CAMARGO, R. M. P.;

MARQUES, M. E. A. Paracoccidioidomicose: freqüência, morfologia e patogênese de

lesões tegumentares. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 82, n. 4, p. 411-417, 2007.

MARTINEZ, R.; MOYA, M. j. Associação entre paracoccidioidomicose e alcoolismo.

Revista de Saúde Pública, v. 26, n. 1, 1992.

MARTINEZ, R. Paracoccidioidomicose. In: SIDIM, J. J. C.; ROCHA, M. F. G. Micologia

médica à luz de autores contemporâneos. São Paulo: Guanabara Koogan, p. 204-221,

2004.

MARTINEZ, R. Quadro clínico. In: VERONESI, R.; FOCACCIA, R. Tratado de

infectologia. 3° edição, vol. 02. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. Cap. 84, p. 1371-1375.

MATTOS GROSSO, D.; ALMEIDA, S. R.; MARIANO, M.; LOPES, J. D.

Characterization of gp70 and anti-gp70 monoclonal antibodies in Paracoccidioides

brasiliensis pathogenesis. Infect. Immun., v. 71, n. 11, p. 6534-6542, 2003.

MENDES, R. P.; Paracoccidioidomicose. In: MEIRA, D.A. Clínica de doenças tropicais

e infecciosas. Rio de Janeiro: Interlivros, 1991. cap. 24, p. 259-297.

MENDES-GIANNINI, M. J. S.; MELHEM, M. S. C. Infecções fúngicas. In: FERREIRA,

A. W.; ÁVILA, S. L. M. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e

auto-imunes. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. cap. 33, p. 334-403.

NEVES, S. L.; PETRONI, T. F.; FEDATTO, P. F.; ONO, M. A. Paracoccidioidomycosis

in wild and domestic animals. Semina Ciências Agrárias, v. 27, n. 3, p. 481-488, 2006.

OGUSUKU, S. Avaliação da resposta linfoproliferativa de pacientes com

Paracoccidioidomicose e indivíduos curados a antígenos de Paracoccidioides

brasilienis: filtrado de cultura, gp43 e gp43 tratada com metaperiodato. 2008, 65f.

Dissertação – Universidade de São Paulo, São Paulo- SP.

PANIAGO, A. M. M.; AGUIAR, J. I. A; AGUIAR, E. S.; CUNHA, R. V.; PEREIRA, G.

R. O.; LONDERO, A. T.; WANKE, B. Paracoccidioidomicose: estudo clínico e

epidemiológico de 422 casos observados no Estado de Mato Grosso do Sul. Revista da

Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 36, n. 4, p. 455-459, 2003.

22

PEDROSO, V. S. P.; VILELA, M. C.; PEDROSO, E. R. P.; TEIXEIRA, A. L.

Paracoccidioidomicose com comprometimento do sistema nervoso central: revisão da

literatura. Revista Brasileira de Neurologia, v. 44, n. 3, p. 33-40, 2008.

PERAÇOLI, M. T. S. Paracoccidioidomicose experimental do hamster. Estudo da

imunidade celular e humoral e correlação com a morfologia das lesões. 1978. Tese –

Escola Paulista de Medicina, São Paulo, SP.

PONTES, F. S. C.; PONTES, H. A. R, MOREIRA, C. R., DANIN, G. A.; PEREIRA, E.

M. Paracoccidioidomicose: aspectos gerais e relato de caso. Revista Brasileira de

Cirurgia e Implantodontia. V. 7, p. 73-77, 2000.

RAMOS-E-SILVA, M.; SARAIVA, L. E. S. Paracoccidioidomycosis. Dermatologic.

Clinics., Philadelphia, v. 26, n. 2, p. 257-269, 2008.

RESTREPO, A.; McEWWN, J.G.; CASTAÑEDA, E. The habitat of Paracoccidioides

brasiliensis:how far from solving the riddle? Medical Mycology, v. 39, n.3, p. 233-241,

2001.

RESTREPO, A.; SALAZAR, M. E.; CANO, L. E.; STOVER, E. P.; FELDMAN, D.;

STEVENS, D. A. Estrogens inhibit mycelium – to – yeast transformation in the fungus

Paracoccidioides brasiliensis: implications for resistance of females to

paracoccidioidomycosis. Infection and Immunity, v. 46, n. 2, p. 346-353, 1984.

ROONEY, P. J.; KLEIN, B. S. Liking fungal morphogenesis with virulence. Cellular

Microbiology, v. 4, n. 3, p. 127-137, 2002.

SAN-BLAS, G. The cell wall of fungal human pathogens: its possible role in host-parasite

relationship. Mycopathologia, v. 79, p. 159-184, 1982.

SAN-BLAS, G.; SAN-BLAS, F. Biochemistry of Paracoccidioides brasiliensis

dimorphism. In: FRANCO, M.; LACAZ, C.S.; RESTREPO, A.; DEL NEGRO, G.

Paracoccidioidomycosis. Florida: Boca Raton, 1994. cap. 4, p. 49-66.

SAN-BLAS, G.; NINO-VEGA, G.; ITURRIAGA, T. Paracoccidioides brasiliensis and

Paracoccidioidomycosis: Molecular approaches to morphogenesis, diagnosis,

epidemiology, taxonomy and genetics. Medical Mycology, v. 40, p. 225-242, 2002.

SANCHEZ, M. C. A. Testes sorológicos. In: FERREIRA, A. W.; ÁVILA, S. L. M.

Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e auto-imunes. 2. ed. Rio

de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. cap. 2, p. 9-48.

23

SANTOS, W. A.; SILVA, B. M.; PASSOS, E. D.; ZANDONADE, E.; FALQUETO, A.

Association between smoking and paracoccidioidomycosis: a case-control study in the

State of Espírito Santo, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 1, 2003.

SHIKANAI-YASUDA, M. A. Pharmacological management of paracoccidioidomycosis.

Expert Opinion on Pharmacotherapy, v. 6, n. 3, p.385-397, 2005.

SHIKANAI-YASUDA, M. A.; TELLES FILHO, F. Q.; MENDES, R. P.; COLOMBO, A.

L.; MORETTI, M. L. Guideliness in paracoccidioidomycosis. Revista as Sociedade

Brasileira de Medicina Tropical, v. 39, n. 3, p. 297-230, 2006.

SILVA-VERGARA, M. L.; MARTINEZ, R.; CAMARGO, Z. P.; MALTA, M. H.;

MAFFEI, C. M.; CHADU, J. B. Isolation of a Paracoccidioides brasiliensis strain from

the soil of a coffe plantation in ibia, State of Minas Gerais, Brazil. Medical Mycology, v.

38, n. 3, p. 193-199, 2000.

SOUTO, P. C. S. Paracoccidioidomicose experimental: infecção e doença em animais

infectados por um isolado atípico da cepa Pb18. 2006. 117f. Tese – Universidade

Estadual de Campinas, Campinas, SP.

TARANTINO, A. B.; GONÇALVES, A. J. R.; CAPONE, D.; AIDÊ, M. A.; LAZERA, M.

S.; WANKE, B. Micoses Pulmonares. In: TARANTINO, A. B., editor. Doenças

pulmonares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, p. 416-450.

TELES FILHO, F. Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná,

Curitiba, 2001.

TELES FILHO, F. Q. Tratamento. In: VERONESI, R.; FOCACCIA, R. Tratado de

infectologia. 3°ed., v. 02, São Paulo: editora Atheneu, p. 1397-1403. 2005.

UNIVERSITY OF WISCONSIN – LA CROSSE. Department of Biology. Tom volk’s

fungi. Disponível em: < http://botit.botany.wisc.edu/toms_fungi/images/paraco2.jpg>.

Acesso em: 01 dez. 2010.

VALLE, A. C. F., COSTA, R. L. B. Paracoccidioidomicose. In: BATISTA, K. S.,

IGREJA, R. P.; GOMES, A. D.; HUGGINS, D. W. Medicina Tropical: abordagem atual

das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: cultura Médica, 2001, p. 943-958.

WANKE, B.; AIDÊ, M. A. Capítulo 6- Paracoccidioidomicose. J. Bras. Pneumol., São

Paulo, v. 35, n.12, 2009.

WANKE, B.; LAZER, M.S.; CAPONE, D. Paracoccidioidomicose. In: Sociedade de

pneumologia e tisiologia do estado do Rio de Janeiro, AIDÊ, M. A., editores.

Pneumologia aspectos práticos e atuais. Rio de Janeiro: Revinter, 2001, p. 147-152.