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Portas corta-fogo
Para que servem■ Para isolar a escada de emergência
do fogo e da fumaça
■ Elas são parte do equipamentoobrigatório de combate a incêndio
■ Sem elas, o prédio não conseguetirar documento obrigatório AVCB(Auto de Vistoria do Corpo deBombeiros)
Como escolher■ É preciso que uma empresa
especializada, com engenheiroresponável, faça o projeto
■ Não se pode colocarqualquer uma nem fazer
troca sem orientaçãotécnica
AbertaNão tem portacorta-fogo
Prédios até12m de alturae até 750 m2
de lage
É proibido■ Colocar cestosde lixo na antecâmarada escada
■ Colocar carrinhosde bebê e outros utensíliosna antecâmara
■ Prender a porta corta-fogo comcalço para ela ficar aberta
■ Colocar prego na porta ou pintá-la
Regra no prédio■ Condomínio deveproibir a colocação dequalquer material nasescadas
■ Se isso estiver no regulamentointerno, infratores poderãoser multados
Para ajudarna segurança■ Observe se a portacorta-fogo estáfechando bem ou
se ficam frestas capazes de darpassagem à fumaça
■ Não tranque a porta corta-fogode seu andar
■ Veja se o ponteiro do reloginho doextintor está no verde; se estiver,é que o equipamento estáadequado para uso
■ Confira, nos hidrantes, se mangueirase bico permanecem no local
AtençãoPrédiosresidenciaisanteriores a 1983com altura inferiora 45 m e lajeinferior a 600 m2
não precisam terporta corta-fogo Fontes: Ricardo Gonçalves, engenheiro e integrante da vice-
presidência de Administração Imobiliária e Condomínios doSecovi-SP (Sindicato da Habitação); Capitão PM Mauro AntonioBrancalhão, do Corpo de Bombeiros de São Paulo
tipos de escadas
À provade fumaçaTem duas portascorta-fogo, separadaspor um pequeno hall(antecâmara)
Prédio com mais de30 m de altura
ProtegidaTem uma portacorta-fogo
Prédios de12m a 30 mde altura
12 m12 m20 m20 m
38 m38 m
O que são■ Portas
geralmentecolocadasnos acessosà escada deemergência
■ São maciças,feitas comdiferentesmateriais,de granderesistência
■ Podemsuportaro fogo e afumaça porperíodos de30 min a2 horas
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B6 Segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Portas corta-fogo são itensobrigatórios em prédio altoobrigatóriosobrigatórios
Rivaldo Gomes/Folhapress
Equipamento nuncadeve ser preso porcalço. Se não estiverem bom estado, podepôr pessoas em risco
Portas corta-fogo são es-senciais para que qualquercondomínio consiga tirar seuAVCB (Auto de Vistoria do Cor-po de Bombeiros), obrigató-rio. Mais que isso, é o equi-pamento feito para impedir aida de fogo e fumaça à esca-da, único caminho por ondeas pessoas devem sair doprédio em caso de incêndio.
No entanto, prédios resi-denciais anteriores a 1983,com até 45 m de altura e lajede até 600 m2 não são obri-
gados a ter o equipamento.“O risco de incêndio é muitobaixo”, explica o capitão doCorpo de Bombeiros MauroBrancalhão. Escapam da re-gra, também, construçõescom até 12 m de altura e lajemenor que 750 m2.
Só equipe especializada,com responsável técnico, po-de criar projeto para a insta-lação delas. “Nem as trocaspodem ser feitas de qualquerjeito, porque elas fazem par-te de um projeto, são dife-rentes e cada uma tem umtempo de resistência”, avisaDiogo Ortega Jr., engenheirocivil e diretor-presidente daOrtega Extintores.
O engenheiro Ricardo Gon-çalves, da vice-presidência
de Administração Imobiliáriae Condomínios do Secovi-SP(Sindicato da Habitação), dizque um dos grandes proble-mas é segurar a porta comcalço. Outro é permitir cestosde lixo e objetos nas escadas.
“É preciso mudar essa cul-tura. O prédio tem que proi-bir e o síndico, multar”, diz. Orisco, segundo o capitãoBrancalhão, é algo pegar fogoou obstruir a passagem.
O capitão Brancalhão dizque as portas têm de ficarbem vedadas e sem frestas.“O maior vilão do incêndio éa fumaça. Ela é tóxica e podeaté atingir 500˚C. A água fer-ve a 100˚C”, diz. “Ela agridea via aérea e leva à asfixia e àmorte.” (Gislaine Gutierre)
06CF4101-12.2CM2.4722.0
OengenheirocivilDiogoOrtegaJr.abreportacorta-fogoemprédioresidencialdeGuarulhos
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Casos decondomínio
Zelador que gosta de beberdá trabalho extra a porteira
Para quitar débitos, o advogado disse que tenho depagar parcelas extras com valor no mínimo iguaisàs do condomínio. E com juros e honorário. É certo?Jane das Chagas, São Paulo
A gestão se nega a mostrar orçamentos quando eupeço. O advogado contratado pela síndica meameaçou por causa disso. O que devo fazer?Por e-mail
Um zelador deu bastante trabalho para a porteiraAureliana Matheus dos Santos Pereira, 30 anos, noprédio onde ela trabalha, na Consolação (região cen-tral da capital). “Ele chegava já meio alterado às 8h,dava um cochilo e depois ia para o bar. Na hora do al-moço, voltava bêbado e eu tinha que fazê-lo comer acomida que a mulher dele mandava na marmita”, diz.
Aureliana conta que os moradores começaram a no-tar a “ausência” do seu Benê, que costumava respon-der: “Estou aqui só para observar, não preciso traba-lhar”. Quando o salário dos colegas atrasava ou umbenefício não caía, iam logo reclamar com ele.“Quando falávamos do nosso problema, ele dizia queia ver se o salário dele estava atrasado. O trabalho deleera nos socorrer, mas nós é que acabávamos socorren-do ele”. Seu Benê só durou seis meses no cargo. (TC)
O advogado Alexan-dre Berthe diz quenão há lei sobre o
assunto, por isso condomí-nios são livres para definirparcelamentos e condições.Em geral, cobram o valordevido mais juros, multa eatualização, como forma denão beneficiar o devedornem prejudicar quem paga.Cada prédio define o valorda parcela. “Alguns têm aforma descrita nas regrascondominiais e/ou sob ocritério de análise do síndi-
co.” O morador pode levarproposta ao síndico, aoconselho e às vezes até àassembleia, embora o pré-dio não seja obrigado aaceitá-la. Sobre juros, o Có-digo Civil estabelece “1% aomês e multa de 2% sobre odébito”, mas pode ser me-nor, se isso estiver nas re-gras do prédio. A atualiza-ção geralmente segue oIGP-M (Índice Geral de Pre-ços do Mercado) e o hono-rário também pode ser ne-gociado com o advogado.
O advogado RodrigoKarpat, da KarpatSociedade de Advo-
gados, diz que o ideal é teruma forma transparente degestão, mas “não há ne-nhuma obrigação legal es-pecífica que obrigue o sín-dico a mostrar orçamen-tos”, embora ele tenha aobrigação de prestar contas.Segundo Karpat, prestarcontas não significa, neces-sariamente, exibir orça-mentos, até porque às vezeseles não existem. “Uma
compra mensal de materialde limpeza pode ser feitacom comparativos em sitessem cotação formal, ou atécom comparação telefônicade preços”, explica. O mes-mo pode ocorrer para con-serto emergencial de vaza-mento. O condômino quetem dúvida pode notificar osíndico do questionamentoe requerer em assembleia.Quanto às ameaças do ad-vogado, se provadas, é casode polícia e deve-se regis-trar boletim de ocorrência.