pão com poesia 2014 - 2ª série - unc.br · mahara machado massaneiro 2ª série solidão alheia...
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A voz do medo Dentro de nós Há uma voz E toda vez que ouvida Se torna mais forte É uma voz escura Sombria Sem cor Nem sabor É uma voz que sussurra Palavras impuras Que nos faz temer E ter alucinação É uma voz (escondida) Silenciosa Insegura PERSISTENTE É uma voz grossa Medonha Sinistra Sem compaixão Dentro de nós Há uma voz E é tão parecida Com a escuridão.
Alice Gazzoni Berti 2ª série
Histórias que vivi
Das histórias que vivi Dentre as mais belas e formosas
Foram justamente aquelas que ouvi
Aquelas que ouvi e por ouvir, vivi E assim não apenas ficaram em
Minha mente Mas sim, aquelas que por ouvir,
Vivi intensamente
E se assim não fosse...
Meus olhos não contariam As maravilhas do que é o viver
Pois eles estariam cheios do vazio Cheios do vazio do não saber viver
Tudo aquilo que é uma das Maravilhas do ser.
Amanda Haag 2ª série
FIM
Foi um dia cansativo depois de uma manhã
na escola, uma tarde no trabalho
e uma noite! Uma noite maravilhosa com uma companhia sem dúvidas, perfeita
em um jantar à luz
de velas brancas, ao som
de uma doce harpa. A intenção era
tomar um banho e dormir bem, descansar,
sonhar, para acordar para
mais um dia rotineiro. Mas não foi assim,
o sonho acabou e a vida chegou
ao fim.
Bárbara Laís Roeder
2ª série
Vozes confusas, confusão
Vivo a buscar Vivo para buscar a voz certa do momento certo... A voz amiga, a voz apaixonada, a voz sábia, a voz brava Engano meu acreditar acreditar que a voz certa aparecerá Clamo por uma, todas querem sair unem-se numa confusão, numa cacofonia sem fim... Então eu acerto, erro, erro, acerto, acerto de novo Já que muitas vozes de mim insistem em sair
Camila Lorenzini Tessaro
2ª série
Muitas vozes
No silêncio das vozes Refletimos sobre a vida Pensamos no mundo
E nas vozes que ouvimos
Já não há tempo Solidão vira rotina
As vozes não me atingem
Hoje vivemos no Silêncio Não expressamos mais os sentimentos
Que ficam no ar Respostas que não vão calar
Nem falar
Camila Papes
2ª série
Despertas
Muitas vozes, muitas opiniões Silêncios em escuridões
Todos nós somos uma só voz Que na multidão, ecoa
Lutar por um ideal
Pela paz e pelo amor Sem guerras e sem injustiças
Com fé no coração
Um mundo com pessoas despertas Que não perdem tempo Não esperam acontecer
Fazem acontecer
Não importa a raça, cor ou religião Vamos lutar, crer e amar
Acreditar que podemos transformar E o amor espalhar...
Eduarda Scheuer Floriano
2ª série
Muitas vozes
Ouço na surdina dizendo: Morra; lúgubre demais para viver Moça, volte para o seu esquife
Ouço um grito exclamando:
Viva; amor demais para morrer Moça, permaneça em meu enlace
As vozes dizem faça,
Os amores dizem fique. Execute.
Lute.
Viver na ambivalência é viver pela metade Viver pela metade é morrer na outra parte
Ouço-as de um lado
Ouço-as de outro Ouço-as de fora...
Mas as piores são as que vem de lá... Do âmago.
Aquelas que invadem Tiram-me fora da realidade
Vivo em contradição.
Capitar um sussurro de longe Melhor que um brado
Ao pé da emoção.
O carinho é uma lâmina, O afago é um esporro Os vivos são vorazes
Os mortos são ferozes.
Como se a lâmina fosse fagulha E o sangue fosse álcool
Enfim morrerei carbonizada E a doce morte me deixará beijada.
Eduarda Schmidt 2ª série
A vida e a morte
Viver intensamente, sem culpa e arrependimentos
Deixar a mente, cheia de bons pensamentos
Quando a morte chegar, não irá se lamentar,
apenas deixará o pesar.
Eduarda Schutz Maziero 2ª série
A paz que nos pertence
No meio da floresta A paz é o que nos resta
A calma da natureza Espanta qualquer tristeza A única voz que se ouve
É a voz do silêncio O único som que ecoa
É do sapo na lagoa Mas na correria da cidade
Não aproveitamos a simplicidade De algo que nos pertence
A paz da natureza! Gabriel Hack de Souza
2ª série
Silêncio valioso
Nada se fala Tudo se cala
Nenhum barulho Muito menos tumulto Por enquanto não há
Cochichos Conversas
Risos, assobios Miados Latidos
Há apenas a voz do silêncio Tão forte quanto o ruído Mas então é quebrada
Por um simples vento que chega E logo vem Fofoqueiro
Falante Feliz, Cão Gato
Passarinho E inicia-se o alvoroço, a festa
Geórgia Ayumi Guinoza Inushi 2ª série
Agitação
No meio de todos Envolto pelo vazio
Por mais que falem, que gritem Nada escuto
As muitas vozes
Que um dia conheci Permanecem no meu passado Murmurando em minha mente
Lembranças do que fui
Misturadas também Com o anseio do que serei
Mas com isso terei
De esperar o que o futuro Reserva para mim
Gustavo Ziger 2ª série
Várias vozes
Voz do silêncio que me angustia Voz da dor que me anestesia
Voz do pensar que te insatisfaz Voz vulgar que te faz corar
Voz do rezar
Voz do sacrificar Voz do silêncio
Sempre a angustiar
São muitas as vozes Que nos fazem viver
Henrique Araldi Fezer 2ª série
Silêncio Silêncio hoje quase não existe Mas persiste entre os barulhos infernais O silêncio que está em todo canto Escondido Hoje já não é mais escutado Mas se sabe que do silêncio tudo começou Antes era imune Hoje, briga contra a sociedade O silêncio que conforta Tenta persistir na humanidade.
Henrique Ernesto Dransfeld Neto 2ª série
Nesta sala
Nesta sala estava aquele sofá de couro bege que ganhei da minha avó.
Nesta sala estava aquela cadeira de balanço levemente estragada, mas guardo com muito
carinho, pois ganhei do meu pai. Nesta sala estava aquele quadro de Van Gogh
borrado com o tempo, ele me traz lembranças de meu avô.
Nesta sala estava aquele espelho com bordas de
diamante usado por minha mãe para a arrumação
da missa de domingo.
Tudo estava nesta sala agora nela nada mais está.
Agora nesta sala, apenas a voz de
quem lê este poema.
Igor Leonardo Lessack de Paula e Silva 2ª série
Misteriosos sonhos
Sonhar é algo bom quando seu coração
está leve para inspiração
Frases sem sentidos
como num lindo sonho onde tudo está em um extravagante silêncio
É difícil
estar acordado e sonhar livremente
em meus antigos mistérios
Jessika Maíra Castilho 2ª série
Na manhã de novembro
O dia amanhece E sol resplandece
Numa manhã de novembro Vejo cerejeiras nascendo
Novembro é primavera
De cheiro e esplendores Época de flores
Das manhãs de novembro
Cigarras cantando, Abelhas pousando
Nas flores cheias de pólen Nas manhãs de novembro
O dia nascendo
E assim vamos escrevendo...
João Pedro Hilgemberge 2ª série
A busca
Na calada noite... Ecoa, Até mesmo, o som das estrelas... Noites e noites sombrias Onde, o cair do luar, Ilumina... As pobres almas da Terra, Que em meio, ao cansativo dia Buscam... O silêncio, o silêncio... o... Silêncio O inquietante silêncio! - Shhhhh...
João Vitor Zattar 2ª série
Silêncio
Silêncio... silêncio é
isso... isso é
silêncio, que não ouvimos que não chega ao
ouvido Escuta...
e pensa que silêncio é silêncio...
isso é silêncio...
José Victor Pintado Corato 2ª série
O silêncio – a voz do abandono
Você foi embora Sem dizer palavra Sem explicação
Sentido ou Razão
Talvez
para encontrar novos amigos para encontrar um novo eu
-um ser tão substituível
Levou-me o mais precioso bem tirou-me a alegria
e por fim: Arrastou parte de mim consigo
A voz do silêncio se alastra
Sei que devo deixá-la
Mas preferiria viver preso a você do que viver
nessa Dor e
Silêncio
Julia Petry Trevisani 2ª série
Ser pai
Ser pai é acima de tudo não esperar recompensas
É aprender errando É ter coragem de ir adiante
É compreender sem demonstrar.
Ser pai é ter amor incondicional É esperar o inesperado
É suportar as fraquezas sem esforço É nunca deixar partir um filho do coração
Ser pai é assim... Meu pai é assim...
Karla Marina Blaka 2ª série
A vida...
Na cama, só se ouve o silêncio. Na cama, pensando na vida. Na cama, a amarga ferida.
Na cama, a noite é fria.
Na cama, o sonho se realiza. E adormeço... adormeço... adormeço
Acordo... o sol no rosto.
Acordo... a brisa é um manto Acordo... o sonho se realiza
Acordo... e fico na brisa
Na cama, pensando na vida Na cama, a noite é fria
E adormeço... adormeço... adormeço.
Kauai Scrima Buonaccorso 2ª série
Vozes
Há muitas vozes que nos habitam As vozes que gritam
As vozes que choram As vozes que riem
Todos estamos cheios de vozes
Infinitas, findas Que às vezes
Ultrapassam nossos próprios limites
Limites de amor Limites de sonhos
Limites de palavras (tentando dizer alguma coisa)
Tudo isso em nós
Muda a todo momento E nos fazem sentir
O mais profundo sentimento
Laura Beatriz Mussi Dreveck 2ª série
Portões
Abandonado em minha miséria Crucificado por nenhum pecado
O que a vida havia me reservado?
Tudo isso parece surreal Sou um homem dividido em dois
Nesse mundo tão estranho
Mas agora a única coisa que vejo É a escuridão
A única coisa que me lembrarei Quando partir desse mundo
É do amor que um dia nossas almas criaram.
Leonardo Vieira Leon Celivi 2ª série
A vida é curta
Nessa estrada da vida Já se passaram alguns anos
Muitas coisas não deveriam ter sido feitas
Mas a vida é curta para ficar se lamentando
Por causa disso Devemos levantar a cabeça
Para que uma mudança aconteça E esquecer o que aconteceu
Por isso faça o que quer agora A vida é curta pra ser jogado fora
Ainda mais porque nunca se sabe o dia de amanhã.
Lucas Zimmer Schupel 2ª série
De lado Quem sou? Onde estou? Pra onde vou?
Não sei. Onde começo? Onde acabo? Será como alguém
Deixado de lado? Estou dispersa nas coisas Pelo ar, pelo chão Na própria pele
Em tudo? Posso ser o objeto mais usado Posso ser a pessoa mais cobiçada Posso ser o sentimento mais ousado
Talvez... Mas no final Como sempre Volta a ser
Deixado de lado!
Mahara Machado Massaneiro 2ª série
Solidão alheia
Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo
Sinto o calor do café em minha boca Me sinto preso.
Escuto gritos de desespero
Mas de onde eles vêm?
Isso alimentou o fogo que queimou todos nós Vejo a solidão alheia
Mas me sinto bem com isso
Oprimido Vocês escolheu fugir
O ódio alimenta o fogo que queima todos nós
Marlon Gabriel da Silva Burgardt 2ª série
Desgosto
Não tenho ideia Não tenho inspiração
E ainda estou com sono Não vou fazer poesia não!
Pra que isso?
Pra que poesia? Só mais uma coisa
Pra piorar o meu dia
Isso é ridículo E chamam de obra-prima
Nada faz sentido São apenas umas rimas
Poesia tem que ter sentimento
Pena que nada eu sinto no momento Então professora vou ficar te devendo
Pelo menos eu rimei, não diga que eu não tento.
Matheus Becker Szabileski 2ª série
A dor
A dor Que nos enche o peito
O amor Que nos pega de jeito
Quando achamos que amamos Na maioria das vezes é ilusão
Ninguém sabe como somos de verdade Mas isso é história do coração
Escuro e com sinceridade
Para mostrar como me sinto Queria ter a coragem de contar a verdade
E juro que não minto
Assim encerro este poema Com o mínimo de humor Mas sem fugir do tema
Digo que já conheci o amor
Matheus Cubas Dias
2ª série
À procura de ti
Como as abelhas querem o mel Como Deus quer o céu Sou apenas um colibri
À procura de ti.
Toda essa história remete A uma vida sensata Sem dor sem ódio
Apenas uma serenata.
Se eu te amo? Claro que sim Se eu pudesse te dar flores
Te daria um jardim.
Matheus Humenhuk Markiv 2ª série
O canto e o encanto...
No silêncio
da minha voz
sentir teu canto
envolver-me o espírito
lentamente. Teu canto
ao fundo
do grande alarido
da cidade que não cala. O canto que encanta
e me recorda
das paixões que tenho
na vida. E tantas foram
as vezes
que ouvi teu
doce canto
ao fundo
de um coração, batendo forte,
sentindo-se nas nuvens, num amado delírio
de um grande amor, que rompeu o silêncio.
Mayla Cristine de Souza 2ª série
Eu sempre quis
Eu sempre quis que fosse verdade Que a maturidade fosse pertinente
Que o fogo que nos cerca fosse ardente Nunca te pedi nada além do seu amor
Só queria que reconhecesse que errou Que fez com que nosso amor apagasse
E que saiu sem dar explicações Apenas fechou a porta e deu um fim em tudo
Eu espero que um dia tudo volte ao normal
que eu volte a sorrir quando te ver e que a raiva não domine meu coração
você saiu da minha vida sem motivos concretos e espero que volte pra ela por amor.
Milena Machado Dill 2ª série
A voz do amor
É aquela que fala mais alto Que domina o coração dos apaixonados.
A voz que não morre Permanece nos corações amados,
Nos corações que quem ama. A voz contente, carente, amante
Que não desiste, persiste, e não morre Sonha intensamente, vive loucamente.
Ama mais, encanta mais, conquista mais. Feliz é quem fala
A língua dos apaixonados, A voz dos amados
A voz eterna A voz do amor.
Mylene Christine Mokva 2ª série
Eles veem
Os mortos Ouvem, veem e sentem
O Mundo Através dos vivos
Porém na ausência
De corpo e alma O morto está livre Da vida dos vivos
E do tumulto mortal
A Morte os livrou E eles ficam em paz
E a Morte aguarda
Por outras Rosas sobre túmulos, Por outras vozes silenciar.
Nátali Suyane Nacimento 2ª série
A voz que acolhe
No vão das coisas não ditas E talvez
Quem sabe, nas ditas também... Cuidei de uma alma Que não era a minha
Era a minha voz
Que ressoava no teu silêncio Era o meu abraço
Que confortava a tua dor
Ontem eu vi As marcas da tua solidão
Quisera eu cuidar Mas não consegui, tentei
Hoje, fraca eu acordei Mas não houve choro
Lembrei-me de ser forte Por você
Natália de Andrade 2ª série
Soneto da manhã
A manhã é tão curta... Passa tão rápido...
Que uma pessoa surta Com essa velocidade
A melhor parte do dia
Tentava percebê-la e adormecia Nessa manhã tão fria
Expresso a minha alegria
Sem manhã não há dia Sem dia não há alegria Sem alegria não há vida
Escrevo com muita alegria
Expressando a minha harmonia Concluindo que sem manhã não há vida
Sergio Dorival Gonçalves Padilha Junior 2ª série
Ao levantar
Desperto do sono voltando à vida real
Dele nada lembro, se foi bom ou mau
Se segui como herói ou se cedi a meus medos
Levanto da cama
como se saindo de um estupor Cada passo ajudando em um lento despertar
Deixando para trás o mundo dos sonhos
E o dia começa
seguindo seu ritmo para depois
algumas horas Apenas ao sono retornar
O Sono é o descanso para a vida
ou a Vida o descanso para o sono?
Susane Louise Mazurkievicz 2ª série
No escuro da Lua
Nas ruas da cidade
Em noites frias e escuras Com grandes nuvens no céu
Passa uma menina doce e pura
Que chama atenção ao passar Enquanto vê a luz do luar
Uma canção entoa E vai levando a vida à toa
Quando olha a Lua, ela chora
Lembrando da vida, que foi embora Deseja se afastar das aparências
E registrar sua verdadeira essência.
Suzanne Peron 2ª série
Infame vida
O que escrever? O que escrever?
Será um poema tão insignificante
Suficiente? Suficiente para estancar
Este ferimento em meu peito?
Por que quando olho Pela minha janela
Tudo me lembra de ti?
O que eu faria Se você saísse?
Eu apenas continuaria Com minha infame vida...
Vitor Gabriel Tokarski Glinski
2ª série
A morte
De todas as vidas presentes aqui Vou esperar o tempo que for
Até que tudo se torne escuridão E o último fio de esperança desapareça
De todas as vidas presentes aqui Vou desejar uma morte tranquila
Onde não exista sofrimento E o último fio de amor permaneça
E de todas as vidas presentes aqui
Vou carregar em meus braços Os lindos sonhos que alegraram suas vidas
Mas de todas as vidas presentes aqui
Só existe uma certeza Um dia vão se encontrar comigo
Willian Cesar Colin 2ª série