panorama educacional brasileiro - insper.edu.br · semelhante ao gráfico 2, o gráfico 3, a...

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CPP Panorama Educacional Panorama Educacional Brasileiro Centro de Políticas Públicas do Insper Janeiro de 2017

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CPP Panorama Educacional

Panorama Educacional Brasileiro

Centro de Políticas Públicas do Insper

Janeiro de 2017

CPP Panorama Educacional

Apresentação

A educação é uma questão fundamental no cotidiano brasileiro, pois é a

partir de uma boa base educacional que um país se desenvolve economicamente e

socialmente. Para que a educação melhore, é preciso entender sua evolução ao longo

do tempo para elaborar políticas que enfatizem o que já foi bem-sucedido e que

auxiliem na reformulação das demais políticas. Visando ampliar a pesquisa em

educação e melhorar sua qualidade, o Centro de Políticas Públicas do Insper elaborou o

“Panorama Educacional Brasileiro” para divulgar gráficos e dados relevantes sobre a

educação no Brasil.

Os gráficos iniciais deste trabalho fornecem uma visão ampla da educação

brasileira ao longo do tempo. Em seguida, gráficos mais detalhados são mostrados

separadamente para a Pré-escola, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino

Superior. Para a elaboração dos gráficos, foram utilizados dados da PNAD (Pesquisa

Nacional de Amostra de Domicílios) do IBGE, Censo da Educação Básica, Censo da

Educação Superior e as notas do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) do

INEP. Com o intuito de facilitar o acesso aos dados, o CPP disponibiliza também em

seu site todas as tabelas em Excel com os dados utilizados nessa apresentação

CPP Panorama Educacional

É importante ressaltar que algumas modificações foram introduzidas

na PNAD no período 1992 e 2015, no que se refere aos dados sobre educação

levantados:

Entre 1981 e 2003 a pesquisa não abrange as áreas rurais dos estados

da Região Norte, exceto o Tocantins. Nos anos de 1996 e 1997 o bloco de

questões sobre o trabalho de pessoas com 5 a 9 anos foi retirado da pesquisa.

Entre 2006 e 2007 a PNAD passou a diferenciar os cursos de Ensino Fundamental

regular em 8 ou em 9 anos. Ainda em 2012 havia cerca de 13% dos estudantes

desse grau de ensino que cursavam a modalidade em 8 anos.

Além disso, nos anos de 1994, 2000 e 2010 a PNAD não foi realizada,

de modo que para esses anos fizemos uma aproximação através da interpolação

dos dados dos anos adjacentes, para que os gráficos não ficassem incompletos.

Nota Metodológica

CPP Panorama Educacional

Na sequência de gráficos a seguir (gráficos 1a, 1b, 1c e 1d),

observamos o aumento do acesso da população brasileira à escola no longo

prazo. Os gráficos apresentam a porcentagem da população de cada ano de

idade (de 5 a 25 anos) que é estudante nos anos de 1985, 1995, 2005 e 2015.

Claramente há um aumento das porcentagens totais de estudantes. Entre 1985 e

1995 o crescimento ocorreu principalmente entre aqueles com até 7 anos. Nos

vinte anos seguintes as proporções de estudantes com 5 e 6 anos se expandiram

aceleradamente. Nos anos 1990, também houve crescimento da proporção de

estudantes entre pessoas com 15 a 17 anos. Já nos anos 2000, a proporção de

estudantes com 18 anos ou mais chega a decrescer, provavelmente em parte por

conta da redução do atraso escolar. Em 2015 quase 99% da população de 7 a 14

anos de idade frequentava a escola.

Outra tendência verificada é da redução do atraso escolar, que faz com

que as fronteiras entre as áreas se tornem mais verticais, principalmente no

Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Acesso à Escola, por Grau de Escolaridade

CPP Panorama Educacional

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Po

rce

nta

gem

de

est

ud

ante

s

Idade

1985

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Po

rce

nta

gem

de

est

ud

ante

s

Idade

1995

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Po

rce

nta

gem

de

Est

ud

ante

s

Idade

2005

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Po

rce

nta

gem

de

Est

ud

ante

s

Idade

2015

Acesso à Escola, por Grau de Escolaridade

Fonte: PNAD 1984, 1993,2004 e 2014. Elaboração Própria.

Gráfico 1a Gráfico 1b

Gráfico 1c Gráfico 1d

CPP Panorama Educacional

Evolução da Escolaridade da População Adulta

O gráfico 2 mostra a evolução da escolaridade do brasileiro

adulto (que tem 22 anos ou mais de idade). Nota-se que a proporção

de pessoas com Superior completo ou incompleto (12 ou mais anos de

estudo) aumentou mais do que 100% entre 1992 e 2015, e que houve

uma queda muito significativa da porcentagem de pessoas com até 4

anos de estudo no mesmo período. Outra alteração importante é que, a

partir de 2002, o número de pessoas com ao menos o Ensino Médio

incompleto (9 a 11 anos de estudo) passa a ser superior ao número de

pessoas com ao menos o 2º ciclo do Fundamental completo (5 a 8 anos

de estudo). Isto mostra que as pessoas estão concluindo o Ensino

Fundamental e continuando os estudos no Ensino Médio.

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

Perfil da Escolaridade da População AdultaGráfico 2

60,0%

30,7%

18,1%19,7%

14,4%

31,8%

7,6%

17,8%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 anos de estudo ou mais

CPP Panorama Educacional

Evolução da Escolaridade da População de 22 Anos de Idade

Semelhante ao gráfico 2, o gráfico 3, a seguir, nos mostra a evolução

dos estudos do brasileiro que possui exatamente 22 anos de idade, ou seja, uma

informação sobre a composição educacional do fluxo de pessoas aos 22 anos. O

gráfico 3 comprova o aumento de jovens que completaram ao menos um ano no

nível médio ou no nível superior. De 1992 para 2015 houve um aumento de 23%

para 51% da população de 22 anos que completou ao menos um ano do Ensino

Médio. Verificamos que as categorias de 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo

apresentaram crescimento ao longo dos anos, enquanto as outras duas

categorias tiveram queda. De 2012 para 2015, a porcentagem de jovens de 22

anos que possui de 12 anos ou mais de estudo ultrapassou a porcentagem dos

que possuem 5 a 8 anos de estudo. A quantidade de pessoas com 0 a 4 anos de

estudo passa de maior grupo em 1992 para o menor, de 2006 em diante.

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

Perfil da Escolaridade da População com 22 Anos de Idade

36,8%

12,3%

6,0%

18,7%

46,9%

51,3%

23,9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 anos de estudo ou mais

Gráfico 3

CPP Panorama Educacional

Média de Anos de Estudo

Os gráficos 4a e 4b ilustram a média de anos de estudo

concluídos da população, sendo que o gráfico 4a refere-se à população

com exatamente 22 anos de idade e o gráfico 4b representa a

população com mais de 22 anos.

Podemos notar que para ambas as populações analisadas há

um aumento na média de anos de estudo concluídos, demonstrando

que os brasileiros, no geral, estão tendo mais acesso às escolas e estão

conseguindo concluir mais anos de estudo. O aumento da média de

anos de estudo concluídos para a população de 22 anos é mais

expressivo, com variação de 3,8 anos entre 1992 e 2015, enquanto a

mesma variação referente à população com mais de 22 anos de idade é

de 3 anos.

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

Média de Anos de Estudo

6,46,5 6,6 6,6

6,87,1

7,27,4

7,67,9

8,2

8,58,7

8,9

9,1 9,29,4

9,6 9,7 9,7 9,810,0 10,0

10,2

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

9,5

10,0

10,5

An

os

de

Estu

do

22 anos de idade

Gráfico 4a

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

Média de Anos de Estudo

5,15,2 5,3 5,4

5,5 5,65,8 5,9

6,06,1

6,36,5

6,66,7

7,07,1

7,27,4 7,5 7,6

7,87,9 8,0

8,1

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

9,5

10,0

An

os

de

Estu

do

População Adulta

Gráfico 4b

CPP Panorama Educacional

PRÉ-ESCOLA

CPP Panorama Educacional

O gráfico 5 nos mostra o aumento do número de crianças de 4

e 5 anos de idade que frequentam a escola. Em 2015, 84,3% da

população desta faixa etária estava estudando, resultado este atingido

após uma tendência de crescimento (a partir de 1995).

Através do gráfico 6, podemos comparar as regiões em relação

às proporções de crianças de 4 e 5 anos que estudavam em 2015. As

únicas regiões que possuem da proporções de crianças na escola acima

da média do país são as regiões Sudeste e Nordeste, com proporções

iguais a 87,7% e 88,1%, respectivamente.

Por outro lado, as outras três grandes regiões do país possuem

médias das proporções menores que a média brasileira. A região cuja

proporção de crianças de 4 a 5 anos na escola é a menor do país é a

região Norte, com 71,4%.

Porcentagem de Crianças de 4 e 5 anos que Frequentam a Escola

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

Proporção de Crianças de 4 e 5 Anos que Frequentam a Escola

42,7%

84,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Gráfico 5

CPP Panorama EducacionalFonte: PNAD. Elaboração Própria

Porcentagem de Crianças de 4 e 5 anos que Frequentam a Escola por UF - 2015

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%R

on

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Acr

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Par

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ão

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l

M.G

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Su

l

Mat

o G

ross

o

Go

iás

Dis

trit

o F

eder

al

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Brasil: 84,32%

Gráfico 6

CPP Panorama Educacional

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

CPP Panorama Educacional

Nos gráficos a seguir faremos uma breve análise da população de 7 a 14 anos de

idade. A partir da mudança da duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos, a faixa

etária ideal para frequentar esse grau escolar passou a ser de 6 a 14 anos. No entanto, para

manter a comparabilidade da série, mantivemos o foco sobre a faixa de 7 a 14 anos.

O gráfico 7 representa a ocupação da criança de 7 a 14 anos de idade, dividida

em 4 categorias: “só estuda”; “só trabalha”; “trabalha e estuda”; e “não trabalha e nem

estuda”. Nota-se que, em 2015, 96% das crianças desta faixa etária só estudavam e 98%

estudavam, trabalhando ou não. Isto representa um grande avanço, pois, desde 2003 a

porcentagem de crianças que só trabalhavam era inferior a 1% e a porcentagem de jovens

que nem estudavam e nem trabalhavam se manteve constante em 2%, caindo em 2011 para

1%.

A evolução dos anos de estudo completos das mães de jovens com 7 a 14 anos de

idade está representada no gráfico 8. Em 2015, as mães tinham, em média, 8,73 anos de

estudo completos, com uma tendência de aumento ao longo dos anos.

Perfil da População de 7 a 14 Anos de Idade

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração própria. Obs.: dados de 1996 e 1997 não disponíveis. *Média entre os anos anteriores e posteriores.O rótulo de dados com valor menor do que 2% foram omitidos do gráfico.

76% 78% 79% 80%85% 86% 87% 89% 90% 90% 91% 90% 91% 92% 93% 93% 94% 94% 95% 96% 95% 96%

4% 4% 3% 3%10% 11% 11% 11%

9% 10% 9% 8% 7% 7% 7% 7% 7% 6% 5% 5% 4% 4% 3% 3% 3% 2%9% 8% 7% 7% 4% 3% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

% de Jovens (7/14) que SÓ Estudam % de Jovens (7/14) que SÓ Trabalham

% de Jovens (7/14) que Estudam e Trabalham % de Jovens (7/14) que Não Estudam Nem Trabalham

Atividades Praticadas pelos Jovens de 7 a 14 AnosGráfico 7

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria *Média entre os anos anteriores e posteriores.

4,7 4,9 5,0 5,1 5,3 5,5 5,6 5,7 5,8 5,96,2 6,4 6,5 6,6

6,8 7,07,3 7,5 7,6 7,7

8,1 8,3 8,48,7

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

An

os

de

Estu

do

Educação da Mãe 7/14 Exponencial (Educação da Mãe 7/14)

Educação das Mães dos Jovens de 7 a 14 anos Gráfico 8

CPP Panorama Educacional

No gráfico 9 está representada a evolução das taxas de escolarização líquida e

bruta do Ensino Fundamental. Vê-se que a taxa líquida de escolarização estava se

aproximando de 100% até 2006, ou seja, a quantidade de alunos matriculados no nível de

ensino adequado à sua idade estava aumentando. A partir daquele ano, no entanto,

observamos redução dessa taxa até 2011, e a estabilidade a partir daí. Já a taxa bruta de

escolarização apresentou uma queda importante desde 2001, o que pode ter relação com

redução do atraso escolar (ver gráfico 12, abaixo).

No gráfico 10 mostramos o número de matrículas no Ensino Fundamental. Apesar

dos níveis diferenciados, observa-se que tanto a PNAD como o Censo Escolar indicam

aumento das matrículas nos anos 1990 e redução em anos mais recentes.

Já no gráfico 11 podemos verificar a relação do número total de matriculados por

escola no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Notamos que a quantidade de matriculados

por escola no Ensino Médio é bastante superior à do Ensino Fundamental, que apresentou

uma quantidade estável de cerca de 200 estudantes por escola a partir de 2001. O número

médio de alunos do Ensino Médio por escola aumentou no final dos anos 1990, porém voltou

a cair no início dos anos 2000.

Ensino Fundamental

CPP Panorama Educacional

* Taxa de escolarização líquida1: Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. • Taxa de escolarização bruta2: Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível. • A partir de 2011, consideramos a faixa etária adequada ao EF de 6 a 14 anos.

Fonte: PNADs. Elaboração Própria

81,3%

94,8%

91,7%

102,1%

121,3%

105,7%

70%

80%

90%

100%

110%

120%

130%

1992 1996 2001 2006 2011 2015

Taxa de Escolarização Líquida¹ no EF Taxa de Escolarização Bruta² no EF

Taxas de Escolarização Líquida e Bruta do Ensino Fundamental

Gráfico 9

CPP Panorama EducacionalFonte: PNAD e CENSO Escolar. Elaboração Própria

Número de Matrículas no Ensino Fundamental

Gráfico 10

22,2

26,4

22,7

27,9

32,6

29,130,2

36,1

27,9

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1992 1994* 1996 1998 2000* 2002 2004 2006 2008 2010* 2012 2014

Milh

õe

s

Número de Matrículas (PNAD) - 7 a 14 anos de idade Número de Matrículas (PNAD)

Número de Matrículas TOTAL (CENSO Escolar)

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo Escolar. Elaboração Própria

Relação Matrícula-EscolaGráfico 11

154,0

209,3 205,5

325,5

421,1

288,2

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Relação Matrícula-Escola - EF Relação Matrícula-Escola - EM

CPP Panorama Educacional

O gráfico 12 representa a defasagem idade-série, que contabiliza a

proporção de estudantes com 2 anos ou mais de diferença em relação à idade

ideal à série (6 anos para o 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos). Podemos

observar uma tendência de queda ao longo dos anos analisados, exceto entre

2006 e 2009. Isto é bastante positivo, pois mostra que, cada vez mais, os alunos

matriculados no Ensino Fundamental apresentam a idade adequada ao nível de

ensino em que se encontram.

A partir dos dados da PNAD, no gráfico 13 podemos verificar que

muitos dos alunos que concluíam o Ensino Fundamental não se matriculavam no

Ensino Médio nos anos 1990. Houve uma queda significativa dos concluintes do

Ensino Fundamental em 2007 que pode ser explicada pela alteração da PNAD

com relação à diferenciação entre o Ensino Fundamental de 8 e 9 anos. Nos anos

mais recentes, é possível observar que houve grande continuidade entre o

Ensino Fundamental e o Médio.

Ensino Fundamental e Ensino Médio

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

Defasagem-série3: Relação entre o número total de alunos matriculados numa dada série e o número de alunos que estão cursando a mesma série e se encontram fora da idade adequada àquela série.

44,7%

24,6%

28,4%

19,3%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Defesagem Idade-Série³ daqueles que estão no EF

Defasagem Idade-Série Gráfico 12

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria. Obs: a partir de 2007 consideramos alunos do 8º e 9º anos do EF.

1,8

3,5

3,0

1,6

3,1

3,2

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

Milh

õe

s

Concluintes: cursaram a última série do EF em t-1 Entrantes: cursam a primeira série do EM em t

Concluintes do Ensino Fundamental no Ano Anterior e Entrantes no Ensino Médio

Gráfico 13

CPP Panorama Educacional

Perfil da População de 15 a 17 Anos de Idade

Nos gráficos a seguir faremos uma breve análise da população de 15 a

17 anos de idade, a faixa considerada adequada para frequentar o Ensino Médio .

No gráfico 14 representamos como os jovens de 15 a 17 anos de idade

se ocupam. Novamente, fizemos a divisão em 4 categorias: “só estudam”, “só

trabalham”, “estudam e trabalham” e, por último, “nem estudam e nem

trabalham”. É visível a queda da porcentagem de jovens que só trabalhavam (de

26% em 1992 para somente 5% em 2015) e o aumento dos jovens que só

estudavam (respectivamente 38% e 71%), o que parece indicar substituição do

trabalho pelos estudos, para concluir o Ensino Médio.

Analisando a média de anos de estudo das mães que possuem filhos de

15 a 17 anos, pode-se ver no gráfico 15 que, como no caso dos jovens de 7 a 14

anos, esta média cresceu ano a ano e em 2015 chegou a 7,9.

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

38% 40% 41% 43%48% 50% 53% 55% 56% 58% 58% 60% 59% 59% 60% 60% 62% 64% 65% 66% 65% 68% 67% 71%

26% 24% 22% 20%17% 14% 12% 11% 10% 9% 9% 8% 9% 9% 8% 8% 7% 6% 6% 6% 6% 5% 6%

5%21% 22% 23% 24% 22% 23% 24% 24% 23% 23% 23% 22% 23% 22% 22% 22% 22% 21% 19% 18% 19% 17% 17% 14%

15% 14% 14% 13% 13% 12% 11% 11% 11% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 9% 8% 9% 10% 9% 10% 10% 10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

% de Jovens (15/17) que SÓ Estudam % de Jovens (15/17) que SÓ Trabalham

% de Jovens (15/17) que Estudam e Trabalham % de Jovens (15/17) que Não Estudam Nem Trabalham

Atividades Praticadas por Jovens de 15 a 17 Anos

Gráfico 14

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

3,9 4,04,2

4,44,7 4,9

5,1 5,2 5,3 5,55,6

5,9 6,0 6,16,3 6,5

6,8 6,9 7,0 7,17,4

7,67,8

7,9

0

1

2

3

4

5

6

7

8

An

os

de

Estu

do

Educação da Mãe Linear (Educação da Mãe)

Educação das Mães dos Jovens de 15 a 17 AnosGráfico 15

CPP Panorama Educacional

Os gráficos a seguir nos dão uma visão geral sobre a evolução do Ensino Médio no

período de 1992 a 2015. O gráfico 16 ilustra a taxa de escolarização líquida e a taxa de

escolarização bruta do Ensino Médio. Percebe-se que são taxas muito inferiores às taxas

correspondentes ao Ensino Fundamental. A taxa bruta parou de crescer a partir de 2006,

provavelmente devido à redução da defasagem série-ano (ver gráfico 18). Em conjunto com

o aumento dos estudantes de 15 a 17 anos (gráfico 17), esse decréscimo teve efeitos

também sobre a taxa de escolarização líquida, que manteve tendência de crescimento.

O gráfico 17 expõe o número de matrículas no Ensino Médio conforme a PNAD e

conforme o Censo Escolar. Verificamos que de 1992 a 2003 houve um crescimento

importante das matrículas, porém a partir de 2004 o número de matriculados parou de

aumentar e apresentou pequena redução. A quantidade de matrículas pela PNAD é superior à

quantidade de matrículas do Censo Escolar entre 2008 e 2015, talvez devido à troca de

mecanismo de contagem no Censo, que passou a ser feita eletronicamente.

O gráfico 18 nos mostra que a defasagem idade-série vem diminuindo aos poucos,

representando aproximadamente 25% dos alunos matriculados no Ensino Médio em 2015.

Ensino Médio

CPP Panorama Educacional

¹ Taxa de escolarização líquida: Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. ² Taxa de escolarização bruta: Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível.

18,2%

50,4%56,9%

39,8%

85,2% 83,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Taxa de Escolarização Líquida¹ no EM Taxa de Escolarização Bruta² no EM

Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Taxas de Escolarização Bruta e Líquida do Ensino Médio

Gráfico 16

CPP Panorama EducacionalFonte: PNAD e Censo Escolar. Elaboração Própria

Número de Matrículas no Ensino MédioGráfico 17

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Milh

õe

s

Número de Matrículas (PNAD) - 15 a 17 Anos de idade Número de Matrículas (PNAD)

Número de Matrículas TOTAL (CENSO Escolar)

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

Defasagem-série: Relação entre o número total de alunos matriculados numa dada série e o número de alunos que estão cursando a mesma série e se encontram fora da idade adequada àquela série.

52%54% 53% 51%

50% 49% 48% 49% 48% 47%

44% 44%42%

40%38%

36% 35%33%

31%30%

28% 27%25% 25%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Defasagem Idade-Série³ daqueles que estão no EM

Defasagem Idade-Série do EMGráfico 18

CPP Panorama Educacional

Os gráficos 19 e 20 a seguir mostram a média de anos de

estudo das mães que possuíam filhos nas faixas etária adequadaspara o Ensino Fundamental e o Ensino Médio em 2015, por estado.É possível notar que a região Nordeste foi a única região em que,em todos os estados, a escolaridade das mães estava abaixo damédia brasileira de 8,45 anos de estudo para mães com filhos de 7a 14 anos e 7,72 anos de estudo para mães com filhos de 15 a 17anos. Em todos os estados da região Sul, do Centro-Oeste e doSudeste (exceto MG para jovens de 15 a 17 anos) a escolaridadedas mães estava acima da média brasileira.

Escolaridade das Mães

CPP Panorama EducacionalFonte: PNAD 2012. Elaboração Própria

0

2

4

6

8

10

12R

on

nia

Acr

e

Am

azo

nas

Ro

raim

a

Par

á

Am

apá

Toca

nti

ns

Mar

anh

ão

Pia

Cea

R. G

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No

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goas

Serg

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l

M.G

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Su

l

Mat

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ross

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Go

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Dis

trit

o F

eder

al

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

An

os

de

Estu

do

Brasil = 8,45

Escolaridade da Mãe (filhos de 7 a 14 anos) -2015

Gráfico 19

CPP Panorama EducacionalFonte: PNAD 2012. Elaboração Própria

0

2

4

6

8

10

12

Ro

nd

ôn

ia

Acr

e

Am

azo

nas

Ro

raim

a

Par

á

Am

apá

Toca

nti

ns

Mar

anh

ão

Pia

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R. G

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No

rte

Par

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a

Per

nam

bu

co

Ala

goas

Serg

ipe

Bah

ia

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anto

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de

Jan

eiro

São

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M.G

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Su

l

Mat

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ross

o

Go

iás

Dis

trit

o F

eder

al

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

An

os

de

Estu

do

Brasil = 7,72

Escolaridade da Mãe (filhos de 15 a 17 anos) -2015

Gráfico 20

CPP Panorama Educacional

Nos gráficos 21 e 22 a seguir podemos ver a quantidade de

alunos matriculados em cada série no Ensino Fundamental e no

Ensino Médio nos anos de 1995, 2005 e 2015.

Entre 1995 e 2015 a quantidade de alunos no 2º ano

(antiga 1ª série) do Ensino Fundamental sofreu uma queda

significativa em 20 anos, porém, em contrapartida, a partir do 6º

ano, todas as séries seguintes apresentaram aumento do número

de alunos. É possível que a diminuição da retenção dos estudantes

nas séries iniciais da Educação Básica tenha contribuído para

reduzir o número de alunos dessas séries e aumentar aqueles nas

séries mais avançadas e no Ensino Médio como um todo.

Número de Alunos por Série

CPP Panorama EducacionalFonte: PNAD. Elaboração Própria

0

1

2

3

4

5

6

Milh

õe

s

1995 2005 2015

Número de Alunos por Série Gráfico 21

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs . Elaboração Própria

0

1

2

3

4

5

6

7

Milh

õe

s

1995 2005 2015

Número de Alunos por Série com o EJA IncorporadoGráfico 22

CPP Panorama Educacional

Como veremos no gráfico 23, as matrículas do período diurno no Ensino

Fundamental se mantiveram praticamente constantes até 2006 em cerca de 31,9

milhões. A partir de então, elas se reduziram até 2015, quando chegaram a 27,7

milhões. O número de alunos que estudavam no período noturno já era relativamente

pequeno em 2001 (3,4 milhões) e apresentou uma grande redução até o final do

período (chegando a 120 mil em 2015). A quantidade de pessoas matriculadas no EJA

– Educação de Jovens e Adultos – também era comparativamente pequena. Ela

cresceu de 2,6 milhões para 3,5 milhões entre 2001 e 2006, passando a decrescer até

2015, quando atingiu pouco menos de 1,9 milhões.

No Ensino Médio, representado pelo gráfico 24, as trajetórias são bastante

diferentes do Ensino Fundamental. A quantidade de matriculados nos períodos diurno e

noturno eram muito próximas em 2001 (entre 4,1 e 4,3 milhões). Enquanto as

matrículas do diurno apresentaram crescimento no período, as do noturno se

reduziram acentuadamente. As matrículas no EJA tiveram menos variação e

permaneceram no patamar próximo à um milhão.

Número de Matrículas por Turno

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo Escolar. Elaboração Própria.

31,9 31,9

27,7

3,4

1,4 0,12,6

3,51,9

0

5

10

15

20

25

30

35

Milh

õe

s

Diurno Noturno EJA - Educ. Jovens e Adultos

Número de Matrículas no Ensino Fundamental por Turno

Gráfico 23

CPP Panorama Educacional

4,1

4,9

6,2

4,3

3,5

1,9

1,01,3

1,0

0

1

2

3

4

5

6

7

Milh

õe

s

Diurno Noturno EJA - Educ. Jovens e Adultos

Fonte: Censo Escolar. Elaboração Própria.

Número de Matrículas no Ensino Médio por Turno Gráfico 24

CPP Panorama Educacional

Os gráficos 25 e 26 apresentam o número de matrículas por dependência

administrativa (federal, estadual, municipal e particular) para o Ensino Fundamental e

para o Ensino Médio. No gráfico 25 claramente vemos que há uma queda no número

de alunos do Ensino Fundamental matriculados em escolas estaduais e relativa

estabilidade nas escolas municipais, particulares e federais. Devido à escala, as escolas

federais parecem ter seus números de matriculados próximos a zero, porém, eles

estão na casa das 20 mil matrículas a cada ano, em contraste com as outras

dependências, que possuem seus números de matriculados na ordem de milhões.

No Ensino Médio (gráfico 26) a preponderância das matrículas em escolas

Estaduais e Privadas se manteve no período com poucas alterações. Podemos verificar,

além disso, uma queda significativa na quantidade de matriculados em escolas

municipais, principalmente de 2006 a 2015, ao passo que nas escolas federais houve

crescimento. No entanto, essas duas últimas possuem entre 50 e 150 mil matrículas ao

longo do período analisado, se destoando das outras duas dependências

administrativas no gráfico.

Número de Matrículas por Dependência Administrativa

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo Escolar. Elaboração Própria.

14,9

7,6

17,118,0

15,7

3,2

4,5

-

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Milh

õe

s d

e m

atrí

cula

s

Federal Estadual Municipal Privada

Número de Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa

Gráfico 25

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo Escolar. Elaboração Própria.

7,0

7,8

6,8

1,1 1,0

-

1

2

3

4

5

6

7

8

Federal Estadual Municipal Privada

Milh

õe

s d

e m

atrí

cula

sNúmero de Matrículas no Ensino Médio por

Dependência Administrativa

Gráfico 26

CPP Panorama Educacional

Para se ter uma ideia da evolução da qualidade da Educação Básica,

utilizamos as médias de proficiência em Língua Portuguesa e em Matemática do SAEB,

que estão representadas, respectivamente, nos gráficos 27 e 28.

Podemos verificar que houve uma queda na média em Língua Portuguesa de

1995 para 1999 nas três séries abrangidas pela avaliação, que coincide com o período

de expansão das matrículas. As médias do 5º ano do Fundamental apresentam

crescimento gradual até 2015, superando as médias do início do período. Os

estudantes do 9º ano do Fundamental e do 3º ano do Médio apresentaram uma

pequena melhora no desempenho no final dos anos 2000, com relativa estagnação

posterior. Em 2015 os estudantes do 9º ano apresentaram uma ligeira melhora das

notas. Já a proficiência em Matemática manteve-se praticamente constante ao longo

dos anos analisados para o 3º ano do Ensino Médio, apresentando indícios de queda no

desempenho nos anos mais recentes. Tanto o 5° ano quanto o 9° ano do Fundamental

apresentaram suas melhores notas no exame em 2015.

SAEB - Brasil

CPP Panorama EducacionalFonte: INEP. Elaboração Própria

188,3

186,5170,7

165,1169,4 172,3

175,8184,3

190,6195,9

208,0

256,1 250,0

232,9 235,2 232,0 231,9 234,6244,0 243,0 243,9

252,0

290,0 283,9

266,6262,3

266,7257,6 261,4

268,8 267,6 264,1 267,0

100

120

140

160

180

200

220

240

260

280

300

5o Ano do E.F. 9o Ano do E.F. 3a Série do E.M.

Médias de Proficiência em Língua Portuguesa Gráfico 27

CPP Panorama EducacionalFonte: INEP. Elaboração Própria

190,6 190,8

181,0176,3 177,1

182,4

193,5

204,3209,6 211,2

219,0

253,2 250,0 246,4 243,4 245,0239,5

247,4 248,7 250,6 249,6256,0

281,9288,7

280,3 276,7 278,7271,3 272,9 274,7 273,9 270,5 267,0

100

120

140

160

180

200

220

240

260

280

300

5o Ano do E.F. 9o Ano do E.F. 3a Série do E.M.

Médias de Proficiência em MatemáticaGráfico 28

CPP Panorama Educacional

ENSINO SUPERIOR

CPP Panorama Educacional

Nos gráficos a seguir vamos fazer uma breve análise do Ensino Superior no Brasil,

contemplando a quantidade de matrículas, as taxas de escolarização líquida e bruta, o número de

alunos por série em diferentes décadas, a quantidade de vagas oferecidas bem como o número de

concluintes em cursos de graduação presencial.

O gráfico 29 mostra a relação de concluintes do Ensino Médio e dos entrantes no Ensino

Superior. Claramente houve crescimento acentuado de concluintes do Ensino Médio e também de

entrantes do Superior de 1997 a 2009. A partir de 2009, o número de entrantes continua a crescer,

com algumas oscilações, enquanto o número de concluintes passa a oscilar em torno dos 2,7

milhões. A razão entre o número de concluintes do Médio e o de entrantes do Superior se reduz no

período como um todo, de 2,5 em 1993 para 1,5 em 2015.

As taxas de escolarização líquida e bruta estão representadas no gráfico 30. Houve

crescimento em ambas as taxas entre 1992 e 2015, mais acelerado na taxa bruta, o que possui

relação com a entrada de estudantes com maior idade no ensino superior.

Calculamos a taxa líquida para jovens de 18 a 23 anos matriculados no ensino superior. A

sua evolução mostra estagnação entre 2009 e 2011 em cerca de 15%, subindo para 18% em 2015.

Ensino Superior

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

Concluintes do Ensino Médio (no Ano Anterior) e Entrantes no Ensino Superior

1,5

2,82,7

0,5

1,71,8

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

Milh

õe

s

Concluintes - 3ºEM t-1 Entrantes - 1º ES

Gráfico 29

CPP Panorama Educacional

* Taxa de escolarização líquida: Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. • Taxa de escolarização bruta: Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível.

Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Taxas de Escolarização Bruta e Líquida no Ensino Superior

4,6%

14,9%

18,4%

8,9%

37,4%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Escolarização Líquida do ES Escolarização Bruta² do ES

Gráfico 30

CPP Panorama Educacional

A seguir, no gráfico 31, é possível observar o número de alunos

matriculados em cada ano do Ensino Superior, no período de duas

décadas, abrangidas pelos anos de 1995, 2005 e 2015.

Claramente houve aumento do número de matriculados no

decorrer destas décadas em todos os anos. A maioria do matriculados

concentram-se nos 4 primeiros anos devido à estrutura curricular de

grande parte dos cursos de Ensino Superior no Brasil. Nota-se que a

razão entre o número de estudantes de 1º e 4º anos aumenta entre

1995 e 2015, o que indica crescimento da taxa de evasão escolar em

20 anos. Essa razão foi, no entanto, decrescente entre 2005 e 2015.

Número de Alunos por Ano

CPP Panorama EducacionalFonte: PNADs. Elaboração Própria

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

Milh

õe

s

1995 2005 2015

Alunos por Ano no Ensino Superior Gráfico 31

CPP Panorama Educacional

O gráfico 32 ilustra o total de matrículas em cursos de

graduação presencial, de 1980 a 2015. Já o gráfico 33 faz uma divisão

do total de matrículas entre escolas públicas e escolas privadas do

Ensino Superior.

De 1980 para 2015 o número de matriculados no Ensino

Superior mais que quadruplicou, principalmente devido ao aumento de

oferta de cursos superiores em instituições particulares a partir do final

dos anos 1990. Na rede pública, a quantidade de matriculados triplicou

no período, enquanto que na rede privada o número de alunos mais do

que quadruplicou.

Total de Matrículas

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria

Total de Matrículas em Cursos de Graduação Presenciais

Gráfico 32

1,4

1,9

6,6

0

1

2

3

4

5

6

7

19

80

19

81

19

82

19

83

19

84

19

85

19

86

19

87

19

88

19

89

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

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20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

Milh

õe

s

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria.

Total de Matrículas por Dependência AdministrativaGráfico 33

0,50,8

1,8

0,9

1,2

4,8

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,01

98

0

19

81

19

82

19

83

19

84

19

85

19

86

19

87

19

88

19

89

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

Milh

õe

s

Pública Privada

CPP Panorama Educacional

Por último, analisamos a quantidade de vagas oferecidas nos cursos de graduação

presencial, bem como o número de concluintes nestes cursos de 1980 a 2015. O gráfico 34

apresenta o aumento expressivo do número de vagas oferecidas, subindo de cerca de

500.000 em 1990 para quase 3,2 milhões em 2015. Ao considerarmos o gráfico 35, que

apresenta o número de concluintes em cursos de graduações presenciais na rede pública e

particular, vemos que enquanto o número duplicou na rede pública, ele quadruplicou na rede

particular.

A relação de candidatos por vaga em cursos de graduação presenciais claramente

é superior na rede pública em relação à rede particular. Ao longo dos anos, além disso, a

relação caiu em estabelecimentos particulares, chegando a quase um candidato por vaga

oferecida em 2007, quando a mesma razão era 6 vezes maior na rede pública.

No gráfico 37 vemos a relação de concluintes por matriculados em cursos de

graduação presencial, novamente divididos entre rede particular e pública. Podemos verificar

que até meados dos anos 1990, a relação era maior na rede privada, oscilando entre 16% e

18%, contra valores abaixo dos 14% para a rede pública na maioria do período. Houve uma

convergência entre as duas redes em 1997, em cerca de 14%. A partir de 2004 a relação

passou a decrescer na rede pública e a crescer na rede privada, ampliando a diferença entre

elas até 2013. No ano de 2015 vemos um patamar muito próximo ao de 2013.

Vagas e Concluintes

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria. Obs.: os dados de 1983 e 1984 não estão disponíveis.

Número de Vagas Oferecidas nos Cursos de Graduação Presenciais

Gráfico 34

0,10,2

0,50,3

0,5

3,2

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

19

80

19

81

19

82

19

83

19

84

19

85

19

86

19

87

19

88

19

89

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

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19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

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20

04

20

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20

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20

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20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

Milh

õe

s

Pública Privada

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria.

Número de Concluintes em Cursos de Graduação Presenciais

Gráfico 35

80,9106,1

224,2145,5168,3

692,2

0

100

200

300

400

500

600

700

800

19

80

19

81

19

82

19

83

19

84

19

85

19

86

19

87

19

88

19

89

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

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20

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20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

Milh

ares

Pública Privada

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria. Obs.: os dados de 1983 e 1984 não estão disponíveis.

Relação de Candidatos por Vaga em Cursos de Graduação Presenciais

Gráfico 36

6,77,4

16,1

3,4

2,51,7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

19

80

19

81

19

82

19

83

19

84

19

85

19

86

19

87

19

88

19

89

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

Pública Privada

CPP Panorama EducacionalFonte: Censo Superior. Elaboração Própria

Relação de Concluintes por Matriculados em Cursos de Graduação Presenciais

Gráfico 37

14,0%

12,2% 12,3%

16,4%

14,2%

17,3%

14,4%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

19

80

19

81

19

82

19

83

19

84

19

85

19

86

19

87

19

88

19

89

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

Pública Privada

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