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PANORAMA DO MERCADO BANCÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL

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PANORAMA DO MERCADO BANCÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL

Introdução 03

06Conheça o sistema bancário de alguns países

16O que os bancos brasileiros têm de diferente?

21Que iniciativas internacionais e tendências servem de inspiração?

29Conclusão

31Sobre a Simply

INTRODUÇÃO

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Introdução

Cerca de 199 trilhões de dólares ou 3 vezes o valor do Produto Interno Bruto (PIB) mundial (286%): é este o atual valor da dívida mundial. Aproximadamente 45 trilhões de dólares dessa dívida são do setor financeiro mundial, tendo crescido em 17,8% entre 2007 e 2014, segundo o relatório Debt and, not much, deleveraging, divulgado no início de 2015 pelo McKinsey Global Institute (MGI).

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Introdução

Se esses números denotam uma crise no sistema financeiro mundial, outro dado divulgado pelo Goldman Sachs e publicado na edição de dezembro de 2015 da revista Época deixa o setor financeiro, principalmente o nacional, com ainda mais problemas para resolver: 33% das pessoas nascidas entre 1980 e 2000 — jovens entre os 18 e os 34 anos, mais conhecidos como millennials — acreditam que não precisarão de um banco em 5 anos e metade espera que os serviços financeiros sejam prestados por startups e não por instituições tradicionais. No fundo, isso é o mesmo que dizer que sua dívida está crescendo e suas receitas se tornam cada vez mais incertas.

Ao longo deste e-book, veremos que o aumento da concorrência no setor financeiro não é uma mera tendência, mas uma realidade, e que se adequar às necessidades e ao comportamento do consumidor, por meio de inovações tecnológicas ou da mudança de proposta de valor, é uma das principais chaves para superar a concorrência e vencer neste segmento.

A leitura também irá ajudá-lo a entender algumas semelhanças e diferenças entre o mercado nacional e internacional e o mercado financeiro, e apresentará algumas iniciativas que prometem ou que já estão revolucionando o setor. Boa leitura!

CONHEÇA O SISTEMA BANCÁRIO DE ALGUNS PAÍSES

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Conheça o sistema bancário de alguns países

Alguns países possuem culturas ou regulamentações que os diferenciam muito do sistema bancário brasileiro. Vamos conhecer alguns sistemas pelo mundo:

O SISTEMA FINANCEIRO ISLÂMICO

O sistema financeiro islâmico pode ser considerado uma aula à parte de respeito à cultura do cliente. Isso porque os mais de 100 bancos, fundados a partir da década de 70 e espalhados em ao menos 40 países, construíram suas operações baseando-se nas leis sagradas islâmicas, a Shariah, e não simplesmente adequando uma linha ou área de suas operações para o atendimento personalizado desse público.

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Conheça o sistema bancário de alguns países

Resumidamente, os bancos islâmicos devem seguir leis religiosas que proíbem o investimento em empresas que operam contra as leis sagradas, como a indústria armamentista, bancos, empresas que produzem bebidas alcoólicas ou utilizam carne de porco e seus derivados ou empresas tabagistas. Também é proibido investir em locais, estrutura de transportes ou na produção de maquinários destinados a essas atividades. Por fim, há a Riba, um princípio religioso contido no Corão que proíbe qualquer tipo de pagamento ou recebimento de valores sobre os empréstimos de dinheiro. Essa última proibição implica na não cobrança de juros, o que implodiria todo o sistema financeiro ocidental.

O Corão ainda estabelece como preceito o fato da pessoa não deixar sua poupança inativa, mas utilizá-la da melhor forma possível para o benefício da sociedade. Para um ocidental, essa situação pode parecer um pouco constrangedora, pois ele não poderia simplesmente guardar suas riquezas e também não poderia emprestá-la e fazer com que aumentasse por meio dos juros. A solução encontrada pelos bancos islâmicos foi a de investir em empresas que não contrariassem a Shariah e participar de seus lucros ou prejuízos. Além disso, ficou bastante comum o fato de investir em imóveis e receber o valor de seu aluguel.

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Conheça o sistema bancário de alguns países

Esse modelo financeiro vem se mostrando vantajoso, pois os ativos de bancos islâmicos cresceram 19% em 2011 e 20% em 2012, contra menos de 10% de crescimentos dos bancos não islâmicos. E, segundo a Global Islamic Financial Review, até 2012 essas instituições somavam mais de 1,6 trilhões de dólares em ativos.

Atualmente, países como o Reino Unido, Estados Unidos e a Alemanha criaram bancos segundo os preceitos islâmicos, como o Banco Islâmico do Reino Unido, o Banco de Investimento Islâmico Europeu e o Lariba Bank na Califórnia. Outros importantes bancos internacionais, como o Citibank, o HSBC Amanah e o USB da Suíça também oferecem serviços adicionais de depósito islâmico e de consulta à Sharia, tudo visando a atender melhor os clientes e, ao mesmo tempo, captar investidores para empreendimentos específicos.

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Conheça o sistema bancário de alguns países

BANCOS SUÍÇOS

Os bancos suíços possuem três diferenciais: reforço no relacionamento pessoal, segurança e privacidade.

O tratamento individualizado é mais comum entre os bancos privados, destinados a pessoas que possuem pelo menos 50 mil dólares em ativos. Os serviços ofertados por esse tipo de banco são os de consultoria sobre o gerenciamento da riqueza da pessoa, indo desde como realizar os investimentos mais adequados e como reduzir a carga tributária sobre os próprios bens até sobre como estruturar a transferência da herança. É importante destacar que também existem os bancos de varejo, nos quais os serviços oferecidos são bem semelhantes aos do Brasil.

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Conheça o sistema bancário de alguns países

A segurança, por sua vez, está atrelada a 2 fatores básicos: as leis suíças exigem que os bancos possuam uma alta proporção entre valores retidos e valores investidos, o que dá maior solidez aos bancos; e existe um acordo chamado Depositor Protection Agreement (Acordo de Proteção ao Depositante), que garante ao depositante que ele receberá seus valores independentemente de falhas no banco onde ele é cliente ou no próprio sistema financeiro do país. Para efeitos comparativos, seria como o Fundo Garantidor, que atua no sistema brasileiro para proteger os investidores.

Por fim, os bancos suíços são muito conhecidos por causa da privacidade e confidencialidade que garantem aos seus clientes — aliás, essa é a característica mais conhecida deles. Nenhuma informação, nem mesmo se a pessoa possui ou não conta em um banco, pode ser divulgada sem a solicitação da justiça suíça. Caso o banqueiro rompa o termo de confidencialidade, um promotor público poderá imediatamente decretar sua prisão e o pagamento de uma multa de 50 mil francos suíços sem necessitar de um julgamento para tal.

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Conheça o sistema bancário de alguns países

O SISTEMA BANCÁRIO INGLÊS

O sistema bancário inglês é regulamentado pelo Banco Central da Inglaterra, o segundo banco mais antigo do mundo, criado em 1694 e só não é mais antigo do que o Banco Central da Suécia, o Sveriges Riksbank. Apesar dos seus mais de 300 anos de existência, o BC inglês é visto como um dos mais eficientes e avançados do mundo em matéria de regulamentação do sistema financeiro do país.

Um exemplo disso é que a moeda digital, Bitcoin, já foi alvo de ao menos 2 estudos realizados pelo banco em seus boletins trimestrais, algo surpreendente se pensarmos que ele foi o primeiro banco central com grande reputação no sistema financeiro mundial a conduzir e publicar estudos sobre esta tendência da economia digital mundial. Além disso, a regulamentação de startups voltadas ao mercado financeiro, as Fintechs, também recebe atenção especial por parte do Banco Central.

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Conheça o sistema bancário de alguns países

As três principais funções do BC Inglês são: garantir a estabilidade monetária, por meio do controle da inflação, através do ajuste da taxa básica de juros realizada pelo Comitê de Política Monetária; independência do governo ao determinar os controles monetários e a regulamentação do sistema financeiro nacional, sendo que em casos de inflação acima de 1% do valor da meta precisam ser reportados em até uma semana após a constatação para o Ministro da Fazenda inglês, juntamente às indicações das medidas que serão tomadas para que o controle seja restabelecido. Por fim, o banco também é responsável por supervisionar a emissão de moeda, que pode ser feita por ele ou outros bancos na Escócia e Irlanda do Norte.

É importante pensar que, segundo a Febraban, existiam 27 agências bancárias para cada 100 mil habitantes bancarizados em 2014 no Reino Unido e 95% da população era bancarizada. Já no Brasil, apenas 60% da população adulta é bancarizada e existem 28 agências para cada 100.000 adultos bancarizados, ou seja, se pensarmos em termos de extensão territorial, a concentração de agências no Reino Unido é muito maior do que no Brasil, uma vez que o território da rainha é de 242.495 km², já o Brasileiro é de 8.516.000 m2, ou seja, 35 vezes maior.

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Conheça o sistema bancário de alguns países

O SISTEMA NORTE-AMERICANO

O sistema financeiro norte-americano é conhecido por ter um controle descentralizado. Apesar de possuir o Federal Reserve System (FED), ou Sistema de Reserva Federal como Banco Central, a formação de seu corpo diretivo e a maneira como as decisões de política monetária e financeira são tomadas é o que garante a descentrabilidade do sistema. Além disso, as agências de avaliação de riscos de investimentos também funcionam como reguladores do sistema. Vamos entender melhor:

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Conheça o sistema bancário de alguns países

Além do FED, os Estados Unidos possuem as agências que calculam os riscos de investimentos, que também atuam no sistema e acabam interferindo nas decisões dos investidores em aportar ou não valores a uma empresa, país ou títulos com base na classificação (rating) que recebem. Sem nenhuma ligação com o governo, essas agências também acabam interferindo na economia mundial (e não apenas nacional), por meio de suas análises de riscos.

O FED foi criado para evitar o controle absoluto do governo sobre o sistema financeiro do país e para conciliar os interesses públicos dos cidadãos em geral com os dos banqueiros privados. Ao menos na teoria, ele é completamente independente do governo no que se refere às decisões que não precisam ser ratificadas pelo governo ou congresso estadunidense. Também é independente quanto à sustentação, uma vez que os salários são estabelecidos pelo presidente da nação, mas os pagamentos são realizados apenas com recursos do próprio banco. No entanto, o FED pode ser supervisionado por parlamentares, uma vez que sua autoridade é respaldada pelo Congresso.

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Conheça o sistema bancário de alguns países

Por fim, uma das grandes características do sistema bancário norte-americano é a desconcentração bancária se comparado ao sistema brasileiro. Enquanto em 2011 existiam menos de 160 bancos no Brasil, nos Estados Unidos existiam mais de 6.500 bancos comerciais, isso porque se por aqui a atuação dos bancos acontece em nível nacional, por lá a atuação é mais regionalizada. Enquanto aqui, a quebra de qualquer banco pode comprometer uma enorme fatia do sistema financeiro nacional, por lá a falência é vista como uma parte natural da competição comercial.

Essa disseminação da estrutura bancária faz com que os Estados Unidos tenha uma taxa de bancarização de 92% de sua população adulta. Segundo pesquisa da FEBRABAN, enquanto existem 38 agências bancárias para cada 100 mil adultos bancarizados nos Estados Unidos, no Brasil existem 10 agências a menos.

O QUE OS BANCOS BRASILEIROS TÊM DE DIFERENTE?

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O que os bancos brasileiros têm de diferente?

Quando comparado ao sistema financeiro islâmico, o sistema brasileiro é algo totalmente diferente, uma vez que suas funções estão estritamente relacionadas a gerar lucro por meio de cobrança de juros. No entanto, existem algumas características e dados que diferenciam ou aproximam o sistema bancário brasileiro ao de outros países. Vamos conhecer algumas delas:

CRESCIMENTO DE ATIVOS ACIMA DOS OUTROS PAÍSES

Segundo dados do Febraban, reunidos na Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2014, os ativos do setor financeiro cresceram em média mais de 15% ao ano, sendo que, de 2013 para 2014, esse valor foi superior a 13%. Essa taxa é superior aos 10% da média de bancos não islâmicos citados pela Global Islamic Financial Review.

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O que os bancos brasileiros têm de diferente?

Apesar do crescimento superior ao de países desenvolvidos, o Brasil ainda possui uma taxa de bancarização da população — ou seja, da população adulta que utiliza os serviços bancários — bem abaixo da de países desenvolvidos. Esses serviços cobrem apenas 60% da população, enquanto países como Alemanha e Canadá possuem 97% da população sendo atendida pelos bancos. O Reino Unido tem 95%, os Estados Unidos contam com 92% e até países emergentes como a África do Sul, com 72%, e a China, com 64%, possuem índices maiores que os do Brasil. Ou seja, há espaço tanto para o crescimento de bancos como de outras empresas que queiram atuar no setor financeiro.

CONCENTRAÇÃO BANCÁRIA EM 5 INSTITUIÇÕES

Apenas Banco do Brasil, Itaú-Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander possuem mais de 80% dos ativos do sistema bancário brasileiro. Isso significa que o colapso ou falência de alguma dessas instituições pode representar o colapso do sistema financeiro nacional, uma vez que nenhuma outra instituição poderia atender a seus clientes prontamente. Além disso, os vínculos entre as cinco instituições são muito estreitos, e as ações de uma acabam afetando as das demais.

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O que os bancos brasileiros têm de diferente?

Segundo o FMI, o ideal seria um país possuir 40% de concentração de seus ativos bancários. Em seu relatório sobre a Estabilidade Financeira Global, ele ainda aponta para a necessidade dos países reforçarem as reformas dos bancos para evitar problemas no sistema financeiro.

Para efeitos comparativos, em 2011, no Brasil existiam menos de 160 bancos e, nos Estados Unidos, mais de 6.500 bancos. Já no início de 2014 na zona do Euro eram aproximadamente 6 mil bancos. Definitivamente esses números mostram a concentração bancária brasileira.

SPREAD

O Spread Econômico brasileiro é o terceiro maior do mundo, perdendo apenas para Madagascar e Malawi em, segundo dados de 2014 do Banco Mundial. O Spread Econômico é diferença entre a taxa de juros praticada para quem toma empréstimo para aquela que o banco paga para quem oferece seu dinheiro para financiar essas operações, como os investidores em CDB, poupança ou outros produtos e títulos ofertados pelos bancos.

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O que os bancos brasileiros têm de diferente?

Para efeito comparativo, enquanto o Brasil possui um Spread de 22%, a Argentina tem um spread de 3,6%, o Chile de 4,2% e a Bolívia de 6,7%. Já a Suíça tem um spread de 2,7%, enquanto países islâmicos ficam com taxa de -2,9% para o Irã, por exemplo, e 3,9 para a Indonésia. Ou seja, no Brasil, os bancos faturam até 3 vezes mais que na Bolívia, 5 vezes mais que no Chile ou 8 vezes mais que na Suíça.

No fundo, essa diferença entre os países é resultado de uma combinação de fatores: inadimplência no pagamento de empréstimos, elevados impostos sobre o setor bancário, falta de clareza da legislação e insegurança jurídica, além das incertezas relacionadas ao cenário econômico nacional são algumas das razões pelas quais os valores dos spreads são altos. Por fim, a concentração bancária, como vimos acima, também favorece para que os bancos pratiquem taxas elevadas e parecidas na concessão de empréstimos para garantir seus lucros.

QUE INICIATIVAS INTERNACIONAIS E TENDÊNCIAS SERVEM DE INSPIRAÇÃO?

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Que iniciativas internacionais e tendências servem de inspiração?

Algumas iniciativas no setor bancário que começam a se tornar mais constantes e consolidadas no exterior devem inspirar as ações dos bancos nacionais. As principais delas estão associadas ao uso da tecnologia como um diferencial e à busca de parceiros que até o momento não eram imaginados.

Ao falar dos sistemas bancários citamos os bancos islâmicos e seus diferenciais de seguirem as leis sagradas do Corão para nortearem seus investimentos e ações, bancos como o Citibank, o HSBC, o USB da Suíça e Deutsche Bank perceberam a oportunidade de ampliarem suas operações ao atenderem especificamente este público e passaram a disponibilizar o sistema de depósito islâmico e a Sharia para orientar o que é ou não permitido na gestão financeira destes ativos por parte dos bancos.

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Que iniciativas internacionais e tendências servem de inspiração?

A parceria entre os bancos do Ocidente com os bancos ou investidores do Oriente é duplamente benéfica: se os bancos aumentam as possibilidades de suas transações, aumentam o portfólio de seus serviços e passam a captar valores que estavam às margens do sistema financeiro nacional, os investidores passam a aumentar seus ganhos por transação e a ter maior tranquilidade. Isso porque o modelo atual exige que estudiosos islâmicos conduzam auditorias constantes nas empresas que recebem os investimentos para garantir que elas não ferem as leis sagradas. No caso da parceria, os custos com essa auditoria poderiam ser diluídos, já que as operações acontecem em escala maior e de forma mais constante do que quando realizadas por investidores individuais. Certamente, essa é uma das tendências que os bancos nacionais devem acompanhar.

Por outro lado, bancos internacionais também estão assumindo tecnologias que mudarão o relacionamento com seus clientes e a forma como gerem seus negócios. Isso é o que está acontecendo com bancos que assumem o conceito de banco digital e o de Everyday Bank.

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Que iniciativas internacionais e tendências servem de inspiração?

Os bancos digitais representam muito mais do que transferir processos tradicionais em virtuais e depois recolher assinaturas ou validar documentos com a ida do cliente a uma agência. Neles, os processos de abertura de contas, compra de produtos financeiros, relacionamento entre gerentes e clientes, assim como o envio de documentos e coleta de assinaturas, acontecem majoritária ou exclusivamente via internet. As agências físicas servem apenas de suporte às operações, mas poucos processos exigem a presença dos clientes.

Já o conceito de Everyday Bank vai além dos serviços oferecidos tradicionalmente pelos bancos e da disseminação de atendimento mais personalizado para os clientes. Isso porque as transações do cliente, seus hábitos de consumo, poupança e investimentos são avaliados e analisados constantemente para que o banco possa oferecer apoio às suas tomadas de decisão e não apenas oferecer pacotes de serviços ou produtos bancários. Por exemplo, o BBVA da Espanha apoia a compra de carros novos de seus clientes, oferecendo informações sobre o valor real do veículo, seu preço de tabela, opções de empréstimos para a concretização da compra ou de seguros no pós-compra.

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Que iniciativas internacionais e tendências servem de inspiração?

Além disso, informam aos clientes qual é o momento em que eles atingem as condições para trocar ou adquirir um novo carro sem comprometer sua saúde financeira, baseando-se em uma análise de suas dívidas e histórico de recebimentos.

Reunimos 8 tendências dos bancos do futuro em um outro e-book que pode ser baixado aqui.

A tecnologia também começa a ganhar força por ser utilizada pelas chamadas Fintech, startups, que assumem serviços financeiros baseados em uma estrutura interna enxuta, no uso de tecnologias baseadas em nuvem e no atendimento diferenciado de seus clientes, começam a movimentar o mercado internacional e a ensaiar os primeiros passos no mercado nacional.

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Que iniciativas internacionais e tendências servem de inspiração?

Empresas como o Nubank, que emite um cartão de crédito atrelado ao controle e atendimento ao cliente via um aplicativo de smartphone; o Guia Bolso, que desenvolveu um aplicativo de gestão financeira pessoal que consolida todas as movimentações bancárias da pessoa em um só aplicativo, reduzindo sua necessidade de acessar as várias contas que possuem para realizar e controlar seu planejamento financeiro pessoal; ou a StartMeUp, que reúne projetos que precisam de investidores a pessoas que queiram investir em ideias inovadoras e depois receber lucros de suas operações (equity crowdfunding). Esses são alguns exemplos das 130 startups nacionais que estão mudando o mercado financeiro. Segundo a Venture Scanner, no mundo existem mais de 1.400 Fintechs, sendo que os principais diferenciais delas estão no atendimento aos desejos e necessidades do consumidor e na desburocratização dos processos de acesso aos serviços financeiros.

Se, no Brasil, as Fintechs são apenas consideradas uma tendência, na Europa, Ásia e Estados Unidos já são vistas como uma realidade consolidada que disputa espaço com o sistema bancário e que atraiu mais de 4,7 trilhões de dólares até 2015 — outro dado que mostra como a tendência se tornará uma realidade consolidada nos próximos anos também no Brasil.

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Que iniciativas internacionais e tendências servem de inspiração?

Isso é apontado pelo estudo da consultoria Deloitte, “The Rise of Millennials”, onde pessoas entre 20 e 35 anos responderam que não precisariam de bancos em um prazo de 5 a 10 anos, e que 60% dessas pessoas acreditam que produtos bancários não foram feitos pensando em suas necessidades.

Por fim, a última tendência que já está bastante difundida e que começa a ser analisada é o uso da criptomoeda Bitcoin, que ganhou relevância no mercado a ponto de ter sido objeto de estudo de dois boletins trimestrais do Banco Central da Inglaterra. Na prática, a moeda digital surgiu com a missão de facilitar as transações comerciais na internet, dando maior segurança e agilidade para os envolvidos, reduzindo taxas de pagamento e eliminando impostos nas transações internacionais — o que dá maior possibilidade de consumo dos compradores e crescimento dos estabelecimentos independentemente das fronteiras ou moedas de seus países de origem.

O uso da moeda no sistema bancário é praticamente ilimitado. O Banco Santander, por exemplo, divulgou em seu relatório “Santander InnoVentures” que, ao utilizar a tecnologia blockchain, 25 diferentes operações distintas realizadas pelos sistemas bancários tradicionais poderiam usar o Bitcoin, o que causaria uma redução entre 15 e 20 bilhões de dólares em redução de custos com a infraestrutura dos bancos.

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Que iniciativas internacionais e tendências servem de inspiração?

As tendências do futuro para o sistema bancário certamente passam pelo uso da tecnologia para mudar o relacionamento dos clientes com os bancos; o Business Inteligence (BI) e o Big Data ( mineração de dados) para detectar os padrões de consumo e hábitos dos seus clientes; e para reduzir os custos com infraestrutura sem diminuir a segurança de suas operações.

CONCLUSÃO

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Conclusão

Apesar do cenário de crise financeira mundial e de mudança nos hábitos de consumo e no modo como as pessoas se relacionam com os bancos e as instituições financeiras, o futuro do setor bancário passa pelo uso de tecnologias que permitam analisar o histórico do cliente, acompanhar e aconselhar sua saúde financeira, oferecer serviços agregados que não estão atrelados diretamente à obtenção de lucro mas que possui vínculo com os produtos, individualizar o contato e se ajustar aos diversos perfis de clientes.

Alguns grandes bancos, como o Itaú, que investe na maxiPago e em um espaço de coworking que já abriga 42 startups — sendo que seis delas são Fintechs, já perceberam que o modo de conquistar mais clientes e ainda reduzir a burocracia e os custos internos é utilizando as inovações tecnológicas mais adequadas a um mundo cada vez mais móvel e conectado.

Aderir ao modelo do banco digital ou ao conceito de Everyday Bank, num futuro bem próximo, não será apenas uma tendência, mas uma obrigação dos bancos e instituições financeiras para não perderem seus clientes. E certamente o futuro passa pela inovação tecnológica!

Oferecer soluções de tecnologia e informação aplicadas às necessidades do mercado financeiro, permitindo que nossos clientes aumentem sua produtividade e eficiência operacional é a principal missão da Simply.

Desde 2006, investimos em produzir e oferecer inovações tecnológicas que estejam alinhadas ao negócio dos bancos e que proporcionem diferencial competitivo. Ao longo desses anos, já desenvolvemos soluções que facilitam e aumentam a venda de produtos bancários, que coíbem fraudes, que realiza o tratamento eletrônico dos documentos, que automatiza o processo de formalização e muitos outros que geram mais eficiência e eficácia para os processos de um banco. Se sua organização quer se transformar no banco do futuro e ganhar diferencial competitivo, então entre em contato conosco!