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PAMELLA ARAUJO MALAGRINO Perfil proteômico da lesão renal aguda induzida por isquemia e reperfusão Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências Programa de Ciências Médicas Área de concentração: Distúrbios Genéticos de Desenvolvimento e Metabolismo. Orientador: Prof. Dr. Alexandre da Costa Pereira (Versão corrigida. Resolução CoPGr 6018/11, de 13 de outubro de 2011. A versão original está disponível na Biblioteca da FMUSP) São Paulo 2019

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Page 1: PAMELLA ARAUJO MALAGRINO - USP · Debbas, Andrea Kuramoto e toda a equipe que sempre me receberam muito bem. Aos colegas do Laboratório de Pneumologia (Milena, Vanessa e Carlos)

PAMELLA ARAUJO MALAGRINO

Perfil proteômico da lesão renal aguda induzida por isquemia e

reperfusão

Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade

de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências

Programa de Ciências Médicas

Área de concentração: Distúrbios Genéticos de

Desenvolvimento e Metabolismo.

Orientador: Prof. Dr. Alexandre da Costa Pereira

(Versão corrigida. Resolução CoPGr 6018/11, de 13 de outubro de 2011. A versão original está

disponível na Biblioteca da FMUSP)

São Paulo

2019

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PAMELLA ARAUJO MALAGRINO

Perfil proteômico da lesão renal aguda induzida por isquemia e

reperfusão

Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade

de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências

Programa de Ciências Médicas

Área de concentração: Distúrbios Genéticos de

Desenvolvimento e Metabolismo

Orientador: Prof. Dr. Alexandre da Costa Pereira

São Paulo

2019

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Dedico esta tese à minha família, meus amigos e todas as pessoas boas que

passaram pela minha vida e me fizeram ser uma pessoa melhor.

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Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus, Nossa Senhora, Jesus e a todos os Espíritos de Luz

que me rodeiam por me darem saúde, amor e paciência para execução deste trabalho e

condução da minha vida. Agradeço a Eles também por colocar na minha vida todas estas

pessoas maravilhosas que fazem/fizeram parte da minha vida.

Mãe (Marilene Aparecida de Araújo Malagrino), Pai (João Alberto Tavolaro

Malagrino) e Irmã (Pollyana Araujo Malagrino), vocês são o melhor presente que Deus

poderia me dar, sempre me amando, apoiando e ensinando a ser uma pessoa melhor.

Laura Fagundes, minha irmã mais vaidosa, obrigada por todos os momentos juntas e o

carinho recebido. A toda a minha família, tios, tias, primos e primas toda a gratidão pelo

carinho com que vocês sempre me tratam.

Agradeço também a todas as meninas que moraram comigo nesses anos, só durante

o período do doutorado foram 4 maravilhosas amigas (Gabriela Cozin Aragão, Clarisse

Coutinho, Paolla Pazelli Rosolem e Nayara Almeida Bastos). Vocês foram minha

segunda família, agradeço de coração as conversas, os ensinamentos, o carinho e o amor

compartilhado.

Aos amigos externos ao meu trabalho (Rodrigo Degli Esposti, Leonardo Marino,

Ana Paula Carneiro, Larissa Nogarol e toda a minha turma do CIE) por estarem sempre

presente e me ajudando no que quer que eu precise. Agradeço também minha psicóloga

Cláudia por ser mais uma a me ajudar durante esse período de doutorado com tantas

adversidades que encontramos no caminho.

No trabalho são inúmeras pessoas para agradecer, ciência não se faz sozinha, ela é

fruto de um trabalho conjunto em prol do conhecimento e crescimento coletivo, vocês

verão o tanto de pessoas que colaboraram neste trabalho.

Meu muito obrigada ao meu orientador Alexandre da Costa Pereira, pela confiança,

carinho e toda a ajuda necessária durante estes mais de 8 anos juntos. Você tem o coração

tão grande quanto sua inteligência e você dividiu eles com a gente. Agradeço também a

sua esposa e nossa colaboradora Silvia Titan, pelas grandes ajudas com as análises e

compartilhamento das amostras.

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Ao meu grupo, devo todo este trabalho (Gabriela Venturini, Juliana Alvim,

Kallyandra Padilha e Tamiris Carneiro Gois). Cada uma destas meninas lindas deu o seu

melhor como profissional e como amigas que nos tornamos. Visto que passamos o maior

tempo dentro do trabalho, foi com elas que dividi a maior parte da minha vida nesses

anos. “Chorei as pitangas”, ri muito, dividimos trabalho, discutimos ciência, nos

divertimos, enfim aprendi de tudo com elas. Vocês são demais! Sou muito grata a toda

ajuda, atenção e carinho que elas me deram. Gabi, além da grande amiga que você se

tornou para mim, eu queria te agradecer por toda a parte profissional. A maior parte do

que sei hoje sobre proteômica, nitração e metabolômica devo a você que foi uma

excelente professora, sempre teve muita paciência e carinho comigo. Obrigada por

compartilhar seu conhecimento e até sua psicóloga comigo!

Obrigada ao Krieger pelo suporte do laboratório e à Adriana Girardi pelas ajudas

nas discussões de resultados e carinho comigo. Agradeço a todo seu grupo que também

sempre me ajudou nos experimentos de renal e com amizade sincera (Renato, Flávia,

Acaris, Daniel, Danúbia).

Agradeço também aos colegas do laboratório, Thais, Rafael, João, Léo, Camila,

Nathalia Iguaracy, Agatha, Sassa, Thayane, Ayumi, Luis Fernando, Leiliane, Gabriela,

Cynthia, Anna Laura, Juliana, Paulo, Carol e Bruno pelas discussões científicas e

pessoais pelo laboratório e durante os almoços.

Thiago Pires e Luz Marina, obrigada por todos os ensinamentos na parte de

estatística, adoro aprender Estatística. E ao Márcio Chaves com os ensinamentos de

histologia.

Agradeço ao médico Joaquim Maurício Leal Filho e ao Rafael Dariolli pelo

desenvolvimento do modelo de porcos. Obrigada as pessoas do laboratório vizinho Victor

Debbas, Andrea Kuramoto e toda a equipe que sempre me receberam muito bem. Aos

colegas do Laboratório de Pneumologia (Milena, Vanessa e Carlos) pelos auxílios com

os ELISAS.

Fabiana Evangelista, obrigada pela oportunidade de fazer um estágio com alunos

maravilhosos do curso Aspectos Metabólicos e Nutricionais da Atividade Física II de

2017. Aprendi muito com eles e com você, o carinho e o amor com que você dá aulas é

contagiante. Parabéns! Que o mundo tenha mais professores como você.

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Agradeço também a todos os funcionários do Laboratório que facilitam nossas

vidas com a burocracia ou arrumando a nossa bagunça (Andrea, Sileide, Brendo, Ana,

Ednalva, Priscilla, Maúde, Silvana, Mari, Elida, Renata).

Não posso me esquecer dos meus amigos do Fleury (Jéssica Salgueiro, Karina

Cardozo e Valdemir Carvalho) que nos receberam de portas abertas dando todo o suporte

necessário com o espectrômetro de Massas. E ao Giuseppe que assim como eles, me

ajudou com as discussões sobre as análises proteômicas.

Obrigada aos meus professores das matérias de pós-graduação pelos conhecimentos

transferidos, e ao pessoal da pós-graduação (Rose, Angélica e Ângela) que nos ajudam

com mais burocracias.

Não me esquecendo da base, onde iniciei minha iniciação científica e me deu os

conhecimentos básicos necessários para eu chegar até aqui, agradeço a Angelina Zanesco,

Carlos Sponton e Cynara Rodovalho.

É muito difícil escrever aqui o nome de todas as pessoas que me ajudaram nesse

trabalho, pois ele é fruto do que tenho me tornado como pessoa, e cada pessoa que passou

na minha vida me deixou um pouquinho dela, algumas que eu até nem sei o nome. Foram

conversas numa sessão terapêutica, num barzinho, num congresso, no ônibus, no metrô

e até no avião. As vezes nem foram através de conversas, mas executando o trabalho

delas com amor de forma bem-feita, me trazendo conhecimento e inspiração. Quero

deixar registrado aqui a minha gratidão também a todas essas pessoas.

Tão importante quanto o apoio emocional e profissional foi o apoio financeiro para

mim e meu projeto. Então, agradeço ao grupo Fleury, a CAPES e a Fundação de Amparo

à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) (processo 2015/04492-0).

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Esta tese está de acordo com as seguintes normas, em vigor no momento desta publicação:

Referências: adaptado de International Committee of Medical Journals Editors

(Vancouver)

Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Serviço de Biblioteca e

Documentação. Guia de apresentação de dissertações, teses e monografias. Elaborado por

Anneliese Carneiro da Cunha, Maria Julia de A. L. Freddi, Maria F. Crestana, Marinalva

de Souza Aragão, Suely Campos Cardoso, Valéria Vilhena. 3a ed. São Paulo: Serviço de

Biblioteca e Documentação; 2011.

Abreviaturas dos títulos dos periódicos de acordo com

List of Journals Indexed in Index Medicus

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“Não há progresso sem esforço, vitória sem luta, aperfeiçoamento sem

sacrifício, assim como não existe tranquilidade sem paciência”

Emmanuel/Chico Xavier

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................... v

LISTA DE TABELAS ................................................................................. xi

LISTA DE SIGLAS ................................................................................... xiii

LISTA DE SÍMBOLOS ............................................................................. xix

RESUMO ................................................................................................. xxiii

ABSTRACT .............................................................................................. xxv

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1

1.1 CAPÍTULO 1 - LESÃO RENAL AGUDA ........................................................ 3

1.1.1 Definições........................................................................................................ 3

1.1.2 Epidemiologia ................................................................................................. 4

1.1.3 Diagnóstico...................................................................................................... 6

1.1.4 Classificação da LRA ...................................................................................... 6

1.1.5 Isquemia e Reperfusão Renal .......................................................................... 8

1.1.6 Estresse oxidativo .......................................................................................... 11

1.2 CAPÍTULO 2 – NITRAÇÃO PROTEICA ...................................................... 23

1.2.1 Definição e origem ........................................................................................ 23

1.2.2 Métodos de dosagem de nitrotirosina............................................................ 25

1.2.3 Função ........................................................................................................... 29

1.3 CAPÍTULO 3 – BIOMARCADORES DE LESÃO RENAL AGUDA ........... 33

1.3.1 NGAL ............................................................................................................ 34

1.3.2 KIM-1 ............................................................................................................ 35

1.3.3 IL-18 .............................................................................................................. 36

1.3.4 L-FABP ......................................................................................................... 36

1.3.5 NAG .............................................................................................................. 37

1.3.6 TIMP-2 e IGFBP-7........................................................................................ 37

1.3.7 RBP ............................................................................................................... 38

1.3.8 β2-microglobulina ......................................................................................... 39

1.3.9 Métodos de descoberta de biomarcadores ..................................................... 41

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1.3.10 Análise de Proteínas ...................................................................................... 42

2 OBJETIVOS ......................................................................................... 47

2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 49

2.1.1 Objetivos específicos..................................................................................... 49

3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................. 51

3.1 Reagentes Químicos ......................................................................................... 53

3.2 Modelo suíno de I/R renal ................................................................................ 54

3.3 Coletas das amostras ......................................................................................... 55

3.4 PROTEOMA TOTAL ...................................................................................... 56

3.4.1 Extração de proteínas do córtex renal ........................................................... 56

3.4.2 Digestão das proteínas do córtex renal .......................................................... 57

3.4.3 Preparação das amostras de soro ................................................................... 57

3.4.4 Preparação das amostras de urina.................................................................. 57

3.4.5 Digestão das proteínas do soro e da urina ..................................................... 58

3.4.6 LC-ESI-MS/MS ............................................................................................ 58

3.4.7 Identificação e quantificação dos peptídeos e proteínas do LC-ESI-MS/MS

59

3.4.8 Identificação das proteínas predominantemente renais ................................. 62

3.4.9 Biologia de Sistemas ..................................................................................... 62

3.4.10 Ensaio de atividade da DPPIV ...................................................................... 62

3.4.11 Validação em pacientes com nefropatia diabética ........................................ 63

3.5 NITROPROTEOMA ........................................................................................ 65

3.5.1 Ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) ............................................ 65

3.5.2 Imunohistoquimica ........................................................................................ 65

3.5.3 Extração de proteínas do córtex renal para o nitroproteoma ......................... 66

3.5.4 Enriquecimentos de proteínas nitradas por imunoprecipitação..................... 66

3.5.5 Digestão das nitroproteínas ........................................................................... 67

3.5.6 Identificação e quantificação dos peptídeos e proteínas do LC-ESI-MS/MS

68

3.5.7 Identificação de proteínas predominantemente renais .................................. 71

3.5.8 Biologia de Sistemas ..................................................................................... 71

3.5.9 Validação por bioinformática ........................................................................ 71

3.5.10 SDS-PAGE com immunobloting .................................................................. 72

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................ 75

4.1 Proteoma Total .................................................................................................. 77

4.1.1 Proteoma do córtex renal............................................................................... 77

4.1.2 Proteoma do soro ........................................................................................... 80

4.1.3 Proteoma da urina.......................................................................................... 81

4.1.4 Sumário dos Resultados Proteoma Total ...................................................... 88

4.1.5 Considerações finais do Proteoma Total ....................................................... 90

4.2 Nitroproteoma ................................................................................................... 91

4.2.1 Nitração proteica total em córtices renais pós I/R renal ................................ 91

4.2.2 Caracterização do nitroproteoma do córtex renal após I/R renal .................. 95

4.2.3 Nitroproteoma do Soro ................................................................................ 112

4.2.4 Nitroproteoma da urina ............................................................................... 122

4.2.5 Abundância das proteínas nitradas no modelo de LRA por I/R renal ......... 137

4.2.6 Limitações do estudo ................................................................................... 139

4.2.7 Sumário dos resultados – Nitroproteoma .................................................... 140

4.2.8 Considerações finais do Nitroproteoma ...................................................... 143

5 CONCLUSÕES .................................................................................. 145

6 REFERÊNCIAS .................................................................................. 149

7 ANEXO 1 ............................................................................................ 183

8 ANEXO 2 ............................................................................................ 221

9 ANEXO 3 ............................................................................................ 225

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v

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Prognóstico da doença renal crônica (DRC) baseado na albuminúria e na taxa

de filtração glomerular (TFG). Traduzido de Levey & Coresh 2012. .............................. 4

Figura 2. Necrose tubular aguda por isquemia/reperfusão (I/R). Após a I/R ocorre perda

da borda em escova dos túbulos proximais, perda de polaridade e redistribuição de

integrinas e Na+K+ATPase para a superfície apical com perda do formato tubular. Cálcio

e espécies reativas de oxigênio atuam nestas alterações com subsequente morte celular

por necrose e/ou apoptose. Células viáveis e inviáveis descamam e seguem para o lúmen

obstruindo-o e reduzindo a taxa de filtração glomerular. O rim pode se restaurar

completamente espalhando e desdiferenciando células viáveis para substituir as

lesionadas. Diversos fatores de crescimento ajudam na restauração dos epitélios

tubulares. Esquema modificado de Thadhani et.al, 1996. .............................................. 10

Figura 3. Estrutura da mitocôndria. Wikepédia, ilustrado por Felipe Fontoura baseado na

figura de Mariana Ruiz. .................................................................................................. 13

Figura 4.Produção de ATP na mitocôndria. Os elétrons produzidos no ciclo do ácido

cítrico (TCA) são transportados pelo NADH e FADH2 até os complexos I e II,

respectivamente. Estes elétrons passam pelo complexo III e são captados pelo oxigênio

no complexo IV. A medida que os elétrons são transferidos de um complexo para outro,

os prótons (H+) são ativamente bombeados para o espaço intermembranar, mantendo o

potencial de membrana e impulsionando a produção de ATP pela ATP sintase. MEM:

membrana externa mitocondrial, MIM: membrana interna mitocondrial. Figura adaptada

de Bhargava et al, 2017. ................................................................................................. 15

Figura 5.Molécula de tirosina sofrendo ação de agentes nitrantes para a formação da 3-

nitrotirosina. (TSIKAS; DUNCAN, 2014). .................................................................... 23

Figura 6.Modificações proteicas produzidas por reações do óxido nítrico (NO).

(ADAMS; FRANCO; ESTEVEZ, 2015). ...................................................................... 24

Figura 7. Número de publicações de artigos no PubMed relacionados com a palavra-

chave “nitrotyrosine” entre os períodos de 1990 e 2018. ............................................... 29

Figura 8. Metabolismo das células dos túbulos após LRA isquêmica. Inicialmente, com

a isquemia há uma depleção de ATP capaz de ativar caspases, fosfolipases e aumentar o

Ca2+ intracelular que cuminam na morte celular. Concominantemente há um aumento

excessivo da produção de óxido nítrico (NO) pela iNOS aumentando as espécies reativas

de nitrogênio como o peroxinitrito e conquenquentemente gerando uma lesão oxidativa e

a nitrosilação ou nitração de proteínas que é agravada com a reperfusão via conversão da

hipoxantina acumulada durante a isquemia e convertida em xantina. Traduzido de

(Devarajan 2006). ........................................................................................................... 31

Figura 9. Resumo da atividade dos principais biomarcadores de LRA. Traduzido de

Andreucci et al. 2007. ..................................................................................................... 40

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vi

Figura 10. Análise de Componente Principal para o perfil nitroproteômico dos córtices

isquêmico e contralateral. E gráfico de porcentagem de necrose tubular aguda do modelo

de I/R renal publicado por Malagrino et al., 2014. ......................................................... 55

Figura 11. Fluxograma utilizado na identificação de biomarcadores candidatos a LRA.

Inicialmente, as proteínas foram limpas e selecionadas pela sua presença em pelo menos

3 animais. A seguir, foi feito o teste t de Student para comparar a média dos valores entre

o rim contralateral e isquêmico, as proteínas diferentes seguiram para análise de sistemas

biológicos (SB). No soro e na urina, apenas as proteínas que apareceram após a isquemia

foram selecionadas para análise de sistemas biológicos (SB) e comparação com as

proteínas renais e os bancos de órgão especifico para análise de proteínas

predominantemente renais. ............................................................................................. 61

Figura 12. Esquema utilizado nas análises dos proteomas. ........................................... 64

Figura 13 Fluxograma utilizado para a análise do nitroproteoma.. Primeiramente, foram

removidas as proteínas incertas dos nitroproteomas da urina, rins e soro, seguido da

aplicação do filtro biológico. Para o tecido renal foram avaliadas as proteínas

diferencialmente expressas entre os rins contralateral e isquêmico considerando os fold

change log2FC≤-1 or FC≥1 em pelo menos 3 animais. Já para urina e soro foram feitas

analises de agrupamento hieráquico para identificação de proteínas com comportamentos

semelhantes entre os tempos de I/R analisados. Por fim, foram feitas a demonstração

gráfica dos resultados por heatmap, as análises de biologia de sistemas e a identificação

de proteínas predominantemente renais. Apenas as proteínas predominantemente renais

encontradas nos rins seguiram para validação por bioinformática e expressão proteica.

........................................................................................................................................ 70

Figura 14. Esquema utilizado nas análises dos nitroproteomas. ................................... 73

Figura 15. Análise funcional das 535 proteínas do córtex renal que se mostraram

estatisticamente diferentes entre os rins isquêmico e contralateral. Os números no gráfico

de pizza representam o número percentual de proteínas na respectiva categoria funcional

com base no banco de dados do Gene Onthology e UniProt.......................................... 77

Figura 16. Heatmap da concentração das proteínas diferentemente expressas entre os rins

contralateral e isquêmico. C= contralateral, I=isquêmico. ............................................. 78

Figura 17. Proteínas presentes no soro, candidatas a biomarcadores de LRA. Seis

proteínas que apareceram ou desapareceram do soro após isquemia e reperfusão renal e

foram encontradas alteradas no rim isquêmico. O colormap mostra a diferença de

concentração destas proteínas antes, durante e após a isquemia. Nomes em português com

seus respectivos genes: proteína 2 relacionada a heat shock 70 kDa – HSPA8, proteína 60

kDa heat shock mitocondrial – HSPD1; colágeno tipo I alfa 1 – COL1A1; vimentina

VIM, plastina-2 – LCP1 e isomerase triosefosfato – TPI1............................................. 80

Figura 18. Proteínas presentes na urina, candidatas a biomarcadores de LRA. Quarenta e

nove proteínas que apareceram na urina antes, durante a após a isquemia e reperfusão e

foram encontradas alteradas no rim isquêmico. O colormap mostra a diferença de

concentração destas proteínas antes, durante eapósa isquemia. As proteínas destacadas

com letras vermelhas são proteínas predominantemente renais. .................................... 82

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vii

Figura 19. Análise funcional das 49 proteínas urinárias candidatas a biomarcadores de

LRA. Os números no gráfico de pizza representam o número percentual de proteínas na

respectiva categoria funcional com base no banco de dados do Gene Onthology e UniProt.

........................................................................................................................................ 83

Figura 20. Absorbância da atividade da DPPIV na urina durante a isquemia/reperfusão

renal. p<0,05. Pos-rep = Pós reperfusão. ........................................................................ 85

Figura 21. Gráficos das correlações significativas da atividade da DPPIV urinaria com

os parâmetros clínicos e bioquímicos relacionados à função renal. ............................... 87

Figura 22. Nitração proteica dos rins contralaterais e isquêmicos. A. Quantificação das

proteínas nitradas representada pela média dos valores dos animais ± erro padrão da

média. B. Quantificação das proteínas nitradas com os valores absolutos para cada animal.

A absorbância foi obtida pelo método ELISA com anticorpo antinitrotirosina. P2, P3, P4

e P5 correspondem aos números das porcas utilizadas. ................................................. 92

Figura 23. Imunohistoquimica dos córtices renais contralaterais e isquêmicos com

anticorpo antinitrotirosina marcada em marrom para dois animais (P2 e P3). A magnitude

utilizada foi 200X. .......................................................................................................... 93

Figura 24. Immunobloting contra a proteína iNOS ou NOS2 do extrato proteico dos

cortices renais. As bandas foram quantificadas por densitometria e o GAPDH foi usado

como normalizador. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os rins

(Wilcoxon pareado p=0,12). Cada sinal no gráfico representa um animal analisado. Os

valores foram expressos como média ± SEM. C = rim contralateral, I = rim isquêmico.

P4 = porca 4, P5 = porca 5. ............................................................................................ 95

Figura 25. Heatmap da expressão proteica padronizada pelo z-score (-2 a 2) nos rins

contralateral e isquêmico para cada animal. C2, C3, C4, C5 representam o rim

contralateral e I2, I3, I4, I5 representam o rim isquêmico. As proteínas foram

representadas pelo nome dos seus genes. ....................................................................... 97

Figura 26. Proteínas nitradas identificadas nos córtices renais dos rins após I/R renal

unilateral. As proteínas nitradas em ambos os rins foram destacadas com a cor laranja, e

as presentes apenas no rim contralateral estão em rosa. Em verde foi destacado o

metabolismo oxidativo exacerbado com á I/R renal. Já, as setas em rosa simbolizam o

transporte de metabólitos (bolinhas azuis) entre a célula e a mitocôndria. .................. 101

Figura 27. Immunobloting contra as proteínas mitocondriais VDAC1 e TOM20 do

extrato proteico dos cortices renais. As bandas foram quantificadas por densitometria e o

GAPDH foi usado como normalizador. Não houve diferença estatisticamente

significativa entre os rins para VDAC1 (Wilcoxon pareado p=0,37) e TOM20 (Wilcoxon

pareado p=0,62). Cada sinal no gráfico representa um animal analisado. Os valores foram

expressos como média ± SEM. C = rim contralateral, I = rim isquêmico. P4 = porca 4, P5

= porca 5. ...................................................................................................................... 103

Figura 28. Immunobloting contra BHMT2 do extrato proteico do córtex renal com e sem

enriquecimento por imunoprecipitação. O anticorpo utilizado reconheceu três bandas da

BHMT2: 40Kda, 37 e 39kDa. As bandas foram quantificadas por densitometria e o

GAPDH foi usado como normalizador somente para o extrato não enriquecido. Não

houve diferença estatisticamente significativa entre os rins. Cada sinal no gráfico

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viii

representa um animal analisado. Os valores foram expressos como média ± SEM. M =

marcador de peso molecular, C = rim contralateral, I = rim isquêmico, IP =

imunoprecipitação. ....................................................................................................... 110

Figura 29. Immunobloting contra DPPIV do extrato proteico do córtex renal com e sem

enriquecimento por imunoprecipitação. O anticorpo utilizado reconheceu a forma solúvel

da DPPIV em 90KDa. As bandas foram quantificadas por densitometria e o GAPDH foi

usado como normalizador somente para as amostras não enriquecidas. Não houve

diferença estatisticamente significativa entre os rins. Cada sinal no gráfico representa um

animal analisado. Os valores foram expressos como média ± SEM. M = marcador de peso

molecular, C = rim contralateral, I = rim isquêmico, IP = imunoprecipitação. Note que os

animais que têm maiores valores de DPPIV total, têm menos DPPIV nitrada e os que têm

menores valores de DPPIV total tem mais proteína nitrada. ........................................ 111

Figura 30. Heatmap e dendograma da expressão proteica dos soros padronizada pelo z-

score (-1,5 a 1,5) durante o experimento de I/R renal. O dendrograma da vertical agrupa

os períodos mais similares da I/R, enquanto o dendograma da horizontal agrupa as

proteínas com comportamentos similares das expressões proteicas. Os retângulos

amarelos destacam os grupos de proteínas que mais separam os períodos analisados.

PreIsc = pré-isquemia; Isc = isquemia; R6 = 6h pós reperfusão; R11 = 11h pós reperfusão;

R16 = 16h pós reperfusão. As proteínas foram representadas com o nome dos seus genes

e a média dos valores de expressão dos 4 animais. ...................................................... 114

Figura 31. Proteínas nitradas totais no soro ao longo da I/R renal. O gráfico mostra a

diferença entre os tempos pós isquemia e basal (pré-isquemia), destacando o aumento pós

reperfusão. Todos os valores foram apresentados como média±erro padrão da média. A

análise para medidas repetidas (ANOVA) resultou em p<0,05, sem diferença no pós-teste,

mostrando que houve diferença na análise global da nitração proteica (Malagrino, 2014).

...................................................................................................................................... 115

Figura 32. Avaliação da expressão proteica da proteína DMGDH total e nitrada no córtex

renal e no soro dos animais antes e após a I/R. ............................................................ 121

Figura 33. Excreção de proteínas nitradas/creatinina na urina ao longo da I/R renal. O

gráfico mostra um aumento significativo da excreção de proteínas nitradas no início da

reperfusão – 15min (n=4). Todos os valores foram apresentados como média±erro padrão

da média. Análise para medidas repetidas (ANOVA) p<0,05, sendo * comparado ao valor

basal (Malagrino et al. 2014). ....................................................................................... 123

Figura 34. Excreção de proteínas nitradas/creatinina na urina ao longo da I/R renal. O

dendrograma da vertical agrupa os períodos mais similares da I/R, enquanto o

dendograma da horizontal agrupa as proteínas com similares comportamentos de

expressão proteica. Os retângulos amarelos destacam os grupos de proteínas que mais

diferenciam os períodos de I/R renal. PreIsc = pre isquemia; Isc = isquemia; R6 = 6h pós

reperfusão; R11 = 11h pós reperfusão; R16 = 16h pós reperfusão. As proteínas foram

representadas pelo nome dos seus genes. ..................................................................... 124

Figura 35. Heatmap da expressão proteica nas urinas padronizada pelo z-score (-1,5 a

1,5) durante o experimento de proteoma total urinário ao longo da isquemia e reperfusão

(I/R) renal com seus dendogramas. O dendrograma da vertical agrupa os períodos mais

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ix

similares da I/R, enquanto o dendograma da horizontal agrupa as proteínas com similares

comportamentos de expressão proteica. PreIsc = pre isquemia; Isc = isquemia; R6 = 6h

pós reperfusão; R11 = 11h pós reperfusão; R16 = 16h pós reperfusão. As proteínas foram

representadas pelo nome dos seus genes. Estes resultados vieram de uma análise

complementar dos dados do proteoma total da urina desenvolvida na primeira parte desta

tese. ............................................................................................................................... 134

Figura 36. Box plots da expressão proteica das proteínas mais abundantes encontradas

no nitroproteoma para cada amostra. A. córtex renal, B. soro e C. urina. A expressão

proteica foi calculada pela intensidade dos íons. .......................................................... 137

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xi

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Correlação de Spearman entre a atividade da DPP IV na urina e os

parâmetros clínicos e bioquímicos dos pacientes com disfunção renal (56 pacientes). . 86

Tabela 2. Análise de enriquecimento de vias metabólicas para as 55 proteínas

diferencialmente expressas entre os rins contralateral e isquêmico após I/R renal. ....... 99

Tabela 3. Comparação da expressão proteica das proteínas presentes no Proteoma total

e no Nitroproteoma de córtices renais pós I/R renal. ................................................... 104

Tabela 4. Predição dos sítios de tirosina nitrada das proteínas candidatas a

biomarcadora de LRA no córtex renal por dois modelos preditores. ........................... 108

Tabela 5. Peptídeos e intensidade de íons para cada rim de cada animal analisado.... 112

Tabela 6. Análise de enriquecimento de vias metabólicas para os dois grupos de

proteínas encontrados, pré-isquemia/isquemia e reperfusão no nitroproteoma sérico após

I/R renal. ....................................................................................................................... 117

Tabela 7. Valores brutos da intensidade de íons para DMGDH e SEMG2. ................ 119

Tabela 8. Caracterização das proteínas urinárias encontradas no nitroproteoma durante

a I/R renal. .................................................................................................................... 125

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xiii

LISTA DE SIGLAS

1D Uma dimensão

2D Duas dimensões

AADC Aromatic-L-amino-ácido decarboxilase

Acetil-CoA Acetilcoenzima A

ACN Acetonitrila

ADQI do inglês Acute Dialysis Quality Initiative

AHP Atlas Human Protein

AKIN do inglês Acute Kidney Injury Network

ALB Albumina

ANOVA Análise de variância

ApoA1 Apolipoproteína A1

ATP Adenosina trifosfato

BCA do inglês bicinchoninic acid protein assay

BHMT2 Betaina-Homocisteína Metiltransferase 2

BSA Albumina de soro bovino

CAPPesq Comissão de ética para análise de projetos de pesquisa

CO Citocromo oxidase

COL18A1 Cadeia alfa-1 do colágeno (XVIII)

COX1 Ciclooxigenase 1

CYB Citocromo B

Cyt C Citocromo C

DAD Rede de diodos

DDA Aquisição dependente de dados

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xiv

DMP Dimethyl pimelimidate dihydrochloride

DNA do inglês Deoxyribonucleic acid

DPPIV Dipeptidil peptidase IV

DRC Doença renal crônica

DTT Ditiotreitol

ECA Enzima conversora de angiotensina

EDTA Ácido tetracétio Ethylenediamine tetraacetic acid

EGTA Ácido tetraacético glicol etileno

EIF2 Fator de iniciação eucariótica 2

ELISA Ensaio de imunoabsorção enzimática

ENA78 Peptídeo ativador de neutrófilos ENA-78

eNOS Sintase do Óxido Nítrico endotelial

ERNs Espécies reativas de nitrogênio

EROs Espécies reativas de oxigênio

ESI Ionização por electrospray

ESTs do inglês expressed sequence tag/ marcador de sequência

genética

ETFDH Transferência de elétrons flavoproteína-ubiquinona

óxidoredutase, mitocondrial

FADH2 Flavina-adenina dinucleótido

FC Fold change

FDA Food and Drug Administration

FDR Taxa de falsa descoberta

FGA Cadeia alfa do fibrinogênio

FL Fluorescência

GBA3 Glucosidase beta citosólica

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GC Cromatografia a gás

GCDH Glutaril-CoA desidrogenase mitocondrial

GESF Glomeruloesclerose segmentar e focal

GLP2R Receptor do peptídeo 2 semelhante ao glucagon

GMPc Guanosina monofosfato cíclico

GSH Glutationa reduzida

HCD Dissociação Induzida por Alta Energia de Colisão

HPLC do inglês High performance liquid chromatography/

Cromatografia líquida de alta eficiência.

HRP do ingês horseradish peroxidase

HSP90 do inglês Heat-shock protein 90/ Proteína de choque térmico 90

I/R Isquemia e reperfusão

IAA Iodoacetamida

IGFBP7 Proteína de ligação ao fator de crescimento de insulina 7

IgG Imunoglobulina G

IL-18 Interleucina 18

InCor Instituto do Coração

iNOS Sintase do Óxido Nítrico induzível

IP Imunoprecipitação

IPA Ingenuity Pathway Analysis

ISN Sociedade Internacional de Nefrologia

ITRAQ do inglês Isobaric tags for relative and absolute quantification

KDIGO do inglês kidney disease improving global outcomes

KIM-1 Molécula de lesão renal 1

LC Cromatografia líquida

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xvi

L-FABP Proteína de ligação a ácidos graxos no fígado

LFQ Quantificação livre de marcação

LRA Lesão renal aguda

MALDI Ionização e dessorção a laser assistida por matriz

MB Membrana basal

MCP1 Proteína quimiostática de monócitos 1

MDRD Modificação da Dieta na Doença Renal

MnSOD Superóxido desmutase dependente de Manganês

MRM Monitoramento por multiplas reações

MS/MS Espectrometria de Massa em tandem

mtDNA DNA mitocondrial

Na+K+ATPase Bomba de sódio potássio

NADH Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo

NADPH Fosfato de nicotinamida adenina dinucleotideo reduzido

NAG N-acetil-β-D-glucosaminidase

NCBI National Center for Biotechnology Information

NCT Número do estudo clínico

NGAL Lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos

NOS Sintase do óxido nítrico

NTA Necrose tubular aguda

PAICS Fosforibosilaminoimidazol carboxilase

PANTHER Protein ANalysis THrough Evolutionary Relationships

PBS Tampão fosfato de sódio

PBST Tampão fosfato de sódio com Tween 20

PFN1 Profilina-1

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xvii

PGM1 Fosfoglucomutase-1

pH Potêncial hidrogeniônico

PMSF phenylmethylsulfonyl fluoride

RANTES Proteína específica de células T RANTES

RBP Proteína de ligação ao Retinol

RIFLE do inglês Risk, Injury, Failure, Loss and End-stage kidney disease

SB Sistemas biológicos

SDS Dodecil sulfato de sódio

SDS-PAGE Eletroforese de gel de poliacrilamida com dodecilsulfato de sódio

SEM Monitoramento de reação selecionada

SILAC do inglês Stable isotope labeling by amino acids in cell culture

SOD Superóxido desmutase

SPAER do inglês solid-phase active ester reagente

TCA Ciclo do ácido cítrico

TF Serotransferrina

TFA Ácido trifluoroacetico

TFG Taxa de filtração glomerular

TiGER Tissue-specific Gene Expression and Regulation`s

TIM Translocase da membrana interna de importação mitocondrial

TIMP-2 Inibidor tecidual de metaloproteínase 2

TMT do inglês Tandem mass tags

TNF-α Fator de necrose tumoral Alfa

TOM20 Subunidade 20 do receptor de importação mitocondrial

TUPA Targeted Urine Proteome Assay for kidney diseases

Tween 20 Polioxietileno-20-sorbitan monolaureato

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xviii

UPLC Cromatografia liquida de ultra performance

USP Universidade de São Paulo

UTI Unidade de terapia intensiva

UV Radiação ultravioleta

VAPA Proteína A associada a proteína de membrana associada a vesícula

VDAC1 Proteína 1 do canal seletivo de ânions dependente de voltagem

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xix

LISTA DE SÍMBOLOS

% Porcentagem

< Menor

> Maior

°C Graus Celsius

µg Micrograma

µL Microlitro

µm Micrômetro

µM Micromolar

Ca2+ Ìons de Cálcio

Cl- Cloreto

cm Centímetro

cm2 Centímetro quadrado

CO2 Dióxido de carbono

dL Decilitro

F French

Fe++ Íon Ferro

G Força G

h Horas

H2O2 Peróxido de hidrogênio

K+ Potássio

KCl, Cloreto de potásio

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xx

KDa Quilodalton

kg Quilograma

KH2PO4 Fosfato de potásio monobásico

M Molar

mg Miligrama

MgCl Cloreto de Magnésio

min minutos

mL Mililitro

mm Milímetro

mM Milimolar

mm3 Milímetro cúbico

Na+ Sódio

Na2HPO4 Fosfato de sódio

NaCl, Cloreto de sódio

NaH2PO4 Fosfato monossódico

NaHCO3 Bicarbonato de sódio

nm Nanometro

nM Nanomolar

NO- Nitrosil ânion

NO Óxido nítrico

NO+ Cátion nitrosonium

NO2- Dióxido de nitrogênio

O2- Superóxido

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xxi

OH- Hidroxila

ONOO - Peroxinitrito

pg Picograma

ppm parte por milhão

rpm rotação por minutor

s Segundos

U unidade

ηM Nanomolar

ρM Picomolar

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xxiii

Malagrino PA. Perfil proteômico da lesão renal aguda induzida por isquemia e

reperfusão [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2019.

RESUMO

A principal dificuldade na identificação de novos biomarcadores para doenças renais

consiste em encontrar marcadores que são específicos do rim ou do processo patológico

em que se encontra, além de conseguir caracterizar a doença renal independente de outras

doenças pré-existentes. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar novos candidatos a

biomarcadores, predominantemente renais, de lesão renal em um modelo suíno

controlado unilateral de lesão renal aguda (LRA) por isquemia/reperfusão (I/R) renal

percutânea. Para isto, foram feitas análises do proteoma e do nitroproteoma de amostras

de urina e soro nos períodos pré-isquemia, isquemia (60min) e pós-reperfusão (4 ou 6h,

11 e 16h), e das de amostras do córtex renal após 24h de reperfusão, todas no Q-

ExactiveTM. Os resultados foram analisados no MaxQuant seguidos da análise de biologia

de sistemas. A seleção das proteínas candidatas a biomarcadores de lesão renal foi

baseada na predominância de expressão dessas proteínas no rim através do banco TiGER

e/ou Atlas Human Protein. Foram identificadas 1365 proteínas no proteoma total dos

córtices renais, das quais 535 estavam presentes em pelo menos 3 animais e mais

expressas no rim isquêmico, com excessão da Xaa-pró aminopeptidase 2. Estas proteínas

participam dos processos de transcrição, tradução, adesão celular, proliferação e reparo,

importantes para a recuperação da lesão renal após 24h. A intersecção das proteínas sub

ou superexpressas no rim isquêmico com os proteomas do soro ou da urina resultou em

seis proteínas séricas (VIM, HPSA8, HSPD1, COL1A1, LCP1e TPI1) entre as 170

identificadas capazes de fornecer um painel para LRA ou processo degenerativo.

Enquanto na urina, foram identificadas 49 de 501 proteínas presentes na intersecção,

sendo 4 predominantemente renais (BHMT2, GBA3, DDC e DPPIV). A atividade da

DPPIV na urina aumentou após 4h de reperfusão retornando aos níveis basais após este

período validando o nosso candidato a biomarcador. A DPPIV também foi validada em

uma coorte de pacientes com nefropatia diabética que apresentou uma moderada

correlação com os parâmetros ligados a disfunção renal: MDRD, proteinúria,

hemoglobina glicada, PTH e renina. Apesar de não haver diferença na concentração de

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xxiv

proteínas nitradas no rim contralateral e isquêmico houve uma diferença no perfil de

proteínas encontradas. Foram identificadas 843 proteínas no nitroproteoma dos córtices

renais das quais 53 estavam superexpressas no rim isquêmico e 2 no rim contralateral.

Das 55 proteínas, 38% eram mitocondriais e relacionadas com as vias energéticas. Foi

possível validar a nitração de duas destas proteínas, a DPPIV e a BHMT2. No

nitroproteoma da urina identificou-se 126 proteínas das quais 27 se agruparam de forma

diferente para cada período do experimento baseado no comportamento da expressão

proteica. A excreção de proteínas nitradas também foi observada no tempo basal, supondo

um papel fisiológico da nitração. Além disso, o perfil de excreção de proteínas nitradas

ao longo da I/R foi independente das mudanças ocorridas no perfil proteico total. Por fim,

duas proteínas se destacaram como candidatas a biomarcador, a UMOD e a ALDOB. Já,

o nitroproteoma sérico resultou em 55 proteínas, das quais as 33 mais representativas dos

animais foram capazes de separar o período antes e após a reperfusão renal. Duas destas

proteínas foram consideradas candidatas a biomarcadores de lesão renal, a SEMG2 e a

DMGDH, esta última foi validada. A partir dos resultados gerados, foi possível identificar

alterações proteicas ao longo da I/R renal, novas proteínas nitradas e novos candidatos a

biomarcador de lesão renal. Novos estudos com uma abordagem mais direcionada e

aprofundada devem ser desenvolvidos, tanto para confirmar os candidatos a

biomarcadores e seu potencial uso clínico, quanto para analisar o comportamento

fisiopatológico e bioquímico das proteínas com e sem nitração na LRA por I/R renal em

rins morfo-fisiologicamente semelhantes aos encontrados em humanos.

Descritores: Proteômica; Lesão renal aguda; Isquemia; Nitração; Biomarcadores;

Espectrometria de massas; Nefropatias.

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xxv

Malagrino PA. Proteomic profile of acute kidney disease induced by ischemia and

reperfusion [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”;

2019.

ABSTRACT

The main bottleneck in studies aiming to identify novel biomarkers in kidney disease has

been the identification of markers that are organ and process specific and characterize the

kidney disease regarding other other pre-existing diseases. The aim of this study was to

identify new candidates, predominantly renal, that could be used as systemic biomarkes

for acute kidney disease (AKI) in a unilateral percutaneous controlled porcine renal

ischemia/reperfusion (I/R) model. The nitroproteome and proteome of urine and serum

samples were analyzed in Q-ExactiveTM on the period pre-ischemia, ischemia (60 min)

and 4, 11 and 16 h post-reperfusion. The renal cortex samples were analyzed only after

24 h of reperfusion. The results were analyzed in the MaxQuant followed by systems

biology analysis. The selection of candidate proteins for renal injury was based on the

predominance of expression of these proteins in the kidney through TiGER and Atlas

Human Protein. In renal cortex proteome, it was identified 1365 proteins which 535 were

present at least 3 animals and more expressed in ischemic kidney, with exception of Xaa-

pro aminopeptidase 2. These proteins participate of transcription, translational, cellular

adhesion, proliferation and repair, important for the recovery of renal injury after 24h.

Intersecting the set of proteins up- or down-regulated in the ischemic tissue with both

serum and urine proteomes, 6 serum proteins from 170 identified proteins (VIM, HPSA8,

HSPD1, COL1A1, LCP1 and TPI1) were identified that may provide a set of targets for

AKI or degenerative process. Additionally, 49 from 501 urinary proteins were identified

in the intersection, being 4 predominantly renal (BHMT2, GBA3, DDC and DPPIV). As

a proof of concept, the activity of DPPIV in the urine increased after 4h of reperfusion

returning to baseline levels after this period and with subsequent translational validation

in a cohort of patients with diabetic nephropathy who presented a moderate correlation

with the parameters related to renal dysfunction: MDRD, proteinuria, glycated

hemoglobin, PTH and renin.

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Althought there was no diference between nitrated proteins levels in contralateral and

ischemic kidneys, there was difference in the protein profile found. In niroproteome from

cortex were identified 843 proteins, of which 53 were up-regulated in the ischemic kidney

and 2 in the contralateral kidney. Of the 55 proteins, 38% were mitochondrial and related

to the energy pathways. It was possible to validate the nitration of two of these proteins,

DPPIV and BHMT2. In the urine nitroproteome, 126 proteins were identified, 27 of

which were grouped differently for each period of the experiment based on the behavior

of protein expression. The nitrated protein excretion was also observed at baseline,

assuming a physiological role of nitration. In adition, the profile of urine proteins along

I/R was independent of changes in the total protein profile. Finally, two proteins stood

out as candidates for biomarker, UMOD and ALDOB. The serum nitroproteome resulted

in 55 identified proteins, 33 were more representative from animals and they able to

distinguish the periods before and after renal reperfusion. Two predominantly renal

proteins, SEMG2 and DMGDH, were described as candidates to renal injury biomarkers

and the last protein was validated. From these results, proteins changes were observed

along the renal I/R, new nitrated proteins and new candidates for biomarkers of kidney

injury were identified. New studies with a more focused and in-depth approach should be

developed both to confirm the candidates for biomarkers and their potential clinical use

and to analyze the pathophysiological and biochemical behavior of the proteins with and

without nitration in AKI by I/R renal in kidneys morphologically and physiologically

similar to those found in humans.

Descriptors: Proteomics; Acute kidney injury; Ischemia; Nitration; Biomarkers; Mass

spectrometry; Kidney diseases.

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1 INTRODUÇÃO

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3

1.1 CAPÍTULO 1 - LESÃO RENAL AGUDA

Os rins são os principais responsáveis pela conservação da homeostase do

organismo. Eles atuam na reabsorção tubular de nutrientes, como a água, os íons e a

glicose, e na síntese de vitamina D ativa e hormônios como a eritropoetina e a renina,

garantindo assim, a manutenção do equilíbrio ácido-base, controle da pressão arterial e

eliminação de substâncias tóxicas do organismo. Qualquer alteração no rim gera graves

danos ao organismo, sendo a redução da função renal a característica mais marcante das

doenças renais. Esta redução pode ocorrer de forma progressiva levando a doença renal

crônica ou de forma abrupta, denominada lesão renal aguda (ZATZ, 2011).

1.1.1 Definições

A lesão renal aguda (LRA) é caracterizada por uma redução da função renal

baseada nos níveis de creatinina sérica e/ou diurese em até 7 dias e foi por anos

denominada insuficiência renal aguda. Como um rápido declínio da função renal é

frequentemente secundário a uma lesão estrutural, o termo “lesão” foi considerado mais

apropriado pelo grupo de pesquisadores da Acute Kidney Injury Network (AKIN, 2007)

e tem sido utilizado em substituição ao termo “insuficiência” desde sua publicação

(Mehta et al. 2007).

A LRA é considerada reversível se for tratada precocemente, mas nos casos em

que não há a recuperação total da função renal o quadro do paciente pode evoluir para a

doença renal crônica (DRC) (Coca et al. 2012; Jones et al. 2012). A DRC é caracterizada

pela presença de albuminúria e/ou pela diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG)

a níveis inferiores a 60 mL/min por 1,73 m² durante 3 meses ou mais, independentemente

do diagnóstico clínico. Com base nestes parâmetros ela é dividida nos cinco estágios

apresentados na Figura 1 traduzida de Levey e Coresh (Levey and Coresh 2012).

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Figura 1. Prognóstico da doença renal crônica (DRC) baseado na albuminúria e na taxa de filtração

glomerular (TFG). Traduzido de Levey & Coresh 2012.

Há uma forte interação entre a DRC e a LRA. A pré-existência da DRC aumenta

10 vezes as chances do desenvolvimento de LRA comparado à ausência de DRC (Ishani

et al. 2009). E assim como a DRC se torna um fator de risco para a LRA, a LRA também

se torna um fator de risco para a DRC.

Atualmente, dois grandes estudos de associação em pacientes têm demonstrado

que a LRA não só é um fator de risco para DRC, mas também pode colaborar com a

progressão da mesma e com a morte prematura (Amdur et al. 2009; Coca et al. 2012).

Amdur e colaboradores em um grande estudo retrospectivo de 5404 pacientes com LRA,

mostraram que o agravamento da doença por necrose tubular aguda aumenta o risco de

desenvolvimento de DRC grau 4 e reduz o tempo de sobrevida comparado a pacientes

controles sem LRA (Amdur et al. 2009). Dados semelhantes foram obtidos em uma

metanálise, mostrando que os pacientes com LRA apresentam um risco nove vezes maior

de desenvolver DRC e duas vezes maior de morrerem prematuramente comparados aos

pacientes sem LRA (Coca et al. 2012).

Portanto, há uma forte conexão entre a LRA e DRC tornando qualquer estudo que

vise o diagnóstico e/ou tratamento da LRA um benefício para os pacientes que sofrem

destas duas doenças renais.

1.1.2 Epidemiologia

A LRA atinge principalmente negros, homens, crianças e idosos (Xue et al. 2006)

(Susantitaphong, 2013). Ela afeta um quinto dos adultos e um terço das crianças

hospitalizados, estando associada a uma taxa de mortalidade de aproximadamente 23,9%

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5

nos adultos e 13,8% nas crianças (Susantitaphong et al. 2013). Nos hospitais, a LRA é

uma séria complicação que acomete 12% dos pacientes transplantados (Mehrotra et al.

2012), 30% dos pacientes pós-cirurgia cardíaca (Arnaoutakis et al. 2007) e quando

avaliados creatinina sérica e débito urinário juntos, está presente em até 67% dos

pacientes em unidade de terapia intensiva (UTI) (Hoste et al. 2006; Piccinni et al. 2011).

No Brasil aproximadamente 10 milhões de pessoas apresentam complicações renais, das

quais 2 milhões sofrem com doenças renais crônicas. Um dado alarmante é que 60%

desses pacientes nem sabem que possuem esses problemas, agravando ainda mais a

doença, podendo levar a perda do órgão ou mesmo a morte (Sociedade Brasileira de

Nefrologia, 2009).

Uma análise de coorte conduzida em 20 Centros da Austrália, avaliando a

incidência de LRA em 10 anos, mostrou um crescimento anual de 2,8% (Bagshaw et al.

2007). Este aumento na incidência de LRA reflete a melhora da expectativa de vida da

população, que traz consigo o aumento dos fatores de risco como as doenças crônicas e

internações hospitalares, seguidos pelo uso de contrastes iodados para diagnósticos e

tratamentos com medicamentos nefrotóxicos (Nash et al. 2002; Schmitt et al. 2008). Além

disso, com o aumento da sensibilidade e do acesso ao diagnóstico de LRA (Rewa and

Bagshaw 2014), houve também um aumento do diagnóstico formal de LRA.

Além de aumentar a taxa de mortalidade, a LRA leva ao maior tempo de

internação do paciente e/ou tratamento dialítico (Bagshaw et al. 2008), gerando maiores

custos. A LRA sem acompanhamento de doenças graves, aumenta em até 5 dias o período

de internação com um custo extra de 2.600 dólares (Fischer et al. 2005). Este gasto supera

as internações hospitalares mais prevalentes como insuficiência cardíaca (2,2 mil

dólares), pneumonia (2,1 mil dólares) e sangramento gastrointestinal (2,1 mil dólares)

(Chertow et al. 2005).

Atualmente a preocupação com a LRA é tamanha, que a Sociedade Internacional

de Nefrologia (ISN) criou uma declaração chamada “0by25”, que visa eliminar as mortes

evitáveis devido à LRA a nível mundial até 2025. Inicialmente, eles incluíram a LRA nos

estudos da Global Burden of Disease para mostrar o impacto da doença na mortalidade

mundial, bem como os seus fatores de risco. Atualmente diversas informações

prospectivas têm sido coletadas tanto para estudos transversais quanto para de coorte.

Com esses resultados a ISN poderá obter uma melhor compreensão de como a LRA é

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tratada em cada país e assim atuar de forma eficaz nos contextos que tem mais

deficiências (Mehta et al. 2015).

1.1.3 Diagnóstico

Embora avanços científicos tenham conseguido reduzir a taxa de mortalidade por

LRA, o aumento da incidência em conjunto com os tratamentos pouco eficazes, torna o

valor absoluto de mortes por LRA ainda muito elevado (Rewa and Bagshaw 2014). Este

aumento da mortalidade pode estar associado com o diagnóstico tardio e não especifico

da LRA. Por não apresentar sintomas ou apresentar sintomas comuns a várias doenças, o

diagnóstico é baseado nas alterações dos níveis de creatinina sérica e débito urinário,

impossibilitando uma intervenção precoce.

Ambos os aumentos dos níveis de creatinina sérica e redução do débito urinário

só se tornam evidentes quando mais de 50% da função renal é perdida (Shemesh et al.

1985). Além disso, alterações na creatinina sérica apresentam alguns problemas: não são

exclusivas apenas da LRA, servindo de diagnóstico para diversas doenças renais; podem

superestimar a função renal através da sua secreção tubular, quando há redução da TFG;

e seus níveis são facilmente afetados por diversos fatores não renais tais como: massa

muscular, dieta, gênero, uso de medicamentos e idade.

1.1.4 Classificação da LRA

A classificação de consenso mundial para LRA é recente e ainda vem sendo

alterada. Ela foi feita pela primeira vez em 2004 pelo grupo ADQI (Acute Dialysis Quality

Initiative), tendo como critério o aumento de creatinina sérica em até 7 dias e a redução

do débito urinário. Com base nestes parâmetros a LRA foi dividida em 5 estágios: risco,

lesão, falência, perda e estágio final da doença, conhecida como RIFLE (do inglês: Risk,

Injury, Failure, Loss and End-stage kidney disease) (Bellomo et al. 2004).

Baseados em novos estudos mostrando uma alta correlação de pequenos aumentos

de creatinina sérica com a mortalidade, em 2007, nefrologistas renomados do chamado

Acute Kidney Injury Network (AKIN) reduziram a classificação RIFLE para 3 estágios

com observação da elevação da creatinina sérica comparada ao valor basal ou aumento

mínimo de 0,3mg/dL em 48h (Mehta et al. 2007), devido à dificuldade de se possuir o

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valor basal de creatinina sérica do paciente. Em 2012, o grupo KDIGO (do inglês kidney

disease improving global outcomes) publicou uma diretriz com orientações para o manejo

clínico dos pacientes com LRA, cuja aplicação tem sido utilizada atualmente na parte

clínica. Nessa diretriz, eles aumentaram o período de observação da creatinina sérica do

paciente de 48h, determinado pelo AKIN, para 7 dias (KDIGO, 2012), o qual pode ser

observado na Figura 1.

Estágio Creatinina sérica Débito urinário

1 Aumento ≥ 0,3mg/dL

(26,4µmol/L) em 48h

ou aumento entre 50 – 99% do

valor basal em 7 dias

<0,5ml/kg/h por mais de 6h

2 Aumento entre 100 -199%

do basal em 7 dias

<0,5ml/kg/h por mais de 12h

3 Aumento maior que 200%

do basal em 7 dias

ou ≥ 4,0 mg/dL (353,6

µmol/L)

ou em terapia de

substituição renal

<0,3ml/kg/h por 24h ou

anúria por 12 horas

A substituição renal inclui a hemodiálise, diálise peritoneal, terapia contínua de substituição renal ou

hemofiltração e o transplante renal.

Figura 1. Sistema de classificação para LRA segundo o KDIGO

A LRA pode ser gerada por diversos fatores, os quais foram divididos em três

categorias para facilitar o tratamento (Thadhani et al. 1996; Kopyt 2009):

- LRA pré-renal – ocorre quando a redução na TFG é apenas por alterações

hemodinâmicas (hipovolemia ou inadequada perfusão) sem lesões estruturais nos

néfrons, podendo ser reversível com o restabelecimento hemodinâmico rápido.

- LRA renal – ocorre quando há lesões estruturais renais. A principal forma de

lesão é a necrose tubular aguda (NTA) estando presente entre 70 a 90% dos pacientes

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com LRA. Ela é decorrente de hipoperfusão renal, hipóxia e agentes nefrotóxicos, sendo

acompanhada de obstrução tubular e vazamento do filtrado glomerular para o interstício

renal. É um quadro reversível, mas em cerca de 50% dos casos os indivíduos precisam de

tratamento dialítico.

- LRA pós renal – ocorre em apenas 10% dos casos de LRA e é caracterizada pela

obstrução mecânica das vias urinárias, como cálculos ou tumores. Em casos de curtos

períodos de obstrução a lesão renal é considerada reversível.

1.1.5 Isquemia e Reperfusão Renal

A LRA pode ocorrer por desidratação, infecção e toxinas (Zuk and Bonventre

2016). No entanto, a principal causa da LRA é a isquemia renal (Thadhani et al. 1996),

resultado de um declínio generalizado ou localizado do suporte de oxigênio e nutrientes

para os tecidos, além de um déficit na remoção de resíduos do metabolismo (Le Dorze et

al. 2009). A isquemia é capaz de induzir a morte de células tubulares, conhecida por

necrose tubular aguda (NTA); e em casos em que não há reperfusão (restabelecimento do

fluxo sanguíneo) em um curto intervalo de tempo, ela pode levar à DRC (Preston and

Epstein 1997). O córtex é a região que mais recebe aporte do fluxo sanguíneo devido ao

direcionamento do sangue para os glomérulos, mas a porção mais afetada pela isquemia

é a medula externa que já tem um baixo aporte de oxigênio. Em especial as células mais

afetadas desta porção são as do segmento S3 do túbulo proximal, pois são ricas em

mitocôndrias para a síntese de ATP utilizada na reabsorção de proteínas e metabólitos,

além de possuírem uma baixa capacidade glicolítica (Lieberthal and Nigam 1998).

A patofisiologia da isquemia/reperfusão (I/R) é considerada complexa, mas

alguns estudos já relataram a diminuição da geração de ATP mitocondrial, perda da

permeabilidade seletiva das membranas celulares, diminuição da homeostase iônica

celular (aumento de sódio e cálcio), ativação de hidrolases, inflamação por ativação de

neutrófilos e síntese de moléculas de adesão e citocinas, e alteração da resposta vascular

(Devarajan 2006; Malek and Nematbakhsh 2015).

A isquemia ocorre principalmente devido à cirurgias, sepsis, traumas, contrastes

e medicamentos nefrotóxicos (Zuk and Bonventre 2016), além de condições patológicas

como a obstrução dos vasos (trombose e estenose), vasculites, hipovolemia e hipotensão

(Thadhani et al. 1996). Além disso, os insultos podem atingir um ou os dois rins. Por

exemplo, uma estenose da artéria renal pode atingir ambos os rins do paciente ou apenas

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um deles, como na maioria dos casos de hipertensão renovascular (Jacobson 1988).

Os pacientes com LRA costumam apresentar um declínio da TFG, consequência

não só da isquemia que gera uma resposta vasoconstritora, mas também do mecanismo

de feedback túbulo-glomerular para evitar a perda de nutrientes e consequentemente de

mais energia. Este feedback túbulo-glomerular é caracterizado por uma redução na

reabsorção de cloreto de sódio que é transportado para a mácula densa, levando a

vasoconstrição da arteríola aferente e reduzindo a TFG (Bonventre 2003; Schnermann

2003; Schrier et al. 2004).

Nos vasos renais, a isquemia acaba lesionando as células endoteliais que

apresentam perda do glicocálice, desarranjo do citoesqueleto e diminuição da adesão

celular com desestruturação da matriz perivascular, aumento da permeabilidade

microvascular e vazamento do fluido para dentro do interstício (Basile 2007), que se

agravam após a reperfusão devido ao aumento do estresse oxidativo.

A lesão renal mais comumente encontrada em pacientes com LRA isquêmica é a

NTA (Vaidya et al. 2008). Ela é caracterizada histologicamente pela supressão e perda da

borda em escova dos túbulos proximais, perda do formato dos túbulos, dilatação dos

túbulos proximais e distais, obstrução dos túbulos por morte celular e áreas de

regeneração (Racusen and Solez 1992).

A NTA por I/R inicia-se com um deslocamento das proteínas Na+K+ATPases e

integrinas, que mantém a polaridade da célula e a junção celular, da porção basolateral da

membrana para a porção apical do túbulo proximal. Este descolamento leva ao desarranjo

do citoesqueleto e perda estrutural do túbulo por descamação de células viáveis para o

lúmen que podem obstruir o túbulo ou permitir o extravasamento de filtrado glomerular

para o interstício. Além disso, o deslocamento da Na+K+ATPase leva a perda da

polaridade responsável pela reabsorção de metabólitos do filtrado glomerular (Devarajan

2006) (Figura 2).

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Figura 2. Necrose tubular aguda por isquemia/reperfusão (I/R). Após a I/R ocorre perda da borda em

escova dos túbulos proximais, perda de polaridade e redistribuição de integrinas e Na+K+ATPase para a

superfície apical com perda do formato tubular. Cálcio e espécies reativas de oxigênio atuam nestas

alterações com subsequente morte celular por necrose e/ou apoptose. Células viáveis e inviáveis descamam

e seguem para o lúmen obstruindo-o e reduzindo a taxa de filtração glomerular. O rim pode se restaurar

completamente espalhando e desdiferenciando células viáveis para substituir as lesionadas. Diversos fatores

de crescimento ajudam na restauração dos epitélios tubulares. Esquema modificado de Thadhani et.al, 1996.

Embora se destaque a NTA como uma lesão prejudicial ao rim, ela pode ser

considerada um mecanismo de proteção à lesão, sacrificando algumas células em

benefício do órgão como um todo, que consegue se recuperar caso a lesão seja

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diagnosticada precocemente. Isso ocorre porque as células remanescentes são capazes de

se desdiferenciarem e restaurarem os túbulos desestruturados (Thadhani et al. 1996).

Em uma abordagem mais sistêmica e aguda de lesão renal por I/R, será destacado

o mecanismo de estresse oxidativo.

1.1.6 Estresse oxidativo

O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre a geração de pró-

oxidantes ou espécies reativas de oxigênio (EROs) e a de antioxidantes.

As EROs são produzidas por fatores ambientais e celulares. Como fontes

ambientais destacam-se a irradiação de alta energia, poluentes do ar, produtos químicos

tóxicos e metabolismo de drogas. Já como fontes celulares, existem as enzimas da

membrana plasmática (lipoxigenase, sintase da prostaglandina, NADPH oxidase), cadeia

de transporte de elétrons mitocondrial (NADH desidrogenase, ubiquinona), peroxissomos

(oxidases e flavoproteínas), retículo endoplasmático e membrana nuclear (citocromo

P450 e citocromo b5) e outras enzimas como óxidoredutases (xantina oxidase,

mieloperoxidase, enzimas P450) ou heme-proteínas solúveis (hemoglobina, mioglobina,

citocromo c). Além dessas enzimas, as sintases do óxido nítrico (NOS) também são

capazes de produzir superóxido em uma reação secundária (Bartesaghi and Radi 2018).

Entre as principais moléculas oxidantes estudadas, estão os radicais livres, que

apresentam um ou mais elétrons desemparelhados que as tornam propensas a buscarem

rapidamente outras moléculas para se estabilizarem. Alguns exemplos são: o superóxido

(O2-), hidroxila (OH-), óxido nítrico (NO) e peroxinitrito (ONOO-).

As moléculas oxidantes podem atuar ajudando o sistema imune contra

antígenos, por exemplo, liberando peróxido de hidrogênio (H2O2) (Behe and Segal 2007)

ou como mensageiras secundárias específicas intracelular, regulando as diversas funções

celulares, especialmente a morte celular (Finkel 1999). Já as moléculas antioxidantes

como a glutationa reduzida (GSH), catalase, superóxido desmutases (SODs),

tiorredoxinas, peroxirredoxinas, entre outras, são responsáveis por ajudar a manter as

EROs em condições adequadas para que estes atuem apenas de forma benéfica

(Bartesaghi and Radi 2018).

Os rins mostram uma alta vulnerabilidade ao estresse oxidativo devido à sua

grande concentração de mitocôndrias. Isso ocorre porque as mitocôndrias são as

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principais fontes de formação de EROs via cadeia respiratória e NADPH oxidases, além

de serem as primeiras a serem afetas por eles (Sureshbabu et al. 2015).

O processo de I/R renal leva a produção excessiva de EROs e à redução de

moléculas antioxidantes como a GSH, catalase e SOD (Kehrer and Klotz 2015). Esse

estresse oxidativo causa alterações na fosforilação oxidativa mitocondrial, depleção de

ATP e aumento de cálcio intracelular (Malek and Nematbakhsh 2015) gerando

peroxidação lipídica com lise das membranas celulares, quebra de DNA e consequente

morte celular (Li and Jackson 2002).

1.1.6.1 Mitocôndria

A mitocôndria é uma organela muito importante para a vida e morte da célula.

Sua origem é baseada na teoria endossinbionte em que bactérias gram-negativas similares

a Rickettsia prowazekki foram fagocitadas, sem posterior digestão, por células

progenitoras de células eucarióticas a mais de 2 bilhões de anos, vivendo em simbiose

com estas células (Anderson et al. 1981). Os fatos que fortalecem esta teoria é que as

mitocôndrias possuem uma estrutura similar a de bactérias com permeabilidade alta na

membrana externa e seletividade na membrana interna, além de possuírem seu próprio

DNA (mtDNA) de fita dupla em formato circular. O mtDNA não contém íntrons, não é

organizado por cromatinas, tem código genético diferente das células eucarióticas, não

tem um sistema de reparo eficiente e sofrem grande exposição as EROs, podendo sofrer

dez vezes mais mutações do que o DNA nuclear por estes motivos (Richter et al. 1988).

Uma mitocôndria possui de 1 a 10 cópias de DNA e a transmissão não segue os padrões

clássicos Mendelianos (SATOH and KUROIWA 1991; Schon et al. 2012). O mtDNA é

transmitido verticalmente de mãe para filho e codifica 37 genes, incluindo 13 subunidades

estruturais responsáveis pela fosforilação oxidativa, entre elas as citocromo C oxidases

(COI, COII, COIII), ATPase 6 e citocromo B (CYB) (Anderson et al. 1981). As proteínas

sintetizadas pela mitocôndria representam uma pequena fração das proteínas que a

compõem, a maioria das proteínas mitocondriais é sintetizada em sua forma precursora

pelo DNA nuclear no citosol e transportada para dentro da mitocôndria por um complexo

de translocases da membrana mitocondrial externa (TOM) e por um complexo da

membrana mitocondrial interna (TIM) (Opalinska and Meisinger 2015).

A mitocôndria geralmente tem formato cilíndrico alongado, mas pode assumir

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diversas formas devido à sua plasticidade. Ela é formada por uma membrana externa que

permite a passagem de moléculas menores de 5000 daltons e uma membrana interna com

invaginações para aumentar a superfície de contato chamada cristas, que são altamente

impermeáveis a íons e pequenas moléculas. Entre as duas membranas situa-se o espaço

intramembrânico e dentro da membrana interna, a matriz mitocondrial (Ralto et al. 2016)

como mostrada na Figura 3.

Figura 3. Estrutura da mitocôndria. Wikepédia, ilustrado por Felipe Fontoura baseado na figura de Mariana

Ruiz.

As mitocôndrias são altamente dinâmicas e podem se deslocar dentro do

citoplasma de acordo com a necessidade, além de conseguir se fundir ou mesmo se

fragmentar, processos chamados de fusão e fissão, respectivamente.

Cada célula eucariótica possui entre centenas e milhares de mitocôndrias,

dependendo da demanda energética para realizar suas funções. Por exemplo, no rim, a

maior densidade de mitocôndrias se encontra no túbulo proximal e na porção espessa da

alça de Henle, comparada com outros segmentos do néfron, por necessitarem de energia

para reabsorção de solutos por transporte ativo (Weidemann and Krebs 1969). Por este

motivo, em casos de LRA, essas regiões são as primeiras a sofrer ruptura mitocondrial,

podendo afetar também os túbulos distais (Manny et al. 1980).

A quantificação das mitocôndrias pode ser feita de maneira direta pela análise

em microscopia eletrônica ou indireta através da expressão de proteínas estruturais.

Dentre as proteínas mais analisadas, duas que pertencem a membrana externa

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mitocondrial se destacam: VDAC1 e TOM20. A proteína 1 do canal seletivo de ânions

dependente de voltagem (VDAC1) é um canal que medeia o fluxo de íons, nucleotídeos

e outros metabólitos, além de controlar a cadeia de elétrons (Heiden et al. 2000; Shoshan-

barmatz et al. 2017), enquanto a Subunidade 20 do receptor de importação mitocondrial

(TOM20) faz o reconhecimento do peptídeo sinal e transporta algumas proteínas para

dentro da mitocôndria (Opalinska and Meisinger 2015).

As mitocôndrias são importantes sítios de vias metabólicas essenciais a célula

incluindo a via da pirimidina, da biossíntese de ferro, ciclo da ureia e beta-oxidação, além

de participarem da termogênese, proliferação e homeostase celular. Porém, elas se

destacam por sua função na geração de ATP e pela ativação da morte celular por apoptose

(Emma et al. 2016).

A geração de ATP mitocondrial ocorre durante a respiração celular via

fosforilação oxidativa em conjunto com a oxidação de metabólitos pelo ciclo do ácido

cítrico (TCA) e catabolismo dos ácidos graxos via beta-oxidação. Em condições aeróbia,

a respiração celular inicia-se a partir do piruvato gerado na glicólise e dos ácidos graxos

que atravessam as membranas mitocondriais chegando a matriz. Ambos são convertidos

em acetil-CoA que serve de substrato para o TCA formar CO2 e moléculas altamente

energéticas transportadoras de elétrons, NADH e FADH2. Os elétrons carregados por

estas duas moléculas são então transferidos para o complexo I e II da cadeia

transportadora de elétrons na membrana interna mitocondrial, respectivamente. O

complexo III é responsável por facilitar a transferência dos elétrons via citocromo c (Cyt

C) para o complexo IV, onde os elétrons são captados pelo oxigênio formando o

superóxido (O2-). Durante todo o processo de transferência de elétrons nos complexos,

prótons de hidrogênio são lançados no espaço intermembrana para manter o gradiente

eletroquímico da mitocôndria, garantido também pela impermeabilidade da membrana

interna. Essa grande quantidade de prótons só consegue entrar novamente na matriz por

uma proteína muito importante chamada ATP sintase. Através dela os prótons entram

abundantemente e geram energia cinética para a formação de ATP, sendo os prótons

captados pelos superóxidos formando água (Figura 4). Esse processo é 10 vezes mais

energético que a glicólise sozinha (Bhargava and Schnellmann 2017). Além do ATP

servir como fonte energética, ele também evita o aumento do volume celular por meio da

bomba ATPase que equilibra a concentração de íons de sódio e água (Weidemann and

Krebs 1969).

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Figura 4.Produção de ATP na mitocôndria. Os elétrons produzidos no ciclo do ácido cítrico (TCA) são

transportados pelo NADH e FADH2 até os complexos I e II, respectivamente. Estes elétrons passam pelo

complexo III e são captados pelo oxigênio no complexo IV. A medida que os elétrons são transferidos de

um complexo para outro, os prótons (H+) são ativamente bombeados para o espaço intermembranar,

mantendo o potencial de membrana e impulsionando a produção de ATP pela ATP sintase. MEM:

membrana externa mitocondrial, MIM: membrana interna mitocondrial. Figura adaptada de Bhargava et al,

2017.

O estresse oxidativo, bem como outros estímulos celulares como o aumento de

cálcio na matriz e sua alcalinização, tensão cada vez mais negativa na membrana interna

e uma alta proporção de NAD+/NADH, aumentam a permeabilidade mitocondrial

permitindo a passagem de moléculas menores de 1500Da prejudicando o potencial

elétrico da membrana (Zamzami and Kroemer 2001). A liberação de cálcio mitocondrial

também é capaz de ativar a permeabilidade das mitocôndrias vizinhas e liberar várias

proteínas pró-apoptóticas da mitocôndria para o citoplasma, incluindo o Cyt C. Algumas

dessas proteínas, promovem uma abertura ainda maior dos poros que resultam em um

desequilibrio osmótico com aumento do volume celular, podendo resultar em ruptura da

mitocôndria e morte celular (Ralto et al. 2016).

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O oxigênio é determinante para o processo de síntese de ATP e morte celular. Em

células tubulares renais, por exemplo, quando se reduz a absorção renal, reduz também a

morte celular, sugerindo que ela está relacionada com a demanda de oxigênio (Brezis et

al. 1984). Tanto na falta quanto no excesso de oxigênio a célula é lesionada podendo levá-

la a morte. Na falta de oxigênio, como na isquemia, não há produção de ATP para

manutenção da célula, o que leva também ao acúmulo de ácidos graxos que pode atuar

como detergente e romper a membrana, culminando no processo de apoptose (Feldkamp

et al. 2006). Já com o excesso de oxigênio, como na reperfusão, o primeiro evento é uma

explosão de produção de superóxido pela mitocôndria (Zweier et al. 1987; Loor et al.

2011), causando além de um dano agudo, o início de uma patologia (Eltzschig; Eckle,

2011). Essa explosão causa um dano oxidativo na própria mitocôndria desestabilizando a

cadeia transportadora de elétrons e interrompendo assim, a síntese de ATP (Murphy and

Steenbergen 2008; Funk and Schnellmann 2012). Além da produção via mitocôndria, o

superóxido pode ser produzido por xantinas oxidase (Linas et al. 1990) e NADPH

oxidases (Braunersreuther et al. 2013), porém, parece que a ativação delas ocorre somente

após a explosão de superóxido pela mitocôndria, contribuindo para um dano mais

secundário e subsequente inflamação (Abramov et al. 2007). Este excesso de superóxido

leva ao aumento de outras EROs causando o estresse oxidativo que é capaz de causar

danos ao DNA e proteínas e ainda, aumentar a permeabilidade mitocondrial com

consequente morte celular (Li and Jackson 2002).

Além da síntese de EROs, há também na mitocôndria a produção de espécies

reativas de nitrogênio (ERNs) capazes de atuar de forma semelhante as EROs, sinalizando

e/ou levando a morte celular. A principal molécula envolvida na síntese das ERNs é o

óxido nítrico (NO). Na mitocôndria, o NO é produzido por uma sintase do óxido nítrico

(NOS), que alguns autores tem chamado de NOS mitocondrial. A produção do NO é

conduzida principalmente na membrana interna da mitocôndria na mesma taxa que a

produção de superóxido em condições fisiológicas (Giulivi et al. 1998). Pelo NO também

ser um radical livre como o superóxido, ambos estão ávidos por elétrons e reagem

rapidamente entre si formando o peroxinitrito, reduzindo a biodisponidade do oxigênio

para a produção energética (Giulivi et al. 1998) e reagindo com proteínas, resultando na

nitração proteica. Com a I/R, além do aumento de O2-, também há uma maior produção

de NO com a participação da NOS (Plotnikov et al. 2007), prejudicando ainda mais as

células.

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Disfunções mitocondriais contribuem para o desenvolvimento e progressão de

várias doenças e podem levar a lesões renais. Por exemplo, as doenças mitocondriais

podem resultar em diversas tubulopatias como a sindrome de Fanconi, nefrite

tubulointersticial e doença renal cística, além de glomerulopatias como a

glomeruloesclerose segmentar focal (Emma et al. 2012). Em um estudo com 42 crianças

portadoras de doença mitocondrial, metade delas apresentou alguma disfunção renal,

sendo que oito manifestaram sintomas clínicos. Isso mostra que o mal funcionamento das

mitocôndrias pode levar a várias lesões renais, e que pessoas com doenças renais de causa

idiopática também podem ter sua origem em doenças mitocondriais, mostrando a intensa

relação entre lesões mitocondriais e renais que deve ser melhor compreendida (Martín-

Hernández et al. 2005)

A disfunção mitocondrial é uma mediadora crítica da LRA, sendo responsável

pela disfunção e morte das células tubulares (Venkatachalam and Weinberg 2012;

Ishimoto and Inagi 2016). Novos estudos têm mostrado que a disfunção mitocondrial

precede a sua manifestação clínica (Emma et al. 2016). Por exemplo, a análise dos rins

dos pacientes sobre parcial nefrectomia, após a oclusão hilar de 60min, apresentou

aparência histológica normal em microscopia de luz e um modesto aumento na

concentração de creatinina sérica; porém, ao visualizar os rins na microscopia eletrônica

encontrou-se várias alterações, incluindo aumento de volume mitocondrial (Parekh et al.

2013). Isso também foi observado em pacientes pós trauma físico e sepsis (Trump et al.

1975; Takasu et al. 2013). Assim, a análise do volume celular mitocondrial dentro das

células tubulares tem sido considerada a forma mais precoce e notável em toxicidade,

isquemia e LRA séptica, tanto em humanos, quanto em modelos animais (Tran et al. 2011;

Parekh et al. 2013; Takasu et al. 2013).

Além disso, alguns estudos mostraram uma redução na quantidade de proteínas

mitocondriais e no potencial de membrana das mitocôndrias após I/R (Funk;

schnellmann, 2012, Plotnikov, 2007). A concentração de ATP durante o início da

reperfusão se reduz, porém, se restabelece após 24h de reperfusão (JASSEM et al. 2002;

JASSEM and HEATON 2004; Plotnikov et al. 2007).

Dentro dos túbulos proximais danificados, a disfunção mitocondrial é persistente

após LRA e pode contribuir para a sua progressão (Funk and Schnellmann 2012), bem

como ser um elo entre a LRA e a DRC (Ishimoto and Inagi 2016). Para evitar este

acúmulo, o controle das mitocôndrias lesionadas é feito pelo processo de mitofagia, que

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além de remover as mitocôndrias disfuncionais, também recicla seus componentes. A

mitofagia envolve o empacotamento da mitocôndria dentro de uma membrana dupla

chamada autofagossomo que se funde com os lisossomos fazendo a degradação da mesma

(Youle and Narendra 2011). Na I/R este processo acontece de forma mais tardia, não nas

primeiras 24h pós reperfusão (Funk and Schnellmann 2012).

Além de contribuir com as lesões celulares, as mitocôndrias também são

importantes para a regeneração celular em tecidos que sofreram I/R, (SONG; PHILLIS,

1996; IRVING et al., 2000; KORTH U et al., 2003; CHOUCHANI et al., 2014; EMMA

et al., 2016) e no caso da recuperação das células tubulares que sofreram uma lesão não

letal, a mitofagia e a biogênese mitocondrial podem ser essenciais (Ralto et al. 2016).

Devido à todas estas informações, a mitocôndria tem sido um alvo promissor

para o diagnóstico e tratamento da LRA (Emma et al. 2016; Ishimoto and Inagi 2016;

Ralto et al. 2016). Muitos medicamentos direcionados a mitocôndria atuam na

renoproteção, como análogos as quinonas (Mito-CP, SkQ1, SkQR1), mimético da SOD

(MitoQ), inibidor da permeabilidade da membrana mitocondrial (Ciclosporina A),

inibidor da atividade da citocromo c peroxidase (peptídeos Szeto-Schiller – Bendavia ou

elamipretide) e sensibilizador de cálcio com ativação dos canais de potássio via ATP

(Levosimedan, já usado no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva

descompensada), sendo bons candidatos para a prevenção da LRA (Emma et al. 2016;

Ishimoto and Inagi 2016; Ralto et al. 2016). Alguns desses medicamentos já estão sendo

avaliados em “clinical trials”, como a MitoQ (NCT02364648), Ciclosporina A

(NCT02397213), Bendavia (NCT02436447), Levosimendan (NCT01720030).

1.1.6.2 Óxido nítrico (NO)

O NO é um gás em temperatura ambiente, com alta capacidade de se difundir para

células e órgãos vizinhos atuando como um mensageiro parácrino, sendo mais solúvel em

solventes apolares que polares. Por este motivo, dentro do organismo, o NO se concentra

mais em membranas e domínios hidrofóbicos de proteínas (Jr. et al. 1995). O NO é

considerado um radical livre por possuir um elétron desemparelhado entre os 11 elétrons

que possui, e por isso apresenta uma curta meia-vida de 6 a 50s em sistemas biológicos,

dependendo do lugar inserido (Gyglewski et al. 1986; Bedioui and Villeneuve 2003).

Fisiologicamente, o NO regula e atua nos sistemas cardiovascular, nervoso e imune.

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O NO foi descoberto por Moncada e Ignarro em 1987 por sua ação como fator

relaxante derivado do endotélio (Ignarro et al. 1987; Palmer et al. 1987). Devido a isto, o

NO é mais conhecido por sua ação na vasodilatação arterial, em que a molécula de NO

produzida na célula endotelial difunde-se rapidamente para a célula da musculatura lisa

do vaso, ativando a guanilato ciclase solúvel, levando a formação de guanosina

monofosfato cíclico (GMPc) que reduz os níveis intracelulares de Ca2+, levando à

vasodilatação (MONCADA et al. 1988).

No entanto, ele apresenta outras funções importantes no organismo como: evita a

agregação plaquetária, atua como mediador do sistema nervoso central, serve como

agente citotóxico liberado pelas células imunológicas ou ainda reage rapidamente com

outras moléculas com ação antioxidante e formação de outras espécies reativas de

nitrogênio, que inclui o peroxinitrito (ONOO-), nitrosil ânion (NO-), cátion nitrosonium

(NO+), dióxido de nitrogênio (NO2-), trióxido de dinitrogênio, entre outros, que possuem

diversas outras funções (Moncada 1999; Bartesaghi and Radi 2018).

A principal função do NO no rim é regular a circulação sanguínea local, seja

através da vasodilação, inibição plaquetária, síntese de renina (Kurtz and Wagner 1998),

ou pela manutenção da reabsorção de sódio, competindo pelo oxigênio mitocondrial que

é importante para a síntese de ATP necessária para esta função (Laycock et al. 1998). O

NO pode ser sintetizado pela xantina oxidase e principalmente, pelas óxido nítrico

sintases (NOS).

A xantina oxidase é formada pela oxidação reversivel dos resíduos de cisteina

e/ou proteólise limitada da xantina desidrogenase que é amplamente expressa nos tecidos.

A produção de EROs e ERNs pela xantina oxidase se da pela conversão da hipoxantina

em xantina capaz de induz inicialmente o aumento de H2O2 e O2- na célula. Após a síntese

dessas EROs, o H2O2 na presença de ferro (Fe++), torna-se um radical hidroxil (ROH.)

altamente oxidativo e tóxico para a célula e o O2- reage rapidamente com o NO, formando

o ONOO- que danifica a célula com sua capacidade de oxidação, nitrosilação e nitração

de proteínas (Devarajan 2005). O O2- quando não reage com o NO no rim, leva a

natriurese, declíneo da taxa de filtração glomerular e fluxo sanguíneo (Chatterjee et al.

2000; Conesa et al. 2001; Mashiach et al. 2001), podendo o NO ser benéfico para o

sequestro de O2- . Durante a fase isquêmica, a redução de ATP faz com que a hipoxantina

se acumule, e com a reperfusão esta é convertida em xantina gerando o aumento de EROs

e consequente inflamação e necrose/apoptose tubular (Devarajan 2006). Além de

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produzir as EROs, a xantina oxidase também é capaz de converter nitrito (NO2-) em NO

em condições de hipóxia, mas ainda não estão claros os benefícios e malefícios desta

conversão (Cantu-Medellin and Kelley 2013).

As NOSs são isoenzimas advindas de diferentes genes, que são capazes de

produzir NO a partir da L-arginina. Existem três formas de NOS: a neuronal conhecida

como nNOS ou NOS1; a induzível via citocina conhecida como iNOS ou NOS2; e a

endotelial chamada de eNOS ou NOS3. Os nomes neuronal e endotelial foram atribuídos

a estas enzimas por serem identificadas pela primeira vez nestas células, mas atualmente

sabe-se que elas podem ser encontradas em diversas outras células, inclusive nas renais.

Tanto a NOS1 quanto a NOS3 são ativadas pelo influxo de cálcio e sintetizam

quantidades pequenas, em picomolar, de NO (Batchelor et al. 2010) consideradas

benéficas ao organismo; enquanto a NOS2 é ativada independente de cálcio e capaz de

sintetizar altas concentrações de NO, considerada prejudicial quando não é utilizada

contra antígenos (Malek and Nematbakhsh 2015). Portanto, todas as funções do NO no

organismo dependem da concentração, local e duração da ação dessa molécula

(Goligorsky et al. 2002). Alguns insultos podem levar a alterações na concentração e

atividade dessas enzimas, entre eles a I/R.

Em 1994, pesquisadores demonstraram um aumento da atividade das NOS após

15min de hipóxia em células do túbulo proximal renal. Além disso, observou-se que uma

maior atividade dessas enzimas, com a adição de arginina ou nitroprussiato, estava

relacionada ao aumento da lesão celular por I/R (Yu et al. 1994). Com os experimentos

executados neste estudo, não foi possível detectar qual das NOS estava sendo ativada.

Atualmente, sabe-se que a I/R interfere nas NOS de duas maneiras no organismo, ela

reduz a síntese de NO pelas NOS1 e NOS3 e aumenta a síntese pela NOS2. A síntese de

NO pelas NOS1 e NOS3 apresentam respostas renoprotetoras, pois atuam como

vasodilatadoras, antioxidantes, antinflamatórias, mensageiras secundárias e inibidoras de

proteínas nucleares (Kanner et al. 1991; Granger and Kubes 1996; Phillips et al. 2009).

No entanto, com o desenvolvimento da lesão endotelial que ocorre com a I/R, o NO

sintetizado por estas enzimas é reduzido levando a um prejuízo da vasodilatação,

aumentando a agregação plaquetária e leucocitária, podendo levar a destruição das células

epiteliais por meio da congestão vascular, ou seja, não há reperfusão (Goligorsky et al.

2002). O aumento de doadores de NO ou administração de cofatores para eNOS

apresentam um papel renoprotetor, atenuando a LRA gerada pela I/R (Chander and

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Chopra 2005).

Já as altas concentrações de NO geradas pela NOS2 pós I/R têm sido associadas

a um efeito citotóxico para as células tubulares renais (Yu et al. 1994; Peresleni et al.

1996), pois este excesso de NO gerado rapidamente pode se juntar a outros radicais livres

como o superóxido, agravando a lesão tubular (Beckman et al. 1990; Paller and Neumann

1991). Entre as diversas reações do NO, será destacada a formação do peroxinitrito para

a nitração proteica.

1.1.6.3 Peroxinitrito

O NO é capaz de reagir rapidamente, próxima da taxa de limite de difusão

(Beckman et al. 1990), com o superóxido (O2-) formando a molécula de peroxinitrito

(ONOO-) (Blough and Zafiriou 1995). Este processo compete com a reação do O2- com

a SOD e a difusão do NO através das células e dos tecidos para exercer sua função

sinalizadora (Bartesaghi and Radi 2018).

O peroxinitrito apresenta uma meia vida menor que 1s em pH fisiológico e por

isso a maioria desse composto fica restrita a região de produção desses compostos como

membranas plasmática e mitocôndrias (Bottari 2015).

A função biológica do peroxinitrito ainda permanece em debate. Enquanto alguns

autores acreditam no benefício dessa reação para eliminação dos superóxidos (Wink et

al. 1993) e formação, em algumas circunstâncias, de doadores lentos de NO pela reação

do peroxinitrito com algumas moléculas como a glutationa e a glicose (Moro et al. 1995);

outros acreditam numa função ainda mais prejudicial que o superóxido ao organismo,

com grande impacto nas células endoteliais pela regulação da expressão gênica

dependente de NFκB (Hecker et al. 1996).

O peroxinitrito é uma molécula altamente oxidante e o estresse nitrosativo tem

sido estudado em muitas doenças, entre ela a isquemia renal aguda, demostrando

contribuir com os mecanismos de danos renais (Yu et al. 1994). Alguns autores sugerem

que o efeito citotóxico do peroxinitrito deve-se a sua ação na peroxidação lipídica da

membrana (Gadelha et al. 1997), inibição da síntese de DNA (Szabo and Ohshima 1997)

e danos mitocondriais (Radi et al. 2002).

Em estudos in vitro, a presença de peroxinitrito foi verificada em túbulos

proximais isolados antes mesmo de 30 minutos de reoxigenação (Paller and Neumann

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1991), podendo levar a um prejuízo da adesão do epitélio tubular a membrana basal,

contribuindo com a obstrução observada na LRA (Wangsiripaisan et al. 1999).

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1.2 CAPÍTULO 2 – NITRAÇÃO PROTEICA

1.2.1 Definição e origem

Além do peroxinitrito atuar diretamente na mitocôndria e no DNA levando a

morte celular, ele também pode alterar a função das proteínas através de uma reação

denominada nitração. Esta modificação pós traducional pode ser oriunda de várias ERNs

e de mieloperoxidases na presença de NO2- e H2O2 que ocorre durante a inflamação, mas

no organismo a nitração por peroxinitrito é a mais comum (Beckmann et al. 1994;

Campolo et al. 2014).

A nitração pode ocorrer tanto nos aminoácidos tirosina quanto no triptofano e

fenilalanina. Porém, como apenas 15% dos resíduos de tirosina estão no interior das

proteínas, ele fica mais susceptível a nitração, sendo a forma nitrotirosina a mais comum

de ser encontrada e que tem sido dosada como forma indireta de detecção de estresse

oxidativo (Chiao et al. 1997; Souza et al. 1999). A nitrotirosina é formada por uma reação

de oxidação do anel aromático da tirosina que resulta em um radical tirosil, seguido pela

adição do grupo NO2 observado na Figura 5.

Figura 5.Molécula de tirosina sofrendo ação de agentes nitrantes para a formação da 3-nitrotirosina.

(TSIKAS; DUNCAN, 2014).

Outras formas de modificação pós traducional vinda das reações com o NO são a

nitrosilação, nitrosação e oxidação do tiol, formadas pela reação direta ou indireta do NO

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com uma molécula que possui enxofre, como observado na Figura 6. (Adams et al. 1997).

Todas estas modificações também alteram as funções das proteínas e podem atuar como

sinalizador celular, porém de maneira diferente da nitração, sendo importante diferenciá-

las.

Figura 6.Modificações proteicas produzidas por reações do óxido nítrico (NO). (ADAMS; FRANCO;

ESTEVEZ, 2015).

Alguns fatores interferem diretamente na reação de nitração proteica como a

localização da tirosina na proteína (ela tem que estar exposta a superfície) e as forças

eletrostáticas ao redor da tirosina (Souza et al. 1999).

A tirosina nitrada é altamente conservada, presente desde levedura e plantas até

mamíferos (Bottari 2015). Foi relatada pela primeira vez in vitro no final dos anos

sessenta (Sokolovsky et al. 1966) e in vivo apenas no início dos anos noventa

(Ischiropoulos et al. 1992). Por esta descoberta ser relativamente recente, associada a falta

de métodos analíticos mais sensíveis e precisos para a dosagem e identificação de

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tirosinas nitradas, que será falado a seguir, o resultado é um número reduzido de proteínas

nitradas identificadas, bem como carência nos estudos de sua função.

1.2.2 Métodos de dosagem de nitrotirosina

A determinação qualitativa e quantitativa de nitrotirosina de forma confiável é um

grande desafio até hoje (Tsikas 2017). A quantificação da nitrotirosina iniciou-se em 1990

com a técnica de cromatografia a gás (GC) com um analisador de energia térmica

(Ohshima et al. 1990) e hoje, conta com vários outros métodos, tanto para a quantificação

quanto para a identificação de proteínas nitradas.

Para a quantificação de nitrotirosina, sem distinção do tipo de proteína, tem sido

utilizado o método de Ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) com anticorpo

antinitrotirosina, cromatografia com detector por fluorescência (HPLC-FL),

cromatografia com detector por ultravioleta (HPLC-UV), cromatografia com detector de

rede de diodos (HPLC-DAD), cromatografia com detector eletroquímico e cromatografia

gasosa ou líquida com espectrometria de massas (GC-MS e LC-MS), sendo este último

considerado padrão ouro devido a sua alta especificidade e sensibilidade. No método

ELISA, o cálculo de proteínas nitradas é baseado na quantificação das tirosinas nitradas

na amostra, independente se elas estão livres ou ligadas a proteína/peptídeo, e de quantas

tirosinas nitradas existem em uma única proteína (Teixeira et al. 2016; Tsikas 2017). Nos

demais métodos pode se ter a distinção da dosagem de nitrotirosina livre ou em

proteína/peptídeo dependendo dos procedimentos realizados. Em uma recente revisão de

literatura foi mostrado que a concentração de nitrotirosina abrange várias ordens de

grandezas, principalmente dentro do soro e da urina humana, variando entre ρM e µM,

dependendo da técnica utilizada. Os autores deste estudo acreditam que esta enorme

variação não é biológica, e sim, uma deficiência analítica, sugerindo a validação dos

valores via GC-MS ou LC-MS (Tsikas and Duncan 2014). Devido a inúmeros métodos

de análise, até o momento não existem valores de referência para a concentração de

nitrotirosina no plasma de humanos saudáveis. Porém, ao fazer uma análise aos pares dos

valores de diversos estudos que usaram a técnica padrão ouro, a concentração de

nitrotirosina nestes indivíduos se mostrou estar na ordem de ρM e ηM (Tsikas 2017).

Já, quando o objetivo é a identificação de todas ou de uma proteína nitrada, a

técnica LC-MS/MS continua sendo o padrão ouro. Porém, devido à baixa abundância da

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tirosina nitrada nas amostras, o enriquecimento dela se faz extremamente necessário e

vários métodos têm sido desenvolvidos com esta finalidade.

No caso da identificação de todas as proteínas nitradas de uma amostra, ou seja,

o nitroproteoma, alguns artigos têm usado apenas a imunoprecipitação (IP) seguida de

western blot (Cruthirds et al. 2003), porém é essencial o uso do espectrômetro de massas

para confirmação da nitração dessas proteínas. A seguir estão listados alguns

processamentos pré-analítico feitos antes da análise no MS:

1) Gel de eletroforese 2D com western blot seguido da digestão proteica em gel

(Aulak et al. 2001, 2004; Ishii et al. 2013).

2) Focalização isoelétrica de solução seguida por SDS-PAGE 1D e digestão proteica

em gel (Kanski et al. 2005).

3) SDS-PAGE 1D e digestão proteica em gel (Tyther et al. 2007; Yakovlev et al.

2007).

4) Digestão proteica seguida da cromatografia líquida 2D (troca iônica e fase

reversa) (Sacksteder et al. 2006).

5) Imunoprecipitação das proteínas nitradas com anticorpo antinitrotirosina seguida

de SDS-PAGE 1D e digestão proteica em gel (MacMillan-Crow and Thompson

1999).

6) Cromatografia por afinidade com diversos tipos de coluna (com afinidade química

ou imunológica) para captação de proteínas nitradas (Abdelmegeed et al. 2013)

ou peptídeos nitrados (Helman and Givol 1971; Zhan and Desiderio 2006).

7) Digestão proteica, modificação química da nitrotirosina de peptídeos seguida por

captura de alta afinidade(Nikov et al. 2003; Dekker et al. 2012).

8) Imunoprecipitação das proteínas nitradas com anticorpo antinitrotirosina seguido

da digestão proteica em solução (Kanski et al. 2005).

9) Imunoprecipitação das proteínas nitradas com anticorpo antinitrotirosina seguido

da digestão proteica e quimioimunoprecipitação de peptídeos nitrados (Prokai et

al. 2014).

Todos os métodos têm suas premissas, vantagens e desvantagens. De maneira

geral, quanto menor a manipulação da amostra, menos nitrotirosina é perdida e mais

fidedigno é o resultado.

Os métodos que usam a eletroforese têm uma boa separação das proteínas e são

muito utilizados por identificarem bem os sítios de tirosina nitrada. Porém, apresentam

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uma menor identificação proteica comparada as análises em solução, pois possuem um

limite bem baixo de amostra que pode ser aplicada no gel, a recuperação de proteínas de

membrana, alvo da nitração, é ruim e uma banda pode apresentar mais de uma proteína

(Abello et al. 2009). Além disso, após a eletroforese, normalmente é feita a análise por

western blot, que necessita de um anticorpo altamente específico para tirosina nitrada. O

mesmo anticorpo é desejado para a imunoprecipitação, porém em uma quantidade bem

maior, tornando a técnica demorada e cara (MacMillan-Crow and Thompson 1999). Além

disso, alguns estudos relataram que a quantidade de proteína nitrada imunoprecipitada

não foi suficiente para detecção em western blot e MS, visto que a quantidade de

nitrotirosina nas amostras é baixa e eles ainda submeteram as imunoprecipitações a

eletroforese (Kanski et al. 2005; Gokulrangan et al. 2007). Além da imunoprecipitação

de proteína nitrada, pode-se imunoprecipitar peptideos nitrados. Esta técnica foi utilizada

pela primeira vez por Helman and Givol, que recuperaram apenas 55% dos peptídeos

nitrados usando a coluna de sefarose com anticorpo (Helman and Givol 1971). A partir

deste estudo, novas técnicas mais efetivas para imunoprecipitar os peptídeos nitrados

surgiram, porém nenhuma delas conseguiu a eficiência esperada, em todas elas houveram

perdas dos peptídeos durante as derivações ou limpezas, ou ainda apresentaram muita

variação na massa/carga identificada (Feeney and Schöneich 2013).

O estudo de Gokulrangan e colaboradores comparou três técnicas para

identificação de proteínas nitradas e a técnica IP/1DE seguida de western blot foi a que

mais identificou proteínas nitradas comparada com gel 2D e focalização isoelétrica /1D.

(Gokulrangan et al. 2007). A Focalização isoelétrica de solução só é usada em casos que

não é possível fazer uma imunoprecipitação ou gel 2D. Ela permite a entrada de mais

amostra no gel SDS e é boa para proteínas de membrana, porém ela tem uma resolução

menor em comparação com o 2D, manifestada pela presença de proteínas de interesse em

várias frações coletadas (Kielbasa et al. 2000).

Uma alternativa para o uso de anticorpos é a quimioimunoprecipitação, em que a

nitrotirosina é quimicamente modificada e depois capturada em colunas de afinidade. Isto

pode ocorrer por diversas reações químicas, sendo a transformação da tirosina nitrada em

aminotirosina por ditionito de sódio a principal delas. A conversão de nitrotirosina em

aminotirosina pode ser explorada para discernir prontamente peptídeos de 3-

aminotirosina em um fundo de peptídeos não nitrado (Ghesquiere et al. 2006). A captação

da aminotirosina então pode ser capturada por reagente éster ativo de fase sólida em beads

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de vidro (SPAER) (Prokai-tatrai et al. 2011). No entanto, na análise por MS, os peptideos

contendo aminotirosina tende a resultar em diferenças de massa de mais de 1 Da entre a

massa medida e calculada (Ghesquiere et al. 2006) resultando em um processamento

analítico mais complexo. A cromatografia 2D é excelente, mas requer uma extensa

análise de dados (Kanski et al. 2005). Por fim, diversos MS podem ser utilizados para

identificação da nitrotirosina, com ressalvas aos que utilizam a fonte de ionização MALDI

com luz laser a 337 nm, pois os peptídeos contendo nitrotirosina são sensíveis à luz desse

comprimento de onda e passam por um processo de decomposição (Petersson et al. 2001).

Assim, os maiores desafios no estudo da nitração da tirosina têm sido padronizar

as técnicas para as analises da nitrotirosina e desenvolver uma metodologia capaz de

garantir o sequenciamento do peptídeo nitrado na análise MS/MS a fim de confirmar com

certeza a nitração da tirosina na proteína/peptídeo estudado. A dificuldade vem

principalmente do fato da quantidade de tirosina nitrada ser muito baixa, com ocorrência

de 1 em 10 000 tirosinas (Uppu and Pryor 1996).

Quanto aos métodos de identificação de proteínas nitradas já conhecidas, os mais

comuns são: ELISA e western blot quando se tem anticorpo desenvolvido para a proteína

nitrada de interesse (Heffron et al. 2009), imunoprecipitação das proteínas nitradas com

anticorpo antinitrotirosina seguido de western blot com um anticorpo específico para a

proteína de interesse nos casos em que não se tem um anticorpo para a proteína nitrada,

e a proteômica direcionada baseada no perfil de fragmentação da proteína nitrada alvo

(Collins et al. 2012).

A dificuldade na dosagem e identificação da nitrotirosina, assim como

ferramentas para análise de função dessas proteínas in vivo, colaboram com o baixo

número de publicações observados, menos de 300 publicações nos anos mais recentes

(Figura 7), ao contrário de outras modificações pós traducionais como a glicosilação que

chegou a mais de 2 mil e a fosforilação mais de 14 mil publicações anuais.

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Figura 7. Número de publicações de artigos no PubMed relacionados com a palavra-chave “nitrotyrosine”

entre os períodos de 1990 e 2018.

1.2.3 Função

Atualmente há uma enorme discussão sobre a função da nitração no organismo.

Tradicionalmente, a nitração é caracterizada como um processo irreversível, tornando-o

pouco adequada para a dinâmica de transdução de sinal, que precisa ter atividade

ativadora e desativadora. No entanto, um estudo de Deeb e colaborares em 2013

conseguiu isolar, identificar e quantificar uma denitrase da ciclooxigenase (COX1)

nitrada em diversos tecidos de ratos, inclusive no rim, demonstrando que a nitração é um

processo controlado e pode agir como um mecanismo de sinalização celular com alvos

específicos durante o estresse oxidativo (Deeb et al. 2013).

Não há consenso sobre a atuação direta da nitração proteica na sinalização celular,

porém ela pode atuar indiretamente neste contexto. Novos estudos mostraram que a

nitração da tirosina pode atuar de duas maneiras opostas nas cascatas de sinalização da

fosforilação: o radical NO2 pode se ligar ao resíduo da tirosina evitando a fosforilação

pelas tirosinas quinases, ou ainda, mimetizar a ação da fosfotirosina e promover o

processo de sinalização sem uma sinalização prévia (Gow et al. 1996; Mondoro et al.

1997; Li et al. 1998; Newman et al. 2002).

A nitração da tirosina causa grandes alterações na homeostase celular, pois pode

alterar a estrutura, localização e função das proteínas, seja reduzindo ou inativando a

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Número de publicações no PubMed com o

termo"nitrotyrosine"

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função (MnSOD, actina, prostaciclina sintase e tirosina hidroxilase) ou ganhando uma

função, previamente existente ou não (citocromo c, fibrinogênio, proteína quinase,

glutationa S-transferase e ApoA1) (Bartesaghi and Radi 2018). A nitração do citocromo

c, por exemplo, muda a conformação da proteína que leva a um aumento da atividade

peroxidica afetando a cadeia transportadora de elétrons (Abriata et al. 2009; Bartesaghi

and Radi 2018), enquanto a nitração de um único resíduo da heat-shock protein HSP90

pode induzir a morte celular (Franco et al. 2015). Essas alterações na conformação e

função das proteínas indicam que a formação de nitrotirosina não é apenas um

biomarcador de estresse oxidativo presente em diversas doenças, mas também participa

da fisiologia e patogênese do organismo (Nikov et al. 2003).

Estudos com seres humanos têm mostrado que a nitração plasmática tem vias

seletivas (Ryberg and Caidahl 2007; Souza et al. 2008; Abello et al. 2009; Ischiropoulos

2009) e que o rim tem um papel chave no controle dessas tirosinas nitradas no plasma.

Um estudo que avaliou a concentração de proteínas nitradas no plasma de crianças com

encefalopatia induzida por asfixia encontrou um aumento da nitração apenas nas crianças

que sofreram algum dano renal sem complicações no coração ou no fígado além dos

sintomas neurológicos (Wayenberg et al. 2009).

Independente do mecanismo de ação das proteínas nitradas, é fato que elas

participam do agravamento de diversas doenças (Adams et al. 2015), inclusive as renais

(Chirino et al. 2004). Tanto em modelos de toxicidade com cisplatina (Chirino et al. 2004)

ou que sofreram I/R, quanto em pacientes que sofreram rejeição do enxerto renal foi

verificado um aumento de proteínas nitradas nos rins (Chiao et al. 1997; Walker et al.

2000; Cruthirds et al. 2003).

Em modelos animais de isquemia têm-se observado aumento de proteínas nitradas

na superfície de células epiteliais dentro do lúmen celular do rim após 6 e 24h de

reperfusão (Chiao et al. 1997; Walker et al. 2000), bem como um aumento na

concentração de proteínas nitradas totais no soro e excretadas na urina logo após a

isquemia (Malagrino et al. 2014). Esses estudos demonstram a rapidez da nitração

proteica durante o processo de I/R, característica importante na busca de biomarcadores

para doenças renais.

Um resumo do metabolismo do estresse oxidativo nos túbulos renais após

isquemia e reperfusão está ilustrado na Figura 8.

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31

Figura 8. Metabolismo das células dos túbulos após LRA isquêmica. Inicialmente, com a isquemia há uma

depleção de ATP capaz de ativar caspases, fosfolipases e aumentar o Ca2+ intracelular que cuminam na

morte celular. Concominantemente há um aumento excessivo da produção de óxido nítrico (NO) pela iNOS

aumentando as espécies reativas de nitrogênio como o peroxinitrito e conquenquentemente gerando uma

lesão oxidativa e a nitrosilação ou nitração de proteínas que é agravada com a reperfusão via conversão da

hipoxantina acumulada durante a isquemia e convertida em xantina. Traduzido de (Devarajan 2006).

Em pacientes com LRA, a nitração da tirosina no soro aumentou com a

gravidade da doença e foi independentemente associada à mortalidade desses pacientes

(Qian et al. 2013). Esse aumento também foi observado nos estágios iniciais da DRC

(Mitrogianni et al. 2004; Matsuyama et al. 2009), que retornaram aos níveis basais após

o transplante renal (Simmons et al. 2005; Galli 2007), mostrando novamente a

importância dos rins para concentração de proteínas nitradas.

Como dito, a dosagem da nitrotirosina tem sido um importante marcador de

estresse oxidativo se alterando em diversas doenças e pode ser controlada pelo bom

funcionamento dos rins. No entanto, ao ser lesionado, o rim além de reduzir a eliminação

da nitrotirosina, ele produz muitas ROS e RNS que acabam por nitrar também as próprias

proteínas. A identificação dessas proteínas e seu lugar dentro das vias moleculares podem

fornecer novos conhecimentos sobre a nitração de proteínas e biomarcadores para

doenças renais. A principal vantagem da avaliação de proteínas com modificações pós-

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traducionais como biomarcadores é que ela ocorre antes da síntese de novas proteínas,

facilitando o diagnóstico precoce da doença.

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1.3 CAPÍTULO 3 – BIOMARCADORES DE LESÃO RENAL AGUDA

Biomarcadores são todas as “substâncias que podem ser medidas e indicam a

ocorrência de processos biológicos (normais ou patológicos) ou respostas farmacológicas

a intervenções terapêuticas. Portanto, biomarcadores são importantíssimos para o

diagnóstico e prognóstico de doenças. No âmbito das doenças renais, os biomarcadores

têm sido amplamente estudados, seja para identificação de novos candidatos a

biomarcadores ou para validação dos já existentes.

Teoricamente, um bom biomarcador de LRA deve: ser fácil e simples de ser

medido, de preferência não-invasivo; ter uma capacidade de detecção mais precoce do

que o aumento da creatinina sérica; permitir a distinção de LRA de outras patologias;

identificar o tipo e a localização da causa da LRA; indicar a gravidade da doença; estimar

o início da lesão; prever o desfecho do paciente (recuperação, diálise e mortalidade), estar

intimamente relacionados com o tamanho da lesão e permitir o monitoramento das

respostas farmacológicas à terapia (Goodsaid et al. 2009; Andreucci et al. 2017). Porém,

na prática, é difícil encontrar um único biomarcador capaz de responder a todas estas

perguntas. Por exemplo, para LRA o melhor biomarcador existente e amplamente

utilizado é a creatinina sérica que está correlacionada com a redução da TFG, específica

para doenças renais, mas sofre a ação de fatores externos e se altera tardiamente.

Atualmente tem-se estudado avaliar a TFG também pela medida indireta da cistatina c

urinária em casos em que não há proteinúria (Charlton et al. 2014).

No caso da LRA, um biomarcador precoce da doença também deve ser capaz de

diagnosticar uma lesão tubular, pois ela frequentemente ocorre primeiro do que a queda

da função renal (Mehta et al. 2007). Neste sentido, novas proteínas biomarcadoras de

lesão tubular têm surgido na literatura, sendo as principais delas a: NGAL (Lipocalina

associada à gelatinase de neutrófilos), KIM-1 (Molécula de lesão renal 1), IL-18

(interleucina-18), L-FABP (Proteína de ligação a ácidos graxos no fígado), TIMP-2

(Inibidor tecidual de metaloproteinase 2), NAG (N-acetil-β-D-glucosaminidase), IGFBP-

7 (Proteína de ligação ao fator de crescimento de insulina 7), RBP (Proteína de ligação

ao Retinol) e β2-microglobulina (Lieske et al. 2014; Andreucci et al. 2017).

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1.3.1 NGAL

A NGAL faz parte das proteínas da família das lipocalinas que atuam como

transportadoras de pequenas moléculas hidrofóbicas, como ésteres e lipídios (Kjeldsens

et al. 1993), e também como antioxidantes, sequestrando o ferro via sideróforos e

impedindo a ligação deste com EROs, prejudicando as células. (Mori et al. 2005).

A NGAL é uma proteína pequena de 25KDa descrita pela primeira vez em

grânulos de neutrófilos, mas presente também em células epiteliais durante a inflamação

e em células tumorais (Nielsen et al. 1996; Fernandez et al. 2005). Os neutrófilos

expressam a forma homodimérica (46KDa) da NGAL, enquanto as células epiteliais de

túbulos proximais expressam as formas monoméricas (25KDa) e heterodiméricas (Cai et

al. 2010). Ela é estimuladora do crescimento epitelial e protetora na isquemia (Mishra et

al. 2005; Yang et al. 2010; Andreucci et al. 2017), e tem se destacado como marcadora

de lesão de túbulo proximal (Schmidt-Ott et al. 2007).

A NGAL, urinária ou sérica, é o biomarcador para diagnóstico e prognóstico da

LRA mais promissor na literatura até o momento. Ela é facilmente detectada no plasma

ou na urina após I/R, aparecendo aumentada de 2 a 6h após o desenvolvimento de uma

LRA em pacientes (Mishra et al. 2005) e com melhor sensibilidade comparada a

creatinina sérica (Haase et al. 2009; Han et al. 2009; Paragas et al. 2012; Murray et al.

2014).

A NGAL é filtrada livremente pelos glomérulos e depois segue por dois caminhos:

a maior parte é reabsorvida no túbulo proximal, onde é degrada pela Megalina, e a menor

parte segue direto para urina (Hvidberg et al. 2005). Quando há uma lesão das células

tubulares renais, a NGAL é liberada no plasma e na urina, as concentrações de NGAL

sobem antes mesmo do aumento de creatinina sérica (Charlton et al. 2014). Acredita-se

que a NGAL do plasma tenha origem na porção espessa da alça de Henle e ductos

coletores renais por refluxo (Haase et al. 2011; Paragas et al. 2011), enquanto a NGAL

urinária seja mais específica que a sérica e derivada dos túbulos distais (Schmidt-Ott et

al. 2007; Haase et al. 2009).

Diversos estudos clínicos avaliando a concentração urinária da NGAL já foram

realizados e mostraram que a NGAL tem sido capaz de predizer LRA em pacientes com

choque séptico (Nickolas et al. 2008; Constantin et al. 2010; Martensson et al. 2010;

Simsek et al. 2013), transplantados de fígado (Li et al. 2012), que sofreram cirurgia

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cardíaca (Mishra et al. 2005) e que utilizaram drogas nefrotóxicas (Nickolas et al. 2008;

Haase et al. 2009; Paragas et al. 2012). Em pacientes com diagnóstico subclínico de LRA,

somente a concentração de NGAL se elevou comparado a creatinina sérica (Haase et al.

2011). Além disso, ela tem sido considerada um bom biomarcador para o prognóstico da

LRA com desfecho de diálise ou morte (Haase et al. 2009; Constantin et al. 2010).

No entanto, apesar de aparentemente sensível, a NGAL é um marcador pouco

específico, pois esta proteína é expressa por neutrófilos e vários outros epitélios como o

de pulmões, traquéia, estômago e cólon (Cowland and Borregaard 1997), e pode ser

influenciada por doenças sistêmicas, doenças renais pré-existentes, cânceres e ainda,

infecções do trato urinário (Fernandez et al. 2005; Nickolas et al. 2008).

1.3.2 KIM-1

A KIM-1, também conhecida como receptor celular 1 do vírus da hepatite A, é

um receptor de fosfatidilserina responsável pela adesão celular e depuração dos detritos

apoptóticos/necróticos do lúmen tubular, direcionando as células mortas para os

lisossomos, evitando a ativação da resposta imune. (Ichimura 1998). Esta proteína não é

comumente expressa no rim, estando presente em grandes concentrações em células

dediferenciadas de túbulos proximais apenas quando sofreram uma lesão por isquemia ou

toxicidade (Han et al. 2002; Ichimura et al. 2008; Vaidya et al. 2008); se tornando um

biomarcador de LRA (Han et al. 2002; Vaidya et al. 2006). Pacientes com NTA isquêmica

apresentaram biopsias com enorme expressão de KIM-1 e maior excreção urinária desta

proteína comparada a outros tipos de lesões renais (Han et al. 2002). Não há presença da

KIM-1 em urina de indivíduos sadios, somente de pacientes com lesão renal, pois ela

aparece devido à uma clivagem proteolítica do ectodomínio da KIM-1durante o processo

de depuração dos detritos e restauração das células dos túbulos (Bailly et al. 2002).

O aumento de KIM-1 urinária pôde prever LRA em pacientes após 3h de cirurgia

cardíaca (Han et al. 2009; Koyner et al. 2010) e foi altamente correlacionado aos altos

índices de diálise e morte em pacientes em UTI (Liangos et al. 2007). No entanto, o

aumento da KIM-1 não é específico para LRA, pois está relacionada com um amplo

número de doenças renais como glomerulonefrites, nefropatias, rejeição aguda,

hipertensão, entre outras (Timmeren et al. 2007).

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1.3.3 IL-18

A IL-18, também conhecida como interferon-γ, é uma citocina pró inflamatória

sintetizada por macrófagos, monócitos e células epiteliais do túbulo proximal renal

(Simsek et al. 2013). A IL-18 urinária aumenta muito com LRA causada pela isquemia e

a toxicidade, sendo possível diferenciar a LRA de infecção do trato urinário, DRC, pré-

renal azotemia e síndrome nefrótica (Parikh et al. 2004).

Pacientes com rejeição a transplantes têm apresentado níveis elevados de IL-18

no córtex renal e no soro comparado àqueles sem complicações (Striz et al. 2005).

Uma metanalise com 23 estudos concluiu que a IL-18 foi preditiva da LRA em

pacientes pós cirurgia cardíaca, em UTI e em pacientes de unidades coronarianas (Liu et

al. 2013). Através dos níveis de IL-18 na urina, conseguiram predizer a LRA em pacientes

após 4-6 horas da cirurgia cardíaca (Parikh et al. 2006) e correlacionar seus valores com

o aumento de internação dos pacientes em UTI (Parikh et al. 2011) e desenvolvimento de

LRA e mortalidade de pacientes com Síndrome da Insuficiência Respiratória (Parikh et

al. 2005). Em crianças com LRA não sépticas a IL-18 não só se elevou antes da creatinina

sérica, como também foi capaz de predizer a severidade da LRA e a mortalidade

(Washburn et al. 2008). No entanto, a expressão de IL-18 não é específica das células

renais e outras doenças podem alterar sua concentração, como a síndrome metabólica e a

Doença de Still do adulto (Yamaoka-tojo et al. 2011; Kudela et al. 2019).

1.3.4 L-FABP

A L-FABP está presente em todos os tecidos que possuem metabolismo de ácidos

graxos. Ela é responsável pela transferência de ácidos graxos entre as membranas

intracelular e extracelular na mitocôndria e tem sido correlacionada com o fluxo

sanguíneo capilar, tempo de isquemia, transplante renal e tempo de hospitalização

(Yamamoto et al. 2007b; Simsek et al. 2013). No rim a L-FABP situa-se no túbulo

proximal, e assim, como a KIM-1, a expressão de L-FABP não é detectada na urina de

indivíduos saudáveis, somente de indivíduos que sofreram LRA, sendo considerado um

bom biomarcador da doença (Kamijo et al. 2004; Yamamoto et al. 2007b).

Na prática clínica, a L-FABP tem sido capaz de diagnosticar a LRA antes mesmo

da creatinina sérica em pacientes com nefrotoxicidade induzida por cisplatina (Negishi et

al. 2009), em choque séptico (Nakamura et al. 2009; Tsuchimoto et al. 2014), após uso

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de contraste (Nakamura et al. 2006; Vijayasimha et al. 2013), após cirurgia cardíaca

(Katagiri et al. 2012) em pacientes de UTI com sepse (Doi et al. 2010) e em transplantados

renais (Yamamoto et al. 2007b). A L-FABP parece ser um biomarcador de lesão renal no

geral, pois também se mostrou alterada em pacientes com DRC (Kamijo et al. 2006).

1.3.5 NAG

A NAG é uma proteína produzida pelos lisossomos das células dos túbulos

proximais renais e atua na catálise da hidrólise do resíduo de glicose terminal em

glicoproteínas. Devido ao seu grande tamanho, aproximadamente 130KDa, a NAG não é

filtrada pelos glomérulos, portanto, aparece em maiores quantidades na urina após danos

tubulares (Waring and Moonie 2011; De Geus et al. 2012). A concentração de NAG

urinária se mostrou maior em pacientes de UTI que desenvolveram LRA comparado aos

que não desenvolveram (Westhuyzen et al. 2003) e se elevaram em pacientes de

intervenção coronariana percutânea terapêutica que desenvolveram LRA quando foram

submetidos ao uso de contraste (REN et al. 2011). Os altos índices urinários da NAG

também foram associados a um prognóstico ruim da LRA (Chew et al. 1993; Liangos et

al. 2007). Sozinha a NAG não tem uma boa sensibilidade, mas a associação dela com

outros biomarcadores pode melhorar muito o diagnóstico. Ela tem sido avaliada também

como biomarcador de lesão tubular em pacientes com nefropatia diabética (Siddiqui et al.

2019).

1.3.6 TIMP-2 e IGFBP-7

A TIMP-2 é uma proteína que atua na modulação da proteólise da matriz

extracelular através da inibição das metaloproteínases e é capaz de suprimir diretamente

a proliferação de células endoteliais (NCBI). Já a IGFBP-7 tem um papel importante na

regulação da biodisponibilidade de fatores de crescimento tipo insulina (IGF),

responsável pelo crescimento, diferenciação e proliferação celular de mamíferos, atuando

como um potencial supressor tumoral para diversos tipos de câncer (Chen et al. 2013).

Ambas as proteínas estão envolvidas com o a parada do ciclo celular em G1

durante as fases iniciais da lesão celular (Seo et al. 2006). Após uma lesão por septicemia

ou isquemia as células tubulares renais possuem um curto período de G1 para detenção

do ciclo celular, pois ela evita que DNAs danificados sejam replicados nas células filhas;

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em G1 a célula fica esperando o seu reparo ou segue para morte celular (Witzgall et al.

1994; Rodier et al. 2007; Quan-hui et al. 2009).

Durante a LRA, as proteínas TIMP-2 e IGFBP7 na urina podem então, funcionar

como biomarcadores de lesão, antes mesmo que ela ocorra, possibilitando a recuperação

das células sem danos permanentes ao órgão (Kashani et al. 2013).

Além da isquemia, uma grande variedade de processos fisiológicos e patológicos

(inflamação, estresse oxidativo, diminuição da proliferação celular, radiação ultravioleta,

drogas e toxinas) (Johannes, Boonstra and Jan Andries 2004) podem alterar estas

proteínas e auxiliar na compreensão da LRA com diversas outras etiologias.

Um dos estudos mais importante na área de biomarcadores renais foi o estudo de

Kashani e colaboradores, que envolveu 35 UTIs e 1000 pacientes adultos. Neste estudo

os dois biomarcadores TIMP-2 e IGFBP-7 urinários foram comparados com outros 340

biomarcadores existentes, e foram considerados os melhores biomarcadores de LRA.

Devido à IGFBP-7 ter sido superior a TIMP-2 em pacientes cirúrgicos, e a TIMP-2 ter

sido melhor em LRA induzida por sepse, ambas foram usadas juntas no diagnóstico de

LRA e demonstraram uma área sob a curva de 0,80 (Kashani et al. 2013). O uso desses

dois biomarcadores juntos para diagnóstico de LRA também foi confirmado em outros

estudos (Bihorac et al. 2014; Meersch et al. 2014; Yamashita et al. 2014; Gocze et al.

2015; Wetz et al. 2015).

Para dosagem da TIMP-2 e IGFBP-7 urinárias em uma única dosagem, foi criado

o teste conhecido comercialmente como o Teste NephroCheck®. Este kit avalia o risco

do paciente desenvolver LRA moderada ou severa em 12h a partir da coleta da amostra e

foi aprovado pelo FDA em setembro de 2014. No estudo clínico com 420 pacientes de

UTI, a dosagem permitiu uma estratificação dos pacientes, distinguindo aqueles com um

risco menor daqueles em um maior risco de desenvolver AKI. Foi estabelecido um ponto

de corte > 0,3 (ng/mL), e destina-se a ser utilizado em rotina prática clínica como um

sinal para iniciar medidas preventivas e medidas protetoras. (Bihorac et al. 2014).

1.3.7 RBP

A proteína RBP é sintetizada no fígado e responsável pelo transporte de vitamina

A do fígado para outras partes do corpo. Ela passa facilmente pela barreira glomerular e

é reabsorvida e metabolizada pelos túbulos proximais. Graça a esta característica, ela tem

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sido um bom biomarcador de lesão tubular. No entanto, a dosagem de RBP urinária só é

ideal quando a TFG ainda não está muito reduzida, uma vez que a captação tubular de

proteínas é um processo saturável (Bernard et al. 1987). Desta forma a dosagem de RBP

urinária tem sido usada como biomarcador na avaliação de tratamentos profiláticos para

LRA induzida pelo contraste (Sadat et al. 2011).

1.3.8 β2-microglobulina

A β2-microglobulin faz parte da cadeia leve da classe I das moléculas de

histocompatibilidade que sinaliza a presença de um antígeno para as células T citotóxicas

ativando o sistema imunológico e está presente em todas as células nucleadas. Em

condições fisiológicas, a β2-microglobulina se desprende da cadeia pesada durante a

renovação celular, cai na corrente sanguínea, é filtrada no glomérulo e reabsorvida e

metabolizada no túbulo proximal, somente 0,3% é excretado pela urina. Deste modo ela

está presente tanto no soro quanto na urina de indivíduos saudáveis. Assim, como todas

as proteínas reabsorvidas pelos túbulos, com a lesão tubular, a excreção dessa proteína

aumenta e pode servir de biomarcador de lesão tubular. Porém, esta proteína é pequena

(~12KDa) e facilmente filtrada, entrando em competição com outras proteínas maiores

quando há lesão glomerular, portanto, a excreção da β2-microglobulin só detecta uma

lesão tubular sobre condições de TFG normal ou levemente reduzida, assim como a RBP

(Bernier 1980). Ela tem sido um bom biomarcador de LRA induzida por toxicidade

(Dieterle et al. 2010) e de doença renal policística dominante (Messchendorp et al. 2018).

A principal desvantagem da dosagem da β2-microglobulina é que ela é instável

em urina ácida (Bernard et al. 1987).

Além desses biomarcadores, a literatura cita outros biomarcadores como α-

Glutationa S-Transferase (α-GST), π-Glutationa S-Transferase (π-GST), ɣGlutamil

Transpeptidase, fosfatase alcalina, porém ainda há poucos estudos (Andreucci et al.

2017). Um resumo das atividades destes biomarcadores pode ser observada na Figura

9.

.

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a Os valores foram omitidos. b O limite superior do normal, definido como a média + 2DP das concentrações urinárias observadas em um grupo de 100 indivíduos

saudáveis. (dados de Bernard, 1987). c Dados de Westhuyzen, 2003. d A fosfatase alcalina pode existir numa forma ativa dimérica ou tetramérica com um peso molecular que varia entre 100 e 200 kDa. e A KIM-1 tem um peso molecular estimado de 104 kDa, embora o ectodomínio de 90 kDa seja eliminado no plasma e na urina. f Kashani et al., 2013 identificaram IGFBP7 e TIMP-2 como os melhores biomarcadores de AKI e descobriram que eles tinham valor

preditivo aditivo juntos; eles observaram que o risco de LRA aumentava

nitidamente acima de um valor de 0,3 (ng/mL)2/1000 para os valores multiplicados das concentrações desses 2 biomarcadores. g a seta indica um aumento. h +++ = altamente recomendado, ++ - = recomendado com algumas resalvas.

Figura 9. Resumo da atividade dos principais biomarcadores de LRA. Traduzido de Andreucci et al. 2007.

Apesar desses vários biomarcadores renais apresentarem uma boa sensibilidade,

eles não são específicos para o diagnóstico de LRA, podendo se alterar em diversas outras

condições clínicas (Simsek et al. 2013; Mårtensson and Bellomo 2014). Esta falta de

especificidade apresentada por estes biomarcadores deve-se ao fato dos estudos de

descoberta serem feitos diretamente com pacientes de LRA causado por inúmeros fatores,

como sepses, contraste radiográfico, nefrotoxinas (Simsek et al. 2013) e outras

comorbidades comum a esta doença (Bell et al. 2015). Uma boa alternativa para a

descoberta de biomarcadores mais específicos para a doença renal são os estudos em

modelo animal. Até o momento, estes estudos têm sido desenvolvidos com roedores (Liu

et al. 2012; Wei et al. 2014), os quais apresentam alta taxa metabólica (Kleiber 1947) e

uma morfologia renal muito diferente de humanos. Talvez, novos estudos feitos com

animais mais semelhante, como porcos (Simmons et al. 2008), possam auxiliar na

identificação de biomarcadores mais específicos para LRA.

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Uma outra opção para melhorar a sensibilidade dos biomarcadores para o

diagnóstico de LRA tem sido a junção de mais de um biomarcador, como feito com a

TIMP-2 e IGFBP-7 (Kashani et al. 2013), e observado também em outros estudos (Han

et al. 2009). Devido a isto, e ao fato de um biomarcador não conseguir preencher todos

os requisitos para um bom biomarcador, atualmente tem-se sugerido o desenvolvimento

de uma painel de biomarcadores para o diagnóstico da LRA (Simsek et al. 2013), assim

como já vem sendo construído um painel para doenças renais através de ferramentas

proteômicas (Cantley et al. 2016).

1.3.9 Métodos de descoberta de biomarcadores

Diversas técnicas têm sido empregadas na busca de novos candidatos a

biomarcadores de LRA, como a transcriptômica, a metabolômica e a proteômica. Todas

elas podem fornecer informações sobre a condição de órgãos após uma lesão em

particular e, assim, identificar novos candidatos a biomarcador daquele tipo de lesão.

A transcriptômica, técnica que analisa a expressão de RNA mensageiros que serão

convertidos em proteínas, é uma das técnicas mais utilizadas para a descoberta de

biomarcadores junto com a proteômica e foi a técnica responsável por identificar os

candidatos a biomarcadores NGAL e KIM-1 apresentados anteriormente (Supavekin et

al. 2003; Amin et al. 2004). Estas duas moléculas foram descobertas com a análise

comparativa da expressão gênica de rins de animais com e sem LRA. No entanto, para

que estas moléculas pudessem se tornar candidatas a biomarcador de LRA com potencial

uso na clínica, uma análise proteica foi necessária para avaliar a presença dessas proteínas

em soro ou urina de animais e humanos (Amin et al. 2004; Mishra et al. 2005), pois se

tratando de diagnóstico, métodos não invasivos se tornam ideais (Smith et al. 2009).

Outra técnica utilizada para a busca de biomarcadores para LRA tem sido a

metabolômica, uma técnica recente nesta área. A vantagem de metabólitos como

biomarcadores é que eles são muito sensíveis e podem ser dosados em fluidos como soro

e urina, porém, falta estabilidade e especificidade. As alterações metabólicas podem não

persistir por muito tempo, se alterando muito rapidamente com mudanças genéticas e

ambientais. Além disso, os metabólitos circulam pelo organismo e participam de diversas

vias metabólicas em vários tipos celulares, não fornecendo o lugar específico da lesão.

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Atualmente tem sido proposto o uso de painéis de metabólitos para aumentar esta

especificidade (Pena et al. 2015).

Por fim, a descoberta de biomarcadores pela técnica de proteômica também tem

sido muito utilizada (Cantley et al. 2016) e parece ser a forma mais adequada para a busca

de biomarcadores específicos de lesão renal. Alguns dos motivos que reforçam esta ideia

são que a proteômica pode ser feita em fluidos biológicos como soro, urina e saliva e as

proteínas circulantes podem sinalizar a origem da lesão se essas proteínas forem

específicas de determinados orgãos, por exemplo, a troponina I que sinaliza alterações

cardiacas por ser expressa exclusivamente no coração. Além disso, as alterações de

expressão proteica são mais estáveis que as de metabólitos, podendo permanecer assim,

por um tempo maior. Além de servir como biomarcador, as proteínas encontradas também

podem vir a serem alvos para futuro tratamento da doença.

1.3.10 Análise de Proteínas

As proteínas são moléculas capazes de realizar diversas funções celulares,

atuando na expressão de genes, catalisando reações metabólicas e compondo parte da

estrutura da célula. Alterações genéticas ou pós traducionais podem modificar a estrutura

da proteína afetando sua função, podendo levar a doenças ou mesmo se tornar marcadoras

destas.

Diversas técnicas tem sido aplicadas para a análise de proteínas, as mais

conhecidas são as que utilizam os anticorpos para análise de expressão proteica. A técnica

ELISA e a de Western Bloting são usadas para amostras de extratos protéicos ou fluidos

corporais e as técnicas de Imunohistoquímica e Imunofluorescência usadas para amostra

de tecidos ou células em lâminas, em que o foco é também a localização da proteína.

Todas estas técnicas consistem em ligar um anticorpo marcado na proteína que se deseja

identificar com posterior detecção da marcação do anticorpo. As vantagens dessas

técnicas são que elas são sensíveis devido a capacidade de amplificação do sinal do

anticorpo e também, podem ser analisadas direto em tecido ou células através de cortes

histológicos, fornecendo assim, a localização da proteína. A desvantagem é que precisam

de um anticorpo específico que evite inclusive a reação cruzada (Juncker et al. 2014) e

não são capazes de analisar um conjunto bem amplo de proteínas que estão sendo

expressas em determinadas amostras de uma só vez. O conjundo de “todas” as proteínas

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que estão sendo expressas em células, orgãos ou tecido de um indivíduo chama-se

proteoma. Para caracterizar estes proteomas surgiram as técnicas de proteômica que se

baseam em procedimentos de indentificação destas proteínas por meio de técnicas de

separação de proteínas como eletroforese e cromatografia, seguido da análise em

espectrometro de massas e analise por bioinformática (HEIN et al., 2013).

Para as amostras complexas, os métodos de separação de proteínas são essenciais,

sendo a eletroforese bidimensional (2D) e a cromatografia líquida as mais utilizadas. A

eletroforese consiste em injetar uma amostras em um gel de poliacrilamida submetido a

um campo elétrico que separa as proteínas por ponto isoelétrico e volume molecular. Ao

final, cada ponto de proteína (spot) é submetido ao espectromentro de massas para

identificação e/ou caracterização das proteínas.

As análises feitas no Espectrômetro de Massas (MS) podem ou não ter uma

cromatografia líquida acoplada para a separação das proteínas ou peptídeos e são capazes

de identificar milhares de proteínas de uma só vez. A espectrometria de massas é baseada

na formação de íons na fase gasosa (com cargas positivas ou negativas) que podem ser

detectados de acordo com a sua razão massa/carga (m/z) (EL-ANEED; COHEN;

BANOUB, 2009).

As proteínas podem ser identificadas tanto em sua forma intacta conhecida como

Top-down quanto através de seus peptídeos chamada de Bottom-up. Na técnica Top-

down, proteínas com pequenos pesos moleculares (até 80KDa) podem ser identificadas

em suas diferentes proteoformas (ocorre devido a variantes genéticas, splicing alternativo

ou modificações pós traducionais) com a ajuda técnicas de separação e um MS de

altíssima resolução (Li et al. 2014b; Toby et al. 2016). Já para a análise BottomUp são

necessárias enzimas capazes de clivar as proteínas em peptídeos, como a enzima tripsina,

permitindo a análise de proteínas maiores, porém com mais dificuldades para se encontrar

modificações pós traducionais. A análise das proteínas no MS é feita através de três

processos: ionização, análise e detecção. Todo MS trabalha com estes processos, porém

cada processo pode ser feito de maneira diferente.

Existem vários tipos de fontes de íons, mas para a análise proteomica as mais

comuns são a eletrospray (ESI) e a dessorção/ionização a laser auxilidada por matriz

(MALDI) que geram uma ionização branda. Como analisador existe o quadrupolo, o

tempo de vôo (TOF), armadilha de íons linear (LIT), ressonância ciclotrônica de íons com

transformata de Fourier (FTICR) e Orbitrap. Por último segue o detector que pode ser o

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do próprio orbitrap ou uma multiplicadora de elétrons. Todos esses ionizadores,

analisadores e detectores podem ser combinados de acordo com o objetivo da análise e o

tipo de amostra, podendo ser usados mais de um analisador juntos para aumentar a

confiabilidade da identificação, a denominada Espectrometria de Massas Sequêncial

(MS/MS).

Dois tipos de abordagem são aplicados em proteômica, uma abordagem com

proteínas alvos chamada de “targeted” ou direcionada e outra sem proteínas alvo,

conhecida como “shotgun”, “discovery” ou de descoberta. Na abordagem direcionada o

interesse está na identificação e/ou quantificação de proteínas alvos já conhecidos.

Para identificação dessas proteínas alvos, pode ser utilizado, o monitoramento de

uma reação selecionada (SRM) ou monitoramento de uma reação múltipla (MRM). Após

a digestão protéica, os peptídeos vão para o MS/MS, onde os peptídeos são ionizados e

separados de acordo com a massa/carga de cada peptídeo, eles então seguem para uma

câmara de colisão e são fragmentados em íons filhos, separados e analisados. São esses

íons pais e filhos que são monitorados e garantem a confiabilidade no resultado. No

SRM/MRM é possível monitorar centenas de íons filhos e consequentemente vários

peptídeos de uma vez, sendo uma técnica mais barata que a análise por ELISA

(Crutchfield et al. 2016). Já a quantificação absoluta é feita com a ajuda de um padrão.

Já a técnica de descoberta, é uma técnica que identifica “todas” as proteínas

presentes na amostra e a quantificação pode ser feita de forma relativa, comparando os

resultados entre os grupos analisados ou com uma proteína padrão. A detecção dos íons

via descoberta é baseada na abundância da proteína na amostra, na sua ionização e

peptideos de tamanho compativeis com o MS, assim, as proteínas detectadas são

principalmente as mais abundantes e bem ionizadas (Zhang et al. 2013).

Existem duas formas de análise de descoberta, a com marcação e a livre de

marcação, cada uma apresentando suas vantagens e desvantagens, devendo ser escolhidas

de acordo com o objetivo almejado. A análise com marcação foi criada para minimizar a

interferência da composição da amostra, dos processos de preparo e da corrida na

identificação e quantificação das proteínas. As marcações isotópicas mais conhecidas são:

SILAC, 2H, 13C, 15N, and 18O (Schnolzer et al. 1996; Oda et al. 1999; Zhu et al. 2002);

enquanto as isobáricas são: isobaric tags for relative and absolute quantification

(ITRAQ) e Tandem mass tags (TMT). A marcação permite com que até dez amostras

sejam analisadas todas juntas, em uma única corrida de forma mais confiável (Choe et al.

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2007; Mcalister et al. 2012). No entanto, devido estas técnicas de marcação possuírem

um alto custo e serem limitadas a um pequeno número de grupos analisados devido sua

rotulagem, como no caso do SILAC que analisa no maximo 3 grupos juntos (não

marcado, marcados com 13C6, e 13C6 15N4), a maioria dos trabalhos tem sido

desenvolvidos com a técnica livre de marcação (label free). A vantagem da técnica livre

de marcação, além do preço e menor manipulação da amostra, é permitir uma maior

cobertura de sequência peptídica e maior taxa dinâmica que as técnicas por marcação,

permitindo a detecção de grandes alterações das proteínas entre os experimentos

(Bantscheff et al. 2007).

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2 OBJETIVOS

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2.1 Objetivo geral

O presente estudo tem como objetivo caracterizar o perfil proteômico e

nitroproteomico da lesão renal aguda causada por isquemia/reperfusão (I/R) renal a fim

de compreender melhor a patofisiologia e identificar novos candidatos a biomarcadores

sistêmicos e predominantemente renais da doença.

2.1.1 Objetivos específicos

Proteoma total

I. Identificar e comparar as proteínas identificadas no córtex renal do rim

contralateral e isquêmico após I/R renal.

II. Identificar no soro as proteínas que apresentaram aumento ou redução de

expressão após a I/R renal e quais delas eram predominantemente renais.

III. Identificar na urina as proteínas que foram excretadas após a I/R renal e quais

delas eram predominantemente renais.

VI. Caracterização fisiopatológica da lesão renal aguda induzida pela I/R renal

através de biologia de sistemas a partir dos resultados proteômicos.

V. Validações dos resultados apresentados pelas proteínas candidatas a

biomarcadores da LRA por I/R renal através de metodologia distinta e também por

avaliação dos soros de pacientes com nefropatia diabética.

Nitroproteoma

VI. Identificar e comparar as proteínas identificadas no córtex renal do rim

contralateral e isquêmico após I/R renal.

VII. Identificar painéis de proteínas no soro que caracterizam diferentes períodos

da I/R renal e proteínas predominantemente renais.

VIII. Identificar painéis de proteínas na urina que caracterizam diferentes períodos

da I/R renal e proteínas predominantemente renais.

IX. Caracterização fisiopatológica da lesão renal aguda induzida pela I/R renal

através de biologia de sistemas a partir dos resultados nitroproteômicos.

X. Validação da nitração de algumas proteínas candidatas a biomarcadores da

LRA por I/R renal através de metodologia distinta.

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3 MATERIAIS E

MÉTODOS

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3.1 Reagentes Químicos

Ureia (Sigma, número do catálogo U5128); Coquetel inibidor de protease (Sigma,

número do catálogo P8340); Coquetel inibidor de fosfatase 1 (Sigma, número do catálogo

P5726); Coquetel inibidor de fosfatase 3 (Sigma, número do catálogo P0044); BCA Kit

de detecção de proteína (Pearce, número do catálogo 23227); Microcon® YM-30

(Millipore, número do catálogo 42410); Iodoacetamida (Sigma, número do catálogo

I6125); Bicarbonato de Amônio (Sigma, número do catálogo A6141); Tripsina (Promega,

número do catálogo V511A); Cloreto de sódio - NaCl (Sigma, número do catálogo

793566); Ácido Trifluoroacético - TFA (Sigma, número do catálogo 40967); Acetonitrila

– ACN (Sigma, número do catálogo 34967); Proteína A HP SpinTrap (Ref 28-9031-32,

GE Healthcare Life Sciences, Uppsala, Sweden); Filtros Amicon® Ultra-4 Centrifugal

Filter Units (Merck Millipore, número do catálogo UFC800308); Coluna de alta

performance HiTrap Blue (Ref 17- 412-01, GE Healthcare Life Sciences, Uppsala,

Sweden); Kit de detecção de proteína Bradford (Bio-Rad Protein Assay, Hercules, CA,

USA, número do catálogo 5000006); detergente RapiGest SF (Waters número do

catálogo 186001861); Ditiotreitol - DTT (Thermo Fisher scientific número do catálogo

15508-013); Vials de vidro (Waters total recovery vial número do catálogo 186000385c);

H-Gly-Pro-pNA tosilate (Bachem número do catálogo L-1295.0250); Inibidor de DPP IV

P32/98 (Abcam número do catálogo ab141724); Dimethyl pimelimidate dihydrochloride

- DMP (Sigma número do catálogo D8388); Trietanolamina (Sigma número do catálogo

T58300); Etanolamina (Sigma número do catálogo E9508). Ácido acético (Sigma número

do catálogo 320099), Nonidet NP-40 (Sigma número do catálogo SAJ-21-3277);

Deoxicolato de sódio (Sigma número do catálogo 238392); Dodecil sulfato de sódio

(Merck, número do catálogo 8220501000); Tris Base (Merck, número do catálogo

648310); Ácido clorídrico fumegante 37% (Merck, número do catálogo 100317); Esferas

ligadas a proteína A (Invitrogen # Dynalbeads 100-02D); Tween®20 (Sigma, número do

catálogo P2287); Glicina (Sigma, número do catálogo G8898); Azida sódica (Sigma,

número do catálogo S2002); Cloreto de sódio - NaCl (Sigma, número do catálogo

793566); Ácido fórmico (Sigma, número do catálogo 33015); Leite desnatado (Molico,

Nestle);

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3.2 Modelo suíno de I/R renal

Durante o meu mestrado, desenvolvemos um modelo suíno de isquemia unilateral

renal seguido de reperfusão para futura identificação de biomarcadores para LRA

(Malagrino et al. 2014). Este modelo foi desenvolvido de acordo com os princípios éticos

em pesquisa animal do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal e aprovado pelo

Comitê de Ética Institucional (CAPPesq protocolo 179/11). Resumidamente, cinco

fêmeas (Sus scrofa domesticus 15-20 kg) foram submetidas a isquemia/reperfusão I/R

renal unilateral por via percutânea. Após os animais serem anestesiados iniciou-se o

procedimento cirúrgico. Inicialmente, foi suturado um cateter Foley na bexiga urinária de

cada animal para a coleta de amostras de urina. Em seguida, uma bainha vascular 6

French (F) foi introduzida por dissecção da veia femoral comum direita, seguida pela

canulação da veia cava inferior com um cateter reto, acima das veias renais, para a coleta

sanguínea. Com o apoio de um cateter-guia 6F e uma corda-guia com 0,035”, outra bainha

vascular foi introduzida por dissecção da artéria femoral comum direita até a artéria renal

direita. Para a confirmação da posição do cateter, foi feita uma angiografia basal com uma

injeção de 5mL de contraste iodado (diatrizoato de meglumina e diatrizoato de sódio,

Pielograf 76%, Bracco, Madri, Espanha). Confirmada a posição, um cateter-balão 6F

(5x20mm, Cordis M3 PTA dilatation catheter, NJ, USA) foi levado até o mesmo local e

inflado até a completa oclusão da artéria renal direita por 120 minutos. Após estas duas

horas de isquemia, o cateter-balão foi lentamente desinflado e o rim foi reperfundido por

24h. Após este período, os rins foram retirados e os animais sacrificados.

Este modelo suíno de I/R renal foi caracterizado histologicamente e

bioquimicamente como um modelo de lesão renal aguda, respectivamente pela presença

de necrose tubular aguda e um ligeiro aumento na concentração de creatinina e NGAL

séricas.

Para a análise proteômica total foram utilizados os cinco animais, porém para a

avaliação do nitroproteoma foram utilizados apenas quatro deles. Um dos animais foi

excluído para uma melhor homogeneidade do grupo, pois este animal apresentou um

perfil de proteínas nitradas muito diferente dos outros animais, analisados por uma análise

de componente principal. Provavelmente isso tenha acontecido devido ao animal 1 ter

apresentado uma necrose tubular aguda menor que 50% (figura 10). Já é bem

estabelecida a relação entre lesão e estresse oxidativo.

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Figura 10. Análise de Componente Principal para o perfil nitroproteômico dos córtices isquêmico e

contralateral. E gráfico de porcentagem de necrose tubular aguda do modelo de I/R renal publicado por

Malagrino et al., 2014.

Além da necrose tubular aguda, foi observado um aumento tanto da excreção de

glicose e proteína pela urina, quanto das frações de excreção de sódio, potássio e cloreto

em todos os animais. Por fim, nosso modelo apresentou um aumento das proteínas

nitradas no soro e na urina avaliadas por método ELISA, motivando o estudo do

nitroproteoma.

3.3 Coletas das amostras

Os rins coletados após 24 horas de reperfusão renal foram separados em córtex e

medula do rim isquêmico e do rim contralateral e congeladas no freezer -80ºC. Para este

trabalho utilizamos apenas as amostras de córtex renal por este apresentar maior lesão

com a I/R quando comparado com a medula.

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As amostras de soro e urina foram coletadas em diversos períodos durante o

experimento. No entanto, para este estudo selecionamos os pontos mais representativos

baseados nas análises prévias de creatinina sérica (Malagrino et al. 2014). Desta forma,

amostras de soro e urina foram analisados em cinco períodos: pré-isquemia

(imediatamente antes da oclusão da artéria renal), isquemia (60 minutos após a oclusão

da artéria renal), 4 ou 6 horas pós reperfusão, 11 horas pós reperfusão e 16 horas pós

reperfusão.

Cabe salientar, que no nosso modelo, as amostras de urina (coletadas diretamente

da bexiga) e as de soro (coletadas da veia cava inferior acima das veias renais) vieram de

ambos os rins: isquêmico e contralateral. O rim contralateral foi utilizado na comparação

com o rim isquêmico apenas para detectar diferenças entre eles, ele não pode ser utilizado

como um rim controle de um animal sham, pois ele recebeu a carga de filtração do rim

isquêmico. Esta forma de análise foi escolhida em contraponto a coleta seletiva a partir

do rim isquêmico, a fim de detectar as alterações bioquímicas sutís e sistêmicas geradas

pela I/R renal que poderiam vir a fornecer biomarcadores iniciais para LRA.

3.4 PROTEOMA TOTAL

3.4.1 Extração de proteínas do córtex renal

As proteínas do córtex renal foram extraídas com pequenas modificações do

protocolo publicado por Wiśniewski e colaboradores (2009) (Wiśniewski and Zougman

2009). As proteínas foram extraídas a partir de 50mg do córtex renal isquêmico ou

contralateral com 400µL de tampão SDS de lise (4% (massa/volume) de SDS; 100mM

de Tris/HCl pH 7,6; 0,1M DTT; 7M de ureia e inibidores de proteases (PMSF 0,1% e

coquetel inibidor de proteases - 1:300) e fosfatases (Coquetel inibidor de fosfatase 1 e 2

- 1:300). Os córtex renais submersos no tampão foram lisados no aparelho Precellys®

(5000 rpm, dois ciclos de 20s, e 5s de intervalo entre os ciclos) e por duas vezes aquecidos

(95°C por 4min) e sonicados. Em seguida, os lisados foram centrifugados a 16000 x g por

5min a 4ºC e os sobrenadantes com as proteínas foram coletados. A concentração das

proteínas totais foi mensurada pelo kit de detecção proteico BCA.

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3.4.2 Digestão das proteínas do córtex renal

Inicialmente, os filtros de 30kDa foram lavados duas vezes com 200μl de tampão

de ureia (8M ureia em 0,1M Tris/HCl pH 8,5). Após as lavagens, foram adicionadas

500µg de proteínas dos córtices renais aos filtros, seguidos da centrifugação a 14000 x g

por 15min. Antes da digestão, as cisteínas foram alquiladas com 100µL de 0,05M de

iodoacetamida (IAA) em tampão de ureia por 20 min a temperatura ambiente no escuro,

sendo o excesso de IAA removido por centrifugação a 14000 x g por 10min. Para retirada

do excesso de ureia, as amostras foram lavadas duas vezes com 100µL de tampão de ureia

e 100 µL de 0,05M de bicarbonato de amônio. Após a centrifugação, as proteínas foram

digeridas com tripsina (razão enzima por proteína 1:100) por 16 horas e os filtros foram

passados para um novo tubo seguido da centrifugação a 14000 x g por 10min. Em seguida,

50μl de 0,5M NaCl foram adicionados ao filtro com posterior centrifugação a 14000 x g

por 10min. Para finalizar, foram adicionados 0,1% de ácido trifluoroacetico (TFA) e 3%

de acetonitrila (ACN) para acidificar os peptídeos.

3.4.3 Preparação das amostras de soro

As proteínas abundantes do soro como as imunoglobulinas e albuminas foram

removidas através das colunas cromatográficas de alta performance HiTrap Blue e Protein

A HP SpinTrap seguindo o protocolo do fabricante. Após a remoção, 200 µL do soro

passado pela coluna Hitrap Blue e 100 µL do soro passados pela coluna Protein A HP

SpinTrap foram misturados e colocados no Speedvac para redução do volume. As

concentrações das proteínas foram obtidas pelo kit BCA.

3.4.4 Preparação das amostras de urina

As urinas coletadas foram primeiramente centrifugadas a 2950 × g por 10min a

4˚C para remoção de algumas células presentes, seguida da divisão em alíquotas e

armazenamento a -20°C.

Devido ao excesso de sal presente na urina e a baixa concentração proteica, foi

necessária a dessalinização e concentração das amostras. Para isto, após o

descongelamento, 4mL de urina foram introduzidos em filtros com valor de corte de 3

kDa e lavados 3 vezes com bicarbonato de amônio 50mM pH 8 (1:1), seguido da

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centrifugação a 3005 x g por 30 minutos a 4ºC. O volume final de urina concentrada foi

de aproximadamente 500µL. Após a quantificação por Bradford, 50µg de proteínas de

cada amostra foram liofilizadas no SpeedVac.

3.4.5 Digestão das proteínas do soro e da urina

As amostras de soro e urina foram digeridas de acordo com Intasqui e

colaboradores (Intasqui et al. 2016), com pequenas modificações. Primeiramente as

amostras foram preparadas a partir da diluição de 50µg de proteínas totais de soro ou

urina em bicarbonato de amônio 50mM até completar o volume de 50µl;

Após o preparo de cada amostra, as proteínas foram desnaturadas com 25µL de

detergente RapiGest SF 0,2% por 15 min a 80°C, seguidas da redução das pontes de

sulfeto com 2,5µL de DTT 100 mM a 60°C por 30 min. Em seguida, as proteínas foram

alquiladas com 2,5µL de iodoacetamida 300mM sob incubação de 30 min a temperatura

ambiente no escuro. Para a digestão enzimática das proteínas, foram utilizados 10µL de

tripsina 0,05µg/µL por 16 horas a 37°C. Após este período, foram adicionados 10µL de

TFA 5%, seguido da incubação das amostras por 90min a 37°C para interrupção

enzimática e hidrolise do RapiGest. Para finalizar, as soluções com peptídeos trípticos

foram centrifugadas a 16000 x g por 30min a 6°C e os sobrenadantes transferidos para

pequenos frascos de vidro seguidos da adição de 85µL de uma solução de ACN 3% e

TFA 0,1%.

3.4.6 LC-ESI-MS/MS

Os proteomas foram analisados no espectrômetro de massas Thermo Scientific Q

ExactiveTM (San Jose, USA) acoplado a uma cromatografia liquida de ultra performance

(UPLC) nanoACQUITY da Waters (Milford, MA, USA). Para a corrida cromatográfica,

2μL foram carregados em uma coluna PST C18 nanoACQUITY Trap (180μm × 20mm)

com fluxo de 15μL/min de TFA 0,1% (vol/vol) durante 3 minutos. A separação analítica

dos peptídeos foi feita usando uma coluna nanoACQUITY UPLC HSS C18 (1,8μm,

75μm × 150mm), em um gradiente linear de ACN 1%/ácido fórmico 0,1% para ACN

60%/ácido fórmico 0,1% por 90 minutes num fluxo de 0,5μL/min. Os espectros foram

adquiridos entre 300−2000m/z com 70000 de resolução (m/z 200) e aquisição dependente

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de dados (DDA) por seleção dos 10 ions precursores mais abundantes para espectrometria

de massas em tandem (MS/MS) por Dissociação Induzida por Alta Energia de Colisão

(HCD), fragmentação usando uma janela de isolamento 1,2 Da, energia de colisão de 30,

e a resolução de 35000. Cada amostra biológica do proteoma total foi analisada uma única

vez.

3.4.7 Identificação e quantificação dos peptídeos e proteínas do LC-ESI-MS/MS

O processamento dos espectros do espectrômetro de massas foi feito no software

Maxquant versão 1.5.1.2 (Cox and Mann 2008) (http://www.maxquant.org) junto com

software Andrômeda, interno ao MaxQuant. Este software usou o proteoma humano

completo (TrEMBL e SwissProt) do UniProt (Human 9606 com acesso em janeiro de

2015) como referência para a identificação dos peptídeos e proteínas. Embora as amostras

fossem de porcos, foi utilizada esta biblioteca de humanos devido à alta homologia de

ambos e devido o banco de dados de porcos ser pouco acurado. A procura do MS/MS no

banco de dados foi feita usando as informações padrão: tolerância de massa de 10ppm

para as principais buscas. A carbamidometilação da cisteína foi selecionada como

modificação fixa e a acetil NH2-terminal e oxidação (metionina) como modificações

variáveis. A tripsina foi selecionada como protease e permitimos apenas dois erros de

clivagem (misscleavage). Os resultados foram filtrados com uma taxa de falsa descoberta

(FDR) de 0,01 para proteínas e peptídeos e um mínimo de sete aminoácidos foram aceitos

para cada peptídeo. Os contaminantes foram eliminados baseado na biblioteca de

contaminantes do próprio MaxQuant.

A quantificação foi feita livre de marcação (label-free) com normalização LFQ,

calculada pelo MaxQuant baseada nos valores obtidos dentro do próprio grupo analisado

(ex. contralateral e isquêmico).

Após a identificação das proteínas pelos softwares, foi feita a limpeza de proteínas

contaminantes, duplicadas, incertas, sequenciadas ao acaso (comparado a uma biblioteca

de sequência reversa) e não anotadas. Além dissso, para aumentar a confiabilidade dos

dados, antes das analises estatísticas fizemos uma seleção das proteínas representativas

de cada amostra. Para as análises do proteoma total dos rins, apenas as proteínas presentes

em pelo menos 3 animais do mesmo grupo (contralateral e isquêmico) foram

selecionadas. No caso de uma proteína estar presente apenas dentro de um grupo, ela

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também foi considerada na análise e o valor dela no grupo ausente foi considerado zero.

Já, para as análises dos proteomas do soro e da urina foram selecionadas apenas as

proteínas presentes em pelo menos 3 dos 5 animais avaliados em qualquer tempo.

Após a seleção das proteínas, usamos a análise estatística apenas para o proteoma

de córtex renal. Para comparar as médias entre os rins isquêmico e contralateral foi

utilizado o Teste T de Student pareado bicaudal, seguido da correção FDR para evitar o

erro do tipo I na estatística, também denominado falsos positivos. Estas análises

estatísticas foram feitas no software metaboanalyst 3.0 (Xia et al. 2009, 2012)

(www.metaboanalyst.ca) e consideradas significativamente diferentes as proteínas com

valores de p<0,05 em ambos os testes.

Para a seleção dos biomarcadores de LRA no soro e na urina foram selecionadas

apenas as proteínas que apareceram (tinham 0 de expressão em todos os animais no

período pré-isquemia) ou desapareceram após a isquemia (reduziram a expressão para

“0” após a isquemia em todos os animais). O fluxograma das análises dos proteomas pode

ser observado na Figura 11.

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Figura 11. Fluxograma utilizado na identificação de biomarcadores candidatos a LRA. Inicialmente, as

proteínas foram limpas e selecionadas pela sua presença em pelo menos 3 animais. A seguir, foi feito o

teste t de Student para comparar a média dos valores entre o rim contralateral e isquêmico, as proteínas

diferentes seguiram para análise de sistemas biológicos (SB). No soro e na urina, apenas as proteínas que

apareceram após a isquemia foram selecionadas para análise de sistemas biológicos (SB) e comparação

com as proteínas renais e os bancos de órgão especifico para análise de proteínas predominantemente renais.

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3.4.8 Identificação das proteínas predominantemente renais

Para a classificação das proteínas órgão (rim) especifica, foram utilizados o banco

de dados de expressão gênica Tissue-specific Gene Expression and Regulation`s (TiGER)

desenvolvido pela universidade Johns Hopkins (http://bioinfo.wilmer.jhu.edu/tiger) (Liu

et al. 2008) e o banco do Atlas Human Protein (http://www.proteínatlas.org) (Habuka et

al. 2014).

3.4.9 Biologia de Sistemas

Primeiramente, as proteínas do córtex renal que apresentaram diferença

estatisticamente significativa foram classificadas segundo suas funções biológicas através

da base de dados geneonthology (http://geneontology.org/) e UniProt

(http://www.uniprot.org) acessados em outubro de 2015. Para a análise das vias canônicas

alteradas pela I/R renal, todas as proteínas independentes do contraste foram associadas

ás vias canônicas existentes no banco de dados do programa Ingenuity Pathway Analysis

(IPA - Ingenuity Systems Inc., Redwood City, CA, USA) (http://www.ingenuity.com)

através do teste Exato de Fisher. Para significância deste teste foram considerados apenas

os valores de p-valor < 0,01. Estas proteínas também foram relacionadas com outras

proteínas, fatores de transcrição e metabólitos do banco de dados do software para

formação de uma rede de interação molecular.

3.4.10 Ensaio de atividade da DPPIV

A análise da atividade da DPPIV na urina foi feita com uma adaptação do

protocolo previamente descrito por Pacheco e colaboradores (Pacheco et al. 2011).

Assim, cinquenta microlitros de urina foram encubados com 150µL do substrato (H-Gly-

Pro-pNA tosilato de 2,0 mmol/L) diluído em tampão Tris HCl (10 mM, pH 7,6) a 37°C

por 1 hora. Após este período, foi adicionado 200µL de tampão de acetato de sódio (0,5

mol / L, pH 4,2) para finalizar a reação de hidrólise do substrato seguida da análise no

espectrofotômetro com absorbância de 405nm. Para a verificação da especificidade do

ensaio de atividade da DPPIV, uma análise controle com um inibidor da DPP IV P3298

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(200 µM) foi feita em paralelo para as mesmas amostras de urina dos animais. Todas as

amostras foram avaliadas em duplicatas.

Para avaliar a diferença de concentração da DPPIV urinária ao longo da I/R renal

nos animais foi aplicado o teste ANOVA para medidas repetidas com post-hoc Dunnet.

E para validação de que a concentração de DPPIV urinária estava associada a lesão renal,

foi realizado um teste de correlação de Spearman no software SPSS 17.0 entre a

concentração da DPPIV urinária e os parâmetros bioquímicos dos pacientes com

nefropatia diabética. Os valores de p inferiores a 0,05 foram considerados significativos.

3.4.11 Validação em pacientes com nefropatia diabética

A dosagem de DPPIV urinária, candidata a biomarcador de lesão renal, foi

realizada em amostras de urina de pacientes com variáveis clínicas e laboratoriais já

coletadas da linha de base do estudo clínico (NCT 00419835) concebidos a fim de

comparar o efeito da terapia de associação do inibidor de enzima conversora de

angiotensina (ECA) com o bloqueador do receptor de angiotensina II contra a

monoterapia com inibidores da ECA sobre a progressão da proteinúria (Titan et al. 2011).

Para esta validação, cinquenta e seis pacientes com nefropatia diabética

macroalbuminúricos atendidos no Serviço Ambulatório de Nefrologia do Hospital das

Clínicas, em São Paulo foram utilizados. Todos estes pacientes apresentavam diabetes

mellitus há mais de 5 anos e proteinúria acima de 500mg/dia (três medições anteriores).

Antes do ensaio clínico, amostras de soro e de urina foram coletadas em jejum pela

manhã, centrifugadas, aliquotadas e armazenadas a -20°C. A albumina do soro foi

determinada por teste de eletroforese, as concentrações de creatinina sérica foram

determinadas por reação de Jaffé e a hemoglobina glicada foi medida por cromatografia

líquida de alta eficiência. Todas as outras variáveis laboratoriais foram determinadas

utilizando técnicas laboratoriais convencionais. Exclusivamente para este estudo, a taxa

de filtração glomerular foi estimada pela Modificação da Dieta na Doença Renal (MDRD)

usando quatro variáveis: creatinina sérica, idade, raça e sexo.

O resumo de toda a metodologia utilizada nas análises dos proteomas total pode

ser observado na figura 12.

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Figura 12. Esquema utilizado nas análises dos proteomas.

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3.5 NITROPROTEOMA

3.5.1 Ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA)

Com o objetivo de quantificar as proteínas nitradas dos córtices renais

contralateral e isquêmico foi utilizado o kit de antinitrotirosina por ELISA sandwich

(Eastbiopharm – China) segundo recomendações do fabricante.

Para a extração das proteínas totais dos córtices renais, aproximadamente 200mg

de tecido de cada rim, contralateral e isquêmico, foram adicionados a 600μL de tampão

de extração (1mM EGTA, 1mM EDTA, 5mM KCl, 2mM MgCl2, 25mM HEPES) com

inibidores de proteases e fosfatases e levados ao aparelho Precellys em um programa de

3 ciclos de 6500rpm por 30s com parada de 20s por ciclo. Após a homogeneização, os

extratos foram centrifugados a 16000 x g por 15 minutos a 4ºC e coletados os

sobrenadantes. As análises por ELISA foram feitas com 12mg de proteínas totais de cada

rim dosadas por Bradford, seguida do ajuste do volume para 500µL que fora indicado

pelo fabricante.

3.5.2 Imunohistoquimica

Para as análises de localização das proteínas totais nitradas nos tecidos renais

isquêmicos e não isquêmicos, foram realizados ensaios de imunohistoquímica.

Após as 24 horas da reperfusão do rim direito, secções dos córtices renais

contralaterais e isquêmicos foram fixados em paraformaldeído 4% por 48 horas (com

trocas de paraformaldeído a cada 24h devido à grande quantidade de sangue).

O material foi colocado em cassetes histológicos e processado em um ciclo de 12

horas para desidratação, diafanização e parafinização (Leica TP1020 - Leica) com 2

banhos de uma hora de álcool 95%, 4 banhos de álcool 100% e 3 banhos de citrisolv e

paraplast 58°C. Os blocos foram mantidos a -20°C para facilitar os cortes no micrótomo.

Foram feitos cortes de 5μm de espessura e colocados em lâminas com carga elétrica para

uma melhor aderência dos cortes.

As lâminas com os cortes foram colocadas em uma jarra de coplin com uma solução

desparafinizadora com de citrato de sódio pH6.0 (Dewaxing &Antigen Retrieval Buffer

1 – Ref:PMB1 – 250, Spring) a 93°C em banho Maria por 30 minutos para recuperação

antigênica, ou seja, exposição dos epítopos das células dos tecidos. Após 40 minutos de

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resfriamento, os cortes foram lavados com PBS e a peroxidase endógena foi bloqueada

com H2O2 3% por 2 vezes de 10 minutos. Os cortes foram lavados novamente com PBS

e incubados por 16 horas a 4°C com anticorpo anti-nitrotirosina (Millipore #06-284) na

concentração de 5μg/mL diluído em PBS/Caseína 2%. No dia seguinte o material foi

lavado por 20 minutos e incubado por 30 minutos a temperatura ambiente com anticorpo

secundário anti IgG de coelho conjugado com HRP (1:200). Após o período de incubação,

os cortes foram lavados e revelados com 3,3'-diaminobenzidina (DAB- Zymed) por 2

minutos. O material foi então contracorado com hematoxilina por 2 minutos, diafanizado

e montado com lamínula e resina permanente. As análises foram feitas em microscópio

de luz.

3.5.3 Extração de proteínas do córtex renal para o nitroproteoma

Aproximadamente 150mg de tecido do rim isquêmico ou contralateral foram

adicionados em 600μL de tampão de extração RIPA (50mM de TrisHCl pH=7,4, 150mM

de NaCl, Nonidet NP-40 1%, Deoxicolato de sódio 0,5% e SDS 0,1%) e inibidores de

proteases (PMSF 0,1% e coquetel inibidor de proteases - 1:300) e fosfatases (Coquetel

inibidor de fosfatase 1 e 2 - 1:300). Em seguida, os córtices renais submersos no tampão

foram lisados no aparelho Precellys® (5000 rpm, dois ciclos de 20s, e 5s de intervalo

entre os ciclos) e centrifugados a 10621 x g por 15min a 4ºC. Após a centrifugação, as

proteínas totais presentes no sobrenadante foram coletadas e quantificadas pelo kit BCA.

3.5.4 Enriquecimentos de proteínas nitradas por imunoprecipitação

Ligação covalente entre esferas (beads) magnéticas ligado a proteína A e o

anticorpo anti-nitrotirosina

Para o enriquecimento das proteínas nitradas, foi utilizada a técnica de

imunoprecipitação com anticorpo anti-nitrotirosina acoplado as esferas (beads)

magnéticas. Inicialmente, os beads magnéticos ligados a proteína A (Invitrogen

Dynalbeads #100-02D), que faz a ligação com as imunoglobulinas, foram lavados três

vezes com PBS (140 mM de NaCl, 2,7 mM de KCl, 10 mM de Na2HPO4 e 1,8 mM de

KH2PO4) e em seguida encubados com anticorpo anti-nitrotirosina (Millipore #06-284)

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sobre agitação a 4°C por 16 horas. O anticorpo foi diluído em PBS no mesmo volume

final de beads magnéticos a ser utilizado, na proporção de 1µg de anticorpo para cada

5µL de bead magnético ligado a proteína A. Após a encubação, o sobrenadante foi

descartado e o complexo bead-anticorpo foi lavado três vezes com PBST (0,1% de Tween

20) sob agitação por 5 minutos. Para realizar a ligação covalente entre o anticorpo e a

proteína A acoplada ao bead, o complexo foi encubado com DMP 6,5mg/mL diluído em

200mM de trietanolamina por 30 min sob agitação em temperatura ambiente. Esse

processo foi repetido por três vezes, com uma lavagem com solução de 200mM de

trietanolamina por 5 minutos sob agitação entre as incubações com DMP. Após a ligação

do anticorpo com os beads, foi realizado o quenching com duas incubações de cinco

minutos com 50mM de etanolamina. Para retirada dos anticorpos que não se ligaram

covalentemente, o complexo bead-anticorpos foi lavado duas vezes com glicina 0,1M

com pH 2,5 por 10 minutos. O complexo bead-anticorpo foi armazenado a 4°C em PBS

com 2mM de azida sódica até o momento do uso.

Imunoprecipitação das proteínas nitradas

Antes da imunoprecipitação, parte das imunoglobulinas (IgGs) presentes nas

amostras foram retiradas. Para isto foram encubados separadamente 4mg de proteínas

totais do córtex renal, 5mg de proteínas totais do soro e 50µg da urina com 100ul de beads

magnéticos ligados a proteína A, que facilmente se liga as IgGs, por 16h sob agitação a

4°C. Em seguida, o sobrenadante foi retirado e encubado com 100uL de beads ligados

covalentemente ao anticorpo anti-nitrotirosina (Millipore #06-284) sob agitação a 4°C

por 16h para o enriquecimento das proteínas nitradas. Após a encubação, o sobrenadante

foi descartado e os beads foram lavados por três vezes com PBST 0,1% por 15 minutos.

Em seguida, as proteínas nitradas foram eluídas do anticorpo com quatro lavagens

consecutivas de 100μL de ácido acético 0,8M pH 2,1 por 10min. E por fim, o ácido

acético foi evaporado pelo SpeedVac e as amostras liofilizadas.

3.5.5 Digestão das nitroproteínas

As amostras de rim, soro e urina liofilizadas foram primeiramente ressuspendidas

em 50µl de bicarbonato de amônio 50mM, seguido do mesmo protocolo de digestão

utilizado no proteoma de soro e urina. Devido a baixa concentração de proteínas nitradas

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no rim, optamos por não utilizar o mesmo protocolo utilizado no proteoma total renal, em

que a digestão é feita em colunas e há um pouco de perda proteica.

3.5.6 Identificação e quantificação dos peptídeos e proteínas do LC-ESI-MS/MS

Os nitroproteomas foram adquiridos no Orbitrap Q-Exactive e analisados nos

softwares MaxQuant/Andrômeda com os mesmos parâmetros utilizados no proteoma

total. Porém, para a identificação dos peptídeos, o parâmetro nitração da tirosina

(44,985Da) também foi utilizado como variável aleatória e as amostras foram analisadas

em triplicatas.

Devido à grande variação das protéinas nitradas quanto ao seu tipo e intensidade

dentro de cada grupo, a quantificação do nitroproteoma foi feita através dos íons sem a

normalização LFQ. Para a análise do nitroproteoma primeiramente foi feita a limpeza de

proteínas contaminantes, duplicadas, incertas, sequenciadas ao acaso (comparado a uma

biblioteca de sequência reversa) e não anotadas. Em seguida, foi calculada a média com

os valores das replicatas técnicas apenas com os valores presentes, ou seja, foram

desprezados os valores faltantes.

Para a confiabilidade das análises do nitroproteoma, as proteínas passaram por um

filtro biológico, em que foram selecionadas apenas as proteínas presentes em todos os

animais para as análises dos córtices renais; e as que estavam presentes em pelo menos 3

dos 4 animais avaliados em qualquer tempo para as analises do soro e da urina. As

proteínas não encontradas em algum dos animais foram consideradas igual a “zero” nesta

etapa.

Para a análise de abundância entre os nitroproteomas renais foi calculado um fold

change log2([rim isquêmico/rim controle]) para cada animal e apenas as proteínas que

apresentaram log2FC≤-1 ou log2FC≥1 em pelo menos 3 animais sem contradição, ou seja,

não apresentaram -1≥log2FC≥1 ao mesmo tempo, foram considerados diferencialmente

expressos e seguiram para as próximas análises. A intensidade de cada proteína foi

apresentada em um heatmap com os valores normalizados por log2 e padronizados por z-

score para cada animal, com a finalidade de minimizar a variância da expressão proteica

entre eles.

Por fim, no intuito de agrupar os tempos analisados de I/R por similaridade de

comportamento das proteínas nitradas encontradas, os nitroproteomas de soro e urina

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foram avaliados pela análise de agrupamento hierárquico após serem as intensidades das

proteínas serem padronizadas pelo cálculo do z-score para garantir a mesma variância

entre elas e evitar pesos diferentes para cada proteína. Na análise de agrupamento

hierárquico foi utilizada a Correlação de Pearson como parâmetro de similaridade e o

algorítimo Ward ou de variância mínima para formação dos grupos. Este algorítimo é

baseado na análise estatística da partição da soma dos quadrados (SQ) totais, ou seja,

SQT(total) = SQE(extragrupo) + SQD(intragrupo), onde SQT é fixo. Portanto, quanto

maior SQE, menor o SQD e mais homogêneo é o grupo. A demonstração gráfica deste

agrupamento e da intensidade das expressões proteicas padronizadas pelo z-score foram

feitas por meio do heatmap com identificação de cada proteína pelo nome do gene.

Todas essas análises foram feitas no software MetaboAnalyst 4.0 (Xia, 2016)

(http://www.metaboanalyst.ca) e estão resumidas na Figura 13.

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Figura 13 Fluxograma utilizado para a análise do nitroproteoma.. Primeiramente, foram removidas as

proteínas incertas dos nitroproteomas da urina, rins e soro, seguido da aplicação do filtro biológico. Para o

tecido renal foram avaliadas as proteínas diferencialmente expressas entre os rins contralateral e isquêmico

considerando os fold change log2FC≤-1 or FC≥1 em pelo menos 3 animais. Já para urina e soro foram feitas

analises de agrupamento hieráquico para identificação de proteínas com comportamentos semelhantes entre

os tempos de I/R analisados. Por fim, foram feitas a demonstração gráfica dos resultados por heatmap, as

análises de biologia de sistemas e a identificação de proteínas predominantemente renais. Apenas as

proteínas predominantemente renais encontradas nos rins seguiram para validação por bioinformática e

expressão proteica.

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3.5.7 Identificação de proteínas predominantemente renais

As proteínas identificadas nos nitroproteomas foram classificadas como

predominantemente renal após comparação das mesmas com os bancos de dados Tissue-

specific Gene Expression and Regulation`s (TiGER) da Universidade Johns Hopkins

(http://bioinfo.wilmer.jhu.edu/tiger) (Liu et al. 2008) e Atlas Human Protein (AHP)

(http://www.proteínatlas.org) (Habuka et al. 2014).

O banco de dados TiGER fornece os principais genes expressos via análise de

marcador de sequência expressa (ESTs) e estatística para 30 tipos de tecido humanos,

incluindo o rim que foi usado neste estudo. Já o AHP se baseia na análise do transcriptoma

em 37 tipos de tecidos humanos para fornecer três categorias: tecido enriquecido

(expressão pelo menos cinco vezes maior em um tecido comparado aos a todos os outros),

grupo enriquecido (expressão cinco vezes maior em um grupo de 2 a 7 tecidos

comparados aos outros tecidos) e tecido aumentado (expressão cinco vezes maior em um

ou mais tecidos comparado com a expressão média de todos os tecidos). A presença da

proteína em um dos três grupos foi considerada como predominantemente renal.

3.5.8 Biologia de Sistemas

As proteínas diferenciamente expressas entre os córtices contralateral e isquêmico

e as proteínas do soro e da urina foram analisados pelo sistema de classificação

PANTHER (Protein ANalysis THrough Evolutionary Relationships). A versão utilizada

13.1 deste software (avaliado em 03/02/18) continha 15524 famílias de proteínas,

divididas em 79562 subfamilias de proteínas funcionalmente distintas. Para nosso estudo

foi feita uma análise de associação por Exato de Fisher com taxa de falsa descoberta

(FDR) utilizado as funções biológicas dos bancos de dados do “GO biological process

complete” e do “Reactome” dentro do PANTHER. A associação foi considerada

significativa quando ambos os testes obtiveram p-valor e FDR menor que 0,05.

3.5.9 Validação por bioinformática

Inicialmente, as proteínas nitradas predominatemente renais encontradas no

nitroproteoma do rim foram validadas por predição por duas ferramentas de

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bioinformática iNitro-Try (http://app.aporc.org/iNitro-Tyr/) (Xu, 2014) e GPS-yNO2

(http://yno2.biocuckoo.org/) (Liu, 2011).

3.5.10 SDS-PAGE com immunobloting

A avaliação da expressão proteica da iNOS, VDAC-1, TOM20, DPPIV e

BHMT2 foram feitas por Electroforese em gel de SDS-Poliacrilamida Unidimensional

(SDS-PAGE). Para isto, 80µg de proteína total de córtex renal foram injectadas em géis

com 10% de poliacrilamida, com excessão do gel para analise da TOM20 em que foi

usado 15%. Em cada gel foi inserido também um padrão de peso molecular (BioRad

Kaleidoscope #161-0324). Após a eletroforese os géis foram transferidos para

membranas de 0,45 µm microporosa de nitrocelulose (GE -Amersham Protran Premium

0.45µm NC – ref 10600003) em sistemas de electrotransferência úmida a 4°C por 16

horas. Em seguida, cada membrana foi bloqueada com 5% de leite desnatado em solução

salina tamponada com PBS-Tween 20 (0,1%) por 1 hora e encubada com o anticorpo de

interesse a 4°C por 16h sob agitação. Foram usados os seguintes anticorpos primários:

anticorpo policlonal de coelho anti-iNOS/NOS type II (BD # 610332) 1:1000, anticorpo

policlonal de coelho anti-VDAC1/Porin (Abcam # ab15895) 1:1000, anticorpo policlonal

de coelho anti-TOM20 (Santa Cruz # 11415) 1:200, anticorpo policlonal de coelho anti-

CD26/DPPIV (Santa Cruz # 9153) 1:500, anticorpo policlonal de coelho anti-BHMT2

(Sigma # HPA044573) 1:250, anticorpo monoclonal de coelho anti-DMGDH (Abcam #

ab199534) 1:1000 e anti-GAPDH (Abcam# ab22555) 1:1000. Após as 16h os anticorpos

primários foram retirados, as membranas foram lavadas três vezes com PBST1% por 10

minutos e acrescentado o anticorpo secundário anti-coelho 1:3000. Após mais três

lavagens com PBST1% o anticorpo foi visualizado usando um sistema

quimioluminescente ou fluorescente e a magnitude do sinal foi calculada no software

Image J.

Para a validação das proteínas nitradas DPPIV e BHMT2 os procedimentos do

imunoblotting foram os mesmos anteriores, porém o gel de eletroforese foi carregado com

a imunoprecipitação feita com o anticorpo anti-nitrotirosina. Este procedimento consistiu

em um novo enriquecimento das proteínas nitradas conforme realizado no nitroproteoma,

seguido da ressuspenção das amostras de IP em 20µL de Tris 0,37M mais 10µL de tampão

de eletroforese com DTT e injeção de todo o volume em um gel com 10% de

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poliacrilamida. Os resultados dos immunobloting foram comparados entre os dois rins

através do teste não-paramétrico e pareado de Wilcoxon. Atribuindo como diferença

significativa os valores e p menores que 0,05.

O resumo da metodologia utilizada pode ser visto na figura 14.

Figura 14. Esquema utilizado nas análises dos nitroproteomas.

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4 RESULTADOS E

DISCUSSÕES

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4.1 Proteoma Total

4.1.1 Proteoma do córtex renal

Antes das análises dos candidatos a biomarcadores sistêmicos, o proteoma do cortex

renal foi avaliado. O software MaxQuant identificou 1425 proteínas que passaram por

uma limpeza de contaminantes, identificação ao acaso (comparação com sequencia

reversa), detectadas com incerteza (putative), duplicadas e não anotadas, restando 1365

proteínas. Destas proteínas, 868 estavam presentes em pelo menos 3 das 5 replicatatas

biológicas e 535 foram diferencialmente expressas entre os rins contralateral e isquêmico.

Na tabela 1 do Anexo 1 seguem as proteínas diferencialmente expressas entre os rins

isquêmicos e contralaterais. As proteínas significativas foram classificadas de acordo com

suas funções na Figura 15. Em ordem decrescente as categorias mais abundantes de

proteínas foram: proteínas ribossomais (9%), proteínas de citoesqueleto (8%),

desidrogenases (7%), óxidorredutases (6%), transportadoras (5%), hidrolases (5%) e

chaperonas (4%).

Figura 15. Análise funcional das 535 proteínas do córtex renal que se mostraram estatisticamente diferentes

entre os rins isquêmico e contralateral. Os números no gráfico de pizza representam o número percentual

de proteínas na respectiva categoria funcional com base no banco de dados do Gene Onthology e UniProt.

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Baseado na porcentagem de proteínas identificadas no nosso estudo em relação a

todas as proteínas presentes no banco de dados de vias do IPA (Ingenuity Pathway

Analysis), há evidencias de que as vias mais representativas foram: sinalização EIF2 (p-

valor 1.25x10-42 coincidência de 29.7%), remodelamento das junções aderentes epiteliais

(p-valor 6.05x10-24 coincidência de 38.2%), da sinalização das junções aderentes

epiteliais (p-valor 9.86x10-21 coincidência de 21.9%), regulação da eIF4 e sinalização da

p70S6K (p-valor 1.15x10-17 coincidência de 19.9%) e via de maturação de fagossomos

(p-valor 5.97x10-17 coincidência de 21.7%) . Com exceção da Xaa-Pro aminopeptidase 2,

todas as outras proteínas estatísticamente diferentes entre rim contralateral e isquêmico

estavam aumentadas (Figura 16).

Figura 16. Heatmap da concentração das proteínas diferentemente expressas entre os rins contralateral e

isquêmico. C= contralateral, I=isquêmico.

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Os dados sugerem um aumento no processo de transcrição e tradução das

proteínas, o que foi reforçado pela análise de enriquecimento fornecido pela análise de

biologia de sistemas (sinalização e regulação da eIF4 e sinalização da p70S6K). O

remodelamento e sinalização das junções aderentes epiteliais também foram destacados

na análise de enriquecimento. As junções aderentes epiteliais são compostas por caderinas

e cateninas que se prendem ao citoesqueleto de actina mantendo a adesão célula-célula,

possibilitando também uma sinalização intracelular. Esta adesão é perdida com a redução

de ATP devido à internalização de e-caderinas e desarranjo do citoesqueleto de actina

que pode estar envolvido na perda das junções oclusivas também (Mandel et al. 1994). A

perda da adesão celular nos túbulos proximais após uma isquemia é acompanhada da

redistribuição da Na/K-ATPase da membrana basolateral para apical, perda de filamentos

de actina da borda em escova e aumento da permeabilidade das junções oclusiva,

resultando na descamação de células viáveis do túbulo proximal com posterior obstrução

luminal (Spiegel et al. 1989).

No entanto, o rim é capaz de recuperar a sua função após breves períodos de

isquemia. Alguns autores acreditam que esta recuperação é feita pelas células aderidas

que sobrevivem e que após a isquemia estas células se desdiferenciam e reestruturam os

túbulos proximais substituindo as células epiteliais perdidas (Bonventre 2003).

Portanto, o aumento da expressão de várias proteínas, principalmente as do

citoesqueleto, as transportadoras de íons e nutrientes e as chaperonas são essenciais para

a reestruturação dos túbulos perdidos (Kuznetsov et al. 1996). Após a diferenciação

celular e o rearranjo do citoesqueleto, as conecções célula-célula e célula-lamina basal

são restabelecidas e os fatores de crescimento podem atuar na proliferação de novas

células epiteliais para a reestruturação tubular. Acreditamos que, após 24 horas de I/R

renal, o córtex do rim isquêmico já iniciou o seu processo de recuperação, demonstrado

pelo aumento em proteínas de transcrição e proteínas de junção aderente epitelial. O nosso

estudo corrobora com outro estudo que mostrou uma regeneração do rim isquêmico

também depois de 24 horas após I/R com o aumento da expressão de proteínas

nefrogênicas (Villanueva et al. 2006).

Como pode ser observado na análise de biologia sistema, as proteínas expressas

diferencialmente também são representativas da maturação do fagossomo. O acúmulo de

autofagossomos nos rins após I/R já têm sido relatados e é importante para a proliferação

e reparo dos túbulos lesionados (Li et al. 2014a).

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Portanto, o proteoma do córtex renal foi capaz de sugerir uma recuperação renal

após 24 horas de I/R renal.

4.1.2 Proteoma do soro

Foram identificadas 251 proteínas no proteoma do soro que após limpeza de

contaminantes, identificação ao acaso (comparação com sequencia reversa), detectadas

com incerteza (putative), duplicadas e não anotadas, restaram 170 proteínas. Para evitar

que a o resultado fosse uma representação de apenas um animal, foram selecionadas 136

proteínas que estavam presentes em pelo menos 3 dos 5 animais independente do tempo

analisado.

Para a seleção das proteínas candidatas a biomarcadores de LRA, primeiramente

foram selecionadas apenas as proteínas que apareceram (51 proteínas) ou desapareceram

(16 proteínas) do soro após I/R renal. Por exemplo: selecionamos as proteínas cuja a

quantificação no tempo pré isquemia ou isquemia e zero e após estes períodos são

quantificadas. Comparando estas proteínas selecionadas no soro com as proteínas

diferencialmente expressas no córtex renal, foi possível identificar 6 proteínas como

candidatas a biomarcadores de LRA (proteína 2 relacionada a heat shock 70 kDa –

HSPA8, proteína 60 kDa heat shock mitocondrial – HSPD1; colágeno tipo I alfa 1 –

COL1A1; vimentina VIM, plastina-2 – LCP1 e isomerase triosefosfato – TPI1) (Figura

17).

Figura 17. Proteínas presentes no soro, candidatas a biomarcadores de LRA. Seis proteínas que apareceram

ou desapareceram do soro após isquemia e reperfusão renal e foram encontradas alteradas no rim isquêmico.

O colormap mostra a diferença de concentração destas proteínas antes, durante e após a isquemia. Nomes

em português com seus respectivos genes: proteína 2 relacionada a heat shock 70 kDa – HSPA8, proteína

60 kDa heat shock mitocondrial – HSPD1; colágeno tipo I alfa 1 – COL1A1; vimentina VIM, plastina-2 –

LCP1 e isomerase triosefosfato – TPI1.

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As proteínas heat shock de 70 e 60 kDa foram amplamente expressas após

isquemia, sugere-se que isso ocorra a fim de proteger o órgão contra o aumento das EROs

(Lin et al. 2001; Daugaard et al. 2007). O colágeno tipo I que se encontra aumentado na

glomeruloesclerose (Hornigold et al. 2013), também foi encontrado como um candidato

a biomarcador de LRA na urina. Finalmente, a vimentina é um marcador de epitélio renal

completamente indiferenciado e pode ser uma resposta a regeneração do rim (Hornigold

et al. 2013). Plastina-2 e Triosefosfato isomerase foram relatadas como biomarcadores de

detecção precoce de tumores malignos nos rins (Su Kim et al. 2013) e carcinomas de

células renais (Valera et al. 2010). Infelizmente, apesar de todas as proteínas serem

associadas a processos renais, elas também são amplamente expressas na maioria dos

tecidos e não específica para o rim (base de dados TiGER`s). Apesar destas proteínas não

serem renal específico, elas podem ser importantes no desenvolvimento de um painel que

capture informação clinicamente relevante na LRA.

4.1.3 Proteoma da urina

As proteínas oriundas da urina têm sido consideradas excelentes biomarcadores de

doenças renais, pois além da coleta ser não-invasiva, a urina reflete diretamente o estado

fisiológico do rim. Deste modo, o proteoma total urinário pode ajudar na identificação de

biomarcadores mais sensíveis e específicos para I/R renal.

Neste estudo, foram identificadas 604 proteínas urinárias. Após a limpeza,

restaram 501 proteínas. Destas proteínas, apenas 346 foram identificadas em pelo menos

3 animais independente do tempo. Para a identificação de candidatos a biomarcadores de

LRA, foram selecionadas apenas as proteínas que foram excretadas após a I/R renal (192

proteínas) e que apareceram alteradas no rim isquêmico: um total de 49 proteínas (Figura

18).

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As categorias mais abundantes entre as proteínas selecionadas foram: oxirredutases,

proteínas de citoesqueleto, hidrolases e chaperonas, todas estas juntas são responsáveis por mais

da metade de todas as categorias encontradas (Figura 19).

Figura 19. Análise funcional das 49 proteínas urinárias candidatas a biomarcadores de LRA. Os números no gráfico

de pizza representam o número percentual de proteínas na respectiva categoria funcional com base no banco de dados

do Gene Onthology e UniProt.

A análise de vias canônicas destacou as vias de remodelamento de junções aderentes

epiteliais (p-valor 1,49 x 10-5 coincidência de 5,9%), glicólise (p-valor 2,20 x 10-5 coincidência de

12%) e gliconeogênese (p-valor 2,20 x 10-5 coincidência de 12%). Alfa-actinina 4 e inibidor 1 de

dissociação da GDP com a Rho foram associados a lesão glomerular (p-valor 3,59 x 10-2, e 2,19 x

10-3, respectivamente) na lista de possíveis moléculas tóxicas ao rim, e polipeptídeo proativador

foi associado a degradação renal (p-valor 2,19x 10-3), demonstrando a associação destas proteínas

candidatas com as doenças renais.

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Para aumentar a especificidade de biomarcadores urinários, as 49 proteínas candidatas a

biomarcadores foram comparadas com o banco de dados do TiGER que resultou em 4 proteínas

altamente expressas nos rins: descarboxilase dos aminoácidos L-aromáticos (AADC), Betaina-

Homocisteina Metiltransferase 2 (BHMT2), beta-glucosidase citosólica (GBA3) e dipeptidil

peptidase IV (DPPIV).

A AADC é uma proteína expressa no túbulo proximal e catalisa a descarboxilação de

aminoácidos aromáticos. A importância desta proteína para o rim é o seu papel na síntese de

dopamina, que é responsável por diminuir o dano renal causado pelo excesso de angiotensina II

(Yang et al. 2012). A BHMT2 é uma enzima que converte a homocisteína em metionina.

Curiosamente, o aumento da metionina em doentes com LRA foi significativamente associado

com a mortalidade (Sun et al. 2012) e também se mostrou elevada no soro no período isquêmico

no estudo metabolômico desenvolvido com estes mesmos animais (Malagrino et al. 2016). Já a

GBA3 é uma enzima que hidrolisa vários β-D-glicosídeos com a liberação de β-D-glicose (Yahata

et al. 2000). Possivelmente, esta é a primeira vez que estas três proteínas estão sendo associadas

com a LRA e sugeridas como biomarcadores para a condição. Assim, as análises de validação dos

dados, principalmente em humanos devem ser realizadas.

A DPPIV, também conhecida como CD26, é uma peptidase responsável pela remoção do

dipeptídeo da posição amino terminal de vários peptídeos (Sigdel et al. 2014). Diferentemente das

outras proteínas, estudos prévios já encontraram alterações na DPPIV em outras doenças renais

(Mitic et al. 2008; Zheng et al. 2016). A DPPIV tem sido muito estudada atualmente, devido ao

seu papel na homeostase da glicose e principalmente pelo uso medicamentoso dos seus inibidores

no tratamento do diabetes mellitus. Curiosamente, a inibição da DPPIV é capaz de melhorar a

função renal após a lesão I/R renal em ratos (Glorie et al. 2012) e preservar a função renal em

pacientes com insuficiência cardíaca (dos Santos et al. 2013) de forma independente do controle

da glicose. Ao comparar as nossas proteínas selecionadas a candidata a biomarcadores de LRA

com um estudo proteômico recente que criou um painel de proteínas urinárias para diagnosticar

doenças renais, a única proteína pertencente ao painel foi a DDPIV (Yahata et al. 2000)(Cantley

et al. 2016). A maior expressão de DPPIV é encontrada no túbulo proximal do rim e intestino

delgado, embora ela também possa ser encontrada, menos expressa, nos pulmões, pâncreas, fígado,

baço, estômago e coração (Hong et al. 1989; Matheeussen et al. 2012). Um estudo com a DPPIV

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ligada a microvesículas da urina sugeriu que a excreção de DPPIV pode vir a partir de células

epiteliais tubulares e, portanto, estar relacionada com a disfunção tubular precoce (Sun et al.

2012a). Com base em todas estas evidências, a DPPIV foi selecionada entre as quatro candidatas

para posterior validação.

Primeiramente, validamos os resultados da DPPIV por outra metodologia, um ensaio de

atividade da DPPIV nas amostras de urina. E como se pode observar na Figura 20, os nossos

dados mostraram um aumento significativo da atividade da DPPIV urinária após 4 horas de

isquemia, recuperando-se a atividade basal após este período.

Figura 20. Absorbância da atividade da DPPIV na urina durante a isquemia/reperfusão renal. p<0,05. Pos-rep = Pós

reperfusão.

Além de validação da alteração da atividade da DPPIV na urina em nosso modelo, a relação

entre este potencial biomarcador e as medidas associadas à função renal em uma coorte de

pacientes com doença renal também foi descrita. Correlações significativas foram encontradas

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entre a atividade da DPPIV na urina e MDRD (coeficiente de correlação = 0,28), hemoglobina

glicada (coeficiente de correlação = -0,33), proteinúria (coeficiente de correlação = 0,22),

hormônio da paratireóide - PTH (coeficiente de correlação = -0,44) e renina (coeficiente de

correlação = -0,28) (Tabela 2 e Figura 21).

Tabela 1. Correlação de Spearman entre a atividade da DPP IV na urina e os parâmetros clínicos

e bioquímicos dos pacientes com disfunção renal (56 pacientes).

Parâmetros Clínicos e

Bioquímicos

Coeficiente de correlação p-valor

Idade 0,10 0,46

Índice de Massa Corpórea -0,10 0,45

Sódio sérico (mEq/L) -0,08 0,54

Potássio sérico (mEq/L) -0,53 0,70

Cálcio sérico (mg/dL) 0,02 0,89

Fosfato sérico (mg/dL) -0,26 0,07

Ureia sérica (mg/dL) -0,22 0,10

Creatinina sérica (mg/dL) -0,23 0,08

Glicemia (mg/dL) -0,17 0,20

Hemoglobina glicada (g/dL) -0,33 0,01*

PTH (pg/mL) -0,44 <0,01*

Albumina FPE (mg/dL) -0,18 0,21

Ácido Úrico (mg/dL) 0,07 0,63

RBP (mg/g creatinina) 0,08 0,56

Renina (ng/mL) -0,27 0,04*

25OH-vitamina D (ng/mL) -0,01 0,96

Proteinúria (mg/dL) 0,30 0,02*

MDRD (ml/min/1,73 m2) 0,28 0,03*

PTH = Hormônio da paratireoide, FPE = Fração de proteína por eletroforese, RBP = Proteína ligada ao Retinol,

MDRD = Modificação da Dieta na Doença Renal, *p<0,05

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Figura 21. Gráficos das correlações significativas da atividade da DPPIV urinaria com os parâmetros clínicos e

bioquímicos relacionados à função renal.

Embora, ao nosso conhecimento, não se tenha estudos correlacionando a DPPIV em urina

com estimativas de taxa de filtração glomerular, a atividade plasmática da DPPIV já se mostrou

correlacionada negativamente com ela (Zheng et al. 2016). Recentemente, os ensaios clínicos com

pacientes com diabetes mellitus tipo 2 mostraram uma redução da hemoglobina glicada e

albuminúria com inibidores de DPPIV (Scirica et al. 2013; Mori et al. 2014), inclusive em uma

meta-análise (Li et al. 2016). Curiosamente, o PTH foi descrito como inibidor da DPPIV em um

estudo com infusão de PTH em ratos enfartados (Huber et al. 2011) e a renina ainda não foi

correlacionada com a DPPIV na literatura. Desta forma, mais estudos devem garantir uma melhor

avaliação destas novas correlações.

Estes novos resultados acrescentam a descrição geral de apontar a identificação de

biomarcadores para a utilidade destas proteínas recentemente identificadas como instrumentos

clínicos para estratificação de doença.

Novos estudos também são importantes para a validação dos outros biomarcadores que,

para além de DPPIV, podem contribuir para um melhor diagnóstico e prognóstico de lesão renal.

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4.1.4 Sumário dos Resultados Proteoma Total

4.1.4.1 Córtex renal

- Foram identificadas 1365 proteínas no proteoma dos dois córtices renais (contralateral e

isquêmico);

- 534 proteínas estavam superexpressas no rim isquêmico;

- 1 proteína, a Xaa-Pro aminopeptidase 2, estava superexpressa no rim contralateral;

- Caracterização das 535 proteínas diferencialmente expressas:

o Caracterização local e funcional: a maioria eram proteínas do ribossomo,

citoesqueleto, desidrogenase, óxidoredutase e transportadoras.

o Caracterização de vias: representativas das vias relacionadas com a regeneração

tubular - sinalização EIF2, remodelamento das junções aderentes epiteliais, da

sinalização das junções aderentes epiteliais, regulação da eIF4 e sinalização da

p70S6K e via de maturação de fagossomos.

4.1.4.2 Soro

- Foram identificadas 170 proteínas no proteoma do soro com diferentes tempos de coleta

pós I/R;

- 51 proteínas apareceram após I/R;

- 16 proteínas desapareceram após I/R;

- Destas 67 proteínas, 6 estavam presentes entre as proteínas diferencialmente expressas no

córtex renal (proteína 70 kDa relacionada a heat shock; mitocondrial 60 kDa heat shock;

colágeno tipo I alfa 1; vimentina, plastina-2 e triosefosfato isomerase).

o Nenhuma das 6 proteínas são específicas renais para serem biomarcadores

específicos da doença, mas juntas podem formar um painel muito informativo sobre

a LRA por I/R.

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4.1.4.3 Urina

- Foram identificadas 501 proteínas;

- 49 proteínas começaram a ser excretadas após I/R;

o Caracterização funcional: maioria oxiredutase, proteína de citoesqueleto, hidrolase,

chaperona e protease.

o Caracterização de vias: remodelamento de junções aderentes epiteliais, glicólise e

gliconeogênese.

- 4 proteínas são expressas predominantemente pelos rins e candidatas a biomarcadoras de

lesão renal (descarboxilase dos aminoácidos L-aromáticos (AADC), Betaína-

Homocisteína Metiltransferase 2 (BHMT2), beta-glucosidase citosolica (GBA3) e

dipeptidil peptidase IV (DPPIV).

o Validação da DPPIV nos animais:

▪ A atividade da DPPIV aumentou após 4h de reperfusão e retornou aos níveis

basais após este período.

o Validação da DPPIV em 56 pacientes com nefropatia diabética:

▪ Correlação direta da atividade da DPPIV urinária com MDRD (R = 0,28),

proteinúria (R = 0,22) e inversa com hemoglobina glicada (R= -0,33),

hormônio da paratireóide (R= -0,44) e renina (R = -0,28).

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90

4.1.5 Considerações finais do Proteoma Total

Neste estudo foi possível descrever quatro proteínas urinárias, com expressão gênica

predominantemente renal, que são alteradas em resposta a I/R renal controlada e podem se tornar

biomarcadores de disfunção renal. Destas proteínas, três foram relacionadas pela primeira vez com

a LRA.

Ao todo, esta análise integrativa dos proteomas pode fornecer um painel de biomarcadores

potenciais e predominantemente renais em muitos níveis, considerando as mudanças que ocorrem

no tecido e ecoam nos perfis de proteínas do soro e da urina. Portanto, por meio da análise do

proteoma foi possível identificar novos candidatos a biomarcadores de doença renal que podem

servir como biomarcadores não invasivos para a disfunção renal. Estudos futuros com ferramentas

analíticas que analisam apenas as proteínas alvos devem ser desenvolvidos para validar esses

achados e identificar quais das proteínas descritas têm potencial clínico como biomarcadores não

invasivos.

Os resultados do proteoma total foram publicados em janeiro de 2017 na revista

Journal of Proteomics. doi: 10.1016/j.jprot.2016.07.019. E segue no Anexo 3.

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91

4.2 Nitroproteoma

4.2.1 Nitração proteica total em córtices renais pós I/R renal

Existem vários modelos de I/R renal que podem ser bilaterais ou unilaterais. O modelo

unilateral foi escolhido para este estudo por caracterizar uma lesão renal, porém sem grande perda

de função renal como ocorre nos modelos de isquemias bilaterais. Nesse modelo, o processo

patológico gerado pela isquemia é resultado da lesão ocorrida no rim isquêmico e alterações

compensatórias no rim contralateral, como aumento da taxa de filtração glomerular e diurese

(Fatemikia et al., 2016).

Durante a I/R renal unilateral, ambos os rins sofrem com o estresse oxidativo devido ao

aumento de EROs, inflamação, redução de antioxidantes e aumento na síntese de NO pela iNOS.

O aumento de EROs no rim isquêmico ocorre com a isquemia e abrupta reperfusão, enquanto no

rim contralateral ocorre devido às moléculas circulantes do rim lesionado (Meldrum et al., 2002;

Fatemikia et al., 2016). Assim, o estudo da nitração proteica de cada rim é importante para avaliar

o impacto de ambos no cenário geral da LRA.

Para iniciar a caracterização da nitração proteica nos rins, primeiramente foi avaliada a

concentração de proteínas nitradas totais, seguida da análise histológica para localização dessas

proteínas.

Como resultado da análise quantitativa, os valores de proteína nitrada após 24h de I/R

renal foram semelhantes nos rins contralaterais e isquêmicos como observado na Figura 22.

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92

Figura 22. Nitração proteica dos rins contralaterais e isquêmicos. A. Quantificação das proteínas nitradas representada

pela média dos valores dos animais ± erro padrão da média. B. Quantificação das proteínas nitradas com os valores

absolutos para cada animal. A absorbância foi obtida pelo método ELISA com anticorpo antinitrotirosina. P2, P3, P4

e P5 correspondem aos números das porcas utilizadas.

A técnica de imunohistoquímica mostrou que as proteínas nitradas se localizam no citoplasma

das células tubulares e tufos glomerulares no rim contralateral e nas áreas sem NTA do rim

isquêmico. Enquanto nos lugares em que havia NTA no rim isquêmico, a localização da nitração

ocorreu também no interior dos túbulos (Figura 23).

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93

Figura 23. Imunohistoquimica dos córtices renais contralaterais e isquêmicos com anticorpo antinitrotirosina marcada

em marrom para dois animais (P2 e P3). A magnitude utilizada foi 200X.

Estudos prévios que mostram o aumento de nitrotirosina nos rins isquêmicos os

compararam apenas com os rins dos animais sham (falso operados - controle), devido os modelos

serem feitos com isquemia bilateral ou unilateral com nefrectomia (CHIAO et al., 1997;

CRUTHIRDS et al., 2003, NOIRI et al., 2001). No estudo de Cruthirds e colaboradores, além deste

aumento de nitração proteica no rim isquêmico de ratos após I/R bilateral, foi observada a

localização celular renal destas proteínas nitradas, cujos resultados foram semelhantes ao que foi

encontrado neste nosso estudo de isquemia unilateral. Neste estudo de Cruthirds, as proteínas

nitradas encontradas nos rins dos ratos isquêmicos apresentaram uma localização celular diferente

dependendo do tempo de reperfusão executado. Logo após 3 horas de reperfusão, a nitração estava

presente no citosol dos túbulos proximais e distais e na superficie dos tufos glomerulares, já após

as 16h de reperfusão, a nitração também apareceu no lúmem (Cruthirds et al. 2003), efeito provável

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94

da morte celular ocasionada pela NTA e observada em outros modelos de LRA (Noiri et al. 2001;

Chirino et al. 2004).

Em um estudo com isquemia unilateral parcial de 90% sem nefrectomia feito em cachorros,

foi observada uma redução dos níveis de nitrito/nitrato no rim isquêmico com posterior

recuperação após 4h reperfusão; enquanto no rim contralateral, não houve diferença na

concentração dos níveis de nitrito/nitrato (Tokuyama et al. 2003). Este comportamento de queda

pode ter ocorrido pela rápida reação de nitração com o aumento de ROS em um primeiro momento,

e a recuperação dos valores podem estar associados à melhora da função renal devido ao

restabelecimento do fluxo sanguíneo renal. Assim, no nosso modelo em que foram analisados os

rins após 24h de reperfusão, as alterações na quantidade de proteínas nitradas do rim isquêmico

podem ter sido normalizadas, e por isso, não foi detectada diferença entre os rins contralateral e

isquêmico. Esta normalização da nitração pode ter ocorrido com o aumento de excreção de

proteínas nitradas na urina, resultado observado em nosso artigo de caracterização do modelo de

I/R renal em suínos (Malagrino, et al., 2014).

O excesso de NO capaz de nitrar as células renais pode vir dos três tipos de óxido nítrico

sintase (NOS) presentes nas células renais ou inflamatórias (Yu et al. 1994; Bosse and Bachmann

1997; Park et al. 2003), porém, apenas o aumento da iNOS tem sido associada a lesão renal e ao

estresse oxidativo por produzir a maior concentração de NO em comparação as outras enzimas

(Chiao et al. 1997; Walker et al. 2000; Chirino et al. 2008). Portanto, um aumento da iNOS pode

indicar um aumento na concentração de NO nos rins.

Ao avaliar a expressão da iNOS ou NOS2, como observado na Figura 24, ambos os rins

apresentaram valores similares da enzima e provavelmente de NO nos dois rins como ocorrido no

estudo de Tokuyama 2003 (Tokuyama et al. 2003). A enzima pode ter sua atividade alterada, o

que não foi analisado neste trabalho, porém este resultado da expressão já vem em concordância

com a semelhante quantidade de nitrotirosina encontrada em ambos os rins.

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95

Figura 24. Immunobloting contra a proteína iNOS ou NOS2 do extrato proteico dos cortices renais. As bandas foram

quantificadas por densitometria e o GAPDH foi usado como normalizador. Não houve diferença estatisticamente

significativa entre os rins (Wilcoxon pareado p=0,12). Cada sinal no gráfico representa um animal analisado. Os

valores foram expressos como média ± SEM. C = rim contralateral, I = rim isquêmico. P4 = porca 4, P5 = porca 5.

4.2.2 Caracterização do nitroproteoma do córtex renal após I/R renal

Tão importante quanto a quantificação das proteínas nitradas encontradas nos rins

contralaterais e isquêmicos é a identificação e caracterização destas proteínas feita por análise

proteômica.

No nitroproteoma do córtex renal dos rins isquêmico e contralateral foram identificadas

884 proteínas que, após passarem por filtros como limpeza de contaminantes, identificação ao

acaso, detectadas com incerteza, duplicadas e não anotadas, restaram 843 proteínas. Destas, 356

proteínas estavam presentes em pelo menos um rim de todos os animais (anexo I, tabela 2). As

proteínas apresentadas neste estudo serão identificadas pelo nome de seus genes para facilitar a

identificação das mesmas nas figuras e tabelas.

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96

Interessantemente, nenhuma proteína apareceu somente no rim isquêmico, enquanto três

foram exclusivas do rim contralateral: Glutaril-CoA desidrogenase mitocondrial (GCDH),

Fosforibosilaminoimidazol carboxilase/Fosforibosilaminoimidazol succinocarboxamida sintase -

(PAICS) e Fosfoglucomutase-1 – (PGM1). A GCDH está envolvida na via de degradação da lisina,

triptofano e ácidos graxos para a síntese de acetil-CoA. Já, a PAICS e PGM1 tem ação sobre o

metabolismo de purinas, sendo que a PGM1 também pode atuar no metabolismo de glicose.

A comparação entre os nitroproteomas do rim isquêmico e contralateral mostrou 55

proteínas nitradas diferencialmente expressas entre eles, sendo duas delas Proteína A associada a

proteína de membrana associada a vesícula (VAPA) e Transferência de elétrons flavoproteína-

ubiquinona óxidoredutase, mitocondrial (ETFDH) mais expressas no rim isquêmico (Figura 25).

Vale ressaltar que como não temos um rim controle para comparação, não se pode garantir que as

proteínas nitradas no rim isquêmico aumentaram, pois elas podem ter reduzido no rim

contralateral; porém, para comparação dos rins contralateral e isquêmico usamos como critério o

parâmetro aumento da expressão proteica para um rim ou para o outro. A VAPA é uma proteína

de retículo endoplasmático, ancoradora de microtúbulos e responsável pela comunicação entre

organelas através de vesículas (Prosser et al. 2008) e a ETFDH é uma proteína essencial para a

transferência de elétrons de desidrogenases mitocondriais contendo flavina para a cadeia

respiratória.

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97

Figura 25. Heatmap da expressão proteica padronizada pelo z-score (-2 a 2) nos rins contralateral e isquêmico para

cada animal. C2, C3, C4, C5 representam o rim contralateral e I2, I3, I4, I5 representam o rim isquêmico. As proteínas

foram representadas pelo nome dos seus genes.

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98

As 55 proteínas diferentemente expressas em ambos os rins pertencem as seguintes classes:

oxirredutases (21%), hidrolases (19%), liases (12%) e ligadas aos ácidos nucleicos (10%).

Além disso, estas proteínas foram representativas de três vias energéticas: metabolismo de

aminoácidos e derivados (EHHADH, HADHA, GLUD1, GOT2, BHMT2, RPS3A, DLST,

PHGDH, GCDH, PDHB, ASL), metabolismo da glicose (glicólise e gliconeogênese – MDH2,

GOT2, PGM1, SLC25A13) e beta oxidação (EHHADH, HADHA, GK, GCDH). As três vias

foram mostradas na Tabela 3 com seus respectivos genes e valores de associação, sendo que a

beta oxidação está inclusa na via de metabolismo. Destas proteínas, destacam-se as relacionadas

ao ciclo do ácido cítrico (FH, DLST, SUCLG2, MDH2), também conhecido por ciclo do ácido

tricarboxílico – TCA.

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99

Tabela 2. Análise de enriquecimento de vias metabólicas para as 55 proteínas diferencialmente

expressas entre os rins contralateral e isquêmico após I/R renal.

Vias do

Reactome

Homo

sapiens –

Ref 21042

Proteínas

encontradas

(55)

Fisher

(P-valor) FDR Genes

Metabolismo

(R-

HSA1430728)

1968 27 5,14E-14 1,02E-10

GOT2, PPP1CA, FH,

LYPLA1, LTA4H,

HBB, BHMT2,

NDUFV1, RPS3A,

DLST, PHGDH, GK,

SUCLG2, PAICS,

ETFDH, PGM1,

SLC25A13, HADHA,

MDH2, VAPA, GCDH,

EHHADH, P4HB,

PDHB, GLUD1,

ALDH1L1, ASL

Metabolismo do

piruvato e TCA

(R-HSA-71406)

46 5 2,14E-07 1,42E-04 FH, DLST, SUCLG2,

MDH2, PDHB

Metabolismo dos

aminoácidos e

derivados

(R-HSA-71291)

337 9 2,53E-07 1,26E-04

GOT2, BHMT2,

RPS3A, DLST,

PHGDH, GCDH,

PDHB, GLUD1, ASL

TCA e cadeia

respiratória de

elétrons

R-HSA1428517

162 7 2,74E-07 1,09E-04

FH, NDUFV1, DLST,

SUCLG2, ETFDH,

MDH2, PDHB

TCA

(R-HSA-71403)

18 4 2,92E-07 9,68E-05 FH, DLST, SUCLG2,

MDH2

Síntese de

aminoácidos e

interconversão

(transaminação)

(R-HSA-70614)

23 3 4,18E-05 1,19E-02 GOT2, PHGDH,

GLUD1

Metabolismo de

Glicose

(R-HSA-70326)

75 4 5,37E-05 1,34E-02 GOT2, PGM1,

SLC25A13, MDH2

Gliconeogênese

(R-HSA-70263) 32 3 1,03E-04 2,29E-02

GOT2, SLC25A13,

MDH2

TCA – sigla mais comum para denominação do ciclo do ácido cítrico. FDR - taxa de falsa descoberta.

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100

A maioria das proteínas encontradas (38%) era mitocondrial e estão distribuidas dentro da

organela da seguinte forma:

Matriz mitocondrial, responsável pela síntese energética – 13 proteínas (DLST, ETFDH,

FH, GCDH, GLUD1, GOT2, PDHB, PRDX3, SUCLG2, LONP1, HADHA, HSPA9, TUFM),

sendo as quatro últimas encontradas no nucleóide mitocondrial.

Membrana interna, onde está localizada a cadeia transportadora de elétrons – 6 proteínas

(ETFDH, GCDH, GOT2, HADHA, NDUFV1, SLC25A13).

Membrana externa, responsável pela troca de metabólitos entre a mitocôndria e a célula –

1 proteína (GK). Esta proteína é a principal enzima que regula a captação do glicerol para dentro

da mitocôndria e o seu metabolismo.

Além das proteínas mitocondriais energéticas, também foram encontradas proteínas de

reparo e regulação gênica via mtDNA (LONP1), reguladoras do metabolismo do óxido nítrico

(LYPLA1), relacionadas a proliferação, resposta e manutenção mitocondrial (HSPA9) e presentes

no metabolismo do carbono (ALDH1L1).

Um resumo das proteínas nitradas encontradas nos córtices renais, especialmente as

mitocondriais, pode ser observado na Figura 26.

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Fig

ura

26.

Pro

teín

as n

itra

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id

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fica

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As

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I/R

ren

al.

Já,

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mit

ocô

nd

ria.

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102

A alta porcentagem de proteínas nitradas mitocondriais já era esperada devido à reação de

nitração ser instantânea e a mitocôndria ser a maior produtora de EROs no organismo (Bottari

2015). Além disso, as mitocôndrias têm um papel importantíssimo na lesão e reparo de vários

tecidos que sofreram I/R (Song and Phillis 1996; Irving et al. 2000; Korth U et al. 2003; Chouchani

et al. 2014), inclusive nas doenças renais (Emma et al. 2016). A disfunção mitocondrial é um

mediador crítico da LRA (Ishimoto and Inagi 2016) e precede sua manifestação clínica (Emma et

al. 2016). Durante a I/R, a depletação de ATP altera a estrutura e a função mitocondrial reduzindo

sua quantidade, descolando-a espacialmente ou desestabilizando a cadeia transportadora de

elétrons (Funk and Schnellmann 2012; Ralto and Parikh 2016). Assim, essas alterações resultam

no excesso de EROs que leva a peroxidação lipídica, danos no DNA, apoptose e modificações pós

traducionais como a nitração da tirosina (Aulak et al. 2004; Groot and Rauen 2007; Ott et al. 2007).

Muitas proteínas mitocondriais têm sido descritas nitradas em vários tecidos saudáveis ou doentes,

incluindo algumas proteínas encontradas no nitroproteoma do córtex avaliado em nosso estudo. A

EHHADH (Kanski et al. 2005), HADHA (Kanski et al. 2005), PGM1 (Brunelli et al. 2012),

GLUD1 (Liu et al. 2009), MDH2 (Aulak et al. 2004; Koeck et al. 2009) e SUCLG2 (Koeck et al.

2004) já foram encontradas nitradas in vivo, sendo as três ultimas identificada após I/R em coração

ou fígado. Já a PDHB e a GOT2 foram identificadas como nitradas apenas in vitro (Scandurra et

al. 1975; Kohutiar et al. 2018) e as proteínas SLC25A13, GK, GCDH e DLST, do que é do nosso

conhecimento, não foram identificadas como nitradas na literatura até o momento.

O fato de a isquemia poder reduzir a quantidade de mitocôndrias após I/R bilateral pode

ter levado redução de mitocôndrias no rim isquêmico com menor concentração de proteínas

nitradas mitocondriais comparado ao rim contralateral (Funk and Schnellmann 2012). Para

verificar esta hipótese, as expressões de duas proteínas estruturais de membrana externa

mitocondrial que inferem a densidade de mitocôndrias foram analisadas. Tanto a expressão da

VDAC-1 quanto a da TOM20, não apresentaram diferença signicativa entre os rins isquêmico e

contralateral, refutando a hipótese de menor número de mitocôndrias no rim isquêmico (Figura

27). Porém, uma limitação para esta analise é claramente o número amostral.

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103

Figura 27. Immunobloting contra as proteínas mitocondriais VDAC1 e TOM20 do extrato proteico dos cortices

renais. As bandas foram quantificadas por densitometria e o GAPDH foi usado como normalizador. Não houve

diferença estatisticamente significativa entre os rins para VDAC1 (Wilcoxon pareado p=0,37) e TOM20 (Wilcoxon

pareado p=0,62). Cada sinal no gráfico representa um animal analisado. Os valores foram expressos como média ±

SEM. C = rim contralateral, I = rim isquêmico. P4 = porca 4, P5 = porca 5.

Ao comparar as proteínas encontradas neste nitroproteoma com as diferencialmente

expressas no proteoma total dos cortices desses mesmos animais, foram identificadas 41 proteínas

presentes em ambas as análises. Cabe relembrar que no proteoma total há a presença de mais um

animal que não foi considerado no nitroproteoma. Destas proteínas, a ETFDH teve o mesmo

comportamento em sua forma total (com e sem nitração) e sua forma nitrada, ou seja, ambas

estavam aumentadas no rim contralateral. As demais proteínas em sua forma total se apresentaram

mais expressas no rim isquêmico, enquanto as nitradas se mostraram mais expressas no rim

contralateral (Tabela 4). A menor expressão das proteínas nitradas no rim isquêmico pode ter

ocorrido devido a excreção urinária ou pela síntese de novas proteínas observadas no proteôma

total, levando a uma diminuição da proporção de proteínas nitradas comparada ao valor total

proteico analisado.

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104

Tabela 3. Comparação da expressão proteica das proteínas presentes no Proteoma total e no

Nitroproteoma de córtices renais pós I/R renal.

(Continua)

Proteoma

Nitroproteom

a

ID Gene Nomes das proteínas em inglês

Razão

ISQ/CL

Razão

log2ISQ/CL

LYPLA1 Acyl-protein thioesterase 1 8,65 0,41

PHGDH D-3-phosphoglycerate dehydrogenase 2,67 0,30

TWF1 Twinfilin-1 2,27 0,29

GDI2 Rab GDP dissociation inhibitor beta 2,26 0,24

VCL Vinculin 2,24 0,42

LAP3 Cytosol aminopeptidase 2,15 0,17

EHHADH Peroxisomal bifunctional enzyme 2,14 0,56

LTA4H Leukotriene A-4 hydrolase 2,10 0,45

HNRNPA3 Heterogeneous nuclear ribonucleoprotein A3 2,10 0,48

HNRNPM Heterogeneous nuclear ribonucleoprotein M 2,03 0,31

ILF2 Interleukin enhancer-binding factor 2 2,02 0,23

RAB11B Ras-related protein Rab-11B 1,93 0,54

BHMT2

S-methylmethionine-homocysteine S-methyltransferase

BHMT2 1,89 0,28

RPS3A 40S ribosomal protein S3a 1,87 0,38

RAB5C Ras-related protein Rab-5C 1,86 0,49

ATP6V1B2 V-type proton ATPase subunit B, brain isoform 1,81 0,51

VCP Transitional endoplasmic reticulum ATPase 1,80 0,37

GLUD1 Glutamate dehydrogenase 1, mitochondrial 1,80 0,38

GCDH Glutaryl-CoA dehydrogenase, mitochondrial 1,80 0,00

TUFM Elongation factor Tu, mitochondrial 1,73 0,76

GOT2 Aspartate aminotransferase 1,70 0,57

HSPA9 Stress-70 protein, mitochondrial 1,67 0,55

PPIB Peptidyl-prolyl cis-trans isomerase B 1,66 0,45

P4HB Protein disulfide-isomerase 1,66 0,20

DPP4 Dipeptidyl peptidase 4 1,62 0,43

TCP1 T-complex protein 1 subunit alpha 1,61 0,20

DLST 2-oxoglutarate dehydrogenase complex component E2 1,60 0,42

MDH2 Malate dehydrogenase 1,58 0,34

ASL Argininosuccinate lyase 1,56 0,05

CCT4 T-complex protein 1 subunit delta 1,55 0,37

PGM1 Phosphoglucomutase-1 2,80 0,00

FH Fumarate hydratase, mitochondrial 1,48 0,26

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105

Continuação da Tabela 4. Comparação da expressão proteica das proteínas presentes no Proteoma

total e no Nitroproteoma de córtices renais pós I/R renal.

(Continuação)

Proteoma

Nitroproteom

a

ID Gene Nomes das proteínas em inglês

Razão

ISQ/CL

Razão

log2ISQ/CL

PRDX3

Thioredoxin-dependent peroxide reductase,

mitochondrial 1,48 0,35

LONP1 Lon protease homolog, mitochondrial 1,46 0,37

NDUFV1

NADH dehydrogenase [ubiquinone] flavoprotein 1,

mitochondrial 1,45 0,50

SLC25A13 Calcium-binding mitochondrial carrier protein Aralar2 1,44 0,57

SUCLG2

Succinyl-CoA ligase [GDP-forming] subunit beta,

mitochondrial 1,41 0,44

MME Neprilysin 1,39 0,27

ALDH1L1 Cytosolic 10-formyltetrahydrofolate dehydrogenase 1,35 0,36

HADHA Trifunctional enzyme subunit alpha, mitochondrial 1,33 0,57

ETFDH

Electron transfer flavoprotein-ubiquinone

óxidoreductase, mitochondrial 1,61 1,45

Das 41 proteínas totais ou nitradas, 15 estão presentes na mitocôndria, sendo 13 na matriz

(HSPA9, LONP1, TUFM, PRDX3, NDUFV1, MDH2, GOT2, HADHA, GCDH, ETFDH,

GLUD1, DLST, SUCLG2) e duas na membrana interna (SLC25A13 e NDUFV1). Como

observado, embora os rins contralateral e isquêmico tenham a mesma densidade de mitocôndria,

o estresse nitrosativo após a I/R agiu de forma diferente em ambos os rins. Enquanto a quantidade

de algumas proteínas mitocondriais no rim isquêmico estava maior que no rim contralateral, a

quantidade dessas mesmas proteínas nitradas era menor.

As mitocôndrias são muito abundantes nos túbulos proximais devido à sua importância

na produção energética para reabsorção de nutrientes impedindo que eles sejam excretados na

urina. A energia é produzida pela oxidação de carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos, todos

interligados pelo ciclo do ácido cítrico (TCA), responsável pela maior síntese de ATP.

O TCA é considerado o centro do metabolismo energético, ele fornece elétrons para o

complexo I da mitocôndria. O succinato segue para o complexo II que assim como o ETFDH,

fornecem eletrons para a redução de Q, que será utilizada nos complexos III, IV e V para geração

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de energia para as células. As alterações neste ciclo levam ao acúmulo de succinato, que é uma

assinatura metabólica universal da isquemia, responsável pela produção de ROS mitocondrial

durante a reperfusão (Chouchani et al. 2014). Isto decorre da reversão da succinato desidrogenase

(SDH), pelo excesso de fumarato e reversão parcial da lançadeira malato/aspartato que funciona

no rim, fígado e coração (Chouchani et al. 2014).

Na análise do proteoma total do rim contralateral e isquêmico, observamos que algumas

destas proteínas do TCA estavam mais expressas no rim isquêmico, dentre elas as proteínas

responsáveis pela síntese de succinato, SDHA, SDHB e SUCLG2 e as presentes na lançadeira

malato/aspartato, SLC25A11, MDH1, MDH2, GOT1 e GOT2, sugerindo um aumento dessas vias

no rim isquêmico. Interessantemente, três proteínas da lançadeira malato-aspartato (SLC25A13,

GOT2, MDH2) foram identificadas nitradas e em maior concentração no rim contralateral,

mostrando que a nitração pode participar da regulação desse sistema. Além do aumento de

succinato, a lançadeira proporciona um mecanismo importante para regulação da glicólise e do

metabolismo do lactato, transferindo equivalentes redutores do citosol para as mitocôndrias.

Alguns estudos mostraram redução de metabólitos do TCA em LRA por cisplatina (Choi

et al. 2015) e em pacientes com DRC não diabética (Hallan et al. 2017). O reflexo das alterações

das proteínas do TCA apresentados no nosso nitroproteoma pôde ser observado em nosso estudo

anterior com análises metabolômicas a partir do sangue e da urina desses animais. Neste estudo

houve um aumento do glutamato sérico no tempo de isquemia, enquanto houve um aumento na

excreção urinária de piruvato, citrato, glicerol e 3-hidroxibutirato no primeiro momento da

reperfusão (Malagrino et al. 2016).

Huang e colaboradores, em um estudo de proteo-metabolômica com I/R renal unilateral

em ratos, revelaram um possível efeito compensatório parcial da função mitocondrial perdida do

rim isquêmico pelo rim contralateral em 24 horas de reperfusão (Huang et al. 2018). Não avaliamos

a função mitocondrial neste estudo, no entanto a regulação do TCA, por exemplo, pode estar sendo

feito parcialmente por uma modificação pós traducional como a nitração.

A nitração da tirosina é uma modificação pós traducional pouco estudada devido à

dificuldade de encontrar resíduos de tirosina nitrados e sua possível ação sobre a função proteica.

Uma vez identificada uma proteína nitrada, é necessario identificar a posição da tirosina nitrada

para verificar uma possível alteração estrutural da proteína. A resposta funcional da proteína vai

depender do tipo de proteína, conformação, interação com outras modificações pós traducionais

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(principalmente fosforilação) e da localização da proteína dentro da célula (Batthyány et al. 2016).

A nitração de proteínas mitocondriais pode prevenir a apoptose, como citocromo c nitrado (Godoy

et al. 2009), inibir a atividade antioxidante de MnSOD (Macmillan-Crow et al. 1996; Yamakura

et al. 1998; MacMillan-Crow and Thompson 1999; Radi 2004) ou regular o metabolismo

mitocondrial por Hsp90 (Franco et al. 2015). Outros experimentos são necessários para entender

os mecanismos e a função real da nitração da tirosina em cada proteína no metabolismo.

4.2.1 Proteínas do córtex renal candidatas a biomarcadoras de LRA pós I/R renal

De todas as 55 proteínas diferencialmente expressas em ambos os rins, a BHMT2, MME,

ALDH1, DPPIV e EHHADH foram consideradas predominantemente renais e podem ser

consideradas boas candidatas a biomarcador de doença renal.

A técnica de imunoprecipitação de proteínas e não de peptídeos nitrados foi considerada a

melhor para ser empregada neste estudo, devido esssa ser capaz de identificar mais proteínas

nitradas. Porém, através desta técnica é muito difícil a identificação dos sítios de nitração nos

peptídeos sequenciados, apenas o sítio de nitração da HBB foi observado

(LLVVY(NO2)PWTQR). Isto ocorre porque o número de tirosinas nitradas é muito menor que o

total de tirosinas, os peptídeos nitrados são muito hidrofóbicos e o resíduo de nitração pode mudar

de acordo com a espécie nitrante (Batthyány et al. 2016).

Assim, para aumentar a confiança nessas candidatas a biomarcador de LRA, visto que não

foram identificados seus sítios de nitração, foi feita uma análise de predição de sítio de tirosina

nitrada por dois modelos preditores para cada proteína. Com excessão da BHMT2 e da DPPIV, a

nitração da tirosina das demais proteínas foi prevista em ambas Tabela 5.

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Tabela 4. Predição dos sítios de tirosina nitrada das proteínas candidatas a biomarcadora de LRA

no córtex renal por dois modelos preditores.

Proteínas Número de

Tirosinas

iNitro-Tyr GPS-yNO2

BHMT2 10 0 1

MME 34 9 6

EHHADH 21 4 1

DPPIV 56 12 0

ALDH1 16 6 2

Caracterização de cada proteína candidata a biomarcador de LRA:

- Enzima bifuncional enoil-CoA hidratase/3-Hidroxiacil CoA desidrogenase expressa pelo

gene EHHADH é uma das quatro enzimas da via de beta-oxidação do peroxissomo. O mau

funcionamento da EHHADH peroxisomal pertuba o metabolismo mitocondrial e leva a Sindrome

de Fanconi, caracterizada pela perda renal de bicarbonato e fosfato (Klootwijk et al. 2014). A

EHHADH nitrada já foi encontrada em mitocôndria de coração de ratos em condições fisiológicas

normais (Kanski et al. 2005).

- Aldeido desidrogenase 1 (ALDH1) é uma enzima que converte aldeído em ácido

carboxílico com NADH. Prévios estudos com células de câncer pulmonar sugerem seu

envolvimento com a síntese de ATP a partir da NADH da fosforilação oxidativa (Kang et al. 2016)

e já identificaram a ALDH1 nitrada em fígado de camundongos saudáveis (Marshall et al. 2013).

- Endopeptidase neutra ou Neprilisin (MME) é uma metaloprotease dependente de zinco

que inativa vários peptídeos como angiotensina e peptídeos natriuréticos (Vijayaraghavan et al.

1990; Abassi et al. 1992; Park et al. 2003; Domenig et al. 2016).

- Betaina-Homocisteina S-Metiltransferase 2 (BHMT2) é uma enzima que converte

homocisteína em metionina. O aumento da homocisteína plasmática já é descrito como um fator

de risco para doença cardiovascular e também foi considerado um fator de risco independende

para a progressão de doença renal em pacientes diabéticos (Peng et al. 2015; Wang et al. 2015).

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109

Um dos produtos da degradação da homocisteína, a metionina, foi observada elevada no plasma

durante o período isquêmico em nosso estudo metabolômico, bem como, associada com a

mortalidade de pacientes com LRA (Sun et al. 2012b; Malagrino et al. 2016).

- Dipeptidil peptidase IV (DPPIV) é uma enzima que cliva dipeptídeos como fator de

crescimento, citocinas, neuropeptídios e peptídeos vasoativos. O nível da DPPIV tem sido descrito

alterado pacientes com glomerulopatias, nefropatia diabética e disfunções cardíacas (Mitic et al.

2008; dos Santos et al. 2013; Zheng et al. 2016).

Coincidentemente, em nossa análise prévia do proteoma total a BHMT2 e a DPPIV

também foram descritas como boas candidatas a biomarcadores renais, porém foram encontradas

na urina (Malagrino et al. 2017).

Devido às duas destas proteínas predominantemente renais, BHMT2 e DPPIV, serem

inconclusivas quanto a presença de nitração, elas foram selecionadas para validação experimental

por imunoprecipitação de proteínas nitradas seguida do immunobloting. Os resultados

apresentados nas Figura 28, Figura 29 confirmaram que as duas proteínas avaliadas apresentam

pelo menos um sítio de tirosina nitrada.

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110

Figura 28. Immunobloting contra BHMT2 do extrato proteico do córtex renal com e sem enriquecimento por

imunoprecipitação. O anticorpo utilizado reconheceu três bandas da BHMT2: 40Kda, 37 e 39kDa. As bandas foram

quantificadas por densitometria e o GAPDH foi usado como normalizador somente para o extrato não enriquecido.

Não houve diferença estatisticamente significativa entre os rins. Cada sinal no gráfico representa um animal analisado.

Os valores foram expressos como média ± SEM. M = marcador de peso molecular, C = rim contralateral, I = rim

isquêmico, IP = imunoprecipitação.

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111

Figura 29. Immunobloting contra DPPIV do extrato proteico do córtex renal com e sem enriquecimento por

imunoprecipitação. O anticorpo utilizado reconheceu a forma solúvel da DPPIV em 90KDa. As bandas foram

quantificadas por densitometria e o GAPDH foi usado como normalizador somente para as amostras não enriquecidas.

Não houve diferença estatisticamente significativa entre os rins. Cada sinal no gráfico representa um animal analisado.

Os valores foram expressos como média ± SEM. M = marcador de peso molecular, C = rim contralateral, I = rim

isquêmico, IP = imunoprecipitação. Note que os animais que têm maiores valores de DPPIV total, têm menos DPPIV

nitrada e os que têm menores valores de DPPIV total tem mais proteína nitrada.

Ao avaliar a quantificação da BHMT2 e DPPIV totais e nitradas, notou-se, no entanto, que

os valores dessas proteínas tiveram uma alta variabilidade, comum nas avaliações de estresse

oxidativo e foram semelhantes entre os rins contralateral e isquêmico. Infelizmente, este resultado

não valida as diferenças encontradas entre os rins contralateral e isquêmico em que estas proteínas

nitradas se mostraram mais abundantes no rim contralateral.

A abordagem proteômica de descoberta (shotgun) é uma excelente técnica para

identificação de proteínas, ela é altamente precisa e sensível. Porém, toda técnica tem sua limitação

e a da análise proteômica de descoberta feita no orbitrap é detectar em cada leitura, apenas os dez

peptídeos mais abundantes e bem ionizados naquele momento. Portanto, a falta de identificação

de uma proteína não indica sua ausência.

Para a DPPIV e a BHMT2 encontramos os seguintes resultados apresentados na Tabela 6.

É possível notar que estas proteínas não foram identificadas em todas as amostras de rim e que

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112

pode ter sido suprimida por peptídeos de outras proteínas mais abundantes que foram lidas no

mesmo momento. Nosso resultado mostra a importância da validação dos resultados da proteomica

de descoberta.

Tabela 5. Peptídeos e intensidade de íons para cada rim de cada animal analisado.

Apesar de não haver diferença na quantidade de BHMT2 e DPPIV nitrada entre os dois

rins, a condição de nitração dessas proteínas deve ser analisada mais profundamente devido à

importância e especificidade dessas proteínas no rim. Interessantemente, nota-se na Figura 25 que

os animais que têm maiores valores de DPPIV total, têm menos DPPIV nitrada e os que têm

menores valores de DPPIV total tem mais proteína nitrada.

4.2.3 Nitroproteoma do Soro

Alguns estudos têm mostrado que a nitração proteica plasmática ou sérica está aumentada

em pacientes com doenças renais. Um estudo feito por Quian e colaboradores mostrou que

indivíduos com LRA apresentaram maiores valores de nitração proteica plasmática comparados

aos indivíduos saudáveis, além de um aumento dos valores de nitração com o agravamento da

doença, podendo servir como um preditor de morte em pacientes com LRA (Qian et al. 2013). A

mesma diferença significativa na concentração de proteínas nitradas também foi observada em

pacientes com DRC, dialíticos ou não, comparada aos indivíduos saudáveis (Piroddi et al. 2011).

Esses trabalhos mostram a importância da nitração proteica para as doenças renais e a possibilidade

de se identificar biomarcadores de doenças renais a partir do nitroproteoma sérico.

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Em nosso estudo foram identificadas 99 proteínas no nitroproteoma que passaram pelo

mesmo procedimento de limpeza do córtex e se reduziram a 55 proteínas. Destas, foram

selecionadas apenas as que apareceram em pelo menos três dos quatro animais, independentemente

do tempo analisado, resultando em 36 proteínas que tiveram suas expressões demonstradas

graficamente no heatmap (Figura 30).

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Figura 30. Heatmap e dendograma da expressão proteica dos soros padronizada pelo z-score (-1,5 a 1,5) durante o

experimento de I/R renal. O dendrograma da vertical agrupa os períodos mais similares da I/R, enquanto o dendograma

da horizontal agrupa as proteínas com comportamentos similares das expressões proteicas. Os retângulos amarelos

destacam os grupos de proteínas que mais separam os períodos analisados. PreIsc = pré-isquemia; Isc = isquemia; R6

= 6h pós reperfusão; R11 = 11h pós reperfusão; R16 = 16h pós reperfusão. As proteínas foram representadas com o

nome dos seus genes e a média dos valores de expressão dos 4 animais.

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115

Através do dendrograma gerado pela análise de agrupamento das amostras, foi possível

observar que as amostras de soro foram classificadas em dois grupos: pré-isquemia/isquemia e

períodos de reperfusão. Ao agrupar as proteínas por similaridade de comportamento de expressão

encontramos três grupos de proteínas que caracterizam os períodos pré-isquemia/isquemia, 6h pós

reperfusão e 11 e 16h pós reperfusão. Dentro do período pré-isquemia não houveram proteínas

mais expressas que em outros períodos, sugerindo que após a I/R renal os níveis de proteínas

nitradas aumentam como observado em nosso estudo prévio que avaliou os níveis de nitrotirosina

no soro destes animais (Figura 31) (Malagrino et al. 2014). Alguns estudos relataram que os sinais

de dano protéico por estresse oxidativo/nitrosativo também aparecem no plasma desde os

primeiros estágios da DRC (Mitrogianni et al. 2004; Matsuyama et al. 2009).

Figura 31. Proteínas nitradas totais no soro ao longo da I/R renal. O gráfico mostra a diferença entre os tempos pós

isquemia e basal (pré-isquemia), destacando o aumento pós reperfusão. Todos os valores foram apresentados como

média±erro padrão da média. A análise para medidas repetidas (ANOVA) resultou em p<0,05, sem diferença no pós-

teste, mostrando que houve diferença na análise global da nitração proteica (Malagrino, 2014).

Ao analisar o período isquêmico, nota-se um aumento da expressão de oito proteínas

(GORASP1, AAR2, AKAP9, HBB, DMGDH, SEMG2, IGKV3-25, SEMG1) representativas da

regulação positiva da atividade da peptidase tipo serina e da heterooligomerização proteica. Estas

proteínas desempenham um papel importante nas funções dependentes da atividade da peptidase

do tipo serina, tais como digestão, hemostasia, apoptose, transdução de sinal, reprodução e resposta

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116

imune (Hedstrom 2002). A inibição da serina-protease pelo Mesilato de Camostat foi descrita

como renoprotetora devido à supressão da expressão de citocinas inflamatórias e pró-fibróticas,

produção de ROS e sinalização do fator transformador do crescimento b (TGF-b) (Narita et al.

1984; Hayata et al. 2012; Morinaga et al. 2013; Ueda et al. 2015).

Embora muitas proteínas altamente abundantes no soro de porcos e humanos (Hortin et al.

2008; Zhang et al. 2012) sejam nitradas, com excessão da HBB elas não foram as mais abundantes

no nitroproteoma do grupo pré-isquemia/isquemia.

Diferentemente do grupo pré-isquemia/isquemia, o grupo reperfusão apresentou maiores

níveis de proteínas nitradas bem abundantes no soro. As 28 proteínas com maiores intensidades

foram altamente representativas dos processos biológicos bem descritos na I/R: organização de

membrana, regulação da resposta inflamatória aguda, resposta ao estresse e modificação proteica

pós-traducional (Tabela 7). Duas destas proteínas IGKV1D e IGKV3 não foram reconhecidas pelo

software. Algumas das proteínas de resposta ao estresse (YWHAZ, A2M, IGHG3, IGHM,

DOCK9) aproximaram o perfil proteico do período 11 e 16h do grupo pré-isquemia/isquemia,

mostrando a redução da resposta ao estresse oxidativo gerado pela I/R renal.

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117

Tabela 6. Análise de enriquecimento de vias metabólicas para os dois grupos de proteínas

encontrados, pré-isquemia/isquemia e reperfusão no nitroproteoma sérico após I/R renal.

(Continua)

GO processo biológico

complete

Homo

sapiens

- REF

(21042)

Proteínas

encontradas

(27)

Fisher

(P-valor) FDR Genes

ISQUEMIA

Regulação positiva da atividade

da peptidase tipo serina

(GO:1902573)

3 2 9,48E-07 1,48E-02

SEMG1,

SEMG2,

HBB

Heterooligomerização proteica

(GO:0051291) 113 3 5,62E-06 1,10E-02

SEMG1,

SEMG3

REPERFUSÃO

Homeostase da retina

(GO:0001895) 71 4 2,09E-06 2,97E-03

Organização da membrana

(GO:0061024) 811 8 4,22E-06 4,41E-03

TF,

YWHAZ,

ACTG1,

YWHAG,

IGHG3,

CUL3,

IGHM,

SERPINA1

Regulação da ativação

complemento (GO:0030449) 113 4 1,23E-05 1,01E-02

Regulação da resposta

inflamatória aguda

(GO:0002673)

154 4 4,00E-05 1,69E-02

C4B, A2M,

IGKV2-29,

IGHG3

Degranulação plaquetária

(GO:0002576) 128 4 1,98E-05 1,41E-02

Via de sinalização do receptor

Fc-gamma envolvida na

fagocitose (GO:0038096)

134 4 2,36E-05 1,48E-02

Coagulação sanguínea

(GO:0007596) 289 5 2,65E-05 1,43E-02

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Continuação da Tabela 7. Comparação da expressão proteica das proteínas presentes no Proteoma

total e no Nitroproteoma de córtices renais pós I/R renal.

(Continuação)

GO processo biológico

complete

Homo

sapiens

- REF

(21042)

Proteínas

encontradas

(27)

Fisher

(P-valor) FDR Genes

Resposta ao estresse

(GO:0006950) 3367 15 1,54E-06 2,41E-03

TF, C4B,

SERPINB6,

HPR, CUL3

YWHAZ,

ACTG1,

A2M, ALB,

IGHG3,

FCN1,

IGHM,

DOCK9,

SERPINA1,

PIK3R2

Ativação do complemento, via

clássica (GO:0006958) 162 4 4,85E-05 2,00E-02

Modificação proteica pós-

traducional (GO:0043687) 361 5 7,50E-05 2,67E-02

SERPINA1,

TF, ALB,

CP, CUL3

Regulação positiva do transporte

(GO:0051050) 936 7 1,10E-04 3,57E-02

As proteínas destacadas em negrito são as principais representantes da formação das proteínas nitradas. FDR - taxa de

falsa descoberta.

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Duas proteínas encontradas no nitroproteoma do soro foram consideradas

predominatemente renais e podem se tornar boas candidatas a biomarcadoras de LRA:

Dimetilglicina desidrogenase, mitocondrial (DMGDH), a qual participa da degradação da betaína,

e Semenogelina-2 (SEMG2), envolvida na formação de uma matriz de gél que reveste os

espermatozóides ejaculados. Embora a SEMG2 seja expressa em células renais, o papel fisiológico

no órgão ainda não é conhecido (Lundwall et al. 2002). Ambas as proteínas DMGDH e SEMG2

apresentaram uma alta expressão proteica no período isquêmico com posterior queda após a

reperfusão e requerem validação (Tabela 8).

Tabela 7. Valores brutos da intensidade de íons para DMGDH e SEMG2.

Os valores das médias estão coloridos de vermelho, quanto maior a concentração de íons naquele período, mais

vermelha a média se encontra.

Na análise MS/MS do espectrômetro de massas, encontrou-se apenas um peptídeo para a

DMGDH, o SEITAGSTWHADFGIVK lidas entre 2 a 10 vezes (scan number). Porém, esta

proteína pode ser considerada bem identificada por ser uma proteína pequena de tamanho de

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10,5KDa, e o seu peptídeo ser: exclusivo desta proteína (unique), ser encontrado em 7 amostras,

não possuir miscleavage e possuir uma boa sequência de íons (a2;b2;b2-H2O;b3;b4;b4-

H2O;b6;b6-H2O). Já para a SEMG2, foram encontrados três peptídeo, o DIFTTQDEIIVYNK

(y1;y2;y3;y4;y5;y6;y7;y8;y9;y10;y11;y12;y1-NH3;y2-NH3;y3-NH3;y7-NH3;y9-NH3;y10-

H2O) em 6 amostras, GSISIQTEEQIHGK (y1;y2;y3;y4;y6;y7;y8;y9;y10;y11;y1-NH3;y2-

NH3;y9-H2O;y9-NH3) em 14 amostras e o DVSQSSISFQIEK

(y1;y2;y3;y4;y5;y6;y7;y8;y9;y10;y11;y1-NH3;y2-H2O;y4-H2O;y4-NH3;y10-H2O;y10-NH3)

em 4 amostras, todos sem miscleavage e considerados exclusivos da proteína SEMG2 que possui

65,5 KDa.

A validação da DMGDH foi feita por western blot e confirmou a nitração da proteína,

embora não mostre diferença entre os tempos de I/R (Figura 32). Conjuntamente, foi analisada a

expressão da DMGDH nos rins dos animais e no soro em sua forma total (com ou sem nitração).

Não foi verificada diferença estatística entre os rins contralateral e isquêmico, porém foi visto um

aumento significativo desta proteína no soro após a I/R.

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Figura 32. Avaliação da expressão proteica da proteína DMGDH total e nitrada no córtex renal e no soro dos animais

antes e após a I/R.

A DMGDH é expressa apenas nos túbulos hepáticos e renais e é a segunda enzima

envolvida na degradação da betaína. Primeiro, a glicina betaína vinda da degradação da colina é

clivada em N-N-Dimetilglicina pela BHMT1/2 com formação de metionina. Então, a N-N-

Dimetilglicina é clivada em sarcosina na mitocôndria pela DMGDH. A expressão gênica da

DMGDH é altamente sensível a variações na osmolaridade (Hoffmann et al. 2013) e aumentos dos

metabólitos desta via, colina, glicina e metionina, já foram observados durante a análise

metabolômica desses mesmos animais. Interessantemente, a enzima de ação anterior a DMGDH,

a BHMT2, se confirmou nitrada no nitroproteoma do córtex renal e foi caracterizada como boa

candidata a biomarcador de LRA no proteoma total de urina (Malagrino et al. 2017). Estes

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122

resultados mostram uma suposta ação da I/R renal sobre a via de degradação da betaína com

participação da nitração que deve ser melhor investigada.

4.2.4 Nitroproteoma da urina

Naturalmente, indivíduos saudáveis excretam pela urina algumas determinadas proteínas

e em baixas concentrações. As proteínas na urina em condições fisiológicas têm diversas origens.

Primeiramente, ela pode vir do resultado da subtração da quantidade de proteína que atravessou a

barreira glomerular menos a que foi absorvida pelos túbulos. Ou também pode vir de mais três

processos: secreção tubular de proteínas do sangue, sintetizada pelas próprias células renais e

liberadas na urina ou ser acrescentada em um estágio posterior, por exemplo, por excreção da

próstata do homem (Haraldsson et al. 2008). Porém, quando há uma I/R ou outro insulto renal, as

lesões geradas no rim podem causar um aumento na excreção de proteínas, sendo chamada de

proteínuria quando os valores são superiores a 30mg/g de albumina/creatinina.

Levando em consideração ambas as condições fisiológica e patológica, e o nosso

resultado de um estudo anterior mostrando um aumento na excreção das proteínas nitradas totais

durante a isquemia e início da reperfusão (Figura 33) (Malagrino et al. 2014), foram feitas as

análises do nitroproteoma da urina ao longo da I/R renal. Diferentes perfis urinários de proteínas

nitradas e suas expressões proteicas podem ser utilizados como indicadores de lesão e ainda, como

biomarcadores de doenças renais.

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Figura 33. Excreção de proteínas nitradas/creatinina na urina ao longo da I/R renal. O gráfico mostra um aumento

significativo da excreção de proteínas nitradas no início da reperfusão – 15min (n=4). Todos os valores foram

apresentados como média±erro padrão da média. Análise para medidas repetidas (ANOVA) p<0,05, sendo *

comparado ao valor basal (Malagrino et al. 2014).

Inicialmente, no nitroproteoma da urina foram identificadas 178 proteínas que passaram

pela limpeza resultando em 126 proteínas. Para garantir uma melhor confiabilidade nos resultados

e evitar que o resultado fosse a representação de apenas um animal foram selecionadas as proteínas

que apareceram em pelo menos três dos quatro animais, independente do tempo analisado,

totalizando 27 proteínas.

A análise de agrupamento por similaridade de comportamento das expressões proteicas

classificou os cinco períodos analisados em dois grupos, juntando os períodos pré-isquemia com

6h pós reperfusão e isquemia com 11 e 16h pós reperfusão, como demonstrado no dendograma

vertical acoplado ao heatmap na figura 8. Além disso, foi possível observar no heatmap pequenos

agrupamentos de proteínas vindas da urina com alta ou baixa intensidade que diferenciam cada

período analisado, e podem ser importantes para a compreensão do processo de I/R renal. No

período de pré-isquemia, as intensidades das proteínas CP, UMOD, CLU, AGT, APOH, KIF1B e

ACTG1 reduziram com a I/R renal, enquanto TF, COL18A1, PFN1, FGA e ALB aumentaram.

Três proteínas SPATS2L, GLP2R e IgJ se elevaram no período isquêmico. Durante a reperfusão

foi destacado o aumento das proteínas MYOC, ALDOB, VCP, ANPEP e LCA5 em 6h pós

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reperfusão e das proteínas TF e COL18A1 em 16h pós reperfusão; além do declíneo da HBB,

LDHB, HR, IGHM e C3 em 11h pós reperfusão. Quatro proteínas PNF1, FGA, ALB e IGKC

aumentaram em ambos os períodos: isquêmico, 11 e 16h pós reperfusão. Todas essas proteínas

foram mostradas no heatmap da Figura 34 e caracterizadas por suas funções na Tabela 9.

Figura 34. Excreção de proteínas nitradas/creatinina na urina ao longo da I/R renal. O dendrograma da vertical agrupa

os períodos mais similares da I/R, enquanto o dendograma da horizontal agrupa as proteínas com similares

comportamentos de expressão proteica. Os retângulos amarelos destacam os grupos de proteínas que mais diferenciam

os períodos de I/R renal. PreIsc = pre isquemia; Isc = isquemia; R6 = 6h pós reperfusão; R11 = 11h pós reperfusão;

R16 = 16h pós reperfusão. As proteínas foram representadas pelo nome dos seus genes.

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125

Tab

ela 8

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o

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Pré-isquemia

Alta expressão

P0

04

50

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C

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pla

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mem

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celu

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sma

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do

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79

11

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sal

sup

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P1

09

09

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nte

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Pla

sma

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10

19

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tensi

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53,5

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óre

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Pla

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P0

27

49

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1

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03

33

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1B

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1B

204,2

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rte

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.

Pla

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P6

32

61

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1

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2

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celu

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enal

Page 166: PAMELLA ARAUJO MALAGRINO - USP · Debbas, Andrea Kuramoto e toda a equipe que sempre me receberam muito bem. Aos colegas do Laboratório de Pneumologia (Milena, Vanessa e Carlos)

126

Conti

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Gen

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gem

Pré-isquemia

Baixa expressão

P0

27

87

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77

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lar.

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do

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o

P3

90

60

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1(X

VII

I)

178,2

P

ote

nci

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raçã

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lula

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endote

liai

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gio

gên

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Pla

sma

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do

de

vár

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teci

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s

P0

77

37

PF

N1

P

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lin

-1

15

L

iga-s

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na

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o

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uel

eto

.

Pla

sma

vin

do

de

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P0

26

71

FG

A

Fib

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alp

ha

chai

n

94,9

C

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bin

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riz

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.

Pla

sma

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27

68

AL

B

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um

in

69,4

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osm

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sport

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Pla

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do

fígad

o

Isquemia

Alta expressão

Q9

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Q6

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PA

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2L

S

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2-l

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pro

tein

61,7

L

igaç

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O9

58

38

GL

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R

Glu

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2 r

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63

R

ecep

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glu

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ike

pep

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e 2

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inte

stin

o

P0

15

91

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Imm

unoglo

buli

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18

S

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par

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gar

duas

unid

ades

mo

no

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de

IgM

ou

IgA

.

Pla

sma

vin

do

de

vár

ios

teci

do

s

Page 167: PAMELLA ARAUJO MALAGRINO - USP · Debbas, Andrea Kuramoto e toda a equipe que sempre me receberam muito bem. Aos colegas do Laboratório de Pneumologia (Milena, Vanessa e Carlos)

127

Conti

nuaç

ão d

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abel

a 9.

Car

acte

riza

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rote

ínas

uri

nár

ias

enco

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adas

no n

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pro

teom

a dura

nte

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enal

.

(C

onti

nuaçã

o)

6h Pós-reperfusão

Alta expressão

Q9

99

72

MY

OC

M

yoci

lin

57

P

rom

ove

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ubst

rato

, a

dis

sem

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e a

form

ação

de

ades

ões

foca

is.

Pla

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de

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do

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P0

50

62

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DO

B

Fru

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bis

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B

204,1

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na

sínte

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do 3

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ato e

fosf

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gli

cose

.

Pla

sma

vin

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50

72

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P

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endopla

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89,3

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rem

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mit

ose

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endopla

smát

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o.

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do

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P1

51

44

AN

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Am

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pep

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109,4

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ento

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sin

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IV,

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L

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80

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rte

de

mic

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bulo

s m

eno

s dir

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o a

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im.

Pri

nci

pal

men

te

reti

na,

tes

tícu

lo,

rim

e c

ora

ção

6h pós-reperfusion

Baixa expressão

P6

88

71

HB

B

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bin

16

E

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no t

ran

sport

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o.

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35

93

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127,5

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o,

ativ

idad

e n

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l e

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o

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lar.

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P0

71

95

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L

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ase

36,6

E

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ida

na

sínte

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Pla

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vin

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vár

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o

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igad

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mem

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na

ou

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reta

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lin

fóci

tos

B.

Pla

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e vár

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men

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187,1

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ma

com

ple

men

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qu

imio

atra

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neu

trófi

los

na

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ão

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nic

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Pla

sma

vin

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P6

28

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T1

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H

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H4

11,4

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ção d

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o,

rep

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rep

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ção

de

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ica.

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ren

al

P01

83

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C

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buli

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11,8

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de

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pes

adas

de

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glo

bu

lin

a.

Pla

sma

vin

do

de

vár

ios

teci

do

s

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128

Os pequenos grupos de proteínas que diferenciaram o grupo pré-ischemia (16

proteínas) do grupo isquemia/11e16h reperfusão (9 proteínas) foram analisados, porém

as proteínas de ambas não foram representavivas de nenhuma via.

Então, para ter uma visão mais geral do que está sendo excretado durante a I/R,

todas essas proteínas urinárias encontradas foram analisadas juntas e são representativas

das principais vias de formação das proteínas nitradas: metabolismo do óxido nítrico,

espécies reativas de oxigênio e resposta ao estresse (Tabela 10).

Tabela 10. Análise de enriquecimento de vias metabólicas para as 27 proteínas

encontradas no nitroproteoma ao longo da I/R renal.

(Continua)

GO processo biológico

completo

Homo

sapiens

REF

(21042)

Proteínas

encontradas

(27)

Fisher

(p-valor) FDR Genes

Regulação positiva do

processo de

biossíntese da

regulação de NO

(GO:0045429)

39 3 2,08E-05 2,17E-02 HBB, AGT,

CLU

Regulação positiva do

processo metabólico

do NO (GO:1904407)

39 3 2,08E-05 2,03E-02 HBB, AGT,

CLU

Agregação plaquetária

(GO:0070527) 42 3 2,57E-05 2,23E-02

Homeostase da retina

(GO:0001895) 70 5 3,79E-08 2,96E-04

Regulação positiva do

processo biosintético

das ROS

(GO:1903428)

48 3 3,75E-05 2,79E-02 HBB, AGT,

CLU

Regulação do

processo biossintético

do NO (GO:0045428)

51 3 4,46E-05 3,02E-02 HBB, AGT,

CLU

Adesão homotípica

célula-célula

(GO:0034109)

55 3 5,53E-05 3,45E-02

Degranulação

plaquetária

(GO:0002576)

128 5 6,71E-07 1,31E-03

Homeostase tecidual

(GO:0001894) 177 5 3,15E-06 4,91E-03

Cascata de ativação

proteica (GO:0072376) 190 5 4,41E-06 6,26E-03

Homeostase da

estrutura

anatômica(GO:0060249

297 6 1,93E-06 3,35E-03

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129

Continuação da Tabela 10. Análise de enriquecimento de vias metabólicas para as 27

proteínas encontradas no nitroproteoma ao longo da I/R renal.

(Continua)

GO processo biológico

completo

Homo

sapiens

REF

(21042)

Proteínas

encontradas

(27)

Fisher

(p-valor) FDR Genes

Homeostase organismal

multicelular

(GO:0048871)

304 5 4,07E-05 2,88E-02

Resposta imune humoral

(GO:0006959) 323 5 5,40E-05 3,51E-02

Exocitose regulada

(GO:0045055) 700 9 1,43E-07 7,44E-04

Regulação positiva da

biogênese do

componente celular

(GO:0044089)

502 6 3,67E-05 2,86E-02

Exocitose

(GO:0006887) 794 9 4,10E-07 1,07E-03

Secreção pelas células

(GO:0032940) 997 10 2,39E-07 7,44E-04

Secreção (GO:0046903) 1110 10 6,37E-07 1,42E-03

Regulação positiva da

organização do

componente celular

(GO:0051130)

1174 9 1,00E-05 1,31E-02

Transporte mediado por

vesículas (GO:0016192) 1921 13 1,85E-07 7,20E-04

Processo homeostático

(GO:0042592) 1557 10 1,31E-05 1,57E-02

Regulação da qualidade

biológica(GO:0065008 3779 18 3,42E-08 5,33E-04

Resposta ao estresse

(GO:0006950) 3456 14 2,47E-05 2,27E-02

HBB, IgJ

COL18A1,

UMOD,

FGA, AGT,

HIST1H4A,

APOH,CLU

ACTG1,

IGKC, VCP

ALB, C3

Transporte

(GO:0006810) 4446 16 1,85E-05 2,06E-02

Estabelecimento de

localização

(GO:0051234)

4559 16 2,58E-05 2,12E-02

As proteínas destacadas em negrito são as principais representantes da formação das proteínas nitradas.

FDR - taxa de falsa descoberta.

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130

Entre estas proteínas urinárias, duas foram consideradas predominantemente

renais: Uromodulina (UMOD) com queda na expressão proteica pós I/R renal e Frutose-

bisfosfato aldolase B (ALDOB) com alta expressão em 6h pós reperfusão (Tabela 11).

Tabela 11. Valores brutos da intensidade de íons para ALDOB e UMOD.

ALDO

B

Pré

Isquemia

Isquemi

a

6h

Reperfusão

11h

Reperfusão

16h

Reperfusão

P2 0 1063700 0 0 0

P3 0 0 0 0 0

P4 0 0 757870 315390 0

P5 7059167 835990 77355333 2230500 1897600

Média 1764792 474923 19528301 636473 474400

UMO

D

Pré

Isquemia

Isquemi

a

6h

Reperfusão

11h

Reperfusão

16h

Reperfusão

P2 0 0 0 0 5073300

P3 0 289460 0 0 0

P4 876525 175320 0 0 0

P5 509576667

1377757

3 5000323 7392067 9398800

Média 127613298 3560588 1250081 1848017 3618025 Os valores das médias estão coloridos de vermelho, quanto maior a concentração de íons naquele período,

mais vermelha a média se encontra.

No nitroproteoma da urina no período pré-isquemia pode-se observar proteínas

comumente excretadas na urina e que eram nitradas provavelmente pelo metabolismo

oxidativo basal, reduzindo a sua excreção após I/R renal.

A primeira proteína encontrada reduzida após o período de pré-isquemia foi a

uromodulina (UMOD), também conhecida como Tamm-Horsfall, a proteína mais

abundante na urina de indivíduos saudáveis (Pennica et al. 1987). Ela é expressa quase

exclusivamente no rim pelas células epiteliais do ramo espesso da alça ascendente de

Henle (Bachmann et al. 1990) e do túbulo distal (Tokonami et al. 2018). Ela atua no

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131

balanço hídrico, resposta inflamatória sistêmica e renal, comunicação intertubular,

cristalização mineral e adesão bacteriana (Raffi et al. 2005; Mo et al. 2007; El-achkar and

Dagher 2015). Além de atuar também no transporte de sódio e divalentes, modulando a

atividade do cotransportador de sódio-potássio-cloreto NKCC2 e a abundância do canal

de potássio ROMK2, (Craddock 1976; Renigunta et al. 2011). A dosagem de UMOD se

correlaciona bem com a função renal e pode ser usada como biomarcadora de doenças

renais (Micanovic et al. 2019). No transplante, a excreção de UMOD é reduzida em casos

de início tardio da função do enxerto e com rejeição aguda, e aumentada com a

recuperação da saúde renal (Kaden et al. 1994). Em dois estudos populacionais com

idosos, os autores demonstraram que baixas concentrações de UMOD urinária em idosos

estão associadas ao risco de doença renal progressiva e mortalidade, sendo este parâmetro

melhor do que os outros marcadores estabelecidos de doença renal (Garimella et al. 2015,

2017). Por fim, estudos em crianças e adultos submetidos à cirurgia cardíaca mostram

que menores níveis de UMOD urinária no pré-operatório têm maior risco de LRA pós-

operatória (Askenazi et al. 2012; Garimella et al. 2017). Novos estudos têm avaliado

também a concentração de UMOD sérica como biomarcadora de lesões renais (Risch et

al. 2014; Leiherera et al. 2017). Como a UMOD é produzida por células renais, a menor

concentração delas no soro pode refletir uma menor quantidade ou função das mesmas

em pacientes com doença renal (Risch et al. 2014), assim a mesma explicação também

pode ser sugerida sobre a UMOD na urina.

Outra proteína reguladora de eletrólitos que foi reduzida na urina após I/R renal

foi o angiotensinogênio ou a angiotensina. Como o peptídeo encontrado na análise do

nitroproteoma pertencia as duas proteínas, a angiotensina vem da clivagem do

angiotensinogênio, não foi possível identificar com certeza qual delas estava presente,

por isso, elas foram caracterizadas juntas. Tanto o angiotensinogênio quanto a

angiotensina participam do sistema renina-angiotensina (RAS), que é muito importante

para controlar a pressão arterial e inflamação. Na urina, a excreção de angiotensinogênio

tem sido descrita como um biomarcador de atividade excessiva de RAS em doenças renais

(Yamamoto et al. 2007a). Portanto, o aumento do angiotensinogênio urinário tem sido

relatado como um potencial biomarcador da deterioração da função renal em pacientes

com DRC e gravidade da doença bem como, já descrita também como um biomarcador

para LRA (Yamamoto et al. 2007a; Kobori et al. 2008; Alge et al. 2013; Ba Aqeel et al.

2017)

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As apolipoproteínas H e J, mais conhecidas como beta-2-glicoproteína (APOH)

e clusterina (CLU) respectivamente, também reduziram após I/R renal. A APOH é

facilmente filtrada no glomérulo e detectada na urina devido à sua carga positiva no

plasma (Norden et al. 1991). O grupo de Flynn publicou vários estudos sobre a APOH na

urina como um biomarcador de disfunção tubular, encontrada aumentada em pacientes

diabéticos sem proteinúria clínica e em várias outras doenças tubulares renais (Norden et

al. 1991; Lapsley et al. 1993)

A CLU é uma das principais glicoproteínas dos fluidos fisiológicos expressa em

vários tecidos. No rim, a CLU é expressa nos mesmos túbulos que a UMOD e sintetizada

em resposta à lesão tubular (Witzgall et al. 1994; Hidaka et al. 2002; Kharasch et al. 2006;

Ishii et al. 2007; Yang et al. 2007). A CLU tem papel protetor na lesão renal, evitando o

acúmulo de lipídios e a apoptose de células renais (Zhou et al. 2010; Heo et al. 2018). A

deficiência desta proteína desenvolveu uma glomerulopatia progressiva em camundongos

idosos, caracterizada pela deposição de complexos imunes no mesângio (Rosenberg et al.

2002). A excreção urinária de CLU já foi detectada como um biomarcador de lesão de

isquemia-reperfusão renal , fribrose e preditor tanto de atraso na função do enxerto após

4h de reperfusão quanto de estágio final da doença renal de crianças com nefrite lúpica

(Witzgall et al. 1994; Zhou et al. 2010; Jung et al. 2012; Pianta et al. 2015; Wu et al.

2018).

A ceruloplasmina (CP) é uma metaloenzima portadora de cobre e ferro com

ação antioxidante em baixo estresse oxidativo e pró-oxidante sob estresse oxidativo grave

pela doação de íons livres de cobre (Shukla et al. 2006). Ela é secretada e expressa

principalmente no fígado, mas também pode ser encontrada nas células epiteliais parietais

glomerulares do rim e bexiga urinária (Wiggins et al. 2006). O aumento sérico/plasmático

de ceruloplasmina foi relatado em pacientes com doença cardiovascular, diabetes mellitus

tipo I e tipo II e síndrome metabólica (Cunningham et al. 1995; Daimon et al. 1998; Kim

et al. 2002; Harris 2004). Além disso, na urina, o aumento da ceruloplasmina é preditivo

do desenvolvimento de microalbuminúria em pacientes diabéticos normoalbuminúricos

(NARITA et al. 2004; Narita et al. 2006), e do desenvolvimento da DRC em pacientes

com anemia falciforme (Saraf et al. 2016). A nitração da ceruloplasmina encontrada em

nosso estudo já foi identificada por imunoprecipitação seguida de western blot no plasma

e ultrafiltrado de pacientes em terapia de hemodiálise (Mitrogianni et al. 2004; Piroddi et

al. 2011) e, provavelmente, é excretada na urina.

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133

Dois tipos de proteína de motilidade foram encontrados nitradas e em alta

concentração no período de pré-isquemia, a proteína tipo Kinesina (KIF1B) e actina

citoplasmática 2 (ACTG1) que estão envolvidas em vários tipos de motilidade celular.

Estudos identificaram a actina nitrada em células endoteliais tratadas com IL-1β ou TNFα

(Boota et al. 1996; Ferro et al. 1997) e em controles e camundongos com anemia

falciforme (Aslan et al. 2003). Os autores do último estudo sugeriram que o aumento da

nitração pode alterar a polimerização da actina nas células.

O aumento da concentração de uma proteína nitrada pode ocorrer porque

aumentou a quantidade de proteína e de espécies nitrantes e foi possível nitrar um maior

número delas ou porque aumentou apenas a quantidade de espécies nitrantes.

No caso da UMOD nitrada, a diminuição pode ter ocorrido devido à redução da

UMOD total observada na análise do proteoma total da urina (Figura 35), visto que

ambas reduziram no mesmo tempo. Já no caso do FGA nitrado e total, ambos aumentaram

pós I/R, porém o FGA nitrado aumentou primeiro, logo após a isquemia, mostrando um

aumento da nitração sem o aumento da síntese proteica. Comportamento este, que

corrobora com a nossa idéia de que a proteínas nitradas podem ser biomarcadores mais

precoces que apenas a avaliação do total das mesmas.

Além de poderem responder mais rápido ao insulto, algumas proteínas nitradas

não acompanham a expressão de suas proteínas totais e podem ser usadas como

biomarcadoras independente da concentração da proteína total. Por exemplo, a expressão

proteica da APOH, ACTG1, AGT e CP nitradas diminuiram após a I/R renal enquanto a

expressão total das mesmas, avaliadas no proteoma total, aumentaram pós reperfusão,

sendo o resultado na nitração o oposto ao da quantidade de proteína total. Este resultado

mostra a importancia da nitração dessas proteínas no estado basal, podendo ter um papel

fisiológico sob a função dessas proteínas e ainda que essas proteínas nitradas podem ser

candidatas a biomarcadores.

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Figura 35. Heatmap da expressão proteica nas urinas padronizada pelo z-score (-1,5 a 1,5) durante o

experimento de proteoma total urinário ao longo da isquemia e reperfusão (I/R) renal com seus

dendogramas. O dendrograma da vertical agrupa os períodos mais similares da I/R, enquanto o dendograma

da horizontal agrupa as proteínas com similares comportamentos de expressão proteica. PreIsc = pre

isquemia; Isc = isquemia; R6 = 6h pós reperfusão; R11 = 11h pós reperfusão; R16 = 16h pós reperfusão.

As proteínas foram representadas pelo nome dos seus genes. Estes resultados vieram de uma análise

complementar dos dados do proteoma total da urina desenvolvida na primeira parte desta tese.

Algumas proteínas são menos abundantes na urina de indivíduos saudáveis,

como a serotransferrina (TF), a cadeia alfa-1 do colágeno XVIII (COL18A1), a profilina1

(PFN1), a cadeia alfa do fibrinogênio (FGA) e a albumina (ALB). O aumento da excreção

dessas proteínas em sua forma nitrada pode indicar uma lesão ocasionada pela I/R renal.

Além disso, essas proteínas são muito abundantes no soro e podem refletir lesões na

barreira glomerular ou no transporte de proteínas do soro para urina por células tubulares,

podendo funcionar como um painel de biomarcadores para o diagnóstico de lesão renal.

A TF é uma glicoproteína responsável pelo transporte de ferro do intestino e do

fígado para todas as células em proliferação no corpo. O aumento dela na urina tem sido

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associado ao desenvolvimento de glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) em

vários estudos (Nafar et al. 2014; Zhao et al. 2015) e diabetes tipo I em estágio avançado

apresentando retinopatia e nefropatia (Caseiro et al. 2014). A TF nitrada já foi identificada

no nitroproteoma de pacientes com doença renal (Piroddi et al. 2011).

Já o COL18A1 é um proteoglicano de sulfato de heparan presente na membrana

basal (MB). No rim, ele é encontrado na MB, incluindo a cápsula de Bowman, BM

glomerular, tubular e vascular e matriz mesangial (Kinnunen et al. 2011). O

COL18A1está envolvido na glomerulonefrite e é regulado positivamente após I/R renal

e transplante renal (Bellini et al. 2007; Rienstra et al. 2010). Na I/R renal, o COL18A1

aumenta a inflamação por facilitar o influxo de leucócitos e danos tubular (Zaferani et al.

2014). O COL18A1 nitrado já foi detectado em lesões ateroscleróticas humanas após

análise com anticorpo anti-nitrotirosina (Thomson, 2012).

A FGA é uma glicoproteína envolvida na coagulação sanguínea. É sintetizada

principalmente pelo fígado e é convertida em fibrina pela ação da trombina. Em estudos

in vitro, o fibrinogênio pode destruir o citoesqueleto de actina e induzir apoptose e

inflamação pela secreção de quimiocinas e citocinas em podócitos (Banas et al. 2008;

Motojima et al. 2010; Wang et al. 2018). Além disso, o acúmulo de FGA no rim promove

a fibrose tubulointersticial (Wang et al. 2017, 2018). Como biomarcador, os níveis

urinários de fibrinogênio em pacientes com glomeruloesclerose segmentar e focal foram

positivamente correlacionados com os níveis de proteinúria e podem prever a progressão

da DRC para o estágio final da doença (Wang et al. 2016, 2017). O FGA é a proteína

nitrada mais abundante no plasma de pacientes com doença renal (Piroddi et al. 2011).

Ela pode ser induzida por inflamação, produzir resposta imunogênica e está associada a

um alto nível de trombogenicidade (Parastatidis et al. 2008; Heffron et al. 2009).

A PNF1 atua como um regulador complexo de montagem de actina monomérica

(G-actina) em filamentos (F-actina) (Bubb et al. 2003; Pollard and Borisy 2003). Esta

proteína foi encontrada aumentada na urina de pacientes com doença renal policística e a

PNF1 sérica foi independentemente associada com disfunção endotelial, eventos

cardiovasculares e sobrevida de pacientes com DRC (Bakun et al. 2012; Eroglu et al.

2017). A PNF1 já foi nitrada in vitro e verificado que a nitração inibe a sua propriedade

sequestradora de actina, reduzindo a concentração de monômero de actina ligada a ela

(Kasina et al. 2005).

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A ALB é a proteína mais abundante no soro/plasma (Hortin et al. 2008) e

responsável por manter a pressão oncótica do sangue e transportar hormônios, ácidos

graxos livres, cálcio e bilirrubina. A albuminúria e a taxa de filtração glomerular são as

principais análises feitas para o diagnóstico de doença renal e são fatores de risco para

LRA em pacientes com DRC (Grams et al. 2010). A ALB nitrada já foi observada no

plasma de pacientes com doença renal e na medula de ratos espontâneamente hipertensos,

cujo nível era mais alto do que os ratos wistars (Tyther et al. 2007; Piroddi et al. 2011).

In vitro, a albumina mostrou dois de dezoito resíduos de tirosina suscetíveis à nitração

(Jiao et al. 2001).

Entre as três proteínas urinárias selecionadas para o período de isquemia

destaca-se o receptor do peptídeo 2 tipo glucagon (GLP2R). A ativação deste receptor

promove a absorção de carboidratos, gorduras e proteínas digeridas. A expressão do

mRNA do GLP-2R em camundongos é mais alta no intestino para estimular o

crescimento e a proliferação das células intestinais, seguido da bexiga onde a função é

desconhecida (Drucker and Yusta 2014; El-jamal et al. 2014). O mecanismo de

sinalização do GLP2R no intestino e sua ação em outros órgãos precisam ser estudados.

Não foram encontradas evidência dessa proteína nitrada na literatura.

Durante a reperfusão, a aldolase B (ALDOB) é a principal candidata a

biomarcadora da lesão renal por ser predominantemente renal e envolvida na

gliconeogênese (Yañez et al. 2005). A ALDOB foi encontrada superespressa no

carcinoma de células renais comparada com o tecido não maligno adjacente (Perroud et

al. 2006). Até o momento, apenas a ALDOA foi identificada nitrada.

Por fim, algumas proteínas identificadas em nosso estudo, como UMOD, CP,

AGT, APOH, ALB, C3, TF e LDHB já estão sendo analisadas no projeto Targeted Urine

Proteome Assay for kidney diseases (TUPA), uma análise robusta de espectrometria de

massa por monitoramento por multiplas reações (MRM) para quantificar e validar

biomarcadores entre 167 proteínas urinárias (Cantley et al. 2016).

Os resultados do nitroproteoma da urina corroboram com os dados da literatura

de que estas proteínas estão relacionadas várias doenças renais e algumas já foram

descritas nitradas. Acrescentamos à literatura a identificação da GLP2R e ALDOB nitrada

e o uso de proteínas nitradas como candidatas a biomarcadoras de lesão renal por I/R,

visto que permite uma resposta mais rápida que a síntese de proteínas.

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137

4.2.5 Abundância das proteínas nitradas no modelo de LRA por I/R renal

As proteínas mais abundantes no nitroproteoma do córtex renal, soro e urina foram

ilustradas na Figura 36. Devido a HBB ser uma proteína muito abundante no sangue, a

quantidade dela nos tecidos renais foi muito superior as demais proteínas do próprio

tecido e foi retirada da avaliação.

Figura 36. Box plots da expressão proteica das proteínas mais abundantes encontradas no nitroproteoma

para cada amostra. A. córtex renal, B. soro e C. urina. A expressão proteica foi calculada pela intensidade

dos íons.

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Além de identificar as proteínas nitradas mais abundantes nos nitroproteomas,

podem-se analisar também proteínas descritas no nitroproteoma do soro e da urina que

não são comumente encontradas nessas matrizes e podem servir de biomarcadores de

LRA por I/R renal.

Entre as proteínas séricas com maiores intensidades de íons no nitroproteoma, a

TULP3 e SPTBN5 se destacam por não serem umas das 150 proteínas mais abundantes

do soro (Hortin et al. 2008). Ambas foram mais expressas na isquemia e início da

reperfusão, retornando ao estado basal após 16h de reperfusão. A TULP3 é expressa em

vários tecidos e funciona como um adaptador geral para o tráfico ciliar de proteínas

integrais de membrana, incluindo os receptores acoplados as proteínas G e ao complexo

PC1/2 de policistina causador da doença renal policística (Badgandi et al. 2017). Já A

SPTBN5 é uma proteína de citoesqueleto com alta expressão no cerebelo, cordão

espinhal, estômago, glândula salivar, fígado, pâncreas, rim, bexiga e coração (Stabach

and Morrow 2000). Estudos com a avaliação dessas proteínas em doenças renais devem

ser feitos para comprovar a presença delas no soro e o papel que elas exercem no rim e

nas doenças renais.

Ao avaliar as proteínas mais abundantes no nitroproteoma urinário, a única

proteína incomum de ser excretada em urina de humanos saudáveis é a GLP2R, receptora

do hormônio GLP2, um dos responsáveis pela captação de glicose (Adachi et al. 2006).

A GLP2R é pouco expressa no rim de suínos (Chai and Jiang 2015) e pode ter vindo de

outros tecidos afetados pela I/R renal.

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4.2.6 Limitações do estudo

Primeiramente, a comparação dos nitroproteomas de córtex renal foi realizada

apenas entre o rim contralateral e o isquêmico do mesmo animal para garantir uma

homogeinidade na variação genética e ambiental. No entanto, o rim contralateral não pode

ser considerado como controle para este experimento, visto que ele sofre com a isquemia

de maneira indireta. A presença de um animal controle sham (falso operado) poderia

fornecer outras informações a este estudo, como por exemplo, se a nitração em ambos os

rins aumentou ou não com a I/R renal.

Em segundo lugar, como a isquemia e a nitração são heterogêneas, a análise do

rim inteiro seria recomendada, porém no caso de rins grandes como o de porcos, essa

análise ficou inviável. Para análise do nitroproteoma de córtex foram utilizados pequenos

fragmentos dos rins das porcas, um fragmento para espectrômetro de massas e outro

próximo para validação.

Por fim, estas proteínas nitradas e candidatas a biomarcadoras de LRA foram

encontradas por análise proteômica de descoberta (shotgun) e devem ser validadas por

técnicas alvo-específica como espectrometria de massas SRM/MRM, western blot ou

histologia.

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4.2.7 Sumário dos resultados – Nitroproteoma

4.2.7.1 Córtex renal

- Concentração de nitrotirosina semelhante entre os rins contralateral e isquêmico;

- Localização das nitrotirosinas: citoplasma das células tubulares e tufos

glomerulares no rim contralateral e nas áreas sem NTA do rim isquêmico. Nas

porções com NTA, foram localizadas também no interior dos túbulos;

- Não há diferença na expressão de iNOS entre os rins;

- Foram identificadas 843 proteínas no nitroproteoma dos dois córtices renais

(contralateral e isquêmico);

o Nenhuma proteína exclusiva do rim isquêmico;

o 3 proteínas exclusivas do rim contralateral - Glutaril-CoA desidrogenase

mitocondrial (GCDH), Fosforibosilaminoimidazol carboxilase - (PAICS)

e Fosfoglucomutase-1 – (PGM1).

- 53 proteínas estavam superexpressas no rim contralateral

- 2 proteínas estavam superexpressas no rim isquêmico (Proteína A associada a

proteína de membrana associada a vesícula (VAPA) e Transferência de elétrons

flavoproteína-ubiquinona óxidoredutase, mitocondrial (ETFDH).

- Caracterização das 55 proteínas diferencialmente expressas:

o Caracterização funcional: a maioria eram oxiredutases, hidrolases, liases

e ligadas aos ácidos nucleicos;

o Caracterização de vias: representativas das vias energéticas - metabolismo

de aminoácidos e derivados, metabolismo da glicose e beta oxidação, com

destaque para o ciclo do ácido cítrico.

- 38% das proteínas nitradas eram mitocondriais.

- Não foi verificado diferença de concentração mitocondrial via análise de

expressão de VDAC1 e TOM20.

- 5 proteínas são predominantemente renais BHMT2, MME, ALDH1, DPPIV e

EHHADH e foram consideradas candidatas a biomarcador de lesão renal. DPPIV

e BHMT2 também foram identificadas como biomarcador na urina, porém sem a

nitração.

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o Validação da nitração das 5 proteínas por ferramentas de predição de

nitrotirosina.

▪ Confirmada

o Validação experimental da nitração da BHMT2 e DPPIV

o Nitração confirmada, porém o mesmo não ocorreu para as concentrações.

Ambas se mostraram semelhantes entre os dois rins.

4.2.7.2 Soro

- Foram identificadas 55 proteínas no nitroproteoma do soro com diferentes tempos

de coleta pós I/R;

- A análise de agrupamento hierárquico identificou 2 grupos: pré-

isquemia/isquemia e períodos de reperfusão.

o Período isquêmico: aumento da expressão de oito proteínas (GORASP1,

AAR2, AKAP9, HBB, DMGDH, SEMG2, IGKV3-25, SEMG1)

representativas da regulação positiva da atividade da peptidase tipo serina

e da heterooligomerização proteica.

o Período Reperfusão: as 28 proteínas com maiores intensidades foram

altamente representativas dos processos biológicos bem descritos na I/R,

organização de membrana, regulação da resposta inflamatória aguda,

resposta ao estresse e modificação proteica pós-traducional;

- 2 proteínas são predominantemente renais e candidatas a biomarcador de lesão

renal: Dimetilglicina desidrogenase, mitocondrial (DMGDH) e Semenogelina-2

(SEMG2). Ambas as proteínas apresentaram uma alta expressão proteica no

período isquêmico com posterior queda após a reperfusão.

4.2.7.3 Urina

- Foram identificadas 126 proteínas;

- 27 proteínas foram representativas dos tempos, ou seja, estavam presentes em pelo

menos 3 animais

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142

o Caracterização de vias: metabolismo do óxido nítrico, espécies reativas de

oxigênio e resposta ao estresse

- A análise de agrupamento hierárquico identificou 2 grupos: pré-isquemia com 6h

pós reperfusão e isquemia com 11 e 16h pós reperfusão;

- Além disso, foi possível observar pequenos agrupamentos de proteínas com alta

ou baixa intensidade que diferenciam cada período analisado, e podem ser

importantes para a compreensão do processo de I/R renal.

- Algumas proteínas identificadas em nosso estudo, como UMOD, CP, AGT,

APOH, ALB, C3, TF e LDHB já vem sendo estudadas como biomarcadores de

doença renal.

- 2 proteínas são consideradas predominantemente renais e podem ser boas

candidatas a biomarcador de lesão renal, Uromodulina (UMOD) com queda na

expressão proteica pós I/R renal e Frutose-bisfosfato aldolase B (ALDOB) com

alta expressão em 6h pós reperfusão. A UMOD já vem sendo utilizada como

biomarcador de lesão renal na literatura.

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143

4.2.8 Considerações finais do Nitroproteoma

Usando como ferramenta a proteômica, nosso estudo identificou várias proteínas

nitradas, até então não descritas na literatura, e proteínas candidatas a biomarcadoras de

lesão renal por I/R renal.

Na avaliação do nitroproteoma dos córtices renais foi verificado que, embora a

quantidade de nitração proteica seja a mesma nos rins contralateral e isquêmico, as

proteínas alvos desta nitração são diferentes, sendo a maioria de origem mitocôndrial.

Diferente da análise feita no proteoma total, no nitroproteoma não é possível ter

certeza sobre alterações em vias analisando apenas as proteínas nitradas em conjunto. A

nitração na tirosina pode acarretar desde nenhuma alteração até ao aumento ou

diminuição da função proteica, a depender da proteína, agente nitrante e localização da

mesma, como foi dito anteriormente. Portanto, novos estudos avaliando a posição da

tirosina nitrada e a função dessas proteínas encontradas neste estudo devem ser feitos

futuramente.

Cinco proteínas nitradas e predominatemente renais foram identificadas no córtex do

rim como candidatas a biomarcador de lesão renal. Validamos a nitração das cinco

proteínas por bioinformática, sendo duas delas, a DPPIV e a BHMT2, também validadas

por outra técnica experimental. Porém, não conseguimos validar a diferença destas

proteínas entre os rins contralateral e isquêmico, mostrando a necessidade da validação

da técnica de espectrometria de massas com análise de descoberta usadas para

quantificação.

As proteínas nitradas séricas respondem bem ao insulto de I/R renal. No

nitroproteoma de soro, foi possível agrupar os períodos pré-isquemia/isquemia e os de

reperfusão e associar as proteínas do grupo reperfusão com processos biológicos bem

descritos na I/R: organização de membrana, regulação da resposta inflamatória aguda,

resposta ao estresse e modificação proteica pós-traducional.

A DMGDH, considerada predominantemente renal, aumentou no período isquêmico

e se tornou uma candidata a biomarcador sérico de LRA. Validações ainda são

necessárias.

Com o nitroproteoma da urina descrevemos pela primeira vez, a ALDOB e a GLP2R

nitradas e confirmamos a existências das outras.

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144

Foi possível verificar que as proteínas nitradas excretadas na urina podem ter

comportamento distinto da análise da sua proteína total, enquanto uma proteína total está

baixa no tempo basal, a mesma proteína nitrada pode estar alta. Isso fornece mais

possibilidades de candidatas a biomarcadores.

A identificação de proteínas nitradas em período pré-isquêmico mostra a importância

da nitração em condições fisológicas normais e sugere que a nitração exerce um papel

fisiológico importante sob a função dessas proteínas, e também respondem bem a I/R

renal.

Por fim, as proteínas não comumente encontradas no soro TULP3 e SPTBN5 e na

urina GLP2R foram identificadas nitradas neste estudo.

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5 CONCLUSÕES

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147

Por meio da análise do proteoma e do nitroprotôma foi possível identificar: alterações

proteicas durante a I/R renal, novas proteínas nitradas e novas proteínas candidatas a

biomarcadores de doença renal que podem servir como biomarcadores não invasivos para

a disfunção renal.

Esses estudos de “ômica” são abrangentes e apresentam uma visão ampla do

comportamento geral molecular da célula ou do organismo, importantes para o

direcionamento de estudos futuros.

A partir dos resultados gerados, novos estudos com uma abordagem mais direcionada

e aprofundada devem ser desenvolvidos, tanto para confirmar os candidatos a

biomarcadores e seu potencial uso clínico, quanto para analisar o comportamento

patofisiológico e bioquímico da LRA por I/R renal em rins morfo-fisiologicamente

semelhantes aos encontrados em humanos.

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6 REFERÊNCIAS

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7 ANEXO 1

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hid

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19

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76

95

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ase

8,1

7

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186

P3

00

42

C2

1o

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C1

02

72

40

23

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29

13

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,84

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7

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,43

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86

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6,1

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06

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23

14

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61

33

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13

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24

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,44

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187

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04

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71

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93

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93

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BB

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63

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2

,64

Page 228: PAMELLA ARAUJO MALAGRINO - USP · Debbas, Andrea Kuramoto e toda a equipe que sempre me receberam muito bem. Aos colegas do Laboratório de Pneumologia (Milena, Vanessa e Carlos)

188

Q9

BV

A1

/

Q9

BV

A1

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BB

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glu

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scet

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83

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BA

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17

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35

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191

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8

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192 P

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193

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26

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194

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195

P1

93

67

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196 P

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197

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198

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19

12

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10

20

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11

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0

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199

P3

10

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P0

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1,6

6

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200

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P6

21

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2

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201

Q9

94

97

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11

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7

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202

P3

19

37

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81

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19

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24

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78

24

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,51

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203

P0

65

76

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28

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79

54

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48

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des

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nsf

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cia,

pro

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,

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1,4

4

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204

P0

85

74

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Page 245: PAMELLA ARAUJO MALAGRINO - USP · Debbas, Andrea Kuramoto e toda a equipe que sempre me receberam muito bem. Aos colegas do Laboratório de Pneumologia (Milena, Vanessa e Carlos)

205

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Page 246: PAMELLA ARAUJO MALAGRINO - USP · Debbas, Andrea Kuramoto e toda a equipe que sempre me receberam muito bem. Aos colegas do Laboratório de Pneumologia (Milena, Vanessa e Carlos)

206

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P2

65

99

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208

P5

25

65

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212

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213

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214

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215

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216

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217

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218

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8 ANEXO 2

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9 ANEXO 3

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Journal of Proteomics 151 (2017) 66–73

Contents lists available at ScienceDirect

Journal of Proteomics

j ourna l homepage: www.e lsev ie r .com/ locate / jp rot

Proteome analysis of acute kidney injury – Discovery of newpredominantly renal candidates for biomarker of kidney disease☆

Pamella Araujo Malagrino a,⁎,1, Gabriela Venturini a,1, Patrícia Schneider Yogi a, Rafael Dariolli a,Kallyandra Padilha a, Bianca Kiers a, Tamiris Carneiro Gois a, Karina Helena Morais Cardozo b,Valdemir Melechco Carvalho b, Jéssica Silva Salgueiro b, Adriana Castello Costa Girardi a,Silvia Maria de Oliveira Titan c, José Eduardo Krieger a, Alexandre Costa Pereira a,⁎a Laboratory of Genetics and Molecular Cardiology, Heart Institute, University of São Paulo Medical School, São Paulo, SP, Brazilb Grupo Fleury, São Paulo, SP, Brazilc Renal Division, Department of Clinical Medicine, Faculty of Medicine, University of São Paulo Medical School, São Paulo, SP, Brazil

☆ Financial Support: Fundação de Amparo a Pesquisa (05447-0, 2012/12042-7, 2013/13526-0, 13/17368-(25000180672/2011-81) and Fleury Group/FINEP (09.14.⁎ Corresponding authors at: Lab. of Genetics and Mole

Institute (InCor), University of São Paulo Medical Scho05403-000 São Paulo, SP, Brazil.

E-mail addresses: [email protected] (P.A. [email protected] (A.C. Pereira).

URL's: http://genetica.incor.usp.br/ (P.A. Malagrino), h(A.C. Pereira).

1 These authors contributed equally.

http://dx.doi.org/10.1016/j.jprot.2016.07.0191874-3919/© 2016 Elsevier B.V. All rights reserved.

a b s t r a c t

a r t i c l e i n f o

Article history:Received 18 January 2016Received in revised form 12 May 2016Accepted 18 July 2016Available online 22 July 2016

The main bottleneck in studies aiming to identify novel biomarkers in acute kidney injury (AKI) has been theidentification of markers that are organ and process specific. Here, we have used different tissues from a con-trolled porcine renal ischemia/reperfusion (I/R) model to identify new, predominantly renal biomarker candi-dates for kidney disease. Urine and serum samples were analyzed in pre-ischemia, ischemia (60 min) and 4,11 and 16 h post-reperfusion, and renal cortex samples after 24 h of reperfusion. Peptides were analyzed onthe Q-Exactive™. In renal cortex proteome, we observed an increase in the synthesis of proteins in the ischemickidney compared to the contralateral, highlighted by transcription factors and epithelial adherens junction pro-teins. Intersecting the set of proteins up- or down-regulated in the ischemic tissue with both serum and urineproteomes, we identified 6 proteins in the serum thatmay provide a set of targets for kidney injury. Additionally,we identified 49, being 4 predominantly renal, proteins in urine. As prove of concept, we validated one of theidentified biomarkers, dipeptidyl peptidase IV, in a set of patients with diabetic nephropathy. In conclusion, weidentified 55 systemic proteins, some of them predominantly renal, candidates for biomarkers of renal disease.Biological significance: The main bottleneck in studies aiming to identify novel biomarkers in acute kidney injury(AKI) has been the identification of markers that are predominantly renal. In fact, putative biomarkers for thiscondition have also been identified in a number of other clinical scenarios, such as cardiovascular diseases, chron-ic kidney failure or in patients being treated in intensive care units froma number of conditions. Herewe proposea comprehensive, sequential screening procedure able to identify and validate potential biomarkers for kidneydisease, using kidney ischemia/reperfusion as a paradigm for a kidney pathological event.

© 2016 Elsevier B.V. All rights reserved.

Keywords:Acute kidney injuryKidney diseaseRenal ischemiaProteomeBiomarkersDPPIV

FAPESP – 2011/04344-0, 2012/0), Proadi SUS Samaritano0055.00).cular Cardiology/LIM 13, Heartol, Av. Dr. Enéas C. Aguiar 44,

rino),

ttp://genetica.incor.usp.br/

1. Introduction

Acute kidney injury (AKI) is a serious complication that is increasingworldwide, affecting afifth of hospitalized adults and associated tomor-tality rates of about 20% [1]. AKI diagnosis ismainly based on the changeof serum creatinine levels and urine output. However, both increasedserum creatinine levels and urine output reduction only become evi-dent when more than 50% of renal function is lost [2]. Furthermore,changes in serum creatinine are not specific for AKI, and their levelsare affected by various non-renal factors such asmusclemass, diet, gen-der, medication use and age.

Efforts for the identification of an early biomarker for kidney dis-eases are increasing during the last years, and proteomicsmay be a use-ful tool for the discovery of new biomarkers [3]. In addition, it is possible

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that markers identified in one disease model may be useful to predictother conditions also associated with kidney function deterioration. Itis thus of great interest that biomarkers identified, for instance, in AKIcan add information to chronic kidney disease patients.

Proteins such as neutrophil gelatinase-associated lipocalin (NGAL),kidney injury molecule 1 (KIM-1), interleukin 18 (IL-18), liver fattyacid-binding protein (L-FABP) and insulin-like growth factor-bindingprotein 7, IGFBP7 [4,5], have recently emerged as potential candidatesfor AKI biomarkers in different studies. Despite these molecules havinga good sensitivity, they are not specific to AKI diagnosis, changing in var-ious other clinical conditions [4,6]. This lack of specificity is, indeed, oneof themain bottlenecks for theuse and adoption of newly described kid-ney disease biomarkers [7].

Suitable animal models, such as pigs [8], can help in the identifica-tion of specific biomarkers for kidney disease. Here,we have used differ-ent tissues from a controlled, unilateral, percutaneous porcine renalischemia/reperfusion (I/R) model to identify new, predominantlyrenal, biomarker candidates for kidney disease. In addition, we wereable to validate newly identified proteins in human samples of patientswith impaired kidney function.

2. Methods

2.1. Chemicals and reagents

Urea (Sigma, catalog number U5128); Protease Inhibitor Cocktail(Sigma, catalog number P8340); Phosphatase Inhibitor Cocktail 1(Sigma, catalog number P5726); Phosphatase Inhibitor Cocktail 2(Sigma, catalog number P0044); BCA Protein Assay Detects Protein kit(Pearce, catalog number 23227); Microcon® YM-30 (Millipore, catalognumber 42410); Iodoacetamide (Sigma, catalog number I6125); Am-monium Bicarbonate (Sigma, catalog number A6141); Trypsin(Promega, catalog number V511A); NaCl (Sigma, catalog number793566); TFA (Sigma, catalog number 40967); Acetonitrile (Sigma, cat-alog number 34967); HiTrap Blue high-performance column (Ref 17-412-01, GE Healthcare Life Sciences, Uppsala, Sweden); Protein A HPSpinTrap (Ref 28-9031-32, GE Healthcare Life Sciences, Uppsala, Swe-den); Amicon®Ultra-4 Centrifugal Filter Units (MerckMillipore, catalognumber UFC800308); Bradford Protein Assay Kit (Bio-Rad ProteinAssay, Hercules, CA, USA, catalog number 5000006); RapiGest SF deter-gent (Waters catalog number 186001861); DTT (Thermo Fisher scien-tific catalog number 15508-013); Glass Vials (Waters total recoveryvial catalog number 186000385c). H-Gly-Pro-pNA tosilate (Bachem cat-alog number L-1295.0250). P32/98 DPP IV inhibitor (Abcam catalognumber ab141724).

2.2. Animals

We have previously developed a swine model of unilateral renalischemia and reperfusion (I/R) aimed at biomarker identificationfor the condition in accordance with the ethical principles in animalresearch of the Brazilian College of Animal Experimentation and ap-proved by the Institutional Ethics Committee (CAPPesq Protocol179/11).

Animal model experiments were conducted according to Malagrinoand collaborators [9]. Briefly, five female pigs (Sus scrofa domesticus 15–20kg)were submitted to unilateral renal I/R. Initially, a 6Fmultipurposeguide-catheterwas introduced in the right femoral artery until the rightrenal artery. After an angiography, a balloon-catheter was introducedtogether with guide-catheter and inflated for 120 min (ischemia),followed by deflation (reperfusion) for 24 h. After reperfusion, the is-chemic and contralateral kidneys were collected. Fifty milliliters ofurine were collected directly from the bladder and serum was sampledfrom the inferior vena cava above the renal veins. In our model, urineand serum samples came from both the ischemic and contralateral kid-neys. This was done, as opposed to the selectively collection from the

ischemic kidney, in order to detect subtle biochemical changes generat-ed by renal I/R that could be used as an early, and systemic, biomarkerfor kidney disease. The ischemic and contralateral kidney sampleswere analyzed after 24 h of renal I/R. In addition, urine and serum sam-ples were analyzed in five periods: pre-ischemia (immediately beforerenal artery occlusion, 0min), ischemia (60min after renal artery occlu-sion), 4 h post-reperfusion, 11 h post-reperfusion and 16 h post-reper-fusion. These collection timeswere chosen based on representative timepoints regarding the increase in serum creatinine levels as showed inprevious work from our group [9].

Briefly, during ischemia/reperfusion, there were observed increasesin serum creatinine, serum neutrophil gelatinase-associated lipocalin(NGAL), fractional excretion of sodium, potassium and chloride andincreases in urinary glucose and protein. AKIwas confirmed by histolog-ical analysis.

2.3. Renal cortex protein extraction

Renal cortex proteins were extracted, with few modifications, ac-cording to Wiśniewski and collaborators [10]. Briefly, proteins wereextracted from 50mg of renal cortex from ischemic and contralateralkidneys with 400 μL of SDT-lysis buffer 4%(w/v) SDS, 100 mM Tris/HCl pH 7.6, 0.1 M DTT plus 7 M urea, proteases inhibitor (PMSF0.1% and Protease Inhibitor Cocktail) and phosphatases inhibitor(Phosphatase Inhibitor Cocktail 1 and Phosphatase Inhibitor Cocktail2). This mix was lysed in Precellys® (5000 rpm, two cycles of 20 s,and 5 s of stop between cycles), warmed at 95 °C for 4 min andsonicated. This procedure was repeated, followed by centrifugationat 16,000 ×g for 5 min at 4 °C. Proteins were measured by BCA Pro-tein Assay Detects Protein kit.

2.4. Renal cortex protein digestion

500 μg of protein were submitted to 30 KDa filters which werepreviously washed twice with urea buffer (8 M urea in 0.1 M Tris/HCl pH 8.5). Samples were centrifuged at 14,000 ×g for 15 min andwashed with 200 μL of urea buffer. Following, cysteines werealkylated with 100 μL of 0.05 M iodoacetamide (IAA) in urea bufferfor 20 min at room temperature in the dark. Excess of IAA wereremoved by centrifugation at 14,000 ×g for 10 min. Samples werewashed twice with 100 μL of urea buffer and 100 μL of 0.05 M ammo-nium bicarbonate. After centrifugation, proteins were digested withtrypsin (enzyme to protein ratio 1:100) for 16 h. The filter units werepassed to a new tube, centrifuged and 50 μL of 0.5 M NaCl was added.To acidify the peptides, after centrifugation, 0.1% TFA and 3% acetoni-trile were added.

2.5. Serum sample preparation

To remove the abundant serum proteins, such as albumin and im-munoglobulin, HiTrap Blue high-performance column and Protein AHP SpinTrapwere used following themanufacturer's protocol. After en-richment, 200 μL of serum in Hitrap Blue and 100 μL of serum in ProteinA HP SpinTrap were mixed, volume was reduced in Speedvac, and theproteins were quantified using the BCA kit.

2.6. Urine sample preparation

First, urine samples collected over the renal I/R protocol were centri-fuged at 2950 ×g for 10 min at 4 °C to remove cell debris. The superna-tants were aliquoted and stored at−20 °C.

After thawed, to concentrate and desalt, fourmilliliters of each urinesample were washed three times with ammonium bicarbonate 50 mMpH 8 (1:1) in a 3 kDa centrifugal filter. The volume was reduced to ap-proximately 500 μL. The proteins from each sample were quantifiedwith a Bradford Protein Assay Kit (Bio-Rad Protein Assay, Hercules,

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Fig. 1. Flowchart used in the identification of kidney dysfunction biomarker candidates. Initially, proteinswerefiltered and selected by its presence in at least 3 animals. Following, differentmean values between contralateral and ischemic kidney were tested and subsequent systems biology analysis (SB) performed. In serum and urine, proteins were only selected forsubsequent analysis if they were first identified after ischemia. The proteins that appeared only after ischemia in urine and appeared or disappeared only after ischemia in serum werecompared with differently expressed renal proteins. Finally, proteins selected in the last step were compared with the Tissue-specific Gene Expression and Regulation's (TiGER)database for analysis of predominantly renal proteins.

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CA, USA) and fifty micrograms of protein from each sample was lyoph-ilized in Speedvac.

2.7. Serum and urinary digestion

Urine and serum samples were digested, with few modifications, ac-cording to [11]. We resuspended 50 μg of total protein in 50 μL of50 mM ammonium bicarbonate, denatured with RapiGest SF detergent0.2% for 15 min at 80 °C, reduced the sulfate bonds with 2.5 μL of100 mM DTT at 60 °C for 30 min and alkylated with 2.5 μL of 300 mMiodoacetamide incubated for 30min at room temperature in the dark. Fol-lowing, proteins were enzymatically digested with 10 μL of trypsin0.05 μg/μL for 16 h at 37 °C. To stop the digestion and hydrolyze theRapiGest we added 10 μL of 5% TFA and incubated the sample for90 min at 37 °C. Finally, the tryptic peptide solution was centrifuged at16,000g for 30 min at 6 °C, transferred to glass vials and added 85 μL ofa solution 3% acetonitrile and 0.1% TFA.

2.8. LC-ESI-MS/MS

Analyses were performed on a Thermo Scientific Q Exactive™ (SanJose, USA) mass spectrometer coupled to nanoACQUITY UPLC Waters(Milford, MA, USA). For chromatographic runs, 2 μL were loaded ontoa PST C18 nanoACQUITY Trap column (180 μm × 20 mm) with flowrate set to 15 μL/min of 0.1% (vol/vol) trifluoroacetic acid during3 min. Analytic separation of the peptides was performed using ananoACQUITY UPLC HSS C18 Column (1.8 μm, 75 μm × 150 mm), in alinear 90 min gradient from 1% ACN/0.1% formic acid to 60% ACN/0.1%formic acid, at flow rate of 0.5 μL/min. Spectra were acquired over m/z300–2000 at 70,000 resolution (m/z 200) and data-dependentacquisition selected the top 10 most abundant precursor ions fortandem mass spectrometry by high-energy collision dissociation(HCD) fragmentation using an isolationwidth of 1.2 Da, collision energyof 30, and a resolution of 35,000. We analyzed once each biologicalreplicate.

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Fig. 2. Function analysis of the 535 proteins of renal cortex that exhibited different protein expression between ischemic and contralateral kidneys. Pie chart. The numbers in the pie chartrepresent the percentage number of proteins in the respective functional category based in gene ontology and UniProt.

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2.9. Database search and bioinformatic analysis

Maxquant version 1.5.1.2 was used to process the raw data for pep-tide and protein identification (Cox & Mann, 2008, http://www.maxquant.org). Andromeda used Uniprot Complete Proteome Humanreference (Human 9606 with access in January 2015). MS/MS databasesearchwas performed using default settings, with a 10 ppmmass toler-ance for the main search. Cysteine carbamidomethylation was selectedas a fixedmodification and acetyl NH2-terminal and oxidation (methio-nine) were selected as variable modifications. Trypsin was selected asthe protease, with up to twomissed cleavages allowed. Results were fil-tered by a 0.01 false discovery rate at both protein and peptide levels.The minimum length of acceptable identified peptides was set asseven amino acids. The contaminants were eliminated based on a li-brary of contaminants from MaxQuant. Proteins with p-value differentfrom 1 were accepted. Label-free quantification was obtained throughnormalized (LFQ) data in MaxQuant.

2.10. Statistical analysis

For the analysis of renal proteins, only proteins present in at least 3animals in the same group (contralateral or ischemic)were used. PairedStudent's t-testwas used to comparemeans between ischemic and con-tralateral kidney. The two-tailed test with p b 0.05 and false discoveryrate (FDR b 0.05) was considered significant. Statistical analyses wereperformed in metaboanalyst 3.0 [12,13] (www.metaboanalyst.ca). Forthe analysis of urinary and serum proteins we used only proteins

Fig. 3. Proteins that appeared and diappered in serumafter ischemia and reperfusion andwere frepresent higher values (red=missing).

identified in at least 3 different animals at any time, that appeared ordisappeared after ischemia. Predominantly renal classification wasbased on the Tissue-specific Gene Expression and Regulation's (TiGER)database of Johns Hopkins University. The tissue-specific genes fromTiGER were based on the expression enrichment and statistical signifi-cance of expressed sequence tags (ESTs) [14]. Study flowchart can beobserved in Fig. 1. Spearman's correlation and Mann-Whitney U testwere performed in SPSS 17.0 for DPP IV activity analysis. p-Values b 0.05 were considered significant.

2.11. Pathways and network analysis

Kidney proteins were classified into functional categories based ongene ontology [15] and Uniprot (http://www.uniprot.org) accessed Oc-tober 2015. Statistically significant proteins regarding the describedcontrasts were also analyzed in Ingenuity Pathway Analysis (IPA - Inge-nuity Systems Inc., Redwood City, CA, USA) (http://www.ingenuity.com) for the characterization of canonical pathways related to renal I/R, and the relationship between these proteins with transcriptionfactors andmetabolites in the IPA's database (systems biology analysis).This program calculates the association between identified proteins andcanonical pathways by using a Fisher's Exact Test, here considered to besignificant for a p-value b 0.01.

2.12. Validation in patients with diabetic nephropathy

This analysis used urine samples of the baseline clinical andlaboratorial variables from the clinical trial (NCT 00419835) designed

ound changed in ischemic kidney.Warm colors represent the lowest values and cool colors

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Fig.

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in order to compare the effect of association therapy of ACE inhibitorplus angiotensin II receptor blocker versus monotherapy with ACE in-hibitor on proteinuria progression [16].

For this study, fifty-six patients with macroalbuminuric diabetic ne-phropathy seen at the Nephrology Outpatient Service in the Hospitaldas Clínicas, Sao Paulo, were used. All these patients presented diabetesmellitus formore than 5 years and proteinuria above 500mg/day (threeprevious measurements). Before the clinical trial, fast serum and early-morning spot urine were collected, centrifuged, aliquoted and stored at−20 °C. Serum albumin was determined by electrophoresis testing andserum creatinine concentrations were determined by the Jaffé reaction.Glycated hemoglobin was measured by high-performance liquid chro-matography. All other laboratorial variables were determined usingconventional laboratorial techniques. Exclusively for this study, glomer-ular filtration rate was estimated by Modification of Diet in Renal Dis-ease (MDRD) using four variables: serum creatinine, age, race, andgender.

2.13. DPPIV activity assay

Urine DPPIV activity assaywas an adaptation of serum analysis, pre-viously described [17]. Fifty microliters of urine were incubated with150 μL of substrate (H-Gly-Pro-pNA tosylate 2.0 mmol/L) diluted inTris-HCl buffer (10 mM, pH 7.6) at 37°C for 1 h. To stop the reaction,200 μL was used sodium acetate buffer (0.5 mol/L, pH 4.2). The resultof the hydrolysis reaction of the substrate wasmeasured spectrophoto-metrically at absorbance 405 nm. All samples were performed induplicate.

3. Results and discussion

3.1. Renal cortex proteome

We identified 1425 proteins present in the renal cortex proteome.After cleaning by contaminants, reverse sequence comparison, putative,duplicate proteins and removingnon-annotated proteins, 1365proteinsremained. From these proteins, 868 were present in at least three bio-logical replicates. From these, 535 proteins were differentially quanti-fied between the ischemic and non-ischemic kidneys (Table 1 inSupplement). These were classified according to function. Ribosomalproteinswere themost abundant protein category (9%), followed by cy-toskeletal proteins (8%), dehydrogenases (7%), oxidoreductases (6%),transporters (5%), hydrolases (5%) and chaperones (4%) (Fig. 2).

Fig. 5. Functions analysis of the 49 urinary proteins candidates to AKI biomarkers. Pie chart. Tfunctional category based in Geneonthology and UniProt.

Top canonical pathway analysis based on the percentage of proteinsidentified through our study and the entire set of proteins in each path-way showed strong evidence for enrichment of proteins from the EIF2signaling (p-value 1.25×10−42 overlap of 29.7%), remodeling of epithe-lial adherens junction (p-value 6.05 × 10−24 overlap of 38.2%), epitheli-al adherens junction signaling (p-value 9.86 × 10−21 overlap of 21.9%),regulation of eIF4 and p70S6K signaling (p-value 1.15 × 10−17 overlapof 19.9%) and phagosome maturation pathways (p-value 5.97 × 10−17

overlap of 21.7%).Except from NADH dehydrogenase and Xaa-Pro aminopeptidase 2,

the other differentially expressed proteins were increased in ischemickidneys. These data suggest an increase in the transcription and transla-tion process of proteins, which was subsequently reinforced by theenriched pathways (EIF2 signaling and regulation of eIF4 and p70S6Ksignaling).

The increased expression of various proteins, mainly cytoskeletal,ions and nutrient transporter and chaperones are essential for therestructuring from the lost tubules in the first moment [18]. After celldifferentiation and rearrangement of the cytoskeleton, as cell-cell andcell-basal laminin reconnects, growth factors can act through prolifera-tion of new epithelial cells and tubular restructuring. Our data suggestthat after 24 h of renal I/R, the ischemic kidney cortex have alreadybegan its recovery process, showed by the increase in transcription pro-teins and proteins of epithelial adherens junction. Our study corrobo-rate other study that also showed kidney regeneration after 24 h postI/R with the increase of nephrogenic protein expression [19].

3.2. Serum proteome

We identified 251 proteins in the depleted serum proteome. One-hundred and seventy remained after filtering. From these, we selected136 present in at least three animals, regardless of analysis time, to en-sure that the difference in expressionwas not a variation present in onlyone individual.

In order to find biomarkers for kidney dysfunction, first we selectedonly proteins that appeared (51 proteins) or disappeared (16 protein)after renal I/R, e.g., quantification is zero in pre-ischemia time or zeroin ischemia, 4 h post-reperfusion, 11 h post-reperfusion and 16 h post-reperfusion, respectively. Comparing these proteins selected in theserumwith the proteins differentially expressed in the renal cortex pro-teome, we identified six common proteins as potential candidates (heatshock-related 70 kDa protein; 60 kDaheat shock protein,mitochondrial;collagen, type I, alpha 1; vimentin; plastin-2 and triosephosphate

he numbers in pie chart represent the percentage number of proteins in the respective

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Table 1Spearman's correlation between DPPIV activity in urine and biochemical parameters ofpatients with macroalbuminuric diabetic nephropathy (56 patients).

Clinical and biochemical parameters Correlation coefficient p-Value

Age 0.10 0.46Body mass index −0.10 0.45Serum sodium −0.08 0.54Serum potassium −0.53 0.70Serum calcium 0.02 0.89Serum phosphorus −0.26 0.07Serum urea −0.22 0.10Serum creatinine −0.23 0.08Glycemia −0.17 0.20Glycated hemoglobin −0.33 0.01⁎

PTH −0.44 0.00⁎

Albumin EFP −0.18 0.21Uric acid 0.07 0.63RBP 0.08 0.56Renin −0.27 0.04⁎

25OH-vitamin D −0.01 0.96Proteinuria 0,30 0.02⁎

MDRD 0.28 0.03⁎

PTH= parathyroid hormone. EFP= electrophoresis fraction protein. RBP= retinol bind-ing protein. MDRD = modification of diet in renal disease.⁎ p b 0.05.

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isomerase) (Fig. 3). Heat shock 70 and 60 kDa were widely expressedafter ischemia, thought to protect against reactive oxygen species [20,21]. Collagen type I collaborates with glomerulosclerosis [22] and itwas also found as a candidate AKI biomarker in urine. Finally, vimentinis a marker of fully dedifferentiated renal epithelia and may be a re-sponse to kidney regeneration [19]. Plastin-2 and triosephosphate isom-erase have been reported as biomarkers of early detection of malignantkidney tumors [23] and renal cell carcinomas [24]. Unfortunately, allproteins are also widely expressed in most tissues (TiGER's database).

3.3. Urinary proteome

Urinary proteins have been considered excellent biomarkers for kid-ney diseases because sampling is noninvasive and they directly reflectthe physiological state of the kidney. In this studywe identified 604 pro-teins in theAKI urinaryproteome. Afterfiltering, 501proteins remained.To reduce the odds of false positive findings, we selected the 346 pro-teins that were identified in at least three different animals, regardlessof analysis time.

For downstream analysis, we only selected proteins that were ex-creted in urine after renal I/R (192 proteins) and that appeared changedin the ischemic kidney: a total of 49 proteins (Fig. 4).

The most abundant protein categories in our selected candidateswere: oxidoreductases, cytoskeletal proteins, hydrolases and chaper-ones, that corresponded to half of all proteins found. (Fig. 5). Canonicalpathway analysis showed that remodeling of epithelial adherens junc-tion (p-value 1.49 × 10−5 overlap of 5.9%), glycolysis (p-value2.20 × 10−5 overlap of 12%) and gluconeogenesis (p-value2.20 × 10−5 overlap of 12%) pathways were enriched in the selectedprotein set. Alfa-actinin 4 and Rho GDP-dissociation inhibitor 1were as-sociated to glomerular injury (p-value 3.59× 10−2, and 2.19 × 10−3, re-spectively) in the list of possible kidney toxicity molecules, andproactivator polypeptide was associated to renal degradation (p-value2.19 × 10−3) showing the association of these proteins with kidneydisease.

To increase the specificity of the identified urinary biomarkers,we compared our forty-nine selected proteins with the kidney tis-sue-specific gene list from TiGER's database. Only four proteinswere considered kidney specific: aromatic-L-amino-acid decarboxyl-ase (AADC), S-methylmethionine–homocysteine S-methyltrans-ferase BHMT2 (BHMT2), cytosolic beta-glucosidase (GBA3) anddipeptidyl peptidase IV (DPPIV). AADC is expressed in the proximaltubule and catalyzes the decarboxylation of aromatic amino acids.The importance of this protein to the kidney is its role in the synthe-sis of dopamine, which is responsible for diminishing the kidneydamage caused by the excess of angiotensin II [25]. BHMT2 convertshomocysteine to methionine. Interestingly, the increase in methio-nine in patients with AKI has been significantly associated with

Fig. 6. Absorbance of urinary DPPIV activity during renal I/R. p b 0.05. Post-rep =postreperfusion.

mortality [26] and this metabolite was also elevated in serum inthe ischemic period metabolomic study conducted with these sameanimals [37]. GBA3 is an enzyme that hydrolyzes various β-D-gluco-sides with the release of beta-D-glucose [27]. These 3 proteins havenot yet been associatedwith AKI, or suggested to work as biomarkersfor the condition.

Finally, dipeptidyl peptidase IV (DPPIV), also known as CD26, is apeptidase responsible for dipeptide removal from the amino terminusof a number of peptides [28]. Different from the other proteins, DPPIVhas been previously described as modified in other kidney diseases[29,30] and, nowadays, DPPIV inhibitors are widely used in diabetictreatment, due to the role of DPPIV on glucose homeostasis. Interesting-ly, DPPIV inhibition improves kidney function after renal I/R injury inrats [31] and preserved the renal function in patients with heart failure[32] independently of glucose control. In a recent study describing thedevelopment of a targeted urine proteome assay for kidney diseasesonly DDPIV from our specify proteins set was part of this panel [33].Most DPPIV expression is found in the kidney proximal tubule andsmall intestine, although it can also be found to a lower extent inlungs, pancreas, liver, spleen, stomach and heart [34,35]. However, astudywithmicrovesicle-boundDPPIV in urine suggested that the excre-tion of DPPIV can come from tubular epithelial cells and hence be relat-ed to early tubular impairment [36]. Based on these observations, DPPIVwas selected among the four candidates for validation.

Our data show that the urinary DPPIV activity is significantly in-creased after 4 h of ischemia, recovering to basal activity after this peri-od (Fig. 6).

In addition to validation of DPPIV in urine in our model, we also de-scribe the relation between this potential biomarker andmeasures asso-ciated with kidney function in a small cohort of humans with kidneydisease. Significant correlations were found between urine DPPIV activ-ity and MDRD (correlation coefficient = 0.28), glycated hemoglobin –glycatedHb (correlation coefficient=−0.33), urinary protein (correla-tion coefficient= 0.22), parathyroid hormone - PTH (correlation coeffi-cient = −0.44) and renin (correlation coefficient = −0.28) (Table 1).

These new results add to the overall description of biomarker iden-tification pointing towards the usability of these newly identified pro-teins as clinical tools for disease stratification.

New studies are also important for validation of the other bio-markers that, in addition to DPPIV, can contribute to a better diagnosisand prognosis of kidney injury.

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4. Conclusions

We describe four urinary proteins with predominantly renal geneexpression that are altered in response to controlled kidney I/R andcan be biomarkers of kidney dysfunction. Three of these proteins wererelated to AKI for the first time in our work.

Altogether, this integrative proteome analysis can provide a panel ofpotential and predominantly renal biomarkers inmany levels, consider-ing changes that occur in the tissue and echo in serum and urine proteinprofiles. Therefore, through proteome analysis we could identify newcandidates to kidney disease that can serve as non-invasive biomarkersfor kidney dysfunction. Future studies with target analytical toolsshould be developed to validate these findings and identify which ofthe described proteins have clinical potential as non-invasivebiomarkers.

Supplementary data to this article can be found online at http://dx.doi.org/10.1016/j.jprot.2016.07.019.

Financial support

This studywas funded by Fundação de Amparo a Pesquisa (FAPESP –2011/04344-0, 2012/05447-0, 2012/12042-7, 2013/13526-0, 13/17368-0), Proadi SUS Samaritano (25000180672/2011-81) and FleuryGroup/FINEP (09.14.0055.00).

Conflict of interest

The authors declare no conflict of interest.

Limitations, reasons for caution

These biomarkers candidates were found by shotgun proteomicsanalysis and a target analysis should be performed to confirm thesebiomarkers.

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