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PIBID/DANÇA/UFBA Criação em dança. O sujeito e suas singularidade Pâmela Rinaldi Santana Orientadora: Profª Me. Virgínia Maria Rocha PIBID – Dança Universidade Federal da Bahia Este relato se trata de uma prática realizada no PIBID/DANÇA/UFBA no Colégio Estadual da Bahia – Central durante o período de 2014.1 com turmas de 1º ano do ensino médio integral no turno vespertino, sob supervisão da professora Me. Clarice Contreiras (SEC/BA) e coordenado pela professora Me. Virgínia Maria Suzart Rocha (UFBA). O PIBID é um projeto da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que se dedica à formação de professores, tendo por finalidade inserir alunos de licenciatura nas escolas municipais e estaduais. Em 2014, o Colégio Estadual da Bahia passa a ser de turno integral, tendo além das atividades de outras atividades em turno vespertino, aulas da grade diversifica, que é onde o ensino de dança se integra, dentro da disciplina arte. Tratando sobre o foco desse trabalho, buscou-se desenvolver na escola processos de criação que viessem estimular e preparar o corpo para a criação em dança, respeitando e retratando o aluno/sujeito em suas singularidades, nas relações que estabelece com o meio em que vive e convive. Para Marques (2004), a mediação do conhecimento deve realizar conexão com o próprio corpo, com os outros, bem como com a sociedade. Criar conexão com o próprio corpo não deve tanger apenas a percepção de si, mas a relação do corpo e a sociedade, incentivando reflexão sobre o “eu” e o corpo social. Chaves (2002) aponta o corpo como resultado biopsicossociocultural, que é falar do corpo como resultado de todas as suas experiências. Nesta perspectiva, a consideração de corpo e mente e razão e emoção como elementos distintos e separados é substituída por uma visão de corpo integrado, tratando o corpo como um organismo que se encontra em constante processo de transformação, que se modifica por meio do que vivencia. Pensar em uma proposta de ensino em dança que propõe investigação criativa de forma singular é neste trabalho, pensar que cada indivíduo é um ser único, com histórias de corpo e de vida diferentes e em processo de transformação que devem ser valoradas em sala de aula. OBJETIVOS DO TRABALHO: Trabalhar conceitos sobre dança e criação e desenvolver capacidades críticas-analíticas sobre dança, meio social e contemporaneidade; Desenvolver espaços de criação coreográfica e gerar produção de dança em diálogo com a realidade dos alunos pensando nas singularidades dos sujeitos; Estimular a comunicação, criatividade e expressividade dos estudantes participantes das aulas de dança. BIBLIOGRAFIA CHAVES. Virgínia. Corporeidade: o lócus da expressão do homem-mundo. / O corpo – uma via de acesso. IN: A Dança: uma estratégia para revelação e reelaboração do corpo no ensino público fundamental. Dissertação apresentada ao PPGAC/UFBA para obtenção do Grau de Mestre. Cap. II, 2002 LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. (A.M.B. de Vecchi e M. S. M. Netto, Trad.) São Paulo. Summus. 1978. MARQUES, Isabel. Metodologia para o ensino da dança: luxo ou necessidades? In: SOTER, Silvia. PEREIRA, Roberto. Lições de dança 4. Rio de Janeiro. RJ. UniverCidade. 2004. MORAES, Maria Candida. O paradigma educacional emergente: implicações na formação do professor e nas práticas pedagógicas. Em Aberto, Brasília, v. 01, p. 57-69, 1996. METODOLOGIA: Pesquisa-diagnóstica sobre as conceituações de dança que as turmas possuíam; Desenvolvimento de ações de movimento e qualidades de movimento (Laban) a partir de jogos e dinâmicas corporais; - Construção de sequência de movimentos partindo de sugestões de movimento dos alunos; Análise das ações presentes em cada pequena sequência, iniciando um processo de investigação; Pesquisa de tais ações em outras partes do corpo para ampliação de repertório de movimento a partir da desconstrução de movimentos já presentes no corpo Trabalho em dupla a partir da dança de salão; Transferência de peso e estímulo criativo a partir do contato físico com o colega partindo de elementos da dança de salão; O plano de ação para o estágio visou potencializar o desenvolvimento da criação para processos criativos individuais e em grupo. Nos processos em grupo, principalmente, a tentativa é de potencializar que a sala de aula se tornasse um espaço de compartilhamento, resultando em processos colaborativos, instigando aos alunos a criarem responsabilidades e cooperação uns sobre os processos dos outros.

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Page 1: Pâmela Rinaldi Santana Orientadora: Profª Me. Virgínia Maria Rocha PIBID – Dança Universidade Federal da Bahia Este relato se trata de uma prática realizada

PIBID/DANÇA/UFBACriação em dança.

O sujeito e suas singularidadePâmela Rinaldi SantanaOrientadora: Profª Me. Virgínia Maria RochaPIBID – DançaUniversidade Federal da Bahia

Este relato se trata de uma prática realizada no PIBID/DANÇA/UFBA no Colégio Estadual da Bahia – Central durante o período de 2014.1 com turmas de 1º ano do ensino médio integral no turno vespertino, sob supervisão da professora Me. Clarice Contreiras (SEC/BA) e coordenado pela professora Me. Virgínia Maria Suzart Rocha (UFBA). O PIBID é um projeto da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que se dedica à formação de professores, tendo por finalidade inserir alunos de licenciatura nas escolas municipais e estaduais.

Em 2014, o Colégio Estadual da Bahia passa a ser de turno integral, tendo além das atividades de outras atividades em turno vespertino, aulas da grade diversifica, que é onde o ensino de dança se integra, dentro da disciplina arte.

Tratando sobre o foco desse trabalho, buscou-se desenvolver na escola  processos de criação que viessem estimular e preparar o corpo para a  criação em dança, respeitando e retratando o aluno/sujeito em suas singularidades, nas relações que estabelece com o meio em que vive e convive. Para Marques (2004), a mediação do conhecimento deve realizar conexão com o próprio corpo, com os outros, bem como com a sociedade. Criar conexão com o próprio corpo não deve tanger apenas a percepção de si, mas a relação do corpo e a sociedade, incentivando reflexão sobre o “eu” e o corpo social.

Chaves (2002) aponta o corpo como resultado biopsicossociocultural, que é falar do corpo como resultado de todas as suas experiências. Nesta perspectiva, a consideração de corpo e mente e razão e emoção como elementos distintos e separados é substituída por uma visão de corpo integrado, tratando o corpo como um organismo que se encontra em constante processo de transformação, que se modifica por meio do que vivencia.

Pensar em uma proposta de ensino em dança que propõe investigação criativa de forma singular é neste trabalho, pensar que cada indivíduo é um ser único, com histórias de corpo e de vida diferentes e em processo de transformação que devem ser valoradas em sala de aula.

OBJETIVOS DO TRABALHO:• Trabalhar conceitos sobre dança e criação e desenvolver capacidades

críticas-analíticas sobre dança, meio social e contemporaneidade;• Desenvolver espaços de criação coreográfica e gerar produção de dança em

diálogo com a realidade dos alunos pensando nas singularidades dos sujeitos;

• Estimular a comunicação, criatividade e expressividade dos estudantes participantes das aulas de dança.

BIBLIOGRAFIACHAVES. Virgínia. Corporeidade: o lócus da expressão do homem-mundo. / O corpo – uma via de acesso. IN: A Dança: uma estratégia para revelação e reelaboração do corpo no ensino público fundamental. Dissertação apresentada ao PPGAC/UFBA para obtenção do Grau de Mestre. Cap. II, 2002LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. (A.M.B. de Vecchi e M. S. M. Netto, Trad.) São Paulo. Summus. 1978.MARQUES, Isabel. Metodologia para o ensino da dança: luxo ou necessidades? In: SOTER, Silvia. PEREIRA, Roberto. Lições de dança 4. Rio de Janeiro. RJ. UniverCidade. 2004.MORAES, Maria Candida. O paradigma educacional emergente: implicações na formação do professor e nas práticas pedagógicas. Em Aberto, Brasília, v. 01, p. 57-69, 1996.

METODOLOGIA:• Pesquisa-diagnóstica sobre as conceituações de dança que as turmas

possuíam;• Desenvolvimento de ações de movimento e qualidades de movimento

(Laban) a partir de jogos e dinâmicas corporais;- Construção de sequência de movimentos partindo de sugestões de movimento dos alunos;• Análise das ações presentes em cada pequena sequência, iniciando um

processo de investigação;• Pesquisa de tais ações em outras partes do corpo para ampliação de

repertório de movimento a partir da desconstrução de movimentos já presentes no corpo

• Trabalho em dupla a partir da dança de salão;• Transferência de peso e estímulo criativo a partir do contato físico com o

colega partindo de elementos da dança de salão;

O plano de ação para o estágio visou potencializar o desenvolvimento da criação para processos criativos individuais e em grupo. Nos processos em grupo, principalmente, a tentativa é de potencializar que a sala de aula se tornasse um espaço de compartilhamento, resultando em processos colaborativos, instigando aos alunos a criarem responsabilidades e cooperação uns sobre os processos dos outros.