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Engenharia Civil – Ênfase em Meio Ambiente (Bacharelado) DISCIPLINA: Poluição Ambiental e Medidas de Controle II 2° semestre 2015 PROFESSOR: Alexandre Túlio Amaral Nascimento [email protected] Divinópolis/MG EMENTA: Resíduos sólidos, poluição do solo por resíduos urbanos, industriais e agrícolas, recuperação de solos. Poluição da atmosfera, qualidade do ar, monitoramento dos padrões de emissão, smog, inversão térmica, tratamento de efluentes atmosféricos. Poluição visual. Poluição sonora. Elaboração de planos de controle ambiental.

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Page 1: PAMCII_Alexandre Nascimento_Alulas 1_10°A

Engenharia Civil – Ênfase em Meio Ambiente (Bacharelado)

DISCIPLINA: Poluição Ambiental e Medidas de Controle II 2° semestre 2015

PROFESSOR: Alexandre Túlio Amaral Nascimento [email protected]

Divinópolis/MG

EMENTA: Resíduos sólidos, poluição do solo por resíduos urbanos, industriais e agrícolas, recuperação de solos. Poluição da atmosfera, qualidade do ar, monitoramento dos padrões de emissão, smog, inversão térmica, tratamento de efluentes atmosféricos. Poluição visual. Poluição sonora. Elaboração de planos de controle ambiental.

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RESÍDUOS SÓLIDOS

Souto & Povinelli. 2013. Cap 22. In Calijuri & Cunha, eds. Engenharia Ambiental: conceitos, tecnologia e gestão Vesilind & Morgan. 2013. Cap 13. Introdução à Engenharia Ambiental

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Cada brasileiro gera em média 1,2kg de lixo/dia (0,6 a 1,9kg/dia)

O aumento do lixo já supera o do crescimento populacional urbano

Gerados por quase todas as atividades humanas.

Grande diversidade de materiais.

Quanto mais a população aumenta e mais a economia cresce, maiores as quantidades de resíduos, cada vez mais diversos, gerados.

RESÍDUOS SÓLIDOS

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Como lidar com esses resíduos sólidos?

As respostam a essas perguntas representam um imenso desafio a profissionais de diversas áreas. Especialmente aos engenheiros,

qualquer que seja a sua modalidade.

Que tipos de desafios teremos no futuro? Será que as tecnologias existentes serão suficientes?

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• Gerar “lixo” é uma característica exclusiva da espécie humana! • Lei de Lavoisier – na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se

transforma – vale para o lixo. • O homem inventou o lixo quando começou a fazer combinações

moleculares, alterando matérias-primas (ex. do petróleo se faz plásticos, da areia vidro)...

• A partir da revolução industrial, a humanidade adotou um “modelo linear de produção” e seguiu em frente, sempre inovando....

• Modelo Linear de Produção = extrair matéria da natureza, transformá-la, usá-la e descartá-la

• A preocupação com o caminho de volta (isto é, do vidro fazer areia e do plástico, petróleo) é recente...

• No Brasil, a PNRS (Lei 12.305/2010) é um marco importante! Uma política pensada e planejada sobre uma lógica cíclica e que traz instrumentos importantes como a logística reversa, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e programas integrados de gestão de resíduos sólidos.

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• Esgotamento de matérias primas

• Crises globais – ambiental, econômica, climática, saúde, alimentação

• Acordos políticos-jurídicos globais, nacionais e locais tomam força

• Espécie humana busca se ADAPTAR com essa sua particularidade – o lixo!

• Na natureza processos de adaptação são lentos e complexos, pois envolvem mudanças de contexto.... E nisso, somos iguais a todo o resto da natureza....

• Gostemos ou não, a realidade – e a lei – pressiona para que tenhamos cada vez mais contato e sejamos cada vez mais responsáveis por nossos próprios resíduos.

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O que são RESÍDUOS SÓLIDOS?

Vários conceitos na literatura... Para atuação profissional, vale a definição da PNRS (Lei 12.305/2010) Inciso XVI do Art. 3° estabelece que são considerados Resíduos Sólidos:

a) Materiais, substâncias, objetos ou bens resultantes das atividades humanas nos estados sólido ou semissólido;

b) Gases contidos em recipientes; c) Líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede

pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;

Lei 12.305/2010 PNRS não se aplica a resíduos radioativos – legislação específica

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A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS), Lei 12.305/2010

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LEIS E NORMATIVAS para os engenheiros tratarem RS: • PNRS – Lei 12.305/2010

• NBR-10.004:2004 (ABNT, 2004) • Resolução n°306 de 2004 da Anvisa - RSS • Resolução n°358 de 2005 do CONAMA - RSS • Resolução n°307/2002 e 448/2012 do CONAMA - RCC

• Leis e normas devem ser seguidas no dia a dia da profissão tanto

quanto os conhecimentos técnicos propriamente ditos. • Nunca executem um trabalho ou atividade somente com base no que

um livro, artigo ou mesmo seu professor disse acerca de um dispositivo legal; consulte e leia sempre o texto original.

• Caso você decida não atender algum item de uma lei ou norma, deve estar muito bem fundamentado ao fazê-lo, pois seu trabalho será avaliado, inclusive e principalmente, dentro de processos judiciais, de acordo com o que está expressamente escrito nela, de acordo com o que é chamado “letra da lei”.

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• RESÍDUOS passam a ser chamados de REJEITOS quando se esgotam todas as possibilidades de tratamento e recuperação

RESÍDUOS SÓLIDOS

PNRS, Inciso XV do Art. 3° - REJEITOS: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;

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Então, o que se entende por “destinação final ambientalmente adequada” é o encaminhamento do resíduo para reutilização, reciclagem, compostagem, aproveitamento energético, disposição final ou outras destinações admitidas pelo poder público de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos ambientais negativos. Já a “disposição final ambientalmente adequada” se refere exclusivamente aos rejeitos, consistindo sua disposição ordenada em aterros.

A PNRS formalizou os termos “destinação final ambientalmente adequada dos resíduos” e “disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”

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• REFUGO – lixo residencial e comercial comum = tudo que jogamos no lixo

• ENTULHO – lixo formado por itens maiores (geladeira velha, colchões, resíduos de obras da construção civil, troncos de árvores, etc.)

RESÍDUOS SÓLIDOS

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CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS Art. 13°)

I – Quanto a origem: a) domiciliares; b) de limpeza urbana; c) urbanos; d) estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços; e) de saneamento básico; f) industriais; g) de serviços de saúde; h) da construção civil; i) agrossilvopastoris; j) de transporte; k) da mineração II – Quanto a periculosidade: a) perigosos e b) não perigosos

RESÍDUOS PERIGOSOS – aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica.

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Classificação quanto a origem ou aos GERADORES de resíduos sólidos (RS)

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PNRS e suas principais inovações

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LOGÍSTICA

Logística é um processo que pode ser dividido em várias etapas: envolve compra e venda, devolução de mercadoria por motivo de desistência ou de defeito e, finalmente, se preocupa com o destino de um produto ao final de sua vida útil.

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LOGÍSTICA REVERSA (LR)

• A preocupação da Logística Reversa (LR) é fazer com que esse material, sem condições de ser reutilizado, retorne ao seu ciclo produtivo ou para o de outra indústria como insumo, evitando uma nova busca por recursos na natureza e permitindo um descarte ambientalmente correto.

• A Lei n° 12.305/2010 (PNRS) dedicou especial atenção à LR e o Decreto nº 7.404/2010 definiu instrumentos para sua implantação: regulamento, acordo setorial e termo de compromisso.

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RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o “conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos da PNRS.

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ACORDO SETORIAL

“Ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto”

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Dentre os XIX instrumentos da PNRS (Art. 8°)... O SINIR

http://sinir.gov.br/web/guest/inicio

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O Art. 7° apresenta os OBJETIVOS DA PNRS e no seu inciso II estabelece:

Esta é também a ordem de prioridades para a “gestão e gerenciamento” dos resíduos sólidos (Art. 9° PNRS)

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PNRS – Ordem de prioridades para o gestão: I. Não geração II. Redução (técnicas de P + L)

III. Reutilização (aproveitamento do resíduo sem que ele passe por

transformações físicas, químicas ou biológicas)

IV.Reciclagem (aproveitamento dos resíduos como matéria-prima para

novos produtos mediante a alteração de suas propriedades)

V. Tratamento VI.Disposição final

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GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

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GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (GRS)

Conjunto das ações exercidas, direta ou indiretamente, para resolver o problema dos resíduos sólidos

Envolve a coleta, o transporte, o transbordo, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos e a disposição final dos rejeitos.

Devem estar de acordo com o Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos ou com algum plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PNRS).

Não se pensa mais em cada tipo de resíduo como um problema separado. Agora busca-se conhecer todos os tipos de resíduos produzidos em um município ou conjunto de municípios, suas quantidades e fontes geradoras e, a partir daí, montar um planejamento integrado de GRS.

GIRS – engloba não apenas as dimensões sanitária, econômica e ambiental, mas também política, cultural e social, assegurando o controle social e garantido a premissa do Desenvolv. Sustentável.

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TRANSPORTE

CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

ESTIMATIVA DE GERAÇÃO

DISPOSIÇÃO FINAL

COLETA

GERENCIAMENTO Resíduos Sólidos

TRATAMENTO

PLANOS DE Resíduos Sólidos

Nacional Estadual

Microrregionais Intermunicipais

Municipais PGRS

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TRANSPORTE

CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

ESTIMATIVA DE GERAÇÃO

DISPOSIÇÃO FINAL

COLETA

GERENCIAMENTO Resíduos Sólidos

TRATAMENTO

PLANOS DE Resíduos Sólidos

Nacional Estadual

Microrregionais Intermunicipais

Municipais PGRS

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GRS (PNRS) • É competência dos municípios. • Aos estados cabe:

• I) A integração de ações dos municípios nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;

• II) controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento ambiental pelo órgão estadual do Sisnama.

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TRANSPORTE

RSU

RSS

RCC

RI

Pilhas & Baterias

ESTIMATIVA DE GERAÇÃO

TRATAMENTO

Lixo Eletrônico

Compostagem Vermicompostagem Digestão Anaeróbia

Incineração Reciclagem

Técnicas p/ RSS

DISPOSIÇÃO FINAL

Aterros Sanitários

Res. Perigosos Res. Inertes (RCC)

Coleta Regular

Coleta Especial

LOGÍSTICA REVERSA

CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

reciclagem

Co

leta Seletiva

GERENCIAMENTO Resíduos Sólidos

Pneus

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Regular

Especial

Seletiva

TRANSORTE

CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

RSU

RSS

RCC

RI

Pilhas & Baterias

LOG

ÍSTICA

R

EVER

SA

ESTIMATIVA DE GERAÇÃO

TRATAMENTO

Lixo Eletrônico

LOG

ÍSTICA

R

EVER

SA

Compostagem Vermicompostagem Digestão Anaeróbia

Incineração Reciclagem

Técnicas p/ RSS

DISPOSIÇÃO FINAL

Aterros Sanitários

Res. Perigosos Res. Inertes (RCC)

COLETA

reciclagem

GERENCIAMENTO Resíduos Sólidos

Pneus

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Regular

Especial

Seletiva

reciclagem

LOGÍSTICA REVERSA

COLETA GERENCIAMENTO Resíduos Sólidos

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COLETA REGULAR

• RSU • Porta a porta • Caminhões compactadores • Caminho de Euler – uma rua atravessada apenas uma única vez e

repetição eliminada

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COLETA SELETIVA

• Importante para RECICLAGEM • Separação do lixo deve ser feita na fonte – a posteriori não recupera

mais que 50% do material reciclável

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COLETA ESPECIAL – LOGÍSTICA REVERSA

• RSS • RCC • Pneus • Baterias & Pilhas • Lixo Eletrônico • Resíduos Perigosos em geral

• Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – independe da agência

publica de coleta

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LOGÍSTICA REVERSA

• Obrigados por lei: • Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens • Pilhas e baterias; • Óleos lubrificantes e seus resíduos e embalagens; • Lâmpadas fluorescentes; • Eletroeletrônicos e seus componentes

• Fabricantes responsáveis pela destinação ambiental adequada – inclui disposição final ambientalmente adequada de seus rejeitos

• Estruturada e implementada pelos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes – independente do serviço de limpeza urbana e manejo de RS

• Consumidores – devem devolver ao comerciante recipientes, embalagens e remanescentes após o uso

• PNRS recomenda extensão a outros produtos

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TRANSPORTE

• Até pontos de destinação final • Industrias de reciclagem • Centrais de tratamento • Aterros sanitários

• Estações de transbordo – aterros distantes das áreas urbanas

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GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Lixo Eletrônico

LOG

ÍSTICA

REV

ERSA

RSU

RSS

RCC

RI

Pilhas & Baterias

CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS CLASSIFICAÇÃO

origem periculosidade

Resíduos perigosos

Pneus

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Quem precisa elaborar Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos?

PNRS – Lei 12.305/2010; Art. 20°

I – alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do Art. 13°: e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico; f) resíduos industriais:; g) resíduos de serviços de saúde; k) resíduos de mineração

I - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;

III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama;

IV) os responsáveis pelos terminais e outras instalações da alínea “j” do inciso I do Art. 13° = resíduos de serviços de transportes

V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa.

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RSU – RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Resíduos sólidos urbanos Domiciliares Heterogêneos (≠ RI)

Composição bem variável Caracterização importante para fins de gerenciamento

Classe II – A (não inertes) NBR-10.004:2004 Disposição final deve ser em aterros sanitários Critério de patogenicidade não se aplicam aos RSU

Técnicas que minimizem volume e aumentam vida útil dos aterros Compostagem ou digestão anaeróbia – parte orgânica Reciclagem Incineração

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RI – RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Mais homogêneos que o RSU ≠ entre si Composição normalmente bem definida

Reciclagem é mais fácil e eficiente Processos industriais podem ser projetados para facilitar a separação

dos resíduos e aproveitá-los na mesma fábrica ou entregá-los limpos para outros processos de produção

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RSS – RESÍDUOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Risco a transmissão de doenças Resolução RDC n° 306 de 2004 da ANVISA Resolução n° 358 de 2005 do CONAMA

Buscam harmonizar as exigências sanitárias e ambientais Resultantes das atividades exercidas por todo e qualquer serviço de

atendimento à saúde humana ou animal = não se limitam aos resíduos de hospitais e clínicas

Não se aplica às industrias de produtos de saúde – licenciamento ambiental específico

RSS cerca de 0,5% do RSU Deve ser segregados na fonte GRSS – redução de riscos ao trabalhador da saúde, a população e ao MA Classificação em 5 grupos – A, B, C, D, E

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RCC – RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Um dos maiores geradores de resíduos e boa parte deles é disposta irregularmente

Heterogêneos – argamassa, areia, solo, cerâmica, concreto, madeira, metais, papel, pedra, asfalto, tinta, gesso, plástico, borracha, materiais putrescíveis, etc.

> 50% do RSU coletado nos municípios brasileiros em 2010 Responsabilidade pela destinação final é do gerador Resoluções CONAMA 307/2002 e 448/2012 Não podem ser dispostos em aterros sanitários, “bota-fora”, lotes vagos,

encostas, etc. Reciclagem de resíduos Classe A pode acontecer no próprio canteiro de

obras Destinação correta – Aterros de Resíduos Inertes

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Gesso mudou para classe B – resolução CONAMA 431/2011

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PILHAS & BATERIAS

Efeitos dos metais nelas contidos (chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel , lítio, etc.)

Resolução CONAMA n° 257/1999 – início da regulação no BR Resolução CONAMA n° 401/2008 – limites às concentrações e exigências Obrigatoriedade da LOGÍSTICA REVERSA

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PNEUS

Borracha vulcanizada, fios de aço e tecidos de nylon ou poliéster Recuperação: recauchutagem = recapagem ou reconstrução de pneus

Devem ter a mesma durabilidade que um pneu novo Mais frequente em pneus de caminhões e aviões que em automóveis

Pneu inservível – danos irreparáveis na estrutura inviabilizam a rodagem Destinação regulada pela Resolução CONAMA n° 416/2009 PNRS – Logística Reversa – responsabilidade dos fabricantes Aço encaminhado para reciclagem específica Borracha usada como combustível alternativo para indústrias de cimento,

fabricação de solados de sapato, borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos industriais, tapetes para automóveis, muros de arrimo, produtos artesanais e artefatos para jardins.

Incorporação ao asfalto para pavimentação de rodovias.

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http://dx.doi.org/10.1590/S0104-14282012005000059; Logística reversa dos pneus usados no Brasil; Carlos A. F. Lagarinhos; Jorge A. S. Tenório 2012

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LIXO ELETRÔNICO

Obsolescência programada No BR geração per capita média de 0,5 kg/hab.ano (CREA – RS, 2010) Problema principal – placas de circuito que contem grande diversidade de

metais e alguns tipos de monitores; restante é composto por materiais recicláveis, como metal e plástico.

Volume: 5% dispositivos eletrônicos; 40% plásticos; 37% metais; 1% borracha; 17% de outros materiais

Reciclagem das placas de circuito objetiva a recuperação dos metais. Trituração; Processamento em empresas especializadas;

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TRANSPORTE

CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

ESTIMATIVA DE GERAÇÃO

DISPOSIÇÃO FINAL

Aterros Sanitários

Res. Perigosos Res. Inertes (RCC)

COLETA

GERENCIAMENTO Resíduos Sólidos

TRATAMENTO

Compostagem Vermicompostagem Digestão Anaeróbia

Incineração Reciclagem

Técnicas p/ RSS

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DISPOSIÇÃO FINAL

Aterros Sanitários

Aterros Res. Perigosos (industriais)

Aterros Res. Inertes (RCC)

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A PNRS coloca como meta a eliminação de lixões até 2020 para cidades menores e até 2018 para cidades maiores. O prazo inicial, que era até 2014, foi descumprido pela maioria.

Cerca de 80 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos são descartadas de forma inadequada no Brasil todos os dias, correspondendo a mais de 40% do lixo coletado.

Mesmo com aumento de 6,2% ao ano do volume de resíduos dispostos de forma adequada, “esse índice tem evoluído a passos lentos, e o volume absoluto de resíduos dispostos de forma inadequada tem aumentado gradativamente”.

Seminário de gestão de resíduos sólidos urbanos, dia 27 de agosto de 2015, em Brasília, irá debater a importância do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e o planejamento para implantação e financiamento da gestão sobre o tema.

Page 65: PAMCII_Alexandre Nascimento_Alulas 1_10°A

http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/senado-aprova-prorrogar-por-2-anos-extincao-de-lixoes.html

Page 66: PAMCII_Alexandre Nascimento_Alulas 1_10°A

ATERRO SANITÁRIO

Métodos Construtivos

Lixiviado

Gases

Trincheira ou Vala Encosta ou rampa Área

Fase ácida Fase metanogênica Fase de maturação

Metano (CH4) Gás carbônica (CO2) Gás sulfídrico (H2S)

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ATERROS SANITÁRIOS

• Confinamento seguro dos resíduos, evitando riscos à saúde pública e minimizando impactos ambientais negativos

• Resíduos biodegradados em anaerobiose – estabilização, em longo prazo, e ligeira diminuição do volume

• Gera produtos líquidos (lixiviado ou chorume) e gasosos • Impermeabilização – argila compactada coberta com mantas geotêxteis • Configuração: setor de preparação, setor de execução e setor concluído. Alguns

aterros desenvolvem esses setores concomitante em várias áreas, outros de menor porte desenvolvem cada setor de cada vez.

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ATERROS SANITÁRIOS – efluentes líquidos

Mistura dos produtos da decomposição anaeróbia dos resíduos com água da chuva que penetra no aterro;

Composição química variável; Tratamento ainda é um desafio; Tóxico para organismos aquáticos e contaminante das águas; Características mudam ao longo do tempo • Fase ácida ou “chorume novo” – início da operação do aterro, ácidos

voláteis, elevada carga orgânica, pH baixo, e pouca microbiota metanogênica – dois anos

• Fase metanogênica ou “chorume velho” – microbiota metanogênica bem desenvolvida consome ácidos voláteis e converte gás carbônico em metano. pH mais elevado e carga orgânica mais baixa.

• Fase de maturação – massa de resíduos progressivamente estabilizada, emissões de gases diminuem – aterro estabilizado

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ATERROS SANITÁRIOS – efluentes líquidos

Concentrações de metais pesados são inferiores ao que se imagina, dentro dos limites previstos pelo CONAMA

POPs de difícil identificação e quantificação em uma matriz complexa como o lixiviado

Grande variabilidade do lixiviado, mesmo dentro da mesma fase, torna difícil o seu tratamento

Sucesso razoável na remoção da carga orgânica da fase ácida, principalmente com o uso de sistemas anaeróbios, que apresentam degradabilidade alta.

Fase metanogênica é extremamente refratária ao tratamento Solução que tem sido dada é tratamento conjunto com ETEs

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ATERROS SANITÁRIOS – efluentes gasosos

Biogás [metano (CH4), gás carbônico (CO2), gás sulfídrico (H2S)] + sustâncias volatilizadas

Gases de efeito estufa – necessitam tratamento antes de serem lançados na atmosfera

Tratamento mais simples consiste na queima do gás Fonte de energia em potencial – energia elétrica; viável em aterros

maiores Queima e aproveitamento energético podem ser usados para

obtenção de créditos de carbono em Mecanismos de Desenvolvimento Limpo

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ATERROS DE RESÍDUOS PERIGOSOS

Análogos aos aterros sanitários Operados de modo mais criterioso Sistemas de detecção de vazamentos pela camada de impermeabilização Drenagem mais efetiva das águas pluviais Resíduos perigosos encapsulados – reações químicas que tornam os

resíduos menos tóxicos e solúveis

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ATERROS DE RESÍDUOS INERTES (RCC)

Devem funcionar, na prática, como locais de armazenamento; Confinados com o menor volume possível Separados de modo a possibilitar uso futuro

Área do aterro deve ser passível de reutilização para outros fins RCC não podem ser dispostos em aterros sanitários RCC podem ser usados na construção e pavimentação das vias de acesso

de aterros Aterros Sanitários e Aterros de Inertes licenciados em áreas anexas

Os resíduos das classes B, C e D poderão apenas transitar por esta área, em seguida, transferidos para destinação adequada.

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Na DESTINAÇÃO dos RCC, além da PNRS, as Normas Técnicas Brasileiras são importantes

Áreas de Transbordo e Triagem (ATT) e Pontos de Entrega Voluntária (PEV) – NBR 15112

Aterros – NBR 15113 Áreas de Reciclagem – NBR 15114 Execução de camadas de pavimentação – NBR 15115 Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função

estrutural – NBR 15116

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NBR 15112

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