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Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado Banerj Fundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXXVI- Nº11 - NOVEMBRO de 2019 Palmeira do Amor Obra de arte na primavera carioca Página 2

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Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado BanerjFundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXXVI- Nº11 - NOVEMBRO de 2019

Palmeira do AmorObra de arte na primavera carioca

P á g i n a 2

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“Talipot”A Morte após o Florescimento

“A árvore tem o direito de nascer, cres-cer e viver. E o direito de fazer amor. Algu-mas fazem isso ainda criancinhas. Outras demoram 70 anos e morrem em seguida”, dis-se certa vez Roberto Burle Marx sobre a pal-meira Talipot ( Corypha umbraculifera ), que hoje tem algumas de suas árvores explodindo em milhares de minúsculas flores brancas no Parque do Flamengo. Há sete exemplares da espécie — original da Índia e Sri Lanka e introduzida no parque (e no país) pelo paisagista nos anos 1960 — em floração em plena primavera no Rio. Deta-lhe: como Burle Marx explicou poeticamente, essa palmeira só floresce uma vez, depois de dé-cadas, e, em seguida, entra num lento processo de morte. Uma beleza que chama a atenção de quem passa pelo par-que, a pé ou de carro. E poderá ser apreciada por cerca de um ano e meio a dois anos, tem-

po de vida da Talipot. A espécie, afirma a pai-sagista Denise Pinheiro, que trabalhou com Burle Marx, leva de 40 a 70 anos para dar flores. O que nos faz crer que essas gigantes — elas chegam a 25 metros — carregadas de florzinhas são do grupo pioneiro do parque. É que, desde os anos 1990, houve replantios, um deles durante a revitalização da área, em 2000. O parque tem cerca de 70 palmeiras dessa espécie. Ao longo dos anos de 1960, con-ta Isabela Ono, paisagista do Escritório Bur-le Marx, foram plantadas mais de cem. Num fenômeno inesperado, algumas palmeiras em floração foram vistas próximas ao MAM, em 1992. Ou seja, menos de 30 anos depois da inauguração do parque, em 1965.

Elas floresceram com 30 anos ou menos, mas foram plantadas já com alguns anos de vida. Roberto, na épo-ca, atribuiu o fenômeno aos herbi-cidas usados no parque — comenta Isabela Ono, lembrando que o paisa-gista, no entanto, não chegou a ver a palmeira plantada no seu sítio, em Barra de Guaratiba, florida. — Ele fa-leceu em 1994, e uma semana depois ela iniciou o processo de floração. Fa-

laram que era uma homenagem da natureza para ele — recorda ela.

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VALE QUANTO PESA Quem vê o espaço que o Curto Café ocupa hoje no Terminal Menezes Côrtes nem imagina que no início, em 2012, ele ficava até meio escondidi-nho de quem frequenta o local. De um pequeno quiosque, o negócio cresceu a ponto de ampliar suas instalações pelo segundo andar e estender sua especialidade original a uma gama de produtos de marca própria, como café, cerveja, chope, pães, sanduíches e pizzas. O diferencial que sempre marcou a casa, entretanto, não mudou desde então: o cliente paga o quanto acha que vale o expresso ou ca-ppuccino – feitos a partir de grãos selecionados –, porque os preços não são definidos. No come-ço, havia um quadro em que se listavam todos os gastos de manutenção, o custo de produção das bebidas e o valor que faltava para fechar o mês. Gabriel Magalhães, um dos donos do ne-gócio, conta que a ideia do quadro teve de ser deixada de lado com o aumento da clientela, po-rém garante que o freguês continua pagando o preço que achar justo. Os outros produtos apresentam preço ta-belado, mas também se trata de uma sugestão, já que o controle do pagamento, em máquinas de cartão espalhadas pelas mesas, é efetuado pelos próprios frequentado-res. O crescimento do negó-cio mostra que essa forma de gestão deu muito certo. “Temos a sensibilidade de observar no dia a dia o que é preciso alterar para melho-rar cada vez mais a casa”, diz Gabriel.

É difícil ir ao Curto Café e não encontrar o espaço cheio, mas os atendentes dão conta da demanda com simpatia e rapidez. Além da be-bida que dá nome à loja, as opções comestíveis variam conforme o horário. Pela manhã, queijos e pães artesanais é o destaque. Na faixa do al-moço, predominam empanadas e fatias de pi-zza. Já na happy hour, as pizzas inteiras (como as de pepperoni e mortadela com pistache) e os sanduíches incrementados (destaque para o de cogumelos) acompanham cervejas e chopes de fabricação própria. Doces delícias como trufas, brownies e cookies completam a experiência

gastronômica. Fonte:Almanaque Carioquice 2019 Instituto Cultural Cravo Albin

Curto Café Segunda a sexta, das 8h às 20h

Avenida Erasmo Braga 278, sobreloja do Edifício Garagem Menezes Côrtes – Centro - Tel.: (21) 98176-2582

Notas Sociais

Nosso colaborador há mais de 26 anos, que acompanha a trajetória da Associação nestas quase três décadas, Sirley Leal Bar-bosa comemorou seu aniversário junto a sua companheira Eliane e Diretores, que lhe prestaram a homenagem. A AAFBanerj dese-ja a esse funcionário que sempre se mostrou discreto, prestativo e eficiente, um porvir feliz com muita saúde. PARABÉNS Sirley!

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Almoço da AAFBanerj Nosso Almoço na Toca da Traíra Finalmente a Diretoria Social conse-guiu encontrar um restaurante que agradou nossos associados. Comida farta especializa-da em frutos do mar, a preço relativamente baixo, perto das estações do METRÔ (Afonso Pena e S.F. Xavier) e com estacionamento em frente ao Supermercado EXTRA. Trata-se da “Toca da Traíra”. Neste mês de outubro tive-mos a participação de 40 (quarenta) associa-dos que saíram encantados e puderam rever amigos e colegas que há muito se distancia-ram. Você não deve deixar de participar dos próximos almoços.

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Livro em Fatias

“Jalapão, Ontem e Hoje” Foi lançado, no dia 1º de novem-bro passado, o livro Jalapão, Ontem & Hoje, dos geógrafos Pedro Pinchas Gei-ger e Willian Guedes Martins Defensor Menezes. O evento foi realizado, na Li-vraria da Travessa, na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, no Rio de Janeiro. A obra foi idealizada pelo professor Pedro Geiger, um geógrafo com enorme importância para o país. A ideia surgiu com a proposta de unir o trabalho dele resultante de uma excursão em Jala-pão, em 1943, e a tese de doutorado que Willian apresentou na UFBA (Univer-sidade Federal da Bahia), após desen-volver pesquisa na região entre 2012 e 2014. Os dois pe-ríodos distintos da obra guardam profundas rela-ções da história de um pedaço relevante do Brasil. “O livro conta aventuras ocorridas duran-te uma excursão. Faz uma classificação inédita sobre categorias de cidades”, explica Geiger, ressaltando que realizou a excursão na região para completar o mapa do Brasil, conforme relatório pro-duzido para o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A busca por compreender as trans-formações no Jalapão e região está en-

tre as inspirações do livro. Dentre as mudanças, estão as que ocorreram em seus chapadões, por onde passou a ex-cursão do IBGE em 1943. Antes, essas áreas eram cobertas pelo cerrado e uti-lizadas coletivamente por comunidades tradicionais, cujo acesso era por meio do lombo de animais ou navegando por rios. Hoje, porém, a região está ocupada por modernas fazendas de soja e algo-dão. A descrição das paisagens feita por Geiger é uma porta de entrada para o debate de diversos processos sociais e naturais. A obra, no entanto, ,discute dinâmicas não só do Jalapão, mas de grande parte do seu entorno, passando por áreas do Piauí, Maranhão e do Vale do Rio Preto, na Bahia, até sua foz no Rio São Francisco.Obra contempla análises dos autores sobre a região, divididas 70 anos uma da outra

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Estivemos em Aracajú Foram seis dias em que vinte e quatro participantes, entre associados e convidados, puderam desligar-se das pre-ocupações e da realidade em que vivemos e respirar o ar puro das praias, mergulhar na piscina, degustar as comidas típicas nordestinas e realizar passeios inesquecíveis. Fomos ao “Canion do Xingó”, carro chefe dos pontos turísticos de Aracajú com passeio de catamarã pelo Rio S. Francisco nos locais onde foram filmadas cenas da novela Cordel Encantado e parada para ba-nho. Fomos também à “Crôa do Goré” com passeio de catamarã pelo Rio Vaza Barris navegando por belas ilhas, crôas, com parada pra banho nas suas águas calmas e mornas. Para completar fizemos um City Tour pela cidade conhecendo diversos pontos famosos da cidade como os Merca-dos Municipais, entre outros. Valeu. A Diretoria Social, mais uma vez, nos proporcionou um evento magnifico.

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Esta coluna pretende rememorar fatos que, de alguma maneira marcaram época, relevantes ou nem tanto. Este é mais um capítulo dessa série.

AS RAINHAS DO RÁDIOOS REINADOS COMEÇARAM EM

1937 E FORAM ATÉ 1960. Vamos recor-dar as Rainhas do Rádio? Elas rei-naram no coração dos ouvintes desde 1937, quando Linda Batista foi eleita em uma nobre cam-panha para angariar fundos destina-dos à construção daquele que seria o Hospital dos Radialistas. As cédulas de votação vinham no maior veículo impresso especializado em Rádio, que o Brasil conheceu: A Revista do Rádio. A pri-meira premiação de Linda Batista aconteceu a bor-do do Iate Laranjeiras, um barco carnavalesco que ficou ancorado na Esplanada do Castelo, coração do centro do Rio de Janeiro. Linda teve um mandato de 11 anos. O Presidente Getúlio Vargas, um incontido admirador de Linda Batista fez questão de receber a rainha no Palácio do Catete. Eram vistos muito juntos e comentava-se até que havia um caso entre eles.

Linda, ao passar coroa para sua irmã, Dircinha Batista em 1948, sempre brincalhona declarou: “Por uma ques-tão de sucessão na nobreza”! Ninguém reclamou. Dircinha, excelente cantora, po-rém mais discreta do que a irmã atuou no cinema quando estreou com apenas 7 anos de idade no fi lme chamado Ba-nana da Terra que fez enorme sucesso na época. No ano se-guinte, 1949, o con-curso cresceu mais ganhando, a paixão popular, marcan-do uma disputa acirrada entre as duas maiores estrelas da época : Marlene e Emilinha Borba. Marlene ia na ponta, o que ani-mou a Companhia Antarctica Paulista, que estava lançando um novo produto, o Guaraná Caçula, a dar um cheque em branco para ela adquirir quantos votos precisasse para ganhar a dispu-ta. Embora obtivesse uma expressiva votação, Emilinha Borba não teve for-ças para superar o enorme apoio da Antarctica. Marlene ganhou, o que fez aumentar ainda mais a rivalidade en-tre as duas cantoras. Dalva de Oliveira foi eleita Rai-nha em 1952, graças ao enorme suces-so, invejável voz e na crista da lit igio-sa separação de Herivelto Martins.

Em 1952, Mary Gonçalves atin-giu 477.826 votos. Sua popularida-de entre os próprios colegas contri-buiu muito para que ela ganhasse e assim aumentasse os recursos para a construção do Hospital dos Radia-

l istas. A vez de Emilinha finalmente chegaria em 1953. Contudo, o gran-de fenômeno de popularidade entre as

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cantoras do Rádio acon-teceria em 1954, quan-do o cetro passou para Ângela Maria, que entra-ria para a história com a maior votação de todos os tempos: 1.464.996! Em 1955 a rainha eleita foi Vera Lúcia. Voz deli-

ciosa e intimista parecia abrir um ca-minho diferente daquele tri lhado por suas antecessoras. Caberia a Dóris Monteiro substitui-la e com sua voz doce e interpretativa reinou no perí-odo 1956-1957. Dóris, em atividade até hoje, começou muito menina. Ain-da menor de idade ia acompanhada da mãe se apresentar em cassinos e depois nas rádios. Mesmo depois de deixar de ser rainha nunca perdeu a majestade. Embora excelente cantora, não arrebatava multidões. Em 1958, o Rádio conheceria sua última Rainha: July Joi com manda-to até 1960. Mas os tempos estavam mudando. O Brasil começava a viver outros momentos: a industrialização, o país rural se urbanizava. A Capi-tal passava a ser Brasíl ia. A Televi-são crescia e roubava anunciantes do velho Rádio, que buscava modelos de produção mais simples para se adap-tar aos novos tempos. Os fervilhantes programas de auditório, já não tinham aquele apelo de outrora. Os grandes artistas, cantores, orquestras migra-vam para a tevê. Nesse contexto de

transformações len-tas e inexoráveis, evidentemente, o prestígio do concur-so mostrava sinais de exaustão. A Asso-ciação Brasileira de

Rádio, ABR, gestora do concurso, em uma desesperada tentativa para sal-vá-lo e garantir recursos para a cons-trução do hospital, lançou o Concurso para eleger o Rei do Rádio. O vencedor foi o cantor Francisco Carlos que embora muito querido e popular não logrou reviver o sucesso e a emoção da versão feminina. Francisco Carlos, o último Rei do Rádio, era chamado também de El Broto, por causa de uma marchinha de carnaval que ele gra-vou nos anos 50. Vou mostrar a letra, talvez você se lembre da me-lodia e quem sabe até pulou carnaval ao som dessa deliciosa marchinha de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga. Ai, ai, brotinho. Não cresça meu brotinho, E nem murche como a flor, Ai, ai, brotinho, Que eu sou um galho velho, Mas quero o seu amor. Meu brotinho, Por favor, não cresça, Por favor, não cresça, Já é grande o cipoal, Olha só que galharia seca, Ta pegando fogo neste carnaval. Ai, ai, brotinho… O rádio conheceu ainda outros reis e rainhas. Ademilde Fonseca foi a Rainha do Chorinho. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Francisco Alves era o Rei da Voz e Moreira da Silva, o Rei do Gatilho.E caindo na real, ouso dizer: com seus reis e rainhas, na verdade o Rádio nunca perdeu a majestade!

Roberto SalvadorAssociado da AAFBanerj, é pesquisador, autor do blog História do Rádio e do livro A Era do Radioteatro.

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Publicação da AAFBanerjDiretoria Executiva:Presidente: Roberto PercinotoVice-Presidente: Elza Soares LinharesDiretores:Administrativo: João Maria Pereira de CarvalhoAdministrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro de CastroSocial: Elza Soares LinharesPatrimônio: Marco Antonio BarbosaPatrimônio Adjunto: Rui Antônio Duarte de MagalhãesFinanceiro: Décio de Oliveira GomesComunicação: Gerson BargCultural: Angelo ConteJurídico: Maria Emília Ribeiro de Santana LopesPlanejamento: Raimundo Aben AtharApoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho e SilvaApoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos M. BastosApoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do AmaralDiretores: Edson da Costa LealConselho Deliberativo:Presidente: Paulo Gustavo Medeiros LeitãoConselho Fiscal: Presidente: Manoel Eduardo Lima LopesPRODUÇÃO: AAFBanerjSede Própria: Av. Nilo Peçanha, 50/Gr.309/CentroRio de Janeiro/RJ - 20020-100Site: www.aafbanerj.org.br CNPJ: 28.009.538/0001-86E-mails: [email protected] / [email protected] FAX: (21) 2220-2566/2220-2319/2220-2843 /2240-4115. Tiragem: 4.000 exemplaresOs artigos de colaboradores não expressam, necessáriamente, a opinião da AAFBanerj Os artigos e serviços anunciados são de res-ponsabilidade dos anunciantes.

Capa: PALMEIRA DO AMOR - Aterro do Flamengo

EXPEDIENTE

Dia 07/12/2019 - PetrópolisVisita à Cervejaria Bohêmia, Almoço na Churrascaria Palhoça e Feirinha de Itaipava(1 dia).

Dia 14/12/2019 - 19 hs às 00 hsFesta de Final de Ano da AAFBanerj, que será realizada no Clube de Aeronáutica - à Praça Marechal âncora - S/Nº - Centro/RJ

A Despedida... A Dor da Saudade e a Certeza do Reencontro

Quando observamos, da praia, um ve-leiro a afastar-se da costa, navegando mar a dentro. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor, não demora muito e só pode-mos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu e encontram. Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: “já se foi”. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente que não, apenas o perdemos de vista. O barco con-tinua do mesmo tamanho e com a mesma ca-pacidade que tinha quando estava próximo de nós.O veleiro não evaporou, apenas não o pode-mos mais ver, mas ele continua o mesmo. E tal-vez, “no exato instante em que alguém diz: já se foi”, haverá outra vozes, mais além, a afirmar: “lá vem o veleiro”. Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos conti-nua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita do outro lado. E é assim “que, no mesmo instante em que dizemos: já se foi”, no mais além, outro al-guém dirá feliz: “já está chegando”. Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena. A vida jamais se interrompe nem oferece mudan-

ças espetaculares, pois a natureza não dá sal-tos. Cada um, leva sua carga de vícios e virtu-des, de afetos e desafetos, até que se resolva desfazer-se do que julgar desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a par-tida, para outros é a chegada. Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo fí-sico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imor-talidade que somos todos nós.Fonte: Livro – “A reencarnação através dos séculos”