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PALAVRAS TROCADAS: BRASIL – MOÇAMBIQUE Cultura local, educação e o universo dos livros rodadetroca.wordpress.com

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Page 1: PALAVRAS TROCADAS: BRASIL – MOÇAMBIQUE · + pelo menos um professor de Português 6 meses de projeto, com 4 a 6 horas de atividades semanais Professores (se possível 50% mulheres

PALAVRAS TROCADAS: BRASIL – MOÇAMBIQUE Cultura local, educação e o universo dos livros

rodadetroca.wordpress.com

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“O Governo por si só não tem os recursos nem a capacidade de financiar a totalidade das ações necessárias a implementação do Plano Estratégico de

Educação e Cultura. Para se alcançar os objetivos previstos pelo plano serão necessárias a participação de todos os cidadãos – pais, comunidades,

trabalhadores, ONGs, organizações religiosas – e, também, dos parceiros da cooperação internacional.”

Plano Estratégico de Educação e Cultura 2006 – 20010/11, República de Moçambique, Conselho de Ministros

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“As línguas servem para comunicar, mas elas não apenas “servem”, elas transcendem essa dimensão funcional. Às vezes as línguas fazem-nos ser.”

Mia Couto, escritor moçambicano

Contexto geral   •  Falta de iniciativas de intercâmbio e promoção de projetos e cooperação entre os países de língua portuguesa, sobretudo entre o Brasil e os países africanos

•  Baixo aproveitamento do potencial da língua comum como veículo de aproximação entre as culturas no âmbito da educação   •  Falta de conhecimento, no Brasil, em relação à cultura e identidades locais - não estigmatizadas - dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPs)

•  Aumento de influências não representativas da riqueza e diversidade da cultura brasileira, como novelas e igrejas evangélicas, nos PALOPs  

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“As línguas servem para comunicar, mas elas não apenas “servem”, elas transcendem essa dimensão funcional. Às vezes as línguas fazem-nos ser.”

Mia Couto, escritor moçambicano

Contexto Moçambique   •  Falta de valorização das diversas expressões culturais locais provenientes das muitas etnias existentes no país   •  A língua Portuguesa se fortalece como forma de unificar a nação, instituída como língua oficial pelo governo, mas ainda é baixo o número de pessoas que a falam como idioma principal (cerca de 12%)    •  Necessidade da ajuda internacional para executar as ações descritas no plano de educação e cultura devido ao cenário socioeconômico do país   •  Crescente incentivo do governo em potencializar e preservar a riqueza e a diversidade cultural do país com suas diferentes etnias e idiomas, como forma de consolidar a “Moçambicanidade”, incentivando o sentimento de orgulho, como mecanismo de desenvolvimento nacional

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“As línguas servem para comunicar, mas elas não apenas “servem”, elas transcendem essa dimensão funcional. Às vezes as línguas fazem-nos ser.”

Mia Couto, escritor moçambicano

Contexto Brasil   •  Oportunidade no desenvolvimento de atividades educativas e capacitação de professores relacionadas com o intercâmbio cultural entre Brasil e os PALOPs, uma vez que, desde 2003, tornou-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio em decorrência da Lei 10639 no Brasil. Vale ressaltar que, com relação à capacitação dos professores para o tema, ainda não existe uma política pública implementada

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•  visão

Que as crianças e jovens atingidos pelo projeto possam ser capazes de reconstruir suas identidades culturais – individuais e comunitárias – sendo expostos a elementos que ajudem a potencializar a auto expressão, como o contato com o universo literário e o intercâmbio cultural, que ampliarão as suas oportunidades de futuro e acesso a melhores empregos, o desenvolvimento pessoal e o sentimento de pertença à comunidade global

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•  como

2 turmas de alunos e alunas de escolas públicas, uma em Moçambique e uma no Brasil, trabalharão por 6 meses explorando o universo literário e oral dos dois países, sendo expostos aos elementos das duas culturas. Os alunos trabalharão com o objetivo de criar e ilustrar uma história por turma, com base nos elementos de suas culturas locais, a ser publicado em forma de livro e trocado com o outro país ao final das atividades.

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•  metodologiaSeleção dos 15 alunos (50%

meninos e 50% meninas) participantes por escola

+ pelo menos um professor de Português

6 meses de projeto, com 4 a 6 horas de atividades

semanais

Professores (se possível 50% mulheres e 50%

homens) e corpo diretivo recebem capacitação ao início do projeto, de pelo

menos 1 semana

Corpo docente seleciona ouAlunos se voluntariam

Escola decide se dentro ou fora da período letivo normal

Conteúdo aborda o universo dos livros e da literatura e o contexto dos países envolvidos no projeto, narração de contos orais, calendário de atividades, contos/livros que serão trabalhados nas atividades e os materiais didático que auxiliarão o desenvolvimento das atividades

As atividades com os alunos explorarão o universo dos

livros e estes serão estimulados a debater,

escrever, desenhar, contar histórias

Cada aula explorará um elemento: enredo, personagens, mensagem, cenário, ilustrações, etc.As aulas e atividades serão ministrados pelos professores e equipe da Roda de Troca na fase piloto

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•  produtos finais

Um livro com um conto por turma de cada país, ilustrado pelos desenhos das próprias crianças. O livro será impresso e distribuído a cada aluno, bem como para as escolas e outras bibliotecas. O lançamento formal do livro poderá acontecer, na presença das crianças, professores, corpo diretivo e mais pessoas do universo literário, das áreas da educação e da cultura em cada região como forma de divulgação dos resultados. Palestras e oficinas educativas poderão complementar este lançamento

1

Uma biblioteca escolar e/ou comunitária com exemplares de livros infanto-juvenis provenientes dos países de língua Portuguesa. Os livros que comporão esta biblioteca serão conseguidas através de campanhas de doação

2

Uma rede de alunos e professores - a Liga do Livro - que será responsável por gerir a biblioteca escolar/comunitária. Esta rede, conforme o projeto avance e crie novas redes em outros lugares, poderá ficar em contato para trocar experiências, livros, mecanismos de gestão da biblioteca, etc. Uma apostila com orientações para a gestão da biblioteca e sugestão de atividades relacionadas à leitura será entregue à Liga do Livro

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•  Beneficiários diretos

Os alunos e alunas das escolas que participarão das atividades

Os professores e professoras das escolas que serão capacitados

As outras crianças/jovens da escola/comunidade que ganharão uma biblioteca

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•  Beneficiários indiretosOs responsáveis (pais, avós, outros) pelos alunos uma vez que uma das conseqüências das atividades é aproximá-los da vida escolar

Os autores e ilustradores de livros infanto-juvenis, que poderão ter os seus livros expostos à um numero maior de leitores de outros países, ampliando o mercado literário

Formuladores de políticas públicas, que através dos resultados das atividades poderão propor a inclusão deste assunto na grade curricular ou na capacitação de professores

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•  objetivos Fortalecer o conhecimento, a valorização e a expressão da cultura local como forma de ampliar a auto-estima e a capacidade crítica de alunos e professores em relação ao seu cotidiano e perante estímulos provenientes do exterior   Multiplicar a quantidade de referentes culturais que contribuam para a formação dos seres humanos proporcionando um melhor entendimento de suas realidades, incentivando a curiosidade sobre as realidades de outros países e incentivando atitudes que apóiem o desenvolvimento local   Estreitar os laços entre os países de Língua Portuguesa por meio do intercâmbio cultural utilizando a língua comum e a literatura produzida nesses países como veículo de aproximação entre culturas, circulação e ampliação de conhecimento e reflexão em relação ao cotidiano e ao futuro   Promover o hábito da leitura e a familiaridade com os livros

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•  parceiros

Secretaria de Educação e Cultura do Distrito da Manhiça

Escola Primária Completa de Chibututuíne

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•  por que investir em cultura?

A cultura e a multiculturalidade são temas transversais que passam por todas as esferas da vida humana, da educação à saúde, da política à agricultura, do trabalho às relações humanas

A diversidade cultural é um dos grandes desafios ligados ao mundo de hoje, onde globalização, imigração, minorias e tentativas de hegemonia cultural são realidades efetivas   Identidade e diversidade são os eixos definidores da interculturalidade, que visam, através da educação democrática, a integração dos grupos no todo social, perante o individualismo, a cultura de massa e a supremacia de culturas sobre outras

A educação através dos livros é uma das formas de integrar todos esses aspectos em um único projeto com uma visão integral: educação, capacitação, cidadania, valorização cultural e respeito pela cultura alheia

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•  quem somos

A Roda de Troca é um projeto sem fins lucrativos nascido em Julho de 2009 e que acredita na troca entre povos e países como forma de desenvolvimento. O trabalho tem como foco principal o resgate da identidade cultural e a literatura como ferramentas para promover uma roda de trocas, sempre pensando nos valores da interculturalidade e do respeito

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Erika Saez é formada em Comunicação Social e pós graduada em Globalização e Governabilidade Mundial. Atualmente faz mestrado em Globalização, Cooperação e Desenvolvimento e trabalha como responsável pela coordenação de captação de recursos privados destinados a ajuda humanitária em situações de emergência pela Intermón Oxfam.

•  equipe

Fernanda Polacow trabalhou por 5 anos nas áreas de saúde pública e prevenção de mortalidade infantil, e por 3 anos no desenvolvimento de mecanismos de transparência e responsabilidade social para os setores privado e público. Hoje presta consultoria nas áreas de governança e estratégias de sustentabilidade e dá apoio ao plano de cooperação internacional de uma ONG Sul Africana.

Marta Delellis é pós-graduada em Comunicação Cultural e Cultura Histórica. Possui experiência de 9 anos em coordenação de projetos nos setores público, privado e terceiro setor, no Brasil e no exterior. Um desses projetos é o Memórias da Literatura Infantil e Juvenil. Hoje é responsável pela gestão do Ponto de Cultura do Museu da Pessoa e pelo desenvolvimento de projetos especiais.

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Brasil / São Paulo

Fernanda Polacow Tel. +55 11 74225282 [email protected]

Marta Delellis Tel. + 55 11 89636227 [email protected]

Europa / Barcelona

Erika Gonçalves Tel. +34 697975128 [email protected]

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rodadetroca.wordpress.com