painel: as alteraÇÕes climÁticas nas zonas costeiras

56
AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS Doutorada em Geologia (especialidade em Hidrogeologia) (A autora escreve de acordo com a antiga ortografia) Carla Maria de Paiva Chaves Lopes Caroça [email protected] Painel: 6 Comunicação do Risco e educação/consciencialização pública para a redução do risco. 12 a 16 Outubro 2020

Upload: others

Post on 19-Oct-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

NAS

ZONAS COSTEIRAS

Doutorada em Geologia (especialidade em Hidrogeologia)(A autora escreve de acordo com a antiga ortografia)

Carla Maria de Paiva Chaves Lopes Caroça

[email protected]

Painel: 6 Comunicação do Risco e educação/consciencialização pública para a redução do risco.

12 a 16 Outubro 2020

Page 2: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

“O OceanO...

nOssO FuturO”

(Capítulo 4.º do Relatório da Comissão Mundial

Independente para os Oceanos, 1998)

Page 3: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Deveria existir um aumento de consciência sobre o

contributo dos oceanos de forma que a economia, a

ecologia e as actividades em terra, fossem geridas com

sustentabilidade, no sentido de se obter um bem estar

individual e colectivo.

(Dias, A., 2003)

Page 4: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

O planeta Terra está a sofrer

alterações climáticas colocando em

perigo todos os seres vivos,

em especial os humanos.

Page 5: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Alterações climáticas

Origens

• Mudanças na superfícieterrestre (placastectónicas),

• Alterações na atmosferaterrestre (poeiras, gases),

• Modificações estruturaisno Sol (flutuações naprodução solar),

• Variações na órbita e no eixo terrestre,

• (Sociedade: uso de combustíveis fósseis)

Consequências

• Inundações,

• Secas,

• Furacões,

• Actividade vulcânica,

• Efeito de Estufa,

• Sismos,

• Perda de solo,

• Incêndios,

• Fome,

• Doenças,

• Pestes,

• Extinções,…

Page 6: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

As alterações climáticas

estão relacionadas

com o

clima ou o estado climático.

Page 7: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Clima ou estado climático

É a média das variações das condições meteorológicas,

num dado período de tempo, cerca de 30 anos

independentemente de qualquer estado meteorológico

instantâneo.

É um conceito apenas estatístico

e não uma realidade física.

Page 8: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

O clima é controlado pela latitude, pela pressão, pelos

ventos, pelos oceanos, pelas cadeias montanhosas e pela

posição geográfica,

e também por cinco factores naturais:

mudanças na radiação solar,

eventos tectónicos (sismos),

mudanças na órbita da Terra à volta do Sol,

eventos catastróficos (erupções vulcânicas e

impactos meteoros);

mudanças na composição atmosférica.

Page 9: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Resumindo:

O clima afecta

o nível do mar,

a glaciação

e outros factores que definem o carácter da

superfície e os seres vivos nela existentes.

Page 10: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Os oceanos são os que têm maior influência na

formação e na modelação do clima e nas variações

climáticas, pois o «calor específico da água é quatro

vezes o do ar e a capacidade térmica dos oceanos é mil

vezes a da atmosfera» (Peixoto, J. 1998)

Page 11: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Oceano:

• agente moderador do efeito de estufa, porque constitui

um sumidouro de dióxido de carbono;

• lança para a atmosfera partículas de sais dissolvidos

(exemplo: cloreto de sódio (NaCl)) que vão constituir

núcleos de condensação essenciais para a formação

de gotículas das nuvens.

(Peixoto, J., 1998).

Page 12: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

«As alterações dos níveis médios oceânicos

constituem uma “assimetria” da variabilidade dos

climas na História da Terra.»

(Peixoto, J., 1998)

Estão associadas a fenómenos do degelo, à expansão térmica da água e à sua compressibilidade.

Page 13: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

No último período quente, à cerca de 120000 anos, o

nível do mar estava cerca de 5 a 6 m acima do actual;

No último episódio glaciário (período de Würm), à

18000 anos, o nível do mar estava cerca de 100 m

abaixo do nível actual, pondo a descoberto muitas

paisagens e pontes naturais (estreito de Bering, Alasca,

Indonésia, etc) que permitiram grandes migrações

humanas e hoje estão submersas;

No período interglaciário actual, com temperaturas

entre 5 a 8ºC mais elevadas, verificou-se uma subida de

5 a 6 m do nível médio, acompanhada de redução dos

gelos da Antártida e da Groenelândia, decorrente do

degelo e da ablação de icebergs».

(Peixoto, J., 1998)

Page 14: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

A variação do nível do mar (nmm)

influencia

a geografia dos continentes

e tem impactos profundos

nas zonas costeiras e na sua ecologia.

Page 15: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

As zonas costeiras compreendidas entre os 200 m

acima e abaixo do nmm, definido pelo projecto LOICZ

(Land-Ocean Interaction in the Coastal Zone), em 1993,

são afectadas com maior gravidade pela acção humana,

também designados por efeitos não climáticos ou

antropogénicos. (Morais, J., 1998)

Page 16: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Esquema da Zona Litoral. (Retirado de Caroça, C., 2020)

ZONA COSTEIRA

Page 17: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Depende:

quadro tectónico,

variações eustáticas (subida e descida do mar),

sedimentos oriundos do continente,

hidrodinâmica marinha (correntes, vento),

temperatura,

salinidade da água,

actividade biológica,

clima/erosão.

ZONA COSTEIRA

Page 18: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Ao longo da História Geológica sofreram

repetidamente, transgressões e regressões relacionadas

com, respectivamente, a subida e a descida do nível

médio do mar (nmm).

Transgressão Regressão

Page 19: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Durante os últimos 40000 anos, o nível do mar

flutuou cerca de 140 m, em respeito ao crescimento e

fusão dos glaciares. A rápida subida do nível do mar

que iniciou à cerca de 20000 anos atrás, começou a

uniformizar à cerca de 7000 anos atrás. É nesta

altura, em que o nível do mar era relativamente

constante, que os humanos começaram a construir

cidades.

(Thompson & Turk, 1993)

Page 20: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Em Portugal, o registo

geológico revela as diferentes

formas do litoral ao longo dos

anos.

Evolução do Litoral Português desde o

Máximo Glaciário até ao presente. (Retirado

de Caroça, C., 2004).

Page 21: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Mas ainda há quem considere que

o registo geológico é uma história…

Page 22: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

O sismo do dia 26 Dezembro de 2004, de

magnitude 8,9, na escala de Ritcher, cujo epicentro

ocorreu no mar, a norte da Indonésia, a 40 km abaixo

do nível do mar, e gerou um tsunami com ondas de 10

m que se deslocaram a 900 km/h. (Varela, C., DN 27 Dez 2004)

Um exemplo recente:

Page 23: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

DN, 9 Janeiro 2005 DN, 9 Janeiro 2005

Page 24: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

DN, 9 Janeiro 2005DN, 9 Janeiro 2005

Page 25: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

DN, 31 Dezembro 2004

Page 26: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

As alterações climáticas estão mais relacionadas com

os fenómenos terrestres do que com as actividades

humanas (inibidoras do auto equilíbrio terrestre).

Demonstrou, através de uma sequência de notícias antes e

depois do sismo divulgado na comunicação social, que:

Page 27: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Consequências:

• Morte de milhares de seres humanos e de outros animais;

• Destruição completa de todas as zonas costeiras afectadas;

• Mudanças drásticas do(a):

clima;

geografia dos continentes;

aceleração dos movimentos do planeta Terra.

Page 28: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Algumas notas

retiradas dos

jornais

Page 29: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Um pouco antes da

catástrofe

registaram-se as

seguintes situações:

Page 30: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Abalo sísmico, um ano e meio depois do último

abalo (29 de Julho de 2003), de magnitude 5,4

na escala de Ritcher, com epicentro a 117 km

a SW do Cabo de S. Vicente, sentido no

Algarve, Lisboa e outros pontos do país, de N

a S, em 13 de Dezembro de 2004.

DN, 14 de Dezembro de 2004

(Leitão, S., DN 14 Dez 2004)

Page 31: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Mais de um terço do território continental

francês está a sofrer súbita descida de

temperatura, atingindo cerca de 14ºC

negativos, depois da tempestade

(Manteigas, B., DN 21 Dez 2004)

DN, 21 de Dezembro de 2004

Page 32: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Ocorreram os seguintes estados meteorológicos:

temporal de neve no Norte e Centro de Espanha,

principalmente, na região de Castela e Leão;

nevão no Texas, o qual já não era vivido desde

1989 neste local, e desde 1985, na fronteira com

o México; tempestades de neve em várias regiões da

Argélia.

DN, 27 de Dezembro de 2004

(vários autores desconhecidos, DN 27 Dez 2004)

Page 33: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

SISMO

26 Dezembro de 2004

Page 34: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Depois da catástrofe

registaram-se as

seguintes situações:

Page 35: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

No dia 3 de Janeiro de 2005, registou-se um

segundo tremor de terra sentido nas últimas

três semanas, no Sotavento Algarvio, de

magnitude 4,1 na escala aberta de Ritcher,

com epicentro registado a S de Olhão.

DN, 4 de Janeiro de 2005

(Martinheira, P., DN 4 Jan 2005);

Page 36: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Ventos fortes e chuvas torrenciais, no dia 8 de Janeiro

de 2005, fustigam o Reino Unido e a Dinamarca; Estado

da Venezuela, desde 7 de Janeiro de 2005, que está sujeito

ao mau tempo com o agravamento de deslizamentos. «Em

2004, registaram-se as temperaturas mais altas dos

últimos anos, segundo a Organização Mundial da

Meteorologia. E o calor permanece, mesmo em ambientes

gelados. Moscovo, por exemplo está a ter o Inverno mais

quente dos últimos 70 anos. Os termómetros assinalavam»,

no dia 8 de Janeiro de 2005, «4,5ºC negativos de

temperatura máxima, batendo o recorde de 1931, que foi de

3,7 graus.»

DN, 9 de Janeiro de 2005

(Autores desconhecidos, DN 9 Jan 2005)

Page 37: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

«Cientistas australianos admitiram», no dia 9 de Janeiro de 2005,

«que o movimento de rotação da Terra tenha vindo a

ficar «permanentemente acelerado» pelo violento

sismo de 26 de Dezembro de 2004 ao largo de

Aceh.» «A Terra terá sido acelerada em apenas uma fracção de

segundo, mas, para todos os efeitos, os dias estarão mesmo

mais curtos. O sismo foi o maior dos últimos 40 anos (grau 9 na

escala de Ritcher) e o mais mortífero de que há memória na história

da humanidade. Os cientistas dizem que, para além das várias

réplicas que têm vindo a ser assinaladas na região, o próprio

planeta ainda está a vibrar devido à potência do abalo.»(Tavares, P., DN 10 Jan 2005)

DN, 10 de Janeiro de 2005

Page 38: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Violenta tempestade na parte Norte da Europa;

neve nos EUA; rajadas fortes de vento no Sul da

Suécia, provocando queda de árvores; rajadas de

vento da ordem dos 151Km/h na Dinamarca; cheias

provocadas pelas chuvadas no NW de Inglaterra;

ventos atingiram os 181Km/h na Alemanha; mau

tempo na região do Báltico; Portugal não é afectado,

porque as perturbações estão a deslocarem-se

para leste, sem hipótese de atingir o território

português.

(Autor Desconhecido, DN 10 Jan 2005)

DN, 10 de Janeiro de 2005

Page 39: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Venezuela com mau tempo, em Janeiro de

2005, apresentando chuvas atípicas,

originadas por uma frente fria no mar

das Caraíbas.

DN, 10 de Janeiro de 2005

(Autor Desconhecido, DN 10 Jan 2005)

Page 40: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Novo temporal ameaça, em Janeiro de

2005, o Norte da Europa com fortes

chuvas e rajadas de vento.

DN, 11 de Janeiro de 2005

(Padrão, I., DN 11 Jan 2005);

Page 41: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Chuvas torrenciais e queda de neve provocam

aluimento de terras, inundações, deslizamento de terras

sob a forma de corrente de lama no Sul da Califórnia,

EUA, desde 6 de Janeiro de 2005. Estas perturbações

meteorológicas «nascem do choque entre uma corrente de

ar seco proveniente do Sul do Pacífico e uma vaga de frio

que veio do Pacífico Norte.» Do lado do Atlântico, vários

países da Europa do Norte têm sofrido, desde dia 8 de

Janeiro de 2005, mau tempo provocando queda de

árvores e inundações, este último efeito no NW de

Inglaterra.

DN, 12 de Janeiro de 2005

(autor desconhecido, DN 12 Jan 2005).

Page 42: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

«O sismo de 26 de Dezembro pode ter

alterado a geografia de algumas ilhas da

Índia, tornando as áreas mais baixas

vulneráveis a inundações e marés altas

– como a ilha Teresa, agora dividida ao

meio.»

DN, 13 de Janeiro de 2005

(Sousa, T.P., DN 13 Jan 2005)

Page 43: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

No dia 17 de Janeiro de 2005, o Estado de

Minnesota (EUA) atingiu 47º negativos. O

frio está afectar quase todo o

território, desde Nova York à Flórida,

por causa do ar gélido proveniente do

Árctico.

DN, 19 de Janeiro de 2005

(Autor desconhecido, DN 19 Jan 2005)

Page 44: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Alentejo, no mês de Janeiro, com temperaturas

a rondar os 20 graus, prejudiciais para a

agricultura e pastorícia.

(Carvalho, R., DN 21 Jan 2005)

Governo não aceita estado de calamidade, mas

fornece subsídios para o gado com doença língua

azul (falta de água e pasto) e sugere a

implementação de outras medidas para combater a

escassez de água responsabilizando, por isso, o

INAG.

(Dores, R., DN 21 Jan 2005).

DN, 21 de Janeiro de 2005

Page 45: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Na madrugada do dia 23 de Janeiro de

2005, registou-se um sismo de

magnitude 2,8, na escala aberta de

Ritcher, em Lisboa.

DN, 24 de Janeiro de 2005

(Autor desconhecido, DN 24 Jan 2005)

Page 46: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Mas tal como prova a história geológica:

«A tragédia de 26 de Dezembro de 2004

não foi a primeira grande catástrofe sísmica

a atingir a região da Indonésia.»

Page 47: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

«Em 1883, o vulcão Cracatoa, situado na ilha de

Recata, Indonésia, entrou em erupção depois de cerca de

três séculos inactivo, provocando no mar ondas gigantes

de 40 m de altura. As vagas devastaram a costa das ilhas de

Java e Samatra atingindo também, outras 165 m cidades

costeiras. Cerca de 36 mil pessoas morreram na Indonésia

devido ao tsunami e não na sequência das erupções que

devastaram dois terços da ilha Racata. As explosões vulcânicas

foram ouvidas a 3540 km de distância e as ondas gigantes

registadas nos oceanos Índico e Pacífico e costa oeste do

continente americano. O Cracatoa provocou ainda

efeitos climáticos nos anos seguintes». Lima, L., DN 31 Dez 2004

Page 48: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Por exemplo, prevenir os impactos das alterações

climáticas para as zonas costeiras.

Combater as alterações climáticas é impossível.

Prevenir as alterações climáticas

é possível e recomendável.

Page 49: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Medidas

dinamizadoras

à protecção do

litoral:

Page 50: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

• Conhecimento aprofundado da evolução dos

sistemas costeiros através de equipas inter e

multidisciplinares;

• Monitorização contínua antes, durante e depois

das acções exercidas sobre a zona costeira, por

intermédio de técnicas e modelos de computador mais

recentes (modelação matemática, sistemas de

informação geográfica;

Page 51: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

• Aplicações de técnicas suaves menos dispendiosas e

com menos impactos no litoral;

• Programas de sensibilização, ao nível político, técnico

e cidadania sobre os problemas do litoral, suas causas

e consequências, e quem os investiga, com o objectivo

de uma gestão sustentável das zonas costeiras;

Page 52: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

• Legislação/planos de ordenamento do território

adequados aos seguintes objectivos:

Delimitação de áreas a proteger e a conservar,

Ordenamento do território,

Utilização de recursos naturais de forma

sustentável,

Reduzir os impactos.

Page 53: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Finalizando…

Page 54: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Ir para a rua protestar com cartazes e exigir?!

Não é solução para resolver o problema das

consequências das alterações climáticas.

Page 55: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Se queremos um mundo melhor, temos de mudar o nosso

comportamento face às alterações climáticas.

Ninguém tem culpa de existirem alterações climáticas. Elas

são inerentes ao próprio planeta Terra.

Conhecer as actividades humanas que impedem e/ou

atrasam o equilíbrio da Terra, os seus efeitos e mudar para

acções menos prejudiciais e inovar para tecnologias menos

poluentes desde a sua formação, uso e final do uso.

Page 56: Painel: AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS ZONAS COSTEIRAS

Planear tendo em conta os vários cenários

possíveis de riscos, de perdas de humanos e

de bens materiais.