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Ano II • nº 12 • Maio de 2013 Se um adulto responder com um modelo agressivo, vai fixar o ambiente hostil desde cedo na criança (PÁGINA 3) DIA DAS MÃES O Coro Dominus faz 34 anos e preparou um recital para celebrar O Coro da Igreja Batista Itacuruçá está completando 74 anos A paixão aproxima, mas o amor mantém Neurocientista, Nel- son de Mello diz que há uma distinção entre paixão e o amor. “A paixão aproxima e une pessoa com o ob- jetivo de procriação, dá impulso para que arrisquem, promove modificações com- portamentais efusivas e grandiosas. A paixão pode se converter em amor, mas na maior parte das vezes não ocorre desse jeito. PÁGINAS 4 e 5. Tatiane Lugato acaba de ser mãe. Dei- xou o emprego, para trabalhar em casa e ficar mais perto do Miguel, de dois me- ses. Ela conta as emoções envolvidas no nascimento do seu primeiro filho. Nancy Dusilek, já avó, pergunta qual o salário da mãe e se imagina tendo carteira assinada de mãe. Ela fala do exemplo da mãe de Moisés, o libertador dos hebreus. Marta Bernardo, solteira, adotou três crianças. No corre-corre da sua vida de mãe e profissional, ela fala de sua múl- tipla experiência. Um dos seus filhos foi adotado com 10 anos de idade. Alessandra Castro confessa que ser mãe sempre foi o grande sonho da sua vida. Gabriel está agora com um ano e quatro meses. Por razões profissionais do mari- do, mora em Brasília, mas não vê a hora de voltar para a Tijuca. PÁGINAS 6 e 7 Formado só por homens, ninguém do coro pensa em parar. Desde o início, sua organista/pianista é a mesma pessoa: Isabel Monteiro. A regente é Soraia Malafaia. O coro canta em igrejas e eventos, no Rio de Janeiro e em outras cidades. Confira onde e como será na PÁGINA 14. Teve vários regentes, mas Delci Bernardes está à frente desde 1999. O coro canta principalmente na Igreja onde surgiu, mas tem viajado por várias cidades. No recital des- te ano, vai cantar só hinos clássicos. Confira onde e como será na PÁGINA 14. COMO APRENDER VIOLÃO Cris Fiaux, psi- cóloga e mãe de um menino e duas meninas, escreve que, “na relação mãe e filha, cada uma reivindica seu lugar e onde aspectos cons- cientes e incons- cientes são rea- tivados e reeditados. Mãe se identifica com a filha e vice versa. Muitas queixas da filha podem significar a luta por autonomia e in- dependência. PÁGINA 8 Conheça os perfis de quatro mães ouvidas pelo Tijuca em Foco Ser mãe de menina Comer bem na rua Nosso crítico visitou a cantina La Nonna, na Conde de Bonfim. Veja sua avaliação. PÁGINA 16 “Aceite que em um pri- meiro momento o violão é um corpo estranho. Nossas mãos o maneja- rão de forma desajeitada no início. Isso é absolu- tamente normal. Persis- ta. Logo, o violão passa a se tornar como uma extensão de nossos bra- ços. Tome cuidado nes- te período em executar corretamente as técnicas do instrumento para não adquirir vícios”. PÁGINA 9

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Ano II • nº 12 • Maio de 2013 Se um adulto responder comum modelo agressivo, vai fixar

o ambiente hostil desde cedo na criança

(PÁGINA 3)

DIA DAS MãeS

O Coro Dominus faz 34 anos e preparou um recital para celebrar

O Coro da Igreja Batista Itacuruçá está completando 74 anos

A paixão aproxima, mas o amor mantémNeurocientista, Nel-son de Mello diz que há uma distinção entre paixão e o amor.“A paixão aproxima e une pessoa com o ob-jetivo de procriação, dá impulso para que arrisquem, promove mo­dificações­ com-portamentais efusivas e grandiosas. A paixão pode se converter em amor, mas na maior parte das vezes não ocorre desse jeito.PÁGINAS 4 e 5.

Tatiane Lugato acaba de ser mãe. Dei-xou o emprego, para trabalhar em casa e ficar­mais­perto­do­Miguel,­de­dois­me-ses.­Ela­conta­as­emoções­envolvidas­no­nascimento­do­seu­primeiro­filho.

Nancy Dusilek, já avó, pergunta qual o salário da mãe e se imagina tendo carteira assinada de mãe. Ela fala do exemplo da mãe de Moisés, o libertador dos hebreus.

Marta Bernardo, solteira, adotou três crianças. No corre-corre da sua vida de mãe­e­profissional,­ ela­ fala­ de­ sua­múl-tipla­ experiência.­Um­dos­ seus­filhos­ foi­adotado com 10 anos de idade.

Alessandra Castro confessa que ser mãe sempre foi o grande sonho da sua vida. Gabriel está agora com um ano e quatro meses.­Por­razões­profissionais­do­mari-do, mora em Brasília, mas não vê a hora de voltar para a Tijuca. PÁGINAS 6 e 7

Formado só por homens, ninguém do coro pensa em parar. Desde o início, sua organista/pianista é a mesma pessoa: Isabel Monteiro.A regente é Soraia Malafaia. O coro canta em igrejas e eventos, no Rio de Janeiro e em outras cidades. Confira­onde­e­como­será­na­PÁGINA 14.

Teve vários regentes, mas Delci Bernardes está à frente desde 1999.O coro canta principalmente na Igreja onde surgiu, mas tem viajado por várias cidades. No recital des-te­ano,­vai­cantar­só­hinos­clássicos.­Confira­onde­e­como será na PÁGINA 14.

COMO APreNDer vIOlãO

Cris Fiaux, psi-cóloga e mãe de um menino e duas meninas, escreve que, “na relação mãe e filha,­ cada­ uma­reivindica seu lugar e onde aspectos cons-cientes e incons-cientes são rea -

tivados­e­reeditados.­Mãe­se­identifica­com­a­filha­e­vice­versa.­Muitas­queixas­da­filha­podem­significar­a­luta­por­autonomia­e­in-dependência. PÁGINA 8

Conheça os perfis de quatro mães ouvidas pelo Tijuca em Foco

Ser mãe de menina

Comer bem na ruaNosso crítico visitou a cantina La Nonna, na Conde de Bonfim.­Veja sua avaliação.PÁGINA 16

“Aceite que em um pri-meiro momento o violão é um corpo estranho. Nossas mãos o maneja-rão de forma desajeitada no início. Isso é absolu-tamente normal. Persis-ta. Logo, o violão passa

a se tornar como uma extensão de nossos bra-ços. Tome cuidado nes-te período em executar corretamente as técnicas do instrumento para não adquirir vícios”.PÁGINA 9

Uma publicação da Igreja Batista Itacuruçá para a Ti-juca­e­também­para­Andaraí,­Alto­da­Boa­Vista,­Grajaú,­Maracanã, Rio Comprido, Vila Isabel e adjacências

Maio de 2013

Editor:Israel Belo de Azevedo (RP 4.493/MG)

Equipe:Bruno Entringer, Camilla Viccari, Dalton Lopes (fotos), Davi Coelho, Elenice Magalhães, Geraldo Machado (diagramação), Guilherme Cockrane, Ma-ria Martha Rodrigues, Nathalie Baloustier Braga, Paulo Campos, Reginaldo Macedo de Almeida, Ro-berto Francelino e Ruth Amorim (revisão)

IGREJA BATISTA ITACURUÇÁRua José Higino, 416 Praça Barão de Corumbá, 49 – Tijuca20510-170 – Rio de Janeiro, [email protected] @jtijucaemfocoFacebook /tijucaemfoco(21) 3344-9700

Gráfica: Newstech - 21 (3552-0580)

Tiragem: 15.000 exemplares (distribuição gratuita)

T e C N O l O G I A2

TIJUCA EM FOCO 40 ANOS DO CelulAr

Essa foi a primeira ligação feita num dispositivo móvel, pare-cido com o celular que temos

hoje. O inventor, Martin Cooper, ligou para seu rival, na época, de dentro da conferência que apresen-tava o aparelho, em abril de 1973.

A chamada foi feita em um Dy-naTAC, da Motorola, um celular de 25,4 centímetros, que pesava 1,14 kg. A bateria levava 10 horas para recarregar e só durava 20 minutos. De qualquer forma, segundo Coo-per, ninguém conseguia segurar um aparelho tão pesado por mais de 20 minutos. O design do aparelho foi escolhido em concurso interno e, segundo Cooper, foi o mais simples e ficou em uso por quase 15 anos. A surpresa foi perceber que, um ano após o lançamento, foram entre-gues 900 mil unidades do “tijolão” - quantidade esperada só para o

FábIO CUnhA

ano 2000, apesar do preço, quase 4000 dólares.

Em 1991, veio a segunda gera-ção, que começou na Finlândia, com aparelhos menores e mais baratos. Quando chegou a terceira geração, em 2001, o celular já ti-nha conquistado o mundo. Nessa década, entramos na quarta gera-ção, e o celular passou a ser multi-tarefa: mensagens de texto, músi-ca, fotos, jogos, navegação, e está substituindo os computadores em quase todas as funções. A tecnolo-gia caminhou para aparelhos cada vez menores e mais finos, até que, recentemente, os smartphones voltaram a crescer e os “phablets”, que nada mais são que celulares maiores, quase beirando a linha do que é tablet, começaram a ganhar força.

Hoje, é difícil imaginar um mundo sem celulares, prova dis-so é que um smartphone passa 22 horas do dia junto ao usuário. No planeta Terra, vivem cerca de 7 bilhões de seres humanos. Destes, segundo dados da ONU, 6 bilhões usam telefones celulares. Para quem cresceu na era do celular, é difícil imaginar que essa revolução surgiu há apenas 40 anos.

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“Joel, aqui é o Marty. Estou te ligando de um telefone celular, um verdadeiro telefone portátil celular de mão”.

eNTrevISTA 3e D u C A r P A r A A v I D A

didas e interrompendo o processo para evitar a instalação da agressividade no grupo.

Dê possibilidade a seu filho ou alu-no de expressar o que ele sente para que compreenda o que está acontecendo consigo. Quando ele não souber dizer por que mordeu o colega, experimente oferecer-lhe algumas opções. Fora da situação em que os ânimos estão exalta-dos, mostre à criança que o amigo ficou triste e machucado.

É importante considerar que o con-ceito de dor, como o de outras sensações, é construído. Imaginar-se no lugar do outro é um excelente exercício para des-pertar a percepção das consequências das ações que se pratica. Por mais que pareça a melhor medida, o isolamen-to da criança não resolve o problema. Aprende-se a conviver bem experimen-tando a convivência. Ao mesmo tempo, dê mais atenção às crianças para reduzir

a incidência de tentativas de mordida. Antecipe a ação negativa intervindo para evitar que a criança reincida. É preciso aprender a identificar o contexto dentro do qual ela apela para a mordida.

Assim, quando estiver diante da situação-limite, a criança terá a chance de ser estimulada a trocar a comunica-ção corporal pela argumentação verbal. Impeça que a criança sinta-se premiada com o comportamento inadequado. Ela não deve usufruir daquilo que conquis-tou à base da mordida (isso vale para chutes, beliscões, tapas, arranhões).

Além disso, estimule sempre um pedido de desculpas. Se você perceber a necessidade de restringir o uso de al-gum brinquedo ou participação em al-guma atividade que a criança gosta por

alguns minutos, combine o que acon-tecerá se o ato voltar a ser praticado e cumpra o combinado. Voltar atrás é di-zer que você não tem certeza de sua de-cisão. Vale lembrar, que a restrição não deve ser física e que a criança não deve ser humilhada.

E AGOrA?ElA FOI MOrdIdA dE nOvO!Muitas vezes, avalia-se que uma

criança é precoce, que é mais madu-ra porque gosta mais de conviver com crianças mais velhas ou com adultos, de-monstrando desconforto, inquietude, ir-ritação quando está com outras crianças de sua idade.

Claro que é possível que isso ocorra, mas o que verificamos, normalmente, é que o dia-a-dia entre indivíduos da mes-ma faixa etária, na fase do desenvolvi-mento de que estamos tratando, é mes-mo o que há de mais difícil – por isso, às vezes, menos desejado –, pois todos têm demandas semelhantes. Aqui não há o que “tem que ceder porque o amigo é mais novo”. Voltemo-nos para a criança que é mordida repetidas vezes. Ela pre-cisa de acolhimento – atenção e ajuda – para melhorar seus reflexos, expressar seu descontentamento e encontrar me-canismos de defesa. Fortalecê-la, porém, não é incentivar o revide, o que ocorre com frequência com alguns pais pelo re-ceio de que seu filho se torne um sujeito passivo diante da vida.

É preciso lembrar que o adulto não deve oferecer um modelo agressivo sob pena de fixar o ambiente hostil que está rondando os primeiros relacionamentos da criança. Por mais que seja sofrido ver o filho marcado por um colega, evite o rancor, pois a criança que morde não é má, e seus pais sofrem muito temendo que ela seja discriminada pela turminha e pelos outros pais.

Carine Machado, Graduada em Pe-dagogia com especialização em Educa-ção Infantil (UERJ) e Pós-graduada em Gestão de Pessoas (UNIFACS. Coorde-nadora Pedagógica da Educação Infan-til do Colégio Batista Shepard.

A criança tem o seu primeiro contato com o mundo através da boca, pelo seio materno, que lhe proporciona o prazer de saciar sua fome. Em razão dessa rela-ção de prazer, à medida que cresce leva outras coisas à boca, como as mãos e os pés. Aos poucos vai tentando saborear outros objetos e até mesmo experimen-tar o contato da boca com as pessoas, na tentativa de conhecer e descobrir me-lhor o mundo.

A criança que morde na verdade está procurando uma forma prazerosa de se expressar e comunicar com o mundo, de se descobrir dentro dele, pois nesta fase a sua libido está centrada na boca, na porção superior do trato digestivo.

Através desse contato, aos poucos vai percebendo várias diferenças como doce e salgado, duro e mole. E na esco-la, ao morder um amigo, descobre novas sensações de prazer, como em ver o sus-to, a reação, o choro do outro. A partir dessa sensação experimentada, volta a fazer repetidamente.

As IMplICAçõEs dAs MOrdIdAsAs mordidas acontecem em situações

de disputa por brinquedos, na disputa por atenção ou até mesmo para demons-trar o que se quer o que se sente. Como algumas crianças não conseguem admi-nistrar seus sentimentos, manifestam o incômodo ou desejo, através da mordida.

Um grande incentivador que temos presenciado comumente entre as famí-lias, são os pais brincando com os filhos usando a boca, dando pequenas mordi-dinhas nos mesmos, fazendo barulhos etc. Essas atitudes não são erradas, mas podem confundir as crianças, que re-portam para outras crianças as mesmas brincadeiras, porém podendo machucá--las, já que ainda não possuem domínio da força da mandíbula. As famílias de-

vem se conscientizar que essas brinca-deiras, apesar de trazerem sentimentos positivos, podem causar atitudes de agressividade na criança, que ainda não controla seus impulsos e não sabe dis-tinguir o certo e o errado.

Com a estruturação da linguagem e do pensamento, com a construção da ra-zão, a criança encontra estratégias mais refinadas para solucionar conflitos. Em situações estressantes, esse tipo de rea-ção também não é algo raro. Mães e pro-fessores têm relatos de crianças que, em meio a grupo de pessoas, como em fes-tas, sala de aula ou pracinhas, por exem-plo, mordem por ansiedade e inseguran-ça. Alguns momentos na vida da família também podem detonar irritabilidade e agressões: um irmãozinho chegando ou recém-nascido; pai e mãe se separando; mudança de casa ainda não assimilada; todos são exemplos muito comuns. Ain-da devemos lembrar dos filhos únicos e com isso, em alguns momentos, mais possessivos, que costumam ter um baixo nível de tolerância. Devemos ser persis-tentes, nos empenharmos na conscienti-zação das nossas crianças sobre os male-fícios da mordida e aos poucos, as crian-ças vão apreendendo esses conceitos, descobrindo outras formas de interagir e experimentar o mundo ao seu redor.

A mordida na escola é uma situação constrangedora para todos os envolvi-dos. Os pais da criança que está mor-dendo sentem-se muito mal, ficam en-vergonhados, os pais da criança agredi-da ficam chateados com o machucado do filho, sentem-se culpados por dei-xarem a criança na escola e imaginam que a mesma não está recebendo a devida assistência. Já a escola, por sua vez, tem a difícil tarefa de mediar as re-lações entre as crianças e seus familia-res, a fim de amenizar os sentimentos negativos da situação.

AJUdAndO A CrIAnçAqUE MOrdECabe-nos ajudar tanto a criança

agressora quanto a que sofre as inves-tidas identificando as razões das mor-

Mordidas na escola

CArInE MAChAdO

A criança que morde na verdade está procurando uma forma prazerosa de se expressar e comunicar

com o mundo, de se descobrir dentro dele

É muito comum que nas escolas de Educação Infantil, mais especificamente nas turmas de crianças com faixa etária em torno de dois anos de idade, aconteçam as mordidas. Nessa idade a criança encontra-se na fase oral, do desenvolvimento da personalidade. Significativas sensações de prazer físico, psíquico e social acontecem nesse período, que acompanha a dentição. Na fase oral, encontramos, com frequência, a criança mastigando, sugando, chupando, produzindo sons, le-

vando objetos à boca e mordendo. Desejando conhecer o outro, apropriar-se dele - coisas e pessoas - , manifesta-se desse modo, com certa agressividade que é muito presente no momento egocêntrico em que as crianças se encontram.

4 e N T r e v I S T A

Não lhe parece que há uma tendên-cia a se biologizar tudo?

Sim, e de fato é papel das Neurociên-cias tentar explicar o porquê dos com-portamentos. No entanto, isso não exi-me o sujeito e o meio das modificações causadas em suas estruturas cerebrais ao longo de sua formação. O fato de se “biologizar” tudo acaba sendo usado como justificativas de alguns compor-tamentos nos quais o sujeito apresenta a chamada “Síndrome de Gabriela”: eu nasci assim... A ciência procura contri-buir para o engrandecimento do conhe-cimento do homem e de seus compor-tamentos, porém, a forma de utiliza-ção desses conhecimentos tem que ser ponderada. Se todos os comportamen-tos fossem puramente atos biológicos, nada caberia a nós, porque nascemos com as estruturas biológicas e, então, não teríamos poder de escolha, o que não é verdade. As estruturas biológicas nos mantém vivos, nos possibilitam o crescimento, a evolução, mas a forma de crescimento e o tipo de evolução que queremos é escolha nossa, não obstan-te, na maioria das vezes, as condições biológicas. Logo, embora tenhamos nascido com características biológicas mais variadas, estas são adaptáveis as condições do meio e nestas condições

A PAIxãOentram os conceitos sociais, os valores morais e as escolha pessoais baseadas nestes últimos.

A moralidade também tem uma di-mensão biológica?

A moralidade é um conceito socio-cultural e, portanto, aprendido. O que podemos fazer é moldar os comporta-mentos de forma a graduar os concei-tos morais em cada indivíduo. Essa moldagem é chamada de escala de va-lores e ocorre durante a primeira infân-cia permanecendo por toda vida.

A homossexualidade pode ser en-tendida biologicamente ou o fator am-biental é determinante.

Precisamos analisar o que chama-mos de homossexualidade, pois exis-tem várias formas de manifestação comportamental. Na natureza não existe comportamento homossexual de forma opcional, apenas por falta de op-ção. Os macacos jovens, por exemplo, acabam tendo carícias entre machos porque eles não podem ter contato com as fêmeas que são do macho dominan-te. Contudo, quando tiverem oportuni-dade, eles preferirão o contato com as fêmeas, não caracterizando, com isso, homossexualismo.

Existem casos de indivíduos que, por problemas de concentração de hor-mônios sexuais no período próximo ao nascimento, acabam tendo uma for-mação cerebral diferente daquela da formação corporal ou não totalmente condizente com a formação corporal. Isso pode provocar situações em que o indivíduo não se sinta no corpo corre-to, tendo em vista que o seu cérebro foi moldado para ser de um sexo e o corpo de outro. Esses casos não são comuns e o comportamento pode ser observado desde a infância.

A tendência instintiva é a manuten-ção de indivíduos do mesmo sexo pró-ximos para aumentar a possibilidade de sobrevivência e o conhecimento de maneiras de fugir de punições especi-ficas para cada grupo. Este grupo só se

desfaz quando começa a florescer a se-xualidade e a competição se acirra.

A diferenciação que existe no ser humano é que não agimos unicamente por instinto, o que nos faz seres racio-nais e temos a possibilidade de prever nossos atos. A atração por indivíduos do mesmo sexo é muito grande porque somos criados e aprendemos a amar um homem e uma mulher, nossos pais. Porém, ao sermos educados e convi-vermos em sociedade, aprendemos e damos vazão (instinto) aos estímulos sexuais vindos do sexo oposto. Quando sensações emocionais ou sexuais rela-cionadas ao mesmo sexo aparecem são naturalmente desviadas da atenção pe-los mecanismos instintivos e sociais de manutenção da espécie.

Nossa sociedade está vivendo um período de transição no qual os concei-tos de família estão sendo deteriorados e, com isso, muitas crianças estão cres-cendo sem receber uma educação com valores claros e princípios firmes, tor-nando-as “marionetes dos modismos”. Esses jovens precisam fazer parte de um grupo para terem reconhecimento ou tornarem-se diferentes para recebe-rem a atenção que não lhes fora dada em alguma parte da vida, levando-os a comportamentos incomuns para que sejam notados por outras pessoas. Um desses comportamentos é o homosse-xualismo que está em evidência no mo-mento e que acaba tornando a pessoa reconhecida por esta característica.

O amor de mãe tem uma dimensão biológica ou é algo da cultura?

O apego, independente como for nominado, é algo biológico. Temos neurotransmissores e estruturas cere-brais especializadas para formar o vín-culo mãe-filho. Este é forte e reforçado constantemente; é por isso que dura para sempre. O feto é capaz de reco-nhecer a voz da mãe através de mudan-ças nos batimentos cardíacos e a mãe já conversa com o filho e muda toda sua estrutura corpórea para fornecer-lhe condições de crescimento. As modifica-

ções na mulher são também cerebrais, onde ocorre uma moldagem para o cui-dado que deverá existir após o nasci-mento. Durante o parto há uma grande liberação de um hormônio, a ocitocina, que ajuda nas contrações uterinas e, no cérebro, estabelece o vinculo mãe-filho através do fortalecimento de conexões sinápticas, as formas de comunicação entre os neurônios. Essas conexões são fortalecidas cada vez que a mãe ama-menta, pois a ocitocina possibilita a saída de leite das mamas. Portanto, a ligação mãe-filho começa bem antes do nascimento e se solidifica no intenso cuidado que os filhotes precisam rece-ber assim que nascem.

Há uma idade para a paixão? Por que os jovens se apaixonam mais?

Não existe uma idade específi-ca para a paixão, porém os jovens se apaixonam mais porque estão procu-rando companhia. Os mais vividos já estão estabilizados e não precisam se apaixonar de novo. No entanto, ha-vendo necessidades ocorre novamente a paixão.

Por que pessoas matam por ciúme?A paixão é um sofrimento, como o

nome diz. E esse sofrimento faz com que o sujeito que esteja apaixonado e não seja correspondido, tenha obsessão pelo seu objeto de paixão. Esta obsessão pode levá-lo a atos extremos como ma-tar para não perder aquilo que é “seu”.

é um sofrimentonelson de Mello é um professor

apaixonado pela pesquisa. seu cam-po é a neurobiologia. Tem gradu-ação, mestrado, doutorado e pós--doutorado.

Mas ele não mora nas nuvens. Ele mora em santa Catarina, onde ensina na Universidade Federal de santa Catarina e na Universidade do sul de santa Catarina. O que encan-ta os seus alunos é a aplicação que faz de suas pesquisas sobre o cére-bro para o quotidiano. Um de seus temas prediletos é a biologia da pai-xão. Como ele estará na Tijuca para falar sobre este tema, TIJUCA EM FOCO o entrevistou.

e N T r e v I S T A 5

A paixão tem bases biológicas?Sim. As estruturas do apego tam-

bém são utilizadas para a paixão, po-rém de forma rápida e intensa. Existe no cérebro um sistema de reforço, o qual é ativado sempre que fazermos algo que nos deixa bem; Ler um livro, comer chocolate, praticar atividade fí-sica, fazer sexo, usar drogas, etc. são atividades que causam sensação de bem estar que chamamos prazer. Por isso, somos tentados a repetir atos que são bons e a constância na repetição gera a dependência, o vício.

Essas estruturas cerebrais são ex-tremamente ativas em indivíduos apai-xonados, tanto que o indivíduo apai-xonado está viciado em seu objeto de paixão e sempre quer estar junto. Caso fique longe ocorre a chamada síndrome de abstinência, da mesma forma que ocorre em sujeitos dependentes. Na verdade, a paixão é uma “dependência do outro”, por isso, ela não pode durar tanto, senão a vida para.

Você distingue amor e paixão?Sim existe uma distinção clara. A

paixão aproxima e une pessoa com o objetivo de procriação, dá impulso para que arrisquem, promove modi-ficações comportamentais efusivas e

grandiosas. Porém, este frenesi oca-sionado pela paixão não pode per-durar e o tempo que este sentimento esta em voga pode ser usado para o conhecimento um dou outro ou para uma consumação em sim mesma. Ou seja, o período da paixão proporcio-nará o conhecimento de ambos e com isso, descobrirão suas similaridades e suas diferenças de forma clara e sincera e, com isso, haverá a decisão de uma ou de ambas as partes para a ruptura ou a continuidade. A par-tir daí o tipo de relação que foi cons-truída poderá converter-se em um sentimento sereno e duradouro com outros aspectos de cuidado, cumpli-cidade e companheirismo a que cha-mamos amor. Este é bem distinguível da paixão, tanto no comportamento quanto nas estruturas cerebrais utili-zadas, por isso, a paixão pode se con-verter em amor, mas na maior parte das vezes não ocorre desse jeito. Pode haver amor sem paixão e nem sempre a paixão vira amor. A paixão aproxi-ma, mas só o amor mantém.

Para que serve a paixão?Tudo o que fazermos pode ser bem

feito ou não. A diferença principal está na motivação que temos para reali-

zarmos algo. E, embora seja um senti-mento descontrolado, às vezes insano, tudo o que fazemos com paixão faze-mos melhor.

Todas as pessoas que se destacam em suas atividades são as que fazem com paixão e este é o principal motiva-dor do desenvolvimento. Mas e agora aquela paixão que sentimos por outra pessoa, para que serve? O motivo é o mesmo, pois a paixão faz bem à alma, ao corpo e ao espírito. Pergunte a al-guém que está apaixonado como ele está se sentindo hoje? Sempre estará

bem, sempre estará alegre. Esta alegria é o que o motiva para sobreviver e com o seu objeto de paixão, deixarão des-cendentes.

Então paixão é bom, promove re-dução das percepções negativas e me-lhora estados de dor e depressão. O problema é que a paixão promove tudo isso, mas acaba; e ai o que fazer? Todas estas características naturais que a pai-xão promove servem para se conhecer, copular, engravidar, parir e amamen-tar; depois a tendência é que este senti-mento vá se acabando.

Por isso, o período de paixão ser-ve para que as pessoas se conheçam e aproveite este tempo para construírem um relacionamento maduro, alicerça-do em confiança, respeito e cumplici-dade. Então quando a paixão acaba o que fica é o ressentimento ou o amor. O que ficará depende de como agimos quando estamos apaixonados.

SERVIÇOPalestra: Bases biológicas da paixãoPalestrante: Prof. Dr. Nelson de MelloData: 8 de junho (19:30 horas)Local: Praça Barão de Corumbá, 49 (Igreja)

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6 e S P e C I A l

Para­quem­tem­um­filho­nada­mais­importa,­diz­mãe­do­primeiro­filhoDIA DAS MãeSTIJUCA EM FOCO pediu a quatro mães que descrevessem seus sentimentos.

Tatiane Lugato acaba de ser mãe. Ela lembra o primeiro sinal da gravidez: “O resultado do teste de farmácia deu positivo, e agora? Ansiedade, curiosidade, medo,­felicidade,­enfim,­uma­mistura­de­sentimentos­que­invadem­nossa­cabeça­e a de toda família”.

Nancy Dusilek já é avó. Olhando para trás, avalia que “vale a pena ter essa carteira assinada”.

Marta Bernardo,­solteira,­é­mãe­de­três­crianças­adotadas,­os­dois­últimos­recém-chegados. Entre o atendimento a um, enquanto o outro espera, ela revela:­“Minhas­experiências,­como­mãe,­tem­me­ensinado­que­gestar­um­filho­no­coração­deve­ser­como­gestar­no­útero...­tantas­dúvidas,­intercorrências,­desconfortos, inseguranças”.

Alessandra Castro,­mãe­de­um­filho­bem­pequeno,­relembra:­ser­mãe­é­“levantar a noite de duas em duas horas para dar alimento ao outro sem querer nada em troca e, às vezes, levantar apenas para saber se está tudo bem.

TATIANE LUGATOMãe de Miguel, dois mesesSer mãe pela primeira vez

O resultado do teste de farmácia deu positivo, e agora? Ansiedade, curio-sidade, medo, felicidade, enfim, uma mistura de sentimentos que invadem nossa cabeça e a de toda família.

Ao longo de nove meses o corpo passa por grandes modificações. Não podemos pintar os cabelos, nem usar calça jeans. Usamos a fila preferencial e somos cercadas de mimos, carinhos e cuidados pelo marido e por todos que nos cercam.

Ser mãe pela primeira vez é ficar an-siosa pelo sexo do bebê, folhear revistas de decoração de quarto, comprar roupi-nhas a toda hora e organizar o chá de bebê. É escolher o nome, definir o time de futebol – bem, acho que este é papel do pai – e vivenciar dia após dia a che-gada do novo membro da família. De repente, chega o grande dia, dores do parto, correria para o hospital, aviso aos amigos e familiares. E então ele surge, um ser tão pequeno capaz de extrair o melhor de nós. Nascem um bebê e uma mãe, que apesar de nada saber aprende tudo em questão de minutos.

É ver seu filho e perceber que nada mais importa, é ter seu coração invadi-do por um sentimento capaz de explo-di-lo a qualquer momento. É vê-lo bater fora do corpo.

É sentir vontade de por seu filho em uma redoma de vidro para que seja poupado de todos os males do mundo.

É ter noites mal dormidas, sentir dores na amamentação, não conseguir fazer as unhas, pentear os cabelos e até mesmo fazer uma refeição. Mas apesar de todo estresse, da falta de tempo e de todos os contratempos da maternidade, ser mãe vai além de tudo isso, é ter todo sofrimento jogado por terra por um sor-riso. É percebemos que todo sacrifício vale a pena, é se sentir especial por Deus ter confiado a você um ser para que seja transformado em uma pessoa de bem.

É ver tudo ficar pequeno diante de tanto amor. É ver sua família completa e se sentir abençoada.

Ser mãe pela primeira vez é ter a vida com mais açúcar.

NANCY GONÇALVES DUSILEKMãe de Sérgio e HeloísaO salário de uma mãe

Estamos no mês das mães. Presentes, cartões, palavras, abraços, se espalham em todos os cantos. Há, no entanto, a mãe de barriga e a mãe do coração que são os filhos adotados. O primeiro é acei-to pois, afinal, é sangue do sangue. Mas o segundo caso é por escolha, como filho do coração.

É conhecida a história narrada na Bíblia no livro de Êxodo 2.1-10 onde, por causa da perseguição aos recém-nasci-dos do sexo masculino que eram mortos, uma mãe, Joquebede, coloca o seu bebê Moisés num cesto betumado e o coloca no rio. A filha do Faraó que ordenara a morte dos meninos estava se banhando quando viu o cesto e ao se deparar com aquele bebê retira-o das águas e o leva para o palácio. Pede à jovem que esta-va por perto vigiando, que por sinal era irmã do bebê Moisés, alguém para tomar conta. E ela lhe apresenta a própria mãe que o cria e assim que está maior devolve ao palácio e ali Moisés é criado com todas as regras e cerimoniais da época. Interes-sante que a princesa diz à Joquebede que ela criaria o menino e lhe pagaria um sa-lário. Esse texto está narrado em Êxodo 2.1-10.

Em ambos os casos são mães e filhos. Mas, afinal, qual o salário de uma mãe? Quanto custa ser mãe? Vou enumerar al-gumas ideias e você poderá acrescentar outras.

Preço da renúncia – Receber um bebê em casa muda toda a nossa rotina. Agora, quem manda é o pequeno e frágil ser que chegou para alegria de todos. Renunciar ao sono, aos passeios, ao descanso na hora que quer já são coisas do passado. Maternidade é renuncia para o bem do filho.

Preço da mão-de-obra – Mamadei-ras, fraldas, doenças, escolas, creches, horas mal dormidas. Em geral não temos condi-ções de ter uma ajudante, então o trabalho dobra e ainda se agrava quando a mãe tem um emprego secular.

Preço das preocupações – Uma ami-ga nordestina dizia uma frase “depois que filhos pari, nunca mais dormi”. Quando pe-quenos temos muito trabalho e quando cres-cem vêm as preocupações. Mesmo casados ainda nos preocupamos com eles.

Preço da disciplina – “A criança que não foi disciplinada com amor por seu pe-queno mundo, será disciplinada, em geral, sem amor pelo mundo mau.” (Zig Ziglair em Como Criar filhos com atitudes positivas.) A

disciplina é um processo que a criança vai absorvendo no dia a dia. Não adianta cha-mar a Supernany se os pais se rendem dian-te do pequeno desafiador de autoridade.

Preço do preparo para a vida – Já colocou na ponta do lápis quanto custa edu-car um filho até a Universidade? Mas é in-vestimento. Quanto você investe nos filhos? E esse investimento feito não é para ficar cobrando depois, mas uma forma de dizer ao filho o quanto o ama e quer vê-lo bem su-cedido na vida.

Preço de passar os valores morais – São dias e dias repisando a mesma coisa. Ser mãe é deixar marcas de caráter, de hábi-tos, de valores espirituais.

Preço de passar os valores espi-rituais – O exemplo é fundamental. Não adianta levar os filhos à igreja e deixá-los lá. É preciso o exemplo em casa com uma vida comprometida com os valores espirituais.

Preço da perda dos filhos – Criamos filhos para o mundo não para nós. É difícil aceitar isso. Muitas mães não aceitam essa realidade. Os filhos são como flechas no arco que quanto mais preparados mais longe vão. É uma perda que se torna ganho.

Qual o salário que uma mulher recebe para ser mãe?

1. O salário bruto – Um bebê. Chega o pequeno totalmente indefeso e com o pas-sar dos dias vamos vendo-o crescer.

2. Descontos em folha – Passamos a nossa juventude criando filhos pois na ter-ceira idade só podemos ser avós já que nosso físico não dá mais conta de acompanhar as atividades da crianças. Deus sabe o que faz.

3. Liquido a receber – Ao receber o salário, qualquer trabalhador vê o total, os descontos e o liquido que recebe. Qual é o salário liquido de uma mãe? Um filho / filha pronto para a vida. Nada mais compensador.

Joquebede deixou marcas na vida de Moisés que mesmo vivendo no palácio e com todas as mordomias, ele não abriu mão dos valores morais e espirituais aprendidos e apreendidos quando na primeira infância.

Que marcas estamos deixando em nos-sos filhos? Erramos e muito. Não existe mãe perfeita. Existe mãe bem intencionada, mas erramos. Pedimos perdão? Parabenizamos nossos filhos ou achamos que não fazem mais do que a obrigação?

Que Deus nos dê sabedoria para sermos mães no mundo em que vivemos. Qual é o salário? É a consciência tranqüila de que fez o melhor. Vale a pena ter essa carteira assinada. Pagamos alto preço, mas vale. Agradeço a Deus o privilégio de ser mãe. Obrigada, meus dois filhos que me deram o privilégio de ser mãe de vocês.

7e S P e C I A l

ALESSANDRA CASTROMãe de Gabriel, 1 ano e 4 mesesImaginando o amor de Deus

Ser mãe é uma dádiva de Deus, porque hoje consigo enten-der o tal “amor incondicional” e também, com esse amor, consi-go imaginar o amor que Deus tem por mim.

Amor incondicional é:.. Amar sem ver, amar somente em sentir a presença;.. Chorar de emoção e alegria por aquele em que você tem a

certeza que o ama mesmo sem lhe conhecer;... Esperar;... Estar feliz mesmo ficando enjoada, sentindo dores;... Saber que esse amor trás vários outros amores para perto

de você;.. Levantar a noite de duas em duas horas para dar alimento

ao outro sem querer nada em troca e as vezes levantar apenas para saber se está tudo bem. (Passei noites em pé no berço com medo e orando pela vida dele);

... Estar, com uma barriga enorme, pés inchados e nunca se sentir tão bem e bonita;

Amor incondicional é um amor que dói, porque se preocu-pa, se doa, se transforma. É sentir pelo outro. Creio que seja o amor mais completo que possa existir. Acho que Deus reservou esse amor para exemplificar o que é amar incondicionalmente.

Deus me presenteou com esse amor e a cada dia aprendo que esse “amor incondicional” é Deus que habita em mim e me transforma a cada dia. (“Nunca ninguém viu Deus. Se nos ama-mos uns aos outros, Deus vive unido conosco, e o seu amor en-che completamente o nosso coração” – 1João 4.12).

MARTA BERNARDOMãe adotiva de Lucca, Kauane e BrunoRealizada ao vivenciar a adoção múltipla

Este ano foi um dos mais especiais de qua-se meio século de vida...

Ainda me lembro de uma pequena conver-sa com minha mãe, enquanto ela lavava nossa roupa no tanque de casa, e eu, ainda adoles-cente, soltei esta “pérola”: “mãe, quando eu crescer, vou ter muitos filhos da minha barri-ga e um deles será adotivo...”

Retificando a frase 35 depois, poderia di-zer assim: “mãe, eu ainda vou ter muitos filhos adotivos, e nenhum será biológico!”

Depois de maternar, cuidar, atender, ensi-nar incontáveis crianças e adolescentes duran-te minha trajetória profissional (trabalho como assistente social) e vida cristã, Deus colocou no meu coração o desejo de começar minha prole através da via adotiva. Confesso que durante muitos anos me ancorei em vários entraves: o fato de ser solteira, o corre-corre da vida, incer-tezas quanto à possibilidade de ter uma rede de apoio, as intermináveis contas pra ter certeza que caberia no orçamento...

Lucca veio há quase sete anos, com 1 ano e 5 meses, como seu próprio nome diz: ilumi-nando minha vida de forma inesperada! Os irmãos Bruno, 10 anos, e Kauane, 8 anos, são “récem-nascidos”. Estamos juntos, como família, há apenas um mês, depois de quase um ano de visitas as respectivas casas-lares. Na verdade, eu queria uma filha, mas depois

de um tempo, soube que Kauane tinha um ir-mão mais velho, que foram separados, mas se amavam muito! Bem, aí me senti como aquelas mães que se preparam para vinda de um filho, mas descobrem que estão gestando dois...

Minhas experiências, como mãe, têm-me ensinado que gestar um filho no coração deve ser como gestar no útero... Tantas dúvidas, in-tercorrências, desconfortos, inseguranças, mas não tem como voltar atrás, interromper... É sentir as dores e esperar nascer... E viver esta realidade consiste no mais belo e doce ministé-rio concedido por Deus... É tremendo!

Muitas pessoas se espantam porque sabem que existem desafios na formação e criação de um filho, imaginem três!!! Depois de vivenciar a experiência com um bebê (Lucca), me encon-tro no desafio de maternar filhos “mais velhi-nhos”... Lindo é constatar que eles também são filhos, precisam de aceitação e amor incondi-cional e vivenciam suas “primeiras vezes” como em qualquer relação familiar.

A adoção inclui decidir amar uma criança com uma origem, uma história, um passado, com seu jeito de ser e idiossincrasias... Cabe um profundo respeito por este ser em formação.

Eu me sinto realizada ao vivenciar a adoção múltipla, porque as mais doces lembranças das nossas infâncias consistem nos momentos pas-sados entre irmãos. Eu me sinto realizada em ser canal de Deus na vida de meus filhos.

8 S A Ú D e e M O C I O N A l

CrIsTIAnE FIAUx

Essa relação delicada...Mães costumam lutar arduamente

para que a filha se encaminhe bem na vida dando-lhe os recursos materiais e imateriais necessários para isso. Mas há casos em que a filha precisa assumir o lugar da mãe por esta se ver disfun-cional e sem condições de oferecer o cuidado necessário como mãe; a filha pode se ver exigida a portar-se além do que sua idade e maturidade permitem. Também sabemos de mães que entram em disputa com suas filhas tentando se apossar da juventude, comportando-se como adolescentes em suas vestimen-tas e trejeitos o que pode trazer grande conflito entre as duas.

A mãe, primeiro objeto de amor e modelo afetivo, deve favorecer o cresci-mento emocional de sua cria, fazendo--a conquistar sua independência na vida, se constituindo como sujeito de suas próprias escolhas. E como isso é difícil! Somos todas vaidosas e muitas vezes desejamos manter nossos reben-tos colados em nós, correndo o risco de pagarmos um alto preço, a saber, o da não individuação de nossa (o) filha (o). Obrigar a filha a realizar planos que não foram realizados por você impede o de-senvolvimento emocional satisfatório, não permitindo a diferenciação entre mãe e filha, podendo tornar essa relação amalgamada, limitada e frustrada.

É importante destacar que ser mãe (de menina ou menino) implica em um dispor-se à maternagem e em adotar sua cria, seja ela mãe genitora ou afeti-va. O que significa dizer que não basta parir para que automaticamente se seja mãe. É preciso querer ser mãe e adotar a criança que chega a seus braços, na maternidade ou na instituição pública.

Estar grávida nos remete à lembran-ça de nossa primeira identificação com nossa própria mãe: queremos ser mãe como nossa mãe. E qual menina não brincou de ser mãe de uma boneca? E estar grávida de uma menina faz a mu-lher reviver experiências com a femini-lidade e lembrar-se do relacionamento que teve com a própria mãe. Nesta pe-quena a nascer são projetadas expecta-tivas e frustrações. Aquilo que guardá-vamos trancafiado a sete chaves no baú de nossas vidas para não ser visto nunca mais, sai com força total no exercício da maternidade e no jeito de nossas filhas serem! E se o que eu neguei em mim mesma aparecer estampado no físico ou no comportamental de minha filha?

menina chega ao consultório re-clamando que sua mãe não a en-tende. Sua fala contundente não

dá espaço para diálogo. Por enquanto é apenas um monólogo que desaba-fa ao mesmo tempo em que reivindi-ca amor, atenção e cuidado. “Minha mãe vive reclamando que meu quarto tá bagunçado, que preciso ajudar ela nas tarefas de casa, que preciso dar um tempo no namoro, que eu preciso estudar,... Às vezes parece que ela tem inveja de mim. Sei lá, quer ser jovem de novo, parece que não viveu o que ela tinha para viver na minha idade. Ela só reclama, não consegue me dar um abraço e dizer que me ama!” Já a mãe, entristecida, havia me falado da culpa por suas ausências. “Eu não consigo es-tar próxima à minha filha. Ela cresceu e ficou tão independente! Não consigo me aproximar dela. Ela não tá nem aí prá mim, para o que eu sinto ou peço. Parece que dá mais atenção às amigas e ao namorado do que a mim!”

Não é incomum percebermos difi-culdades na relação mãe e filha, onde cada uma reivindica seu lugar e onde aspectos conscientes e inconscientes são reativados e reeditados. Mãe se identifica com a filha e vice versa e situ-ações corriqueiras que poderiam trans-correr de forma amena viram verdadei-ros campos de batalhas entre elas. Mui-tas queixas da filha podem significar a luta por autonomia e independência, o que deve ser proporcionado de acordo com o desenvolvimento etário e matu-ridade emocional alcançados. E a la-múria materna pode significar um des-conhecimento do que verdadeiramente é ser mãe.

A

Quando as situações danosas se re-petem é provável que não tenha havido a elaboração de conflitos e de sentimen-tos. O primeiro passo para a maternida-de saudável e para uma relação dialó-gica mais sincera e possível pode ser o de reconhecer-se em suas dificuldades, limitações, fracassos e perdas. Mãe é re-ferência de amor ilimitado e incondicio-nal, de afeto, de amizade, de compreen-são, de carinho, mas paradoxalmente de raiva, de inveja, de cobrança, de disputa e de culpa. A maternidade é uma Uni-versidade onde aprendemos na prática a ser mãe, construindo e reconstruindo as relações, afinando e desafinando, er-rando e acertando. Escutar com o cora-ção pode abrir espaço para fazer surgir a mãe suficientemente boa, aquela que provê as condições necessárias para que a criança se desenvolva satisfato-riamente. Quando essa relação funciona bem há mais prazer na maternidade que pode ser realizada sem tantos atropelos.

Feliz mês das mães!

“O precursor do espelho é o rosto da mãe”.

Winnicott

9A r T e

Iniciando no violão

rAMOn ChrysTIAn dE AlMEIdA lIMA

Ao adquirir o primeiro violão procure ter o melhor que pu-der. Muitos iniciantes desa-

nimam por acharem o instrumento difícil, mas na verdade o violão que possuem é de baixíssima qualidade dificultado muito o processo de apren-dizagem.

Certifique-se que as cordas não es-tão muito altas e que o acabamento do instrumento está em perfeitas condi-ções. Aconselho levar sempre o violão a um luthier a fim de fazer uma regu-lagem geral.

Certifique-se de estudar com pro-fessores que possuem boa formação musical e que tenham uma didática fa-cilitadora. Além de repertório o ensino deve abranger técnica da mão esquer-da e direita, conhecimento de braço em cinco regiões, harmonia funcional,

leitura de partitura e percepção.Tenha prazer no processo de

aprendizagem e não uma ilusão de chegar a um “estágio top”. Até os gran-des instrumentistas sabem que preci-sam aprender mais. Seja um eterno aprendiz. Você desenvolverá muito mais se tiver prazer na caminhada.

Não adianta pegar no violão só no final de semana. Estude um pouqui-nho todos os dias ou pelo menos 3 vezes por semana. Aprender um ins-trumento é como ler e escrever. Pre-cisa de contato com a coisa, precisa de prática.

Aceite que em um primeiro mo-mento o violão é um “corpo estranho”. Nossas mãos o manejarão de forma desajeitada no início. Isso é absoluta-mente normal. Persista. Logo, o violão passa a se tornar como uma extensão

de nossos braços. Tome cuidado neste período em executar corretamente as técnicas do instrumento para não ad-quirir “vícios”.

Varie seus estudos. Não se prenda apenas nos ensinos passados por seu professor. Toque outras coisas, assista vídeos e tenha um momento de des-contração com o violão. Este contato informal também é muito importante e nos expõe a novos experimentos.

Aprenda a ouvir. Na atualidade não sabemos ouvir música. Ouvimos durante o trânsito caótico, fazendo trabalhos, etc. Podemos aprender muito escutando com atenção o que o arranjador planejou na gravação. O que cada instrumento fez, inclusive o violão. Para isso é necessário parar para ouvir.

Quando desejamos aprender a to-

car um estilo, precisamos nos familia-rizar com ele. Muitos ritmos e formas de tocar violão são aprendidos ouvin-do o estilo que se pretende aprender. As variações são infinitas.

Bons estudos!

DICAS PARA EVITAR FRUSTRAÇÕES

CulTurA10 D e B e M C O M O D I N H e I r O

MArCOs lIMA

Não só de tomatese faz uma saladaNosso molho para o macarrão

ficou salgado. Nos últimos 12 meses, o preço do tomate au-mentou mais de 120% do preço

do tomate. A notícia, repercutida nos telejor-

nais, já era sabida das donas de casa que frequentam semanalmente os su-permercados. Elas são o verdadeiro termômetro do real custo de vida, não só dos produtos necessários, como ali-mentos, higiene e limpeza, como aque-les tidos como nobres e de privilégio para poucos, como iogurtes, queijos e frios. O monstro chamado INFLAÇÃO tenta ressurgir.

Percebidos em diversos setores, os aumentos de preços fora da curva têm

E o que tem o tomate com isso? Muito. Foi a “grita” generalizada, vei-culada por todos os meios de comuni-cação, que fez ruir o inabalável discur-so do Governo de que está tudo certo. As donas de casa sabem muito bem que os preços dos alimentos e outros gêneros estão subindo. Neste sentido, com a sabedoria que lhes é peculiar, passada de geração em geração, de-ram um jeito e deixaram o tomate de lado, usando-o em caso de extrema necessidade. Onde já se viu um quilo de tomate custar o mesmo ou mais que um quilo de carne. Com a redução do consumo e maior oferta, o tomate perdeu força e o preço justo deverá voltar ainda neste semestre. Agora,

preparem-se, parece que o novo candidato ao estrela-to é a cebola....... lágrimas à vista!

Como dizia minha tia Zefinha: “não tendo to-mate para a salada, incre-menta com outras coisas, o importante é não deixar de lado a saladinha”. Afinal, nem só de tomate se faz uma salada.

Cuide do seu bolso, fique atento aos preços e use sua criatividade consumindo produtos da estação. Eles são mais “baratos”.

preocupado o Governo que, em discur-so, insistia que estava tudo bem, com tudo sob controle. Não demorou mui-to e mais uma prévia de um indicador (IPCA - Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) apontava para mais um aumento, agravado pela pro-jeção, desta vez do Banco Central, do PIB – Produto Interno Bruto, com ín-dice revisado para baixo.

Infelizmente, os juros subirão, pois nossa economia é refém de um Gover-no altamente endividado e que gasta muito mal o dinheiro que arrecada em impostos. O aumento da taxa de juros é o caminho mais curto para efeitos quase que imediatos para retração de preços e da Inflação.

Cuide do seu bolso, fique atento aos

preços e use sua criatividade

consumindo produtos da

estação. Eles são mais “baratos”.

N O T A 1 0 11ISRAEL BELO DE AZEVEDO, com colaboradores

Envie sua colaboração para [email protected]

A DESGRAÇAO pensamento único, mesmo que seja bom, é uma desgraça.O pensamento único, mesmo avassala-dor, não se impõe por sua beleza, mas por sua força.O pensamento único, mesmo quando se acha o melhor dos pensamentos, lincha quem pense fora da sua cartilha.O pensamento único, mesmo bem inten-cionado, seduz de tal modo que a liber-dade de pensar é suprimida pela adesão.O pensamento único não pensa nas con-sequências, apenas no seu triunfo.O problema do pensamento único é que seus adeptos se tornam algozes e calam as vozes contrárias.Eu não gostaria de viver num país de pensamento único, venha ele da religião, da sexualidade, da política ou da ideolo-gia.Eu não gostaria de pensar o que querem que eu pense. Quero pensar.

sEM FIMAquela reforma na Av. Maracanã, esqui-na com Rua Pinto de Figueiredo, parece que não acaba nunca.Enquanto isto, o trânsito a partir da pra-ça Xavier de Brito segue amarrado, até mesmo fora dos horários de pico.

MAIs vEndIdOs nA TIJUCA (livro, editora, meses)ABRIL1. “50 tons de cinza”, de E.L. James

(Intrínseca) - 62. “O lado bom da vida”, de M. Quick

(Intrínseca) - 33. “50 tons de liberdade”, de E.L. James

(Intrínseca) - 4. “A culpa é das estrelas”, de John Gre-

en (Intrínseca) -5. “Casagrande e seus demônios”, de W.

Casagrande e G. Ribeiro (Globo) - 6. “O destino do tigre”, de C. Houck (Ar-

queiro) -7. “Toda poesia”, de P. Leminski (Com-

panhia das Letras) - 28. “O Castelo de papel”, de Mary del

Priori (Rocco) -9. “Uma curva na estrada”, de N. Sparks

(Arqueiro) - 310. “O diário de Helga”, de Helga Weiss

(Intrínseca) - Fonte: Livraria ELDORADO

CINEMA DE MÚSICAO Centro Musical de Referência da Músi-ca Carioca Artur da Távola, da Prefeitura do Rio, projeta todo domingo, às 19h30, um filme sobre música.Veja os filmes de maio, que têm acesso gratuito:12/5 – “Simonal - Ninguém sabe o duro que dei”, de Micael Langer, Calvito Leral

A FAvOr dA FAMÍlIAA Igreja Batista Itacuruçá convida para a sua série de palestras sobre a família. O preletor será João Purin Jr., pastor da Igreja Batista do Méier.A série acontece nos dias 19 a 22 de maio (domingo a quarta).A igreja está localizada na praça Barão de Corumbá, 49.Informações: [email protected]

rETrATOMaria do Carmo Bomfim, professo-ra e psicóloga clíni-ca, lança seu “Por-trait”, livro do po-emas, no próximo ALMA TIJUCANA, que acontece no miniauditório do Colégio Batista no dia 13 de junho.

dEpOIs dAs áGUAs

O FIM dAs “FAvElAs”

pOEMAs TIJUCAnOsA coordenação do Concurso de Poemas “Alma Tijuca” informa que continuam chegando os trabalhos.As inscrições continuam abertas.Basta remeter seu(s) texto(s) [email protected]

Pelo correio, o endereço éConcurso de Poemas Alma TijucaPraça Barão Corumbá, 4920.510.170 Rio de Janeiro, RJ

Ouvido pela coluna, o subprefeito da Tiju-ca, Luiz Gustavo Martins Trotta, garante:LIXO NA RUA – Quem jogar lixo nas ruas da Tijuca vai ser multada. “A fiscali-zação acontecerá em toda a Cidade”.MÉDICOS DE FAMÍLIA – No Andaraí ha-verá em curto espaço de tempo a Clinica da Família”. Ele não especificou quando.METRÔ – A estação Metrô Uruguai será inaugurada em março de 2014.ÔNIBUS – Com a mudança de alguns pontos finais de ônibus, serão retirados 60 ônibus-hora da Praça Saenz Peña, “maior gargalo do bairro”.TÚNEL – Como relação a ideia, há muitos anos ventilada, da abertura de um túnel li-gando o final da rua Uruguai com a Zona Sul, o subprefeito garante que, embora “ne-nhuma alternativa de melhoria de fluxo de trânsito está sepultada”, não existe neste momento “previsão para tal intervenção”.RONDAS DA UPP – Sobre as rondas da

UPP no Borel, elas não foram suspen-sas. Perguntado sobre a favelinha India-na, disse que a Prefeitura “iniciou a sua retirada, alguns moradores já foram re-assentados, mas, existe uma liminar ju-dicial que, no momento, nos impede de prosseguir”.

pAlAvrA dE sUbprEFEITO

Finalmente, a prefeitura do Rio de Janei-ro conseguiu. Não existe mais “favela” no Rio de Janei-ro. Agora, só existe “morro”.Desde 2009, a prefeitura vem tentando junto ao Google que, em seus mapas, de-xie de usar o termo “favela”, por conside-rá-lo preconceituoso.No começo de abril, o Google fez as mu-danças. Agora, o mapa traz, por exemplo, Morro do Borel, Morro da Casa Branca, Morro da Formiga. Em outras localida-des, a palavra “morro” desapareceu: Ro-cinha, por exemplo, é apenas Rocinha.

Depois que a chuva passa, a gente vê o quanto a cidade está despreparada.Qualquer chuvinha traz transtornos enormes.A população colabora, jogando lixo nas ruas.

e Cláudio Manoel (86 minutos)19/5 – “Paulinho da Viola, O meu Tempo é Hoje”, de Isabel Jaquaribe (83 minutos)26/5 – “Rock Brasília - Era de Ouro”, de Vladimir Carvalho (80’)

O Centro fica na rua Conde de Bonfim, 824. Saiba mais ligando para 3238 3831.

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12 A N I M A I S / C A r T A S

estava tranquilamente conversan-do com uma pessoa querida em sua sala de estar quando, repenti-

namente, observamos que um de seus gatos estava no parapeito da janela. Ao tentar chamar a atenção do animal, já rescaldados com uma queda acabamos por distrair o animal, que acabou por se precipitar do terceiro andar de seu apartamento. Uma queda e tanto, que acompanhei clinicamente e encaminhei -o a uma clínica especializada, que atra-vés de diagnósticos de imagem, chegou a conclusão que nada de maior gravida-de havia ocorrido.

Este fato, relativamente comum aos gatos que residem em apartamen-tos de cidades grandes, é estudado por comportamentalistas animais como “Síndrome do Paraquedista”. Verifica-ram, então, que não se trata de uma

ação suicida do animal mas simples descuido em realizar explorações de áreas de difícil acesso nas residências.

Quanto maior a altura, maiores chances do felino ter menores danos. Imagine que após 90 km/h o animal assume uma postura defensiva de que-da livre, distribuindo o peso entre seus órgãos internos e membros. Abaixo do oitavo andar, o gato tem maiores pos-sibilidades de se acidentar, como rom-pimento de baço, diafragma, cápsula renal e ossos do tórax e dos membros.

Portanto, a habilidade dos gatos em se prepararem para o impacto depende de caírem de lugares mais altos, caso contrário não terão tempo suficiente para executar o correto movimento para não saírem machucados. Melhor ain-da seria evitar acidentes. Se quiserem manter seus bichanos ilesos, utilizem redes de proteção em suas janelas e evi-tem transtornos por vezes irreparáveis.

SíNDrOMe DO Paraquedista do Felino

Ser mãe é doar sanguePrecisamos “disposição” para doar. Para sermos mãe.Tendo doença “distorção moral” passa para seu receptor.Não tendo doença passamos um sangue saudável “uma educação adequada”.Seu sangue é fracionado em componentes “somos capazes de sermos mãe de mais de um filho”.Se você estiver bem de saúde poderá doar completamente/integralmente.Podemos doar para qualquer tipo de raça/pessoa “podemos ser mãe adotivas ou não”.Doar é um, ato de amor, de olhar para o outro, de enxergar que o outro merece uma nova chance, de compartilhar seu tempo, seu sangue, seu ser.

SUELY DE SOUZATijuca, Rio de Janeiro

Ser mãe

ClAUdIO M. rOdrIGUEs

13e D u C A Ç ã O

Quando falamos em educação, pen-samos no mais importante processo da vida humana. Por que ela é tão impor-tante? Vejamos algumas idéias para, num segundo momento, concluir:1. O homem, a exemplo de todos os

outros seres, é um SER que nasce, vive e morre. Desde a sua concep-ção cumpre uma trajetória definida como VIDA e que biológica, social, psicologicamente, etc., passa por um processo de MATURAÇÃO, que somente termina com a morte. O homem é um ser INACABADO até encontrar a morte. Mesmo envelhe-cido, ele é um ser “EM PROCESSO DE MUDANÇA”, processo que so-mente termina com a ruptura de-terminada pela morte.

2. A criança quando nasce é um ser totalmente imaturo e DEPENDEN-TE dos mais velhos, em todos os sentidos. Depende física, material, psicologicamente, etc., dos adultos e inicia, aí, um processo de matura-ção que, espera-se, leve à desejada AUTONOMIA, pois a perspectiva é de que com o tempo se torne uma PESSOA AUTÔNOMA, INDEPEN-DENTE, “DONA DO SEU PRÓPRIO NARIZ”, capaz de fazer todas as sua escolhas (profissão, casamento, reli-gião, etc., etc.), tomar as suas deci-sões e construir a sua vida de forma autônoma.

3. Para fazer as suas escolhas o indiví-duo carece de uma escala de VALO-RES e de uma DISCIPLINA.

4. Por escala de VALORES, enten-demos constituir-se numa visão e valoração da vida que resulta so-bretudo da influência e orientação da família, da sociedade, da escola e da igreja. Compreenda-se, contudo, que a escala de valores de cada pes-soa deve resultar da visão de vida

que ela FORMA DE MODO LIVRE E AUTÔNOMO.

5. A meta da sociedade (e da educa-ção) deve ser formar seres AUTÔ-NOMOS, que exerçam plenamente sua liberdade de escolha. A pessoa humana deve ser rigorosamente RESPEITADA em sua LIBERDADE DE ESCOLHA, mas também para isso preparada. O livre-arbítrio deve existir a partir da responsabilidade e direito de escolha, base da cidada-nia. Não apenas as decisões funda-mentais da vida (tais como escolha de profissão, de cônjuge, de estilo de vida, de religião, etc.), como de resto TODAS AS DECISÕES devem ser tomadas pelo indivíduo livre-mente. É por isso, inclusive, que os BATISTAS entendem que a ACEI-TAÇÃO DE JESUS CRISTO, como único e definitivo SALVADOR, só é válida se resulta de uma escolha livre e consciente do ser humano. A conversão a JESUS CRISTO deve ser um processo INDIVIDUAL E ABSOLUTAMENTE LI-VRE.

6. Outro aspecto funda-mental da educação, a ser desenvolvido pela família e pela escola, é o da DISCIPLINA. Se-gundo Houaiss, disci-plina é “ordem, regula-mento, conduta que as-segura o bem estar dos indivíduos ou o bom funcionamento de uma organização” ou “com-portamento metódico, determinado, constân-cia”. Como se pode ob-servar, a disciplina tem a ver com a ordem, mas não deve ser confundida

com uma ordem REPRESSIVA, que se impõe, externa, mas como uma ordem interna que contribui para a adoção de um comportamento consciente ou, no caso dos estudos específicos, de uma metodologia que contribui para a adoção e desenvol-vimento do conhecimento. Quando chamamos as matérias escolares de disciplinas o que desejamos é nos referirmos à contribuição que elas dão ao desenvolvimento da CAPA-CIDADE LÓGICA e organização do pensamento racional.

7. A partir do momento em que alcan-ça a sua autonomia, espera-se que o aluno se torne uma pessoa inde-pendente física, psicológica, afetiva,

AuTONOMIA, lIBerDADe e DISCIPlINApAUlO ChrIsTIAnO MAInhArd

Geralmente os autores quando abordam o tema da educação são induzidos a fazê-lo sob a ótica da sua filosofia e a tratam como atividade que deve realizar os seus valores. Embora entendendo-se que como ação a educação

seja finalística, ela é um processo que deve ser inicialmente compreendido como tal e só a partir dessa compreensão devemos refletir sobre as suas finalidades.

O erro que geralmente se comete é querer analisar o processo a partir do que entendemos serem as suas finalidades, o que resulta numa ação impositiva que muitas vezes causa repulsa. É comum entre muitos cristãos, por exemplo, entender que a educação deva ser uma “imposição” dos valores cristãos.

O processo da educação cristã deve ser fundamentalmente humano, de profundo amor e respeito e de ações e demonstrações que destaquem a excelência do pensamento e dos valores cristãos.

O qUE É MEsMO A EdUCAçÃO?

material, espiritual, intelectual e profissionalmente, que faça as suas escolhas livremente, mas assumin-do todas as suas responsabilidades perante a sociedade, o seu SER e, sobretudo, assumindo a sua vida em todos os aspectos, como SER AU-TÔNOMO, que passa a responder perante si próprio, perante a sua fa-mília, perante a sociedade e perante Deus, por todos os seus atos.

A educação não deve ser um pro-cesso de imposição de valores, mas de formação do indivíduo para que ele li-vremente e como ser responsável adote os valores que mais o convencerem e mais o sensibilizarem.

CulTurA14 A r T e S

No próximo dia 15 de junho, o Coro Dominus, integrado apenas por homens, fará 39 anos.

Para celebrar, vão fazer um espetá-culo especial, programado para aconte-cer na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, no Estácio. Não há cobrança de ingresso.

O Dominus foi organizado em 11 de junho de 1974. O nome surgiu de uma sugestão do então pastor da Igreja, João Filson Soren, já falecido.

Além de participar regularmente dos cultos da sua igreja, o Coro Domi-nus tem-se apresentado também em congressos e eventos artísticos, em vá-

rias cidades.Desde 1987, o Coro Dominus conta

com a direção técnica da maestrina So-raia Falcão. A organista/pianista, Isa-bel Cristina Richa de Oliveira Montei-ro, acompanha o Coro Dominus desde dezembro de 1974, ininterruptamente.

Todos os dias, crianças e adoles-centes, de sete a 15 anos de idade, participam de atividades de edu-

cacao, cultura, lazer e arte. São todos moradores do Borel.

O trabalho é desenvolvido pela Associação Projeto Vida Renovada – PROVIR. Seu diretor, o pastor Rivaldo Licar Santana diz que a organização quer cumprir um papel humanizador e recuperador da condição de vida do ci-dadão brasileiro. “A nossa missão -- diz ele, que mora na comunidade -- consis-te em proporcionar condições para que as crianças e adolescentes em situação de risco social tenham acesso à educa-ção, cultura, lazer e arte, contribuindo assim para sua inserção na sociedade”.

Entre as atividades desenvolvidas estão Reforço Escolar, Aulas de Inglês, Oficinas de Informática e Musicaliza-ção Infantil, Xadrez, Dança e Teatro. As crianças com dificuldades específi-cas de aprendizagem recebem também atendimento Psicopedagógico, coor-denado pela professa Eliurde Santana, graduada e pós-graduada em pedago-gia e que mora no morro.

Coro mais antigo daTijuca completa 74 anos

Coro de homens faz 39 anos

O coro da Igreja Batista Itacu-ruçá, o mais antigo do bairro, está completando 74 anos.

Para celebrar, oferecerá uma audi-ção no dia 2 de junho, à noite, na própria igreja.

O coro é tão antigo quanto a igreja, porque, no dia da sua funda-ção, um coro “de nove fundadores”.

No entanto, a organização for-mal só aconteceu alguns anos de-pois, sob a liderança do pastor e musicista norte-americano Edgar Hallock.

Depois dele, a partir de dezem-bro de 1951, o coro passou a ser regi-do pelo maestro Arthur Lakschevitz. Sua filha, Elza, era a pianista. Em 1952, o coro passou a usar becas.

O próximo regente foi Bill Ichter, que o assumiu em 1958. Em segui-da, o comando passou para Boyd Sutton.

Depois foi a vez das mulheres, até hoje. A regente foi Elza Laks-chevitz (1963-1976), seguida por Elizabeth Ditter (1977-1989) e Yara Curvacho Malvezzi (1990-1999).

Desde outubro de 1999, o Coro é regido por Delci Bernardes Gon-çalves, ensaiadora-adjunta desde 1994.

NO BOrel, ONG eDuCA adolescentes em situaçãode risco

Segundo ela, as ações desenvolvi-das dentro de nossa programática en-volvem a família. Ela explica a razão: “entendemos que esta representa um papel de protagonista importante no processo de desenvolvimento e apren-dizagem dos nossos alunos”.

Rivaldo destaca os princípios do trabalho desenvolvido: diversidade e respeito às pessoas, ética e transpa-rência, honestidade e credibilidade, reconhecimento e solidariedade. A co-munidade, familiares, escolas do en-torno, voluntários e profissionais que atendem no Provir participam do pro-cesso de avaliação do trabalho. Quere-mos nos aprimorar sempre, para que, com excelência nossos objetivos sejam alcançados.

SERVIÇORecital de 30 anos do Coro DominusData: 15 de junhoHorário: 20 horasLocal: Rua Frei Caneca, 520 - Estácio (Primeira Igreja Batista)Preço: Gratuito

Entre os coristas mais antigos ainda em cantando, estão Isa Men-des Correia, Maria Helena Ximenes, Edval e Raquel Martins, Maria Júlia Lopes e Edson Lannes.

Lannes, que é psiquiatra Edson Lannes e há décadas canta com o grupo, avalia que “o coro tem par-ticipado ativamente dos trabalhos da igreja, trazendo sempre a sua contribuição positiva em repertório sacro apropriado e inspirador para os grandes momentos da igreja”.

A regente Delci lembra que sem-pre faz aniversário, “o Coro se pre-para especialmente para apresentar a Deus o seu cântico de louvor e ado-ração em um culto de celebração. Este ano, vamos agradecer a Deus a nossa existência por todo este tem-po. Vamos cantar sete dos tradi-cionais cânticos da hinódia batista, com arranjos instrumentais moder-nos e dinâmicos”.

SERVIÇORecital de 74 anos do Coro da IgrejaData: 2 de junhoHorário: 19:30 horasLocal: Praça Barão de Corumbá, 49 (Igreja Batista Itacuruçá)Preço: Gratuito

SERVIÇOProvirLocal: Comunidade do BorelPara marcar uma visita: 3238-2773Blog: http://provir.wordpress.comemail: [email protected]

S e G u r A N Ç A 15

uase quatro anos após a instala-ção das primeiras UPPs na Gran-de Tijuca, a sensação de insegu-rança na região voltou a crescer.

No acumulado dos três meses termina-dos em fevereiro, último mês computa-do pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), o total de ocorrências registrado nas duas delegacias de polícia da região (18ª e 19ª DP) aumentou 35% em rela-ção ao acumulado dos três meses encer-rados em novembro do ano passado.

O levantamento feito com exclusivi-dade pelo Tijuca em Foco com os dados oficiais do ISP, órgão da Secretaria Es-tadual de Segurança, mostra que o tipo de crime ao patrimônio que mais cres-ceu foi o roubo em coletivos. No último período, foram registradas 12 ocorrên-cias do tipo, contra quatro ocorrências semelhantes nos três meses findos em novembro do ano passado.

Em números absolutos, contudo, o que mais preocupa são os roubos a tran-seuntes. Foram registradas 264 ocor-rências nas ruas da região, que abrange os bairros de Vila Isabel, Grajaú, Anda-raí, Alto da Boa Vista e Tijuca, contra 210 no trimestre anterior.

Nesses números não estão incluídos os roubos a aparelhos celulares, que cresceram 120% na comparação entre os dois períodos. Foram 33 registros desse tipo de crime, ante os 15 do tri-mestre anterior. Vale lembrar que esse é um tipo de crime que tem registrado queda no restante da cidade.

O estudante do Colégio Marista São José e ritmista da escola de samba Uni-dos de Vila Isabel, Lucas Simões, foi víti-

ma de quatro roubos de aparelho celular nos últimos cinco anos. “Foram quatro assaltos em cinco anos. Nenhum deles foi à mão armada. Perdi dinheiro e celu-lares em todas elas”, conta. Um detalhe que Simões acha curioso mencionar é que em todas as vezes os bandidos de-volveram, a pedido, seus documentos.

A sensação de insegurança já tem re-flexos nas redes sociais. Uma pessoa com um perfil no Facebook identificada como Tijucano Depressivo criou uma página na rede chamada Alerta Tijucano. Lá, as pessoas contam as diferentes abordagens ocorridas nos últimos tempos. Procurado, o dono da página não respondeu aos nos-sos pedidos de entrevista.

De acordo com nota emitida pela PM

Sensação de insegurança cresce na Grande TijucaRegião­registra­maior­número­de­ocorrências­no­trimestre­encerrado­em­fevereiro

rObErTO FrAnCEllInO

Q

à imprensa, a dificuldade em combater o roubo a transeuntes está na estratégia adotada pelos bandidos, que têm usado bicicletas para praticar os crimes. Segun-do a PM, eles arrancam celulares e bolsas e fogem na contramão.

Se por um lado a sensação de in-segurança aumentou no trimestre ter-minado em fevereiro, o tijucano tem motivos para comemorar a queda da criminalidade no bairro após a insta-lação das UPPs. Os donos de veículos mais ainda.

Comparando o trimestre encerra-do em fevereiro de 2010, quatro meses antes da instalação da primeira UPP, na comunidade do Borel, com o tri-mestre encerrado em fevereiro deste ano, o roubo a veículos caiu 76%, ten-do registrado 43 ocorrências agora, contra 178 naquele ano.

O roubo a residências e a aparelhos celulares caiu 67% e 57%, respectiva-mente, na mesma comparação tempo-ral. Já o roubo a transeuntes despen-cou de 461 ocorrências para 264.

A PM informou também que o ba-talhão da região perdeu 20% do efeti-vo nos últimos 17 meses por causa de pedidos de transferência. Ainda se-gundo a nota, em março, 30 soldados recém-formados foram destinados ao 6º BPM.

Motivo para comemorar

CRIMES CONTRA O PATRIMôNIO

Crime dez(09)/jan/fev set/out/nov dez(12)/jan/fev Variação Variação (2010) (2012) (2013) trimestres pós UPP

Latrocínio 0 0 0 - -Roubo a residência 6 2 2 0% -67%Roubo em coletivo 23 4 12 200% -48%Roubo a transeunte 471 210 264 26% -44%Roubo de aparelho celular 77 15 33 120% -57%Roubo a veículo 178 46 43 -7% -76%

Fonte: Instituto de Segurança Pública

16 G A S T r O N O M I A

Cantina da NonnaA indicação do mês é a

Cantina da Nonna. Trata-se de uma típica cantina da Serra Gaúcha, com rodízio de gale-to, acompanhado de salada, polenta e massas, e o famoso brodo de capeletti de entrada.

No rodízio tudo é mara-vilhoso. O galeto, que é feito na brasa, é servido cortado em quartos, e os comensais podem escolher se querem a parte de cima, asa e peito, ou a parte de baixo, coxa e dorso. Ele é servido com um molho de ervas aromáticas, o que o deixa assim “molhadinho”, mas podemos pedir que não venha com o molho. A salada de entrada bem fresquinha, vem com alface, rúcula e ber-talha, além é claro, da delicio-sa maionese de batata, cebola

curtida (e sem acidez) e o vi-nagre da casa. Adicionalmen-te eles servem massas e riso-tos de acompanhamento. Os meus preferidos são o spagetti no alho e óleo e o risoto de mi-údos de frango (com moela e fígado de galinha).

Uma grande vantagem é que o restaurante fica na Con-de de Bonfim a poucos metros da Igreja Batista Itacuruçá, e a boa pedida é comer lá depois do culto, seja no almoço, seja no jantar, já que podemos ir à pé sem termos que usar os car-ros, que já estão devidamente estacionados para o culto.

Além do rodízio de galeto, à noite eles também servem rodízio de pizza, e a qualquer hora comida à la carte tam-bém.

O endereço é Rua Conde de Bonfim, 601, Tijuca. O telefone é (21) 2570-0744 ou (21) 2238-0082. O rodízio de galeto custa em torno de R$ 40 por pessoa, o de pizza em torno de R$ 25 por pessoa e crianças abaixo de cinco anos não pagam.

rEGInAldO MACEdO dE AlMEIdA