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Página 12 MARQUE NA SUA AGENDA- Nota de Abertura - Julho 2007 Nota de Abertura 1 As 7 Maravilhas de Peniche segun- do os Jovens@net 2 A Rede Escola + 3 O Grupo de Hip-Hop no Fórum da Parreirinha 4 Debate sobre Uso e Abuso de Drogas no Montijo 5 Participação em Encontro Interna- cional de Jovens na Eslováquia 5 A Multiculturalidade para as crianças 6 7 Visita à Resioeste 8 Visita ao Museu do Ar e ao Plane- tário 9 Abandono Escolar em Peniche… Estamos a Estudar 10 Um novo Elemento… Um teste- munho 10 Cursos Microsoft 11 Rip Curl Girls Tour 2007 12 Calendário de Actividades 12 Nesta edição: Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Rip Curl Girls Tour 2007 No passado fim-de-semana eu, Cláudia, a minha irmã Beatriz, a Ana e a Cristiana fomos todas ao Rip Curl Girls Tour 2007 através de um convite feito pelo Maré Alta II e pela Câmara Municipal de Peniche. Na sexta-feira encontramo-nos com as outras participantes no Parque Municipal de Campismo. Éramos ao todo 27 pessoas. Começamos por ir até ao sítio onde estavam as tendas monta- das e nesse mesmo sítio fizemos um jogo. Era o jogo da apresentação, juntamo-nos duas a duas e apresentávamo-nos umas às outras. Em seguida fomos jantar num restaurante do Baleal e quando voltamos fomos dormir para as tendas. Na manhã de sábado tive que levantar-me às 8h e depois fomos para a praia do Baleal ter uma aula de surf com o professor Francisco. A aula correu—me mais ou menos porque tenho pouca experiência. A seguir ao almoço fomos fazer Yoga, o que nunca tinha experimentado antes. À tarde tivemos outra aula de surf mas eu não participei, pois estava um pouco cansada. Mais à tarde fomos para a Berlenga, onde nunca tinha estado apesar de morar em Peniche. Quando lá cheguei fiquei espantada por causa do seu tamanho: nunca pensei que fosse tão grande! Antes de irmos passear pela ilha fomos arrumar as coisas nas tendas. Enjoei um bocadinho no barco até lá chegar. Tivemos de tomar banho de água fria e salgada. No domingo começamos por fazer snorkling (mergulho sem botija de oxigénio) o que eu nunca tinha experimentado e gostei muito! Vi anémonas e peixes. Depois começou a chover e ficamos encharcadas. Ainda durante a manhã apanhamos o barco de volta para Peniche, o Cabo Avelar Pessoa, e logo em seguida, apesar de continuar a chover, houve pessoas que foram fazer a terceira aula de surf. Durante a tarde fomos ao armazém da Rip Curl conhecer a colecção do próximo Verão. Ainda voltamos a ter outra aula de surf, na qual eu participei e o acampamento acabou com uma aula de defesa pessoal, uma aula de Hip-Hop e, por fim, um sorteio de presentes. A nossa colega Ana ganhou um telemóvel, a Cristiana um fato de surf, a mim calhou-me um DVD da Rip Curl e à minha irmã uma aula de surf grátis. Esteve presente uma senhora que era professora de matemática e eu gostei muito dela. Foi o melhor fim-de-semana da minha vida. Cláudia Ferreira, 10 anos Ficha Técnica Propriedade: Maré-Alta II Director: Rogério Cação Periodicidade: Trimestral Impressão: CERCIPENICHE Morada: Avenida do Porto de Pesca, lote C-11, 2520-208 Peniche Tel: 262 787 959 Fax: 262 787 855 [email protected] www.adepe.pt Www.cercipeniche.pt Www.programaescolhas.pt Tal como Antoine de Saint-Exupéry acredito que “cada um é o único respon- sável por todos”. Esta é uma ideia que parece simples, mas que nos carrega de um sentido de responsabilidade enorme. Que o colibri pode ajudar a apagar o fogo na floresta carregando pequenas porções de água no seu bico, parece uma ideia do senso comum, pois todos concordamos, de cer- to, que do pouco se pode fazer muito. Mas, se todos concordamos que individualmente podemos contribuir para o bem colectivo através do desempenho do nosso pequeno papel, todos concordamos também que só em dinâmicas de parceria as nossas práticas se poderão efectivar com maiores níveis de eficácia. Neste sentido, penso que o projecto Maré Alta II tem sido um exemplo prático de como “é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”, como nos diz um provérbio africano, muitas vezes citado. É que educar, implica esta noção de comunidade, de responsabilidade colectiva que temos ousado sentir com este projecto. É muito bom estarmos sentados à mesma mesa com pais, jovens, juntas de freguesia, autarquia, escolas e outras entidades públicas e privadas tão diferentes a discutir sobre esta responsabilidade colectiva que é a educação. É muito bom sentir que a comunidade de Peniche está empenhada neste grande desafio que é crescer. Andreia Capataz Calendário de Actividades Julho 04/07/2007 Visita à ResiOeste 9 a 19/07/2007 Curso Microsoft PowerPoint 13 a 15/07/2007 Rip Curl Girls Tour 2007 14/07/2007 Actividade Pais & Filhos—Visita ao Parque Eólico 20 a 22/07/2007 Acampamento em Belmonte com outros projectos do Programa Escolhas 27/07/2007 Canoagem Agosto 20 a 31/07/2007 Curso Microsoft Word Centro de Saúde de Peniche Consórcio: Projecto Financiado por: In s c r e v a o s e u f i l h o !

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Pág ina 12

MARQUE NA SUA AGENDA…

- Nota de Abertura -

Julho 2007

Nota de Abertura 1

As 7 Maravilhas de Peniche segun-do os Jovens@net

2

A Rede Escola + 3

O Grupo de Hip-Hop no Fórum da Parreirinha

4

Debate sobre Uso e Abuso de Drogas no Montijo

5

Participação em Encontro Interna-cional de Jovens na Eslováquia

5

A Multiculturalidade para as crianças

6

7

Visita à Resioeste 8

Visita ao Museu do Ar e ao Plane-tário

9

Abandono Escolar em Peniche… Estamos a Estudar

10

Um novo Elemento… Um teste-munho

10

Cursos Microsoft 11

Rip Curl Girls Tour 2007 12

Calendário de Actividades 12

Nesta edição:

BoletimBoletimBoletimBoletimBoletimBoletimBoletimBoletimBoletimBoletimBoletimBoletim Rip Curl Girls Tour 2007

No passado fim-de-semana eu, Cláudia, a minha irmã Beatriz, a Ana e a Cristiana fomos todas ao Rip Curl Girls Tour 2007 através de um convite feito pelo Maré Alta II e pela Câmara Municipal de Peniche.

Na sexta-feira encontramo-nos com as outras participantes no Parque Municipal de Campismo. Éramos ao todo 27 pessoas.

Começamos por ir até ao sítio onde estavam as tendas monta-das e nesse mesmo sítio fizemos um jogo. Era o jogo da apresentação, juntamo-nos duas a duas e apresentávamo-nos umas às outras. Em seguida fomos jantar num restaurante do Baleal e quando voltamos fomos dormir para as tendas.

Na manhã de sábado tive que levantar-me às 8h e depois fomos para a praia do Baleal ter uma aula de surf com o professor Francisco. A aula correu—me mais ou menos porque tenho pouca experiência. A seguir ao almoço fomos fazer Yoga, o que nunca tinha experimentado antes. À tarde tivemos outra aula de surf mas eu não participei, pois estava um pouco cansada. Mais à tarde fomos para a Berlenga, onde nunca tinha estado apesar de morar em Peniche. Quando lá cheguei fiquei espantada por causa do seu tamanho: nunca pensei que fosse tão grande! Antes de irmos passear pela ilha fomos arrumar as coisas nas tendas. Enjoei um bocadinho no barco até lá chegar. Tivemos de tomar banho de água fria e salgada.

No domingo começamos por fazer snorkling (mergulho sem botija de oxigénio) o que eu nunca tinha experimentado e gostei muito! Vi anémonas e peixes. Depois começou a chover e ficamos encharcadas. Ainda durante a manhã apanhamos o barco de volta para Peniche, o Cabo Avelar Pessoa, e logo em seguida, apesar de continuar a chover, houve pessoas que foram fazer a terceira aula de surf. Durante a tarde fomos ao armazém da Rip Curl conhecer a colecção do próximo Verão. Ainda voltamos a ter outra aula de surf, na qual eu participei e o acampamento acabou com uma aula de defesa pessoal, uma aula de Hip-Hop e, por fim, um sorteio de presentes. A nossa colega Ana ganhou um telemóvel, a Cristiana um fato de surf, a mim calhou-me um DVD da Rip Curl e à minha irmã uma aula de surf grátis. Esteve presente uma senhora que era professora de matemática e eu gostei muito dela.

Foi o melhor fim-de-semana da minha vida. Cláudia Ferreira, 10 anos

Ficha Técnica

Propriedade: Maré-Alta II Director: Rogério Cação Periodicidade: Trimestral Impressão: CERCIPENICHE Morada: Avenida do Porto de Pesca, lote C-11, 2520-208 Peniche Tel: 262 787 959 Fax: 262 787 855 [email protected] www.adepe.pt Www.cercipeniche.pt Www.programaescolhas.pt

Tal como Antoine de Saint-Exupéry acredito que “cada um é o único respon-

sável por todos”. Esta é uma ideia que parece simples, mas que nos carrega

de um sentido de responsabilidade enorme. Que o colibri pode ajudar a

apagar o fogo na floresta carregando pequenas porções de água no seu

bico, parece uma ideia do senso comum, pois todos concordamos, de cer-

to, que do pouco se pode fazer muito. Mas, se todos concordamos que

individualmente podemos contribuir para o bem colectivo através do

desempenho do nosso pequeno papel, todos concordamos também que só

em dinâmicas de parceria as nossas práticas se poderão efectivar com

maiores níveis de eficácia.

Neste sentido, penso que o projecto Maré Alta II tem sido um exemplo

prático de como “é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”,

como nos diz um provérbio africano, muitas vezes citado. É que educar,

implica esta noção de comunidade, de responsabilidade colectiva que

temos ousado sentir com este projecto. É muito bom estarmos sentados à

mesma mesa com pais, jovens, juntas de freguesia, autarquia, escolas e

outras entidades públicas e privadas tão diferentes a discutir sobre esta

responsabilidade colectiva que é a educação.

É muito bom sentir que a comunidade de Peniche está empenhada neste

grande desafio que é crescer.

Andreia Capataz

Calendário de Actividades

Julho

04/07/2007

Visita à ResiOeste

9 a 19/07/2007

Curso Microsoft

PowerPoint

13 a 15/07/2007

Rip Curl Girls Tour

2007

14/07/2007

Actividade Pais &

Filhos—Visita ao

Parque Eólico

20 a 22/07/2007

Acampamento em

Belmonte com

outros projectos do

Programa Escolhas

27/07/2007

Canoagem

Agosto

20 a 31/07/2007 Curso Microsoft

Word

Centro de Saúde de Peniche

Consórcio:

Projecto Financiado por:

Inscreva o seu filho!

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As 7 Maravilhas de Peniche (segundo os jovens@net)

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Mais um curso da Microsoft para jovens

Chamo-me Filipe Cruz, mas prefiro que me tratem por “Phill”, tenho 18 anos e sou de Peniche. Neste Verão, decidi optar por algo que me fizesse sentir útil e mais preparado para uma futura experiência profissional e, devido a isso, inscrevi-me no site do OTL (Ocupação de Tempos Livre), tendo sido colocado no projecto Maré-Alta e vindo exercer funções no CID (Centro de Inclusão Digital).

Não me arrependo de ter vindo para aqui, porque além de conhecer fun-ções, penso estar a adquirir conhecimentos que serão úteis no futuro. Só tenho pena que seja só 2 semanas e esteja já de saída…=( Felicidades para o CID e pós jovens daí! xD

Filipe Cruz, 18 anos

____________________________________ Mal soube que, pela segunda vez tinha sido colocada pelo OTL (Ocupação de Tempos Livres), no pro-

jecto Maré – Alta II (ADEPE), fiquei desde logo muito entusiasmada pois a minha última “estadia” por cá tinha sido muito agradável. Desta vez a “dupla” experiência ajudou bastante no âmbito de trabalho que aqui se reali-za.

Sendo assim e sem mais demoras despeço-me deixando uma boa referencia, a todos os jovens, quanto ao espírito de equipa que encontrarão se aqui forem colocados.

Ana Leitão, 14 anos

Como tem sido habitual, o projecto Maré—Alta II aproveitou o inicio das férias

escolares do Verão, para realizar mais um dos módulos disponibilizados pela Micro-

soft. Neste caso, está a decorrer o curso de “Princípios Elementares de Utilização de

uma Apresentação” (vulgo PowerPoint) que iniciou no dia 9 de Julho e que terminará

no dia 19 do mesmo mês. Estão inscritos 18 jovens, com idades compreendidas entre

os 10 e os 15 anos., que caso participem no mínimo de 80 por cento das 12 horas da totalidade do cursos terão

direito a receber o diploma da Microsoft.

Eu gostei de participar nos cursos todos que decorreram durante as férias. Foram muito fixes mas o programa que eu gostei mais de utilizar foi o Microsoft Office Excel. E deu-me muito jeito para tirar as dúvidas que tinha.

Ana Correia 10 anos

__________________________________________

Eu gostei muito de participar nos cursos da ADEPE, porque aprendi várias coisas que se pode fazer no computador. Adorei o curso da MICROSOFT INTERNET.

Patrícia Reizinho 10 anos

O que eu penso sobre...

OTL’s

1. Museu-Fortaleza de Peniche – Esta edificação localiza-se na cidade de

mesmo nome, no Distrito de Leiria em Portugal. Anteriormente para

fins militares/bélicos e de defesa, agora é um posto de lazer e turismo.

2. Estátua de Nossa Senhora da Boa Viagem – Local de romaria; segun-

do a tradição católica, representa a protecção “divina” aos pescadores

de Peniche.

3. Praia de Peniche de Cima – Praia que se estende desde a Gambôa até

ao Baleal, sendo frequentada por bastantes banhistas e surfistas devido

ao seu areal e à qualidade das suas ondas.

4. Igreja de S. Pedro— Situada no centro histórico de Peniche, é conside-

rada como a maior igreja do concelho de Peniche. Foi construída no

final do século XVI. Os diferentes altares situados nas naves laterais são

consagrados ao culto de Nossa Senhora da Boa Viagem, do Senhor do

Bonfim, de São Pedro de Alcântara. A nave central é consagrada ao cul-

to de S. Pedro, e é enfeitada com talha dourada e varias pinturas que

representam as diferentes cenas da vida de São Pedro

5. Estátua da Rendilheira – Monumento que mostra o valor e a tradição

das rendas de bilro na nossa cidade. É um ponto de atenção para os

turistas que nos visitam.

6. Estátua dos Pescadores – Estátua que ilustra a importância da actividade

da Pesca, no nosso concelho, e apresenta o Pescador como símbolo

municipal.

7. Ilha das Berlengas – Ilha de Reserva ecológica. Nesta zona, zela-se pela

protecção ao meio-ambiente e luta-se contra o desaparecimento das espécies

específicas daquela ilha, e que estão agora em risco de extinção.

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Abandono Escolar em Peniche… Estamos a Estudar...

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Rede Escola +

Relativamente à actividade 8 do projecto, que se prende com a realização de um estudo de caracterização de Abando-

no Escolar, no Concelho de Peniche, já foi realizada uma intensa pesquisa bibliográfica com o objectivo de recolher

informação pertinente para a prossecução viável do estudo. Foi construída uma grelha de esboço com um conjunto de

factores e indicadores potenciadores do fenómeno em questão, com causas nas características do próprio jovem, da

família, da escola e da comunidade em geral. Foram realizados questionários de pré-teste com jovens, pais e professo-

res e, a partir da análise dos mesmos, foram construídos inquéritos por questionários úteis para o levantamento de

dados quantitativos e qualitativos. Também para o levantamento de dados quantitativos, foi pedido a todas as escolas

do concelho que preenchessem uma grelha de demografia escolar, para cada ano lectivo, desde o ano lectivo de

2002/2003 com dados relevantes para o estudo, tais como o n.º de alunos inscritos, o n.º de retenções, o n.º de trans-

ferências, o n.º de alunos novos, o n.º de alunos com elevado absentismo, o n.º de alunos em situação de abandono

escolar e a mortalidade. Os dados já começaram a ser tratados, mas não estão terminados, dado ainda estamos a fazer

a recolha.

No passado dia 30 de Maio realizou-se o 2º Workshop da Rede Escola+ com a finalidade de se fazer um

balanço da primeira actividade que foi o Concurso de Perguntas entre Pais e Filhos bem como, delinear novas

actividades.

No âmbito da Actividade Rede Escola + do projecto Maré-Alta II em colaboração com a Junta de

Freguesia da Serra d’el Rei e com a Associação Arméria – Movimento Ambientalista de Peniche – realizou

no passado dia 14 de Julho de 2007 a partir das 10h30 uma actividade designada por Pais e Filhos à Des-

coberta da Natureza, com o objectivo fulcral de reforçar da participação parental.

A actividade teve lugar no Parque Eólico da Serra d’el Rei, com encontro marcado junto da Escola

Básica do 1º Ciclo desta Localidade e pode contar com a presença de cerca de 33 participantes com dife-

rentes graus de parentesco, mães, pais, avós bem como, madrinhas e os seus afilhados. Posteriormente,

os participantes deslocaram-se nas suas viaturas até ao local de reali-

zação da actividade.

Chegados ao parque Eólico houve um primeiro momento para o

reconhecimento do espaço, depois disto todos os participantes foram

convidados participar num pequeno pedy paper onde teriam que

identificar algumas plantas existentes no espaço, depois da actividade

completa houve tempo para o piquenique em família e posteriormen-

te foram realizados alguns jogos tradicionais com as equipas presen-

tes. No final da actividade o Sr. António Vitória, Presidente da Junta

de Freguesia fez uma breve explicação sobre o funcionamento dos

Moinhos Eólicos ali implementados.

Todos os participantes receberam um certificado e um prémio de participação.

No passado dia 1 de Junho, entrou para a equipa técnica do projecto a estagiária a de Política Social, Berta Ferreira, que se encon-

trava a realizar estágio profissional no projecto desde de Dezembro de 2006.

“No âmbito do estágio curricular do curso de Política Social, do Instituto de Ciências Sociais e Políticas, da UTL de Lisboa, fiquei

integrada na actividade do projecto, que se prende com a realização de um estudo de levantamento de factores e indicadores

potenciadores de Abandono Escolar. Decorridos os 6 meses de estágio, surgiu a oportunidade de me integrar na equipa técnica do

projecto, recebendo o convite com muito orgulho, não só pelos objectivos de que o projecto se compromete a cumprir, como

pelo excelente ambiente de trabalho que reina no seio da equipa.

Trabalhar num projecto que visa promover a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos sócio-económicos

mais vulneráveis, tendo em vista a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social é sempre uma mais-valia pessoal. Ver

então que estes objectivos são exequíveis e que estas metas são atingíveis, mais gratificante se torna, não só a título colectivo,

como individual.

Portanto, fico muito feliz por ter a oportunidade de contribuir para a exploração de competências e para a abertura de novos

horizontes e perspectivas de futuro para os jovens do Concelho de Peniche, esperando que, com todo o meu empenho e dedica-

ção, consiga corresponder às expectativas da equipa e dos seus destinatários e, principalmente, contribuir para a qualidade e suste-

tentabilidade do projecto em si.

Aqui deixo os meus sinceros parabéns a toda a equipa Maré-Alta, que tem realizado um trabalho louvável no nosso Concelho e o

meu obrigado!!!”

Berta Ferreira

Novo Elemento… Um Testemunho

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Grupo de Hip-Hop no Fórum da Parreirinha

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Visita ao Museu do Ar e ao Planetário

Para além dos ensaios semanais o Grupo de Hip Hop actuou no passado dia 29 de Abril de 2007 no Fórum da Parreiri-nha em Peniche junto da Câmara Municipal, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Dança.

Tiveram também oportunidade de actuar na Escola Básica D. Luís de Ataíde no âmbito de uma actividade desenvolvida

pela mesma.

Alguns elementos desta Oficina têm-se encontrado no espaço físico da ADEPE com a equipa técnica do Projecto

Maré-Alta II no sentido de construir um Portefólio do Grupo com o objectivo de enviar para algumas entidades locais

no sentido recolher apoios para que possam adquirir roupas adequadas à prática modalidade.

UM TESTEMUNHO….

O Hip Hop para mim é uma coisa que eu adoro, mas antes de entrar já dançava soque não era bem Hip Hop.

Quando pensei entrar pensava que era muito complicado mas afinal é fácil e eu estou contente por ter entrado.

Curto bué as minhas colegas, o Totti, e claro professora.

As aulas são só risos, posso ter estado o dia todo aborrecida mas quando chega a hora de ir para o Hip Hop parece que fico ale-

gre.

Espero que o Hip Hop não acabe porque adoro.

Verónica Gervásio

No dia 12 de Julho de 2007 fomos a Alverca ao Museu do Ar ver os aviões que participaram na 1ª e na 2ª

Guerra Mundial. No exterior do museu também tivemos oportunidade de ver aviões de treino, como se

constituíam e para que serviam. A seguir fomos para o interior e vimos os motores dos aviões, alguns

motores que eram fabricados em Portugal e que nós exportávamos mas que nunca os usamos. Vimos tam-

bém os aviões que aterravam na terra e no mar, rios e lagos que se chamavam-se hidroaviões e um avião

que foi feito numa oficina com rodas de bicicleta e tinha também um banco de madeira e, por incrível que

pareça, voou! Lá continuamos a visita e de seguida vimos o processo da construção das hélices de madeira,

que embora não pareça são constituídas por várias camadas de madeira.

Noutra zona do museu vimos maquetas de variados aviões e vimos o fato dos pilotos de aviões de

há 20 anos atrás. Também tivemos oportunidade de ver diverso armamento: bombas que eram usadas nos

aviões, foguetes de sinalização (verdes quando a pista estava vazia e podiam aterrar ou vermelhos quando

não podiam aterrar, isto é, sinal que a pista não estava livre), também vimos um míssil e as partes em que

era constituído e vimos também um helicóptero onde alguns colegas meus tiveram oportunidade de

entrar.

De seguida fomos a Lisboa ao Planetário onde assistimos a um vídeo sobre as descobertas que o

telescópio Hubble tem vindo a fazer: estrelas, planetas, galáxias desconhecidas, etc…

O que eu mais gostei de ver foram as constelações, os planetas e de ir ao Museu do Ar que foi mui-

to interessante.

Leonardo Marques 12 anos

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Visita dos Jovens@net à ResiOeste No dia 04 de Julho de 07 participei numa visita à Resioes-

te, no Cadaval, realizada pelo projecto Maré-Alta II. Fui com o

Alexandre, com a Patrícia e com outros jovens.

Partimos de Peniche às 14:00h e quando chegámos à

Resioeste, logo à entrada reparámos que os camiões com o lixo

eram pesados, para depois fazerem uma estatística sobre a quanti-

dade de lixo que entra na Resioeste. Para dar início à visita tive-

mos que passar pelo aterro sanitário que mais à frente viemos a

saber que é um local que permite a destruição final do lixo não-

reutilizável de uma forma controlada e segura.

Entretanto tirámos uma fotografia em grupo.

Depois conhecemos a guia que se chamava Tânia e fomos

ver um filme sobre a diferença entre uma lixeira e um aterro sani-

tário. Estes filmes, em conjunto com as explicações da guia, escla-

receram de uma forma geral, as dúvidas que tínhamos.

Continuando com a visita, a guia levou-nos ao aterro sani-

tário e explicou-nos que os resíduos são depositados em camadas

com terra e com a respectiva selagem, depois de atingir a cota de

enchimento, o que permite que as águas do lixo (lixiviados) não

contaminem o solo. O biogás resultante da decomposição dos

resíduos vai ter a finalidade de produção de energia em 2008, mas

neste momento está a ser queimado.

Entretanto fomos a um armazém onde o plástico é deposi-

tado para ser escolhido na estação de triagem.

De seguida ficámos a saber como os trabalhadores sepa-

ram as embalagens de plástico e metal:

O fraco polietileno (sacos de plástico)

Embalagens de plástico de cor

Embalagens de plástico transparente

Embalagens de plástico normais

Metais ferrosos

Metais não-ferrosos

São só nestes materiais que se faz a triagem.

Noutro armazém tinha papel e cartão para ser enfardado

tal como o plástico para ser transformado noutras fábricas.

De seguida fomos ver a secção dos vidros e assistimos a um descarregamento.

Acabada a visita, despedimo-nos agradecendo à guia todos os esclarecimentos. Seguimos então para Peniche.

Nesta actividade foi um pouco desagradável o mau odor do aterro sanitário, mas em contrapartida é um

benefício para o ambiente.

Esta visita foi muito positiva para mim porque fiquei com mais conhecimentos.

João Alexandre, 13 anos

Debate sobre Uso e Abuso de Drogas no Montijo

Participação em encontro Internacional de Jovens: Role the Marble

No passado dia 26 de Junho reunimo-nos na Adepe por volta das 11 horas e partimos em direcção à Atouguia da Baleia para ir buscar os restantes membros do grupo. No Caminho até ao Montijo passámos pela ponte Vasco da Gama, que alguns dos nossos colegas ainda não conheciam. Quando chegámos ao Montijo, à Quinta do Saldanha, almoçámos e depois fizemos alguns jogos de apresentação.

À tarde assistimos a um debate sobre o abuso e tráfico ilícito de drogas a cargo do projecto “TU KONTAS” no âmbito da comemoração do Dia Internacional contra o abuso e Tráfico ilícito de droga, com a participação do Zé Pedro dos “Xutos & Pontapés”, Sérgio Silva do Centro de Saúde de Montijo e Célia Santos do Instituto da Droga e da Toxicodependência – UP de Setúbal. No final, conseguimos autógrafos e uma foto com o Zé Pedro.

Rudolfo e Ruben, 15 anos

Tudo começou com um convite da Maré-alta II e da Associação Juvenil de Peniche em que me informaram que o meu Inglês tinha de ser muito bom.

Tive 2 reuniões antes de ir para a Eslováquia com o monitor que nos ia acompanhar e os restantes elemen-tos do grupo.

No dia 30 já me encontrava a caminho da Eslováquia... foi uma viagem muito cansativa mas muito interessan-te!

No dia em que chegamos a Belusské Slatiny já lá estavam os grupos todos menos os Búlgaros. Nesse dia e durante os outros cinco dias fizemos jogos e reuniões a cerca do racismo, multiculturalismo e a integração. No dia 5 fomos para os campos de trabalho, eu e o meu grupo fomos para uma quinta, tratamos de animais, bebi leite de cabra, carregamos lenha, etc. foi simples-mente lindo! Por fim nos últimos dias fomos para Bratislava, tivemos a nossa última noite numa residencial para estudantes, saímos a noite, fizemos um Pedy-Paper na cidade e por fim tivemos tempo livre para comprarmos lembranças e para passearmos um pouco, mas o com-plicado era a língua pois nem todos os eslovacos fala-vam Inglês. O que me chamou a atenção foi a diferença de cultura pois a Eslováquia em relação a Portugal é mais pobre e a gastronomia é totalmente diferente (não gostei muito da comida…). Foi uma nova experiência na minha vida, foi divertido, triste (houve momentos menos bons, saudades, falta de ouvir português…) e fiz bastantes amigos espe-cialmente amigas! SIMPLESMENTE ADOREI!!! Diogo Soares, 16 Anos

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A Multiculturalidade para as Crianças...

Sendo um dos objectivos gerais do Projecto Maré-Alta II a intervenção direccionada para famílias de imigrantes com

crianças em idade escolar, como forma de facilitar a sua adaptação potenciando a interculturalidade como mecanis-

mo de reforço pedagógico e inclusão social, neste sentido, foram desenvolvidas actividades em contexto escolar,

quer dento da sala de aula quer no recreio. Estas actividades tornaram-se relevantes ao nível da promoção da igual-

dade étnica como forma de combate à exclusão social, muitas vezes evidente no recreio da escola.

A actividade desenvolvida exigia muitas vezes que todos os participantes estivessem de mãos dadas e alguns recusa-

vam-se a fazê-lo. Contudo, esta barreira foi quebrada com o tempo e foi possível contornar alguns desses obstácu-

los. Foi muito gratificante poder transmitir às crianças informação sobre novos países, diferentes culturas e diversas

origens. Sempre que chegavam ao recreio as crianças corriam com entusiasmo até ao mapa, com o passaporte na

mão, para verem até onde iriam “viajar”, já que era colado no mapa uma bandeira representativa do país que se iria

explorar nesse dia.

Aquando de um dos momentos de avaliação da actividade foi possível constatar o interesse das crianças por apren-

derem coisas sobre outros países e verificarem que em alguns casos só o nome do jogo se altera, uma vez que a

forma de jogar é idêntica. Uma das crianças chegou mesmo a perguntar, passo a citar:”…se vocês não são de outro

mundo como é que sabem tantas coisas?”

Em contexto de sala de aula também foram realizados alguns trabalhos em colaboração com os professores, que

deram um contributo bastante positivo. Sem esta articulação não teria sido possível, na minha óptica, obter resulta-

dos tão satisfatórios. Estes trabalhos tiveram oportunidade de brilhar numa exposição Multicultural que designamos

por “Um Concelho – Muitos Mundos”, que esteve patente na Associação de Educação Física, Cultura e Recreativa

Penichense, aberta a toda a comunidade. Aqui as crianças e jovens tiveram oportunidade de “viajar” e visualizar os

diferentes aspectos culturais dos países trabalhados pelas diferentes turmas e através da realização de um pequeno

Pedy Paper ficar a conhecer melhor cada um dos países.

No momento da exposição foi compensador verificar a atenção que todas as crianças e jovens dedicaram à visita

guiada e ao momento de animação reservado para o final, bem como, o empenho na procura de respostas para

completar o Pepy Paper que lhes foi proposto. Foi sem dúvida uma mais valia a todos os níveis, nomeadamente, pela

importância atribuída ao trabalho de todas as crianças e jovens envolvidas nesta iniciativa.

A liberdade cultural implica obviamente, direitos culturais e será nessa perspectiva de respeito pela cultura de cada

um que este tipo de actividades e iniciativas junto de crianças e jovens que, são a nossa sociedade de amanhã, se

revelam de extrema importância.

Patrícia Clemente

Transição para a vida adulta

Algumas reflexões a propósito de um seminário dinamizado pela Dra. Helena Marujo

A transição da adolescência para a vida adulta é um tema que me fascina e que me tem merecido alguma

reflexão, quer em termos profissionais quer pessoais. Por isso, tudo o que é oportunidade de partilhar

reflexões sobre o tema me cai como sopa no mel. A conferência promovida no âmbito do Maré Alta foi

uma dessas oportunidades e pena é que a sala, apesar de bem composta, não estivesse repleta de pais e

educadores para ouvirem uma perspectiva simultaneamente lúcida e optimista sobre o processo de transi-

ção. E dali saímos com a convicção de que é preciso desmontar certos dramatismos que normalmente se

associam a conflitos que são perfeitamente naturais na mudança de idade e de estatuto, única forma de

podermos ter um papel facilitador do percurso do jovem para a idade adulta.

O processo de transição para a vida adulta não obedece a visões standardizadas, variando ao invés de indi-

viduo para individuo e assumindo diferentes graus de complexidade em função dos contextos em que

ocorre. E é perfeitamente natural que ocorra o conflito, já que este é uma consequência natural de pro-

cessos de emancipação e afirmação da individualidade. O grande desafio, está em sabermos valorizar os

sucessos que o jovem vai conseguindo, ao invés de lhe atirarmos à cara pretensos vícios ou desvios que,

muitas vezes, não passam de representações que construímos sobre fundamentos que são os nossos e não

os deles.

Claro que a escola tem um papel fundamental neste processo, tanto mais que um dos objectivos funda-

mentais da Educação é preparar os jovens para o exercício pleno da cidadania. Mas a complexidade dos

mecanismos que estão envolvidos no processo de transição faz com que a missão da Escola neste domínio

só faça realmente sentido num quadro de acção em parceria, em que alunos, pais e educadores têm que

ser convergentes ao nível das estratégias de facilitação da transição.

Saí por isso particularmente satisfeito da Conferência porque praticamente não falámos no tom negativista

e mais ou menos desesperado que normalmente recai sobre este tipo de abordagens. Falámos de jovens

felizes, com projectos de vida e de futuro. Falámos de um mundo onde, apesar de tudo ainda há muita coi-

sa a construir e, por isso mesmo, de um mundo à medida de jovens que queremos que sejam adultos

conscientes e intervenientes. Afinal, ainda há futuro …

Rogério Cação