hi hat girls magazine #3 - edição de aniversário!

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Caplette Vera Figueiredo - Andrea Alvarez - Letícia Santos - Paula Padovani - Roberta Kelly Batuka Brasil GIRLS ON DRUMS Emmanuelle

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Emmanuelle Caplette, Paula Padovani, entre outras bateristas comemorando com a gente o primeiro ano da revista!

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CapletteVera Figueiredo - Andrea Alvarez - Letícia Santos - Paula Padovani - Roberta Kelly

Batuka Brasil

GIRLS ON DRUMS

Emmanuelle

Olá, bateras!!!

Bem-vindos à edição especial de aniversário da Hi Hat Girls Magazine! Estamos muito felizes, pois esta edição é muito significante para nós, e esperamos que seja para vocês também!Através desta edição da Hi Hat Girls comemoramos doze meses de pura dedicação, trabalho, descobertas e principalmente, buscamos dar prioridade à divulgação de um número imenso de bateras, que nem sequer imaginávamos que houvesse nesse Brasilzão de meu deus!Preparamos para vocês resenhas de workshops e eventos com bateristas mulheres, entrevistas com grandes nomes da bate-ria no Brasil e no exterior, além da já tradicional coletânea com bandas que tenham mulheres nas baquetas! Surpreendente!Uma das novidades desta edição é o espaço “Batuque na Coz-inha”, destinado às meninas que nos mandaram fotos suas to-cando. Ficou demais!

Esperamos que curtam esta edição, está maravilhosa!

Boa leitura a todos!BeijosHi Hat Girls Magazine

Julie Sousa - Editorial, Entrevista Letícia Santos, Entrevista Giordana Moreira (Festival Roque Pense)

Carol Pasquali - Emanuelle CampletteLucy Peart - GoD

Lary Durante - Batuka, entrevista com a Vera e com a Roberta Kelly Angell Bauer - Resenha workshop Vera Figueiredo no Rio

Caryna Moreno - Entrevista Andrea AlvarezMichele Zingel - Entrevista Paula Padovani, Coletânea Hi Hat Girls

Fernanda Terra - Arte e Design

EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO

ENTREVISTA JULIE SOUSA PÁG. 6WORKSHOP VERA FIGUEIREDO PÁG. 8ANDREA ALVAREZ PÁG. 10EMMANUELLE CAPLETTE PÁG. 16LETÍCIA SANTOS PÁG. 22BATUKA BRASIL PÁG. 26PAULA PADOVANI PÁG. 30

EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO

ROBERTA KELLY PÁG. 34GIRLS ON DRUMS PÁG. 40

ROQUE PENSE PÁG. 44BATUQUE NA COZINHA PÁG. 52

RITMOS SULAMERICANOS PÁG. 54COLETÂNEA PÁG. 58

... E tudo começou.

Nessa edição de aniversário, vamos contar um pouco da historia da nossa revista, como tudo começou, de onde surgiu a ideia, e quais são as expectativas. Faremos uma bate papo rápido com a criadora e idealizadora da revista a Julie Sousa.

HHGM- Quem teve a ideia da revista, e como surgiu a ideia?Julie Sousa: A ideia surgiu de mim mesmo, logo q conheci a TomTom Magazine dos EUA. Eu fiquei encantada em conhecer a Tom Tom, porque não sabia que existia uma revista sobre mul-heres bateras. Fiquei empolgada e resolvi postar num grupo do facebook mesmo perguntando quem queria entrar nessa ideia comigo. A Fernanda Terra, Bel Gabiatti, a Simone Del Ponte e a Michele se prontificaram a estar nessa comigo e passamos a entrar em contato. Depois de alguns meses lançamos a primeira edição no final de 2011, começo de 2012.

HHGM - Qual era o nome do grupo? Como foi dado o pontapé inicial, desde a criação da pauta até a parte em que todas colocaram a mão na massa e fizeram a revista ac-ontecer? Qual foi a dificuldade inicial?Julie Sousa: Publiquei a chamada no grupo “Mulheres bateristas do Brasil”. Em seguida as meninas entraram em contato super empolgadas. Sobre a pauta, todas tiveram liberdade de escolher seus assuntos/suas entrevistadas. A dificuldade acho que foi fechar as entrevistas, porque como era algo inédito e não tínhamos nada concreto ainda para apresentar, algumas pessoas não levaram muita fé na gente (risos). Mas o resultado ficou ótimo!

HHGM - E a ideia da coletânea como rolou?6

Julie Sousa: A ideia da coletânea surgiu porque percebi que seria uma forma de divulgar mais meninas que tocam bateria, do Brasil todo. É uma forma de fazer o trabalho das meninas ir mais longe, e como a coletânea sempre é mista, com vários estilos e gêneros musicais reuni-dos, atinge um público maior.

HHGM - Como foi a repercussão inicial da revista? Superou o esperado?Julie Sousa: Foi bem legal, recebemos muito apoio, muitos elogios, e pudemos conhecer através da revista mais meninas bateristas, de várias partes do Brasil. Com a primeira edição lançada ficou mais fácil fechar novas entrevistas e matérias para a segunda edição.

HHGM - Com essa repercussão positiva o time HHGM foi aumentando também cor-reto? Como foi a escolha das novas colaboradoras?Julie Sousa: Sim, a Lucy Peart, que foi entrevistada pela Bel Gabiatti na primeira edição entrou para o time e atualmente é a responsável por fazer a cobertura do evento Girls on Drums. A Bya de Paula também entrou após o lançamento da primeira edição, mandou um email pra gente interessada em ser colaboradora, e como é formada em jornalismo, a incluímos, A Carol Pas-quali fez alguns shows com a banda feminina americana Crucified Barbara e se ofereceu para entrevistar a baterista Nicki Wicked. Assim, achei que poderia entrar pro time da revista (risos).

HHGM - Quais são as novidades dessa Edição?Julie Sousa: Nessa edição teremos um espaço voltado para as leitoras enviarem historias, fotos, contar fatos inusitados, o nome do espaço é “ Batuque na Cozinha”, teremos também alguns exercícios escritos pelas nossas colaboradoras para nossas bateras treinarem, estudar.

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Na noite de 12 de Março de 2013, tivemos a oportunidade de apreciar, aprender e ad-mirar um workshop ministrado por Vera Figueiredo, na Escola de Bateristas Jorge Casa-grande na Lapa (RJ). Que contou com um público diverso, dentre eles estavam Letícia Santos (que deixou o Brasil admirado com suas apresentações em programas de te-levisão desde pequenina), e Tiago Souza (que venceu o Batuka! Brasil em 2011 e ficou em segundo lugar no concurso Mapex Dot 2012), representando lindamente o Brasil. Em um clima caloroso, Vera respondeu gentilmente a todas as perguntas e curiosidades do seu dia a dia, e com uma simpatia única apresentou um pouco do seu terceiro tra-balho chamado “Vera Cruz Island” onde ela convidou músicos consagrados tanto na-cionais e internacionais tais como: Dennis Chambers, Dave Weckl, Virgil Donati e etc...

Nesse workshop conseguimos sentir de perto como é executar uma música com paixão, ficávamos ali paralisados observando os detalhes do que estava sendo tocado, e éramos surpreendidos com o olhar e o sorriso da Vera. Ela estava ali se divertindo e amando passar isso. E no decorrer de cada música, através das suas expressões ela destacava partes da música que faziam toda uma diferença. Essa profissional consegue tão natu-ralmente passar o que está sentindo quando toca que nós temos a sensação de estar tocando junto com ela. E é esse momento que a Vera Figueiredo mais gosta, de poder contribuir com infor-mações da sua paixão de vida que é a arte de tocar. Inclusive ela destacou isso no início da sua apresentação. O quanto era difícil ter informações, no começo da sua jornada musical. E como hoje são fáceis tais informações, disponíveis principalmente na inter-net. Mas frisou a importância de ter um professor para orientar nos estudos. Porque

WORKSHOP VERA FIGUEIREDOpor Angell Bauer

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alma brasileira. E fomos para casa inspira-dos com o que vimos e ouvimos de Vera Figueiredo. Só temos a agradecer a essa excelente profissional que com sua paixão e dedicação move o mundo com musicali-dade.

Vera Figueiredo usou nesse Workshop:

Bateria Mapex Saturn; Pratos Sabian sé-rie HHX e VFX; Peles Evans; Baquetas Vick Firth e seu inseparável tamborim da Gope.

com muita informação, a pessoa acaba se perdendo e perde junto o essencial da música. Formada em piano clássico, Vera passou o quanto foi importante na sua trajetória o conhecimento em leitura harmônica e sugeriu que todo baterista faça aula em qualquer instrumento harmônico. Até hoje ela disse que estuda e pratica exercícios básicos, rudimentos, viradas, caixa e bum-bo, e por ai vai.

Hoje ela vive o seu momento que sempre veio buscando e lembrou que nada veio fácil. Foram anos tocando na noite durante todos os dias da semana, e para entrar nessa rotina ela tomou iniciativa de apre-sentar seu conhecimento e conseguiu uma vaga para tocar nas noites de São Paulo, sua terra natal. Vera confirmou que esse ano terá o Batu-ka! Brasil (festival de bateristas que foi cri-ado por ela e pela produtora e batera Carla Dias). E informou que nessa edição o festi-val será dividido para meninas e meninos. Ela terminou em ritmo de samba a sua apresentação, mostrando todo swing da

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ANDREA ALVAREZPor Caryna MorenoTradução livre por Julie Sousa

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O que dizer a baterista Andrea Alvarez?Andrea Alvarez é um dos maiores nomes da bateria na Argentina.Ela é direta, há pouquíssimas metáforas em seu discurso. Possui um espírito crítico pul-sante. Lutadora, é formada como musicista e docente.Aos 15 anos de idade começou a estudar música e aos 18 formava parte do Rouge (primeira banda argentina formada por mul-heres). Pelos idos de 1988 assumiu o com-promisso de ser percussionista do Soda Sté-reo, legendária banda argentina. Também participou da Divididos, outra banda muito conhecida e reconhecida na Argentina. Andrea acompanhou em show e gravações

muitos dos artistas mais importantes de seu país. Há 12 anos mantém um trabalho solo, que originou 3 discos e um DVD ao vivo. At-ualmente, Andrea Alvarez é percussionista no Ataque 77, na sua nova turnê em formato acústico.Aos 50 anos, Andrea segue superando todo cansaço e dificuldades sem nunca ter parado de tocar. Além de baterista, Andrea é cantora e compositora, um exemplo de trabalho, paixão e dedicação, além de ser uma referência indiscutível na História do Rock argentino.Nesta edição tive a honra de entrevistá-la para a Hi Hat Girls Magazine:

HHGM - Andrea, na sua opinião, nós mu-lheres estamos educadas para sermos pro-tagonistas?

AA - A mulher tem que trabalhar muito para ser protagonista. Criar-se e reinventar-se, sair da zona de conforto. Tenho consciência de gênero, sempre registrei tudo o que aconte-cia e tal, se bem que nunca militei em uma organização. Minha militância era tocar meu instrumento. Esse era meu objetivo: co-municar meu compromisso com a música.

Com o tempo, já não era suficiente apenas tocar bem, então comecei a escrever. Pre-cisava poder transmitir outras coisas. Estudei muito, rompí estruturas, apostei no lúdico e comecei a me libertar. Estou muito orgulho-sa da minha banda e disfruto bastante do que eu faço.

HHGM - Pra você, como uma mulher con-strói seu caminho?AA- É fundamental identificar-se com ou-tras mulheres, buscar referências femininas 12

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e reparar posicionamentos que valorizem o empoderamento, a auto-estima, enfim, o crescimento. Muitas garotas entram no “sis-tema” e deixam de ser elas mesmas para passar a agradar aos outros. Temos que es-tar atentas às mensagens que são passa-das.

HHGM - A arte é um instrumento de luta?AA- Para mim, desde pequena a música me remete a poder. Outras pessoas o en-contram no esporte, na força física. Eu en-contrei poder na música. Na bateria eu tenho um lugar de confiança. A música é tudo para mim: libertação corporal, sentido de humor, minha religião, minha militância... meu tudo!

HHGM - Quando e por quê você começou a tocar bateria?AA - Comecei a estudar música desde pequena, as 7 anos e sempre me interes-sei por Rock. Vendi meu clarinete e comprei minha primeira bateria aos 15 anos. Acho que é o instrumento que tem mais a ver comigo: o ritmo, a estrutura, liderar, dirigir, principalmente seu volume forte!

Foto: Divulgação

HHGM - Fale sobre seu setAA - A batera que toco nos meus shows é uma Ludwig Liverpool8, modelo Ringo Starr, pratos Paiste 2002, hihat de 15”, ride 22”, crash de 18’’ e 19’’ e um crash Giant Beat de 18”.Para percussão uso congas Patato LP, Bongo fiber LP e todo tipo de accesórios.

Muito obrigada por esse bate-papo, An-drea!Sucesso sempre! Tudo de bom!

Foto: Divulgação15

Foto: Divulgação

Emmanuelle Caplette

Todo mundo que é fã de mulheres na bateria com certeza algum dia já topou com vídeos dessa simpática e engraçada canadense. Tocando sempre com grande leveza nos movimentos e um lindo sorriso no rosto, Emmanuelle Caplette sempre termina seus vídeos de forma engraçada, fazendo poses e caretas. Começando cedo, aos 9 anos de idade, Caplette diz que soube o que que-ria para a vida toda no momento em que ela batucou pela primeira vez em um tambor. - “A primeira vez que eu bati em uma caixa eu soube imediatamente que eu queria viver de música.” Emmanuelle Caplette - Depois de anos estudando e tocando em diversos grupos e dividindo pal-co com diferentes artistas, Caplette diz ter o sonho de se juntar à banda de grandes artistas pops ou bandas de programas de tv. - “Eu gostaria de fazer uma tour mundial (em estádios!) com um artista pop! E eu também gostaria de fazer programas de TV! Tipo Jay Leno! Veremos!” Emmanuelle Caplette - Ela nos concedeu uma entrevista e falou sobre exercícios, carreira e muito mais! Confira abaixo.

Entrevista e tradução livre por Carol Pasquali18

HHG - Que bateristas te inspiram a to-car?EC - Jeff Porcaro, Jojo Mayer, Manu Katche, Steve Smith, Vinnie Colaiuta, Steve Jor-dan, Carter Beauford.

HHG - Como você acha que a internet ajuda novos artistas solo, como você, a desenvolver suas carreiras?EC - A internet ajuda muito novos artistas solos! Em 2013 você pode usar as redes sociais como seu ‘cartão de visitas’. Muito útil! Eu consegui muitos shows porque as pessoas me encontraram na internet.

(HHG) - Você começou a tocar bateria aos 9 anos. Como você começou?Emmanuelle Caplette (EC) - Eu comecei aos 9 anos com os “drumcorps” [ aque-les grupos de bateria que típicos dos EUA/Canadá ]. Um velho amigo me chamou para um ensaio de um drumcorp. E eu fui! A primeira vez que eu bati em uma caixa eu soube imediatamente que eu queria viver de música. Mas o que me incentivou ainda mais foi quando eu ganhei minha primeira competição individual de caixa em 1994. Com o passar dos anos, eu me convenci de que música era o que eu queria fazer para a vida toda. Então eu toquei caixa por 8 anos em diferentes bandas [ drumpcorps ] de Québec. Os drumcorps são uma grande paixão e uma ótima escola para a vida. Eu comecei a tocar bateria quando eu tinnha 18 anos.

HHG - Conte pra gente sobre seu kit Sonor Ascent. Ele foi criado especial-mente pra você? Quais são as configu-rações dele? Qual madeira você escol-heu? E quais peles você usa nela?EC - A Sonor contruiu uma bateria cus-tomizada pra mim. É uma séria Ascent de madeira Beech. Eu amo ela! Os tamanhos são:

Bumbo: 16X16Caixa: Pure Canadian 14X6Caixa: 12X5Tom: 10X8 Surdo 1: 13x10Surdo 2: 14X11

E as peles são:Caixa batedeira: 12” and 14” : ST-DRY or HD DRY Coate DrumheadCaixa resposta: Hazy 300 Drumhead: S12H30 et S14H30Bumbo: TT16G2 16″ EC2 Clear TT16RBG 16″ Resonant BlackToms batedeira: TT10EC2 10″ EC2 ClearToms resposta: TT10ECR 10″ EC Reso-nantTT13EC2 13″ EC2 ClearTT14EC2 14″ EC2 ClearTT13ECR 13″ EC ResonantTT14ECR 14″ EC Resonant

Foto: Divulgação

HHG - A sua conta no YouTube foi cri-ada em 2006. Porque você decidiu cri-ar vídeos para a internet? Como você produziu os primeiros e como você os produz atualmente? Você grava e ed-ita sozinha?EC - Eu criei minha conta no YouTube em 2006 porque eu queria ter uma maior ex-posição. Depois eu fiquei muito surpresa em ver meus vídeos terem tantas visu-alizações e comentários! Então eu fiquei muito motivada a criar mais vídeos e aí vi-rou uma bola de neve. Eu imediatamente garanti a qualidade dos meus vídeos con-tratando amigos músicos e engenheiros de som. Hoje, o YouTube e o Facebook me ajudam muito a me promover e por eles consigo contatos e oportunidades pra to-car.

HHG - Você tem uma rotina de estu-dos? Quanto tempo você pratica por dia? Quais exercícios você acha que são os mais importantes a serem prat-icados todos os dias?EC - Honestamente, é uma pergunta difícil. Depende, por quê quando eu estava na escola eu tinha tempo para praticar mais. Como eu trabalho muito (gigs), é difícil arranjar tempo porquê estou constante-

mente na estrada e, algumas vezes, eu não tenho acesso à minha bateria. Mas por agora, eu posso dizer que pratico de 2 a 3 horas por ensaio (quando eu real-mente tenho tempo). Quando eu tenho tempo, faço isso de 3 a 4 vezes por sema-na. E pra MIM é suficiente. Se eu praticar mais que isso, eu não serei tão produtiva. É muito importante pra mim ver os ami-gos, família e praticar esportes! Isso me ajuda a ser mais criativa nos ensaios.Para praticar todos os dias, eu acho que o importante são os rudimentos. Isso é o que eu faço. Você só precisa de 20 minu-tos por dia. Só isso! Porquê rudimentos? Por quê você trabalha a sua fluidez, sua energia, sua resistência e a sua interpre-tação.

HHG - Que artistas e bandas você car-rega no seu mp3 player?EC - Hmmmm… são tantos! John Mayer, The Police, Sting, P!nk, Beyonce, Muse, Peter Gabriel, Selah Sue, Bill Burford, Da-vid Bowie, Daft Punk…

HHG - Fale um pouco sobre afinação. Como você afina sua bateria? Per-cebi que a sua Sonor tem dimensões pequenas, mas mesmo assim você

Foto: Divulgação

tem um som forte e bem afinado. Você muda a afinação de acordo com o es-tilo de música que você vai tocar?EC - Meu kit principal é o “Jungle Set”. Eu amo ele! Eu afino ele bem grave, como uma bateria de pop/rock. Eu uso peles Evans ( EC2 Clear nas batedeiras e EC Resonant na resposta). Com elas, eu achei o som perfeito pra minha Sonor. Muito fácil de afinar! Meu bumbo é de 16” x 16”. E soa maravilhoso. Tem muito sustain! [ “sustentação” ] É surpreendente! Tem um ótimo som porquê utiliza sistema suspen-so. O bumbo não fica em contato direto com o chão. O fato de ser suspenso deixa o som mais encorpado! E eu vou ser honesta com você, eu não mudo a minha afinação. Eu uso a mesma afinação em uma gig rock e em uma gig de jazz. Porquê? Por quê é o meu som, minha marca, e as pessoas me reco-nhecem no som.

HHG - Qual foi o evento de bateria mais emocionante que você já partic-ipou? Quem você conheceu nele?EC - Meu festival favorito foi quando eu toquei na Espanha, no La Rioja Drumming Festival. Foi em setembro de 2012. Foi uma experiência incrível pra mim! Thomas Lang, Mike Mangini, Benny Greb e Damien Schmith estavam lá. E o anfitrião do festi-val era o Dom Famularo. Tivemos um mo-mento muito legal todos juntos!

HHG - Já que você esteve tocando em diferentes lugares do mundo, você pode nos dizer como é a aceitação das mulheres na bateria mundo a fora?EC - Hoje eu acho que as pessoas estão mais abertas que antes para tocar com mulheres bateristas. O gênero é o menos importante, na minha opinião. Mas no meu caso, eu nunca realmente pensei sobre isso. Eu sempre quis tocar bateria e se as pessoas querem julgar, isso não é pro-blema meu! ;-)

HHG - O que você está planejando para 2013 e o ano que vem? Você ain-da tem algum sonho para realizar?EC - Eu tenho um novo projeto, mas eu não posso te contar agora! É tipo uma

surpresa. É um projeto de uma banda de rock nos Estados Unidos. Eu ainda tenho alguns workshops de bateria esse semes-tre, na Holanda em setembro e na França em novembro. Isso é muito animador! E meus sonhos? Eu gostaria de fazer uma tour mundial, em estádios de futebol, com algum artista pop! E eu também gostaria de tocar em algum programa de tv diário. Tipo o do Jay Leno! Veremos! ;-)

HHG - O que você diria para as garo-tas que querem começar a tocar bate-ria?EC - Primeiro de tudo: comecem a tocar bateria! ;-) E você verá se gosta ou não. Depois disso, eu posso dizer para serem perseverantes, acreditarem em seus son-hos. Tem alguns momentos na vida que parece que nada acontece. Esses são os momentos os quais você precisa de man-ter positiva. Nunca desista! Ter uma grande atitude é uma das mais importantes!

Pratique com metrônomo o máximo que puder. Toque com outros músicos. Pratique diferentes estilos musicais. Ouça muita música. Pegue aula com diferentes professores.

Se você quer tocar, não tenha medo de participar de jams. E frequente muitos shows!

As pessoas me perguntam como eu consegui um tocar na tv ou uma tour. E é simples: eu fiz um dvd promocioal, fiz meu press kit (com biografia, currículo e fotos) e mandei isso pra todas as pessoas com as quais eu gostaria de trabalhar.

E o mais importante: SEJA VOCÊ MESMA!

HHG - Muito obrigada pela entrevista! Chegamos ao fim. Alguma conside-ração final?EC - Um bom baterista tem que ter: uma boa personalidade ( atitude ), mente aberta, ser apaixonado pelo que faz, tem que ter, obviamente, uma boa noção de tempo e rítmo, e tem que ter o seu próprio som e estilo! 21

LETÍCIA SANTOS

Por Julie Sousa

Foto: Divulgação22

Letícia Santos começou a tocar bateria aos 4 anos de idade. Uma fita da aula da Vera Figueiredo, lhe foi dada e isso foi fundamental para a sua evolução. Por causa do seu talento precoce, ingressou como bolsista na escola de ba-teria e percussão Maracatu Brasil, de propriedade de Guto Goffi (baterista do Barão Vermelho). Aos 5 anos foi matéria da revista Outra Coisa, do cantor e compositor Lobão. Em 2006, aos 6 anos, tocou na Expomusic com sua ex-banda Três e Meio e foi entrevistada por Jô Soares em seu programa. Essa entrevista no Jô, acarretou uma reportagem para a agência internacional de notícias Reuters e uma en-trevista para o programa Super Tudo, na TV Educativa/RJ. Em 2007, aos 7 anos, participou do concurso Novos Talentos, no TV Xuxa, ganhando o 1° lugar. Em 2008, participou junto com a sua ex-banda DC5, do quadro De Olho Neles, do Domingão do Faustão. Em 2009, foi entrevistada para o G1, da globo.com, e para o Jornal da Tarde/SP. Em 2010, participou do programa Manhã Gazeta/TV Gazeta, com a apresentadora Ione Borges. Em 2011, ela fez uma participação especial no show da banda Dr. Silvana e Cia e ganhou dois ingressos da direção do Rock in Rio para assistir ao Red Hot Chili Peppers, fato que foi registrado pelo Jornal Hoje, da TV Globo. Inclusive ao participar da festa de encerramento de sua escola de bateria, em dezembro de 2011, estava presente ao evento o baixista americano Bruce Henri, que é um dos responsáveis por um dos palcos do Rock in Rio, que fez um convite para duas apresentações dela, na RockStreet. Ela vai tocar com uma Big Band junto com o baterista Renato Massa musicas dos Beatles.No momento, ela e sua banda Black Aces estão divulgando o 1° CD da banda.Letícia Santos é endorseer das seguintes marcas: Powerclick e Alê Bags (tinha também os pratos Octagon, mas, infelizmente, faliu).Ainda não se tem notícias no Brasil, de uma menina na idade dela, que seja baterista e que toque com a mesma qualidade que ela.Recebemos mensagens de alguns pais dizendo que compraram bateria para os seus filhos, incentivados pelos vídeos da Letícia no Youtube, assim como cri-anças e adolescentes que também começaram a estudar bateria por causa dela.Em 2013, ela foi escolhida, através de um concurso no facebook com mais de 3000 mil votos, para participar do Girls on Drums, em Curitiba, evento ocor-rido em 29/05. No dia 07/06, à convite da baterista Vera Figueiredo, ela abriu Batuka Brasil/2013 em São Paulo, evento promovido anualmente pela Vera.Conversei essa baterista tão jovem que conheci pessoalmente no workshop da Vera Figueiredo na Escola de Bateristas Jorge Casagrande, aqui no Rio.

HHGM- Fale um pouco sobre o que te levou a tocar bateria e suas maiores in-fluênciasLetícia Santos: O meu contato com a bateria aconteceu quando eu tinha 4 anos de idade, quando meu pai me presenteou com um par de baquetas após desfilar por uma escola de samba do Rio de Janeiro. Começou como uma brincadeira (batucando em bancos, chão, braço de sofá) e depois tornou-se uma coisa séria. A minha primeira influência na bateria foi Vera Figueiredo. Meu pai quando percebeu que eu levava jeito para tocar bateria, começou a procurar por vídeos aula e o primeiro que encontrou foi o da Vera. Depois disso, conheci outros grandes bateristas: Steve Smith, Buddy Guy, Dave Weckl, Neil Peart, e outros.

Foto: Divulgação 23

HHGM- Conta pra gente como foi a sua partici-pação nos programas de TV e o que isso benefi-ciou a sua carreiraLetícia: Os programas vi-eram através de convites feitos a mim por conta de indicações de outras pes-soas que conheciam o meu trabalho. Claro, que os pro-gramas e as reportagens em jornais vieram a somar na minha carreira, a en-riquecer o meu currículo e abriram caminhos para ou-tros eventos semelhantes.

HHGM- Como foi ter par-ticipado de eventos im-portantes de bateria como o Girls on Drums e o Batuka! Brasil?Letícia: Foi um grande prazer, foi uma experiência diferente para mim. Eu nun-ca tinha participado de um evento nesse estilo, em que

eu mesma ficasse conduz-indo a minha participação, colocando o playback e to-cando. Esses eventos tam-bém somaram, enriquece-ram a minha história como profissional de bateria,além de me dar oportunidade de conhecer outros bateristas (homens e mulheres) fan-tásticos.

HHGM- Você tem alguns endorsements, certo? Fale pra gente como foi pra você ter recebido esse apoioLetícia: Esse apoio é mui-to importante, porque in-strumento musical não é muito barato e, no caso do baterista, há necessidade, algumas vezes, de fazer reposição das peças mais desgastadas. Você sabendo que há empresas te apoi-ando, isso dá mais tranqui-lidade para trabalhar. Eu

procuro nos meus vídeos, sempre que posso, destacar os nomes dos meus parcei-ros e agradecê-los, porque parte do meu

Foto: Divulgação

sucesso é devido a eles.

HHGM- Você tem uma rotina de estudos de ba-teria? Compartilha com a gente!Letícia: tenho aula de ba-teria uma vez por sema-na, onde o professor sem-pre passa uma “lição” para casa. Tenho o ensaio com a minha banda Black Aces uma vez por semana tam-bém e quando tem show, são dois ensaios na se-mana. E se estou “tirando” uma nova música, a dedi-cação é maior, não existe uma regra fixa. Eu posso ficar uma hora no dia, meia hora, às vezes duas horas, tudo acontece de acordo com a disponibilidade.

HHGM- Quais os seus fu-turos projetos profissio-nais e o que pode-mos esperar de novidade para 2013?Letícia: Meu projeto é tra-balhar em prol da minha banda, divulgá-la, fazer com que fique mais con-hecida no meio musical, porque obviamente assim os shows aparecem com mais intensidade e nós podemos passar o nosso recado, mostrar o nosso som, na expectativa de que a banda “aconteça” para o Brasil. Esse é o meu desejo. A minha carreira solo deve continuar paralelamente ao meu trabalho na banda Black Aces, sempre quando surge um convite do tipo do Girls on Drums ou o Batuka Brasil, eu faço questão de ir, é sempre um prazer. E as novidades para 2013 é minha participação no Rock in Rio, na Rock Street, to-

cando com uma big band clássicos dos Beatles. Ainda não tenho detalhes, estou aguardando para saber que músicas tocarei e em quais dias estarei lá.

HHGM- Suas conside-rações finais e recado para os que acompa-nham seu trabalho ou passaram a te conhecer agora. Fique à vontade!E aproveitamos para agradecer pela entrevis-ta! Letícia - Gostaria de pedir

que visitassem o site da banda Black Aces (www.blackaces.com.br) e di-zer que estamos também no facebook, podem curtir a página à vontade. Tam-bém podem visitar o meu perfil no facebook e dei-xar um recadinho e podem me procurar no youtube, porque tenho vários vídeos lá. O último que foi posta-do, eu estou tocando uma música do Virgil Donati. En-tão é isso. Quero deixar um grande beijo para a galera da Hit Hat Girls Magazine.

Foto: Divulgação

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BATUKA! BRASIL INTERNATIONAL DRUM FEST

De 07 a 09 de Junho aconteceu no Memorial da América Latina em São Paulo a 14º Edição do festival Batuka! Brasil dirigido e idealizado pela baterista Vera Figueiredo.Essa edição contou a apresentação de grandes bateristas nacionais e inter-nacionais, exposições, seções de autógrafos, o sensacional concurso nacional de bateristas que esse ano teve seu diferencial com a presença feminina , e também uma homenagem ao compositor brasileiro Osvaldinho da Cuíca.

O primeiro dia do evento começou a todo o vapor, com as performances dos bateristas Flauzilino Jr. de SP e a nossa querida Letícia Santos do RJ, que aos 13 anos esbanja talento, musicalidade, e simpatia.

Em seguida tivemos as apresentações da final do concurso nacional de bate-ristas. Esta foi a primeira edição na historia do Batuka Brasil que o concurso contou com a participação delas, as mulheres bateristas. Se apresentaram três garotas sendo elas Ju Souc - MS que ficou em primeiro lugar, Mariana Sanchez - SP garantindo o segundo e Marina Sabino de apenas 05 anos no terceiro lugar.

As performances femininas foram divididas em três etapas, primeira etapa foi uma musica escolhida pela baterista participante, segunda etapa contou com um solo, e a terceira a musica de confronto, que foi mais um diferencial dessa edição.

Por: Lary Durante

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BATUKA! BRASIL INTERNATIONAL DRUM FEST

HHGM- Você começou a tocar bateria com qu-antos anos? Seu pai era musico também, no que isso influenciou na sua escolha?Ju Souc - A influência da família veio de berço, iniciei meus estudos na música aos 7 anos com o piano. Aos 17 me formei no con-servatório musical de Cam-po Grande. Bateria iniciei aos 16, e não parei mais

HHGM - Você disse que vive de musica,sua paixão é musica, que não sabe fazer mais nada alem de musica, Atual-mente você da aulas em alguma escola em Cam-po Grande?Ju Souc - Eu me acostumei e entendi melhor o que as pessoas ao meu redor di-ziam: “ Não somos nós que escolhemos a arte, ela que

escolhe você”. Sempre me dizem isso, que a música me escolheu. Eu realmente não tenho escolha, respei-to o processo natural das coisas sem forçar a barra, e faço o que gosto. Dei au-las de música em projetos daqui, foi um aprendizado. Hoje mais estudo do que ensino

HHGM - Em sua apre-sentação você mostrou uma qualidade musical, técnica, criatividade, talento e total domínio do instrumento que fiz-eram muita diferença, como foi seu processo de aprendizado?Ju Souc - Eu aprendi a se-gurar as baquetas e conhe-ci alguns grooves, tive mais ou menos uns 3 meses de aula. Logo parei, mas já in-tegrava bandas da cidade, e tocava em eventos. To-

A musica de confronto foi escolhida pela Vera Figueiredo, foi uma musica que saiu em um dos seus trabalhos, o Vera Cruz Island - Brazilian Rhythms For Drumset que é um livro + dois CDs, que conta com uma aplicação de ritmos brasileiros na bateria. O ritmo escolhido foi o Chamamé, que é um gênero mu-sical tradicional da província de Corrientes na Argentina, mas muito apreciado também nos estados brasileiros do Rio Grande do Sul, Paraná, e Mato Grosso do Sul.

O que podemos dizer, é que a apresentação foram emocionantes, realmente um marco na historia do Batuka! Brasil.

Conversamos um pouco com a Ju Souc, para saber como foi participar dessa edição do Batuka Brasil, como foi sua preparação, quando que ela começou a tocar bateria, quais são as expectativas, confira a baixo o nosso rápido bate papo.

quei vários estilos, quase 10 anos nesse processo, rs. Então aprendi bastante na noite musical daqui aprendi com muitos músicos, de to-dos os estilos e gerações.

HHGM - Você disse que se apresenta em bar-zinho com uma banda, a banda é composta só por garotas? Qual é o nome e o gênero da banda?Ju Souc - Hoje estou no projeto Jerry Espíndola & Pétalas de pixe, 2 anos de banda, participamos de fes-tivais (Bonito e Corumbá - ambos daqui do estado de Mato Grosso do Sul) gênero pop, polca rock entre out-ros. é uma mistura na ver-dade, rsNa banda tem 4 garotas e o Jerry (cantor e compositor, irmão da Tetê Espíndola). Das 4 garotas, uma teclad-ista, uma baixista, uma

Ju Souc

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guitarrista e eu na batera. Jane - Baixo / Fabrízia Sou-za - Teclado controlador / Michelle Meza - Guitarra / Ju SouC - Batera e Jerry Es-píndola - Violão e voz.

HHGM -Como são os es-paços para musica no MS?Ju Souc- Temos vários pro-jetos. MS canta Brasil, Som

da concha, Cena Som, en-tre outros eventos que possibilitam artistas regionais a se apre-sentarem. Além das casas de shows e eventos par-ticulares, também podem-os contar programas que mostram nosso trabalho pra galera conhecer e curtir.

HHGM - Como surgiu a

ideia de participar do Batuka Brasil, e como foi sua preparação?Ju Souc - Recebi um email porque eu sou cadastrada no site, recebo notícias. Achei uma grande opor-tunidade e desafio, adorei participar ! Me preparei es-tudando em estúdio, mas recomendo ouvir muita música, de vários estilos ! Isso ajuda muito. Gostar-ia que mais garotas par-ticipassem nas próximas edições.

Dando continuidade ao evento tivermos as performances dos garotos, que tam-bém foi sensacional, foram divididas tam-bém em três etapas iguais as das garotas, o único diferencial foi o ritmo da musica de confronto, que foi o frevo, uma musica do compositor Nino Pernambuquinho da Spok Frevo. Participaram da final do concurso os bat-eristas, Rogério Pitomba do Rio- RN, que ficou em primeiro lugar, Robson Pontes- RJ em segundo, Lucas Sangalli- PR, e ter-ceiro, e Fabio Marrone - SP em quarto.Após o concurso contamos com a perfor-mance do baterista Gabriel Guilherme, e o workshow com o baterista americano Johnny Rabb, encerrando em grande es-tilo o primeiro dia do festival.No segundo dia abrindo as apresentações, contamos com performance do baterista Mike Maeda, que agitou a plateia com suas variações rítmicas, e pegadas eletrônicas marcantes. Em seguida tivemos um work-show com o autentico e divertidíssimo baterista canadense Stephane Chamber-land, que contou um pouco da sua histo-ria e trajetória musical,falou sobre suas publicações como educador, sorteou al-guns de seus livros,e tirou algumas dúvi-das do público presente, e claro fez sua performance bateristica. E então chegou o momento esperado por todos, o show da ilustre Vera Figueiredo que iniciou sua apresentação com um in-crível solo de bateria, fez um play along e na sequencia chamou seus convidados, a baixista Gê Cortes que também a acom-panha na banda Altas Horas, o pianista Marcos Romera e Chico Oliveira no trom-pete. Foi um espetáculo lindo, repleto de musicalidade, momentos emocionantes, realmente uma apresentação muito mar-cante.

E para finalizar as apresentações do seg-undo dia do Batuka Brasil, tivemos work-show com o baterista americano John Blackwell.Ultima dia de Batuka Brasil começou com a performance do baterista Junior Var-gas, que fez uma linda apresentação.Com um certo mistério no ar, partimos para a segunda apresentação, não sabía-mos o que nos esperava, eis que surge no palco Osvaldinho da Cuíca, que esbanjou simpatia, talento e criatividade, conta-giou a todos com sua alegria e simplici-dade! Sua apresentação teve dança,uma per-formance com seu primeiro instrumento (a caixa de engraxate), e uma espécie de frigideira que atraiu os olhos curiosos da plateia e levou todos ao delírio absoluto, e claro não podia faltar a cuíca, garantin-do assim muitos sorrisos. A apresentação do homenageado da noite foi simplesmente emocionante! Um espetáculo incrível!Depois apresentou-se Pithy Cajonero, contanto um pouco da história do cajón, e dos diversos tipos de som de dele pode se tirar. Na sequencia rolou um workshow com o baterista americano Will Calhoun.E finalizando em alto estilo teve a apre-sentação Caito Marcondes Trio, que foi simplesmente incrível e contagiante.

Resumindo esses três dias de Batuka Brasil, pode se dizer que foi um show de Talento, Emoção, Aprendizado, e alta Mu-sicalidade, foi um evento bem receptivo, abrangente , inovador, com uma energia muito positiva, muito boa, foi um evento feito com muito amor e carinho de bate-rista para baterista!

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Foto: Marcelo Fenolio

PAULAPADOVANI

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Paula Padovani nasceu em 1978, na cidade de São Paulo-SP, porém cresceu em Uberlândia-MG, onde deu seus primeiros passos no mundo da música.

Quando ainda era criança, foi estudar no Conservatório Pavan Caparelli. Aos 11 anos de idade, já fazia viagens com os músi-cos de sua igreja. Também já sabia tocar violão.

Em 2001, participou de um CD da igreja local, gravando uma de suas composições, cantando e tocando bateria.

Paula Padovani já tocou com grandes nomes da música gospel, como Fernandinho, Ricardo Robortela, Adhemar de Campos, Asaph Borba, Aline Barros e Baby do Brasil.

Em 2009 voltou para São Paulo-SP, a convite da banda Minis-tério Guerreiros Adoradores e em 2011 entrou pra banda de reggae Marauê.

Apresentou-se no Girls on Drums 3, em 2012, na cidade de Cu-ritiba e ajudou a organizar o evento em São Paulo, no mesmo ano.

Atualmente toca nas bandas Marauê e Radiônica.

É com muita honra, que apresentamos nossa entrevista com ela. Muito obrigada, Paula!

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dades que você passou para se adaptar à Selva de Pedra?Bom, meu primeiro sentimento foi o medo, pela grandeza que essa terra tem. Eu nasci em São Paulo, porém, fui criada em Uber-lândia, mas eu tinha que voltar pra cá, para aprender e crescer.Passei por várias situações engraçadas e dolorosas aqui. Senti muitas necessidades e passei um tempo me alimentando mal. Senti vontade de voltar para casa, mas mi-nha mãe me incentivou a acreditar em mim e isso fez toda a diferença. Valeu mamy! Te amo hoje mais que ontem e assim será pra sempre!!

HHG- Sabemos que são muitas coisas in-críveis que nos acontecem nesse mundo da música. Mas se fosse para citar um momento especial da sua jornada, qual é o primeiro que lhe vem à mente?

HHG- Paula, você começou a estudar música desde criança. Queremos saber mais sobre os seus primeiros passos, você começou com a bateria?Tudo começou numa roda de Samba, onde meu pai tocava surdo. Quando ele perce-beu que eu tinha ritmo, fez um chocalho com uma latinha de cerveja e arroz e me ensinou.Quando vi uma bateria pela primeira vez, eu tinha 4 anos e logo me aproximei querendo tocar. Lógico que ganhei uma baqueta que-brada do baterista, mas tinha que sentar na bateria e batucar um pouco. Foi o que fiz! rss...Meus pais perceberam que eu tinha talento e logo comecei a fazer aula particular com um baterista na minha cidade.HHG- Você que tem uma longa história dentro do mundo gospel, qual é a sua opinião sobre o papel da música na religião?Toquei com grandes artistas do meio gos-pel, aprendi muito. A música tem um poder muito grande de elevar seu espirito a se conectar com Deus. Assim também a música te deixa livre para dançar, sorrir, chorar e até cozinhar melhor, rsrsss....Por isso, amo e escolho muito bem o que ouço!!

HHG- Conte-nos sobre a sua mudança para São Paulo. Quais foram as dificul-

Foto: Aline Juliet

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Quando toquei no Carnaval de 2012 em Salvador com a Banda Marauê, totalmente incrível e inesquecível.

HHG- A bateria é sua única fonte de renda hoje? Quais são os trabalhos que você tem como baterista?Sim, hoje vivo 100% de música. Dou aula, gravo com um amigo que tem estúdio e toco com a banda Marauê e a Banda Radiônica de São Bernardo.Hoje estou ousando montar um projeto de duo de batera com uma baterista que ad-miro muito que é a Nina Pará.

HHG- Qual é a sua rotina de estudos?Estou sempre me adaptando aos meus horários vagos e procuro sempre estudar o que sinto dificuldades no momento, sempre com o metrônomo ligado.

HHG- Antes do Marauê, você já era fa-miliarizada ao estilo reggae?Interessante que nem curtia muito o estilo reggae, apesar de ter estudado as músicas dos Paralamas na adolescência. Tive sim uma leve dificuldade para me inteirar no estilo, mas nada como ter um bom amigo baixista (Alan de Oliveira MARAUÊ) para dar uma mãozinha.

HHG- Como você percebe, desde o começo de sua carreira, a evolução da presença das mulheres no mundo bat-erístico?Lembro que quando comecei não havia mui-tas referências femininas na bateria além da Vera Figueiredo. Há uns 15 anos, percebi o preconceito caindo e o interesse feminino crescendo pela bateria. Hoje temos vários festivais nos promovendo, assim como essa revista que nos privilegia e agradeço gran-demente pela oportunidade de poder contar um pouco da minha história.

HHG- Como foi ter participado das duas edições do Girls on Drums de 2012?Uma oportunidade incrível que o meu que-rido amigo Joel Jr me deu e que foi um divisor de águas. Muitas portas se abriram após esse festival.

HHG- Quais seus planos para o futuro?Levar meus projetos para fora do Brasil.

HHG- Agora deixe o seu recado para as garotas e os garotos que pretendem ser bateristas profissionais!Levem a sério e estudem sempre com um bom metrônomo no ouvido e boa sorte!

Foto: Divulgação

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Roberta Kelly

Foto: Divulgação

Nascida em 1983 na cidade de São Paulo, Roberta Kelly desde pequena dava indícios de que futuramente sua vida seria regada a musica, pois já se encanta-va ao som de instrumentos de percussão que escutava na religião de sua mãe.

Teve seu primeiro contato com a percussão aos 16 anos quando começou a trabalhar na loja de instrumentos musicais Batukadas 1000, que é especialista em instrumentos de percussão, lá conheceu muitos músicos dos quais lhe adi-cionaram muito em conhecimento e informação musical. Estudou teoria musi-cal na Ordem de Músicos do Brasil, e percussão no Emesp.

“Eu toco usando o coração e não a cabeça ,adoro ouvir a musica e acompanha-la, tudo flui sem precisar de contagem e metrônomo , o coração e a vibração do corpo libera o tempo certo e execução fica perfeita” - Diz Roberta

Atualmente ela acompanha a banda Cândido Lima & Dedos de Moça e a can-tora Joana Flor e também trabalha na loja de instrumentos musicais Casa dos Bateristas que fica na rua mais procurada pelos músicos de SP e do Brasil todo a Rua Teodoro Sampaio.

Em Maio desse ano Roberta Kelly participou da 4º Edição do evento volta-do para bateristas mulheres que rolou no Teatro Paiol em Curitiba, o Girls on Drums. Em entrevista a Hi Hat Girls Magazine ela nos conta um pouco como foi participar do evento e também fala sobre a sua carreira e projetos futuros, vamos conferir?!

Por Lary Durante

Foto: Divulgação

HHG- Quando rolou seu primeiro contato com a percussão , e como foi? Você se identificou de imediato?Meu primeiro contato com a percussão foi aos 16 anos quando comecei a trabal-har em uma loja de Bateria e Percussão em São Paulo (Batucadas 1000), como era uma loja especializada em Percussão logo me encantei com a quantidade de in-strumentos de diferente nacionalidades, ritmos, timbres e culturas, me apaixonei logo nos primeiros dias de trabalho, en-tão comecei a estudar percussão.

HHG- Quais foram as principais di-ficuldades no começo da sua carrei-ra? Você teve o apoio de familiares, e amigos desde o inicio, ou foi algo adquirido com o tempo? Posso dizer que fui privilegiada pois meu local de trabalho era um ótimo lugar para fazer contato com outros músicos não demorou muito a começar a tocar com a minha primeira banda. Eu tive o apoio da família e amigos e quando completei 17 anos ganhei um Bongô, foi uma sur-presa feita por meus familiares e amigos do trabalho. Também ganhei um Pandei-ro de um Primo também percussionista Marcio Sumô que foi uma das pessoas que me incentivou a tocar. inclusive esse pandeiro é o meu predileto me acom-panha em vários trabalhos até hoje.

HHG- Você se profissionalizou em 2008, o que mudou na sua vida des-de então?

Tocar com mais segurança, adiquiri res-ponsabilidade durante os ensaios e apre-sentações nessa transição tempo tive oportunidade de trabalhar com diversos grupos e músicos de estilos e linguagens diferentes que só me enriqueceu muito mais musicalmente.

HHG- Com uma ampla experiência musical, você já tocou com diver-sos artistas passando por inúmeros gêneros musicais, desde o ritmos brasileiros até o jazz, há algum rit-mo de sua preferência?Eu costumo dizer que sou muito eclética amo a musica brasileira samba, bossa e também adoro Jazz ,Groove ,musica Latina ,world music.

HHG- Alguma vez você sofreu algum tipo de preconceito por ser percus-sionista? Como é a recepção do seu público?Já sofri mas isso é uma coisa que cos-

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tuma acontecer quando as pessoas que-rem fazer julgamento do próximo sem ao menos te ouvir tocar. Mas ultimam-ente tenho conseguido lhe dar com isso normalmente. O publico tem gostado bastante e hoje consigo ver o quanto o meu trabalho incentiva as pessoas a ter uma relação mais natural com a musica, percebo isso em cada apresentação que faço.

HHG- Atualmente você toca bateria com Cândido Lima & Dedos de Moça e percussão com a banda de Joana Flor certo? Em suas apresentações alguma vez rolou algo inusitado que te marcou?Posso dizer que estar tocando Bateria e um inusitado nesse momento .No perío-do que estudava percussão tive algumas aulas com um amigo do trabalho mas sempre fui curiosa ouvia alguns ritmos e tentava tocar na bateria eu dizia que es-tava brincando.E tudo aconteceu quando

fui chamada a tocar percussão no Ban-da Dedos de Moça que ainda não tinha encontrado uma Baterista, então nós ensaios eu tocava bateria até encon-trarmos uma, depois de muitos ensaios chegamos a conclusão que eu já conhe-cia todas as musicas e não precisava de baterista e sim de uma percussionista para ficar no meu lugar. Depois eu me apaixonei e comecei a estudar bateria também ,hoje acompanha uma cantora também tocando bateria .

HHG- Você tem alguma musicista, percussionista que te sirva de in-spiração?Sim total inspiração por Sheila Escove-do Baterista e Percussionista,tenho o sonho de assistir um show dela um dia .

HHG- Você participou da quarta edição do Girls on Drums que rol-ou em Maio do Teatro Paiol em Cu-ritiba, conte pra nós como foi essa nova experiência para você? O que você mais gostou? Foi Maravilhoso tive o prazer de conhec-er uma galerinha que vai Brilhar muito ainda ,realmente estamos sendo mui-

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to bem representadas por essas meni-nas que participaram do evento ,tiver a oportunidade também de conhecer uma Baterista Gaúcha super experiente que é a Biba Meira que está nos representando em grande estilo desde 1984. O Girls OnDrums foi uma expericencia ótima sinto que estar ali foi uma forma de mostrar que nós mulheres somos capazes de fazer um evento desse ser um sucesso

com a qualidade musical,com ótima ex-ecução, dinâmica ,técnica acima de tudo ser profissional e não ter que perder a feminilidade para isso .

HHG- Você tem alguns projetos e trabalhos futuros que gostaria de di-vulgar?no momento estou em processo de cri-ação e gravação do novo trabalho do compositor levi estevão ,acompanhando também a cantora Carica Joana Flor .

HHG- Qual o recado que você daria a garotas que pretendem ingressar no mundo musical como percussionista ou baterista?Se você começou a tocar agora ouça muita musica, de diferente estilos ,você que curti um determinado gênero musi-cal procure ouvir aquilo que nunca teve interesse ali também pode ter uma es-sência que vai te enriquecer musical-mente , a musicalidade está ao redor en-contra-lá só depende de você .E se sofrer algum tipo de preconceito mostre o que

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é capaz de fazer sem medo porque ali está a sua verdade é essa ninguém pode tirar de você.

HHG_ Gostaríamos de agradecer a sua disponibilidade em nos fornecer essa entrevista, parabenizá-la pelo seu belo trabalho como percussionista, e te desejar sucesso sempre na suatrajetória musical. E para finalizar, suas considerações finais, agradeci-mentos, e etc... Esse espaço é seu:

Gostaria de agradecer a revista Hi Hat Girls pela bela iniciativa, assim como pro-jeto Girls on drums ambos conseguem mostrar como existem muitos profission-ais batalhando a muito tempo na musica e iniciativas como essas tem ajudado a dar reconhecimento a esses trabalhos Parabens Hi Hat Girls trabalho maravi-lho com as nossas mulheres da Bateria e Percussão no Brasil.

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Logo na entrada do evento, que acon-teceu mais uma vez no Teatro Paiol, o público pôde apreciar diversos stands de alguns dos patrocinadores, como o da Roland – marca de baterias eletrônicas – que apoia o evento deste a primeira edição.Mais tarde, todos em seus lugares, a noite começa. Ninna Valentine, apresen-tadora desta edição, chama então ao palco a primeira Girl: Roberta Kelly, que abriu a noite com um contagiante solo de pandeiro.Ela que foi a única percussionista desta edição. Utilizou, além do pandeiro, instru-mentos como congas e agogô para tocar

diversos ritmos, dentre eles o maracatu.

E encantou a todos com seu talento e beleza oriental. A segunda Girl a se apresentar foi a tam-bém paulistana Camila Teixeira, que re-centemente entrou para o casting de ar-tistas da Roland. Ela, que além de tocar em projetos solo é baterista da banda New Girls, não deixou dúvidas quanto a sua desenvoltura. Em uma bateria TD-15KV, brilhou ao tocar trilhas baseadas em ritmos funk e pop, com direito ao um pot-pourri da musica Black or White, de Michael Jackson.

Girls on Drums 4E não é que o maior festival de mulheres bateristas e percussion-istas da América conseguiu sur-preender novamente?Em sua quarta edição, o festival Girls On Drums, que aconteceu dia 29 de maio em Curitiba, mos-trou que o talento das mulheres à frente dos tambores não tem fronteiras. Pela primeira vez o evento contou com uma atração internacional, que não deixou dúvidas quanto à excelência rít-mica argentina. Assim, só me res-ta contar a todos como foi esta noite de surpresas.

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Em seguida, representando Curitiba, quem se apresentou foi a Baby Age. Com uma

pegada mais alternativa, mostrou com-posições rítmicas limpas e firmes ao to-car musicas como Esquece e Hey hey de sua banda, a Uh la lá.

Tão estimada, a terceira atração foi a baterista carioca Letícia Santos. Com ap-enas 13 anos de idade, a garota já in-terpreta clássicos como Tom Sawyer, do Rush. Além de demonstrar facilidade em executar levadas de peso incluindo o uso pedal duplo, ela, que gentilmente utilizou a camisa da Hi-hat, deixou claro que está trilhando um ótimo caminho. E já que esta edição do G.O.D. foi domi-

nada pelo talento paulistano, quem deu sequência ao evento foi a Lari Constan-tine, que iniciou muito bem sua apre-sentação tocando uma trilha da Con-stantine, sua banda autoral composta somente por mulheres. Lari deixou claro que seu negocio é o rock’n roll, e tam-bém tocou trilhas cover, que incluiram a interpretação da musica Cowboys from Hell do Pantera. E é lógico que com ta-manho talento munido de muita simpatia, ela foi deveras aplaudida pelo publico. 41

Misturando síncopes, acentos e muito uso dos tambores graves, a gaúcha Biba Meira honrosamente dominou o palco do evento trazendo à tona toda a peculiari-dade dos ritmos tocados por sua banda, a Defalla, desde meados dos anos 1980. Inconfundível, mostrou o porquê é reconhecida como uma das principais bateristas brasileiras.

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Após todo esse misto de estilos e repertorio cultural, é a vez de matar a curiosi-dade do publico. Finalizando as apresentações, quem assumiu as baquetas foi Silvana Colagiovanni, diretamente da Argentina.Foi o tempo de ela sentar e começar seu solo para que todos ficassem maravil-hados com tamanha desenvoltura. Ela tocou hiphop, funk, blues e ainda um misto rápido de clássicos do rock como: Led Zeppelin, Nirvana, Pantera e até Sepultura. Tudo isso com técnica e muita pegada, mas também com feeling e carisma mar-cantes.

Sua apresentação foi mais do que suficiente para ela ser aplaudida de pé por todos que estavam na plateia. E o final do evento não poderia ter sido melhor: gostinho de quero mais!

Por Lucy PeartFotos por Graciele Modesto

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Giordana Moreira Medeiros

Giordana Moreira, 33 anos, atua há dez anos como Ativista e Produtora Cultural na cultura alternativa. No movimento cultural Hip-Hop, na cultura do skate e na cena rock and roll Giordana é, acima de tudo, uma ativista na cultura urbana. Nesta vertente ma-joritariamente masculina, tornou-se naturalmente feminista e o recorte de gênero está constantemente presente em seus projetos e ações.

Nascida e criada em Rosa dos Ventos, Nova Iguaçu, trabalhou em diversas casas de espetáculos e produtoras da capital, Rio de Janeiro, mas sempre atuou como uma pen-sadora e fazedora da cultura urbana na Baixada Fluminense.

Atualmente na Terreiro de Ideias: Arte, Comunicação e Cultura, como Gerente de pro-jetos, entre os principais projetos realizados estão: Baixada na Pista – 2003 a 2006 – Primeira Mostra de Cultura Hip Hop da Baixada Fluminense; Grafiteiras pela Lei Maria da Penha – 2008 a 2010 - Capacitação de Grafiteiras Promotoras Populares da Lei Ma-ria da Penha, patrocinado pela FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional; Minas do Graffiti, primeira coletânea de grafiteiras fluminenses, Espaço do Rock – Festival de Música Independente da Baixada Fluminense e Festival Roque Pense! primeiro Festival de cultura antissexista da Baixada Fluminense, neste ano apresentado pela Petrobras.

Participou de projetos de intercambio cultural em: CBB Intercambio Brasil, Alemanha e Uruguay, com Encontros na Alemanha de 2006 a 2008, realizado pela Casa Bertold Brech, Fundação Rosa Luxemburgo e FASE, e também do projeto Direitos Derechos – Intercambio com países do Mercosul, com Encontro na Argentina em 2008. Foi condec-orada como Membro honorário da cultura urbana pela LUB – Liga Urbana de Basquete, em 2010, e faz parte da Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop.

ROQUEPENSE!

Foto: Divulgação

ROQUEPENSE!

HHG- O que é e como surgiu a ideia de criar o Roque Pense?O Roque Pense! é um coletivo de Cultu-ra Antissexista. Eu fazia uma campanha chamada “Arte PENSe – Graffiti por uma educação não sexista” pelo grupo de graf-fiti Artefeito, em 2010. PENSe é a abre-viatura de Por uma Educação Não Sexista. O primeiro a aderir á causa foi o fanzineiro Paulo Vítor, que publicava o Zine Let’s Go. Ele sugeriu criarmos o zine Let’s Pense!, onde eu escreveria sobre educação não sex-ista e ele faria as artes. A vontade de com-partilhar essa ideia nos fez realizar oficinas de fanzines com debates sobre gênero em vários lugares. Então celebramos Março de 2011 com oficinas e um show de rock com a banda Cretina, que tinha uma mulher como integrante. Como o rock é algo mui-to pulsante na Baixada logo surgiu a ideia do Roque Pense! shows de rock de bandas com mulheres. Ocupamos o espaço mais querido da Baixada, a histórica Praça do Skate, com o Circuito Roque Pense! cel-

ebrando os 5 anos da sansão da Lei Maria da Penha, e logo depois no dia 25 de no-vembro, Dia da eliminação da violência do-mestica. Reuníamos cerca de 600 pessoas por show. Mas eu sentia que faltava um espaço para o debate, então produzimos a Roque Pense! Radio Web, com entrevis-tas, musica e notícias. E logo veio o Festi-val, onde podemos receber mais bandas, com uma estrutura maior e podemos dar grande publicidade ao trabalho delas. Até então o Roque Pense! era um projeto, mas com tanta movimentação e colaboradores, reunimos os que estavam mais presentes e afim e ele se transformou em coletivo.

Com o tempo as mulheres foram mais ati-vas, escrevendo e executando projetos, os homens na criatividade e na operacionali-zação, então assumimos ser um coletivo dirigido pelas mulheres com a colaboração dos homens! E a criação de tod@s, por que é mais divertido.

HHG- Principais objetivos, metas al-cançadas até o momento.Promover uma cultura antissexista, cultu-ra digo na área da produção cultural, artís-tica, no comportamento, na sociedade, na linguagem, na estética, sem discriminação pelo sexo. E isso através do que amamos fazer: o rock, a comunicação e a cultura urbana. Criar espaço para as garotas to-carem rock e trocarem ideias, promover-em seu trabalho, aprimorarem suas técni-cas, mas tudo consciente de que o mundo é sexista e que devemos transformar isso.Outra questão importante para nós é a cultura urbana na Baixada Fluminense, que é uma região metropolitana do Rio de Ja-neiro estigmatizada pela violência e a pre-

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cariedade. Fazer cultura aqui é um desafio, e nosso objetivo é contribuir para o recon-hecimento e o desenvolvimento do rock da região, sua história e seus personagens, tudo isso protagonizado pelas mulheres.Já compartilhamos nossa experiência no projeto Mafia do Baton, em Pernambuco e no Festival Mulheres no Volante, em Bra-sília, além de publicações e oficinas no Rio de Janeiro. Temos colocado as mulheres e a Baixada Fluminense na rota cultural do país, afinal as seleções em editais públicos são uma forma de reconhecimento do tra-balho e da importância da iniciativa para a sociedade. Neste ano fomos o único festi-val de música do Estado do Rio de Janeiro a ser selecionado pelo programa Petrobras Cultural, isso é bom para as rockers e para a Baixada Fluminense. Se somos capazes de fazer grandes noites com uma bateria emprestada no chão é por que somos bons no que fazemos, portanto merecemos faz-er com a estrutura que todo profission-al precisa. Mas o mais bacana de tudo é quando as meninas formam novas bandas só para tocar no Roque Pense!, agradecem por irem a um festival na cidade delas, ou que tem sempre uma mulher no palco. É

incrível quando acontece de se proporem a ajudar de alguma forma e daí encontram um talento ou um reconhecimento que nunca tiveram ou, depois de um debate, falam que se descobriram pensadoras an-tissexistas, isso é o principal.

HHG- Qual a contribuição do Roque Pense ou qual a importância de movi-mentos como o Roque Pense, na sua opinião?O Roque Pense! aglutina um público que não foi ensinado o que são os movimen-tos por direitos civis e o feminismo. Mas através de linguagens próprias descobre as violações no dia a dia, e seu papel de sujeito de direitos.Acho isso fundamental para a continuação da luta antissexista, afinal herdamos as conquistas e devemos avançar mais. Para o movimento cultural local também acho um avanço, temos que nos empoderar dos mecanismos de par-ticipação social, e a Baixada com seu rock vem se destacando, isso gera respeito á arte e aos artistas e produtores.

HHG- Porque a escolha da música,

Foto: Divulgação

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principalmente o Rock para falar de sexismo?A Baixada é rock! Há uma história particular da região com o rock and roll, muitas ban-das e público. Aqui os shows são quentes, a galera dança, aplaude, ama! A gente que se divertir mas também quer interferir na cena, e o rock é mundialmente uma ex-pressão contestadora,então elas e eles po-dem contestar o sexismo! E para isso nós saímos da platéia pro palco e para o back-stage.

HHG- Como se deu a escolha da equipe de vocês? Quantos são e o que os atraiu para estarem nessa com você?Como de costume muitas pessoas e grupos colaram para ajudar, desde o primeiro show, em-prestando equipa-mentos, carregando caixas e sacos de gelo e dando ideias. O Paulo Vítor faz as artes visuais, o Fe-lipe Samura propôs discotecar um rep-ertório só de bandas com mulheres, o VJ Paulo China fez uma projeção de imagens históricas das mul-

heres no rock. Tínha-mos a ideia da Rádio e o Marcio Bertoni do Buraco Caverno-so produziu um pro-grama de TV web em formato de rádio, e o Paulo Igor, da banda Cretina nos ajudava com a produção téc-nica. A Letícia Lopes, uma rocker legítima da região, a Dani Francisco e a Karla Oldane, produtoras culturais de peso e a Nathalie Ribeiro, que é assistente social as-sumiram a produção. Para fazer um rock

nervoso ou para se contrapor á discrimi-nação a galera chegou junto. São as tais das redes colaborativas, que é tradição na Baixada há décadas, tudo por que todo mundo ama o rock e nós mostramos que as mulheres sabem fazer isso muito bem, então era só ligar os amplis!

HHG- Além do RP, quais outros pro-jetos você desenvolve ou está de al-guma forma envolvida?Hoje sou Gerente de projetos da Terreiro de Ideias, uma produtora cultural que de-senvolve cultura de forma muito especial

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na região. O Let´s Pense! é um projeto de comunicação urbana, dou oficinas de fan-zine e educação não sexista junto com o Paulo Vítor. Sou do movimento Hip-Hop há muitos anos e colaboro como comunica-dora, mas estou especialmente envolvida com o graffiti e as grafiteiras, realizando intervenções.A questão de gênero é sempre pauta das minhas atividades, mas também pesquiso livremente sobre cultura alterna-tiva na Baixada Fluminense.

HHG- A Hi Hat Girls é uma revista sobre mulheres. Mulheres que tocam bate-

ria, um instrumento considerado por muitos como “masculino”. Dê o seu recado para as meninas que nos leem agora, que querem tocar ou estão fa-zendo aulas de batera.Fazer algo considerado masculino é um desafio. Mas o legal é que quando temos consciência de que o mundo é sexista e existem meios de transformá-lo, encontra-mos muitas outras pessoas que também acreditam nisso e que podem nos apoiar. E se você ama o que faz é se jogar, en-saiar muito, contar com os outros e apoiar quem chega.

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AMANDA AVEV

PATRÍCIA VALLEJO

SILMARA ELIZA

MANDE SUA

FOTO

QUER SAIR AQUI?

B A T U Q U E N A C O Z I N H A

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SILMARA ELIZA

QUER SAIR AQUI?

MICHELE DIAZ

PAULA RICELLI TEIXEIRA

PARAHIHAT

B A T U Q U E N A C O Z I N H A

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Rika Barcellos , 28 anos , natural de Bagé teve o primeirocon-tato com a bateria aos 3 anos de idade em um ensaio de seu pai. Aos 14 anos já formou sua primeira banda chamada Phosphurus (Rock). Ainda em Bagé -RS, tocou em algumas-cidades do RS e gravou alguns Eps onde as músicas tocar-amnas rádios locais e em rádios importantes como PopRock, Atlântida entre outras...Noinicio dos anos 2000 com a banda Phosphurus, iniciou a carreira em Porto Alegre. Logo em se-guida, Rika foiconvidada para participar da banda Fift (Ska, Bossa, Jazz) onde ganhou o primeiro lugar no Festival Kawai (Porto Alegre – RS 2004). Rika tocou 7 anos com o grupo feminino As BahGualadas onde lançou o cd “Vanera Pop Club” pela Fogo Discos (SC), e mais dois cds lançados independentes. Com a mesma banda, participou do Planeta Atlântida 2007, tocando no Palco Gaudério Pop, onde foi recorde de público. Já partic-ipou de programas em emissoras conceituadas, como MTV, RBS, Record entre outras..e mídias impressas importantes, como capa do caderno Donna da Zero Hora. Com a banda As Bahgualadas, levou a música regional com pitadas de rock’n’roll para estados como Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Roraima, Brasília... e países como Argentina e Uruguai. Por isso em 2012, juntamente com a mesma banda, foi hom-enageada pela OMB – Ordem dos Músicos do Brasil. Com a banda Café com Whisky, em sua primeira aparição em publico e com apenas dois ensaios, a banda levantou a taça de primeiro lugar no Festival de Música da Univates 2012, na cidade de Lajeado – RS. Rika Barcellos, com mais de 800 shows na bagagem, tra-balha com diversos artistas e gêneros; da Salsa ao Country, e além disso, ainda assina a cozinha das bandas Nostresda-muS - Um power trio, que trabalha com releituras de músicas dos anos 90’s e dance music em rock ‘n roll da pesada; e a Bastarda Poesia - um Rock protesto com letras poéticas e politizadas, onde Rika consegue colocar uma das suas maiores influencias como Radiohead. Rika Barcellos atua no cenário como Freelancer para diver-sos gêneros musicais, tanto para show quanto gravações e também dá aulas particulares.

Rika Barcellos

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Ritmos Sul americanos - Parte 1

Buenas? Resolvi escrever essa coluna sobre os ritmos sul americanos, pois bateu uma cu-riosidade danada em saber sobre a origem de um ritmo e de onde vêm (coisa de baterista nerd). Enfim, pesquisei algumas coisas dos nossos hermanos argentinos, que já teria muita coisa interessante, mas mesmo assim, vi que era muito pouco, e eu estava com um prob-lema com a escassez de informação, então pensei, “tá aí uma boa hora de pesquisar e trazer esse material inédito para a Hi-Hat”.Os ritmos que verão aqui, não são os ritmos casuais, e sim os folclóricos, os que demon-stram a raça por onde escorre o suor dos tambores de cada país. Explico um pouco sobre cada ritmo e depois as partituras para vocês se deliciarem.“A batucada tá na mão”. Nessa primeira parte dos ritmos sul americanos, falaremos sobre os seguintes 6 países: Brasil, Paraguai, Argentina, Colombia, Peru e Guiana Inglêsa.

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Brasil - SambaAs raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente. Já o samba de roda, nascido no Recôncavo Baiano e levado na segunda metade do século XIX, para a cidade do Rio de Janeiro, pelos negros da Africa, e se instalaram na capital do Império. O Samba de roda, no ano de 2005 se tornou Patrimonio da humanidade da Unesco, foi uma das bases para o samba carioca.

Paraguai: GuarâniaNo Paraguai é notável a guarânia, estilo folclórico de música criada no Paraguai pelo músico José Asunción Flores, em 1925 com o propósito de expressar o caráter do povo paraguaio. Esse estilo tem muita influência da música brasileira, principalmente os músicos brasileiros do Centro-Oeste, o maior alvo foi a música sertaneja brasileira.

Argentina - TangoO Tango nasceu no fim do século XIX, derivado das misturas entre as formas musicais dos im-igrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes de conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado “Candombe”. Há indícios de influência da “Habanera” cubana e do “Tango Andaluz”. O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires.

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Colombia - CumbiaA alienante música da Côlombia é uma mistura de influências africanas, nativas e européias (princi-palmente espanholas, bem como de formas musicais mais modernas provenientes dos EUA, Cuba e Jamaica.

Peru - Ritmo LandóÉ um ritmo típico da costa peruana. Ela vem de Landu, que era uma dança de Angola para a ce-rimônia de casamento. Com a chegada dos escravos africanos para a América do Sul também veio sua música.

Guiana inglesa - SocaA história da música Soca, reflete suas origens como uma forma moderna, evolutiva do ritmo Calip-so. Soca incorpora as tradições musicais indígenas das etnias do Leste, Caribe de língua inglesa. A história da música Soca, começa na década de 1960 e 1970, com raízes na Republica de Trinidad e Tobago, mais tarde chega a Guiana.

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COLE

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trash no starxodo das meninasmarie dollsvociferaCATILLINARIASas radioativasbanda avevsinaya

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TRASH NO STAR

A banda Trash No Star, formada em 2010 na Baixada Fluminense (RJ), tem a proposta de tocar um rock simples com alguma coisa a dizer. Com influências de Bikini Kill, Free Kitten, Sonic Youth, L7 e Babes in Toyland, suas letras falam de problemas do cotidiano e do universo feminino. Integrantes: Letícia Lopes (guitarra e voz), Felipe Santos (baixo), Pau-lo Igor (guitarra) e Angell Bauer (bateria). http://trashnostar.tumblr.com

XODÓ DAS MENINAS

Formada na Bahia, em 2000, com o nome “Toque de Menina”, a banda de forró é totalmente feminina. Tocando ritmos puramente nordestinos como xote, baião, e galope, foram chamando a aten-ção de outros estados.

Em 2011, a Xodó das Meninas apareceu em grandes programas da televisão brasileira, como Raul Gil, Altas Horas, Bom Dia & Cia, Tudo é Possível, Eliana e Domingo Legal.

As meninas são: Crys (vocal), Scheilla (triângulo), Thyuanny (per-cussão), Bethen (zabumba), Rosy Sylva (bateria) e Paty (teclado). 60

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MARIE DOLLS

O Marie Dolls, de São Paulo, começou em 2012 e tem influências de Alice in Chains, Foo Fighters, Nickelback, Megadeth e Metallica. Possui um EP chamado “Desires my fall”.

Integrantes: Katherine Roiz (vocal), Renata Petrelli (guitarra), Michele Campos (baixo) e Dany Diniz (bateria). https://www.facebook.com/MarieDolls

VOCÍFERA

Banda death/trash metal de Recife(PE), formada em 2011. O nome “Vocífera” vem de vociferar – gritar, exclamar. E toda essa fúria se coverte em um som veloz, agressivo e demolidor. Suas letras mer-gulham nos medos, ambições e desejos do ser humano. É considerada uma das revelações do underground pernambu-cano, já participaram dos festivais Matanza Fest e Abril Pro Rock.Influências: Venom, Cripper, Dracena, Toxic Holocaust, Destruction, Testament, Arch Enemy, Korzus, Violator, Kreator, Death, Holy Mo-ses, Malsain, Bywar, Izegrim, Midnight, entre outros.

As integrantes são: Angela Metal (vocal), Lidiane Pereira (guitarra), Marcella Tiné (bateria), Erika Mota (guitarra) e Amanda Salviano (baixo). https://www.facebook.com/vociferametal

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AS RADIOATIVASO grupo paulistano se formou em 2007, sem se preocupar com rótu-los, somente querendo tocar o bom e velho rock’n’roll sob a influên-cia das bandas L7, Runaways, Girlschool, Beatles, Blondie, Rolling Stones e Ramones. As meninas são: Taty the Sex Maker (vocal), Lets Krügger (guitarra solo/backing vocal), Cric Mess (baixo/backing vocal), Natasha-X (guitarra base) e Lets the Scientist (bateria).https://www.facebook.com/asradioativas

CATILLINÁRIASO power trio feminino Catillinárias toca um punk rock rápido com influências de Dead Kennedys, Bikini Kill, L7 entre outros. A banda também faz a publicação de uma personagem, “Catillina”, cujas histórias remetem às situações que as mulheres vivem no dia-a-dia.

https://www.facebook.com/bandacatillinarias

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BANDA AVEV

Formada em 2010, em São Paulo (SP), com o nome Stigma, a ban-da tem como influências Rage Against the Machine, AC/DC, Joan Jett e Foo Fighters.

Membros: Vivianne (vocal), Amanda (bateria), Thais (baixo), Dai-ane (guitarra) e Drake (guitarra).

https://www.facebook.com/banda.avev

SINAYA

A banda Sinaya surgiu em 2010 em São Paulo (SP). Atualmente está sendo finalizado o seu primeiro EP “Obscure raids”, carregado de peso, fúria e energia, com letras fortes criando um clima de terror.

Fazem parte: Mylena Monaco (guitarra), Taty Kanazawa (vocal), Isabela Moraes (bateria), Tamy Leopoldo (baixo) e Yasmim Amaral (guitarra). https://www.facebook.com/sinayametal 63

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