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Balanço patrimonial 11 de Maio de 2010 Em face da publicação da Lei nº 11.941/2009, DOU 1 de 28.05.2009, este procedimento foi atualizado. Tópicos atualizados: 1. Introdução; 3. Classificação das contas no balanço. Balanço patrimonial Sumário 1. Introdução 2. Estrutura do balanço patrimonial 3. Classificação das contas no balanço 3.1 Grupos de contas do Ativo 3.2 Grupos de contas do Passivo 3.3 Os grupos de contas na estrutura do balanço 3.4 Classificação das contas nos grupos do Ativo 3.5 Classificação das contas nos grupos do Passivo 1. Introdução O patrimônio da empresa é um conjunto de bens, direitos e obrigações, observando-se que: a) bens são, por exemplo, os estoques de mercadorias, os móveis e utensílios de uso da empresa, suas instalações, prédios, galpões, veículos etc.; b) direitos são representados pelos valores a receber (de clientes ou não), como por exemplo as duplicatas a receber, eventuais empréstimos efetuados a terceiros etc. c) obrigações são, propriamente, as dívidas da empresa, por exemplo, com seus fornecedores (aqueles de quem ela adquire mercadorias, matérias-primas etc.), tributos a pagar, aluguel a ser pago, água, energia elétrica e telefone já consumidos mas ainda a pagar etc. No âmbito da ciência contábil e, mais especificamente, na estrutura do Balanço Patrimonial: a) o conjunto de bens e direitos denomina-se ATIVO; b) o conjunto de obrigações com terceiros denomina-se PASSIVO (este é o chamado Passivo Exigível). Do Patrimônio deriva o conceito de Patrimônio Líquido, mediante a equação (Bens + Direitos) - (Obrigações) = Patrimônio Líquido. Considerando-se que (Bens + Direitos) = ATIVO e que Obrigações = PASSIVO Exigível, então essa mesma equação pode ser assim representada: Ativo - Passivo Exigível = Patrimônio Líquido A diferença entre Ativo e Passivo Exigível é igual ao Patrimônio Líquido. Se o Ativo contém os bens e direitos e o Passivo Exigível contém as obrigações, podemos dizer que o Patrimônio Líquido é a situação líquida do patrimônio, ou a diferença entre o que a empresa "tem" e o que ela "deve". O Balanço Patrimonial é exatamente a representação gráfica do patrimônio. Do balanço constam os valores do Ativo, do Passivo Exigível e do Patrimônio Líquido em determinado momento (na data em que o balanço for elaborado, ou "levantado", como se costuma dizer). Page 1 of 6 11/05/2010 http://www.iobonlineregulatorio.com.br/print/module/print.html?source=printLink

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Balanço patrimonial 11 de Maio de 2010

Em face da publicação da Lei nº 11.941/2009, DOU 1 de 28.05.2009, este procedimento foi atualizado. Tópicos atualizados: 1. Introdução; 3. Classificação das contas no balanço.

Balanço patrimonial

Sumário

1. Introdução

2. Estrutura do balanço patrimonial

3. Classificação das contas no balanço     3.1 Grupos de contas do Ativo 

    3.2 Grupos de contas do Passivo 

    3.3 Os grupos de contas na estrutura do balanço 

    3.4 Classificação das contas nos grupos do Ativo 

    3.5 Classificação das contas nos grupos do Passivo 

1. Introdução

O patrimônio da empresa é um conjunto de bens, direitos e obrigações, observando-se que:

a) bens são, por exemplo, os estoques de mercadorias, os móveis e utensílios de uso da empresa, suas instalações, prédios, galpões, veículos etc.;

b) direitos são representados pelos valores a receber (de clientes ou não), como por exemplo as duplicatas a receber, eventuais empréstimos efetuados a terceiros etc.

c) obrigações são, propriamente, as dívidas da empresa, por exemplo, com seus fornecedores (aqueles de quem ela adquire mercadorias, matérias-primas etc.), tributos a pagar, aluguel a ser pago, água, energia elétrica e telefone já consumidos mas ainda a pagar etc.

No âmbito da ciência contábil e, mais especificamente, na estrutura do Balanço Patrimonial:

a) o conjunto de bens e direitos denomina-se ATIVO;

b) o conjunto de obrigações com terceiros denomina-se PASSIVO (este é o chamado Passivo Exigível).

Do Patrimônio deriva o conceito de Patrimônio Líquido, mediante a equação (Bens + Direitos) - (Obrigações) = Patrimônio Líquido.

Considerando-se que (Bens + Direitos) = ATIVO e que Obrigações = PASSIVO Exigível, então essa mesma equação pode ser assim representada:

Ativo - Passivo Exigível = Patrimônio Líquido

 

A diferença entre Ativo e Passivo Exigível é igual ao Patrimônio Líquido.

Se o Ativo contém os bens e direitos e o Passivo Exigível contém as obrigações, podemos dizer que o Patrimônio Líquido é a situação líquida do patrimônio, ou a diferença entre o que a empresa "tem" e o que ela "deve".

O Balanço Patrimonial é exatamente a representação gráfica do patrimônio.

Do balanço constam os valores do Ativo, do Passivo Exigível e do Patrimônio Líquido em determinado momento (na data em que o balanço for elaborado, ou "levantado", como se costuma dizer).

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Estruturalmente, o Balanço se divide em 2 colunas:

a) a da esquerda contém o Ativo;

b) a da direita contém o Passivo, o qual se divide em 2:

b.1) as obrigações em geral da empresa com terceiros (o chamado Passivo Exigível); e

b.2) o Patrimônio Líquido (a situação líquida do patrimônio).

Antigamente, dizia-se que existiam dois passivos: o Passivo Exigível (dívidas com terceiros) e o Passivo Não-Exigível, que seria justamente o Patrimônio Líquido, ou seja, o que a empresa "devia" a seus sócios.

Tal conclusão tinha certa lógica: a diferença entre o que a empresa "tem" e o que ela "deve" a terceiros, se positiva, seria o que ela "deve" a seus sócios (basicamente, o capital por eles investido na empresa e os lucros por ela auferidos). Essa "dívida" não seria, pelo menos em princípio, cobrada pelos sócios, como fariam terceiros - daí a denominação "não-exigível".

2. Estrutura do balanço patrimonial

Examinaremos melhor a estrutura do Balanço Patrimonial:

ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO

 

PASSIVO

 Bens e Direitos

 Obrigações com terceiros

 

 Patrimônio Líquido

 Utilizaremos números: suponhamos que, na data de levantamento do balanço, a empresa tenha R$ 2.000 de bens e direitos e deva R$ 1.700 (obrigações com terceiros). Consequentemente, o valor do Patrimônio Líquido será 300 e o balanço, em resumo, terá a seguinte configuração:

CONFIGURAÇÃO 1

ATIVO

  

PASSIVO

  

Bens e Direitos

 2.000

 Obrigações com terceiros

 1.700

 

   Patrimônio Líquido

 300

 Total do Ativo

 2.000

 Total do Passivo

 2.000

 Conclui-se então que, se a empresa tiver um montante de obrigações maior do que o de bens e direitos, seu Patrimônio Líquido será negativo. Essa situação, obviamente desfavorável, também é conhecida como "passivo a descoberto" porque a soma de tudo o que a empresa possui é inferior ao valor que ela deve a terceiros.

Conceitualmente, mesmo que a empresa venda todos os seus bens e receba tudo o que tem direito não terá como pagar suas dívidas com terceiros.

Exemplificando: suponhamos que, na data de levantamento do balanço, a empresa tenha bens e direitos no valor de R$ 800 e deva R$ 900 (obrigações com terceiros). Neste caso, o valor do Patrimônio Líquido será de - R$ 100 e o balanço terá a seguinte configuração:

CONFIGURAÇÃO 2

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ATIVO

  

PASSIVO

  

Bens e Direitos

 800

 Obrigações com terceiros

 900

 

   Patrimônio Líquido

 (100)

 Total do Ativo

 800

 Total do Passivo

 800

 

3. Classificação das contas no balanço

No Balanço, as contas são classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.

3.1 Grupos de contas do Ativo

No Ativo, as contas são dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos (Lei nº 6.404/1976 , art. 178 , § 1º - com redação dada pelo art. 37 da Lei nº 11.941/2009 ):

a) Ativo Circulante; e

b) Ativo Não Circulante, composto por: Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.

3.2 Grupos de contas do Passivo

No Passivo, as contas são classificadas nos seguintes grupos (Lei nº 6.404/1976 , art. 178 , § 2º - com redação dada pelo art. 37 da Lei nº 11.941/2009 ):

a) Passivo Circulante;

b) Passivo Não Circulante; e

c) Patrimônio Líquido, dividido em: c.1) Capital Social;

c.2) Reservas de Capital;

c.3) Ajustes de Avaliação Patrimonial;

c.4) Reservas de Lucros;

c.5) Ações em Tesouraria; e

c.6) Prejuízos Acumulados.

3.3 Os grupos de contas na estrutura do balanço

Partindo daquela estrutura inicial de balanço que vimos no tópico 2, podemos agora visualizar a distribuição dos grupos de contas:

ESTRUTURA INICIAL DO BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO

 

PASSIVO

 ATIVO CIRCULANTE

 PASSIVO CIRCULANTE

 

ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE

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   Realizável a Longo Prazo

 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

 Investimentos

 Capital Social

 Imobilizado

 Reservas de Capital

 Intangível

 Ajustes de Avaliação Patrimonial

 

 Reservas de Lucros

 

 Ações em Tesouraria

 

 Prejuízos Acumulados

 

3.4 Classificação das contas nos grupos do Ativo

No Ativo as contas são classificadas do seguinte modo:

I - no Ativo Circulante: a) disponibilidades (Caixa, Bancos Conta Movimento etc.);

b) direitos (valores a receber, tais como duplicatas), inclusive estoques, realizáveis até o término do exercício social subsequente (ou seja, durante o ano seguinte àquele a que se refere o balanço), observando que são classificados no grupo "estoques":

b.1) os bens destinados à fabricação de produtos (matérias-primas e materiais de consumo industrial);

b.2) os produtos acabados e os produtos em elaboração no momento do levantamento do balanço;

b.3) os bens destinados à revenda (mercadorias);

b.4) as embalagens e os bens destinados ao consumo da própria empresa (o "almoxarifado" de manutenção, de materiais de limpeza, de material de escritório etc.);

c) as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

II - no Ativo Não Circulante: a) no Realizável a Longo Prazo:

a.1) os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte (valores a receber em prazo mais dilatado, tais como notas promissórias decorrentes da venda de bens do Ativo Imobilizado feitas a longo prazo);

a.2) os direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da empresa, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da empresa;

b) em Investimentos:

b.1) as participações permanentes no capital social de outras sociedades (ou seja, o investimento feito pela empresa ao tornar-se sócia de outra pessoa jurídica);

b.2) os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da empresa (por exemplo: imóveis adquiridos pela empresa mas não destinados ao uso);

c) no Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;

d) no Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

3.5 Classificação das contas nos grupos do Passivo

No Passivo as contas são classificadas do seguinte modo:

I - Passivo Circulante: as obrigações da empresa, inclusive financiamentos para aquisição de bens e direitos do Ativo Não Circulante, cujo vencimento ocorrerá no exercício seguinte (aqui se incluem dívidas com fornecedores de mercadorias, matérias-primas etc., tributos a pagar, aluguel a ser pago, água, energia elétrica e telefone a pagar etc.);

II - Passivo Não Circulante: as obrigações da empresa, inclusive financiamentos para aquisição de bens e direitos do Ativo Não Circulante, cujo vencimento ocorrerá após o término do exercício seguinte;

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III - Patrimônio Líquido: a) a conta do Capital Social (que deve discriminar o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada pelos sócios ou acionistas);

b) as Reservas de Capital, que são contas que registram:

b.1) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b.2) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

b.3) o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado;

c) os Ajustes de Avaliação Patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários;

d) as Reservas de Lucros, que são as contas constituídas pela apropriação de lucros da empresa;

e) as Ações em Tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do Patrimônio Líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição;

f) Prejuízos Acumulados, que é a conta que registra os resultados negativos acumulados pela empresa, ainda não absorvidos por lucros posteriores.

Nota No encerramento do exercício social, a conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados" não deve apresentar saldo positivo. Eventual saldo positivo remanescente nesta conta deve ser destinado para "Reserva de Lucros", nos termos da Lei nº 6.404/1976 , arts. 194 a 197, ou distribuído como dividendo (Instrução CVM nº 469/2008, art. 5º).

MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL

Ativo

 

Passivo

 CIRCULANTE

   CIRCULANTE

   Disponível

   Fornecedores

   Caixa

 1.000,00

 Fornecedores Nacionais

 12.000,00

 Bancos Conta Movimento

 5.000,00

 Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias

   Total

 6.000,00

 Salários e Ordenados a Pagar

 4.200,00

 Clientes

   INSS a Recolher

 800,00

 Duplicatas a Receber

 30.000,00

 FGTS a Recolher

 300,00

 (-) Duplicatas Descontadas

 5.000,00

 Total

 5.300,00

 Total

 25.000,00

 Obrigações Tributárias

   Estoques

   Impostos e Contribuições a Recolher

 1.500,00

 Mercadorias

 12.000,00

     Materiais de consumo

 500,00

     Total

 12.500,00

     

TOTAL DO CIRCULANTE 43.500,00 TOTAL DO CIRCULANTE 18.800,00

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              ATIVO NÃO CIRCULANTE

   PATRIMÔNIO LÍQUIDO

   Imobilizado

   Capital Social

   Móveis e Utensílios

 1.800,68

 Capital Integralizado

 6.000,00

 Instalações

 2.143,56

 Reservas de Capital

   (-) Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios

 1.575,60

 Reserva de Correção Monetária do Capital Social

 6.968,43

 (-) Depreciação Acumulada de Instalações

 1.571,87

 Lucros ou Prejuízos Acumulados

   

   Lucros Acumulados

 12.528,34

 TOTAL DO NÃO CIRCULANTE

 796,77

 TOTAL DO PL

 25.496,77

        TOTAL GERAL DO ATIVO

 44.296,77

 TOTAL GERAL DO PASSIVO

 44.296,77

 

Legislação Referenciada

  Instrução CVM nº 469/2008

  Lei nº 11.941/2009

  Lei nº 6.404/1976

  Sobre a IOB | Política de Privacidade

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Balanço patrimonial - Estrutura e conteúdo 11 de Maio de 2010

Em face da publicação da Lei nº 11.941/2009, DOU 1 de 28.05.2009, este procedimento foi atualizado. Tópicos atualizados: 1. Introdução; 4. Balanço patrimonial - Segregação entre circulante e Não Circulante.

Balanço patrimonial - Estrutura e conteúdo

Sumário

1. Introdução

2. Identificação das demonstrações contábeis

3. Frequência na apresentação

4. Balanço patrimonial - Segregação entre Circulante e Não Circulante     4.1 Ativo Circulante e Não Circulante 

    4.1.1 Ciclo operacional 

    4.2 Passivo Circulante e Não Circulante 

    4.2.1 Hipóteses de classificação dívidas de longo prazo como Passivo Circulante 

    4.2.2 Eventos que devem ser divulgados em nota explicativa 

5. Informações a serem apresentadas no próprio balanço patrimonial     5.1 Adoção de rubricas adicionais 

    5.2 Impostos diferidos 

6. Detalhamento ou subclassificações de itens do balanço     6.1 Ativo 

    6.1.1 Ativo Circulante 

    6.1.2 Ativo Não Circulante 

    6.2 Passivo 

    6.2.1 Passivo Circulante 

    6.2.2 Outros passivos e provisões 

    6.2.3 Passivo Não Circulante 

    6.3 Patrimônio Líquido 

1. Introdução

Neste procedimento, trataremos da estrutura e do conteúdo das demonstrações contábeis, especificamente no que diz respeito ao balanço patrimonial, tendo como base a Deliberação CVM nº 488/2005 , a Lei nº 11.638/2007 e a Lei nº 11.941/2009 (resultado da conversão da Medida Provisória nº 449/2008 ) que promoveram alterações na Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A).

Lembra-se que a Deliberação CVM nº 488/2005 está voltada às companhias abertas. No entanto, é fato que suas normas observam as práticas contábeis brasileiras, bem como as práticas contábeis internacionais. Isso, por si só, é um grande motivador para que as demais empresas utilizem tais parâmetros na elaboração de suas demonstrações.

A seguir, discorreremos sobre padrões de apresentação do balanço patrimonial que uma entidade pode adotar.

Observa-se que o termo "divulgação" utilizado neste procedimento compreende itens apresentados na própria demonstração contábil, bem como nas notas explicativas às demonstrações contábeis.

Normalmente as divulgações são feitas tanto nas próprias demonstrações contábeis quanto nas notas explicativas.

2. Identificação das demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis devem ser claramente identificadas e distinguidas de outras informações no mesmo documento publicado (jornal, por exemplo).

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Portanto, cada componente do conjunto de demonstrações contábeis deve ser claramente identificado. Além disso, as seguintes informações devem ser destacadas e repetidas, quando for necessário, para um entendimento adequado das informações apresentadas:

a) nome da entidade à qual pertencem as demonstrações contábeis e qualquer alteração no nome ocorrida desde a data do último período;

b) se as demonstrações contábeis abrangem a entidade individualmente e/ou um grupo de entidades;

c) data do balanço patrimonial e o período abrangido pelas demais demonstrações contábeis;

d) moeda adotada na elaboração das demonstrações contábeis; e

e) unidade de moeda em que os valores são apresentados (milhares, milhões etc.).

Essas informações normalmente são apresentadas com o título e a indicação das correspondentes colunas, em cada página das demonstrações contábeis, de acordo com a formatação definida pela Administração.

Cite-se como exemplo a divulgação das demonstrações contábeis de forma eletrônica. Tal divulgação poderá requerer formato diferente da apresentação na mídia escrita, com a finalidade de assegurar adequado entendimento.

É fato que as demonstrações contábeis são frequentemente preparadas de forma que as torne mais compreensíveis pela apresentação de informações em milhares ou milhões de unidades da moeda adotada. Isso é aceitável contanto que informações relevantes não sejam omitidas.

3. Frequência na apresentação

As demonstrações contábeis devem ser apresentadas pelo menos uma vez ao ano. Todavia, por exigência de órgãos reguladores (em se tratando de empresas sujeitas à observância dessas exigências), pode ser requerida a apresentação para períodos menores.

Quando, em circunstâncias excepcionais, a data do exercício social de uma entidade mudar e as demonstrações contábeis forem apresentadas por um período mais longo ou mais curto que um ano, deve-se divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações contábeis, as seguintes informações:

a) razão para um período diferente de um ano; e

b) o fato de que os valores comparativos entre os períodos apresentados para as demonstrações do resultado, das mutações do Patrimônio Líquido e dos fluxos de caixa (ou das origens e aplicações de recursos), bem com as notas explicativas relacionadas a essas demonstrações, não são comparáveis.

4. Balanço patrimonial - Segregação entre Circulante e Não Circulante

As entidades devem efetuar, com base na natureza de suas operações, a apresentação de ativos e passivos circulantes e não circulantes em separado no próprio balanço.

Quando uma entidade fornece mercadorias ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente identificável, a classificação separada de ativos e passivos circulantes e não circulantes no próprio balanço oferece informações úteis, distinguindo-se o ativo líquido, que está continuamente circulando como capital de giro, daqueles usados nas operações de longo prazo da entidade.

Para outras entidades, como instituições financeiras, a apresentação dos ativos e passivos em ordem de liquidez proporciona informações mais importantes e confiáveis do que a classificação circulante/não circulante, uma vez que essas entidades não têm um ciclo operacional claramente identificado.

Informações sobre prazos de realização de ativos e liquidação de passivos são úteis para a avaliação da liquidez de uma entidade.

Divulgação e apresentação de instrumentos financeiros incluem a divulgação dos períodos de vencimento de ativos e passivos financeiros.

Ativos financeiros incluem duplicatas e outras contas a receber, ao passo que passivos financeiros incluem contas a pagar a fornecedores e outras.

Informações sobre o período esperado de recuperação ou liquidação de ativos ou passivos não monetários são, também, muito úteis, independentemente da sua classificação como Ativo ou Passivo Circulante ou Não Circulante. Por exemplo, se uma parcela dos estoques tem sua realização prevista para um prazo superior a um ano da data do balanço, ou da duração do ciclo operacional da entidade, essa parcela deve ser classificada como Ativo Não Circulante.

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4.1 Ativo Circulante e Não Circulante

Um ativo deve ser classificado como circulante quando:

a) se espera que seja realizado, ou é mantido para venda, negociação ou consumo dentro dos 12 meses seguintes à data do balanço; ou

b) é um ativo em dinheiro ou equivalente, cuja utilização não está restrita.

Todos os outros ativos, que devem incluir os créditos com entidades ligadas e administradores que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da entidade, devem ser classificados como não circulantes.

Por sua vez, o grupo "Não Circulante" deverá ser desdobrado em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Observa-se que essa classificação já está de acordo com a Lei nº 11.638/2007 e com a Lei nº 11.941/2009 , sobretudo no que diz respeito ao Ativo Intangível.

4.1.1 Ciclo operacional

O ciclo operacional de uma entidade é definido como o período entre a aquisição de materiais utilizados na produção e sua realização na forma de dinheiro ou equivalente a dinheiro.

Ativos classificados como circulantes são ativos (como estoques e contas a receber de clientes) que são vendidos, consumidos e realizados dentro do ciclo operacional da entidade, desde que sejam realizados no prazo de 12 meses; quando não houver expectativa de serem realizados dentro do período de 12 meses da data do balanço, devem ser classificados como não circulantes.

Títulos negociáveis em bolsas devem ser classificados como circulante se houver expectativa de serem realizados dentro do período de 12 meses da data do balanço; caso contrário, deverão ser classificados como Ativo Não Circulante.

Na entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior do que o período de 12 meses, a classificação como circulante ou não circulante terá por base o prazo desse ciclo.

4.2 Passivo Circulante e Não Circulante

Um passivo deve ser classificado como circulante somente quando atender aos seguintes parâmetros:

a) é esperada sua liquidação dentro dos 12 meses seguintes à data do balanço;

b) é mantido principalmente com a finalidade de ser transacionado; ou

c) a entidade não tem nenhum direito de postergar sua liquidação por período que exceda os 12 meses da data do balanço.

As demais obrigações devem ser classificadas como Passivo Não Circulante.

As parcelas de empréstimos de longo prazo, vencíveis dentro do período de 12 meses da data do balanço, devem ser classificadas como Passivo Circulante.

4.2.1 Hipóteses de classificação dívidas de longo prazo como Passivo Circulante

A entidade deve classificar dívidas de longo prazo como Passivo Circulante, quando, por disposições contratuais ou renegociação, estiver obrigada a liquidá-la dentro de 12 meses da data do balanço, mesmo se:

a) o prazo original era para um período de mais de 12 meses;

b) após a data do balanço, a entidade obteve acordo informal para refinanciar ou reparcelar os pagamentos a longo prazo, isto é, se não existir acordo formal completado antes de as demonstrações contábeis serem aprovadas; e

c) o vencimento original for em data superior a 12 meses da data do balanço, mas, por disposições contratuais, o credor tiver a opção de exigir a liquidação nos próximos 12 meses.

Se, de acordo com os termos do respectivo contrato, algumas obrigações que vencem dentro do prazo de 12 meses da data do balanço

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puderem ser refinanciadas ou "roladas" à opção da entidade, devem ser consideradas financiamento de longo prazo e classificadas como não circulantes, desde que não haja intenção de liquidá-las dentro do período de 12 meses da data do balanço.

Entretanto, em situações nas quais o refinanciamento não é feito à escolha da entidade (como seria o caso se não houvesse acordo para refinanciar), a possibilidade de refinanciamento não pode ser considerada, e a obrigação é classificada como Passivo Circulante.

Observa-se, ainda, que alguns contratos de empréstimo incorporam cláusulas que têm o efeito de tornar a dívida, mesmo de longo prazo, pagável a vista, se certas condições, normalmente relacionadas à posição financeira do devedor, forem descumpridas.

Observado esse descumprimento na data-base das demonstrações contábeis, ou antes, o passivo deve ser classificado como Circulante, exceto se o credor tiver concordado formalmente, antes da autorização para conclusão da elaboração das demonstrações contábeis, em não exigir o pagamento imediato das parcelas a vencer como consequência do descumprimento de cláusula contratual.

Dessa forma, o passivo é classificado como Não Circulante se, na data do balanço, o credor tiver concordado em proporcionar um período adicional dentro do qual a entidade possa tomar providências para eliminar a causa do descumprimento de cláusula contratual de empréstimo a longo prazo e, durante o período concedido, não puder exigir a liquidação imediata.

4.2.2 Eventos que devem ser divulgados em nota explicativa

Em relação ao empréstimo classificado como Passivo Circulante, se os eventos descritos a seguir ocorrerem dentro do período compreendido entre as datas do balanço e a da autorização para conclusão da elaboração, esses eventos deverão ser divulgados em nota explicativa:

a) houve refinanciamento em bases de longo prazo;

b) a entidade eliminou ou retificou a causa do descumprimento da cláusula contratual;

c) a entidade obteve do credor um prazo superior a 12 meses para corrigir a causa do descumprimento da cláusula contratual.

5. Informações a serem apresentadas no próprio balanço patrimonial

No mínimo, o balanço patrimonial deve incluir rubricas que apresentem os montantes das principais contas ou grupo de contas, se aplicável, em ordem decrescente de liquidez ou exigibilidade, que normalmente inclui o seguinte:

a) no Ativo: a.1) Ativo Circulante:

a.1.1) disponibilidades e aplicações financeiras resgatáveis no prazo de 90 dias da data do balanço;

a.1.2) títulos e valores mobiliários;

a.1.3) contas a receber de clientes;

a.1.4) estoques;

a.1.5) pagamentos antecipados;

a.1.6) créditos diversos;

a.1.7) impostos diferidos;

a.2) Ativo Não Circulante:

a.2.1) Investimentos, segregando as participações em entidades controladas e coligadas (e a elas equiparadas) e outros investimentos;

a.2.2) Imobilizado; e

a.2.3) Intangível.

b) no Passivo b.1) Passivo Circulante:

b.1.1) financiamentos;

b.1.2) contas a pagar a fornecedores;

b.1.3) impostos sobre a renda a pagar;

b.1.4) outros tributos a recolher;

b.1.5) provisões (com indicação de sua natureza);

b.2) Passivo Não Circulante:

c) no Patrimônio Líquido: c.1) capital;

c.2) reservas, com indicação de sua natureza;

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c.3) prejuízos acumulados;

c.4) ações em tesouraria; e

c.5) ajustes de avaliação patrimonial.

Nota Na hipótese de os prejuízos acumulados excederem o total do capital e das reservas, a diferença negativa deverá ser denominada "Passivo a Descoberto", e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido deverá ser denominada "Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Passivo a Descoberto)".

5.1 Adoção de rubricas adicionais

Rubricas adicionais, títulos e subtotais devem ser apresentados no próprio balanço patrimonial quando tal apresentação for requerida por lei ou órgão regulador ou tornar-se relevante para um adequado entendimento da posição patrimonial e financeira da entidade.

As rubricas relacionadas no tópico 5 são amplas por natureza. Consequentemente, em princípio, dispensam subdivisões. Contudo, segundo a Deliberação CVM nº 488/2005 , adicionalmente:

a) quando o montante e a natureza de um item ou o somatório de itens similares são de tal forma tão materiais que a apresentação separada ajudaria na apresentação adequada da posição patrimonial e financeira da entidade, essa separação deverá ser providenciada; e

Nota Normalmente, as contas semelhantes poderão ser agrupadas, e os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada sua natureza e que não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas.

b) as descrições utilizadas e a sequência dos itens podem ser alteradas de acordo com natureza do negócio da entidade e suas transações, para fornecer informações que sejam materiais para um entendimento da posição patrimonial e financeira.

Exemplo:

Os bancos alteram as descrições a fim de aplicar as exigências específicas do Banco Central do Brasil (Bacen).

O julgamento quanto à apresentação, em separado, de itens deve ser baseado na avaliação do seguinte:

a) a natureza e o grau de liquidez dos ativos;

b) a utilização dos ativos pela entidade; e

c) os montantes, a natureza e os prazos de liquidação dos passivos.

5.2 Impostos diferidos

Impostos diferidos, tanto ativos como passivos, devem ser sempre classificados como não circulantes, exceto aqueles cuja realização é provável que ocorra nos próximos 12 meses subsequentes à data do balanço.

6. Detalhamento ou subclassificações de itens do balanço

O detalhe proporcionado nas subclassificações, quer no próprio balanço quer nas notas explicativas, depende das exigências das normas contábeis, da dimensão, natureza e função dos valores envolvidos.

Os fatores estabelecidos ao final do subtópico 5.1 são também usados para decidir a base da subclassificação.

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As divulgações, que variarão para cada item, devem ser feitas, normalmente, para os seguintes assuntos:

a) restrições sobre a propriedade dos ativos;

b) garantias dadas em relação a passivos;

c) critérios para provisionar pensões e planos de aposentadoria;

d) contingências ativas e passivas, se possível quantificadas;

e) compromissos assumidos referentes a gastos futuros capitalizáveis;

f) bases e critérios para a elaboração de demonstrações contábeis e/ou consolidadas;

g) métodos para conversão de demonstrações contábeis de, ou para, moeda estrangeira, inclusive o tratamento contábil dado a ganhos e perdas decorrentes da conversão;

h) eventos subsequentes à data do encerramento do período que tenham efeito material na posição patrimonial e financeira da entidade ou no resultado de suas operações; e

i) instrumentos financeiros.

6.1 Ativo

6.1.1 Ativo Circulante

Os seguintes elementos devem ser divulgados separadamente:

a) disponibilidades - as disponibilidades incluem o dinheiro em caixa e em bancos. O dinheiro que não estiver imediatamente disponível, por exemplo, saldos bloqueados em bancos no exterior, em virtude de restrições cambiais, deve ser divulgado;

b) títulos que não representem investimentos a longo prazo - o valor de mercado deve ser indicado se for diferente do montante constante nas demonstrações contábeis;

c) contas a receber: c.1) contas a receber de clientes;

c.2) provisão para créditos de liquidação duvidosa;

c.3) contas a receber de administradores, gerentes e diretores;

c.4) contas a receber de entidades ligadas e sua natureza e condições de contratação; e

c.5) outras contas a receber e despesas pagas antecipadamente;

d) estoques: d.1) mercadorias;

d.2) matérias-primas;

d.3) produtos em elaboração;

d.4) produtos acabados; e

d.5) provisão para perdas.

6.1.2 Ativo Não Circulante

Os seguintes elementos devem ser apresentados separadamente, incluindo, se aplicável, o método e o período de amortização e qualquer baixa extraordinária durante o período contábil:

a) contas a receber a longo prazo: a.1) contas e títulos a receber de clientes;

a.2) contas a receber de administradores, gerentes e diretores;

a.3) contas a receber de entidades ligadas, sua natureza e condições de contratação; e

a.4) impostos diferidos.

b) Investimentos:

b.1) investimentos em controladas;

b.2) investimentos em coligadas (e a elas equiparadas);

b.3) outros investimentos, indicando o valor de mercado dos investimentos, se diferente do saldo contábil;

c) Imobilizado:

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c.1) terrenos e edifícios;

c.2) instalação e equipamentos;

c.3) outras categorias de ativos, adequadamente identificados;

c.4) taxas de depreciação/exaustão e depreciação/exaustão acumuladas;

d) Intangível:

d.1) marcas e patentes e semelhantes, adquiridos;

d.2) fundo de comércio adquirido.

Devem ser, também, divulgados o montante de benfeitorias em propriedades de terceiros e os critérios para sua amortização, bem como o montante dos bens adquiridos por meio de arrendamento mercantil e do passivo correspondente, que constariam do Balanço Patrimonial caso esses contratos tivessem sido registrados como compra financiada. No caso de bens sob arrendamento mercantil já ativados, também é necessária sua divulgação.

6.2 Passivo

6.2.1 Passivo Circulante

Os seguintes elementos devem ser indicados separadamente e, quando aplicável, segregados entre moeda local e estrangeira:

a) empréstimos bancários e saldos em contas bancárias credoras;

b) parte de obrigações a longo prazo exigíveis no prazo de 1 ano;

c) contas a pagar: c.1) fornecedores;

c.2) administradores, gerentes e diretores;

c.3) partes relacionadas;

c.4) tributos sobre a renda;

c.5) outros tributos;

c.6) dividendos;

c.7) outras contas e provisões para despesas.

6.2.2 Outros passivos e provisões

Os itens significativos incluídos em outros passivos e provisões devem ser indicados separadamente. Exemplos desse tipo de elementos são os tributos diferidos, as receitas diferidas e as provisões para pensões e aposentadoria.

6.2.3 Passivo Não Circulante

Os seguintes elementos devem ser apresentados separadamente, excluindo a parte exigível dentro de 1 ano:

a) empréstimos garantidos;

b) empréstimos não garantidos;

c) empréstimos de partes relacionadas.

Devem ser apresentadas taxas de juros, prazos de vencimentos e cláusulas contratuais.

6.3 Patrimônio Líquido

Devem ser feitas separadamente as seguintes divulgações:

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a) capital social, para cada classe de ações (ou quotas) do capital: a.1) número ou valor de ações autorizadas, emitidas e em circulação;

a.2) capital ainda não integralizado;

a.3) valor nominal de cada ação;

a.4) os direitos, as preferências e as restrições referentes à distribuição de dividendos e formas de reembolso de capital;

a.5) dividendos preferenciais cumulativos pendentes de pagamento;

a.6) ações reservadas para a venda sob opções e contratos de venda, incluindo prazos e quantias;

a.7) movimentação da conta do capital social durante o período;

b) outras contas do Patrimônio Líquido, indicando quaisquer restrições de distribuição: b.1) integralizações acima do valor nominal ou do preço de emissão das ações sem valor nominal capital excedente ou ágio;

b.2) ajustes de avaliação patrimonial;

b.3) reservas de lucros ou de capital; e

b.4) prejuízos acumulados (inclusive a natureza de eventuais ajustes relativos a períodos anteriores);

b.5) ações em tesouraria.

Legislação Referenciada

  Deliberação CVM nº 488/2005

  Lei nº 11.638/2007

  Lei nº 11.941/2009

  Lei nº 6.404/1976

  Medida Provisória nº 449/2008

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Demonstração do Fluxo de Caixa segundo as normas internacionais de Contabilidade 16 de Junho de 2010

Em face da publicação da Deliberação CVM nº 624/2010, DOU 1 de 29.01.2010, este procedimento foi atualizado. Tópico atualizado: 4. A DFC segundo o Pronunciamento Técnico CPC 03(R1).

Demonstração do Fluxo de Caixa segundo as normas internacionais de Contabilidade

Sumário

1. Introdução

2. Um pouco da Doar

3. Evolução da DFC

4. A DFC segundo o Pronunciamento Técnico CPC 03(R1)

5. Divulgação da DFC antes da obrigatoriedade

1. Introdução

Antigamente no Brasil, segundo a Lei nº 6.404/1976 , tínhamos como demonstrações obrigatórias:

a) Balanço Patrimonial;

b) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);

c) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);

d) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (Doar), cuja obrigatoriedade de elaboração aplicava-se às sociedades anônimas.

Nota Em se tratando de sociedade anônima de capital fechado, a obrigatoriedade de elaboração da Doar somente se aplicava àquelas com Patrimônio Líquido superior a R$ 1.000.000,00 na data do balanço.

Com as alterações na Lei das S/A, especificamente no que diz respeito à Doar, esta foi substituída pela Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), que muitos vêem como uma demonstração moderna e mais realista (Lei nº 6.404/1976 , art. 176 , IV - com redação dada pela Lei nº 11.638/2007 , art. 1º ).

Segundo a nova redação do art. 188 da Lei nº 6.404/1976 , a DFC indicará no mínimo as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas em fluxos das operações, dos financiamentos e dos investimentos.

2. Um pouco da Doar

Na forma antes prevista pelo art. 188 da Lei nº 6.404/1976 , a Doar tinha como objetivo indicar as modificações na posição financeira da companhia, ou seja, as variações de itens dos ativos e passivos organizados de forma tal que demonstrasse a variação no capital circulante líquido do período.

Assim, essa demonstração deveria discriminar:

a) as origens dos recursos, agrupadas em: a.1) lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros;

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a.2) realização do capital social e contribuições para reservas de capital;

a.3) recursos de terceiros, originários do aumento do Exigível a Longo Prazo, da redução do Realizável a Longo Prazo e da alienação de investimentos e direitos do Ativo Imobilizado;

Nota De acordo com a alteração efetuada no art. 178 da Lei das S/A pela Medida Provisória nº 449/2008 (convertida posteriormente na Lei nº 11.941/2009 ), o grupo Exigível a Longo Prazo passou a denomina-se Passivo Não Circulante.

b) as aplicações de recursos, agrupadas em: b.1) dividendos distribuídos;

b.2) aquisição de direitos do Ativo Imobilizado;

b.3) aumento do Realizável a Longo Prazo, do grupo Investimentos e do Ativo Diferido;

b.4) redução do Exigível a Longo Prazo;

Nota Desde 04.12.2008, com a publicação da Medida Provisória nº 449/2008 (convertida na Lei nº 11.941/2009 ), o grupo Ativo Diferido deixou de existir. Assim, de acordo com o art. 299-A da Lei nº 6.404/1976 (incluído pela Lei nº 11.941/2009 , art. 38 ), o saldo existente em 31.12.2008 no Ativo Diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no Ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3º do art. 183.

c) o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido;

d) os saldos, no início e no fim do exercício, do Ativo e Passivo Circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício.

O fato é que a elaboração da Doar evoluiu ao longo do tempo, e os seguintes pontos foram adotados na prática contábil:

a) quando os recursos das operações da empresa apresentavam-se negativos, eles deverim ser demonstrados como uma aplicação de recursos e não como uma redução na origem de recursos;

b) os empréstimos dedicados ao financiamento do Imobilizado poderiam ser apresentados como origens e aplicações, respectivamente;

c) a reavaliação deveria ser excluída da Doar por não representar fluxo de recursos.

O conceito de "fundos" e "posição financeira", originário das primeiras demonstrações, foi então estreitado para uma definição de caixa ou equivalente de caixa, conforme estabelecido no pronunciamento americano SFAS 95 e no pronunciamento internacional IAS 7, ambos com o título de Statement of Cash Flow.

O que se verifica é que a Doar estava, portanto, baseada nos conceitos de capital circulante líquido e no regime de competência, o que significa apresentar a disponibilidade dentro do chamado ciclo financeiro da empresa e na geração de recursos operacionais a partir do resultado elaborado segundo o regime de competência.

Já a DFC, por outro lado, baseia-se no conceito de disponibilidade imediata, demonstrado segundo o regime de caixa.

3. Evolução da DFC

As origens da atual DFC estão nas demonstrações preparadas décadas atrás pelas companhias que apresentavam as fontes e as aplicações de fundos obtidos em decorrência dos aumentos e diminuições dos itens do Balanço Patrimonial.

A diferença entre esses itens foi chamada de posição financeira, denominação que permanece até hoje em vários países. Esse formato evoluiu de uma informação suplementar e voluntária para uma demonstração obrigatória ainda sob o conceito da posição financeira como a variação do capital circulante, ou capital de giro líquido.

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4. A DFC segundo o Pronunciamento Técnico CPC 03(R1)

Por meio da Deliberação CVM nº 547/2008 , a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03(R1) - Demonstração dos Fluxos de Caixa

Referido Pronunciamento foi elaborado a partir do IAS 7 - Statement of Cash Flows, emitido pelo International Accounting Standards Board (Iasb) e sua aplicação, no julgamento do Comitê, está em conformidade com o documento editado pelo Iasb.

Nota A CVM, por meio da Deliberação CVM nº 624/2010 , aprovou o documento de revisão nº 01, o qual alterou itens e a denominação do Pronunciamento Técnico CPC 03, passando a denominar-se Pronunciamento Técnico CPC 03(R1). Referidas alterações já constam deste procedimento.

5. Divulgação da DFC antes da obrigatoriedade

Anteriormente às alterações na Lei das S/A, quando a DFC não era obrigatória, as companhias abertas vinham divulgando essa demonstração de forma suplementar às suas demonstrações contábeis, dando uma conotação de informação de natureza voluntária.

No entanto, as companhias que divulgavam essa informação no exterior eram obrigadas a divulgá-la no Brasil para que não ocorresse a divulgação de informações de forma privilegiada e assimétrica entre os diferentes mercados.

As companhias deveriam atentar, também, para que a divulgação da DFC divulgada no Brasil fosse a mesma divulgada no exterior, ou seja, deveria ter o mesmo formato e estrutura, para que não houvesse prejuízo ao entendimento do investidor.

Legislação Referenciada

  Deliberação CVM nº 547/2008

  Deliberação CVM nº 624/2010

  Lei nº 11.638/2007

  Lei nº 11.941/2009

  Lei nº 6.404/1976

  Medida Provisória nº 449/2008

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Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - O aspecto da depreciação 16 de Junho de 2010

Em face da publicação da Lei nº 11.941/2009, DOU 1 de 28.05.2009, este procedimento foi atualizado. Tópicos atualizados: 1. Introdução; 2. Métodos existentes da DFC - Qual a diferença e qual o método a ser adotado.

Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - O aspecto da depreciação

Sumário

1. Introdução

2. Métodos existentes da DFC - Qual a diferença e qual o método a ser adotado

3. A depreciação como fluxo operacional

4. Exemplo

5. Conclusão

1. Introdução

A obrigatoriedade de elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) para as Sociedades Anônimas e de grande porte entrou em vigor em 1º.01.2008 pela Lei nº 11.638/2007 , art. 1º , a qual deu nova redação ao inciso IV do art. 176 da Lei nº 6.404/1976 , substituindo a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (Doar).

A Lei nº 11.638/2007 também deu nova redação ao art. 188 da Lei nº 6.404/1976 , estabelecendo que a DFC deverá indicar, no mínimo, as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 fluxos:

a) das operações;

b) dos financiamentos; e

c) dos investimentos.

Estão obrigadas a elaborar a DFC as companhias abertas (S/A), companhias fechadas (S/A), sociedade de economia mista, sociedade em comandita por ações, sociedade de grande porte (por exemplo: Ltda.) quando atender os limites da lei.

Essa demonstração, como seu próprio nome indica, tem por objetivo apresentar de forma ordenada e sumariada principalmente as informações relativas às operações incluindo também as operações de financiamento e investimento da empresa durante o exercício e, evidentemente, as alterações na posição financeira da empresa.

Não será obrigada à elaboração e à publicação dos fluxos de caixa a "companhia fechada" com Patrimônio Líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (Lei nº 6.404/1976 , art. 176 , § 6º).

O objetivo deste procedimento é demonstrar, com um exemplo, os fundamentos teóricos da apresentação da depreciação como um fluxo de caixa das atividades operacionais quando for utilizado o Método Indireto.

2. Métodos existentes da DFC - Qual a diferença e qual o método a ser adotado

Como comentamos, a DFC deve apresentar os fluxos de caixa durante os períodos classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

A entidade deverá apresentar seus fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento da forma mais apropriada a seus negócios. A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas

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informações podem também ser usadas para avaliar a relação entres essas atividades.

A DFC poderá ser elaborada e apresentada por um dos 2 métodos existentes. O Método Direto e o Método Indireto. Eles possuem uma característica comum representada pela divisão em 3 fluxos: operacional, investimento e financiamento. A principal diferença entre eles reside somente no Fluxo da Atividade Operacional.

O Método Direto inicia a sua demonstração com todas as movimentações ocorridas no "Caixa e seu Equivalente" (todos os recebimentos e pagamentos que passaram pelo caixa e seu equivalente); enquanto que no Método Indireto inicia-se com o lucro líquido do exercício (ou prejuízo) para, em seguida, fazer uma série de ajustes nesse lucro (ou prejuízo), para efeito de chegar ao mesmo valor obtido pelo Método Direto.

O Método Indireto não relata as movimentações do caixa e seu equivalente, mas deve relatar a mesma importância de fluxo de caixa líquido das atividades operacionais indiretamente, ajustando o lucro líquido para reconciliá-lo ao fluxo de caixa líquido das atividades operacionais, eliminando os efeitos das transações que não envolvam caixa, tais como depreciação, provisões, impostos diferidos, variações cambiais não realizadas.

Esses ajustes no lucro líquido (ou prejuízo), dentro do Método Indireto, devem-se principalmente porque a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é confeccionada com base no regime de competência, isto significa que nesse resultado foram lançadas contabilmente as despesas e as receitas incorridas, mas ainda não efetivamente realizadas (pagas ou recebidas). Vale lembrar que no fluxo operacional via Método Indireto, a DFC tem por objetivo tornar transparente o quanto foi gerado de recursos pelas atividades operacionais (caixa ou seu equivalente), partindo do lucro contábil (apurado pelo regime de competência).

Em relação aos fluxos de caixa das atividades investimentos e financiamentos não existem diferenças, os componentes e valores são iguais, ou seja, mostram as mesmas operações (origem e aplicações).

3. A depreciação como fluxo operacional

O Ativo Imobilizado é formado de terrenos, edifícios, máquinas, equipamentos, ferramentais, veículos etc. Esses bens são, geralmente, adquiridos e pagos com recursos de caixa (ainda que possam ter origem em financiamentos de terceiros). Após a entrega deles, há uma saída de fundos (caixa). Esses ativos, entretanto, são usados por um período de tempo mais ou menos extenso, conhecido como vida útil. O reconhecimento ou débito contábil feito nas contas de gastos (fabricação, comerciais e administrativos) para o uso desses ativos é chamado depreciação ou amortização quando se tratar de ferramentais. Essa parcela de depreciação ou amortização é um débito em que não há saída de caixa; a saída de caixa ocorreu quando esses ativos imobilizados foram adquiridos a vista ou mesmo a curto prazo.

Combinada com outros custos de operação que implicam saída de caixa, tais como matéria-prima, mão de obra, luz e despesas comerciais e administrativas, a depreciação/amortização integra o custo total.

Quando o produto é vendido, a diferença entre o preço de venda e o custo total, em termos de caixa, representa o fluxo líquido de caixa. Como a depreciação/amortização não representa saída de caixa, o seu débito ao resultado não afeta o fluxo líquido de caixa. É por isso que a depreciação/amortização é tida como um fluxo operacional de recursos.

É pela operação da empresa com o seu ponto final nas vendas, portanto, que a depreciação se torna um fluxo operacional de recursos. Se a fábrica e os equipamentos permanecerem ociosos, nenhum bem sendo produzido e vendido, a depreciação/amortização pode ser debitada, mas nenhum fluxo fluirá para a empresa, pois não existirá uma receita através das vendas. Os fluxos operacionais das depreciações entram no caixa como produto das vendas.

Quando o preço da venda é maior do que os custos totais mais a parcela de lucro, o resultado é uma entrada líquida através desse fluxo operacional; quando os custos totais excedem o preço de venda, o resultado é uma saída líquida do fluxo. Fluxo operacional, como o termo é mais comumente usado, refere-se ao capital circulante líquido, que é definido como Ativo Circulante menos o Passivo Circulante. Na literatura geral de finanças, os fluxos podem também significar o investimento total da empresa, incluindo Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido, ou referir-se somente a caixa ou dinheiro. Geralmente usa-se "fluxo" ou "fundos" como capital circulante líquido.

Geralmente alguns autores usam os termos "valores da empresa" e "recursos da empresa" como sinônimos de "fluxos" para ajudar na descrição de certos pontos. "Fluxos" enfocam os aspectos de liquidez, enquanto "recursos" sugerem a existência de valores, à medida que eles se movem de um estágio para outro, qualquer que seja a forma que eles tenham em um determinado estágio do ciclo.

As relações entre caixa, fluxo, depreciação/amortização e recursos podem, talvez, ser mais bem evidenciadas por meio de um exemplo, que também serve para explicar o conceito da empresa como um sistema dinâmico através do qual fluem os valores.

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4. Exemplo

Vamos supor que a empresa ABC S/A, recentemente organizada, acabou de constituir o seu primeiro imobilizado a um custo de R$ 2 milhões. Supõe-se que esse imobilizado terá uma vida útil de 10 anos. O débito à conta depreciação será de R$ 200 mil ao ano, pelo método de linha reta. A DRE, após o primeiro ano de operações, é mostrada no Quadro 1 a seguir:

QUADRO 1

ABC S/A - DRE

  1º.01.20X1 a 31.12.20X1

  Vendas

  R$ 800.000

  (-) Custo Total

  (R$ 360.000)

  (-) Depreciação

  (R$ 200.000)

  = Lucro Antes do IR e da CSLL

  R$ 240.000

  Com todas as vendas recebidas a vista, o fluxo total operacional seria de R$ 800.000 para o período. Os custos totalizaram R$ 560.000, deixando um lucro líquido de R$ 240.000, antes do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Dos R$ 560.000 de custos, entretanto, somente R$ 360.000 representam saída de caixa. Os outros R$ 200.000 representa um gasto não monetário, ou seja, a depreciação desse ativo imobilizado. Os recursos para esses ativos foram pagos tempos atrás, ou melhor, em outro ciclo operacional, e estão agora sendo recuperados.

Apresentaremos, agora, 2 balanços da empresa ABC S/A. No Quadro 2, o balanço no início do período e no Quadro 3 o final do período.

QUADRO 2

ABC S/A - Balanço Patrimonial - 1º.01.20X1

  Ativo

  R$

  Passivo

  R$

  Caixa e Bancos

  50.000

  Fornecedores

  100.000

  Estoques

  150.000

        Imobilizado

  2.000.000

        Depreciação

  0

        Imobilizado Líquido

  2.000.000

  Patrimônio Líquido

  2.100.000

  Total do Ativo

  2.200.000

  Total do Passivo

  2.200.000

  

QUADRO 3

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ABC S/A - Balanço Patrimonial - 31.12.20X1

  Ativo

  R$

  Passivo

  R$

  Caixa e Bancos

  490.000

  Fornecedores

  100.000

  Estoques

  150.000

        Imobilizado

  2.000.000

  Patrimônio Líquido

  2.100.000

  Depreciação

  (200.000)

  Lucro do Período

  240.000

  Imobilizado Líquido

  1.800.000

  Total do Patrimônio

  2.340.000

  Total do Ativo

  2.440.000

  Total do Passivo

  2.440.000

  Observe que a soma do total do balanço aumentou de R$ 240.000 que é o valor do lucro líquido do período (supondo não existir impostos). O lucro representa os recursos adicionais que fluíram para a empresa, provenientes das atividades operacionais. Este aumento no valor da empresa é mostrado especificamente pela entrada de R$ 240.000 na conta de lucros do período. Além desse aumento líquido de valores, ocorre também um rearranjo de valores no lado do Ativo do balanço. A depreciação de R$ 200.000 foi debitada contra as contas de custos da fábrica e despesas comerciais e administrativas e, assim, reduzida do Ativo Imobilizado.

Os recursos representados por esses custos e despesas, entretanto, não foram perdidos, mas convertidos em entradas líquidas por meio das vendas dos produtos. Considerando que não houve novos investimentos de fundos na fábrica, nos equipamentos ou no estoque, e desde que as duplicatas a receber não foram aumentadas, pois todas as vendas foram feitas a vista, o fluxo líquido de caixa que ficou acumulado na conta Caixa aumentou de R$ 50.000 para R$ 490.000, ou seja, por valor equivalente ao lucro mais o gasto de depreciação. Vejamos agora a Demonstração do Fluxo Operacional:

QUADRO 4

ABC S/A - Demonstração do Fluxo Operacional

  31.12.20X1

  R$

  Fundos provenientes das vendas

  800.000

  Gastos de Caixa/Bancos

  (360.000)

  Fundos provenientes das operações

  440.000

  Aumento de Caixa/Bancos

  440.000

  Aumento em estoque e imobilizado

  0

  Fluxo Operacional

  440.000

  Reconciliação do Caixa

  Caixa em 1º.01.20X1

  50.000

  Lucro Líquido

  240.000

  Depreciação

  200.000

  

Caixa em 31.12.20X1 490.000

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A demonstração do Quadro 4 mostra, claramente, as fontes e as aplicações de fundos, a quantia líquida de fundos gerada e o uso desses fundos. As vendas produziram R$ 800.000, as despesas de caixa foram de R$ 360.000 e, desde que não tenha sido feito qualquer investimento adicional, o valor total das entradas líquidas de caixa foi de R$ 440.000, e concentrou-se na conta caixa. O lucro, antes do IR e da CSLL foi de R$ 240.000.

5. Conclusão

É importante lembrar, entretanto, que a depreciação continuará sendo tratada como um fluxo operacional somente enquanto a fábrica estiver operando e os produtos terminados sendo vendidos a um preço que cubra pelo menos os custos do dinheiro. Se a ABC S/A fosse destruída por um incêndio, não teríamos a fonte de fundos de R$ 200.000 anuais. As vendas seriam zero, assim como os fluxos provenientes da depreciação.

Legislação Referenciada

  Lei nº 11.638/2007

  Lei nº 6.404/1976

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Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) 16 de Junho de 2010

Em face da publicação da Resolução CFC nº 1.283/2010, DOU 1 de 02.06.2010, este procedimento foi atualizado. Tópico atualizado: 5. Forma de apresentação.

Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)

Sumário

1. Introdução

2. Conteúdo da demonstração

3. Transcrição da DLPA no livro diário e periodicidade de elaboração

4. Inclusão na DMPL

5. Forma de apresentação     5.1 Saldo no início do período 

    5.2 Ajustes de exercícios anteriores 

    5.2.1 Mudança de critério contábil 

    5.2.2 Retificação de erros de exercícios anteriores 

    5.2.3 Notas explicativas 

    5.3 Parcela de lucros incorporada ao capital 

    5.4 Reversão e transferência de reservas 

    5.5 Lucro (ou prejuízo) líquido do exercício 

    5.6 Proposta da administração de destinação do lucro 

    5.6.1 Transferências para reservas 

    5.6.2 Dividendos 

    5.7 Saldo no final do período 

1. Introdução

A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é uma das demonstrações financeiras cuja elaboração é obrigatória para todas as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real ( RIR/1999 , art. 274 , caput).

As normas de elaboração das demonstrações financeiras constam da Lei das S/A (Lei nº 6.404/1976 ), mas aplicam-se aos demais tipos societários, razão pela qual os conceitos comentados neste procedimento, embora peculiares às sociedades anônimas, são perfeitamente adaptáveis, no que couber, às demais pessoas jurídicas.

2. Conteúdo da demonstração

A DLPA deve discriminar: a) o saldo do início do período e os ajustes de exercícios anteriores;

Nota Em relação aos períodos-base encerrados até 31.12.1995, indicava-se, também, a correção monetária do saldo inicial. A correção monetária das demonstrações financeiras foi revogada a partir de 1º.01.1996, inclusive para fins societários, pela Lei nº 9.249/1995 , art. 4º .

b) as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;

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c) as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.

A DLPA também deverá indicar, quando for o caso, o montante do dividendo por ação do capital social. (Lei nº 6.404/1976 , art. 186 , caput e § 2º)

3. Transcrição da DLPA no livro diário e periodicidade de elaboração

De acordo com o subitem 2.1.4 da NBC T 2.1 - Das Formalidades da Escrituração Contábil, aprovada pela Resolução CFC nº 563/1983, a DLPA, assim como o balanço e as demais demonstrações contábeis de encerramento do exercício, deve ser transcrita no livro Diário, complementando-se com as assinaturas do contabilista e do titular ou representante legal da entidade. Igual procedimento, aliás, deve ser adotado quanto às demais demonstrações contábeis elaboradas por força de dispositivos legais, contratuais ou estatutários.

A legislação fiscal ( RIR/1999 , art. 274 , caput) estabelece que, ao fim de cada período de incidência do Imposto de Renda (trimestral ou anual), o contribuinte deve apurar o lucro líquido mediante a elaboração, com observância das disposições da lei comercial, do Balanço Patrimonial, da Demonstração do Resultado do período e da DLPA.

4. Inclusão na DMPL

A Lei nº 6.404/1976 , art. 186 , § 2º, autoriza a inclusão da DLPA na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), quando esta for elaborada e publicada pela companhia, dispensando, assim, as empresas que elaborarem e publicarem essa demonstração de apresentar separadamente a DLPA, que, obrigatoriamente, estará incluída naquela.

5. Forma de apresentação

Segue modelo de DLPA (com dados meramente ilustrativos), cujas parcelas integrantes têm sua origem comentada nos subtópicos seguintes.

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

Demonstração de Lucros Acumulados para os Exercícios Findos em

31.12.20X2 e 31.12.20X1 20X2 (R$)   

20X1 (R$)   

SALDO ANTERIOR DE LUCROS ACUMULADOS 246.872,00 280.054,00 AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES                Efeitos da mudança de critérios contábeis (29.010,00) -             Retificação de erros de exercícios anteriores (23.206,00) (7.203,00)

PARCELA DE LUCROS INCORPORADA AO CAPITAL    (100.000,00)   

(50.000,00)   

REVERSÕES DE RESERVAS                Para Contingências 26.495,00 2.349,00          De Lucros a Realizar 10.902,00 872,00 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO    100.000,00 40.000,00 PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO DE DESTINAÇÃO DO LUCRO      Transferências para Reservas      

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                  Reserva Legal (5.000,00) (2.000,00)                 Reserva Estatutária (10.000,00) (4.000,00)                   Reserva de Lucros a Realizar (8.000,00) (3.200,00)          Dividendos a distribuir (R$ 0,05 e R$ 0,02 por ação do Capital Social, em 

31.12.20X2 e 31.12.20X1, respectivamente) (25.000,00) (10.000,00)   

LUCROS ACUMULADOS    184.053,00 246.872,00

Nota No exemplo, a demonstração foi elaborada com a indicação dos valores correspondentes ao exercício anterior em atendimento à norma contida na Lei nº 6.404/1976 , art. 176 , § 1º, que estabelece, expressamente, que as demonstrações financeiras de cada exercício devem ser publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. Frisamos, no entanto, que tal exigência se aplica tão-somente para as sociedades constituídas sob a forma de S/A, ou seja, não é necessária a sua observância no caso das empresas constituídas sob os demais tipos societários (por exemplo, sociedades limitadas), que podem elaborar e transcrever a demonstração no seu livro Diário apenas com os valores do exercício que está sendo encerrado.

5.1 Saldo no início do período

A demonstração é iniciada pela indicação do saldo da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados no final do exercício social anterior.

5.2 Ajustes de exercícios anteriores

Como ajustes de exercícios anteriores devem ser considerados apenas os decorrentes de efeitos de mudança de critério contábil ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. (Lei nº 6.404/1976 , art. 186 , § 1º)

5.2.1 Mudança de critério contábil

Conforme determina a Lei nº 6.404/1976 , art. 177 , caput, a escrituração da empresa deve ser mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e da própria lei das sociedades por ações e aos Princípios de Contabilidade. Além disso, deve observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

Assim, deverão ser ajustados diretamente ao saldo de Lucros ou Prejuízos Acumulados, para que não afetem o resultado do exercício em curso, os efeitos da mudança de critério contábil que possam influenciar na apuração do lucro, por exemplo, os efeitos decorrentes de:

a) alteração no critério de avaliação de estoques - a empresa que avaliava seus estoques pelo método Peps (o primeiro a entrar é o primeiro a sair) passa a fazê-lo pelo custo médio;

b) alteração no critério de avaliação de investimentos - a empresa avaliava pelo método de custo um investimento que, por ter-se tornado relevante, passou a ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial.

5.2.2 Retificação de erros de exercícios anteriores

A retificação de erro imputável a determinado exercício anterior é outra hipótese de registro diretamente na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, com o mesmo objetivo de que tal valor não afete, indevidamente, o resultado do exercício em curso.

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Suponhamos, por exemplo, que o Imposto de Renda devido pela empresa, relativamente ao ano-calendário de 20X2, fosse de R$ 10.000,00. Entretanto, por erro de cálculo ou de interpretação da legislação, a Provisão para Imposto de Renda foi contabilizada em R$ 8.000,00. Em 20X3, constatada a diferença, seria efetuado o lançamento desta (R$ 2.000,00 a menos), debitando-se a conta de Lucros Acumulados e creditando-se a conta de Provisão para Imposto de Renda.

5.2.3 Notas explicativas

De acordo com a Lei nº 6.404/1976 , art. 176 , §§ 4º e 5º, as demonstrações financeiras devem ser complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para o esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. As notas devem indicar, além de outros elementos, os ajustes de exercícios anteriores.

5.3 Parcela de lucros incorporada ao capital

A parcela de lucros incorporada ao capital corresponde à parte do saldo da conta de Lucros Acumulados que foi utilizado para aumento de capital, durante o período.

Nota Nos termos da legislação vigente até 31.12.1995, a conta de Lucros e Prejuízos Acumulados (como integrante do Patrimônio Líquido) era objeto de correção monetária por ocasião da elaboração do Balanço Patrimonial. Na DLPA, o valor da correção monetária era indicado após o item "Parcela de Lucros Incorporada ao Capital".

5.4 Reversão e transferência de reservas

As reservas destinadas a fins específicos e deduzidas do lucro podem a este se reintegrar em exercícios posteriores.

No que se refere às reservas de capital (utilizadas para absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucro), trata-se de transferência e não de reversão.

Essas reversões e transferências devem ser discriminadas na DLPA, conforme constam, na demonstração citada, as reversões das reservas para Contingências e de Lucros a Realizar.

5.5 Lucro (ou prejuízo) líquido do exercício

O valor do lucro (ou prejuízo) líquido do exercício, transferido para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, é o apurado ao final da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), já deduzidas, portanto, a Provisão para Imposto de Renda e as participações.

Nota No encerramento do exercício social, a conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados" não deve apresentar saldo positivo. Eventual saldo positivo remanescente nesta conta deve ser destinado para "Reserva de Lucros", nos termos da Lei nº 6.404/1976, arts. 194 a 197, ou distribuído como dividendo (Instrução CVM nº 469/2008, art. 5º).

5.6 Proposta da administração de destinação do lucro

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Junto com as demonstrações financeiras do exercício, os órgãos da administração da sociedade anônima apresentam à Assembleia Geral Ordinária (AGO) proposta sobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício, observado o que dispuserem o estatuto e as determinações da Lei das S/A sobre a matéria.

Note-se que as demonstrações financeiras registram a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela Assembleia Geral. (Lei nº 6.404/1976 , art. 176 , § 3º, e art. 192 )

5.6.1 Transferências para reservas

Em conformidade com a proposta da administração, são destinadas (e, como vimos, contabilizadas no pressuposto de sua aprovação pela Assembleia Geral) parcelas do lucro para a formação de reservas.

Para as sociedades anônimas, é obrigatória a constituição da Reserva Legal, que tem por finalidade assegurar a integridade do Capital Social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. (Lei nº 6.404/1976 , art. 193 )

5.6.2 Dividendos

A DLPA deve indicar o montante do dividendo por ação do Capital Social, observando-se que os dividendos também são contabilizados na data do balanço.

Nota Se existirem diversas classes de ações com dividendos de valores diferentes, estes poderão ser indicados, alternativamente, por meio de nota explicativa.

5.7 Saldo no final do período

O saldo no final do período, cujo valor encerra a DLPA, indica o montante dos Lucros ou Prejuízos Acumulados que constará do Balanço Patrimonial (no Patrimônio Líquido) encerrado na mesma data.

Legislação Referenciada

   RIR/1999 

  Em 20X

  Lei nº 6.404/1976

  Lei nº 9.249/1995

  Resolução CFC nº 563/1983

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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 16 de Junho de 2010

Em face da publicação da Lei nº 11.941/2009, DOU 1 de 28.05.2009, este procedimento foi atualizado. Tópico atualizado: 3. Procedimentos para elaboração.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

Sumário

1. Introdução

2. Finalidade e vantagens

3. Procedimentos para elaboração

4. Modelo sugerido pela CVM

1. Introdução

A legislação do Imposto de Renda ( RIR/1999 , art. 274 ), exige que todas as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real elaborem ao fim de cada período de incidência do Imposto de Renda o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do período de apuração e a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).

A Lei nº 6.404/1976 , art. 186 , § 2º (Lei das S/A), todavia, autoriza a inclusão da DLPA na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), quando esta for elaborada e publicada pela companhia.

Desse modo, as empresas que elaborarem a DMPL estão dispensadas de apresentar em separado a DLPA, uma vez que esta, obrigatoriamente, estará incluída naquela.

Observe-se, ainda, que:

a) a Instrução CVM nº 59/1986 exige que as companhias de capital aberto elaborem e publiquem a DMPL;

b) para as fundações, entidades sindicais e associações de classe, a demonstração de que falamos denomina-se "Demonstração das Mutações do Patrimônio Social", nos termos da Resolução CFC nº 837/1999 e Resolução CFC nº 838/1999.

2. Finalidade e vantagens

A DMPL de que falamos tem por objetivo demonstrar as modificações ocorridas durante o exercício em todas as contas que compõem o grupo do Patrimônio Líquido.

Tratando-se de empresa que possui investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial, é importante que sua(s) coligada(s) e/ou controlada(s) elabore(m) a DMPL porque isso tornará bem mais simples o trabalho de apuração do resultado da equivalência patrimonial.

3. Procedimentos para elaboração

A DMPL deve ser elaborada partindo-se dos razões contábeis de todas as contas que integram o Patrimônio Líquido, dos quais serão extraídos:

a) os saldos no encerramento do balanço do exercício anterior;

b) os acréscimos e as diminuições dos saldos; e

c) os saldos no encerramento do exercício ao qual a demonstração se refere.

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EXEMPLO SIMPLIFICADO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

  Capital

Realizado R$ Reservas de

Capital R$ Reservas de

Lucros R$

Lucros

Acumulados R$   

Total R$

Saldos em 31.12.20X1 AUMENTO DE CAPITAL Com

lucros e reservas Com

subscrição de novas ações LUCRO LÍQUIDO DO

EXERCÍCIO TRANSFERÊNCIAS PARA

RESERVAS Reservas de

Lucros a Realizar DIVIDENDOS SALDOS EM

31.12.20X2

1.000.000,00 400.000,00 100.000,00 - 0

- - 0 - - 0 - 1.500.000,00

200.000,00 (200.000,00) - 0 - - 0 - - 0 - - 0 - - 0 -   

100.000,00 (100.000,00) - 0 - - 0 - 150.000,00 - 0

- 150.000,00

500.000,00 (100.000,00) - 0

- 250.000,00 (150.000,00) (25.000,00) 475.000,00

1.800.000,00 - 0 - 100.000,00 250.000,00 - 0 - (25.000,00) 2.125.000,00

Nota No modelo estampado a seguir, observa-se que a DMPL das companhias de capital aberto deve indicar o dividendo por ação do Capital Social, por espécie e classe. Para tanto, deve observar as diferentes vantagens conferidas a cada uma das diversas espécies e classes de ações que compõem o capital, inclusive atentando para a existência de ações em tesouraria, que poderão influenciar a base de cálculo. Se houver distribuição de dividendos pro rata temporis, a indicação do dividendo por ação deverá ser feita computando-se o dividendo integral que caberia à ação, esclarecendo-se tal fato em nota de rodapé ou em nota explicativa (Instrução CVM nº 59/1986, art. 12).

4. Modelo sugerido pela CVM

Como dissemos, a Instrução CVM nº 59/1986 determinou, para as companhias de capital aberto, a obrigatoriedade de elaboração e publicação da DMPL.

Para tanto, sugeriu o seguinte modelo de demonstração (em relação ao qual adaptamos apenas o padrão monetário).

Observa-se, todavia, que esse modelo de DMPL da CVM não está adaptado as novas normas contábeis, pois ainda consta a Reserva de Reavaliação, a qual foi eliminada pela Lei nº 11.638/2007 desde 1º.01.2008.

Segue o modelo sugerido pela CVM de DMPL (em R$ mil):

MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

   Capital Realizado Atualizado    Reservas de Capital

Reservas de

Reavaliação Reservas de Lucros Detalhes no Quadro

Abaixo

Lucros

Acumulados   

Total   

  Capital

Subscrito   

A

Realizar   

Correção

Monetária   

Ágio na

Subscrição   

Ações em

Tesouraria   

Subvenção p/

Investimento   

De Ativos

Próprios   

De Ativos de

Controladores   

· Saldos em / /

  ....................... · Ajuste de exercícios anteriores. Mudança de critério contábil (N.E.

___________) Imposto de

Renda · Aumento de Capital AGE /

XXX XXX

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  /    · Aquisição ações próprias com reserva de ágio na

subscrição · Subvenções-Incentivo Fiscal

I.R · Reversão e Transferência de

Reservas · Atualização

Monetária · Lucro Líquido de

Exercício · Destinação do

Lucro Líquido:    Reservas Dividendos

XXX XXX    (XXX)    XXX XXX XXX XXX (XXX) (XXX)   

XXX (XXX) XXX XXX

XXX (XXX) XXX

XXX (XXX) XXX   

XXX (XXX) XXX XXX

XXX XXX (XXX) XXX XXX XXX (XXX) (XXX)

(XXX) XXX (XXX) XXX XXX XXX (XXX)   

Saldos em: /

   / XXX (XXX) XXX XXX (XXX) XXX XXX    XXX XXX XXX OBS.: Dividendo de R$

_____________________________________ RESERVAS DE LUCROS    Legal    Estatutária   Lucros a

Realizar   Retenção p/

Expansão   Soma

  por ação ordinária intregral, R$

_______________________________ por ação preferencial "A" e R$

________________________________ por ação

preferencial "B".

· Saldos em / / · Reversão para lucros

acumulados · Atualização Monetária · Destinação de parte do lucro líquido

XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX (XXX)

XXX XXX XXX XXX XXX   

XXX (XXX) XXX XXX

   · Saldo em / / XXX XXX XXX XXX XXX

Legislação Referenciada

   RIR/1999 

  Instrução CVM nº 59/1986

  Lei nº 11.638/2007

  Lei nº 6.404/1976

  Resolução CFC nº 837/1999

  Resolução CFC nº 838/1999

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Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 11 de Maio de 2010

Em face da publicação da Lei nº 11.941/2009, DOU 1 de 28.05.2009, este procedimento foi atualizado. Tópico atualizado: 3. Conteúdo e estrutura da DRE.

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Sumário

1. Introdução

2. Conceito

3. Conteúdo e estrutura da DRE

4. Apuração de resultados     4.1 Receita, custo e despesa 

5. Transcrição da DRE no livro Diário e periodicidade de elaboração

6. Exemplo de DRE

1. Introdução

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma das demonstrações financeiras cuja elaboração é obrigatória para todas as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real ( RIR/1999 , art. 274 , caput).

As normas de elaboração das demonstrações financeiras constam da Lei das S/A (Lei nº 6.404/1976 ), mas aplicam-se aos demais tipos societários, razão pela qual os conceitos comentados neste procedimento, embora peculiares às sociedades anônimas, são perfeitamente adaptáveis, no que couber, às demais pessoas jurídicas.

Observamos, ainda, que a elaboração da DRE também está disciplinada pela NBC T 3.3, aprovada pela Resolução CFC nº 686/1990.

2. Conceito

A DRE é a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da entidade (normalmente um ano).

Desde que observado o princípio de competência, essa demonstração evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas. (NBC T 3.3 - Da Demonstração do Resultado, subitem 3.3.1, aprovada pela Resolução CFC nº 686/1990)

3. Conteúdo e estrutura da DRE

A DRE deve discriminar: a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas e outras despesas operacionais;

d) o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

e) o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

f) as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

g) o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

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Na determinação do resultado do exercício, serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda;

b) os custos, as despesas, os encargos e as perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. (Lei nº 6.404/1976 , art. 187 , caput e § 1º)

4. Apuração de resultados

Medimos o resultado apurado pela empresa confrontando receitas e custos e despesas do período.

Caso seja positivo, o resultado representará o lucro auferido; se negativo, o prejuízo.

Desse modo:

Receitas - (Custos e Despesas) = Lucro ou Prejuízo

 

Para firmar o conceito de resultado:

a) se as receitas forem maiores que os custos e despesas, a empresa teve lucro;

b) se os custos e despesas forem maiores que as receitas, a empresa teve prejuízo.

4.1 Receita, custo e despesa

De uma maneira bastante simplificada, podemos dizer que:

a) receita é a renda que a empresa obtém pelas vendas de mercadorias e produtos, pela prestação de serviços etc. (quer receba os valores a vista ou não);

b) custo é o gasto relativo à aquisição ou produção de um bem de venda ou de uso. Por exemplo: para que uma empresa comercial venda uma mercadoria, ela primeiramente adquire essa mercadoria. O gasto com a aquisição é classificado como custo da mercadoria vendida;

c) despesa é o gasto que a empresa tem com as demais "utilidades", ou seja, os gastos com as vendas (comissões pagas a vendedores), com a administração da empresa (aluguel, água, luz, telefone), com os juros de empréstimos bancários (despesas financeiras) etc.

5. Transcrição da DRE no livro Diário e periodicidade de elaboração

De acordo com o subitem 2.1.4 da NBC T 2.1 - Das Formalidades da Escrituração Contábil, aprovada pela Resolução CFC nº 563/1983, a DRE, assim como o balanço e as demais demonstrações contábeis de encerramento do exercício, deve ser transcrita no livro Diário, complementando-se com as assinaturas do contabilista e do titular ou representante legal da entidade. Igual procedimento, aliás, deve ser adotado quanto às demais demonstrações contábeis elaboradas por força de dispositivos legais, contratuais ou estatutários.

A legislação fiscal ( RIR/1999 , art. 274 , caput) estabelece, por sua vez, que, ao fim de cada período de incidência do Imposto de Renda (trimestral ou anual), o contribuinte deve apurar o lucro líquido mediante a elaboração, com observância das disposições da lei comercial, do Balanço Patrimonial, da DRE do período e da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).

A DRE também deve ser elaborada por ocasião da suspensão ou redução da estimativa mensal, com base em balanços/balancetes mensais, pelas pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real anual ( RIR/1999 , art. 230 ).

6. Exemplo de DRE

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A DRE é apresentada de forma retificativa, ou seja, os valores de custos e despesas são deduzidos dos valores das receitas, mostrando, assim, o resultado do exercício (lucro ou prejuízo) por tópicos parciais (receita líquida, lucro bruto, lucro operacional etc.).

Para ilustrar, vejamos um exemplo de DRE relativamente abrangente, com dados apenas exemplificativos:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31.12. ........

RECEITA BRUTA DAS VENDAS  

Receitas de Vendas   1.000.000,00

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA  

(-) Impostos Incidentes sobre Vendas     200.000,00

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS       800.000,00

(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS     400.000,00

LUCRO BRUTO       400.000,00

DESPESAS OPERACIONAIS  

(-) Despesas de Vendas 70.000,00  

(-) Despesas Administrativas 30.000,00  

(-) Encargos Financeiros Líquidos 18.000,00 118.000,00

LUCRO OPERACIONAL       282.000,00

Outras Receitas       8.000,00

(-) Outras Despesas   0,00  

LUCRO ANTES DO IRPJ E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO       290.000,00

(-) PROVISÃO PARA IRPJ E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO   80.000,00

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO       210.000,00

Legislação Referenciada

   RIR/1999 

  Lei nº 6.404/1976

  Resolução CFC nº 563/1983

  Resolução CFC nº 686/1990

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Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 27 de Maio de 2010

Em face da publicação da Lei nº 11.941/2009, DOU 1 de 28.05.2009, este procedimento foi atualizado. Tópicos atualizados: 1. Introdução; 2. Informações reveladas pela DVA.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

Sumário

1. Introdução

2. Informações reveladas pela DVA

3. Alcance e apresentação     3.1 Detalhamento mínimo da riqueza gerada 

    3.2 Modelos de DVA a serem utilizados 

4. Algumas definições

5. Características das informações da DVA     5.1 Informações extraídas da DVA 

6. DVA aplicável as "empresas em geral"

    6.1 Formação da riqueza (primeira parte da DVA) 

    6.2 Distribuição da riqueza (segunda parte da DVA) 

    6.3. Outras informações que devem constar da DVA - Exemplos

    6.3.1 Depreciação de itens reavaliados ou avaliados ao valor justo (fair value) 

    6.3.2 Ajustes de exercícios anteriores 

    6.3.3 Ativos construídos pela empresa para uso próprio 

    6.3.3.1 Tratamento da depreciação 

    6.3.4 Distribuição de lucros relativos a exercícios anteriores 

    6.3.5 Substituição tributária 

    6.3.5.1 Substituição tributária progressiva 

    6.3.5.2 Substituição tributária regressiva 

7. Atividades "específicas" - Intermediação financeira (bancária)     7.1 Formação da riqueza (primeira parte da DVA) 

    7.2 Distribuição da riqueza (segunda parte da DVA) 

8. Atividades "específicas" - Seguro e previdência     8.1 Formação da riqueza (primeira parte da DVA) 

    8.2 Distribuição da riqueza (segunda parte da DVA) 

9. Modelos de DVA     9.1 Modelo 1 - DVA das empresas em geral

    9.2 Modelo 2 - DVA das instituições financeiras bancárias

    9.3 Modelo 3 - DVA das seguradoras (modelo sugerido pela Superintendência de Seguros Privados - Susep)

1. Introdução

A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), ou de Valor Agregado, é conceituada, genericamente, como a demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e sua distribuição.

Por se tratar de uma demonstração contábil, as informações para sua elaboração devem ser extraídas da contabilidade, e os valores informados devem ter como base o princípio contábil da competência.

Já não é de hoje que o tema vem sendo tratado em nosso País. A precursora e incentivadora da publicação dessas informações foi a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que, em 1992, baixou o Parecer de Orientação nº 24/1992, no qual apoiava a divulgação voluntária de informações de natureza social.

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De lá para cá muito coisa mudou. A DVA que originalmente era uma demonstração facultativa, com a edição da Lei nº 11.638/2007 , tornou-se obrigatória às companhias abertas.

Nesse diapasão, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) editou o Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado, que foi recepcionado e aprovado pela CVM por meio da Deliberação nº 557/2008, cuja aplicação se dá já a partir dos exercícios encerrados em dezembro de 2008.

2. Informações reveladas pela DVA

A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa.

A atual e a potencial aplicações do valor adicionado mostram os aspectos econômico e social que o seu conceito envolve:

a) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e

b) como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos agentes financiadores e dos acionistas.

O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.

Portanto, fica evidente que a DVA, que também pode integrar o Balanço Social, constitui-se, desse modo, numa importante fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza.

Observa-se que sua elaboração deve levar em conta o Pronunciamento Conceitual Básico do CPC intitulado "Estrutura Conceitual Básica para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis", e seus dados, em sua grande maioria, devem ser obtidos principalmente a partir da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

3. Alcance e apresentação

A entidade deve elaborar a DVA e apresentá-la como parte integrante das suas demonstrações contábeis divulgadas ao final de cada exercício social. Como se viu na introdução deste procedimento, a obrigatoriedade já se aplica a partir dos exercícios encerrados em dezembro/2008.

Observa-se que a elaboração da DVA consolidada deve basear-se nas demonstrações consolidadas e evidenciar a participação dos sócios não controladores. Veja modelos no tópico 9, adiante.

A DVA deverá, ainda, proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas.

3.1 Detalhamento mínimo da riqueza gerada

A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma:

a) pessoal e encargos;

b) impostos, taxas e contribuições;

c) juros e aluguéis;

d) Juros sobre o Capital Próprio (JCP) e dividendos;

e) lucros retidos/prejuízos do exercício.

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3.2 Modelos de DVA a serem utilizados

As entidades mercantis (comerciais e industriais) e prestadoras de serviços devem utilizar o modelo de DVA do subtópico 9.1, aplicável às empresas em geral.

Já as empresas com atividades específicas, tais como atividades de intermediação financeira (instituições financeiras bancárias) e de seguros, devem utilizar os modelos específicos (subtópicos 9.2 e 9.3).

4. Algumas definições

Os termos abaixo são utilizados neste procedimento com os seguintes significados:

a) valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade;

b) receita de venda de mercadorias, produtos e serviços representam os valores reconhecidos na contabilidade a esse título pelo regime de competência e incluídos na DRE do período;

c) outras receitas representam os valores que sejam oriundos, principalmente, de baixas por alienação de ativos não circulantes, tais como resultados na venda de imobilizado, de investimentos e outras transações incluídas na DRE que não configuram reconhecimento de transferência à entidade de riqueza criada por outras entidades;

Notas (1) Diferentemente dos critérios contábeis, também incluem valores que não transitam pela DRE, como, por exemplo, aqueles relativos à construção de ativos para uso próprio da entidade (subtópico 6.3.3) e aos juros pagos ou creditados que tenham sido incorporados aos valores dos ativos de longo prazo (normalmente, imobilizados). (2) No caso de estoques de longa maturação, os juros a eles incorporados deverão ser destacados como distribuição da riqueza no momento em que os respectivos estoques forem baixados; dessa forma, não há que se considerar esse valor como outras receitas.

d) insumo adquirido de terceiros representa os valores relativos às aquisições de matérias-primas, mercadorias, materiais, energia, serviços etc. que tenham sido transformados em despesas do período. Enquanto permanecerem nos estoques, não compõem a formação da riqueza criada e distribuída;

e) depreciação, amortização e exaustão representam os valores reconhecidos no período e normalmente utilizados para conciliação entre o fluxo de caixa das atividades operacionais e o resultado líquido do exercício;

f) valor adicionado recebido em transferência representa a riqueza que não tenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela é transferida, como por exemplo receitas financeiras, de equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties etc. Precisa ficar destacado, inclusive para evitar dupla-contagem em certas agregações.

5. Características das informações da DVA

A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar, eliminados os valores que representam dupla-contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB).

Essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado período.

Existem, todavia, diferenças temporais entre os modelos contábil e econômico no cálculo do valor adicionado.

A ciência econômica, para cálculo do PIB, baseia-se na produção, enquanto a contabilidade utiliza o conceito contábil da realização da receita, isto é, baseia-se no regime contábil de competência.

Como os momentos de realização da produção e das vendas são normalmente diferentes, os valores calculados para o PIB por meio dos conceitos oriundos da Economia e os da Contabilidade são naturalmente diferentes em cada período.

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Essas diferenças serão tanto menores quanto menores forem as diferenças entre os estoques inicial e final para o período considerado. Em outras palavras, admitindo-se a inexistência de estoques inicial e final, os valores encontrados com a utilização de conceitos econômicos e contábeis convergirão.

5.1 Informações extraídas da DVA

Para os investidores e outros usuários, essa demonstração proporciona o conhecimento de informações de natureza econômica e social e oferece a possibilidade de melhor avaliação das atividades da entidade dentro da sociedade na qual está inserida.

A decisão de recebimento por uma comunidade (Município, Estado e a própria Federação) de investimento pode ter nessa demonstração um instrumento de extrema utilidade e com informações que, por exemplo, a DRE, por si só, não é capaz de oferecer.

A DVA elaborada por segmento (tipo de clientes, atividades, produtos, área geográfica e outros) pode representar informações ainda mais valiosas no auxílio da formulação de predições e, enquanto não houver um pronunciamento específico do CPC sobre segmentos, sua divulgação é incentivada.

6. DVA aplicável as "empresas em geral"

6.1 Formação da riqueza (primeira parte da DVA)

A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a riqueza criada pela entidade.

Os principais componentes da riqueza criada são: a) receitas:

a.1) venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, Cofins e PIS-Pasep), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na DRE tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas;

a.2) outras receitas - da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas;

a.3) provisão para créditos de liquidação duvidosa - constituição/reversão - inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão;

b) insumos adquiridos de terceiros: b.1) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio;

Nota Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia etc. consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo, ICMS, IPI, Cofins e PIS-Pasep), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas na DRE.

b.2) materiais, energia, serviços de terceiros e outros - inclui valores relativos às despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros;

b.3) perda e recuperação de valores ativos - inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, imobilizados, investimentos etc.;

Nota Também devem ser incluídos os valores reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos, conforme aplicação do CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se no período o valor líquido for positivo, deve ser somado).

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b.4) depreciação, amortização e exaustão - inclui a despesa ou o custo contabilizados no período;

c) valor adicionado recebido em transferência: c.1) resultado de equivalência patrimonial - o resultado da equivalência pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser considerado como redução ou valor negativo;

c.2) receitas financeiras - inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de sua origem;

c.3) outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia etc.

6.2 Distribuição da riqueza (segunda parte da DVA)

A segunda parte da DVA deve apresentar, de forma detalhada, como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa parte são:

a) pessoal - valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de: a.1) remuneração direta - representada pelos valores relativos a salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os pagamentos com base em ações), férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos resultados etc.;

a.2) benefícios - representados pelos valores relativos a assistência médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc.;

a.3) FGTS - representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados;

b) impostos, taxas e contribuições - valores relativos ao Imposto de Renda, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a contribuições aos INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho - SAT) que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, Cofins e PIS-Pasep, devem ser considerados apenas os valores devidos ou já recolhidos, e representam a diferença entre os impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como "insumos adquiridos de terceiros". Dividem-se em:

b.1) federais - inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Estados, Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSLL, IPI, Cide, Cofins e PIS-Pasep. Inclui também a contribuição sindical patronal;

b.2) estaduais - inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA;

b.3) municipais - inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU;

c) remuneração de capitais de terceiros - valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital: c.1) juros - inclui as despesas financeiras, inclusive as variações cambiais passivas, relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras formas de obtenção de recursos. Inclui os valores que tenham sido capitalizados no período;

c.2) aluguéis - inclui os aluguéis (inclusive as despesas com arrendamento operacional) pagos ou creditados a terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos;

c.3) outras - inclui outras remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais etc.;

d) remuneração de capitais próprios - valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas: d.1) JCP e dividendos - inclui os valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado do próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como "lucros retidos" no exercício em que foram gerados;

d.2) lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo;

d.3) as quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de JCP, independentemente de serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados.

6.3. Outras informações que devem constar da DVA - Exemplos

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6.3.1 Depreciação de itens reavaliados ou avaliados ao valor justo (fair value)

A reavaliação de ativos e a avaliação de ativos ao seu valor justo provocam alterações na estrutura patrimonial da empresa e, por isso, normalmente requerem o registro contábil dos seus efeitos tributários.

Os resultados da empresa são afetados sempre que houver a realização dos respectivos ativos reavaliados ou avaliados ao valor justo.

Quando a realização de determinado ativo ocorrer pelo processo normal de depreciação, por consequência, a DVA também é afetada. Assim, no momento da realização da reavaliação ou da avaliação ao valor justo, deve-se incluir esse valor como "outras receitas" na DVA, bem como se reconhecem os respectivos tributos na linha própria de impostos, taxas e contribuições.

6.3.2 Ajustes de exercícios anteriores

Os ajustes de exercícios anteriores, decorrentes de efeitos provocados por erro imputável a exercício anterior ou da mudança de critérios contábeis que vinham sendo utilizados pela entidade, devem ser adaptados na DVA relativa ao período mais antigo apresentado para fins de comparação, bem como os demais valores comparativos apresentados, como se a nova prática contábil estivesse sempre em uso ou o erro fosse corrigido.

6.3.3 Ativos construídos pela empresa para uso próprio

A construção de ativos dentro da própria empresa para seu próprio uso é procedimento comum.

Nessa construção, diversos fatores de produção são utilizados, inclusive a contratação de recursos externos (por exemplo, materiais e mão de obra terceirizada) e a utilização de fatores internos como mão de obra, com os consequentes custos que essa contratação e utilização provocam.

Para elaboração da DVA, essa construção equivale à produção vendida para a própria empresa, e por isso seu valor contábil integral precisa ser considerado como receita.

A mão de obra própria alocada é considerada como distribuição dessa riqueza criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse mesmo tratamento. Os gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como insumos.

6.3.3.1 Tratamento da depreciação

À medida que os ativos construídos pela empresa entram em operação, a geração de resultados desses ativos recebe tratamento idêntico aos resultados gerados por qualquer outro ativo adquirido de terceiros; portanto, sua depreciação também deve receber igual tratamento.

Para evitar o desmembramento das despesas de depreciação, na elaboração da DVA, entre os componentes que serviram de base para o respectivo registro do ativo construído internamente (materiais diversos, mão de obra, impostos, aluguéis e juros), os valores gastos nessa construção devem, no período da construção, ser tratados como receitas relativas à construção de ativos próprios.

Da mesma forma, os componentes de seu custo devem ser alocados na DVA seguindo-se suas respectivas naturezas.

Referido procedimento de reconhecimento dos valores gastos no período como outras receitas, além de aproximar do conceito econômico de valor adicionado, evita controles complexos adicionais, que podem ser custosos, durante toda a vida útil econômica do ativo.

6.3.4 Distribuição de lucros relativos a exercícios anteriores

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A DVA está estruturada para ser elaborada a partir da DRE do período.

Assim, há uma estreita vinculação entre essas duas demonstrações e essa vinculação deve servir para sustentação da consistência entre elas. Todavia, ela tem também uma interface com a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) na parte em que movimentações nesta conta dizem respeito à distribuição do resultado do exercício apurado na demonstração própria.

A entidade é livre, dentro dos limites legais, para distribuir seus lucros acumulados, sejam eles oriundos do próprio exercício ou de exercícios anteriores. Porém, pela vinculação referida, os dividendos que compõem a riqueza distribuída pela entidade devem restringir-se exclusivamente à parcela relativa aos resultados do próprio período.

Dividendos distribuídos relativos a lucros de períodos anteriores não são considerados, pois já figuraram como lucros retidos naqueles respectivos períodos.

6.3.5 Substituição tributária

A legislação brasileira, por meio de dispositivos legais próprios, permite a transferência de responsabilidade tributária a um terceiro, desde que vinculado ao fato gerador do tributo. Essa transferência de responsabilidade, que pode ser total ou parcial e tem como finalidade precípua a garantia de recolhimento do tributo, é efetivada de duas formas: progressiva e regressiva.

6.3.5.1 Substituição tributária progressiva

A substituição tributária progressiva ocorre com a antecipação do pagamento do tributo que só será devido na operação seguinte.

Do ponto de vista do substituto tributário (normalmente fabricante ou importador), deve-se incluir o valor do "imposto antecipado" no faturamento bruto e depois apresentá-lo como dedução desse faturamento para se chegar à receita bruta.

6.3.5.2 Substituição tributária regressiva

No caso da substituição tributária regressiva, por exemplo, quando o comerciante realiza operação com produtor rural e é responsável pelo recolhimento do tributo, podem ocorrer duas situações:

a) no caso de o comerciante ter direito ao crédito na operação seguinte, quando o valor do tributo recolhido deve ser tratado como impostos a recuperar, na DVA, o valor dos impostos incidentes sobre as vendas deve ser considerado pelo valor total, uma vez que foi recolhido pelo próprio comerciante;

b) se o comerciante não fizer jus ao crédito do tributo, o valor recolhido deve ser tratado como custo dos estoques.

7. Atividades "específicas" - Intermediação financeira (bancária)

7.1 Formação da riqueza (primeira parte da DVA)

Os principais componentes na formação da riqueza nessa atividade estão apresentados a seguir:

a) receitas: a.1) receitas de intermediação financeira - inclui as receitas com operações de crédito, arrendamento mercantil, resultados de câmbio, títulos e valores mobiliários e outras;

a.2) receita de prestação de serviços - inclui as receitas relativas à cobrança de taxas por prestação de serviços;

a.3) provisão para créditos de liquidação duvidosa - constituição/reversão - inclui os valores relativos à constituição e baixa da provisão;

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a.4) outras receitas - inclui parte dos valores realizados de ajustes de avaliação patrimonial, valores relativos à construção de ativos na própria entidade etc.;

Nota Inclui também valores considerados fora das atividades principais da entidade, tais como: ganhos e perdas na baixa de imobilizados, ganhos e perdas na baixa de investimentos etc.

a.5) despesas de intermediação financeira - inclui os gastos com operações de captação, empréstimos, repasses, arrendamento mercantil e outros.;

Nota Na atividade bancária, por convenção, assume-se que as despesas com intermediação financeira devem fazer parte da formação líquida da riqueza e não de sua distribuição.

b) insumos adquiridos de terceiros: b.1) materiais, energia e outros - inclui valores relativos às despesas originadas de aquisições e pagamentos a terceiros;

b.2) serviços de terceiros - inclui gastos de pessoal que não seja próprio;

b.3) perda e recuperação de valores ativos - inclui valores relativos a ajustes a valor de mercado de investimentos (se no período o valor líquido for positivo, deve ser somado);

b.4) depreciação, amortização e exaustão - inclui a despesa contabilizada no período;

c) valor adicionado recebido em transferência: c.1) resultado de equivalência patrimonial - o resultado da equivalência pode representar receita ou despesa, devendo esta última ser considerada como redução ou valor negativo;

c.2) outras receitas - inclui dividendos relativos a investimentos avaliados pelo custo, aluguéis, direitos de franquia etc.

7.2 Distribuição da riqueza (segunda parte da DVA)

A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída.

Os principais componentes dessa distribuição são: a) pessoal - valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de:

a.1) remuneração direta - valores relativos a salários, 13º salário, honorários da diretoria, férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos resultados etc.;

a.2) benefícios - valores relativos à assistência médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc.;

a.3) FGTS - valores devidos aos empregados e que são depositados em conta vinculada.;

b) impostos, taxas e contribuições - valores relativos ao Imposto de Renda, à CSLL, às contribuições aos INSS (incluídos aqui os valores do SAT) que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a entidade esteja sujeita:

b.1) federais - inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Estados, Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSLL etc. Inclui também a contribuição sindical patronal;

b.2) estaduais - inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Municípios, Autarquias etc., tais como o IPVA;

b.3) municipais - inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte a Autarquias ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU;

c) remuneração de capitais de terceiros - valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital: c.1) aluguéis - valores de aluguéis (incluindo-se as despesas com arrendamento operacional) pagos ou creditados a terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos;

c.2) outras - valores de remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas de capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais etc.;

d) remuneração de capitais próprios - valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas:

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d.1) JCP e dividendos - inclui os valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado do próprio período, desconsiderando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como "lucros retidos" no exercício em que foram gerados;

d.2) lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo;

d.3) as quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de JCP, independentemente de serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao período a que devem ser imputados.

8. Atividades "específicas" - Seguro e previdência

8.1 Formação da riqueza (primeira parte da DVA)

Os principais componentes na formação da riqueza nessas atividades estão apresentados a seguir: a) receitas:

a.1) receitas com operações de seguro - inclui as receitas com venda de apólices e de operações de cosseguros aceitas, já líquidas dos prêmios restituídos ou cancelados, bem como de retrocessão, as receitas oriundas das operações de recuperação de sinistros com salvados e ressarcimento;

a.2) receitas com operações de previdência complementar - inclui as receitas relativas à venda desse tipo de plano de previdência;

a.3) outras receitas - inclui outras receitas operacionais de qualquer natureza. Inclui também receitas oriundas de atividades que não estejam incluídas na operação principal da entidade;

a.4) provisão para créditos de liquidação duvidosa - constituição/reversão - inclui os valores relativos à constituição/baixa da provisão;

a.5) variação das provisões técnicas em operações de seguro - representa o ajuste de prêmios retidos para o regime de competência de acordo com a vigência de cada apólice de seguro;

a.6) variação das provisões técnicas em operações de previdência - representa a variação da provisão matemática de planos de previdência complementar aberta registrada no efetivo recebimento das contribuições;

a.7) sinistros - valores das indenizações que são de competência do exercício;

Nota Nas atividades de seguros e previdência, os sinistros retidos e as despesas com benefícios e resgates, que representam o total das indenizações líquidas a serem pagas aos segurados, devem ser deduzidas das receitas.

a.8) variação da provisão de sinistros ocorridos, mas não avisados - valor do ajuste da provisão de sinistros ocorridos, mas não avisados;

a.9) despesa com benefícios e resgates - valor dos benefícios concedidos e dos resgates efetuados de competência daquele período;

a.10) variação da provisão de eventos ocorridos, mas não avisados - valor do ajuste da provisão de eventos ocorridos, mas não avisados à empresa;

b) insumos adquiridos de terceiros: b.1) materiais, energia e outros - valor dos materiais e energia consumidos, despesas gerais e administrativas e todas aquelas que não possuem tratamento específico, adquiridos de terceiros;

b.2) serviços de terceiros, comissões líquidas - valor dos recursos pagos a terceiros por prestação de serviços, além das comissões pagas aos corretores;

b.3) variação das despesas de comercialização diferidas - valor do ajuste das despesas de comercialização (basicamente, comissões) para o regime de competência de acordo com a vigência de cada apólice de seguro;

b.4) perda e recuperação de valores ativos - inclui os valores relativos a valor de mercado de investimentos (se no período o valor líquido for positivo, deve ser somado);

b.5) depreciação, amortização e exaustão - inclui a despesa contabilizada no período;

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c) valor adicionado recebido/cedido em transferência: c.1) receita financeira - decorrente das aplicações em títulos e outras aplicações financeiras, inclusive as de variações cambiais ativas;

c.2) resultado de equivalência patrimonial - esse resultado pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser informado entre parênteses;

c.3) resultado com operações de resseguros cedidos - parcela dos prêmios que a seguradora passa para resseguradoras com a intenção de dividir responsabilidades para diminuir os riscos. Inclui, também, a parcela de sinistros que a seguradora recebe dessas resseguradoras;

c.4) resultado com operações de cosseguros cedidos - parcela dos prêmios que a seguradora repassa para outras seguradoras com a intenção de dividir responsabilidades para diminuir os riscos. Inclui, também, a parcela de sinistros que a seguradora recebe dessas resseguradoras;

c.5) outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados pelo custo, aluguéis, direitos de franquia etc.

8.2 Distribuição da riqueza (segunda parte da DVA)

A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa distribuição são:

a) pessoal - valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de: a.1) remuneração direta - valores relativos a salários, 13º salário, honorários da diretoria, férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos resultados etc.;

a.2) benefícios - valores relativos a assistência médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc.;

a.3) FGTS - valores devidos aos empregados e que são depositados em conta vinculada;

b) impostos, taxas e contribuições - valores relativos ao Imposto de Renda, à CSLL, às contribuições aos INSS (incluídos aqui os valores do SAT) que representem ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a entidade esteja sujeita;

b.1) federais - inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Estados, Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSLL etc. Inclui, também, a contribuição sindical patronal;

b.2) estaduais - inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Municípios, Autarquias etc., tais como o IPVA;

b.3) municipais - inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte a Autarquias ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU;

c) remuneração de capitais de terceiros - valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital: c.1) juros - inclui as despesas financeiras relativas a qualquer tipo de empréstimo e financiamento junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras formas de obtenção de recursos. Inclui os valores que tenham sido ativados no período;

c.2) aluguéis - inclui os aluguéis (incluindo-se as despesas com arrendamento operacional) pagos ou creditados a terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos;

c.3) outras - inclui outras remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais etc.;

d) remuneração de capitais próprios - valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas: d.1) JCP e dividendos - inclui os valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado do próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como "lucros retidos" no exercício em que foram gerados;

d.2) lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo;

d.3) as quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de JCP, independentemente de serem tratadas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados.

9. Modelos de DVA

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Os modelos a seguir apresentados constam do Pronunciamento Técnico CPC 09 e devem ser entendidos como indicativos. Um maior detalhamento, em nome da maior transparência, poderá ser utilizado.

9.1 Modelo 1 - DVA das empresas em geral

MODELO 1 - DVA DAS EMPRESAS EM GERAL

DESCRIÇÃO

 

Em milhares de reais

 

Em milhares de reais

 

 20X1

 20X0

 1 - RECEITAS

     1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços

     1.2) Outras receitas

     1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios

     1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Reversão/(Constituição)

    

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

     (inclui os valores dos impostos - ICMS, IPI, Cofins e PIS-Pasep)

     2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos

     2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros

     2.3) Perda/Recuperação de valores ativos

     2.4) Outras (especificar)

     3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1 - 2)

     4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

     5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3 - 4)

     6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

     6.1) Resultado de equivalência patrimonial

     6.2) Receitas financeiras

     6.3) Outras

     7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6)

     8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

     

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8.1) Pessoal

     8.1.1 - Remuneração direta

     8.1.2 - Benefícios

     8.1.3 - FGTS

     8.2) Impostos, taxas e contribuições

     8.2.1 - Federais

     8.2.2 - Estaduais

     8.2.3 - Municipais

     8.3) Remuneração de capitais de terceiros

     8.3.1 - Juros

     8.3.2 - Aluguéis

     8.3.3 - Outras

     8.4) Remuneração de capitais próprios

     8.4.1 - JCP

     8.4.2 - Dividendos

     8.4.3 - Lucros retidos/Prejuízo do exercício

     8.4.4 - Participação dos não controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)

    

Nota O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.

9.2 Modelo 2 - DVA das instituições financeiras bancárias

MODELO 2 - DVA DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS

DESCRIÇÃO

 

Em milhares de reais

 

Em milhares de reais

 

 20X1

 20X0

 

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1 - RECEITAS

     1.1) Intermediação Financeira

     1.2) Prestação de Serviços

     1.3) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Reversão/(Constituição)

    

1.4) Outras

     2 - DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

     3 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

     3.1) Materiais, energia e outros

     3.2) Serviços de terceiros

     3.3) Perda / Recuperação de valores ativos

     3.4) Outras (especificar)

     4 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1 - 2 - 3)

     5 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

     6 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (4 - 5)

     7 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

     7.1) Resultado de equivalência patrimonial

     7.2) Outras

     8 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (6 + 7)

     9 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

     9.1) Pessoal

     9.1.1 - Remuneração direta

     9.1.2 - Benefícios

     9.1.3 - FGTS

     9.2) Impostos, taxas e contribuições

     9.2.1 - Federais

     9.2.2 - Estaduais

     9.2.3 - Municipais

     

9.3) Remuneração de capitais de terceiros    

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 9.3.1 - Aluguéis

     9.3.2 - Outras

     9.4) Remuneração de capitais próprios

     9.4.1 - JCP

     9.4.2 - Dividendos

     9.4.3 - Lucros retidos/Prejuízo do exercício

     9.4.4 - Participação dos não controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)

    

Nota O total do item 9 deve ser exatamente igual ao item 8.

9.3 Modelo 3 - DVA das seguradoras (modelo sugerido pela Superintendência de Seguros Privados - Susep)

MODELO 3 - DVA DAS SEGURADORAS

DESCRIÇÃO

 

Em milhares de reais

 

Em milhares de reais

 

 20X1

 20X0

 1 - RECEITAS

     1.1) Receitas com operações de seguros

     1.2) Receitas com operações de previdência complementar

     1.3) Rendas com taxas de gestão e outras taxas

     1.4) Outras

     1.5) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Reversão/(Constituição)

    

2 - VARIAÇÕES DAS PROVISÕES TÉCNICAS

     2.1) Operações de seguros

     2.2) Operações de previdência

     

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3 - RECEITA LÍQUIDA OPERACIONAL (1 + 2)

     4 - BENEFÍCIOS E SINISTROS

     4.1) Sinistros

     4.2) Variação da provisão de sinistros ocorridos, mas não avisados

     4.3) Despesas com benefícios e resgates

     4.4) Variação da provisão de eventos ocorridos, mas não avisados

     4.5) Outras

     5 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

     5.1) Materiais, energia e outros

     5.2) Serviços de terceiros, comissões líquidas

     5.3) Variação das despesas de comercialização diferidas

     5.4) Perda/Recuperação de valores ativos

     6 - VALOR ADICIONADO BRUTO (3 - 4 - 5)

     7 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

     8 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (6 - 7)

     9 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO/CEDIDO EM TRANSFERÊNCIA

     9.1) Receitas financeiras

     9.2) Resultado de equivalência patrimonial

     9.3) Resultado com operações de resseguros cedidos

     9.4) Resultado com operações de cosseguros cedidos

     9.5) Outras

     10 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (8 + 9)

     11 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

     11.1) Pessoal

     11.1.1 - Remuneração direta

     11.1.2 - Benefícios

     11.1.3 - FGTS

     11.2) Impostos, taxas e contribuições

     

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11.2.1 - Federais

     11.2.2 - Estaduais

     11.2.3 - Municipais

     11.3) Remuneração de capitais de terceiros

     11.3.1 - Juros

     11.3.2 - Aluguéis

     11.3.3 - Outras

     11.4) Remuneração de capitais próprios

     11.4.1 - JCP

     11.4.2 - Dividendos

     11.4.3 - Lucros retidos/Prejuízo do exercício

     11.4.4 - Participação dos não controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)

    

Nota O total do item 11 deve ser exatamente igual ao item 10.

Legislação Referenciada

  Deliberação nº 557/2008

  Lei nº 11.638/2007

   CPC 

  Orientação nº 24/1992

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O Valor Adicionado (VA)

O conceito de valor adicionado em economia é utilizadopara mensurar as atividades econômicas de uma naçãoatravés da definição de Produto Nacional.

Segundo Simonsen: “Denomina-se valor adicionado emdeterminada etapa de produção, à diferença entre o valorbruto da produção e os consumos intermediários nessaetapa. Assim o produto nacional pode ser concebido com asoma dos valores adicionados em determinado período detempo, em todas as etapas dos processos de produção dopaís”.

O Valor Adicionado (VA)

A definição de valor adicionado em contabilidade, deveconsiderar o aspecto empresarial, ou seja, a avaliação dastransações econômicas ocorridas na empresa.

A empresa é um dos elementos fundamentais no sistema deprodução econômica de uma nação, a sua participaçãonesse sistema, se dá pela produção de bens e serviços queatendam as necessidades de consumo e de acumulação dasociedade.

O Valor Adicionado (VA)Suponha-se que uma empresa venda toda sua produção em um certo período e obtenhareceita total de $ 100.000,00 para isto, a empresa efetuou compra de materiais de outrasempresas no valor de $ 60.000,00 e pagou $ 10.000,00 a seus funcionários. Qual o valoradicionado dessa empresa?

Pela definição dada entende-se que o VA representa $ 40.000,00, ou seja, a diferençaentre o valor da produção (venda) menos o valor dos materiais adquiridos de terceiros(consumos intermediários), demonstrando fica: Valor adicionado = produção - consumos intermediários Valor adicionado = 100.000,00 – 60.000,00 Valor adicionado = 40.000,00

E a mão-de-obra?

A mão-de-obra é um serviço final para a “economia”, neste caso a empresa. Portanto acontribuição dessa empresa para o produto nacional bruto é de $ 40.000,00. Esse é o valorda riqueza que a empresa conseguiu gerar.

Em economia o valor adicionado ou renda “nacional” que remunerou os funcionários (mão-de-obra) no valor de $ 10.000,00 e os sócios/acionistas (capital) no valor de $ 30.000,00,totalizou $ 40.000,00.

Desse modo, vimos portanto, que o conceito de valor adicionado é igual na visão econômica e contábil, entretanto é preciso ter cuidado para algumas diferenças existentes no momento

da apuração.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

Conceituação e disposições LegaisSegundo a NBC T 3.7 aprovada em 21 de janeiro de 2005:

Conceito: Demonstração do Valor Adicionado é a demonstração contábildestinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações dovalor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e suadistribuição. (NBC T 3.7)Origem das Informações: As informações devem ser extraídas dacontabilidade e os valores informados devem ter como base o princípiocontábil da competência. (NBC T 3.7)Caso a entidade elabore Demonstrações Contábeis Consolidadas, aDemonstração do Valor Adicionado deve ser elaborada com base nasdemonstrações consolidadas, e não pelo somatório das Demonstraçõesdo Valor Adicionado individuais.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Estrutura da DVA

A Demonstração do Valor Adicionado deve ser apresentada de formacomparativa mediante a divulgação simultânea de informações do períodoatual e do anterior.A DVA, quando divulgada, deve ser efetuada como informaçãocomplementar às Demonstrações Contábeis, não se confundindo com asnotas explicativas.A Demonstração do Valor Adicionado deve evidenciar os componentesabaixo: a) a receita bruta e as outras receitas; b) os insumos adquiridos de terceiros; c) os valores retidos pela entidade; d) os valores adicionados recebidos (dados) em transferência a outras

entidades; e) valor total adicionado a distribuir; e f) distribuição do valor adicionado.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Receitas Brutas e Outras Receitas

Neste Grupo devem constar:

as vendas de mercadorias, produtos e serviços, incluindo os valores dostributos incidentes sobre essas receitas, ou seja, o valor correspondente àreceita bruta, deduzidas as devoluções, os abatimentos incondicionais eos cancelamentos;as outras receitas decorrentes das atividades afins não-constantes doitem, acimaos valores relativos à constituição (reversão) de provisão para créditosduvidosos;os resultados não-decorrentes das atividades-fim, como: ganhos ouperdas na baixa de imobilizado, investimentos, etc., exceto os valoresadicionados recebidos (dados) em transferência a outras entidades.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Insumos Adquiridos de Terceiros

Neste Grupo devem constar:

Os materiais consumidos incluídos no custo dos produtos, mercadorias eserviços vendidos;Os demais custos dos produtos, mercadorias e serviços vendidos, excetogastos com pessoal próprio e depreciações, amortizações e exaustões;As despesas operacionais incorridas com terceiros, tais como: materiaisde consumo, telefone, água, serviços de terceiros, energia;Os valores relativos a perdas de ativos, como perdas na realização deestoques ou investimentos, etc.

Nos valores constantes dos três primeiros itens acima, devem ser considerados todos os tributos incluídos na aquisição, recuperáveis ou não

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Valores Retidos pela Entidade

Neste Grupo devem constar:

Depreciação, amortização e exaustão registrados no período.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Os valores adicionados recebidos (dados) em transferência a outras

entidadesNeste Grupo devem constar:

O resultado positivo ou negativo de equivalência patrimonial;Os valores registrados como dividendos relativos a investimentosavaliados ao custo;Os valores registrados como receitas financeiras relativos a quaisqueroperações com instituições financeiras, entidades do grupo ou terceiros,exceto para entidades financeiras que devem classificá-las no grupo dereceita bruta e outras receitas ; eOs valores registrados como receitas de aluguéis ou royalties, quando setratar de entidade que não tenha como objeto essa atividade.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Colaboradores:devem ser incluídos salários, férias, 13º salário, FGTS, seguro deacidentes de trabalho, assistência médica, alimentação, transporte, etc.,apropriados ao custo do produto ou ao serviço vendido ou ao resultado doperíodo, exceto os encargos com o INSS, SESI, SESC, SENAI, SENAT,SENAC e outros assemelhados. Fazem parte desse conjunto, também, osvalores representativos de comissões, gratificações, participações, planosprivados de aposentadoria e pensão, seguro de vida e acidentes pessoais.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Governo:devem ser incluídos impostos, taxas e contribuições, inclusive ascontribuições devidas ao INSS, SESI, SESC, SENAI, SENAT, SENAC eoutros assemelhados, imposto de renda, contribuição social, ISS, CPMF,todos os demais tributos, taxas e contribuições. Os valores relativos aICMS, IPI, PIS, Cofins e outros assemelhados devem ser considerados osvalores devidos ou já recolhidos aos cofres públicos, representando adiferença entre os impostos incidentes sobre as vendas e os valoresconsiderados dentro do item "Insumos adquiridos de terceiros". Como ostributos são, normalmente, contabilizados no resultado como se devidosfossem, e os incentivos fiscais, quando reconhecidos em conta de reservano patrimônio líquido, os tributos que não forem pagos em decorrência deincentivos fiscais devem ser apresentados na Demonstração do ValorAdicionado como item redutor do grupo de tributos.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Agentes Financiadores:devem ser consideradas, neste componente, as despesas financeirasrelativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos cominstituições financeiras, entidades do grupo ou outras e os aluguéis(incluindo os custos e despesas com leasing) pagos ou creditados aterceiros, exceto para entidades financeiras que devem classificá-las nogrupo de insumos adquiridos de terceiros.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Acionistas:incluem os valores pagos ou creditados aos acionistas, a título de jurossobre o capital próprio ou dividendos. Os juros sobre o capital próprioapropriados ou transferidos para contas de reservas no patrimônio líquidodevem constar do item "Lucros retidos".

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Participação dos minoritários nos "Lucros retidos":

deve ser incluído neste componente, aplicável àsDemonstrações Contábeis Consolidadas, o valor daparticipação minoritária apurada no resultado do exercício,antes do resultado consolidado.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Retenção de Lucro:

deve ser indicado neste componente o lucro do períododestinado às reservas de lucros e eventuais parcelas aindasem destinação específica.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Disposições Finais

a entidade deve acrescentar ou detalhar outras linhas na Demonstraçãodo Valor Adicionado quando o montante e a natureza de um item ou osomatório de itens similares forem de tal magnitude que a apresentaçãoem separado ajuda na apresentação mais adequada da Demonstração doValor Adicionado;A Demonstração do Valor Adicionado deve ser consistente com ademonstração do resultado e conciliada em registros auxiliares mantidospela entidade;A Demonstração do Valor Adicionado deve conter representaçãopercentual participativa;As informações contábeis contidas na Demonstração do Valor Adicionadosão de responsabilidade técnica de contabilista registrado no ConselhoRegional de Contabilidade;A Demonstração do Valor Adicionado deve ser objeto de revisão ouauditoria se a entidade possuir auditores externos independentes querevisem ou auditem suas Demonstrações Contábeis.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)20X1 % 20X0 %

1-RECEITAS 1.1. Vendas de mercadoria, produtos e serviços xxx xxx 1.2. Provisão para devedores duvidosos xxx xxx 1.3. Resultados não-operacionais xxx xxx2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 2.1. Materiais consumidos (xxx) (xxx) 2.2. Outros custos de produtos e serviços vendidos (xxx) (xxx) 2.3. Energia, serviços de terceiros e outras despesas operacionais (xxx) (xxx) 2.4. Perda na realização de ativos (xxx) (xxx)3 - RETENÇÕES 3.1. Depreciação, amortização e exaustão (xxx) (xxx)4 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE xxx xxx5 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 5.1. Resultado de equivalência patrimonial e dividendos de investimentos avaliado ao custo xxx xxx 5.2. Receitas financeiras xxx xxx 5.3. Aluguéis e royalties xxx xxx6 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR xxx 100% xxx 100%7 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 7.1. Empregados Salários e encargos xxx Y% xxx Y% Comissões sobre vendas xxx Y% xxx Y% Honorários da diretoria xxx Y% xxx Y% Participação dos empregados nos lucros xxx Y% xxx Y% Planos de aposentadoria e pensão xxx Y% xxx Y% 7.2. Tributos Federais xxx Y% xxx Y% Estaduais xxx Y% xxx Y% Municipais xxx Y% xxx Y% Menos: incentivos fiscais (xxx) Y% (xxx) Y% 7.3. Financiadores Juros xxx Y% xxx Y% Aluguéis xxx Y% xxx Y% 7.4. Juros sobre capital próprio e dividendos xxx Y% xxx Y% 7.5. Lucros retidos/prejuízo do exercício xxx Y% xxx Y%

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 1 – Empresa de Prestação de Serviços

Durante o exercício social de 20X1, realizou as seguintes operações:

1. Prestação de serviços por R$ 10.000,00, com incidência de 5% de ISS

2. Parte do custo dos serviços prestados corresponde ao valor de R$ 4000,00 gastos com mão-de-obra e é composta por R$ 750,00 da parcela de contribuições devidas pela empresa aoINSS e R$ 3.250,00 relativos a salários, férias, 13º salário, FGTS, etc.

3. Despesas administrativas (água, energia elétrica e materiais de escritório ) no valor de R$1.500,00

4. Pagamento de aluguel de equipamentos (integrante do custo) no valor de R$ 600,00

5. O imposto de Renda e a Contribuição social são calculados à alíquota de 33% sobre o lucrolíquido.

Ativo Passivo + PLCirculante Patrimônio Líquido

Caixa/Bancos 15.000 Capital 15.000 Total do Ativo 15.000 Total do Passivo 15.000

Balanço Patrimonial - 20X0

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 1 – Empresa de Prestação de Serviços

Demonstração de Resultados - 20X1 R$

Receita Bruta 10.000 (-) ISS sobre vendas (500) (=) Vendas Líquidas 9.500 (-) Custo dos Serviços Vendidos (4.600) (=) Lucro Bruto 4.900 (-) Despesas Operacionais

Despesas Administrativas (1.500) (=) Lucro antes do IR/CS 3.400 (-) IR/CS (33%) (1.122) (=) Lucro Líquido 2.278

Ativo Passivo + PLCirculante Circulante

Caixa/Bancos 18.900 ISS a Pagar 500 IR/CS a Pagar 1.122

Patrimônio LíquidoCapital 15.000 Lucros Acumulados 2.278

Total do Ativo 18.900 Total do Passivo 18.900

Balanço Patrimonial - 20X1

Demonstração do Valor Adicionado do Exercício de 20X1 R$ %

1 RECEITAS 10.000 1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 10.000

2 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 1.500 1.500

3 VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 8.500 3 RETENÇÕES -

4.1 Depreciação, amortização e exaustão - 4 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 8.500 5 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA - 6 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 8.500 7 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8.500 100%

7.1 Pessoal e encargos 3.250 Salários e Encargos 3.250 38,2%

7.2 Tributos 2.372 Federais 1.872 22,0%Municipais 500 5,9%Menos: Incentivos Fiscais 0,0%

7.3 Financiadores 600 Aluguéis 600 7,1%

7.4 Juros sobre capital próprio e dividendos - 0,0%8.5 Lucros retidos/prejuízo do exercício 2.278 26,8%

2.3 Energia, serviços de terceiros e outras despesas operacionais

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 1 – Empresa de Prestação de Serviços

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 2 – Empresa Comercial

Ativo Passivo + PLCirculante

Caixa/Bancos 5.000

PermanenteMáquinas e Equips 1.000 Patrimônio Líquido(-) Depreciação Acum (300) Capital 5.700

Total do Ativo 5.700 Total do Passivo 5.700

Balanço Patrimonial - 20X0

Durante o exercício social de 20X1, realizou as seguintes operações:

1. Aquisição à vista de mercadorias no valor de R$ 2.000 com incidência de 18% de ICMS. Assim, o valor dascompras líquidas foi de R$ 1.640 e o do ICMS incluso no valor bruto das compras foi de R$ 360.

2. Venda total das mercadorias por R$ 6.000, destacando-se, o ICMS (alíquota de 18%) de R$ 1.080.3. No período, 10% das mercadorias vendidas foram devolvidos, ou seja, R$ 600. No valor dessa devolução, estão

incluídos R$ 108 relativos ao ICMS que foi faturado no momento da venda. O custo das mercadorias que oraestão sendo devolvidas foi de R$ 200 e, portanto, o ICMS de 18% incluso nesse valor é de R$ 36.

4. Gastos com pessoal no valor de R$ 290. Por simplificação, não estamos destacando aqui a parcela devida aoINSS.

5. Despesas administrativas correspondem ao consumo de materiais de escritório no valor de R$ 150.6. Venda de imobilizado por R$ 600, cujo custo de aquisição foi de R$ 500 e já estava depreciado em R$ 150. Ou

seja, a empresa obteve lucro de R$ 250 nessa transação.7. O Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados à alíquota de 33% sobre o lucro líquido.

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 2 – Empresa Comercial

Demonstração de Resultados - 20X1 R$

Receita Bruta 6.000 (-) Devoluções e Abatimentos (600) (-) ICMS s/ Vendas (972) (=) Vendas Líquidas 4.428 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.476) (=) Lucro Bruto 2.952 (-) Despesas Operacionais

Salários e Encargos (290) Administrativas (150)

Lucro na Venda de Imobilizado 250 (=) Lucro antes do IR/CS 2.762 (-) IR/CS (33%) (911) (=) Lucro Líquido 1.851

Ativo Passivo + PLCirculante Circulante

Caixa/Bancos 8.560 ICMS a Pagar 612 Estoques 164 IR/CS a Pagar 911

Permanente Patrimônio LíquidoMáquinas e Equips 500 Capital 5.700 (-) Depreciação Acum (150) Lucros Acumulados 1.851

Total do Ativo 9.074 Total do Passivo 9.074

Balanço Patrimonial - 20X1

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 2 – Empresa Comercial

Demonstração do Valor Adicionado do Exercício de 20X1 R$ %

1 RECEITAS 5.650 1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 5.400 1.3 Resultados não Operacionais 250

2 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 1.950 2.2 Outros custo de produtos e serviços vendidos 1.800

150 3 RETENÇÕES -

4.1 Depreciação, amortização e exaustão - 4 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 3.700 5 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA - 6 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 3.700 7 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 3.700 100%

7.1 Pessoal e encargos 290 Salários e Encargos 290 7,8%

7.2 Tributos 1.559 Federais 911 24,6%Estaduais 648 17,5%

7.3 Financiadores - 7.4 Juros sobre capital próprio e dividendos - 0,0%7.5 Lucros retidos/prejuízo do exercício 1.851 50,0%

2.3 Energia, serviços de terceiros e outras despesas operacionais

O Valor Adicionado (VA)

O conceito de valor adicionado em economia é utilizadopara mensurar as atividades econômicas de uma naçãoatravés da definição de Produto Nacional.

Segundo Simonsen: “Denomina-se valor adicionado emdeterminada etapa de produção, à diferença entre o valorbruto da produção e os consumos intermediários nessaetapa. Assim o produto nacional pode ser concebido com asoma dos valores adicionados em determinado período detempo, em todas as etapas dos processos de produção dopaís”.

O Valor Adicionado (VA)

A definição de valor adicionado em contabilidade, deveconsiderar o aspecto empresarial, ou seja, a avaliação dastransações econômicas ocorridas na empresa.

A empresa é um dos elementos fundamentais no sistema deprodução econômica de uma nação, a sua participaçãonesse sistema, se dá pela produção de bens e serviços queatendam as necessidades de consumo e de acumulação dasociedade.

O Valor Adicionado (VA)Suponha-se que uma empresa venda toda sua produção em um certo período e obtenhareceita total de $ 100.000,00 para isto, a empresa efetuou compra de materiais de outrasempresas no valor de $ 60.000,00 e pagou $ 10.000,00 a seus funcionários. Qual o valoradicionado dessa empresa?

Pela definição dada entende-se que o VA representa $ 40.000,00, ou seja, a diferençaentre o valor da produção (venda) menos o valor dos materiais adquiridos de terceiros(consumos intermediários), demonstrando fica: Valor adicionado = produção - consumos intermediários Valor adicionado = 100.000,00 – 60.000,00 Valor adicionado = 40.000,00

E a mão-de-obra?

A mão-de-obra é um serviço final para a “economia”, neste caso a empresa. Portanto acontribuição dessa empresa para o produto nacional bruto é de $ 40.000,00. Esse é o valorda riqueza que a empresa conseguiu gerar.

Em economia o valor adicionado ou renda “nacional” que remunerou os funcionários (mão-de-obra) no valor de $ 10.000,00 e os sócios/acionistas (capital) no valor de $ 30.000,00,totalizou $ 40.000,00.

Desse modo, vimos portanto, que o conceito de valor adicionado é igual na visão econômica e contábil, entretanto é preciso ter cuidado para algumas diferenças existentes no momento

da apuração.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

Conceituação e disposições LegaisSegundo a NBC T 3.7 aprovada em 21 de janeiro de 2005:

Conceito: Demonstração do Valor Adicionado é a demonstração contábildestinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações dovalor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e suadistribuição. (NBC T 3.7)Origem das Informações: As informações devem ser extraídas dacontabilidade e os valores informados devem ter como base o princípiocontábil da competência. (NBC T 3.7)Caso a entidade elabore Demonstrações Contábeis Consolidadas, aDemonstração do Valor Adicionado deve ser elaborada com base nasdemonstrações consolidadas, e não pelo somatório das Demonstraçõesdo Valor Adicionado individuais.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Estrutura da DVA

A Demonstração do Valor Adicionado deve ser apresentada de formacomparativa mediante a divulgação simultânea de informações do períodoatual e do anterior.A DVA, quando divulgada, deve ser efetuada como informaçãocomplementar às Demonstrações Contábeis, não se confundindo com asnotas explicativas.A Demonstração do Valor Adicionado deve evidenciar os componentesabaixo: a) a receita bruta e as outras receitas; b) os insumos adquiridos de terceiros; c) os valores retidos pela entidade; d) os valores adicionados recebidos (dados) em transferência a outras

entidades; e) valor total adicionado a distribuir; e f) distribuição do valor adicionado.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Receitas Brutas e Outras Receitas

Neste Grupo devem constar:

as vendas de mercadorias, produtos e serviços, incluindo os valores dostributos incidentes sobre essas receitas, ou seja, o valor correspondente àreceita bruta, deduzidas as devoluções, os abatimentos incondicionais eos cancelamentos;as outras receitas decorrentes das atividades afins não-constantes doitem, acimaos valores relativos à constituição (reversão) de provisão para créditosduvidosos;os resultados não-decorrentes das atividades-fim, como: ganhos ouperdas na baixa de imobilizado, investimentos, etc., exceto os valoresadicionados recebidos (dados) em transferência a outras entidades.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Insumos Adquiridos de Terceiros

Neste Grupo devem constar:

Os materiais consumidos incluídos no custo dos produtos, mercadorias eserviços vendidos;Os demais custos dos produtos, mercadorias e serviços vendidos, excetogastos com pessoal próprio e depreciações, amortizações e exaustões;As despesas operacionais incorridas com terceiros, tais como: materiaisde consumo, telefone, água, serviços de terceiros, energia;Os valores relativos a perdas de ativos, como perdas na realização deestoques ou investimentos, etc.

Nos valores constantes dos três primeiros itens acima, devem ser considerados todos os tributos incluídos na aquisição, recuperáveis ou não

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Valores Retidos pela Entidade

Neste Grupo devem constar:

Depreciação, amortização e exaustão registrados no período.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Os valores adicionados recebidos (dados) em transferência a outras

entidadesNeste Grupo devem constar:

O resultado positivo ou negativo de equivalência patrimonial;Os valores registrados como dividendos relativos a investimentosavaliados ao custo;Os valores registrados como receitas financeiras relativos a quaisqueroperações com instituições financeiras, entidades do grupo ou terceiros,exceto para entidades financeiras que devem classificá-las no grupo dereceita bruta e outras receitas ; eOs valores registrados como receitas de aluguéis ou royalties, quando setratar de entidade que não tenha como objeto essa atividade.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Colaboradores:devem ser incluídos salários, férias, 13º salário, FGTS, seguro deacidentes de trabalho, assistência médica, alimentação, transporte, etc.,apropriados ao custo do produto ou ao serviço vendido ou ao resultado doperíodo, exceto os encargos com o INSS, SESI, SESC, SENAI, SENAT,SENAC e outros assemelhados. Fazem parte desse conjunto, também, osvalores representativos de comissões, gratificações, participações, planosprivados de aposentadoria e pensão, seguro de vida e acidentes pessoais.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Governo:devem ser incluídos impostos, taxas e contribuições, inclusive ascontribuições devidas ao INSS, SESI, SESC, SENAI, SENAT, SENAC eoutros assemelhados, imposto de renda, contribuição social, ISS, CPMF,todos os demais tributos, taxas e contribuições. Os valores relativos aICMS, IPI, PIS, Cofins e outros assemelhados devem ser considerados osvalores devidos ou já recolhidos aos cofres públicos, representando adiferença entre os impostos incidentes sobre as vendas e os valoresconsiderados dentro do item "Insumos adquiridos de terceiros". Como ostributos são, normalmente, contabilizados no resultado como se devidosfossem, e os incentivos fiscais, quando reconhecidos em conta de reservano patrimônio líquido, os tributos que não forem pagos em decorrência deincentivos fiscais devem ser apresentados na Demonstração do ValorAdicionado como item redutor do grupo de tributos.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Agentes Financiadores:devem ser consideradas, neste componente, as despesas financeirasrelativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos cominstituições financeiras, entidades do grupo ou outras e os aluguéis(incluindo os custos e despesas com leasing) pagos ou creditados aterceiros, exceto para entidades financeiras que devem classificá-las nogrupo de insumos adquiridos de terceiros.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Acionistas:incluem os valores pagos ou creditados aos acionistas, a título de jurossobre o capital próprio ou dividendos. Os juros sobre o capital próprioapropriados ou transferidos para contas de reservas no patrimônio líquidodevem constar do item "Lucros retidos".

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Participação dos minoritários nos "Lucros retidos":

deve ser incluído neste componente, aplicável àsDemonstrações Contábeis Consolidadas, o valor daparticipação minoritária apurada no resultado do exercício,antes do resultado consolidado.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Distribuição do Valor Adicionado

Retenção de Lucro:

deve ser indicado neste componente o lucro do períododestinado às reservas de lucros e eventuais parcelas aindasem destinação específica.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)Disposições Finais

a entidade deve acrescentar ou detalhar outras linhas na Demonstraçãodo Valor Adicionado quando o montante e a natureza de um item ou osomatório de itens similares forem de tal magnitude que a apresentaçãoem separado ajuda na apresentação mais adequada da Demonstração doValor Adicionado;A Demonstração do Valor Adicionado deve ser consistente com ademonstração do resultado e conciliada em registros auxiliares mantidospela entidade;A Demonstração do Valor Adicionado deve conter representaçãopercentual participativa;As informações contábeis contidas na Demonstração do Valor Adicionadosão de responsabilidade técnica de contabilista registrado no ConselhoRegional de Contabilidade;A Demonstração do Valor Adicionado deve ser objeto de revisão ouauditoria se a entidade possuir auditores externos independentes querevisem ou auditem suas Demonstrações Contábeis.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)20X1 % 20X0 %

1-RECEITAS 1.1. Vendas de mercadoria, produtos e serviços xxx xxx 1.2. Provisão para devedores duvidosos xxx xxx 1.3. Resultados não-operacionais xxx xxx2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 2.1. Materiais consumidos (xxx) (xxx) 2.2. Outros custos de produtos e serviços vendidos (xxx) (xxx) 2.3. Energia, serviços de terceiros e outras despesas operacionais (xxx) (xxx) 2.4. Perda na realização de ativos (xxx) (xxx)3 - RETENÇÕES 3.1. Depreciação, amortização e exaustão (xxx) (xxx)4 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE xxx xxx5 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 5.1. Resultado de equivalência patrimonial e dividendos de investimentos avaliado ao custo xxx xxx 5.2. Receitas financeiras xxx xxx 5.3. Aluguéis e royalties xxx xxx6 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR xxx 100% xxx 100%7 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 7.1. Empregados Salários e encargos xxx Y% xxx Y% Comissões sobre vendas xxx Y% xxx Y% Honorários da diretoria xxx Y% xxx Y% Participação dos empregados nos lucros xxx Y% xxx Y% Planos de aposentadoria e pensão xxx Y% xxx Y% 7.2. Tributos Federais xxx Y% xxx Y% Estaduais xxx Y% xxx Y% Municipais xxx Y% xxx Y% Menos: incentivos fiscais (xxx) Y% (xxx) Y% 7.3. Financiadores Juros xxx Y% xxx Y% Aluguéis xxx Y% xxx Y% 7.4. Juros sobre capital próprio e dividendos xxx Y% xxx Y% 7.5. Lucros retidos/prejuízo do exercício xxx Y% xxx Y%

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 1 – Empresa de Prestação de Serviços

Durante o exercício social de 20X1, realizou as seguintes operações:

1. Prestação de serviços por R$ 10.000,00, com incidência de 5% de ISS

2. Parte do custo dos serviços prestados corresponde ao valor de R$ 4000,00 gastos com mão-de-obra e é composta por R$ 750,00 da parcela de contribuições devidas pela empresa aoINSS e R$ 3.250,00 relativos a salários, férias, 13º salário, FGTS, etc.

3. Despesas administrativas (água, energia elétrica e materiais de escritório ) no valor de R$1.500,00

4. Pagamento de aluguel de equipamentos (integrante do custo) no valor de R$ 600,00

5. O imposto de Renda e a Contribuição social são calculados à alíquota de 33% sobre o lucrolíquido.

Ativo Passivo + PLCirculante Patrimônio Líquido

Caixa/Bancos 15.000 Capital 15.000 Total do Ativo 15.000 Total do Passivo 15.000

Balanço Patrimonial - 20X0

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 1 – Empresa de Prestação de Serviços

Demonstração de Resultados - 20X1 R$

Receita Bruta 10.000 (-) ISS sobre vendas (500) (=) Vendas Líquidas 9.500 (-) Custo dos Serviços Vendidos (4.600) (=) Lucro Bruto 4.900 (-) Despesas Operacionais

Despesas Administrativas (1.500) (=) Lucro antes do IR/CS 3.400 (-) IR/CS (33%) (1.122) (=) Lucro Líquido 2.278

Ativo Passivo + PLCirculante Circulante

Caixa/Bancos 18.900 ISS a Pagar 500 IR/CS a Pagar 1.122

Patrimônio LíquidoCapital 15.000 Lucros Acumulados 2.278

Total do Ativo 18.900 Total do Passivo 18.900

Balanço Patrimonial - 20X1

Demonstração do Valor Adicionado do Exercício de 20X1 R$ %

1 RECEITAS 10.000 1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 10.000

2 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 1.500 1.500

3 VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 8.500 3 RETENÇÕES -

4.1 Depreciação, amortização e exaustão - 4 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 8.500 5 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA - 6 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 8.500 7 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8.500 100%

7.1 Pessoal e encargos 3.250 Salários e Encargos 3.250 38,2%

7.2 Tributos 2.372 Federais 1.872 22,0%Municipais 500 5,9%Menos: Incentivos Fiscais 0,0%

7.3 Financiadores 600 Aluguéis 600 7,1%

7.4 Juros sobre capital próprio e dividendos - 0,0%8.5 Lucros retidos/prejuízo do exercício 2.278 26,8%

2.3 Energia, serviços de terceiros e outras despesas operacionais

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 1 – Empresa de Prestação de Serviços

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 2 – Empresa Comercial

Ativo Passivo + PLCirculante

Caixa/Bancos 5.000

PermanenteMáquinas e Equips 1.000 Patrimônio Líquido(-) Depreciação Acum (300) Capital 5.700

Total do Ativo 5.700 Total do Passivo 5.700

Balanço Patrimonial - 20X0

Durante o exercício social de 20X1, realizou as seguintes operações:

1. Aquisição à vista de mercadorias no valor de R$ 2.000 com incidência de 18% de ICMS. Assim, o valor dascompras líquidas foi de R$ 1.640 e o do ICMS incluso no valor bruto das compras foi de R$ 360.

2. Venda total das mercadorias por R$ 6.000, destacando-se, o ICMS (alíquota de 18%) de R$ 1.080.3. No período, 10% das mercadorias vendidas foram devolvidos, ou seja, R$ 600. No valor dessa devolução, estão

incluídos R$ 108 relativos ao ICMS que foi faturado no momento da venda. O custo das mercadorias que oraestão sendo devolvidas foi de R$ 200 e, portanto, o ICMS de 18% incluso nesse valor é de R$ 36.

4. Gastos com pessoal no valor de R$ 290. Por simplificação, não estamos destacando aqui a parcela devida aoINSS.

5. Despesas administrativas correspondem ao consumo de materiais de escritório no valor de R$ 150.6. Venda de imobilizado por R$ 600, cujo custo de aquisição foi de R$ 500 e já estava depreciado em R$ 150. Ou

seja, a empresa obteve lucro de R$ 250 nessa transação.7. O Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados à alíquota de 33% sobre o lucro líquido.

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 2 – Empresa Comercial

Demonstração de Resultados - 20X1 R$

Receita Bruta 6.000 (-) Devoluções e Abatimentos (600) (-) ICMS s/ Vendas (972) (=) Vendas Líquidas 4.428 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.476) (=) Lucro Bruto 2.952 (-) Despesas Operacionais

Salários e Encargos (290) Administrativas (150)

Lucro na Venda de Imobilizado 250 (=) Lucro antes do IR/CS 2.762 (-) IR/CS (33%) (911) (=) Lucro Líquido 1.851

Ativo Passivo + PLCirculante Circulante

Caixa/Bancos 8.560 ICMS a Pagar 612 Estoques 164 IR/CS a Pagar 911

Permanente Patrimônio LíquidoMáquinas e Equips 500 Capital 5.700 (-) Depreciação Acum (150) Lucros Acumulados 1.851

Total do Ativo 9.074 Total do Passivo 9.074

Balanço Patrimonial - 20X1

Demonstração do Valor Adicionado Exemplo 2 – Empresa Comercial

Demonstração do Valor Adicionado do Exercício de 20X1 R$ %

1 RECEITAS 5.650 1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 5.400 1.3 Resultados não Operacionais 250

2 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 1.950 2.2 Outros custo de produtos e serviços vendidos 1.800

150 3 RETENÇÕES -

4.1 Depreciação, amortização e exaustão - 4 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 3.700 5 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA - 6 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 3.700 7 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 3.700 100%

7.1 Pessoal e encargos 290 Salários e Encargos 290 7,8%

7.2 Tributos 1.559 Federais 911 24,6%Estaduais 648 17,5%

7.3 Financiadores - 7.4 Juros sobre capital próprio e dividendos - 0,0%7.5 Lucros retidos/prejuízo do exercício 1.851 50,0%

2.3 Energia, serviços de terceiros e outras despesas operacionais