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MULTICENCO ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS S.A. Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica Memória Descritiva e Justificativa Agosto 2012

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MULTICENCO ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS S.A.

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal

Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Memória Descritiva e Justificativa

Agosto 2012

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

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Índice 1. Introdução...........................................................................................................................2 2. Normas e Regulamentos.....................................................................................................3 3. Condições geológicas e geotécnicas...................................................................................3 4. Fases de trabalho e modo de execução...............................................................................5 5. Dimensionamento. Justificação da solução ........................................................................6

5.1. Parâmetros geotécnicos ..............................................................................................6 5.2. Acções sobre as cortinas em fase provisória ..............................................................6 5.3. Cortina de estacas .......................................................................................................6 5.4. Cortina Berlim ..........................................................................................................37 5.5. Cortina com um painel com 5.0m de altura .............................................................42 5.6. Contenção Provisória................................................................................................46

6. Instrumentação da obra.....................................................................................................51 6.7. 8.1 Equipamento.......................................................................................................51 6.8. 8.2 Critérios de alerta................................................................................................52

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REMODELAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO CENTRO COMERCIAL JUMBO DE SETÚBAL

PROJECTO DE LICENCIAMENTO DE ESCAVAÇÃO E CONTENÇÃO

PERIFÉRICA

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. Introdução

A obra de escavação destina-se à remodelação e ampliação do Centro Comercial

Jumbo de Setúbal. execução do novo sistema de acessos ao Centro Integrado de

Cirurgia de Ambulatório. A Ampliação e Remodelação será executada em duas fases.

Na primeira será executada a construção localizada a Oeste na parcela designada por

lote 17. Na segunda fase serão construídos os restantes edifícios localizados na parcela

adjacente ao edifício existente. O presente Projecto de Licenciamento refere-se à

escavação e contenção periférica que é necessário executar para permitir a construção

dos edifícios que constituem a remodelação e ampliação.

O terreno onde se localiza a primeira fase apresenta um desnível entre as cotas 32 e 22.

O terreno confina a nascente com a via que liga a Av. Antero de Quental à Rua Nova

Sintra. Assim previu-se que a escavação será em geral realizada com recurso a taludes.

à excepção da zona confinante com a via acima referida onde se previu uma cortina de

estacas moldadas, com diâmetro 600mm afastadas de 0.80m, na zona onde a cortina é

definitiva e uma solução tipo berlim provisória na zona onde a cortina é para desmontar.

As estacas são solidarizadas por uma viga de coroamento e por vigas de distribuição,

que são suportadas por ancoragens pré-esforçadas. Considera-se esta a solução mais

adequada, em particular face à alternativa de uma cortina tipo Berlim, devido à facilidade

de execução e tendo em atenção a natureza dos solos existentes. A vantagem

associada à contenção por estacas consiste no facto de que, quando se processa a

escavação, os elementos da cortina já se encontram betonados e a confinar o terreno.

Atendendo às características das formações interessadas, propõe-se, a adopção de um

talude com inclinação V=1:H=1.5.

A solução prevista para a contenção a realizar na segunda fase é semelhante,

prevendo-se no entanto na zona da rampa da saída do estacionamento a execução de

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uma cortina tipo berlim definitivo devido à existência de muros de suporte e a manter

que não permitem a execução das estacas.

2. Normas e Regulamentos

No dimensionamento e verificação da segurança da contenção foram adoptados as

seguintes normas e regulamentos:

R.S.A. – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes

R.E.B.A.P. – Regulamento de Betão Armado e Pré-Esforçado

NP EN 206-1:2007 – Betão – Especificação, desempenho, produção e conformidade.

EN 1992-1-1:2004 – Eurocódigo 2: Projecto de Estruturas de Betão

EN 1997-1 – Eurocódigo 7 – Projecto geotécnico

EN 1537:1999 – Execution of special geotechnical work – Ground anchors

EN 1536:1999 – Execution of special geotechnical work – Bored Piles

3. Condições geológicas e geotécnicas

Preâmbulo

No âmbito dos estudos conducentes à elaboração do projecto do presente empreendimento,

foram realizadas pela GEOTEST – Geotecnia e Mecânica dos Solos, Lda, doze sondagens

de furação convencionais com realização de ensaios SPT e colheita de amostras remexidas.

Formações geológicas

Em grande parte dos locais prospectados verificou-se a existência de um horizonte

superficial formado por aterros e/ou solos de cobertura, até profundidades variáveis entre

1.25m e 5.80m. Os depósitos de aterro são constituídos por areias médias a finas e médias

a grosseiras de tons acastanhado, cinzento-acastanhado, castanho amarelado, amarelado e

alaranjado, com fragmentos de betão, seixos quartzosos, brita calcária. Nos ensaios de

penetração dinâmica (SPT) efectuados neste horizonte de cobertura recente foram

registados valores de NSPT situados entre 5 e 41 pancadas, contudo os valores mais

elevados poderão não ser representativos. Inferiormente ocorrem as formações do

Pliocénico até às profundidades máximas prospectadas, encontrando-se representadas por

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uma sucessão alternante essencialmente arenosa composta por:

• Areias médias a grosseiras argilosas de tom amarelado com tonalidades rosadas, com

seixos finos quartzosos;

• Areias médias a grosseiras, por vezes com granulometria média a fina, siltosas a silto-

argilosas, levemente micáceas de tons amarelo-esbranquiçado, amarelado e

alaranjado, às vezes com tonalidades avermelhadas/rosadas e com a intercalação de

passagens argilo-siltosas acinzentadas, amareladas, amarelo-esverdeadas ou amarelo-

acinzentadas;

• Areias médias a grosseiras e médias a finas, argilosas a siltosas, de tom amarelado e

acastanhado, por vezes com tonalidades rosadas, com seixos finos a médios

essencialmente quartzosos e de tom alaranjado a castanho-alanranjado, levemente

micáceas, por vezes com passagens argilosas de tom “borra de vinho”

Modelo geológico-geotécnico adoptado

Atendendo aos resultados obtidos nos ensaios de penetração dinâmica SPT, estabeleceu-

se um zonamento em que se definiram 4 zonas geotécnicas (ZG1 a ZG4).

A zona geotécnica ZG1 corresponde aos aterros e aos solos de cobertura, de idade

recente, onde foram registados valores NSPT situados entre 5 e 41. Esta zona apresenta

espessuras máximas entre cerca de 4.3m e 5.8m , respectivamente nas sondagens S7 e

S6.

A zona geotécnica ZG2 engloba as formações mais descomprimidas do Pliocénico

caracterizadas por valores NSPT compreendidos entre 6 e 19 e foi reconhecida até

profundidades variáveis entre cerca de 2.8m e 16.3m.

A zona geotécnica ZG3 compreende as formações pliocénicas onde foram obtidos valores

de NSPT situados entre 18 e 49, com excepção de alguns valores pontuais mais elevados. A

ZG3 foi reconhecida até profundidades variáveis entre cerca de 5.8m (S10) e 19.3m (S7)

exceptuando a sondagem S11 onde esta zona não se mostrou presente.

Inferiormente ocorre a zona geotécnica ZG4 onde foram registados, em regra, valores de

NSPT acima das 49 pancadas (NSPT >50)

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4. Fases de trabalho e modo de execução

No que respeita ao faseamento construtivo seguir-se-á o que é corrente em obras afins, e

como seguidamente se descreve.

Cortina de estacas:

1. Execução da cortina de estacas φ600, espaçadas de 0.80 m;

2. Execução da viga de coroamento;

3. Escavação até 0.50 m abaixo do 1º nível de ancoragens;

4. Execução do 1º nível de ancoragens e seu pré-esforço

5. Escavação até 0.50 m abaixo do 2º nível de ancoragens;

6. Colocação da viga de distribuição, em metálica;

7. Execução do 2º nível de ancoragens e seu pré-esforço;

8. Escavação até à cota inferior;

9. Nas zonas de contenção definitiva, construção da estrutura de baixo para cima, com

o apoio das lajes na contenção;

10. Desactivação das ancoragens provisórias, na zona de travamento com as lajes.

Cortina do tipo Berlim:

1. Preparação da plataforma de trabalho e preparação da viga de coroamento;

2. Instalação dos perfis verticais em furos com o diâmetro definido nos desenhos, na extensão estipulada

3. Execução dos painéis primários do primeiro nível, até á profundidade estipulada nas peças desenhadas de modo a permitir a sobreposição da armadura longitudinal e execução dos ferrolhos de ligação aos muros e pilares existentes

4. Colocação da armadura e betonagem dos painéis primários;

5. Execução das ancoragens e aplicação do pré-esforço correspondente;

6. Escavação dos painéis secundários do primeiro nível;

7. Colocação da armadura e betonagem dos painéis secundários;

8. Execução das ancoragens e aplicação do pré-esforço correspondente;

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9. Uma vez atingida a base de escavação serão executadas as sapatas de fundação

10. Execução da fundação dos painéis secundários;

11. Execução do aterro sobre as fundações;

12. Desactivação das ancoragens provisórias, na zona de travamento com as lajes.

5. Dimensionamento. Justificação da solução

5.1. Parâmetros geotécnicos

Para as diferentes formações adoptaram-se os parâmetros indicados no Quadro 1.

Quadro 1 - Parâmetros do terreno adoptados

NSPT γ c’ φ’ Es Zona Geotécnica

Formações (*) (kN/m3)

(kPa) (º) (MPa)

ZG1 Aterros e solos de cobertura 5-41 19 – 25-28 5-10 ZG2 6-19 19 – 26-30 10-30 ZG3 18-49 20 – 30-35 40-80 ZG4

Areias médias a grosseiras e grosseiras argilosas e siltosas

>50 21 – 35-38 80-100

Quadro 2 - Parâmetros do terreno adoptados

5.2. Acções sobre as cortinas em fase provisória

Em fase provisória, isto é, durante a execução da escavação foram consideradas acções

associadas a pressões de terras, e das sobrecargas na superfície do terreno.

A sobrecarga foi de 10 kN/m2.

5.3. Cortina de estacas

AS cortinas serão executadas com estacas φ600 mm, espaçadas de 0.80 m, em betão da

classe C25/30 (classe de exposição XC2) e aço A500NR. Será colocado betão projectado

com rede malhasol na face posterior da cortina.

A cota da ponta das estacas corresponderá a uma ficha que penetrará sempre no material

ZG4 (Areias médias a grosseiras e siltosas NSPT>50)e terá que ser confirmado durante a

furação das estacas.

As estacas moldadas serão executadas de acordo com o preconizado na norma EN

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1536:1999.

5.3.1. FASE 1

O dimensionamento à flexão foi feito considerando três modelos de elementos finitos, em

estado plano de deformação, que se apresentam nas figuras seguintes. Foram consideradas

as várias fases construtivas, descritas abaixo.

Figura 1 - Modelo da cortina estacas E1 a E32

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Figura 2 - Modelo da cortina estacas E33 a E42

Figura 3 - Modelo da cortina estacas E43 a E73

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Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4

Execução do 1º nível de ancoragens (cota +28.415 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

5 Escavação até à cota +21.515

Quadro 3 - Faseamento do cálculo

Os resultados das análises encontram-se apresentados nas figuras seguintes.

Estacas E1 a E32

Figura 4 – Deslocamentos horizontais finais

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Figura 5 – Deslocamentos verticais finais

Figura 6 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Figura 7 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Estacas E33 a E42

Figura 8 – Deslocamentos horizontais finais

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Figura 9 – Deslocamentos verticais finais

Figura 10 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Figura 11 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Estacas E43 a E73

Figura 12 – Deslocamentos horizontais finais

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Figura 13 – Deslocamentos verticais finais

Figura 14 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Figura 15 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Dimensionamento estrutural das estacas

Por metro de cortina N V M (kN/m) (kN/m) (kN*m/m) E1 a E32 90 126 187 E33 a E42 60 179 335 E43 a e73 115 164 355

No cálculo dos esforços majorados, considerou-se o coeficiente de segurança γG=1.50.

Nsd Vsd Msd Asl Asl (kN) (kN) (kN*m) (cm2) (cm2)

E1 a E32 72 151 224 22.8 10φ20 31.4 E33 a E42 48 215 402 46.2 12φ25 58.9 E43 a e73 92 197 426 49.6 12φ25 58.9

Secção quadrada equivalente: be=0.54m de=0.42 m

Vcd=170 kN

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Cintas: armadura helicoidal φ10//0.20 m Vwd=130 kN VRd=300 kN

5.3.2. FASE 2

O dimensionamento à flexão foi feito considerando três modelos de elementos finitos, em

estado plano de deformação, que se apresentam nas figuras seguintes. Foram consideradas

as várias fases construtivas, descritas no quadro abaixo.

Figura 16 - Modelo da cortina estacas E31 a E61

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 4 - Faseamento do cálculo

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Figura 17 - Modelo da cortina estacas E62 a E92

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 5 - Faseamento do cálculo

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Figura 18 - Modelo da cortina estacas E93 a E172

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 6 - Faseamento do cálculo

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Figura 19 - Modelo da cortina estacas E173 a E205

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4

Execução do 1º nível de ancoragens (cota +28.415 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +21.515

Quadro 7 - Faseamento do cálculo

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Figura 20 - Modelo da cortina estacas E206 a E288

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 8 - Faseamento do cálculo

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Os resultados das análises encontram-se apresentados nas figuras seguintes.

Estacas E31 a E61

Figura 21 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 22 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 23 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 24 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E62 a E91

Figura 25 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 26 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 27 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 28 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E93 a E172

Figura 29 – Deslocamentos horizontais finais

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Figura 30 – Deslocamentos verticais finais

Figura 31 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 32 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E173 a E205

Figura 33 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 34 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 35 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 36 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

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Estacas E206 a E288

Figura 37 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 38 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 39 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 40 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Dimensionamento estrutural das estacas

Por metro de cortina N V M (kN/m) (kN/m) (kN*m/m) E31 a E61 183 199 329 E62 a E92 58 160 298 E93 a E172 167 102 211 E173 a E205 98 121 169 E206 a E288 157 128 156

No cálculo dos esforços majorados, considerou-se o coeficiente de segurança γG=1.50.

Nsd Vsd Msd Asl Asl (kN) (kN) (kN*m) (cm2) (cm2)

E31 a E61 220 239 395 21.1 10φ20 31.4 E62 a E92 200 192 358 43.6 12φ25 58.9 E93 a E172 70 121 211 38.7 12φ25 58.9 E173 a 205 118 145 203 E206 a E288 188 159 187

Secção quadrada equivalente: be=0.54m de=0.42 m

Vcd=170 kN

Cintas: armadura helicoidal φ10//0.20 m Vwd=130 kN VRd=300 kN

Dimensionamento da viga de distribuição

l P0 α P*cosα p psd pl2/k M-sd Vsd

(m) (kN) (º) (kN) (kN/m) (kN/m) (kN*m) (kN) 3.20 300 30 260 81 122 12 -104 390

Msd µ As1 (kN*m) (cm2)

104 0.021 3.5

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Verificação do Esforço Transverso

Vsd = 487 kN

τ1 = 0.65 MPa τ2 = 5.0 MPa

Vcd = 315 kN

Vwd= 75 kN Asw/s= 7.2cm2/m

Dimensionamento das escoras de canto

Escoras com L<6.00 Para determinar o esforço de dimensionamento das escoras utilizou-se a carga máxima

do nível de suporte mais solicitado, considerando ainda que a situação crítica

corresponde a um comprimento de influência de 3,20m, pelo que resulta:

mkNF / 266max = ;

kNE 120445cos

2,3266max =

×= ;

kNNSd 156512043,1 =×= .

Considerou-se o perfil HEB 220, em aço laminado S235, que apresenta as seguintes

características:

A=9100mm2; ix=94.3mm ;iy=55.9mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

yRd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

SdRd NkNN 2138100,1

2359100 3 >=××

= − .

Page 34: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 33

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2, sendo λ dado por:

1

0

i

l

λ×=λ ,

em que λ1 = 93,9 para S235.

Desta forma tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

x (curva b) 6000 0.678 0.796 1703

y (curva c) 3000 0,571 0,802 1715

Escoras com L<8.00 Para determinar o esforço de dimensionamento das escoras utilizou-se a carga máxima

do nível de suporte mais solicitado, considerando ainda que a situação crítica

corresponde a um comprimento de influência de 3,20m, pelo que resulta:

mkNF / 266max = ;

kNE 120445cos

2,3266max =

×= ;

kNNSd 156512043,1 =×= .

Considerou-se o perfil HEB 260, em aço laminado S235, que apresenta as seguintes

características:

A=11800mm2; ix=112.0mm ;iy=65.8mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Page 35: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 34

Mo

yRd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

SdRd NkNN 2773100,1

23511800 3 >=××

= − .

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2, sendo λ dado por:

1

0

i

l

λ×=λ ,

em que λ1 = 93,9 para S235.

Desta forma tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

x (curva b) 8000 0.761 0.748 2075

y (curva c) 3000 0,485 0,851 2360

Verificação da segurança das ancoragens

Ancoragens P0=300kN

Quadro 9 - Dimensionamento estrutural das ancoragens

Aço : St 1670, 1860 ft0,1k = 1670 MPa

ftk = 1860 MPa Es = 195 GPa

Diâmetro nominal do cordão = 0.62 " 15.7 mm Ap = 150 mm2

Pt0,1k = 251 kN

Page 36: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 35

Resistência característica, Ptk = 279 kN Tracção admissível, Pa = Pt0,1k/1.35

= 186 kN Pré-esforço inicial, P0 = Pa/1.20 = 155 kN

n.º de cordões = 2 Área total = 297 mm2

Pt0,1k = 502 kN Pa = 372 kN P0 = 310 kN

Deformabilidade elástica, EA = 6.237E+04 KN

Para o dimensionamento do bolbo de selagem, considerou-se que este irá ser executado

nas camadas de areia com NSPT>50. Para as condições do quadro, o comprimento de

selagem será de 6 m. A selagem será executada pelo método de Injecção Repetitiva e

Selectiva (IRS). As características finais serão confirmadas em obra através dos ensaios de

recepção detalhados especificados no ponto 6.

Quadro 10 - Dimensionamento do bolbo de selagem das ancoragens

Utilização = Provisória Diâmetro do furo, Dd (m) = 0.15

Comprimento de selagem, Ls (m) = 6.00

Sistema de injecção = IRS α = 1.8

Diâmetro da selagem, Ds (m) = 0.27 Atrito último, τu (kPa) = 280

Resistência última, TL (kN) = 1425 FST = 1.8

Tracção admissível, Tadm (kN) = 791

Ancoragens P0=450kN

Quadro 11 - Dimensionamento estrutural das ancoragens

Aço : St 1670, 1860 ft0,1k = 1670 MPa

ftk = 1860 MPa Es = 195 GPa

Diâmetro nominal do cordão = 0.62 " 15.7 mm Ap = 150 mm2

Page 37: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 36

Pt0,1k = 251 kN Resistência característica, Ptk = 279 kN

Tracção admissível, Pa = Pt0,1k/1.35 = 186 kN

Pré-esforço inicial, P0 = Pa/1.20 = 155 kN n.º de cordões = 3

Área total = 445 mm2 Pt0,1k = 753 kN

Pa = 558 kN P0 = 465 kN

Deformabilidade elástica, EA = 9.345E+04 KN

Para o dimensionamento do bolbo de selagem, considerou-se que este irá ser executado

nas camadas de areia com NSPT>50. Para as condições do quadro, o comprimento de

selagem será de 6 m. A selagem será executada pelo método de Injecção Repetitiva e

Selectiva (IRS). As características finais serão confirmadas em obra através dos ensaios de

recepção detalhados especificados no ponto 6.

Quadro 12 - Dimensionamento do bolbo de selagem das ancoragens

Utilização = Provisória Diâmetro do furo, Dd (m) = 0.15

Comprimento de selagem, Ls (m) = 6.00

Sistema de injecção = IRS α = 1.8

Diâmetro da selagem, Ds (m) = 0.27 Atrito último, τu (kPa) = 280

Resistência última, TL (kN) = 1425 FST = 1.8

Tracção admissível, Tadm (kN) = 791

Verificação da capacidade de carga axial das estacas

Em fase temporária, o esforço axial máximo, em serviço, é igual 146 kN. Em fase definitiva,

após a execução das lajes e a desactivação das ancoragens, o esforço passa a ser de

300kN.

Page 38: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 37

As estacas terão uma ficha mínima de 3 diâmetros na camada ZG4 e estarão a trabalhar

fundamentalmente por ponta. O valor admissível máximo é de cerca de 1270kN, que

corresponde a uma tensão admissível da ordem de 4.5MPa.

5.4. Cortina Berlim

5.4.3. Cortina com dois painéis com 4.0m de altura cada

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina

Figura 41 – Diagrama de pressões adoptado para a cortina

Ancoragens

φ = 30º γ = 20 kN/m3 ka = 0.33

- p1 = 0.33x10 = 3.3 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.33 x 8.00 = 34.3 kN/m2 1º a 2º nível

mkNF / 5.150)3.33,34(00,41 =+×= ;

kNQ 59215cos5

195.1501 =

×

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

Page 39: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 38

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 6.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 600 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

– 6 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (6x140) x 1.7 = 1071 kN > 1.2 x 600 = 720 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 600 8.0 6.0 15

2º 600 6.0 6.0 15

Perfis metálicos

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

Page 40: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 39

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 140, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=4300mm2; ix=59.3mm ;iy=35.0mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

919101,1

2354300 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

y (curva c) 4000 1.187 0.44 404.4

Esforço axial nos perfis

Page 41: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 40

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte

Parede:

kN/m 303,00,4251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.246)5230(0.3 =+×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 33224635,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 300 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno (1.1x Ds)

Page 42: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 41

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

( qs = 300 kN/m2)

F.S. – factor de segurança – 1.8

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

Parede:

kN/m 603,00,4252pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.1043

º156002p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.492)10460(0.3 =+×=perfilN .

kNQl 0.7770.330025,01.1 =××××= π

kNQp 117=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

8.1492

117777. =

+=SC

Page 43: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 42

5.5. Cortina com um painel com 5.0m de altura

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina com 20.0m de largura.

Figura 42 – Diagrama de pressões adoptado para a cortina

Ancoragens

φ = 30º γ = 20 kN/m3 ka = 0.33

- p1 = 0.33x10 = 3.3 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.33 x 5.00 = 21.5 kN/m2 1º nível

mkNF / 0.124)3.35,21(00,51 =+×= ;

kNQ 51215cos5

200.1241 =

×

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

Page 44: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 43

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 6.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 600 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

– 6 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (6x140) x 1.7 = 1071 kN > 1.2 x 600 = 720 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 600 8.0 6.0 15

Perfis metálicos

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 140, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=4300mm2; ix=59.3mm ;iy=35.0mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

Page 45: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 44

de onde se obtém:

919101,1

2354300 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

y (curva c) 4000 1.187 0.44 404.4

Esforço axial nos perfis

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte

Parede:

Page 46: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 45

kN/m 303,00,4251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.246)5230(0.3 =+×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 33224635,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 300 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno (1.1x Ds)

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

( qs = 300 kN/m2)

F.S. – factor de segurança – 1.8

Page 47: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 46

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

Parede:

kN/m 5.373,00,5251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil0.270)3852(0.3 =+×=perfilN .

kNQl 0.7770.330025,01.1 =××××= π

kNQp 117=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

3.3270

117777. =

+=SC

5.6. Contenção Provisória

Parâmetros geotécnicos

Para as diferentes formações adoptaram-se os parâmetros indicados no Quadro abaixo.

Quadro 13 - Parâmetros do terreno adoptados

Zona geotécnica

Formações NSPT

VL(*)

(m/s)

γ

(kN/m3)

cu(*)

(kPa)

c’

(kPa)

φ’

(º)

Eu

(MPa)

E’

(MPa)

Page 48: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 47

ZG1 Recente. Aterros e solos de cobertura.

5 – 41

<180 18 < 70 - 25 - 28 5 - 10

ZG2 Pliocénico descomprimido. Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

6 – 19

<180 20 < 70 - 26 - 30 10 -30

ZG3 Pliocénico.

Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

18 - 49 180 - 360 21 70 - 250 - 30 - 35 40-80

ZG4 Pliocénico.

Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

> 50 360 - 800 21 > 250 - 35 - 38 80-100

φ’ – ângulo de resistência ao corte, E’ – módulo de deformabilidade drenado

(*) valores médios, os restantes valores são característicos

Acções sobre as cortinas em fase provisória

Em fase provisória, isto é, durante a execução da escavação foram consideradas

acções associadas a pressões de terras e das sobrecargas na superfície do terreno.

Como se admitiu que o nível freático não ultrapassaria a cota da base da escavação, o

seu efeito não foi considerado.

No que respeita às pressões do maciço elas foram consideradas tendo como referência

um diagrama do tipo dos propostos por Terzaghi e Peck. Foi adoptado o diagrama

proposto para as areias, definido por uma pressão uniforme de valor 0,65.Ka.γ.h, sendo

Ka o coeficiente de impulso activo, γ o peso volúmico total de cada camada e h a

profundidade da escavação.

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina

Page 49: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 48

Ancoragens

φ = 28º γ = 20 kN/m3 ka = 0.36

- p1 = 0.36x10 = 3.6 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.36 x 7.40 = 35.0 kN/m2

1º a 2º nível

mkNF / 4.154)6.30,35(00,41 =+×= ;

kNQ 53530cos

34.1541 =

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 8.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 550 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 49

– 4 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (4x140) x 1.7 = 714 kN > 1.2 x 550 = 660 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 550 19.0 8.0 30

2º 550 12.0 8.0 30

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 160, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=5430mm2; ix=67.8mm ;iy=40.5mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

1160101,1

2355430 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 50

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [Kn]

y (curva c) 3000 0.79 0,67 774

Esforço axial nos perfis

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte:

Ancoragens:

kN/m0.1833

º305502p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.2750.1835.1 =×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 37127535,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

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Pág. 51

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 280 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

F.S. – factor de segurança

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

kNQl 0.7250.328025,01.1 =××××= π

kNQp 108=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

0.3275

108725. =

+=SC

6. Instrumentação da obra

6.7. 8.1 Equipamento

Dada a importância da obra prevê-se a sua instrumentação. Para tal escolheram-se seis

secções, indicadas nas peças desenhadas. Em cada uma delas serão instalados os

seguintes equipamentos:

-células dinamométricas instaladas nas cabeças de algumas das ancoragens da secção

instrumentada;

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Pág. 52

-1 marca topográfica num ponto próximo da cortina para medição assentamentos;

marcas topográficas nos painéis da cortina, para medição do movimento horizontal.

-Em duas das secções será instalado um tubo inclinométrico inserido no terreno próximo

do tardoz da cortina.

-Deverão também ser colocados alvos topográficos na estrutura do hipermercado.

A medição dos instrumentos de observação deve ser feita, pelo menos, no final de cada

uma das fases relevantes (escavação e pré-esforço) da obra.

6.8. 8.2 Critérios de alerta

Nível verde: δh ≤ 0.1%H; t ≤ 0.15 mm/dia; δF ≤ 10%; ou seja, o maciço encontra-se

sensivelmente estabilizado, pelo que se deverá continuar a utilizar o método construtivo

indicado no projecto.

Nível amarelo: δh ≤ 0.2%H; t ≤ 0.3 mm/dia; δF ≤ 25%; ou seja, o maciço encontra-se no

limite da estabilização, sendo necessário analisar as leituras com atenção. Recomenda-

se uma análise crítica do processo construtivo e eventualmente a sua reformulação de

modo a diminuir a taxa de deformação e assim aumentar a segurança da obra. As

leituras nesta fase devem ser diárias.

Nível vermelho: δh ≤ 0.3%H; t ≤ 0.45 mm/dia; δh ≤ 40%; ou seja, o maciço encontra-se

instabilizado, sendo necessário agir de imediato. Recomenda-se o aumento do número

de ancoragens, diminuição das alturas dos níveis de escavação e posteriormente a

reformulação do processo construtivo. As leituras nesta fase devem ser de 4 em 4

horas.

A definição de dispositivos que permitam controlar a situação de emergência, terá que

ser especialmente vocacionada para o cenário eventualmente criado. Como tal e para

que todo o sistema de alerta funcione é necessário existir uma rápida transmissão da

informação, desde a empresa que faz as leituras (Empreiteiro) até à que decide

(Projectista em conjunto com o Dono da Obra).

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Oeiras, 4 de Dezembro de 2010

Filipe Feio

Eng. Civil (OE 22445 )

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MULTICENCO ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS S.A.

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal

Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Memória Descritiva e Justificativa

Agosto 2012

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Índice 1. Introdução...........................................................................................................................2 2. Normas e Regulamentos.....................................................................................................3 3. Condições geológicas e geotécnicas...................................................................................3 4. Fases de trabalho e modo de execução...............................................................................5 5. Dimensionamento. Justificação da solução ........................................................................6

5.1. Parâmetros geotécnicos ..............................................................................................6 5.2. Acções sobre as cortinas em fase provisória ..............................................................6 5.3. Cortina de estacas .......................................................................................................6 5.4. Cortina Berlim ..........................................................................................................37 5.5. Cortina com um painel com 5.0m de altura .............................................................42 5.6. Contenção Provisória................................................................................................46

6. Instrumentação da obra.....................................................................................................51 6.7. 8.1 Equipamento.......................................................................................................51 6.8. 8.2 Critérios de alerta................................................................................................52

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REMODELAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO CENTRO COMERCIAL JUMBO DE SETÚBAL

PROJECTO DE LICENCIAMENTO DE ESCAVAÇÃO E CONTENÇÃO

PERIFÉRICA

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. Introdução

A obra de escavação destina-se à remodelação e ampliação do Centro Comercial

Jumbo de Setúbal. execução do novo sistema de acessos ao Centro Integrado de

Cirurgia de Ambulatório. A Ampliação e Remodelação será executada em duas fases.

Na primeira será executada a construção localizada a Oeste na parcela designada por

lote 17. Na segunda fase serão construídos os restantes edifícios localizados na parcela

adjacente ao edifício existente. O presente Projecto de Licenciamento refere-se à

escavação e contenção periférica que é necessário executar para permitir a construção

dos edifícios que constituem a remodelação e ampliação.

O terreno onde se localiza a primeira fase apresenta um desnível entre as cotas 32 e 22.

O terreno confina a nascente com a via que liga a Av. Antero de Quental à Rua Nova

Sintra. Assim previu-se que a escavação será em geral realizada com recurso a taludes.

à excepção da zona confinante com a via acima referida onde se previu uma cortina de

estacas moldadas, com diâmetro 600mm afastadas de 0.80m, na zona onde a cortina é

definitiva e uma solução tipo berlim provisória na zona onde a cortina é para desmontar.

As estacas são solidarizadas por uma viga de coroamento e por vigas de distribuição,

que são suportadas por ancoragens pré-esforçadas. Considera-se esta a solução mais

adequada, em particular face à alternativa de uma cortina tipo Berlim, devido à facilidade

de execução e tendo em atenção a natureza dos solos existentes. A vantagem

associada à contenção por estacas consiste no facto de que, quando se processa a

escavação, os elementos da cortina já se encontram betonados e a confinar o terreno.

Atendendo às características das formações interessadas, propõe-se, a adopção de um

talude com inclinação V=1:H=1.5.

A solução prevista para a contenção a realizar na segunda fase é semelhante,

prevendo-se no entanto na zona da rampa da saída do estacionamento a execução de

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 3

uma cortina tipo berlim definitivo devido à existência de muros de suporte e a manter

que não permitem a execução das estacas.

2. Normas e Regulamentos

No dimensionamento e verificação da segurança da contenção foram adoptados as

seguintes normas e regulamentos:

R.S.A. – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes

R.E.B.A.P. – Regulamento de Betão Armado e Pré-Esforçado

NP EN 206-1:2007 – Betão – Especificação, desempenho, produção e conformidade.

EN 1992-1-1:2004 – Eurocódigo 2: Projecto de Estruturas de Betão

EN 1997-1 – Eurocódigo 7 – Projecto geotécnico

EN 1537:1999 – Execution of special geotechnical work – Ground anchors

EN 1536:1999 – Execution of special geotechnical work – Bored Piles

3. Condições geológicas e geotécnicas

Preâmbulo

No âmbito dos estudos conducentes à elaboração do projecto do presente empreendimento,

foram realizadas pela GEOTEST – Geotecnia e Mecânica dos Solos, Lda, doze sondagens

de furação convencionais com realização de ensaios SPT e colheita de amostras remexidas.

Formações geológicas

Em grande parte dos locais prospectados verificou-se a existência de um horizonte

superficial formado por aterros e/ou solos de cobertura, até profundidades variáveis entre

1.25m e 5.80m. Os depósitos de aterro são constituídos por areias médias a finas e médias

a grosseiras de tons acastanhado, cinzento-acastanhado, castanho amarelado, amarelado e

alaranjado, com fragmentos de betão, seixos quartzosos, brita calcária. Nos ensaios de

penetração dinâmica (SPT) efectuados neste horizonte de cobertura recente foram

registados valores de NSPT situados entre 5 e 41 pancadas, contudo os valores mais

elevados poderão não ser representativos. Inferiormente ocorrem as formações do

Pliocénico até às profundidades máximas prospectadas, encontrando-se representadas por

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

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uma sucessão alternante essencialmente arenosa composta por:

• Areias médias a grosseiras argilosas de tom amarelado com tonalidades rosadas, com

seixos finos quartzosos;

• Areias médias a grosseiras, por vezes com granulometria média a fina, siltosas a silto-

argilosas, levemente micáceas de tons amarelo-esbranquiçado, amarelado e

alaranjado, às vezes com tonalidades avermelhadas/rosadas e com a intercalação de

passagens argilo-siltosas acinzentadas, amareladas, amarelo-esverdeadas ou amarelo-

acinzentadas;

• Areias médias a grosseiras e médias a finas, argilosas a siltosas, de tom amarelado e

acastanhado, por vezes com tonalidades rosadas, com seixos finos a médios

essencialmente quartzosos e de tom alaranjado a castanho-alanranjado, levemente

micáceas, por vezes com passagens argilosas de tom “borra de vinho”

Modelo geológico-geotécnico adoptado

Atendendo aos resultados obtidos nos ensaios de penetração dinâmica SPT, estabeleceu-

se um zonamento em que se definiram 4 zonas geotécnicas (ZG1 a ZG4).

A zona geotécnica ZG1 corresponde aos aterros e aos solos de cobertura, de idade

recente, onde foram registados valores NSPT situados entre 5 e 41. Esta zona apresenta

espessuras máximas entre cerca de 4.3m e 5.8m , respectivamente nas sondagens S7 e

S6.

A zona geotécnica ZG2 engloba as formações mais descomprimidas do Pliocénico

caracterizadas por valores NSPT compreendidos entre 6 e 19 e foi reconhecida até

profundidades variáveis entre cerca de 2.8m e 16.3m.

A zona geotécnica ZG3 compreende as formações pliocénicas onde foram obtidos valores

de NSPT situados entre 18 e 49, com excepção de alguns valores pontuais mais elevados. A

ZG3 foi reconhecida até profundidades variáveis entre cerca de 5.8m (S10) e 19.3m (S7)

exceptuando a sondagem S11 onde esta zona não se mostrou presente.

Inferiormente ocorre a zona geotécnica ZG4 onde foram registados, em regra, valores de

NSPT acima das 49 pancadas (NSPT >50)

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Pág. 5

4. Fases de trabalho e modo de execução

No que respeita ao faseamento construtivo seguir-se-á o que é corrente em obras afins, e

como seguidamente se descreve.

Cortina de estacas:

1. Execução da cortina de estacas φ600, espaçadas de 0.80 m;

2. Execução da viga de coroamento;

3. Escavação até 0.50 m abaixo do 1º nível de ancoragens;

4. Execução do 1º nível de ancoragens e seu pré-esforço

5. Escavação até 0.50 m abaixo do 2º nível de ancoragens;

6. Colocação da viga de distribuição, em metálica;

7. Execução do 2º nível de ancoragens e seu pré-esforço;

8. Escavação até à cota inferior;

9. Nas zonas de contenção definitiva, construção da estrutura de baixo para cima, com

o apoio das lajes na contenção;

10. Desactivação das ancoragens provisórias, na zona de travamento com as lajes.

Cortina do tipo Berlim:

1. Preparação da plataforma de trabalho e preparação da viga de coroamento;

2. Instalação dos perfis verticais em furos com o diâmetro definido nos desenhos, na extensão estipulada

3. Execução dos painéis primários do primeiro nível, até á profundidade estipulada nas peças desenhadas de modo a permitir a sobreposição da armadura longitudinal e execução dos ferrolhos de ligação aos muros e pilares existentes

4. Colocação da armadura e betonagem dos painéis primários;

5. Execução das ancoragens e aplicação do pré-esforço correspondente;

6. Escavação dos painéis secundários do primeiro nível;

7. Colocação da armadura e betonagem dos painéis secundários;

8. Execução das ancoragens e aplicação do pré-esforço correspondente;

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Pág. 6

9. Uma vez atingida a base de escavação serão executadas as sapatas de fundação

10. Execução da fundação dos painéis secundários;

11. Execução do aterro sobre as fundações;

12. Desactivação das ancoragens provisórias, na zona de travamento com as lajes.

5. Dimensionamento. Justificação da solução

5.1. Parâmetros geotécnicos

Para as diferentes formações adoptaram-se os parâmetros indicados no Quadro 1.

Quadro 1 - Parâmetros do terreno adoptados

NSPT γ c’ φ’ Es Zona Geotécnica

Formações (*) (kN/m3)

(kPa) (º) (MPa)

ZG1 Aterros e solos de cobertura 5-41 19 – 25-28 5-10 ZG2 6-19 19 – 26-30 10-30 ZG3 18-49 20 – 30-35 40-80 ZG4

Areias médias a grosseiras e grosseiras argilosas e siltosas

>50 21 – 35-38 80-100

Quadro 2 - Parâmetros do terreno adoptados

5.2. Acções sobre as cortinas em fase provisória

Em fase provisória, isto é, durante a execução da escavação foram consideradas acções

associadas a pressões de terras, e das sobrecargas na superfície do terreno.

A sobrecarga foi de 10 kN/m2.

5.3. Cortina de estacas

AS cortinas serão executadas com estacas φ600 mm, espaçadas de 0.80 m, em betão da

classe C25/30 (classe de exposição XC2) e aço A500NR. Será colocado betão projectado

com rede malhasol na face posterior da cortina.

A cota da ponta das estacas corresponderá a uma ficha que penetrará sempre no material

ZG4 (Areias médias a grosseiras e siltosas NSPT>50)e terá que ser confirmado durante a

furação das estacas.

As estacas moldadas serão executadas de acordo com o preconizado na norma EN

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Pág. 7

1536:1999.

5.3.1. FASE 1

O dimensionamento à flexão foi feito considerando três modelos de elementos finitos, em

estado plano de deformação, que se apresentam nas figuras seguintes. Foram consideradas

as várias fases construtivas, descritas abaixo.

Figura 1 - Modelo da cortina estacas E1 a E32

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Figura 2 - Modelo da cortina estacas E33 a E42

Figura 3 - Modelo da cortina estacas E43 a E73

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Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4

Execução do 1º nível de ancoragens (cota +28.415 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

5 Escavação até à cota +21.515

Quadro 3 - Faseamento do cálculo

Os resultados das análises encontram-se apresentados nas figuras seguintes.

Estacas E1 a E32

Figura 4 – Deslocamentos horizontais finais

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Figura 5 – Deslocamentos verticais finais

Figura 6 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Figura 7 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Estacas E33 a E42

Figura 8 – Deslocamentos horizontais finais

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Figura 9 – Deslocamentos verticais finais

Figura 10 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Figura 11 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Estacas E43 a E73

Figura 12 – Deslocamentos horizontais finais

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Figura 13 – Deslocamentos verticais finais

Figura 14 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Pág. 15

Figura 15 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Dimensionamento estrutural das estacas

Por metro de cortina N V M (kN/m) (kN/m) (kN*m/m) E1 a E32 90 126 187 E33 a E42 60 179 335 E43 a e73 115 164 355

No cálculo dos esforços majorados, considerou-se o coeficiente de segurança γG=1.50.

Nsd Vsd Msd Asl Asl (kN) (kN) (kN*m) (cm2) (cm2)

E1 a E32 72 151 224 22.8 10φ20 31.4 E33 a E42 48 215 402 46.2 12φ25 58.9 E43 a e73 92 197 426 49.6 12φ25 58.9

Secção quadrada equivalente: be=0.54m de=0.42 m

Vcd=170 kN

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 16

Cintas: armadura helicoidal φ10//0.20 m Vwd=130 kN VRd=300 kN

5.3.2. FASE 2

O dimensionamento à flexão foi feito considerando três modelos de elementos finitos, em

estado plano de deformação, que se apresentam nas figuras seguintes. Foram consideradas

as várias fases construtivas, descritas no quadro abaixo.

Figura 16 - Modelo da cortina estacas E31 a E61

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 4 - Faseamento do cálculo

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Pág. 17

Figura 17 - Modelo da cortina estacas E62 a E92

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 5 - Faseamento do cálculo

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Pág. 18

Figura 18 - Modelo da cortina estacas E93 a E172

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 6 - Faseamento do cálculo

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Pág. 19

Figura 19 - Modelo da cortina estacas E173 a E205

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4

Execução do 1º nível de ancoragens (cota +28.415 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +21.515

Quadro 7 - Faseamento do cálculo

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Figura 20 - Modelo da cortina estacas E206 a E288

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 8 - Faseamento do cálculo

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Os resultados das análises encontram-se apresentados nas figuras seguintes.

Estacas E31 a E61

Figura 21 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 22 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 23 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 24 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E62 a E91

Figura 25 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 26 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 27 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 28 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E93 a E172

Figura 29 – Deslocamentos horizontais finais

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Figura 30 – Deslocamentos verticais finais

Figura 31 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 32 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E173 a E205

Figura 33 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 34 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 35 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 36 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E206 a E288

Figura 37 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 38 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 39 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 40 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Dimensionamento estrutural das estacas

Por metro de cortina N V M (kN/m) (kN/m) (kN*m/m) E31 a E61 183 199 329 E62 a E92 58 160 298 E93 a E172 167 102 211 E173 a E205 98 121 169 E206 a E288 157 128 156

No cálculo dos esforços majorados, considerou-se o coeficiente de segurança γG=1.50.

Nsd Vsd Msd Asl Asl (kN) (kN) (kN*m) (cm2) (cm2)

E31 a E61 220 239 395 21.1 10φ20 31.4 E62 a E92 200 192 358 43.6 12φ25 58.9 E93 a E172 70 121 211 38.7 12φ25 58.9 E173 a 205 118 145 203 E206 a E288 188 159 187

Secção quadrada equivalente: be=0.54m de=0.42 m

Vcd=170 kN

Cintas: armadura helicoidal φ10//0.20 m Vwd=130 kN VRd=300 kN

Dimensionamento da viga de distribuição

l P0 α P*cosα p psd pl2/k M-sd Vsd

(m) (kN) (º) (kN) (kN/m) (kN/m) (kN*m) (kN) 3.20 300 30 260 81 122 12 -104 390

Msd µ As1 (kN*m) (cm2)

104 0.021 3.5

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Verificação do Esforço Transverso

Vsd = 487 kN

τ1 = 0.65 MPa τ2 = 5.0 MPa

Vcd = 315 kN

Vwd= 75 kN Asw/s= 7.2cm2/m

Dimensionamento das escoras de canto

Escoras com L<6.00 Para determinar o esforço de dimensionamento das escoras utilizou-se a carga máxima

do nível de suporte mais solicitado, considerando ainda que a situação crítica

corresponde a um comprimento de influência de 3,20m, pelo que resulta:

mkNF / 266max = ;

kNE 120445cos

2,3266max =

×= ;

kNNSd 156512043,1 =×= .

Considerou-se o perfil HEB 220, em aço laminado S235, que apresenta as seguintes

características:

A=9100mm2; ix=94.3mm ;iy=55.9mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

yRd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

SdRd NkNN 2138100,1

2359100 3 >=××

= − .

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Pág. 33

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2, sendo λ dado por:

1

0

i

l

λ×=λ ,

em que λ1 = 93,9 para S235.

Desta forma tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

x (curva b) 6000 0.678 0.796 1703

y (curva c) 3000 0,571 0,802 1715

Escoras com L<8.00 Para determinar o esforço de dimensionamento das escoras utilizou-se a carga máxima

do nível de suporte mais solicitado, considerando ainda que a situação crítica

corresponde a um comprimento de influência de 3,20m, pelo que resulta:

mkNF / 266max = ;

kNE 120445cos

2,3266max =

×= ;

kNNSd 156512043,1 =×= .

Considerou-se o perfil HEB 260, em aço laminado S235, que apresenta as seguintes

características:

A=11800mm2; ix=112.0mm ;iy=65.8mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

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Pág. 34

Mo

yRd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

SdRd NkNN 2773100,1

23511800 3 >=××

= − .

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2, sendo λ dado por:

1

0

i

l

λ×=λ ,

em que λ1 = 93,9 para S235.

Desta forma tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

x (curva b) 8000 0.761 0.748 2075

y (curva c) 3000 0,485 0,851 2360

Verificação da segurança das ancoragens

Ancoragens P0=300kN

Quadro 9 - Dimensionamento estrutural das ancoragens

Aço : St 1670, 1860 ft0,1k = 1670 MPa

ftk = 1860 MPa Es = 195 GPa

Diâmetro nominal do cordão = 0.62 " 15.7 mm Ap = 150 mm2

Pt0,1k = 251 kN

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Pág. 35

Resistência característica, Ptk = 279 kN Tracção admissível, Pa = Pt0,1k/1.35

= 186 kN Pré-esforço inicial, P0 = Pa/1.20 = 155 kN

n.º de cordões = 2 Área total = 297 mm2

Pt0,1k = 502 kN Pa = 372 kN P0 = 310 kN

Deformabilidade elástica, EA = 6.237E+04 KN

Para o dimensionamento do bolbo de selagem, considerou-se que este irá ser executado

nas camadas de areia com NSPT>50. Para as condições do quadro, o comprimento de

selagem será de 6 m. A selagem será executada pelo método de Injecção Repetitiva e

Selectiva (IRS). As características finais serão confirmadas em obra através dos ensaios de

recepção detalhados especificados no ponto 6.

Quadro 10 - Dimensionamento do bolbo de selagem das ancoragens

Utilização = Provisória Diâmetro do furo, Dd (m) = 0.15

Comprimento de selagem, Ls (m) = 6.00

Sistema de injecção = IRS α = 1.8

Diâmetro da selagem, Ds (m) = 0.27 Atrito último, τu (kPa) = 280

Resistência última, TL (kN) = 1425 FST = 1.8

Tracção admissível, Tadm (kN) = 791

Ancoragens P0=450kN

Quadro 11 - Dimensionamento estrutural das ancoragens

Aço : St 1670, 1860 ft0,1k = 1670 MPa

ftk = 1860 MPa Es = 195 GPa

Diâmetro nominal do cordão = 0.62 " 15.7 mm Ap = 150 mm2

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Pág. 36

Pt0,1k = 251 kN Resistência característica, Ptk = 279 kN

Tracção admissível, Pa = Pt0,1k/1.35 = 186 kN

Pré-esforço inicial, P0 = Pa/1.20 = 155 kN n.º de cordões = 3

Área total = 445 mm2 Pt0,1k = 753 kN

Pa = 558 kN P0 = 465 kN

Deformabilidade elástica, EA = 9.345E+04 KN

Para o dimensionamento do bolbo de selagem, considerou-se que este irá ser executado

nas camadas de areia com NSPT>50. Para as condições do quadro, o comprimento de

selagem será de 6 m. A selagem será executada pelo método de Injecção Repetitiva e

Selectiva (IRS). As características finais serão confirmadas em obra através dos ensaios de

recepção detalhados especificados no ponto 6.

Quadro 12 - Dimensionamento do bolbo de selagem das ancoragens

Utilização = Provisória Diâmetro do furo, Dd (m) = 0.15

Comprimento de selagem, Ls (m) = 6.00

Sistema de injecção = IRS α = 1.8

Diâmetro da selagem, Ds (m) = 0.27 Atrito último, τu (kPa) = 280

Resistência última, TL (kN) = 1425 FST = 1.8

Tracção admissível, Tadm (kN) = 791

Verificação da capacidade de carga axial das estacas

Em fase temporária, o esforço axial máximo, em serviço, é igual 146 kN. Em fase definitiva,

após a execução das lajes e a desactivação das ancoragens, o esforço passa a ser de

300kN.

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Pág. 37

As estacas terão uma ficha mínima de 3 diâmetros na camada ZG4 e estarão a trabalhar

fundamentalmente por ponta. O valor admissível máximo é de cerca de 1270kN, que

corresponde a uma tensão admissível da ordem de 4.5MPa.

5.4. Cortina Berlim

5.4.3. Cortina com dois painéis com 4.0m de altura cada

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina

Figura 41 – Diagrama de pressões adoptado para a cortina

Ancoragens

φ = 30º γ = 20 kN/m3 ka = 0.33

- p1 = 0.33x10 = 3.3 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.33 x 8.00 = 34.3 kN/m2 1º a 2º nível

mkNF / 5.150)3.33,34(00,41 =+×= ;

kNQ 59215cos5

195.1501 =

×

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

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Pág. 38

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 6.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 600 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

– 6 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (6x140) x 1.7 = 1071 kN > 1.2 x 600 = 720 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 600 8.0 6.0 15

2º 600 6.0 6.0 15

Perfis metálicos

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

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Pág. 39

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 140, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=4300mm2; ix=59.3mm ;iy=35.0mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

919101,1

2354300 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

y (curva c) 4000 1.187 0.44 404.4

Esforço axial nos perfis

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Pág. 40

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte

Parede:

kN/m 303,00,4251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.246)5230(0.3 =+×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 33224635,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 300 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno (1.1x Ds)

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Pág. 41

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

( qs = 300 kN/m2)

F.S. – factor de segurança – 1.8

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

Parede:

kN/m 603,00,4252pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.1043

º156002p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.492)10460(0.3 =+×=perfilN .

kNQl 0.7770.330025,01.1 =××××= π

kNQp 117=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

8.1492

117777. =

+=SC

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Pág. 42

5.5. Cortina com um painel com 5.0m de altura

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina com 20.0m de largura.

Figura 42 – Diagrama de pressões adoptado para a cortina

Ancoragens

φ = 30º γ = 20 kN/m3 ka = 0.33

- p1 = 0.33x10 = 3.3 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.33 x 5.00 = 21.5 kN/m2 1º nível

mkNF / 0.124)3.35,21(00,51 =+×= ;

kNQ 51215cos5

200.1241 =

×

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

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Pág. 43

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 6.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 600 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

– 6 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (6x140) x 1.7 = 1071 kN > 1.2 x 600 = 720 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 600 8.0 6.0 15

Perfis metálicos

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 140, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=4300mm2; ix=59.3mm ;iy=35.0mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

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Pág. 44

de onde se obtém:

919101,1

2354300 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

y (curva c) 4000 1.187 0.44 404.4

Esforço axial nos perfis

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte

Parede:

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Pág. 45

kN/m 303,00,4251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.246)5230(0.3 =+×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 33224635,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 300 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno (1.1x Ds)

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

( qs = 300 kN/m2)

F.S. – factor de segurança – 1.8

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Pág. 46

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

Parede:

kN/m 5.373,00,5251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil0.270)3852(0.3 =+×=perfilN .

kNQl 0.7770.330025,01.1 =××××= π

kNQp 117=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

3.3270

117777. =

+=SC

5.6. Contenção Provisória

Parâmetros geotécnicos

Para as diferentes formações adoptaram-se os parâmetros indicados no Quadro abaixo.

Quadro 13 - Parâmetros do terreno adoptados

Zona geotécnica

Formações NSPT

VL(*)

(m/s)

γ

(kN/m3)

cu(*)

(kPa)

c’

(kPa)

φ’

(º)

Eu

(MPa)

E’

(MPa)

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Pág. 47

ZG1 Recente. Aterros e solos de cobertura.

5 – 41

<180 18 < 70 - 25 - 28 5 - 10

ZG2 Pliocénico descomprimido. Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

6 – 19

<180 20 < 70 - 26 - 30 10 -30

ZG3 Pliocénico.

Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

18 - 49 180 - 360 21 70 - 250 - 30 - 35 40-80

ZG4 Pliocénico.

Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

> 50 360 - 800 21 > 250 - 35 - 38 80-100

φ’ – ângulo de resistência ao corte, E’ – módulo de deformabilidade drenado

(*) valores médios, os restantes valores são característicos

Acções sobre as cortinas em fase provisória

Em fase provisória, isto é, durante a execução da escavação foram consideradas

acções associadas a pressões de terras e das sobrecargas na superfície do terreno.

Como se admitiu que o nível freático não ultrapassaria a cota da base da escavação, o

seu efeito não foi considerado.

No que respeita às pressões do maciço elas foram consideradas tendo como referência

um diagrama do tipo dos propostos por Terzaghi e Peck. Foi adoptado o diagrama

proposto para as areias, definido por uma pressão uniforme de valor 0,65.Ka.γ.h, sendo

Ka o coeficiente de impulso activo, γ o peso volúmico total de cada camada e h a

profundidade da escavação.

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina

Page 103: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 48

Ancoragens

φ = 28º γ = 20 kN/m3 ka = 0.36

- p1 = 0.36x10 = 3.6 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.36 x 7.40 = 35.0 kN/m2

1º a 2º nível

mkNF / 4.154)6.30,35(00,41 =+×= ;

kNQ 53530cos

34.1541 =

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 8.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 550 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

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Pág. 49

– 4 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (4x140) x 1.7 = 714 kN > 1.2 x 550 = 660 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 550 19.0 8.0 30

2º 550 12.0 8.0 30

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 160, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=5430mm2; ix=67.8mm ;iy=40.5mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

1160101,1

2355430 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

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Pág. 50

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [Kn]

y (curva c) 3000 0.79 0,67 774

Esforço axial nos perfis

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte:

Ancoragens:

kN/m0.1833

º305502p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.2750.1835.1 =×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 37127535,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

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Pág. 51

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 280 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

F.S. – factor de segurança

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

kNQl 0.7250.328025,01.1 =××××= π

kNQp 108=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

0.3275

108725. =

+=SC

6. Instrumentação da obra

6.7. 8.1 Equipamento

Dada a importância da obra prevê-se a sua instrumentação. Para tal escolheram-se seis

secções, indicadas nas peças desenhadas. Em cada uma delas serão instalados os

seguintes equipamentos:

-células dinamométricas instaladas nas cabeças de algumas das ancoragens da secção

instrumentada;

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Pág. 52

-1 marca topográfica num ponto próximo da cortina para medição assentamentos;

marcas topográficas nos painéis da cortina, para medição do movimento horizontal.

-Em duas das secções será instalado um tubo inclinométrico inserido no terreno próximo

do tardoz da cortina.

-Deverão também ser colocados alvos topográficos na estrutura do hipermercado.

A medição dos instrumentos de observação deve ser feita, pelo menos, no final de cada

uma das fases relevantes (escavação e pré-esforço) da obra.

6.8. 8.2 Critérios de alerta

Nível verde: δh ≤ 0.1%H; t ≤ 0.15 mm/dia; δF ≤ 10%; ou seja, o maciço encontra-se

sensivelmente estabilizado, pelo que se deverá continuar a utilizar o método construtivo

indicado no projecto.

Nível amarelo: δh ≤ 0.2%H; t ≤ 0.3 mm/dia; δF ≤ 25%; ou seja, o maciço encontra-se no

limite da estabilização, sendo necessário analisar as leituras com atenção. Recomenda-

se uma análise crítica do processo construtivo e eventualmente a sua reformulação de

modo a diminuir a taxa de deformação e assim aumentar a segurança da obra. As

leituras nesta fase devem ser diárias.

Nível vermelho: δh ≤ 0.3%H; t ≤ 0.45 mm/dia; δh ≤ 40%; ou seja, o maciço encontra-se

instabilizado, sendo necessário agir de imediato. Recomenda-se o aumento do número

de ancoragens, diminuição das alturas dos níveis de escavação e posteriormente a

reformulação do processo construtivo. As leituras nesta fase devem ser de 4 em 4

horas.

A definição de dispositivos que permitam controlar a situação de emergência, terá que

ser especialmente vocacionada para o cenário eventualmente criado. Como tal e para

que todo o sistema de alerta funcione é necessário existir uma rápida transmissão da

informação, desde a empresa que faz as leituras (Empreiteiro) até à que decide

(Projectista em conjunto com o Dono da Obra).

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 53

Oeiras, 4 de Dezembro de 2010

Filipe Feio

Eng. Civil (OE 22445 )

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MULTICENCO ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS S.A.

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal

Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Memória Descritiva e Justificativa

Agosto 2012

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 1

Índice 1. Introdução...........................................................................................................................2 2. Normas e Regulamentos.....................................................................................................3 3. Condições geológicas e geotécnicas...................................................................................3 4. Fases de trabalho e modo de execução...............................................................................5 5. Dimensionamento. Justificação da solução ........................................................................6

5.1. Parâmetros geotécnicos ..............................................................................................6 5.2. Acções sobre as cortinas em fase provisória ..............................................................6 5.3. Cortina de estacas .......................................................................................................6 5.4. Cortina Berlim ..........................................................................................................37 5.5. Cortina com um painel com 5.0m de altura .............................................................42 5.6. Contenção Provisória................................................................................................46

6. Instrumentação da obra.....................................................................................................51 6.7. 8.1 Equipamento.......................................................................................................51 6.8. 8.2 Critérios de alerta................................................................................................52

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

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REMODELAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO CENTRO COMERCIAL JUMBO DE SETÚBAL

PROJECTO DE LICENCIAMENTO DE ESCAVAÇÃO E CONTENÇÃO

PERIFÉRICA

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. Introdução

A obra de escavação destina-se à remodelação e ampliação do Centro Comercial

Jumbo de Setúbal. execução do novo sistema de acessos ao Centro Integrado de

Cirurgia de Ambulatório. A Ampliação e Remodelação será executada em duas fases.

Na primeira será executada a construção localizada a Oeste na parcela designada por

lote 17. Na segunda fase serão construídos os restantes edifícios localizados na parcela

adjacente ao edifício existente. O presente Projecto de Licenciamento refere-se à

escavação e contenção periférica que é necessário executar para permitir a construção

dos edifícios que constituem a remodelação e ampliação.

O terreno onde se localiza a primeira fase apresenta um desnível entre as cotas 32 e 22.

O terreno confina a nascente com a via que liga a Av. Antero de Quental à Rua Nova

Sintra. Assim previu-se que a escavação será em geral realizada com recurso a taludes.

à excepção da zona confinante com a via acima referida onde se previu uma cortina de

estacas moldadas, com diâmetro 600mm afastadas de 0.80m, na zona onde a cortina é

definitiva e uma solução tipo berlim provisória na zona onde a cortina é para desmontar.

As estacas são solidarizadas por uma viga de coroamento e por vigas de distribuição,

que são suportadas por ancoragens pré-esforçadas. Considera-se esta a solução mais

adequada, em particular face à alternativa de uma cortina tipo Berlim, devido à facilidade

de execução e tendo em atenção a natureza dos solos existentes. A vantagem

associada à contenção por estacas consiste no facto de que, quando se processa a

escavação, os elementos da cortina já se encontram betonados e a confinar o terreno.

Atendendo às características das formações interessadas, propõe-se, a adopção de um

talude com inclinação V=1:H=1.5.

A solução prevista para a contenção a realizar na segunda fase é semelhante,

prevendo-se no entanto na zona da rampa da saída do estacionamento a execução de

Page 112: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 3

uma cortina tipo berlim definitivo devido à existência de muros de suporte e a manter

que não permitem a execução das estacas.

2. Normas e Regulamentos

No dimensionamento e verificação da segurança da contenção foram adoptados as

seguintes normas e regulamentos:

R.S.A. – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes

R.E.B.A.P. – Regulamento de Betão Armado e Pré-Esforçado

NP EN 206-1:2007 – Betão – Especificação, desempenho, produção e conformidade.

EN 1992-1-1:2004 – Eurocódigo 2: Projecto de Estruturas de Betão

EN 1997-1 – Eurocódigo 7 – Projecto geotécnico

EN 1537:1999 – Execution of special geotechnical work – Ground anchors

EN 1536:1999 – Execution of special geotechnical work – Bored Piles

3. Condições geológicas e geotécnicas

Preâmbulo

No âmbito dos estudos conducentes à elaboração do projecto do presente empreendimento,

foram realizadas pela GEOTEST – Geotecnia e Mecânica dos Solos, Lda, doze sondagens

de furação convencionais com realização de ensaios SPT e colheita de amostras remexidas.

Formações geológicas

Em grande parte dos locais prospectados verificou-se a existência de um horizonte

superficial formado por aterros e/ou solos de cobertura, até profundidades variáveis entre

1.25m e 5.80m. Os depósitos de aterro são constituídos por areias médias a finas e médias

a grosseiras de tons acastanhado, cinzento-acastanhado, castanho amarelado, amarelado e

alaranjado, com fragmentos de betão, seixos quartzosos, brita calcária. Nos ensaios de

penetração dinâmica (SPT) efectuados neste horizonte de cobertura recente foram

registados valores de NSPT situados entre 5 e 41 pancadas, contudo os valores mais

elevados poderão não ser representativos. Inferiormente ocorrem as formações do

Pliocénico até às profundidades máximas prospectadas, encontrando-se representadas por

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 4

uma sucessão alternante essencialmente arenosa composta por:

• Areias médias a grosseiras argilosas de tom amarelado com tonalidades rosadas, com

seixos finos quartzosos;

• Areias médias a grosseiras, por vezes com granulometria média a fina, siltosas a silto-

argilosas, levemente micáceas de tons amarelo-esbranquiçado, amarelado e

alaranjado, às vezes com tonalidades avermelhadas/rosadas e com a intercalação de

passagens argilo-siltosas acinzentadas, amareladas, amarelo-esverdeadas ou amarelo-

acinzentadas;

• Areias médias a grosseiras e médias a finas, argilosas a siltosas, de tom amarelado e

acastanhado, por vezes com tonalidades rosadas, com seixos finos a médios

essencialmente quartzosos e de tom alaranjado a castanho-alanranjado, levemente

micáceas, por vezes com passagens argilosas de tom “borra de vinho”

Modelo geológico-geotécnico adoptado

Atendendo aos resultados obtidos nos ensaios de penetração dinâmica SPT, estabeleceu-

se um zonamento em que se definiram 4 zonas geotécnicas (ZG1 a ZG4).

A zona geotécnica ZG1 corresponde aos aterros e aos solos de cobertura, de idade

recente, onde foram registados valores NSPT situados entre 5 e 41. Esta zona apresenta

espessuras máximas entre cerca de 4.3m e 5.8m , respectivamente nas sondagens S7 e

S6.

A zona geotécnica ZG2 engloba as formações mais descomprimidas do Pliocénico

caracterizadas por valores NSPT compreendidos entre 6 e 19 e foi reconhecida até

profundidades variáveis entre cerca de 2.8m e 16.3m.

A zona geotécnica ZG3 compreende as formações pliocénicas onde foram obtidos valores

de NSPT situados entre 18 e 49, com excepção de alguns valores pontuais mais elevados. A

ZG3 foi reconhecida até profundidades variáveis entre cerca de 5.8m (S10) e 19.3m (S7)

exceptuando a sondagem S11 onde esta zona não se mostrou presente.

Inferiormente ocorre a zona geotécnica ZG4 onde foram registados, em regra, valores de

NSPT acima das 49 pancadas (NSPT >50)

Page 114: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 5

4. Fases de trabalho e modo de execução

No que respeita ao faseamento construtivo seguir-se-á o que é corrente em obras afins, e

como seguidamente se descreve.

Cortina de estacas:

1. Execução da cortina de estacas φ600, espaçadas de 0.80 m;

2. Execução da viga de coroamento;

3. Escavação até 0.50 m abaixo do 1º nível de ancoragens;

4. Execução do 1º nível de ancoragens e seu pré-esforço

5. Escavação até 0.50 m abaixo do 2º nível de ancoragens;

6. Colocação da viga de distribuição, em metálica;

7. Execução do 2º nível de ancoragens e seu pré-esforço;

8. Escavação até à cota inferior;

9. Nas zonas de contenção definitiva, construção da estrutura de baixo para cima, com

o apoio das lajes na contenção;

10. Desactivação das ancoragens provisórias, na zona de travamento com as lajes.

Cortina do tipo Berlim:

1. Preparação da plataforma de trabalho e preparação da viga de coroamento;

2. Instalação dos perfis verticais em furos com o diâmetro definido nos desenhos, na extensão estipulada

3. Execução dos painéis primários do primeiro nível, até á profundidade estipulada nas peças desenhadas de modo a permitir a sobreposição da armadura longitudinal e execução dos ferrolhos de ligação aos muros e pilares existentes

4. Colocação da armadura e betonagem dos painéis primários;

5. Execução das ancoragens e aplicação do pré-esforço correspondente;

6. Escavação dos painéis secundários do primeiro nível;

7. Colocação da armadura e betonagem dos painéis secundários;

8. Execução das ancoragens e aplicação do pré-esforço correspondente;

Page 115: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 6

9. Uma vez atingida a base de escavação serão executadas as sapatas de fundação

10. Execução da fundação dos painéis secundários;

11. Execução do aterro sobre as fundações;

12. Desactivação das ancoragens provisórias, na zona de travamento com as lajes.

5. Dimensionamento. Justificação da solução

5.1. Parâmetros geotécnicos

Para as diferentes formações adoptaram-se os parâmetros indicados no Quadro 1.

Quadro 1 - Parâmetros do terreno adoptados

NSPT γ c’ φ’ Es Zona Geotécnica

Formações (*) (kN/m3)

(kPa) (º) (MPa)

ZG1 Aterros e solos de cobertura 5-41 19 – 25-28 5-10 ZG2 6-19 19 – 26-30 10-30 ZG3 18-49 20 – 30-35 40-80 ZG4

Areias médias a grosseiras e grosseiras argilosas e siltosas

>50 21 – 35-38 80-100

Quadro 2 - Parâmetros do terreno adoptados

5.2. Acções sobre as cortinas em fase provisória

Em fase provisória, isto é, durante a execução da escavação foram consideradas acções

associadas a pressões de terras, e das sobrecargas na superfície do terreno.

A sobrecarga foi de 10 kN/m2.

5.3. Cortina de estacas

AS cortinas serão executadas com estacas φ600 mm, espaçadas de 0.80 m, em betão da

classe C25/30 (classe de exposição XC2) e aço A500NR. Será colocado betão projectado

com rede malhasol na face posterior da cortina.

A cota da ponta das estacas corresponderá a uma ficha que penetrará sempre no material

ZG4 (Areias médias a grosseiras e siltosas NSPT>50)e terá que ser confirmado durante a

furação das estacas.

As estacas moldadas serão executadas de acordo com o preconizado na norma EN

Page 116: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 7

1536:1999.

5.3.1. FASE 1

O dimensionamento à flexão foi feito considerando três modelos de elementos finitos, em

estado plano de deformação, que se apresentam nas figuras seguintes. Foram consideradas

as várias fases construtivas, descritas abaixo.

Figura 1 - Modelo da cortina estacas E1 a E32

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 8

Figura 2 - Modelo da cortina estacas E33 a E42

Figura 3 - Modelo da cortina estacas E43 a E73

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Pág. 9

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4

Execução do 1º nível de ancoragens (cota +28.415 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

5 Escavação até à cota +21.515

Quadro 3 - Faseamento do cálculo

Os resultados das análises encontram-se apresentados nas figuras seguintes.

Estacas E1 a E32

Figura 4 – Deslocamentos horizontais finais

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Pág. 10

Figura 5 – Deslocamentos verticais finais

Figura 6 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Pág. 11

Figura 7 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Estacas E33 a E42

Figura 8 – Deslocamentos horizontais finais

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Pág. 12

Figura 9 – Deslocamentos verticais finais

Figura 10 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Pág. 13

Figura 11 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Estacas E43 a E73

Figura 12 – Deslocamentos horizontais finais

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Pág. 14

Figura 13 – Deslocamentos verticais finais

Figura 14 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

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Pág. 15

Figura 15 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Dimensionamento estrutural das estacas

Por metro de cortina N V M (kN/m) (kN/m) (kN*m/m) E1 a E32 90 126 187 E33 a E42 60 179 335 E43 a e73 115 164 355

No cálculo dos esforços majorados, considerou-se o coeficiente de segurança γG=1.50.

Nsd Vsd Msd Asl Asl (kN) (kN) (kN*m) (cm2) (cm2)

E1 a E32 72 151 224 22.8 10φ20 31.4 E33 a E42 48 215 402 46.2 12φ25 58.9 E43 a e73 92 197 426 49.6 12φ25 58.9

Secção quadrada equivalente: be=0.54m de=0.42 m

Vcd=170 kN

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Pág. 16

Cintas: armadura helicoidal φ10//0.20 m Vwd=130 kN VRd=300 kN

5.3.2. FASE 2

O dimensionamento à flexão foi feito considerando três modelos de elementos finitos, em

estado plano de deformação, que se apresentam nas figuras seguintes. Foram consideradas

as várias fases construtivas, descritas no quadro abaixo.

Figura 16 - Modelo da cortina estacas E31 a E61

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 4 - Faseamento do cálculo

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Pág. 17

Figura 17 - Modelo da cortina estacas E62 a E92

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=450 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 5 - Faseamento do cálculo

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Pág. 18

Figura 18 - Modelo da cortina estacas E93 a E172

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 6 - Faseamento do cálculo

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Pág. 19

Figura 19 - Modelo da cortina estacas E173 a E205

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4

Execução do 1º nível de ancoragens (cota +28.415 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +21.515

Quadro 7 - Faseamento do cálculo

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Pág. 20

Figura 20 - Modelo da cortina estacas E206 a E288

Fase Descrição

0 Estado de tensão inicial

1 Aplicação da sobrecarga (10 kN/m2) à superfície

2 Colocação da cortina 3 Escavação até à cota da viga de coroamento

4 Execução do 1º nível de ancoragens (cota +32.14 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

5 Escavação até à cota +26.00

6 Execução do 2º nível de ancoragens (cota +27.00 e aplicação do pré-esforço (P0=300 kN)

7 Escavação até à cota +21.515

Quadro 8 - Faseamento do cálculo

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Pág. 21

Os resultados das análises encontram-se apresentados nas figuras seguintes.

Estacas E31 a E61

Figura 21 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 22 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 23 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 24 - Envolvente de esforços (N, V, M)

Page 132: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 23

Estacas E62 a E91

Figura 25 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 26 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 27 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 28 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Pág. 25

Estacas E93 a E172

Figura 29 – Deslocamentos horizontais finais

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Pág. 26

Figura 30 – Deslocamentos verticais finais

Figura 31 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 32 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E173 a E205

Figura 33 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 34 – Deslocamentos verticais finais

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Pág. 28

Figura 35 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 36 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Estacas E206 a E288

Figura 37 – Deslocamentos horizontais finais

Figura 38 – Deslocamentos verticais finais

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Figura 39 – Deformada final da cortina (deslocamento horizontal)

Figura 40 - Envolvente de esforços (N, V, M)

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Pág. 31

Dimensionamento estrutural das estacas

Por metro de cortina N V M (kN/m) (kN/m) (kN*m/m) E31 a E61 183 199 329 E62 a E92 58 160 298 E93 a E172 167 102 211 E173 a E205 98 121 169 E206 a E288 157 128 156

No cálculo dos esforços majorados, considerou-se o coeficiente de segurança γG=1.50.

Nsd Vsd Msd Asl Asl (kN) (kN) (kN*m) (cm2) (cm2)

E31 a E61 220 239 395 21.1 10φ20 31.4 E62 a E92 200 192 358 43.6 12φ25 58.9 E93 a E172 70 121 211 38.7 12φ25 58.9 E173 a 205 118 145 203 E206 a E288 188 159 187

Secção quadrada equivalente: be=0.54m de=0.42 m

Vcd=170 kN

Cintas: armadura helicoidal φ10//0.20 m Vwd=130 kN VRd=300 kN

Dimensionamento da viga de distribuição

l P0 α P*cosα p psd pl2/k M-sd Vsd

(m) (kN) (º) (kN) (kN/m) (kN/m) (kN*m) (kN) 3.20 300 30 260 81 122 12 -104 390

Msd µ As1 (kN*m) (cm2)

104 0.021 3.5

Page 141: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 32

Verificação do Esforço Transverso

Vsd = 487 kN

τ1 = 0.65 MPa τ2 = 5.0 MPa

Vcd = 315 kN

Vwd= 75 kN Asw/s= 7.2cm2/m

Dimensionamento das escoras de canto

Escoras com L<6.00 Para determinar o esforço de dimensionamento das escoras utilizou-se a carga máxima

do nível de suporte mais solicitado, considerando ainda que a situação crítica

corresponde a um comprimento de influência de 3,20m, pelo que resulta:

mkNF / 266max = ;

kNE 120445cos

2,3266max =

×= ;

kNNSd 156512043,1 =×= .

Considerou-se o perfil HEB 220, em aço laminado S235, que apresenta as seguintes

características:

A=9100mm2; ix=94.3mm ;iy=55.9mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

yRd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

SdRd NkNN 2138100,1

2359100 3 >=××

= − .

Page 142: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 33

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2, sendo λ dado por:

1

0

i

l

λ×=λ ,

em que λ1 = 93,9 para S235.

Desta forma tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

x (curva b) 6000 0.678 0.796 1703

y (curva c) 3000 0,571 0,802 1715

Escoras com L<8.00 Para determinar o esforço de dimensionamento das escoras utilizou-se a carga máxima

do nível de suporte mais solicitado, considerando ainda que a situação crítica

corresponde a um comprimento de influência de 3,20m, pelo que resulta:

mkNF / 266max = ;

kNE 120445cos

2,3266max =

×= ;

kNNSd 156512043,1 =×= .

Considerou-se o perfil HEB 260, em aço laminado S235, que apresenta as seguintes

características:

A=11800mm2; ix=112.0mm ;iy=65.8mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Page 143: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 34

Mo

yRd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

SdRd NkNN 2773100,1

23511800 3 >=××

= − .

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2, sendo λ dado por:

1

0

i

l

λ×=λ ,

em que λ1 = 93,9 para S235.

Desta forma tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

x (curva b) 8000 0.761 0.748 2075

y (curva c) 3000 0,485 0,851 2360

Verificação da segurança das ancoragens

Ancoragens P0=300kN

Quadro 9 - Dimensionamento estrutural das ancoragens

Aço : St 1670, 1860 ft0,1k = 1670 MPa

ftk = 1860 MPa Es = 195 GPa

Diâmetro nominal do cordão = 0.62 " 15.7 mm Ap = 150 mm2

Pt0,1k = 251 kN

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Pág. 35

Resistência característica, Ptk = 279 kN Tracção admissível, Pa = Pt0,1k/1.35

= 186 kN Pré-esforço inicial, P0 = Pa/1.20 = 155 kN

n.º de cordões = 2 Área total = 297 mm2

Pt0,1k = 502 kN Pa = 372 kN P0 = 310 kN

Deformabilidade elástica, EA = 6.237E+04 KN

Para o dimensionamento do bolbo de selagem, considerou-se que este irá ser executado

nas camadas de areia com NSPT>50. Para as condições do quadro, o comprimento de

selagem será de 6 m. A selagem será executada pelo método de Injecção Repetitiva e

Selectiva (IRS). As características finais serão confirmadas em obra através dos ensaios de

recepção detalhados especificados no ponto 6.

Quadro 10 - Dimensionamento do bolbo de selagem das ancoragens

Utilização = Provisória Diâmetro do furo, Dd (m) = 0.15

Comprimento de selagem, Ls (m) = 6.00

Sistema de injecção = IRS α = 1.8

Diâmetro da selagem, Ds (m) = 0.27 Atrito último, τu (kPa) = 280

Resistência última, TL (kN) = 1425 FST = 1.8

Tracção admissível, Tadm (kN) = 791

Ancoragens P0=450kN

Quadro 11 - Dimensionamento estrutural das ancoragens

Aço : St 1670, 1860 ft0,1k = 1670 MPa

ftk = 1860 MPa Es = 195 GPa

Diâmetro nominal do cordão = 0.62 " 15.7 mm Ap = 150 mm2

Page 145: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 36

Pt0,1k = 251 kN Resistência característica, Ptk = 279 kN

Tracção admissível, Pa = Pt0,1k/1.35 = 186 kN

Pré-esforço inicial, P0 = Pa/1.20 = 155 kN n.º de cordões = 3

Área total = 445 mm2 Pt0,1k = 753 kN

Pa = 558 kN P0 = 465 kN

Deformabilidade elástica, EA = 9.345E+04 KN

Para o dimensionamento do bolbo de selagem, considerou-se que este irá ser executado

nas camadas de areia com NSPT>50. Para as condições do quadro, o comprimento de

selagem será de 6 m. A selagem será executada pelo método de Injecção Repetitiva e

Selectiva (IRS). As características finais serão confirmadas em obra através dos ensaios de

recepção detalhados especificados no ponto 6.

Quadro 12 - Dimensionamento do bolbo de selagem das ancoragens

Utilização = Provisória Diâmetro do furo, Dd (m) = 0.15

Comprimento de selagem, Ls (m) = 6.00

Sistema de injecção = IRS α = 1.8

Diâmetro da selagem, Ds (m) = 0.27 Atrito último, τu (kPa) = 280

Resistência última, TL (kN) = 1425 FST = 1.8

Tracção admissível, Tadm (kN) = 791

Verificação da capacidade de carga axial das estacas

Em fase temporária, o esforço axial máximo, em serviço, é igual 146 kN. Em fase definitiva,

após a execução das lajes e a desactivação das ancoragens, o esforço passa a ser de

300kN.

Page 146: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 37

As estacas terão uma ficha mínima de 3 diâmetros na camada ZG4 e estarão a trabalhar

fundamentalmente por ponta. O valor admissível máximo é de cerca de 1270kN, que

corresponde a uma tensão admissível da ordem de 4.5MPa.

5.4. Cortina Berlim

5.4.3. Cortina com dois painéis com 4.0m de altura cada

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina

Figura 41 – Diagrama de pressões adoptado para a cortina

Ancoragens

φ = 30º γ = 20 kN/m3 ka = 0.33

- p1 = 0.33x10 = 3.3 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.33 x 8.00 = 34.3 kN/m2 1º a 2º nível

mkNF / 5.150)3.33,34(00,41 =+×= ;

kNQ 59215cos5

195.1501 =

×

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

Page 147: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 38

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 6.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 600 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

– 6 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (6x140) x 1.7 = 1071 kN > 1.2 x 600 = 720 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 600 8.0 6.0 15

2º 600 6.0 6.0 15

Perfis metálicos

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

Page 148: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 39

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 140, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=4300mm2; ix=59.3mm ;iy=35.0mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

919101,1

2354300 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

y (curva c) 4000 1.187 0.44 404.4

Esforço axial nos perfis

Page 149: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 40

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte

Parede:

kN/m 303,00,4251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.246)5230(0.3 =+×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 33224635,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 300 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno (1.1x Ds)

Page 150: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 41

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

( qs = 300 kN/m2)

F.S. – factor de segurança – 1.8

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

Parede:

kN/m 603,00,4252pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.1043

º156002p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.492)10460(0.3 =+×=perfilN .

kNQl 0.7770.330025,01.1 =××××= π

kNQp 117=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

8.1492

117777. =

+=SC

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Pág. 42

5.5. Cortina com um painel com 5.0m de altura

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina com 20.0m de largura.

Figura 42 – Diagrama de pressões adoptado para a cortina

Ancoragens

φ = 30º γ = 20 kN/m3 ka = 0.33

- p1 = 0.33x10 = 3.3 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.33 x 5.00 = 21.5 kN/m2 1º nível

mkNF / 0.124)3.35,21(00,51 =+×= ;

kNQ 51215cos5

200.1241 =

×

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

Page 152: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 43

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 6.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 600 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

– 6 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (6x140) x 1.7 = 1071 kN > 1.2 x 600 = 720 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 600 8.0 6.0 15

Perfis metálicos

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 140, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=4300mm2; ix=59.3mm ;iy=35.0mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

Page 153: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 44

de onde se obtém:

919101,1

2354300 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [kN]

y (curva c) 4000 1.187 0.44 404.4

Esforço axial nos perfis

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte

Parede:

Page 154: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 45

kN/m 303,00,4251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.246)5230(0.3 =+×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 33224635,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 300 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno (1.1x Ds)

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

( qs = 300 kN/m2)

F.S. – factor de segurança – 1.8

Page 155: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 46

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

Parede:

kN/m 5.373,00,5251pp m 0,3e

m 0,4hparede =×××=⇒

=

=.

Ancoragens:

kN/m0.523

º156001p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil0.270)3852(0.3 =+×=perfilN .

kNQl 0.7770.330025,01.1 =××××= π

kNQp 117=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

3.3270

117777. =

+=SC

5.6. Contenção Provisória

Parâmetros geotécnicos

Para as diferentes formações adoptaram-se os parâmetros indicados no Quadro abaixo.

Quadro 13 - Parâmetros do terreno adoptados

Zona geotécnica

Formações NSPT

VL(*)

(m/s)

γ

(kN/m3)

cu(*)

(kPa)

c’

(kPa)

φ’

(º)

Eu

(MPa)

E’

(MPa)

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Pág. 47

ZG1 Recente. Aterros e solos de cobertura.

5 – 41

<180 18 < 70 - 25 - 28 5 - 10

ZG2 Pliocénico descomprimido. Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

6 – 19

<180 20 < 70 - 26 - 30 10 -30

ZG3 Pliocénico.

Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

18 - 49 180 - 360 21 70 - 250 - 30 - 35 40-80

ZG4 Pliocénico.

Areias medias a grosseiras argilosas e siltosas.

> 50 360 - 800 21 > 250 - 35 - 38 80-100

φ’ – ângulo de resistência ao corte, E’ – módulo de deformabilidade drenado

(*) valores médios, os restantes valores são característicos

Acções sobre as cortinas em fase provisória

Em fase provisória, isto é, durante a execução da escavação foram consideradas

acções associadas a pressões de terras e das sobrecargas na superfície do terreno.

Como se admitiu que o nível freático não ultrapassaria a cota da base da escavação, o

seu efeito não foi considerado.

No que respeita às pressões do maciço elas foram consideradas tendo como referência

um diagrama do tipo dos propostos por Terzaghi e Peck. Foi adoptado o diagrama

proposto para as areias, definido por uma pressão uniforme de valor 0,65.Ka.γ.h, sendo

Ka o coeficiente de impulso activo, γ o peso volúmico total de cada camada e h a

profundidade da escavação.

A Figura 41 representa os diagramas adoptados para as pressões devido às terras e ás

sobrecargas (qk = 10 kN/m2), para a cortina

Page 157: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 48

Ancoragens

φ = 28º γ = 20 kN/m3 ka = 0.36

- p1 = 0.36x10 = 3.6 kN/m2

- p2 = 0.65 x 20 x 0.36 x 7.40 = 35.0 kN/m2

1º a 2º nível

mkNF / 4.154)6.30,35(00,41 =+×= ;

kNQ 53530cos

34.1541 =

×=

Comprimento da zona de selagem

O comprimento da zona de selagem deve ser calculado pela seguinte fórmula:

as

as

KD

Tls

××

×=

π

γ

em que: ls - Comprimento do bolbo de selagem

Ta - Força na direcção da ancoragem

Ds - Diâmetro do bolbo ( considerou-se 0.15 m)

Ka - Aderência do terreno (considerou-se 280 kN/m2)

γs - Coeficiente de segurança (adoptou-se 1.8)

Assim lmax= 8.0 m

Nota: O comprimento do bolbo de selagem deverá ser recalculado em função do tipo de solo

encontrado na fase de execução de obra.

Composição das ancoragens

Os cordões a utilizar nas ancoragens serão formados por cordões de 0.6'' de diâmetro, cuja

secção é igual a 140.0mm2. O número de cordões a utilizar por cabo de ancoragem é

definido considerando que vão trabalhar a uma tensão inferior a 75% da tensão última.

Utilizando o limite elástico do aço Fyk=1.7 kN/mm2, e tendo considerado ancoragens com um

pré-esforço de serviço de 550 kN, e adoptando um factor de segurança de 1.2, teremos

Page 158: P495-PL-MD-Escavação e contenção

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Pág. 49

– 4 cordões de 0.6’’

Q=0.75 x (4x140) x 1.7 = 714 kN > 1.2 x 550 = 660 kN

Desta forma, tendo o cuidado de procurar localizar o mais possível o bolbo de selagem das

ancoragens nas unidades geológicas mais resistentes, definiram-se as ancoragens com as

características que se resumem no quadro seguinte:

Nível Pré-esforço Comprimento

livre Comprimento

de selagem Inclinação

vertical

[kN] [m] [m] [º]

1º 550 19.0 8.0 30

2º 550 12.0 8.0 30

O cálculo dos perfis foi realizado tendo em atenção a encurvadura dos perfis e a sua

capacidade de suporte vertical, considerando os perfis selados no ZG4.

Características dos perfis

Utilizou-se o perfil HEB 160, em aço laminado S235, com as seguintes características:

A=5430mm2; ix=67.8mm ;iy=40.5mm

De acordo com o estipulado no EC3 (5.4.4), a resistência à compressão pura é dada

por:

Mo

y

Rd

fAN

γ

×= ,

de onde se obtém:

1160101,1

2355430 3 kNN Rd =××

= − .

Resistência do elemento à encurvadura

No EC3 (5.5.1) é indicada uma verificação para a resistência à encurvadura de

elementos sujeitos a compressão. Esta verificação deverá ser realizada para os dois

eixos principais usando os respectivos comprimentos de encurvadura.

A expressão apresentada para a resistência é a seguinte:

Page 159: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 50

1M

yRd,b

fAN

γ

×χ= ,

onde o valor de χ é retirado do Quadro 5.5.2 presente no EC3, sendo λ dado por:

1

0

λλ

×=

i

l,

em que λ1=93,9 para o aço S235

Desta forma, para o máximo comprimento de encurvadura possível, tem-se:

Direcção l0 [mm] λ χχχχ Nb,Rd [Kn]

y (curva c) 3000 0.79 0,67 774

Esforço axial nos perfis

A situação de cálculo considerada, em termos de comprimento de encurvadura, foi a

seguinte:

Ancoragens:

kN/m0.1833

º305502p ancoragens =

××=⇒

sen,

resultando então:

kN/perfil 0.2750.1835.1 =×=perfilN .

perfilSd NF35,1N ××=

Rdb,NkN/perfil 37127535,135,1 <=×=×= perfilSd NN

Estando assim verificada a resistência à encurvadura dos perfis metálicos utilizados.

Capacidade de suporte vertical

Dimensionamento do comprimento de selagem

Page 160: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 51

A selagem dos perfis será executada na camada ZG4 e foi dimensionada pelo método

proposto por Bustamante e Gianeselli, para microestacas injectadas a baixa pressão.

Considerando NSPT = 60 e qs ≈ 280 kN/m2 teremos

O dimensionamento do bolbo de selagem é realizado através da seguinte expressão:

Ls = N / (π x Ds x qs) x F.S.

onde

N – esforço axial no perfil

Ds – diâmetro médio do bolbo de selagem, introduzindo um factor de

correcção dependente do tipo de terreno

qs – parâmetro que define o atrito limite unitário, que depende da natureza,

consistência ou compacidade do terreno e do método de injecção

F.S. – factor de segurança

O comprimento dos bolbos de selagem e das microestacas deverão ser confirmados

durante a furação em função dos terrenos encontrados e do processo de execução

utilizados.

Assim, teremos, para um furo com 0,25 m de diâmetro e 3.0m de comprimento:

kNQl 0.7250.328025,01.1 =××××= π

kNQp 108=

Pelo que o coeficiente de segurança é:

0.3275

108725. =

+=SC

6. Instrumentação da obra

6.7. 8.1 Equipamento

Dada a importância da obra prevê-se a sua instrumentação. Para tal escolheram-se seis

secções, indicadas nas peças desenhadas. Em cada uma delas serão instalados os

seguintes equipamentos:

-células dinamométricas instaladas nas cabeças de algumas das ancoragens da secção

instrumentada;

Page 161: P495-PL-MD-Escavação e contenção

Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 52

-1 marca topográfica num ponto próximo da cortina para medição assentamentos;

marcas topográficas nos painéis da cortina, para medição do movimento horizontal.

-Em duas das secções será instalado um tubo inclinométrico inserido no terreno próximo

do tardoz da cortina.

-Deverão também ser colocados alvos topográficos na estrutura do hipermercado.

A medição dos instrumentos de observação deve ser feita, pelo menos, no final de cada

uma das fases relevantes (escavação e pré-esforço) da obra.

6.8. 8.2 Critérios de alerta

Nível verde: δh ≤ 0.1%H; t ≤ 0.15 mm/dia; δF ≤ 10%; ou seja, o maciço encontra-se

sensivelmente estabilizado, pelo que se deverá continuar a utilizar o método construtivo

indicado no projecto.

Nível amarelo: δh ≤ 0.2%H; t ≤ 0.3 mm/dia; δF ≤ 25%; ou seja, o maciço encontra-se no

limite da estabilização, sendo necessário analisar as leituras com atenção. Recomenda-

se uma análise crítica do processo construtivo e eventualmente a sua reformulação de

modo a diminuir a taxa de deformação e assim aumentar a segurança da obra. As

leituras nesta fase devem ser diárias.

Nível vermelho: δh ≤ 0.3%H; t ≤ 0.45 mm/dia; δh ≤ 40%; ou seja, o maciço encontra-se

instabilizado, sendo necessário agir de imediato. Recomenda-se o aumento do número

de ancoragens, diminuição das alturas dos níveis de escavação e posteriormente a

reformulação do processo construtivo. As leituras nesta fase devem ser de 4 em 4

horas.

A definição de dispositivos que permitam controlar a situação de emergência, terá que

ser especialmente vocacionada para o cenário eventualmente criado. Como tal e para

que todo o sistema de alerta funcione é necessário existir uma rápida transmissão da

informação, desde a empresa que faz as leituras (Empreiteiro) até à que decide

(Projectista em conjunto com o Dono da Obra).

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Remodelação e Ampliação do Centro Comercial Jumbo de Setúbal Projecto de Licenciamento de Escavação e Contenção Periférica

Pág. 53

Oeiras, 4 de Dezembro de 2010

Filipe Feio

Eng. Civil (OE 22445 )