escavação de poço tubular

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Trabalho que trata sobre o processo de escavação de poços tubulares.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHOCENTRO DE CINCIAS TECNOLGICASCURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PERFURAO DE POO ARTESIANO

So Lus2015UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHOCENTRO DE CINCIAS TECNOLGICASCURSO DE ENGENHARIA CIVILBigodeMANOEL BRUNO DE SOUSA BARROS 12.111.18

PERFURAO DE POO ARTESIANO Trabalho apresentado disciplina sistema de abastecimento de agua, com a finalidade de obteno de parte da 1 nota.

So Lus2015SUMRIOIntroduo -----------------------------------------------------------------------------------------------------------01Conceitos bsicos------------------------------------------------------------------------------------------------ --02Tipos de poos e aquferos------------------------------------------------------------------------------------ --05Desenvolvimento do trabalho-----------------------------------------------------------------------------------06Mtodo de perfurao--------------------------------------------------------------------------------------------06Complementao---------------------------------------------------------------------------------------------------09Revestimento--------------------------------------------------------------------------------------------------------10Pr-filtro---------------------------------------------------------------------------------------------------------------11Cimentao-----------------------------------------------------------------------------------------------------------12Lajes de proteo---------------------------------------------------------------------------------------------------12Boca do poo---------------------------------------------------------------------------------------------------------13Desenvolvimento---------------------------------------------------------------------------------------------------13Teste de produo e recuperao------------------------------------------------------------------------------14Teste vazo contnua----------------------------------------------------------------------------------------------15Teste escalonado---------------------------------------------------------------------------------------------------15Teste de recuperao----------------------------------------------------------------------------------------------15Ensaio de verticalidade e alinhamento------------------------------------------------------------------------16Limpeza e desinfeco do poo---------------------------------------------------------------------------------16Coleta de amostra de gua para anlise bacteriolgica e fsico-qumica-----------------------------17Tamponamento do poo-----------------------------------------------------------------------------------------17Concluso------------------------------------------------------------------------------------------------------------18Bibliografia consultada-------------------------------------------------------------------------------------------19

INTRODUOA gua , sem dvida, um recurso natural indispensvel para a manuteno de todo o tipo de vida existente em nosso planeta. Ou seja, trata-se de um elemento sem o qual implicaria extino de vrias formas de vida, inclusive a humana. Ela encontra-se presente em praticamente todo tipo de matria, seja viva ou inanimada, existente ao nosso redor. Um exemplo disso o fato de ser encontrada em organismos vivos (animais ou vegetais) e, at mesmo, no interior de algumas rochas que se localizam no interior da crosta terrestre. Do ponto de vista do seu consumo pela humanidade, a preocupao quanto ao uso torna-se maior, pois, a cada ano, aumenta o nmero de pessoas que habitam o planeta. E, por isso, a busca pelo seu aproveitamento de forma sustentvel um tema que vem sendo debatido por vrios setores, sejam rgos governamentais ou no governamentais.A quantidade de gua armazenada nos lenis subterrneos, que representa um percentual mdio de 20% de toda a gua doce do planeta, corresponde a aproximadamente duas mil vezes o volume dos nossos rios. Portanto, os lenis de gua subterrnea podem ser considerados uma excelente fonte de abastecimento de gua para ser utilizada pelo homem. O seu aproveitamento vem sendo feito desde tempos remotos, mas, nas ltimas dcadas, tem-se observado um substancial aumento, sendo que se pode dizer que, medida que a humanidade evolui, o consumo de gua captada do subsolo tambm aumenta.Portanto, gua de lenis subterrneos podem resultar em grandes possibilidades de captao de gua, uma vez que, em alguns casos, pode-se obter razoveis volumes da mesma com qualidade apropriada para o consumo. A captao feita por meio da perfurao de poos freticos, semi-artesianos e artesianos.Para no serem confundidos com os poos freticos rasos que, em algumas regies do Brasil, so conhecidos como cisternas, os tubulares so chamados tambm de poos semi-artesianos ou pocinhos. Esses so perfurados com o objetivo de captar a gua que se encontra armazenados no lenol fretico. Portanto, a sua profundidade mxima corresponde profundidade da camada impermevel que se encontra abaixo da superfcie do solo do local onde o poo ser construdo. Dessa maneira, consegue-se coletar a gua armazenada acima da camada impermevel, proveniente do lenol fretico. Para se obter um poo, primeiro, deve-se fazer uma perfurao no solo, no sentido vertical, at alcanar a rocha. Feito isso, deve-se instalar componentes apropriados, que iro constituir o poo.01

CONCEITOS BSICOS

Poo Tubular: Tambm conhecido como poo artesiano, aquele onde a perfurao feita por meio de mquinas perfuratrizes percusso, rotativas e rotopneumticas. Possui alguns centmetros de abertura (no mximo 50 cm), revestido com canos de ferro ou de plstico.Formaes Aquferas: So as formaes das quais se poder obter gua e podero ser de dois tipos gerais, rocha consolidada (Aqufero Fissural [A] e Crstico-Fissural [B]) e rocha sedimentar no consolidada (Aqufero Intersticial [C] e Aluvial [D]). A diferena, na natureza desses dois tipos gerais de formaes aquferas, influi no projeto e construo dos poos que as atingem para extrair gua ou que as atravessam.

Perfurao: o ato de perfurar a formao aqufera atravs de mquinas apropriadas, por mtodos especficos. A perfurao de poos tubulares composta por vrias etapas at a utilizao final do poo. Envolve a perfurao propriamente dita, a Completao, a limpeza e desenvolvimento, o bombeamento e a instalao do poo. Completao: Diz respeito ao ato de completar o poo, ou seja, colocar a tubulao do poo (revestimento e filtro), o cascalho (pr-filtro) e o cimento (cimentao). Esta etapa da perfurao refere-se a poos perfurados em material inconsolidado e em rochas sedimentares de porosidade intergranular, nos quais so instalados filtros (Figura 3 A). Poos perfurados em rochas cristalinas (granitos, xistos, quartzitos, etc.), com porosidade de fraturas, e calcrios (porosidade de canais de dissoluo), so revestidos apenas na sua parte superior, onde a rocha se encontra alterada sujeita desmoronamentos, no se utilizando filtros portanto (Figura 3 B). s vezes, quando a rocha cristalina se encontra intensamente fraturada, ou o calcrio apresenta nveis de alterao ou de intensa dissoluo, torna-se necessrio revestir todo o poo.02

Cimentao: Consiste no enchimento do espao anelar existente entre os tubos e a parede da formao e tem a principal finalidade da unio da tubulao de revestimento com a parede do poo e evitar que as guas imprestveis contaminem o aqufero, alm do objetivo de formar um tampo de selo no fundo do poo ou para corrigir desvios do furo durante a perfurao.Desenvolvimento: Os trabalhos de desenvolvimento em um poo para gua objetivam a remoo do material mais fino da formao aqufera nas proximidades do poo, aumentando, assim, sua porosidade e permeabilidade ao redor do poo. Alm disso, estabiliza a formao arenosa em torno de um poo dotado de filtros, permitindo fornecer gua isenta de areia. Nas rochas consolidadas, o desenvolvimento atua limpando e desobstruindo as fendas e fraturas por onde circula a gua. Isso tudo permite que a gua possa entrar mais livremente no poo, assegurando assim, quando bem feito, o mximo de capacidade e diminuindo as perdas de cargas do aqufero para o poo. Os trabalhos de desenvolvimento, portanto, so fundamentais para o perfeito acabamento do poo.Bombeamento: a ao da retirada da gua de um poo por intermdio de uma bomba. O ensaio de bombeamento destina-se a determinar a vazo de explotao do poo, utilizando-se o equipamento de bombeamento adequado para sua explotao, permitindo ainda a determinao dos parmetros hidro- dinmicos do aqufero e das perdas de carga no poo e no aqufero. Para tanto, so feitos os registros e controle da vazo (Q), nvel esttico (NE) e nvel dinmico (ND), durante um teste de produo ou de aqufero.

03

04TIPOS DE POOS E AQUFEROS

Poos em Rochas Cristalinas Aquferos Fissurados Construo do poo parcialmente Revestido:Denomina-se genericamente de rochas cristalinas, aquelas que permitem a construo do poo com a utilizao de revestimento somente na parte do capeamento de solo ou de rocha no consolidada. As rochas cristalinas por terem porosidade e permeabilidade quase nulas a gua transmitida atravs de descontinuidades, representadas pelas fraturas e fissuras geolgicas que se constituem no meio de transmisso e armazenamento da gua. So rochas de natureza gnea, metamrfica e as sedimentares muito duras como os arenitos muito litificados e calcrios. Todas estas rochas permitem que as paredes do poo se sustentem drenando a gua diretamente para o interior do poo aps perfurado.Poos em Rocha Sedimentar Aqufero Poroso Construo do Poo totalmente revestido:As rochas sedimentares so rochas de baixa coeso com espaos intergranulares entre os grnulos que a compem. Esta caracterstica faz com que a gua seja transmitida atravs da intercomunicao entre os espaos vazios ao longo de um gradiente hidrulico caractersticas denominada de permeabilidade e armazenada quando no h transmisso propriedade denominada de porosidade. Os poos construdos neste tipo de rocha desmoronam, no sustentando as paredes do poo por isso, devem ser totalmente revestidos com tubos de revestimento lisos e revestimento ranhurados ou filtros, para haver a transmisso de gua para dentro do poo.

Poos Mistos com Aqfero Fissurado e Poroso no mesmo Poo construo do poo parcialmente Revestido:So aqueles onde a parte superior perfurada so rochas sedimentares e na parte inferior, rochas cristalinas. Por causa dessa caracterstica da geologia, o poo construdo, como, de poo em sedimento com a colocao de revestimentos e filtros no domnio das rochas permeveis e porosas e sem revestimento na parte inferior, domnio das rochas cristalinas onde o aqufero fissural.

05DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

O projeto de captao de gua subterrnea atravs de poo ou sistema de poos pressupe o conhecimento de:a) estudo de concepo elaborado conforme a NBR 12211;b) vazo pretendida para o sistema;c) estudo hidrogeolgico contendo as informaes bsicas geofsicas e geolgicas dos aquferos, caractersticas hidrulicas e qualidade das guas; em reas onde no haja conhecimento hidrogeolgico suficiente, deve ser elaborado um relatrio tcnico preliminar com os dados disponveis;d) avaliao do risco do sistema;e) estimativa do nmero de poos a constituir o sistema;f) planta topogrfica em escala adequada, com a localizao e o cadastro das obras e dos poos existentes, e registro dos nveis de drenagem atual e piezomtrico;g) planta da bacia hidrogrfica, em escala reduzida, com localizao e cadastro dos poos existentes;h) registro do nvel mximo de cheias na rea do sistema.

MTODO DE PERFURAODever ser indicado o mtodo de perfurao:

Exemplos:

Poos Cristalinos e Mistos: Por perfuratriz percursora ou perfuratriz rotopneumtica.Poos Sedimento: Por sondagem rotativa com circuito de fluido de perfurao.

OBSERVAES: * Para poos profundos e de dimetros de perfurao maiores do que 14" poder ser exigido sonda rotativa de tracionamento mecnico.

* Para poos rasos at 200 metros de profundidade e dimetro de perfurao final de 12 " pode-se admitir tambm, o equipamento de tracionamento hidrulico da coluna de perfurao, desde que o modelo tenha capacidade compatvel com o poo a ser construdo.

06PROFUNDIDADE

A profundidade dever ser especificada nos moldes abaixo descritos, para se evitar que a contratada alegue problemas tcnicos que impeam a execuo do poo.

A profundidade do poo a ser atingida de, X metros, podendo variar de 25% para mais ou para menos mediante autorizao da contratante, dependendo das condies hidrogeolgicas locais. O perfurador dever colocar equipamentos para atender a condio de profundidade mxima, e dimetros finais de perfurao e completao prevista no projeto bsico do poo sob pena de no recebimento do poo pela contratante. Considera-se profundidade mxima, a profundidade 25% maior que prevista no projeto bsico do poo. A profundidade de perfurao e completao mnima correspondem a 25% menor da prevista no projeto bsico do poo. O pagamento ser feito de acordo com os servios realizados.

PERFURAO

Poos em Cristalino

Caso o poo justifique a colocao de filtro nas camadas correspondentes ao lenol fretico, o dimetro da perfurao neste trecho dever obedecer seguinte expresso matemtica emprica para permitir a descida do pr-filtro:

Dimetro de perfurao dever ser: f perfurao em polegada = 1,5 (f nominal do revestimento em polegada) + 3 polegadas.

No caso do no aproveitamento do lenol fretico, o dimetro de perfurao poder obedecer a expresso matemtica emprica, a seguir, para permitir a descida do revestimento e manter o espao anular para a descida da argamassa de cimento ou calda de cimento: f perfurao em polegada = 1,5 (f externo do revestimento em polegada) + 1 polegada.

Na rocha consolidada (cristalina), o dimetro de perfurao dever ser compatvel com a vazo esperada do poo acrescida das perdas de carga devido a altura de eduo e aduo. Como orientao apresenta-se tabela que relaciona dimetro de concluso do poo e vazo de bombeamento.

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Poos em Sedimento

Dever ser especificado: Os dimetros de perfurao devero obedecer a expresso matemtica emprica: f perfurao em polegada = 1,5 (f externo do revestimento do poo em polegada) + 3 polegadas.

OBSERVAES QUANTO PERFURAO:

A perfurao deve se iniciar com o furo piloto (e especificar o dimetro) para em seguida ser alargado para os dimetros finais previsto em planilha e croquis construtivo do poo.

O furo piloto ou furo guia, dever ser executado com dimetro de 8 " a 12 ". Aconselha-se que a profundidade do furo piloto seja de 10-20% a mais da profundidade do poo prevista em planilha. A perfurao do furo piloto dever ser feita aps a colocao e cimentao do tubo de boca ou de proteo sanitria, quando o projeto especificar tubo de boca.O dimetro de perfurao do tubo de boca dever ser tal que garanta um espao anular mnimo de 2" entre a parede do tubo e o furo.

Fludo de Perfurao

Especificar o tipo de fluido de perfurao: base de bentonita ou polmero (carboximetil-celulose ou equivalente) natural, sinttico ou ainda fluido compostos da mistura desses produtos. A viscosidade da lama deve ficar entre 35s e 60s marsh e o contedo de areia inferior a 3% em volume.

A contratada dever fazer o tanque de lama com caixas posicionadas antes do tanque de suco para decantao da areia. A profundidade do tanque de suco dever ser tal que a vlvula de p da bomba de lama fique pelo menos a 1,5metros do fundo para garantir o desareamento da lama.

Poder ser exigido, caso se justifique, a instalao de desarenadores.08A lama base de bentonita dever ser especificada para a perfurao do tubo de proteo sanitria, do furo piloto, e em camadas que estejam posicionadas acima da camada aqfera. A camada aqfera deve ser perfurada com fluidos de perfurao base de polmeros ou lama mista de bentonita e polmeros.

Quanto adio de produtos qumicos para correo das caractersticas fsico-qumicas da lama s podem ser permitidas desde que sejam produtos no contaminantes do aqfero, por exemplo, leo diesel.

A contratada deve manter laboratrio para aferir, caractersticas fsico-qumica do fluido de perfurao, viscosidade, densidade, pH, teor de areia e filtrado. A verificao desses parmetros deve ser de rotina ou sempre que solicitado pela fiscalizao.

Toda vez que as caractersticas fsico-qumicas do fluido de perfurao apontarem para risco de danos aos aqferos, o fluido de perfurao dever ser substitudo.

COMPLEMENTAO

A complementao do poo realizada aps os trabalhos de perfurao do furo piloto, perfilagem geofsica, descrio das amostras de calha e informaes do dirio de perfurao, elementos estes, necessrios elaborao do projeto executivo. Nesta etapa devero ser definidos os dimetros finais de alargamento, definio da colocao dos tipos e intervalos dos revestimentos, pr-filtros e cimentaes. Caber fiscalizao, a aprovao do perfil construtivo do poo finalizando o projeto executivo do mesmo.

A colocao da coluna de revestimento liso e filtro dever ser feita de modo a evitar rupturas ou deformaes nos materiais que venha comprometer a finalidade do projeto e instalao do equipamento de bombeamento. Nos poos totalmente revestidos, a coluna de revestimento liso e filtro no devero tocar no fundo da perfurao, ficando suspensa e tracionada, com o objetivo de garantir a verticalidade do furo.

Quando se usar tubos de ao com unio de luva e roscas, estas devem ser rosqueadas at o ltimo fio para garantir a estanqueidade da coluna, caso haja dvida, as luvas devem receber reforo de solda, quando se usar tubos de PVC aditivado, dever ser utilizado pasta de silicone nas roscas para garantir a estanqueidade da coluna e as luvas devem ser enroscadas at o ltimo fio. Neste tipo de revestimento, devem ser utilizadas guias centralizadoras espaadas de 20 em 20m para garantir a equidistncia entre o revestimento e as paredes do furo.

Os filtros devero ter ranhura compatvel com a granulometria da formao aqufera. Para poos de aquferos freticos, a quantidade de filtros deve cobrir acima de 30%. A espessura saturada posicionada da base para o topo da camada aqufera, em toda camada aqufera confinada. Para poos de aqufero confinado, a quantidade de filtro deve cobrir toda a camada aqufera. Caso a quantidade de filtros previstos no projeto09bsico, seja inferior espessura da camada, os mesmos devem ser intercalados com barra de revestimento cego, de maneira que se tenham colunas de filtro em toda camada aqufera.

Quando a profundidade do poo for superior a 180 metros e com camada aqufera profunda e confinante, recomendvel a colocao de filtro aviso para se garantir o perfeito envolvimento de pr-filtro. O filtro aviso consta de uma pequena seco de filtro com o comprimento de 1m, colocado a 10m acima da seco principal de filtros, para indicar que toda coluna filtrante est envolvida pelo pr-filtro.

A descida da coluna de revestimento deve ser realizada na presena da fiscalizao e em uma nica etapa.

REVESTIMENTO

Todo revestimento empregado no poo dever ser novo, devidamente especificado e de material normatizado. Os revestimentos lisos mais comuns so os de PVC aditivado nas categorias leve, standart e reforados; os de ao carbono da norma DN 2440 2441 e norma ASA/ANSI Scheedule 20 e Scheedule 40. Os revestimentos de filtro mais comum so os de PVC aditivado, categoria standart, reforado e espiralado de ao inoxidvel e ferro galvanizado e estampados tipo nold, tanto de ao carbono como de ao galvanizado. Para que no haja dvida deve ser especificado o material do revestimento, o dimetro nominal, espessura da parede e abertura das ranhuras, no caso dos filtros.

A escolha do tipo de revestimento depende do projeto bsico do poo. So fatores determinantes nesta escolha, a profundidade, o dimetro de completao, o tipo de camada aqufera e composio qumica da gua do aqufero. Os materiais dos revestimentos possuem limitaes quanto resistncia lateral e abrasividade da gua. No caso de revestimento de filtro, alm das limitaes citadas, existem limitaes na abertura das ranhuras, e consideraes da vazo permitida por unidade linear de filtro.

Especial cuidado deve-se tomar com a especificao de tubos de revestimento de PVC aditivado. Neste caso, recomenda-se a utilizao das categorias standart e reforado com limite de segurana de aplicao de 25% sobre a profundidade mxima recomendada pelo fabricante.

10PR-FILTRO

O pr-filtro deve ser: livre de impurezas; ter gros arredondados, ser constitudo de 90 a 95% de gros de quartzo; ter curva granulomtrica determinada com coeficiente de uniformidade abaixo de 2,5 e dimetro efetivo de 95%. A curva granulomtrica do pr-filtro deve ser especificada caso a caso a depender da formao geolgica aqufera e do revestimento de filtro.

As seguintes condies devem ser observadas para a colocao do pr-filtro:

O estoque de pr-filtro no canteiro da obra deve ser 20% a mais da quantidade calculada; Antes da colocao do pr-filtro, a viscosidade da lama dever ser reduzida por introduo de gua limpa no fundo do poo e no tanque de lama; Para evitar a formao de ponte e segregao do cascalho, a colocao do pr-filtro dever ser por gravidade em poos at a profundidade de 100m e por contra fluxo (pr-filtro injetado) para poos de profundidades superiores;

Antes de se iniciar o processo de descida do material, dever ser feita circulao com o fluido de perfurao de baixa viscosidade para condicionamento do poo e retirada dos materiais precipitados e em suspenso.

O pr-filtro dever ficar posicionado a pelo menos 10 metros acima da seo mais superior de filtro ou filtro aviso e 10 metros abaixo da boca do poo, a colocao do pr-filtro deve ser realizada em etapa nica.

11CIMENTAO

Poos Parcialmente Revestidos

A cimentao deve ser feita no encaixe do tubo de revestimento com a rocha s e nos dez metros iniciais a partir da superfcie do solo. Caso o poo possua tubo de proteo sanitria ou tubo de boca, a cimentao deve ser feita em toda a extenso do tubo de proteo sanitria tanto por fora como entre o espao do tubo de revestimento e o tubo de proteo sanitria.

O intervalo entre uma cimentao e outra, pode ser preenchida por pr-filtro caso o poo tenha filtro; areia ou cascalho, caso o poo no tenha filtro. A cimentao de p deve ser feita por bombeamento, utilizando-se tubulao guia para descida da calda ou pasta de cimento e areia. A cimentao superior pode ser lanada a partir da superfcie. Estes cuidados so necessrios para garantir a uniformidade da cimentao.

A cimentao deve ser realizada em etapas de trinta metros, aguardando-se o tempo de pega entre um intervalo e outro.

O tempo de pega de vinte e quatro horas ou de doze horas com utilizao de aditivos aceleradores de pega. Deve-se utilizar calda de cimento com trao 1:1 no p de revestimento e pasta de cimento e areia 3:1 no restante. Deve-se aguardar pelo menos o tempo de doze horas entre uma cimentao e outra.

Poos Totalmente Revestidos

A cimentao feita para preencher o espao anelar entre o poo e o tubo de proteo sanitria ou tubo de boca e para isolar camadas ou aquferos indesejveis.

A cimentao de aquferos indesejveis deve ser feita por bombeamento, em etapas sucessivas com calda de cimento 1:1 que no excedam a trinta metros lineares de lance com intervalo de doze horas entre uma etapa e outra. O espao anelar entre os intervalos no cimentados, deve ser preenchido por pr-filtro.

O tubo de boca ou de proteo sanitria deve ser cimentado com pasta de cimento e areia 1:2.

LAJES DE PROTEO

Lajes de concreto com trao 1:2:3 com 1 metro de lado, 0,25 metros de espessura, com ressalto de 0,10 metros acima da superfcie do terreno e declividade de 2% do centro para a borda. Numa das laterais, dever estar impresso o nome do contratante, do perfurador, o nmero de identificao e a data de incio e concluso do poo.

12BOCA DO POO

Dever ser de 0,60 metros de altura acima da laje de proteo, podendo ser aumentada em regies alagadias ou sujeitas inundao. A boca do poo deve ser descontada da profundidade total do poo.

DESENVOLVIMENTO

Poos Parcialmente Revestidos

O desenvolvimento dever ser executado pelo mtodo, "air-lift", com utilizao de dispersantes qumicos para limpeza de filtros e fraturas. Ser dado como concludo quando a gua estiver isenta de pedras, pedriscos e a turbidez for menor que um NTU (unidade nefelomtrica de turbidez) e a produo de areia inferior a 10 (dez) mg/l.

O desenvolvimento por pistoneamento deve ser avaliado caso a caso, pelos riscos que apresentam para os filtros.

Poos Mistos e Totalmente Revestidos

O desenvolvimento do poo deve ser realizado pelo mtodo "air-lift" ou por super bombeamento.

A colocao do injetor de ar ou de bomba deve ficar acima da seo de filtros.

Nos dois casos, o desenvolvimento deve iniciar com o bombeamento do poo at que a maior parte dos fluidos de perfurao seja retirado. Em seguida, aplica-se dispersantes qumicos base de hexametafosfato de sdio ou cido tnico em quantidades e tempo de espera recomendados pelo fabricante de cada produto. aconselhvel que se faa o fervilhamento do poo em intervalos determinados pela fiscalizao para permitir a ao do produto no pr-filtro, facilitando a remoo da bentonita para em seguida, ser realizado o bombeamento do poo. Este bombeamento poder ser feito por ar comprimido ou bomba submersa. Caso o fluido de perfurao seja base de polmeros, proceder de acordo com instrues do fabricante.

As bombas submersas ou injetoras de ar devero ser posicionada acima dos filtros para evitar danos ou rompimento.

O desenvolvimento ser considerado concludo quando a gua estiver sem pedras, pedriscos ou areia e a turbidez for 1,0 NTU (unidade nefelomtrica de turbidez) e produo de areia inferior a 10 (dez) mg/l, conforme normatizao pela Portaria 36 do MS.

13TESTE DE PRODUO E RECUPERAO

Requisitos para Realizao do Teste de Produo

O teste s poder ser iniciado aps o completo desenvolvimento do poo e depois de efetivo estabelecimento de seu nvel esttico.

O teste de produo, a critrio da empresa contratada, poder ser executado com compressor ou com bomba submersa. Para se ter a flexibilidade de empregar um ou outro, ou eventualmente ambos, pode-se exigir da mesma, manter no local, esses dois tipos de equipamentos com respectivos implementos dimensionados para as caractersticas hidrulicas/construtivas do poo a ser testado.

A gua bombeada deve ser lanada distncia tal que no venha mascarar o teste de produo do poo;

Medidores de vazo: para vazes iguais ou superiores a 50.000 litros/hora, devero ser utilizados medidores contnuos tipo Venturi, de orifcio calibrado, vertedouros ou outros que melhor se adaptar situao. Para vazes menores, podero ser utilizados recipientes de volume conhecido; Medidor eltrico de nvel, sensvel, com plaquetas numeradas metro a metro no prprio cabo, cujo comprimento nunca dever ser inferior a 75% da profundidade do poo em teste. A descida do cabo do medidor de nvel dever ser por tubulao independente de dimetro interno a 1".

14

TESTE DE VAZO CONTNUA

Indicado quando o bombeamento realizado por ocasio do desenvolvimento apontar uma vazo mxima de explotao inferior a 20.000 l/h. O teste dever ter durao de vinte e quatro horas. Caso completadas as vinte e quatro hora de teste e o nvel dinmico no esteja estabilizado durante as ltimas 6 horas, a vazo dever ser reduzida de 20% sem que haja interrupo do bombeamento e o teste ter que se prolongar por mais 12 horas. Em qualquer situao, o teste s poder ser dado por concludo quando a estabilizao do nvel dinmico completar 6 horas. Para poos com vazes inferiores a 5.000 l/h a durao do teste poder ser de 12 horas, desde que o nvel do poo se estabilize por pelo menos 6 horas.

TESTE ESCALONADO

Para poos com vazes superiores a 20.000, recomenda-se o teste de produo em trs etapas de bombeamento, 30%, 60% e 100% da vazo de explotao esperada para o poo, obtida no bombeamento realizado durante o desenvolvimento do poo. Cada etapa dever ter durao tal que permita a estabilizao do Nvel Dinmico (ND) durante as ltimas 6 horas. A passagem de uma etapa para outra, dever ser executada automaticamente por estrangulamento do registro, sem que o bombeamento seja interrompido. O teste escalonado dever ser feito com a utilizao de bomba submersa.

TESTE DE RECUPERAO

Concludo o teste de produo iniciado imediatamente o teste de recuperao do poo. O procedimento do teste consiste na medida da velocidade de recuperao do15 nvel esttico original do poo. O teste de recuperao ser dado por concludo quando o nvel da gua retornar posio original ou prxima do Nvel Esttico (NE) inicial.

ENSAIO DE VERTICALIDADE E ALINHAMENTO

Um poo est na vertical quando o seu eixo coincidir com a linha vertical que passa pelo centro da boca do poo e alinhada quando seu eixo uma reta.

O nvel de exigncia do ensaio depende do tipo de equipamento de bombeamento a ser utilizado na explotao do poo. Se for bomba submersa, injetor acionado a ar comprimido e pisto de bomba cavalete necessrio que o equipamento a ser utilizado desa livremente pelo poo at 12 metros abaixo da profundidade prevista para o posicionamento da bomba em regime de produo mxima do poo.

Caso o equipamento de produo do poo seja bomba de eixo prolongado ou para poos de alta produo, torna-se necessrio, que o alinhamento esteja perfeito. aceitvel um desvio de poo de at 2 at 200 metros.

A verticalidade verificada pela descida de um gabarito rgido e justo com 12m de comprimento suspenso por um cabo de ao, neste caso, o desvio aceitvel de 15,24cm para cada 30,5m de revestimento, segundo a AWWA.

O ensaio de verticalidade e alinhamento consiste na descida de um prumo formado por um tubo aberto com 0,50m de comprimento e dimetro 1cm inferior ao dimetro do trecho do revestimento em anlise. O prumo no dever desviar da vertical a cada 30m.

A maneira mais moderna e precisa, no entanto, atravs da realizao do perfil de desvio e verticalidade. Este perfil consiste na descida de uma sonda que ir gerar um log com os graus de inclinao e azimute do poo. Tanto o ensaio de verticalidade e alinhamento realizado com prumo como com sondas eletrnicas dever ser executado por pessoal especializado.

LIMPEZA E DESINFECO DO POO

realizado aps o teste de produo e de verticalidade e alinhamento. A rea em volta do poo dever ser completamente limpa e restaurada retirando-se todos os materiais estranhos tais como: ferramentas, madeiras, cordas, fragmentos de qualquer natureza, tinta de vedao e espuma, antes de ser desinfectado. A desinfeco deve ser feita com soluo de cloro que permita se ter um teor residual de 5 ppm de cloro livre, com repouso mnimo de 2 hs.

16COLETA DE AMOSTRA DE GUA PARA ANLISE BACTERIOLGICA E FSICO-QUMICA

A coleta de amostra deve ser realizada 24 hs aps a desinfeco do poo. Os seguintes procedimentos devem ser adotados:

Bombear a gua durante aproximadamente 1 hora; Fazer a desinfeco da sada da bomba com soluo de hipoclorito de sdio a 10%, deixando escorrer a gua por mais ou menos 5 minutos; Proceder coleta da amostra, segurando o frasco prximo base na posio vertical, efetuando o enchimento; Deixar espao vazio para possibilitar a homogeneizao da amostra.

As amostragens para anlises bacteriolgicas devem ser feitas antes da coleta para outro tipo de anlise.

A amostragem deve ser feita utilizando-se de frascos de vidro neutro ou plstico autoclvel, no txico, boca larga e tampa a prova de vazamento.

O perodo entre a coleta e o incio das anlises bacteriolgicas no deve ultrapassar 24 hs e a sua conservao feita em refrigerao temperatura de 4 a 10 C.

A coleta de amostra para anlise fsico-qumica deve ser realizada em frascos de polietileno, limpos e secos, com capacidade mnima de um litro, devidamente vedados e identificados, devendo-se enxagu-los duas a trs vezes com a gua a ser coletada e completar o volume da amostra.

As amostras devem ser registradas em fichas prprias com as seguintes informaes: local, poo, ocorrncia de fenmenos que possam interferir na qualidade da gua, data, horrio da coleta, volume coletado, determinaes efetuadas no momento da coleta temperaturas, condutividades, PH e cloro residual; nome do responsvel pela coleta.

O resultado das anlises deve ser apresentado obedecendo ao que determina a Portaria 36 do Ministrio da Sade.

TAMPONAMENTO DO POO

Quando o revestimento for de PVC aditivado, o tamponamento deve ser feito com o CAP macho rosquevel, quando for de ao por chapa soldada. Caso haja necessidade de maior segurana, coloca-se alm dos citados, um tubo com a parte superior lacrada e a inferior ancorada no cimento da laje de proteo sanitria. Este tubo dever ter dimetro de pelo menos 2 polegadas a mais que a boca do poo.

17CONCLUSO

O mundo enfrenta grandes problemas relacionados escassez de gua. Nesse sculo, segundo diversos pesquisadores, a falta de gua ser um dos maiores problemas que a humanidade dever enfrentar.

A maior parte do planeta Terra composta por gua, no entanto, muito restrito o percentual que oferece condies para consumo, tendo em vista que uma enorme parte de gua salgada, outras esto poludas, alm das geleiras, subsolo, solo e atmosfera.

Grande parte das guas contidas em terras emersas se encontra no subsolo, ou seja, guas subterrneas, alm claro, dos rios, que respectivamente oferecem gua aos humanos e outros seres vivos.

As guas subterrneas so identificadas de duas formas, a primeira chamada de zona no saturada onde a gua se encontra espalhada entre ar, solo e rochas. A segunda denominada de zona saturada, nesse caso a gua se encontra armazenada em grande quantidade, formando uma espcie de rio subterrneo.

Alm dessa classificao, existem dois tipos de guas subterrneas, o fretico e o artesiano. O primeiro est situado na zona no saturada, fica nas proximidades da superfcie, diante disso as guas ficam propcias contaminao. O segundo se encontra na zona-saturada, um pouco afastado da superfcie, em virtude dessas caractersticas se faz necessria a construo de poos artesianos para retirar gua desses locais.

18BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

http://www.cpt.com.br/cursos-irrigacao-agricultura/artigos/perfuracao-pocos-artesianos-pode-resultar-grande-possibilidade-captacao-aguahttp://www.perfuradores.com.br/downloads/material_didatico/CARTILHA_NOCOES_BASICAS_POCOS.pdfhttp://www.perfuradores.com.br/index.php?CAT=pocosagua&SPG=perfuracao&art=dicas_perf_004http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/31/3-perfuracao-de-pocos-tubulares-execucao-pode-ser-feita-296609-1.aspxhttp://www.agrolink.com.br/downloads/Livro_Po%C3%A7os-Tubulares-e-Outras Capta%C3%A7%C3%B5es-de-%C3%81guas-Subterr%C3%A2neas-Orienta%C3%A7%C3%A3o%20Aos%20Usu%C3%A1rios_SEMADS-RJ.pdfNBR 12212/NB 588 - "Projeto para Captao de gua Subterrnea". NBR 12244/NB 1290 - "Construo de Poo para Captao de gua Subterrnea".

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