p2 - ambiental (com as respostas da prova).doc

37
AULA 1 Introdução: O Código Florestal foi construído na década de 30, mais precisamente em 1934 (através do Decreto Lei), e na época ele só tinha o intuito, era uma reserva (no caso, buscava-se uma reserva energética, porque a matriz energética do país era lenha, o carvão, então toda propriedade rural deveria destinar uma parte de suas matas para estratégia energética, ou seja, tinha que deixar um pedaço, mas ninguém deu bola para isso, e isso, durante muita década, ninguém dava bola, mesmo com o Novo Código Florestal, que foi em 1965, através da Lei 4.771, essa Lei sofreu muita modificação ao longo da trajetória até agora em 2012, muitas Medidas Provisórias, e ela já trouxe uma nova ideia, ela trouxe a ideia do bem ambiental, então o Código Florestal de 1965 já trabalhava uma ideia de reserva biológica, reserva da fauna e da flora, começou-se a pensar no ambiente já em 65, mesmo assim, muita gente, quase ninguém, dava bola para a tal da Lei do Código Florestal, para você ter uma ideia, na década de 70, ninguém queria terra em Coxim, São Gabriel do Oeste, Rio Verde, e hoje? Hoje nego briga por um palmo de terra, porque descobriram que plantando soja dava dinheiro. E ai, começou-se, com esse pensar ambiental, a tentar fazer cumprir a lei, só que nesse descaminho da lei houve toda uma história de rivalidade, ninguém tinha reseva legal, ninguém tinha APP

Upload: tie-hardoim

Post on 17-Nov-2015

4 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

AULA 1Introduo:O Cdigo Florestal foi construdo na dcada de 30, mais precisamente em 1934 (atravs do Decreto Lei), e na poca ele s tinha o intuito, era uma reserva (no caso, buscava-se uma reserva energtica, porque a matriz energtica do pas era lenha, o carvo, ento toda propriedade rural deveria destinar uma parte de suas matas para estratgia energtica, ou seja, tinha que deixar um pedao, mas ningum deu bola para isso, e isso, durante muita dcada, ningum dava bola, mesmo com o Novo Cdigo Florestal, que foi em 1965, atravs da Lei 4.771, essa Lei sofreu muita modificao ao longo da trajetria at agora em 2012, muitas Medidas Provisrias, e ela j trouxe uma nova ideia, ela trouxe a ideia do bem ambiental, ento o Cdigo Florestal de 1965 j trabalhava uma ideia de reserva biolgica, reserva da fauna e da flora, comeou-se a pensar no ambiente j em 65, mesmo assim, muita gente, quase ningum, dava bola para a tal da Lei do Cdigo Florestal, para voc ter uma ideia, na dcada de 70, ningum queria terra em Coxim, So Gabriel do Oeste, Rio Verde, e hoje? Hoje nego briga por um palmo de terra, porque descobriram que plantando soja dava dinheiro. E ai, comeou-se, com esse pensar ambiental, a tentar fazer cumprir a lei, s que nesse descaminho da lei houve toda uma histria de rivalidade, ningum tinha reseva legal, ningum tinha APP consolidada, estava usando APP em beira de rio (at hoje!) e isso foi se regularizando, foi tentando aplicar, atravs de algumas Medidas Provisrias foram mudando tamanho de reserva, mudando as exigncias: exemplos ( financiamento em banco pblico: s com reserva legal constituda (voc no conseguiria fazer nenhum emprstimo rural, para que voc possa fazer um desenvolvimento na sua propriedade sem ter a reserva constituda, tem que primeiro regularizar a reserva). ( APP: passivo ambiental, no podia ter passivo; inverso tributria; ( passar a propriedade para os filhos ou vender, tinha que ter reserva, s passa a escritura com a reserva averbada, ento foi uma maneira de tentar forar, regularizar, tanto a reserva quanto as APPs. Agora o empresrio, o dono da terra, assume o compromisso, assina um termo de compromisso que ele vai regularizar a reserva, e ele tem um prazo (dois anos, trs anos), e esse prazo est vencendo, s que o prazo est vencendo e agora com o nosso novssimossimossimo (o outro era novo, esse novssimo) Cdigo Florestal, que a Lei n. 12.651, que foi promulgada, sancionada pela Dilma com ressalvas (porque ela vetou muita coisa, porque ela muito pr ruralista, ela ento vetou e editou a MP 571/12 para no ficar o qu? Ficar um vazio legislativo, porque essa lei aqui revogou as disposies em contrrio, revogou o antigo Cdigo Florestal, o Novo Cdigo Florestal de 65 foi revogado, no existe mais, e aquilo que ela vetou na nova lei, ficou sem nenhuma diretriz jurdica, como que faz? Como que aplica? Ento editou a MP, que foi votada, foi aprovada, passou a incorporar a Lei 12.651, s que ela j foi votada com ressalvas, com mudanas, ento essa novela no acabou ainda).Ento hoje ns vamos tratar da rea de Preservao Permanente (APP) frente lei velha e a lei nova.Sequncia dos tpicos que ele passou na lousa:

rea de Preservao Permanente (APP)

Ento, a primeira coisa: O QUE REA DE PRESERVAO PERMANANTE?

APP aquela rea que no pode ter interveno (lembram-se da diferena entre preservar e conservar?). Preservar no intervir. Ento, rea de Preservao Permanente no interveno sempre! Nunca intervm! Como toda regra tem exceo, ns vamos ver que alguma coisa pode fazer. Essa a regra, s que qual a realidade? No essa, certamente. Tem gente que tem casa na APP, tem gente que tem casa /manso na beira do rio.Essa normativa e essa discusso trabalha em cima de uma data fixa: 22/07/2008 dali para trs o que se encaixou aqui dentro fica regularizado, dali para frente, no! Essa data foi a ltima modificao do Cdigo Florestal.MATACILIAR MATA GALERIA (ZONA RIPRIA):

Faixa de vegetao ou no ao longo do rio. Lembra um clio. aquela rea (faixa marginal). Conceito: a faixa marginal ao longo dos rios podendo ter ou no vegetao. No se pensa, quando fala mataciliar, que propriamente tem que ter a mata (tem regies que tem pedra na beira do rio, no tem mata, e ai? um passivo? Houve degradao? No, ali no nasce nada! Mas uma faixa marginal, e uma APP, no pode construir nada ali).A identificao da margem do rio sempre vai ser com a corrente do rio. Est descendo, lado direito ( o seu lado).

A ttulo de conhecimento ( APPCRH: rea de Preservao Permanente Confrontante (est de frente para o rio) com Recurso Hdrico.AMAZNIA LEGAL: uma rea geopoltica que a norma tratou de estabelecer para identificar e normatizar a questo da APP, a questo da reserva legal, a questo de incentivos tributrios. Ela compreende Rondnia, Roraima, Par, Acre, Tocantins, Parque do Tocantins, Parque do Mato Grosso etc. Ela foi muito detalhada no Cdigo Florestal de 65, tanto que essa Amaznia Legal se divide em duas: Amaznia Legal Floresta e Amaznia Legal Cerrado. E qual a importncia disso? Muito! Porque a reserva legal na Amaznia Legal Floresta 80% (ou seja, voc s tem 20% de terra para usar). E na Amaznia Legal Cerrado? 35% (caiu uma questo na prova verdadeiro ou falso! Ele colocou outra porcentagem que no essa! Na minha prova, ele colocou 30 hectares, o que j est totalmente errado. 1) porque no 30, mas sim 35; e 2) porque no hectares, mas sim porcentagem). Existe uma grande diferena! Voc no paga ITR sobre APP, sobre reserva legal, mas somente sobre a rea produtiva (aquilo que voc pode usar) (isso importante voc saber, volta e meia tinha algo nas questes relacionado a isso).RESERVA LEGAL:

aquela rea na sua propriedade aonde voc tem restrio de uso, embora a rea seja sua, est dentro da sua matrcula, voc no pode usar. uma restrio administrativa de uso. Tem uma funo ecolgica, de interesse e relevncia ecolgica, que vai depender da regio, com iseno tributria tambm (ser melhor explanado na prxima aula).Essa reserva legal poder estar com vegetao ou no. A caracterstica dela vegetao regional, no necessariamente floresta, pode ser campo.REA RURAL CONSOLIDADA: aquilo que voc est usando na sua propriedade (nada mais que aquela rea que voc ocupa na sua propriedade, seja para casa, plantar, criar boi, ou seja, tudo aquilo que voc usou). Por que qu importante vocs saberem isso? Porque se cair uma perguntinha sobre pousio, voc vai ver que o pousio, que uma rea em descanso, e foi uma das brigas da Dilma com a bancada ruralista, porque eles queriam que o pousio ( uma rea que voc abandonou na fazenda, porque a terra muito fraca, deu eroso, desgastou, voc no tem mais interesse em usar e que voc deixa ela separada l). Pela Nova Lei, toda rea de pousio considerada rea consolidada. Qual a importncia disso? Se voc tiver rea consolidada na beira do rio de 2008 para trs, voc no precisa recompor, continua usando! Ento pousio a rea abandonada, o mato sujo, que no tem pasto, no tem nada. A proposta do Governo de quatro anos, e os ruralistas dobraram para oito anos, ou seja, tudo aquilo que estivesse em rea de descanso de 2008 para trs at 2000, era considerada rea de pousio (para a bancada ruralista), ai teve a briga e a Dilma mudou e passou para quatro. O que a norma fala o seguinte: que devero ser adotadas provas materiais. A norma fala: se voc tirar a vegetao nativa primria (vegetao virgem, que nunca foi tocada), a partir do momento que voc tirou e edificou, a rea ficou consolidada. Se voc abandonou? Virou pousio. E ai a Lei incorporou as reas abandonadas como rea consolidada (como se fosse rea ativa, rea em atividade). Pasto rea consolidada. Toda aquela rea que voc ocupou antropicamente (antrpica: ao do homem). Ento toda rea antropizada na sua propriedade considerada rea rural consolidada, ou seja, teve uma atividade.PEQUENA PROPRIEDADE RURAL:

Antes (Lei n. 4.771 Cdigo Florestal de 65 Novo Cdigo Florestal): o conceito o mesmo, o que mudou o tamanho e a maneira de dimensionar isso.Conceito: aquela propriedade de uso familiar (ou seja, a famlia que trabalha nela), para sustento prprio, podendo ou no usar mo de obra de terceiros.

Era considerada pequena propriedade rural, na Amaznia Legal de Pantanal, propriedade at 150 hectares (50 hectares em regies de seca). O Norte de Mato Grosso Amaznia Legal Cerrado, ento l a pequena propriedade rural tambm ser de 150 hectares. E para baixo? Para baixo no, porque da ser 30.

Agora, no existe mais isso! Independe de Amaznia Legal, perodo da seca atualmente considera-se pequena propriedade rural propriedade de at 4 mdulos rurais cada Municpio tem o seu mdulo rural (em Campo Grande/MS 1 mdulo igual a 25 hectares, logo, 4 mdulos correspondem a 100 hectares) (caiu uma questo na prova verdadeiro ou falso! Ele colocou 5 mdulos rurais ao invs de 4; disse que se fosse na Amaznia Legal seria x mdulos, o que tambm est errado, porque independe de Amaznia Legal, perodo de seca).USO ALTERNATIVO DO SOLO ( a rea para desmatar)Quando voc tem uma vegetao nativa, voc arranca a sua superfcie pela primeira vez e faz uso dela alternativo: pecuria, industrial etc.

Uso alternativo do solo se confunde com rea rural consolidada. Uso alternativo: a partir do momento que voc tirou a cobertura vegetal pela primeira vez, voc est tendo o uso alternativo do solo. Ex.: desmatei, plantei soja, l no seu cadastro no INCRA, qual o uso alternativo do solo? Soja, porque eu arranquei a vegetao natural e plantei soja (ou pecuria).MANEJO SUSTENTVEL: aquilo que voc pode fazer e que a lei permite, que voc no vai descaracterizar, no vai impactar. Ento, na reserva legal, que ns j vimos o conceito, uma rea que voc no pode utilizar (voc pode tirar o fruto, pode tirar o subproduto, mas no pode fazer corte raso, desmatar).UTILIDADE PBLICA E INTERESSE SOCIAL:A APP no pode sofrer interveno (regra geral), mas eu falei para vocs que tem exceo. Uma das excees essa daqui: utilidade pblica e interesse social. O Poder Pblico pode!ATIVIDADE DE BAIXO IMPACTO: aquela que no degrada o meio ambiente e que tambm permitido na APP. O homem e o animal podem adentrar em uma APP, desde que no degrade o bem ambiental (uma vaca que entrar em um rio, para beber gua, no vai degrad-lo, agora 100, 200 de uma s vez, no d!).

Voc puxar, por exemplo, uma mangueira/tubo/cano para captar gua do rio para a sua sede, no proibido, permitido, no nem licenciado, no se precisa licenciar isso no rgo ambiental, apenas pedir uma autorizao, no depende de licena, depende s de autorizao. (caiu uma questo na prova verdadeiro ou falso! Ele colocou que no precisava de autorizao, mas como voc pode ver precisa! E mais uma coisa: os exemplos acima no foram os mesmos usados na prova, ele falou em: ponte, aqueduto etc. S para voc saber!).VEREDA:

uma rea tpica de nascente. Se juntar vrias nascentes, voc tem uma vereda. E a caracterstica da vereda o Buriti, onde tem um Buriti tem uma vereda, porque o Buriti s nasce em vereda.

MANGUEZAL:

a rea que sofre a influncia das mars (vai e volta), tem muita raiz area. Tambm uma APP. O manejo tem que ser sustentvel.

RESTINGA:

uma faixa de areia que vai se acumulando prximo costa, que forma um brao, no Rio tem aquela famosa restinga de marambaia.NASCENTE (ou OLHO DGUA):Uma rea sempre com barro, sempre escorrendo gua. Tambm APP.

VRZEA:

uma rea mida, que sofre influncia do rio. O nvel do rio faz adentrar um pouco de gua naquela regio constantemente e aquilo fica um terreno alagadio, brejoso.

REA MIDA:

aquela que uma hora est molhada, outra hora est seca. Tpica: o pantanal ( uma grande rea mida), que tem o ciclo das cheias e vazantes.

TABULEIRO:Lembra-se de tabuleiro de bolo. uma rea plana que se encontra em plats, em serras, em montes. APP? No. O que APP a borda do tabuleiro. Dentro do tabuleiro: tudo rea utilizada; agora a faixa/borda do tabuleiro APP. Borda do tabuleiro = 100 metros ( e no pode ser ocupada.POUSIO:J foi explanado.

LEITO SAZONAL E LEITO REGULAR (ADORA COBRAR EM PROVA):Leito sazonal: o que uma sazonalidade? aquilo que muda, que no rgido. Portanto, o leito sazonal o leito mutvel (no se aplica mais). E o leito regular: aquele que est constante ( o que se aplica agora).O Cdigo florestal de 65 era muito bem aplicado nos rios de calha, ou seja, nos rios de planalto.DUNAS: aquilo que vocs sabem, na areia n? Tem dunas em Santa Catarina, nos Lenis Maranhenses.

Aquilo que mvel no APP. A duna viajante, essa no APP, porque ela mvel. Agora, duna fixa (ex.: morro do careca, em Natal) APP.

APPS DE RIO: FAIXA MARGINAL:- Rios cujo leito tem at 10 metros ---------- 30 metros de APP (o resto deixa de ser APP e pode ser ocupado) o Cdigo Florestal de 65 falava isso, s que ele falava que, a largura do rio no seu maior leito sazonal (inaplicabilidade da lei). Agora mudou, agora por essa lei 12.651, o leito mdio regular.- 10m a 50m ---------- 50m- 50m a 200m ---------- 100m

- 200m a 600m ---------- 200m

- + 600m ---------- 500m

Ento, no existe APP maior no Brasil que seja 500m.AULA 2 FALTEI (continuao da aula de APP [entorno de lagos e lagoas em diante] e o incio da aula de Reserva Legal [at caractersticas] vide xerox)AULA 3

Reserva Legal (continuao)CRITRIOS (a serem adotados frente regularizao) E PRESSUPOSTOS:A lei, tanto a lei nova quanto a lei velha isso ai no mudou, o Cdigo Florestal de 65 (Lei 4.771) elencaram essas trs situaes para regularizar (regularizao da Reserva Legal): Regenerao: voc veda, fecha, podendo, inclusive, usar na regenerao espcies exticas precursoras (critrios). O que espcie extica precursora? Se voc tem uma terra desnuda, seca, sem proteo = planta eucalipto na reserva legal! Nesse caso aqui, aceito o plantio de eucalipto como espcie extica precursora em um espaamento bem grande, que a gente chama de no comercial. O que acontece? Faz sombreamento, protege do vento, seria a regenerao bem mais rpida, e serve de proteo, de abrigo. E ai o que voc faz? Depois de trs, quatro, cinco anos voc corta o eucalipto e vende. Pronto! Regenerou. Ele serve de suporte na verdade! um critrio que pode ser adotado! Logicamente que a regenerao s se permitida espcie nativa, se regenerao, ela vai regenerar alguma coisa que natural. rvore frutfera no regenerao recomposio, porque regenerar deixar voltar na natureza, ento no h que se falar em espcies exticas. Agora recomposio plantio, ai sim! Para a nossa prova, vale frutfera (a lei muda toda hora, ai o professor teve que adotar um posicionamento)! Recomposio: outro mtodo facultativo para a regenerao. J a recomposio no deixar a natureza vir, voc plantar! Ento aqui no plantio continua o critrio de um vinte avos (1/20). O que o critrio de um vinte avos? Em qualquer lugar do Brasil, que no seja Amaznia Legal, sem medo de errar: 20%. Amaznia Legal! Opa! Ai sim: na floresta? no cerrado? Ai ou 80, ou 35, ou campos gerais que 20. Fora Amaznia Legal, tudo 20%, em qualquer lugar do Brasil. Recompor o plantio, tem duas maneiras: ou eu planto (dependendo da APP) uma parte e deixo o mato limpo, que eu fao uma consociao de regenerao e recomposio; ou eu planto as espcies nativas (ex.: soja). Ento, eu pego e vou constituir (regenerar ou recompor) para regularizar. Se eu for recompor, que o plantio, eu posso (a lei me faculta) plantar 50% nativas e (intercalada ou consorciada) 50% exticas. A frutfera na APP e no na reserva. Eu posso fazer a explorao dessa extica, a lei me permite que eu faa o manejo florestal: ou seja, com uma autorizao, tirar espcimes da espcie (eu no posso tirar tudo), e no permitido o corte raso (ou seja, desmate) essa atividade est restrita, mas o manejo florestal, que no implique uma degradao da reserva eu posso fazer. Da mesma maneira que so critrios da reserva legal, eu posso extrair o subproduto: folhas, fruto, casca etc. Pode, portanto, ser meio a meio (extica e nativa), no s extica, mas pode ser s nativa (melhor ainda). Essa questo da frutfera pegou pelo seguinte: a norma no trouxe, na sua explicitude, que tipo de frutfera. A nativa pode ser frutfera, lenhosa etc. E compensao: compensar dar alguma coisa. Na lei antiga (Lei n. 4.771/65), era exigido na compensao que ela fosse feita na mesma microbacia a bacia do rio que passa na sua propriedade ou prximo dela; micro: a menor de todas (preferencialmente) ou ento, ou se no, na mesma bacia (ou seja, na grande). uma medida pela qual voc no aceita aquilo ali, ento alguma coisa tem que fazer (nesse caso, eu no quero a minha reserva na minha propriedade, mas eu tenho que ter reserva na propriedade, ento a lei te faculta a compensao. Voc vai dar alguma coisa no lugar. Ex.: eu tenho 1.000 hectares tudo plantado de soja, e a lei fala que eu tenho que ter 20% de reserva, so 200 hectares. Pela lei antiga eu multiplicaria por 25, a lei nova, no mais. Ento, eu s vou dar de compensao 200 hectares. A lei antiga falava que tinha que ser preferencialmente na mesma microbacia, se no, na bacia. Agora mudou! Essa lei no mais traz o ndice e tambm no mais se exige que seja na mesma bacia, no mesmo bioma. (caiu na prova! Foi o que eu te expliquei! A questo era de marcar X, e voc tinha que dizer quais das alternativas no era uma caracterstica da compensao. Na nossa prova: estar localizada na mesma bacia hidrogrfica ( isso est errado, porque hoje no mesmo bioma). No caso, agora, a lei trouxe uma inovao: no mais exigido que seja na mesma bacia ou microbacia, mas sim, no mesmo bioma ( ex.: eu tenho uma propriedade em Campo Grande, cujo bioma cerrado, eu compro l no Maranho uma rea de cerrado e dou em reserva. Simplesmente isso! Cumpri a funo ecolgica? Mesmo regional? No! Qual a paisagem? Cerrado! Cumpri porque a lei fala no mesmo bioma. Para o professor, a compensao s vlida tecnicamente se, pelo menos, na mesma bacia, porque voc vai contemplar rea de reserva com o mesmo valor paisagstico, dentro daquela bacia, voc no est fugindo da funo dos pressupostos. Agora, no mesmo bioma muito amplo). O termo : voc vai constituir reserva. Compensao dar em reserva. No nosso exemplo no 200 hectares? Eu vou ter que escolher (so trs critrios): 1. Comprar uma propriedade no mesmo bioma (o primeiro critrio) ( exemplo: Fulano tem 210 hectares de propriedade do mesmo bioma que a minha propriedade, e ele est vendendo! Eu no tenho que dar em reserva 200 hectares? Ento, se eu comprar uma propriedade eu no posso pegar essa propriedade e dar em reserva? Ele est vendendo! Dos 210 hectares, dou em reserva 200, e os outros 10 posso explorar (construir uma casa etc.). S que aonde eu enfio a reserva legal da propriedade do Fulano que est vendendo a propriedade dele? Ou no tem que ter reserva l? Eu s posso dar alguma coisa que minha. A reserva no minha! No uma restrio? No tem restrio de uso? Ora, eu posso usar a reserva? No! Qual a reserva da propriedade do Fulano? Eu no posso usar 200 hectares da reserva dele! Por que qual que a reserva dele? [210 42 = 178] Eu s posso usar 178 hectares (no tem rio, no tem APP, s mata fechada). D para contemplar? D para eu dar em reserva? S tem uma possibilidade ai! A lei permite isso: eu compro a propriedade do Fulano, dou uma parte em compensao e o resto eu fao regenerao ou recomposio do que faltar aqui dentro [178 200 = 22], ento, 22 hectares o que falta na minha compensao. O rgo ambiental vai aceitar, desde que, o que faltar, eu dou em regenerao ou recomposio! Cumprindo o corredor ecolgico etc. S nesse caso! Se no, no adianta! Porque a lei fala: toda propriedade rural dever ter reserva legal. Ento, se eu tiver uma propriedade de 1 hectare eu vou ter que ter reserva legal.2. Qual a outra maneira de dar a compensao? Eu no preciso comprar a propriedade! O Fulano no usa toda propriedade s que no quer desmatar, quer deixar para a proteo ambiental e j tem a reserva legal formada. O que o Fulano faz? Constitui quotas quotas de reserva legal cada quota 1 hectare. Se eu quiser adquirir quotas de reserva legal eu posso comprar do Fulano, 200 quotas, isso se chama reserva em condomnio, porque em condomnio? Porque est na fazenda de outro! Eu no vou receber a propriedade, no passa para o meu nome! A minha reserva est na propriedade do Fulano, l no CAR vai constar: reserva legal da Nathali: 200 hectares vai estar l o memorial descritivo da reserva. Quotas de reserva legal constituda: 200. Quem que o dono? Fulano (tambm vai constar memorial descritivo) ( essa rea no pode mais ser mudada (caiu uma questo na prova! Era verdadeiro ou falso! Na minha prova falava que a reserva legal podia ser mudada/deslocada para outra rea, desde que no trouxesse prejuzo para o meio ambiente! Como visto, isso est errado! Uma vez constituda a reserva legal, no pode mais ser alterada, ainda que em benefcio do meio ambiente!). Quem comprar a rea vai ter que comprar com isso dentro, porque o Fulano vendeu a rea, isso foi escriturado, averbado! Fica como reserva legal minha. Cumpre todas as caractersticas, como se reserva legal sua fosse, ou seja, imutabilidade de destino, iseno de tributo etc., s que no est no meu nome, est no nome do Fulano, a propriedade continua sendo dele. S que l no cadastro consta como minha reserva! Eu regularizei a minha! Eu comprei quotas! Quando o Fulano for vender a propriedade, quem comprar, logicamente, como ele tambm no pode usar, essa rea voc vai ter que descontar os 200. Porque quando voc vende a sua propriedade, toda propriedade tem que ter reserva legal, ento j est embutido no preo a sua reserva, ningum deixa de pagar por causa disso. Agora, os 200 hectares de quota que eu tenho, no est embutido no preo, porque no vai poder usar! Voc s pode dar quota de rea til! Voc s pode dar em compensao de rea til, ou seja, aquilo que voc pode usar para atividade laboral.3. Qual a outra maneira de fazer compensao? Comprando quota dentro de Unidade de Conservao. Ex. Parque da Bodoquena (eu posso comprar quota l dentro). E ai voc compra, no caso, 200 quotas. Ai, a minha reserva estar dentro do Parque! E eu declaro isso no CAR e pago para o Governo. As Unidades de Proteo Integral podem ter atividade econmica? No. Ento, elas praticamente tm a mesma caracterstica de reserva legal. rea til eu tenho a plena liberdade de fazer o que eu quiser, inclusive vender como quotas de reserva legal. Ento so esses os critrios adotados para a questo da compensao!Inovao da lei: se voc no tem mais nenhuma rea na sua propriedade para desmatar (uso alternativo do solo) voc poder dar em reserva a prpria APP (no nem compensao, nem recomposio, nem regenerao). Se voc tiver passivo da APP, voc tem a obrigao de recuperar pelo processo de regenerao, recomposio ou misto. Voc recupera! Na reserva legal, no questo disso, de voc recuperar, voc tem a obrigao sobre a APP; sobre a reserva legal, se voc tiver, independente do tamanho da propriedade, nem mais um palmo de terra para desmatar, eu posso dar APP. E quem conservou? E quem manteve? Se quiser dar APP em reserva ele no pode, porque ele tem rea que poderia pedir desmate! Agora, quem no tem mais nenhuma rea para desmatar, voc pode dar APP para continuar usando. Se faltar rea, pode usar os trs critrios, o que no pode ter rea para desmatar, ai no aceita APP.Qual o critrio a ser adotado para regularizao? Uma das caractersticas cumprir o corredor ecolgico. Um dos pressupostos da reserva legal que ele forme um corredor ecolgico. O que corredor ecolgico? Caminho. A sua reserva legal tem que formar (obrigatoriedade) um corredor ecolgico, se no o rgo ambiental no libera. Como? Juntando a sua reserva com a reserva do vizinho, e sucessivamente. As espcies vo andar pelo corredor, cumprindo, assim, a funo ambiental. Isso ai um critrio a ser adotado e ser observado, tem que cumprir esses pressupostos.Tem que cumprir outro pressuposto: que o paisagstico. Qual a paisagem? rvores? Ento a sua reserva legal tem que ser espcies nativas do tipo: rvores, tem que cumprir a paisagem, o valor ambiental do bem! A sua reserva tem que ser da mesma paisagem do seu Municpio, tem que ter o mesmo valor ambiental, paisagstico. Ento so pressupostos e critrios que tem que ser adotados.O um vinte avos mencionado o tempo de prazo mximo para regularizao, na recomposio. Ex.: nem todo mundo tem dinheiro para plantar 200 hectares de uma vez. Ento a lei, sensvel questo econmica e social, ela te d um prazo: um vinte avos. No nosso exemplo, voc vai ter que plantar 10 hectares por ano (durante vinte anos); mas voc pode plantar 20 hectares de 2 em 2 anos (voc pode propor isso). Esse o prazo para regularizao, ou seja, para a constituio da reserva legal (em 20 anos voc tem 100%). Ns temos um prazo de dois anos, a partir da vigncia da lei (agosto/2012), para regularizar a reserva legal (tem que fazer a declarao no CAR tem que fazer esse cadastro) antes era averbao na matrcula do imvel no cartrio.NA PROVA CAIU UMA QUESTO ACERCA DAS CARACTERSTICAS DA RESERVA LEGAL! ERA DE MARCAR X! VOC TINHA QUE FALAR QUAL NO ERA! NA NOSSA PROVA: AVERBAO EM CARTRIO (PORQUE NO MAIS UMA CARACTARSTICA DA RESERVA LEGAL).

TINHA UMA QUESTO TAMBM, S QUE DE VERDADEIRO OU FALSO, QUE TODO MUNDO FICOU EM DVIDA! FALAVA MAIS OU MENOS ASSIM: na reserva legal a averbao facultativa, precisando apenas do registro no CAR (cadastro ambiental rural. Obs.: voc tem que saber o significado da sigla, porque dessa ele no explicou na prova). EU MARQUEI VERDADEIRO, PORQUE HOJE A EXIGNCIA APENAS DO CADASTRO (ANTES A REGULARIZAO DA RESERVA LEGAL SE DAVA POR MEIO DA AVERBAO NA MATRCULA DO IMVEL, HOJE POR MEIO DO CAR). AGORA, O FATO DE A AVERBAO SER FACULTATIVA OU NO, PEGOU UM POUCO, PORQUE A MEU VER, TEM QUE TER AVERBAO A TITULO DE BUROCRACIA, J QUE TUDO AVERBADO NA MATRCULA DO IMVEL (PENHOR, HIPOTECA A RESERVA TAMBM TEM QUE SER AVERBADA).

ALGUMAS QUESTES DA PROVA NO DAVAM PARA ENTENDER O QUE ELE ESTAVA QUERENDO. ESSA DA AVERBAO ERA UMA. OLHANDO O QUE EU ESCREVI PARECE FCIL, MAS NO ASSIM QUE EST ESCRITO NA PROVA DELE, EU SIMPLIFIQUEI, DIGAMOS ASSIM!CAR: uma das caractersticas da reserva legal cadastro ambiental rural tem o prazo de um ano para ser implantado (algumas secretarias j esto trabalhando com o CAR).PRA: programa de regularizao ambiental no foi implantado ainda.AULA 4

Licenciamento ambiental

Normativas das linhas gerais sobre licenciamento: resoluo CONAMA 001/86 ( trouxe os primeiros rabiscos, o primeiro entendimento sobre licenciamento, sobre desenvolvimento de estudos ambientais. Aonde, se fala, j em 81 (a poltica nacional do meio ambiente j trata em seu art. 10 sobre a questo do licenciamento). Foi modificada pela Lei Complementar 140/2011. Existe um artigo extenso de um japons (Toshio Mukai), ele desceu a lenha porque a ideia dele da questo de competncia para licenciar que o municpio tem todas as condies de licenciar qualquer tipo de atividade. E na competncia, a questo do licenciamento em empreendimentos, a competncia para o licenciamento de atividades que se utilizam (no que exploram) de recursos naturais exclusiva do Estado. Existia essa prerrogativa (artigo 10 da lei da Poltica Nacional do Meio Ambiente).Ento toda atividade que se utilizasse de recurso natural, exemplo: minrio de ferro > a competncia era exclusiva, at 2011, do Estado (ex.: siderrgica). Isso caiu por terra, com essa Lei Complementar 140/2011, ela veio alterar, entre outras coisas, e principalmente, o artigo 10 da Poltica Nacional do Meio Ambiente, no mais competncia exclusiva, alterou-se: passando a ser o ente federado competente (no fala quem ). Ento, acabou a exclusividade.CAIU UMA QUESTO DESSA NA PROVA, VALENDO 1,5, DE MARCAR X! FOI UM SACO RESOLVER ELA, PORQUE ALM DE TE INDUZIR A ERRO, VOC NO SABIA O QUE ELE QUERIA! POIS BEM, TINHAM VRIAS ALTERNATIVAS E VOC TINHA QUE COLOCAR O X NA ALTRNATIVA CERTA. NA MINHA PROVA ERA MAIS OU MENOS ASSIM: a lei complementar 140/2011 alterou a Lei de Poltica Nacional do Meio Ambiente a qual regulamentava a competncia exclusiva dos Estados para licenciamento de atividades que utilizavam os recursos naturais. ESSA ERA A ALTERNATIVA CORRETA! NA PROVA ELE FALAVA NAS OUTRAS ALTERNATIVAS QUE A LEI COMPLEMENTAR ALTEROU A RESOLUO CONAMA 001/86 (o que no verdade); FALAVA QUE A COMPETNCIA EXCLUSIVA DOS ESTADOS ERA PARA LICENCIAR ATIVIDADES QUE EXPLORAVAM OS RECURSOS NATURAIS (o que tambm no verdade).

O que o licenciamento ambiental?Existem dois tipos de licenciamento: licenciamento ambiental e administrativo. Os dois vo resultar em licenas. S que existe uma diferena: a licena administrativa, preenchidos os pr-requisitos, ou seja, a entrega documental (CNPJ, contrato social, vistoria do bombeiro, vistoria da Secretaria de Sade), obrigatoriamente o Poder Pblico tem que te dar a licena, no tem discusso!

No ambiental: a diferena ( mesmo entregando todos os documentos, (e ns temos o documento chamado TR termo de referncia que voc recebe na primeira fase da EPIA-RIMA, a primeira coisa que voc vai ter o TR voc vai receber do Poder Pblico, seja a nvel Municipal, Estadual ou Federal , um documento de 5 a 6 folhas, assinado pelo Secretrio do Meio Ambiente, onde ele faz a listagem (check-list) de tudo aquilo que voc tem que entregar, tem q fazer). Cumprindo todas as etapas, o rgo ambiental pode no te dar a licena, porque existe discricionariedade (oportunidade e convenincia). Ex.: no conveniente para o Poder Pblico a instalao da sua fbrica = no te dou a licena! Ento a diferena entre a licena administrativa comum e ambiental, que nessa voc tem aplicado o principio da discricionariedade.

Conceito de licena: na aula anterior foi dada a diferena de licena e licenciamento (ambos fundamentados na resoluo do CONAMA 237, artigo 1o, incisos I e II).

O licenciamento ambiental um ato, uma operao, um processo administrativo comum, como qualquer um a nvel administrativo, onde cumprida as etapas (juntada de documentos, prazo para anlise), cumprido: resulta ou no em uma licena, por conta do princpio da discricionariedade (convenincia, interesse do Poder Pblico).O Estudo Prvio de Impacto Ambiental no se estuda apenas impacto negativo! Estuda-se impacto positivo tambm.

Licena: o resultado, uma autorizao de operacionalidade, que uma das etapas do licenciamento. Ao receber autorizao para operar, eles vo te dar um prazo para voc operar. No nada definitivo, no existe uma licena ad eterna, licena ambiental est sempre se renovando.A natureza jurdica est explicitada na Poltica Nacional de Meio Ambiente, Lei 6938/81.

Princpio: no vou falar nenhum. So todos os princpios da esfera administrativa. No sero cobrados, mas so aqueles do direito administrativo: LIMPE Prevalncia do Interesse Pblico sobre o Interesse Privado...

Competncia para licenciar: salvo essas modificaes feitas pela Lei Complementar 140, que alterou, como que funciona agora? O rgo ambiental competente ser explicitado por meio de um comit. Vai existir um comit a partir de ento, e esse comit a nvel estadual vai dizer quais so os impedimentos que o Municpio pode licenciar. O comit vai ser formado por representes da Unio, dos Estados e do Municpio e eles vo detalhar o que voc pode licenciar. Ento no se mais trabalha, na lei especificamente.

O que no mudou: (1o) atividades que exploram os recursos naturais: o que qu explorar recursos naturais? Sempre que voc tiver um valor agregado ele deixa de ser natural. Ex.: madeira cortada natural; carvo vegetal, por ter tacado fogo na madeira deixa de ser natural. Areeiro explora, portanto, recurso natural. A venda de areia j no, porque voc transporta, ento, agrega valor. Carvoaria no explora, est agregando valor. Serraria sim!

Quem explora recurso natural? A competncia da Unio: IBAMA. Mas essa competncia no exclusiva, privativa: da Unio, mas ela pode delegar. E hoje o IBAMA est delegando quase tudo. Ex: reflorestamento, antes s o IBAMA trabalhava nisso. Hoje o IBAMA joga tudo para o Estado (caiu uma questo dessa na prova! Era de verdadeiro ou falso! Na minha prova falava que a Unio (por meio do IBAMA) tem competncia exclusiva para explorar os recursos naturais! portanto, era FALSA essa alternativa! Como voc pode verificar acima, a competncia da Unio para explorar recursos naturais PRIVATIVA).Quais so os outros licenciamentos? Quando o impacto direto (aquele que envolve a regio), atingir mais de dois Estados, quem vai licenciar o IBAMA (Unio). Ex: usina com impacto direto, atingindo MS e SP, nenhum dos dois vai licenciar. a Unio. O mesmo verdadeiro se o impacto direto atingir mais de dois Municpios, quem licencia o Estado.

E o que que o Municpio licencia? Trs regras para ser dotado de competncia para licenciar: (1o) essa j caiu por terra, porque o Presidente Lula mandou descentralizar o licenciamento Municpio ter mais de 22 mil habitantes ( desconsiderado), porque justificaria voc ter uma secretaria e pagar tcnico; (2) ter constitudo uma equipe multidisciplinar (esse ainda presente); (3) e ter um conselho municipal de meio ambiente (a Unio e os Estados j tm isso normalmente). Contemplando esses trs pressupostos: o Municpio pode licenciar. Municpio no preenchendo esses pressupostos, o Estado quem vai licenciar tudo. Porm, havendo conselho, e a equipe multidisciplinar, ele tem a prerrogativa de licenciar (caiu uma questo dessa na prova! Era de verdadeiro ou falso! Na minha prova o professor colocou os trs requisitos elencados acima, deixando a alternativa FALSA, portanto, porque no se exige mais do Municpio 22 mil habitantes, bastando, para tanto, uma equipe multidisciplinar e um conselho municipal de meio ambiente! A questo no estava errada s por isso! Estava errada tambm, porque ao invs dele colocar: conselho municipal de meio ambiente, ele colocou rgo municipal...). por essas, e por outras, que eu achei a prova dele meio chatinha, j que tinha esses detalhezinhos que voc tinha que saber).Lei Complementar 140 (o que ela diz hoje): o licenciamento de atividades potencialmente causadoras ou no de degradao, de impacto, e que se utilizam de recurso natural devero ser licenciados pelo rgo ambiental competente no havendo mais que se falar em competncia exclusiva do Estado o comit formado que vai tratar do assunto (o comit estadual vai ditar o que o Municpio pode licenciar) (caiu vrias questes dessa na prova, de verdadeiro ou falso, falando que o Estado tem competncia exclusiva! ISSO EST ERRADO! ANTES ERA ASSIM! HOJE NO MAIS!).

Ento a competncia hoje trabalha isso. A nvel de Unio: aquilo que fronteirio (BRASIL X PARAGUAI/ BRASIL X ARGENTINA) quem licencia? A Unio; atividades que exploram recursos naturais (competncia privativa, ela pode delegar) no caso o IBAMA (J falei anteriormente que isso foi cobrado em prova! Ento, ATENO com as palavrinhas: EXCLUSIVA E PRIVATIVA);O Estado: quando o impacto direto de dois Municpios ( quem licencia o Estado.E o que qu o Municpio licencia, se que ele licencia? Licencia tudo aquilo que seja de interesse local, e que no seja de competncia de outro.Etapas do licenciamento: (Era a questo aberta da prova dele! Ele s pediu para CITAR as etapas do licenciamento, nada mais! Ento era s responder: Licena prvia, Licena de instalao e Licena de operao). LP (licena prvia) a primeira etapa do licenciamento. Aqui voc vai fazer o estudo ambiental (juntada documental). Vai chegar l, vai receber o TR e vai juntar todos os documentos que eles pedem. E vai fazer o estudo ambiental.Feito isso voc vai para o jornal e para o Dirio Oficial informar que pediu a licena (publica uma vez s), isso obrigatrio (sob fiscalizao do MP sob pena de ter cassada a sua licena a qualquer hora, voc pode estar operando), em qualquer tipo de licenciamento, quando voc entregou os documentos (princpio da publicidade). Ai eles vo analisar, e te dar a licena.Toda licena tem prazo. Se voc no solicita a prxima? Danou!

Recebeu licena, corre l no jornal de novo e no Dirio Oficial e informa que recebeu a licena.Fazer isso nas trs etapas: informar que solicitou e que recebeu a licena (os dois momentos)! E daqui origina outra chamada: renovao. A renovao de licena de operao a parte mais complicada.

A parte ambiental (estudo e anlise ambiental impactos etc.) se concentra na LP (licena previa). Na LI (Licena de instalao) ocorre a entrega de documentos de engenharia da planta. Analisando, eles vo dar a licena de instalao. Na LO (licena de operao) quando voc pedir e tornar pblico, eles vo com uma equipe l para ver se est tudo de acordo com o que vocs falaram! O PIF ocorre aqui: incentivo florestal.LI e LO s entrega de documentos.

Tipos de licenciamento:Mais complexo: EPIA-RIMA (depois ns temos o EAP). Qual que a diferena? que este (EPIA-RIMA) poder ou no ter audincia pblica. No EPIA-RIMA o oferecimento da audincia pblica obrigatrio, a realizao no (vai depender do interesse dos legitimados qualquer um deles, no prazo de 45 dias, a partir da publicao do EPIA-RIMA findo o prazo no mais obrigatria a realizao e ai o rgo ambiental pode dar a licena, se ele der antes desse prazo o MP pode cassar a licena. A audincia publica realizada entre a LP e a LI) vocs vo ver isso na Resoluo CONAMA 09/87. EM REGRA, A realizao facultativa ( isso que varia), o oferecimento obrigatrio (isso no se discute), Porque em alguns Estados, e dentre eles est o Mato Grosso do Sul, obrigatrio constitucionalmente a realizao da audincia pblica (caiu uma questo dessa na prova, de verdadeiro ou falso. Na minha prova, era verdadeira, uma vez que ele colocou na questo justamente o que est grifado de amarelo).Correm por conta do empresrio: os custos com a audincia pblica (direta e indiretamente).

O que qu tem que ser contemplado na audincia pblica? I - ampla divulgao/publicidade (tem que ser publicado: em dirio oficial e jornal de grande circulao); O EAP: no obrigatrio nem o oferecimento nem a realizao de audincia pblica (em regra). Mas nada impede que se realize, desde que de comum acordo (empresrio e o rgo ambiental).

O LAS (licenciamento ambiental simplificado) ou RAP (relatrio ambiental preliminar) bem simples, s preencher papel, no tem audincia.Existem outros documentos que tem a aparncia de licenciamento, mas no :

PRADE projeto de recuperao de rea degradada;

PAM programa de alto monitoramento;

EAR estudo de anlise de risco (precauo); (o EIA preveno)AULA 5

EPIARIMA: o tipo de estudo mais complexo que se tem frente ao licenciamento. Dividi-se em duas fases:Na primeira fase: *o primeiro documento que voc recebe um Termo de referncia (TR); *a segunda situao/ao que feita aqui: constituio de equipe multidisciplinar; *diagnstico ambiental (vai estudar o meio fsico, bitico e socioeconmico); *avaliao de impacto ambiental (estudo dos impactos positivos e negativos); *medidas mitigadoras (diminuio do impacto); *programas de monitoramento (que vai controlar o que eu estou expelindo, emitindo relatrios [a empresa]); *entrega documental (caiu uma questo dessa na prova, de verdadeiro ou falso, na minha prova era verdadeira: ele afirmava que o diagnstico ambiental e a avaliao de impacto ambiental fazem parte da primeira fase do EPIA-RIMA.Se ns fossemos transportar essa primeira fase l para as etapas do licenciamento, ocorrem na LP (onde acontece tudo que mais complexo).Aqui, se algum demandar voc obrigado a realizar a audincia pblica (em 45 dias, a partir do oferecimento da audincia pblica). Se no houve motivao de um dos legitimados, o rgo ambiental poder expedir a licena na modalidade prvia.

Na segunda fase: *entrega de pendncias; *acompanhamento processual.Eles vo estudar isso aqui, vo realizar ou no audincia, se estiver tudo ok, no tem pendncia, s vai ter o que? Acompanhamento processual.

*responder a pendncia (se tiver). Pendncia: alguma coisa que deixei de apresentar satisfatoriamente para o rgo ambiental no estudo.( Todas as licenas podem ser renovadas. LO: a nica que no precisa justificar (diferente da LP e LI).Tutela Cvel Ambiental- Trabalha apenas o dano (tutela penal trabalha o crime).

Conceito: a rea do Direito Ambiental que vai trabalhar a responsabilizao frente ao dano causado ao bem ambiental, seja ele em qual rea for (meio ambiente artificial, natural, cultural, laboral etc.).Quando ocorrer um dano, h de se buscar a responsabilizao.A base conceitual trabalha essas trs vertentes: poluio (ltimo estgio da degradao), degradao ambiental (alterao na qualidade do bem ambiental, causada por uma atividade humana), e impacto ambiental (toda alterao, positiva ou negativa, do bem ambiental, de ordem fsica, qumica, biolgica, por uma atividade humana).Sistemas de atuao (caiu uma questo dessa na prova de marcar X! Voc tinha que marcar a alternativa correta! Na prova ele usou as expresses: preveno, reparao e represso! Eu errei a porcaria dessa questo porque eu fiquei procurando a expresso: recuperao ao invs de reparao , e ai, como eu no achei, eu marquei N.D.A! Ento, presta ateno nisso: REPARAO diferente de RECUPERAO, e como voc pode verificar abaixo, o certo REPARAO. Eu errei, porque alm de ter visto isso 10 minutos antes de comear a prova, eu fiquei com o PRADE na cabea: projeto de recuperao de rea degradada, me ferrei! CUIDADO, portanto):Preventiva = ex.: por meio do licenciamento. Reparatria = ex.: PRADE (projeto de recuperao de rea degradada).Repressiva = sano penal. Lei 9605 (lei de crimes ambientais) tutela penal.Dano ambiental:

Conceito: O que o dano? Degradao do bem ambiental (s existe a negativa).Modalidades: so duas: I - do prprio bem ambiental (quando atinge, por exemplo, uma APP: ao ascender uma fogueira na beira do rio); II a terceiros (quando atinge, por exemplo, o bem do vizinho pasto : ao ascender uma fogueira na beira do rio).Caractersticas do dano:De difcil reparao: o bem ambiental (cultural, artificial, natural, laboral...) de difcil reparao, nunca mais vai ficar igual, por mais que voc tente, no voltar a sua forma original.De difcil delimitao: at onde vai o dano? No consegue delimitar quais as espcies atingidas, no consegue delimitar a sua extenso.

De difcil valorao: existem alguns bens ambientais praticamente invalorveis (exemplo da feira central) no se consegue quantificar a perda existente.

Formas de reparao:

Recuperar o bemIndenizaoResponsabilidade frente ao bem:Quem responsvel pelo dano ambiental? Ns temos duas modalidades, dois tipos de responsabilidade: a objetiva e a subjetiva (se discute se o elemento realmente deu causa ao dano, para que ele possa ser responsabilizado, se a ao dele foi realmente de causar o dano).

Na rea ambiental s existe um tipo de responsabilidade: a objetiva! No existe a subjetividade. Independe de qualquer situao. E isso explicado pela Teoria do Risco Integral (voc assume a sua atividade, seja ela qual for).

Pressupostos da responsabilidade:

*Evento danoso: qual o limite? Parmetros? Subjetividade do julgador.*Nexo causal: complexidade (difcil delimitao devido amplitude; muito complexo determinar esse dano); inverso do nus cabvel (facultado quele que atribuiu a responsabilidade provar que no ele o responsvel).

Se no fecha o nexo causal, no h responsabilidade.Consequncias da responsabilidade:

Prescindibilidade de culpa: independe de culpa (tenho nota fiscal, foi recomendado por um especialista, eu tinha licena... no interessa); independe se houve vontade: dolo ou culpa.Irrelevncia da licitude: no interessa se foram obedecidos todos os meios legais, se eu estava certo ou estava errado. A responsabilidade objetiva e voc ter que arcar.Inaplicabilidade de excludente: no cabe nenhum tipo de excludente (fora maior ou caso fortuito).

Responsabilidade solidria:

Cabe responsabilidade solidria (e todos vo arcar de maneira proporcional, j que no d para saber quem foi o responsvel nesse caso).Juiz prevento frente ao dano:

Existe? Sim! No caso ambiental, diferente das outras reas, no se discute a origem do fato. Aonde ocorreu o dano? O evento danoso? Se em mais de um local, qualquer um deles pode ingressar com a ao (ocorrendo a recepo por aquela comarca puxa tudo). Porque no no local onde ocorreu o dano, mas onde est localizado o dano. Se um rio inteiro foi prejudicado, todos os locais por onde passa o rio, podero entrar com a ao.