p2 - ambiental (com as respostas da prova) (1).doc
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AULA 1
Introdução:
O Código Florestal foi construído na década de 30, mais precisamente em 1934
(através do Decreto Lei), e na época ele só tinha o intuito, era uma reserva (no caso,
buscava-se uma reserva energética, porque a matriz energética do país era lenha, o
carvão, então toda propriedade rural deveria destinar uma parte de suas matas para
estratégia energética, ou seja, tinha que deixar um pedaço, mas ninguém deu bola para
isso, e isso, durante muita década, ninguém dava bola, mesmo com o Novo Código
Florestal, que foi em 1965, através da Lei 4.771, essa Lei sofreu muita modificação ao
longo da trajetória até agora em 2012, muitas Medidas Provisórias, e ela já trouxe uma
nova ideia, ela trouxe a ideia do bem ambiental, então o Código Florestal de 1965 já
trabalhava uma ideia de reserva biológica, reserva da fauna e da flora, começou-se a
pensar no ambiente já em 65, mesmo assim, muita gente, quase ninguém, dava bola para
a tal da Lei do Código Florestal, para você ter uma ideia, na década de 70, ninguém
queria terra em Coxim, São Gabriel do Oeste, Rio Verde, e hoje? Hoje nego briga por
um palmo de terra, porque descobriram que plantando soja dava dinheiro. E ai,
começou-se, com esse pensar ambiental, a tentar fazer cumprir a lei, só que nesse
descaminho da lei houve toda uma história de rivalidade, ninguém tinha reseva legal,
ninguém tinha APP consolidada, estava usando APP em beira de rio (até hoje!) e isso
foi se regularizando, foi tentando aplicar, através de algumas Medidas Provisórias foram
mudando tamanho de reserva, mudando as exigências: exemplos financiamento em
banco público: só com reserva legal constituída (você não conseguiria fazer nenhum
empréstimo rural, para que você possa fazer um desenvolvimento na sua propriedade
sem ter a reserva constituída, tem que primeiro regularizar a reserva). APP: passivo
ambiental, não podia ter passivo; inversão tributária; passar a propriedade para os
filhos ou vender, tinha que ter reserva, só passa a escritura com a reserva averbada,
então foi uma maneira de tentar forçar, regularizar, tanto a reserva quanto as APP’s.
Agora o empresário, o dono da terra, assume o compromisso, assina um termo de
compromisso que ele vai regularizar a reserva, e ele tem um prazo (dois anos, três anos),
e esse prazo está vencendo, só que o prazo está vencendo e agora com o nosso
novíssimoíssimoíssimo (o outro era novo, esse é novíssimo) Código Florestal, que a Lei
n. 12.651, que foi promulgada, sancionada pela Dilma com ressalvas (porque ela vetou
muita coisa, porque ela é muito pró ruralista, ela então vetou e editou a MP 571/12 para
não ficar o quê? Ficar um vazio legislativo, porque essa lei aqui revogou as disposições
em contrário, revogou o antigo Código Florestal, o Novo Código Florestal de 65 foi
revogado, não existe mais, e aquilo que ela vetou na nova lei, ficou sem nenhuma
diretriz jurídica, como é que faz? Como é que aplica? Então editou a MP, que foi
votada, foi aprovada, passou a incorporar a Lei 12.651, só que ela já foi votada com
ressalvas, com mudanças, então essa novela não acabou ainda).
Então hoje nós vamos tratar da Área de Preservação Permanente (APP) frente à
lei velha e a lei nova.
Sequência dos tópicos que ele passou na lousa:
Área de Preservação Permanente (APP)
Então, a primeira coisa: O QUE É ÁREA DE PRESERVAÇÃO
PERMANANTE?
APP é aquela área que não pode ter intervenção (lembram-se da diferença entre
preservar e conservar?). Preservar é não intervir. Então, Área de Preservação
Permanente é não intervenção sempre! Nunca intervém! Como toda regra tem exceção,
nós vamos ver que alguma coisa pode fazer. Essa é a regra, só que qual é a realidade?
Não é essa, certamente. Tem gente que tem casa na APP, tem gente que tem casa
/mansão na beira do rio.
Essa normativa e essa discussão trabalha em cima de uma data fixa: 22/07/2008
– dali para trás o que se encaixou aqui dentro fica regularizado, dali para frente, não!
Essa data foi a última modificação do Código Florestal.
MATACILIAR – MATA GALERIA – (ZONA RIPÁRIA):
Faixa de vegetação ou não ao longo do rio. Lembra um cílio. É aquela área
(faixa marginal). Conceito: é a faixa marginal ao longo dos rios podendo ter ou não
vegetação. Não se pensa, quando fala mataciliar, que propriamente tem que ter a mata
(tem regiões que tem pedra na beira do rio, não tem mata, e ai? É um passivo? Houve
degradação? Não, ali não nasce nada! Mas é uma faixa marginal, e é uma APP, não
pode construir nada ali).
A identificação da margem do rio sempre vai ser com a corrente do rio. Está
descendo, lado direito (é o seu lado).
A título de conhecimento APPCRH: Área de Preservação Permanente
Confrontante (está de frente para o rio) com Recurso Hídrico.
AMAZÔNIA LEGAL:
É uma área geopolítica que a norma tratou de estabelecer para identificar e
normatizar a questão da APP, a questão da reserva legal, a questão de incentivos
tributários. Ela compreende Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Tocantins, Parque do
Tocantins, Parque do Mato Grosso etc. Ela foi muito detalhada no Código Florestal de
65, tanto é que essa Amazônia Legal se divide em duas: Amazônia Legal Floresta e
Amazônia Legal Cerrado. E qual é a importância disso? Muito! Porque a reserva legal
na Amazônia Legal Floresta é 80% (ou seja, você só tem 20% de terra para usar). E na
Amazônia Legal Cerrado? 35% (caiu uma questão na prova – verdadeiro ou falso!
Ele colocou outra porcentagem que não essa! Na minha prova, ele colocou 30 hectares,
o que já está totalmente errado. 1º) porque não é 30, mas sim 35; e 2º) porque não é
hectares, mas sim porcentagem). Existe uma grande diferença! Você não paga ITR
sobre APP, sobre reserva legal, mas somente sobre a área produtiva (aquilo que
você pode usar) (isso é importante você saber, volta e meia tinha algo nas questões
relacionado a isso).
RESERVA LEGAL:
É aquela área na sua propriedade aonde você tem restrição de uso, embora a área
seja sua, está dentro da sua matrícula, você não pode usar. É uma restrição
administrativa de uso. Tem uma função ecológica, de interesse e relevância ecológica,
que vai depender da região, com isenção tributária também (será melhor explanado na
próxima aula).
Essa reserva legal poderá estar com vegetação ou não. A característica dela é
vegetação regional, não necessariamente floresta, pode ser campo.
ÁREA RURAL CONSOLIDADA:
É aquilo que você está usando na sua propriedade (nada mais é que aquela área
que você ocupa na sua propriedade, seja para casa, plantar, criar boi, ou seja, tudo
aquilo que você usou). Por que quê é importante vocês saberem isso? Porque se cair
uma perguntinha sobre pousio, você vai ver que o pousio, que é uma área em descanso,
e foi uma das brigas da Dilma com a bancada ruralista, porque eles queriam que o
pousio (é uma área que você abandonou na fazenda, porque a terra é muito fraca, deu
erosão, desgastou, você não tem mais interesse em usar e que você deixa ela separada
lá). Pela Nova Lei, toda área de pousio é considerada área consolidada. Qual a
importância disso? Se você tiver área consolidada na beira do rio de 2008 para trás,
você não precisa recompor, continua usando! Então pousio é a área abandonada, o mato
sujo, que não tem pasto, não tem nada. A proposta do Governo é de quatro anos, e os
ruralistas dobraram para oito anos, ou seja, tudo aquilo que estivesse em área de
descanso de 2008 para trás até 2000, era considerada área de pousio (para a bancada
ruralista), ai teve a briga e a Dilma mudou e passou para quatro. O que a norma fala é o
seguinte: que deverão ser adotadas provas materiais. A norma fala: se você tirar a
vegetação nativa primária (vegetação virgem, que nunca foi tocada), a partir do
momento que você tirou e edificou, a área ficou consolidada. Se você abandonou?
Virou pousio. E ai a Lei incorporou as áreas abandonadas como área consolidada (como
se fosse área ativa, área em atividade). Pasto é área consolidada. Toda aquela área que
você ocupou antropicamente (antrópica: ação do homem). Então toda área antropizada
na sua propriedade é considerada área rural consolidada, ou seja, teve uma atividade.
PEQUENA PROPRIEDADE RURAL:
Antes (Lei n. 4.771 – Código Florestal de 65 – Novo Código Florestal): o
conceito é o mesmo, o que mudou é o tamanho e a maneira de dimensionar isso.
Conceito : é aquela propriedade de uso familiar (ou seja, é a família que trabalha
nela), para sustento próprio, podendo ou não usar mão de obra de terceiros.
Era considerada pequena propriedade rural, na Amazônia Legal de Pantanal,
propriedade até 150 hectares (50 hectares em regiões de seca). O Norte de Mato Grosso
é Amazônia Legal Cerrado, então lá a pequena propriedade rural também será de 150
hectares. E para baixo? Para baixo não, porque daí será 30.
Agora, não existe mais isso! Independe de Amazônia Legal, período da seca
– atualmente considera-se pequena propriedade rural propriedade de até 4 módulos
rurais – cada Município tem o seu módulo rural (em Campo Grande/MS 1 módulo é
igual a 25 hectares, logo, 4 módulos correspondem a 100 hectares) (caiu uma questão na
prova – verdadeiro ou falso! Ele colocou 5 módulos rurais ao invés de 4; disse que se
fosse na Amazônia Legal seria “x” módulos, o que também está errado, porque
independe de Amazônia Legal, período de seca).
USO ALTERNATIVO DO SOLO (é a área para desmatar)
Quando você tem uma vegetação nativa, você arranca a sua superfície pela
primeira vez e faz uso dela alternativo: pecuária, industrial etc.
Uso alternativo do solo se confunde com área rural consolidada. Uso alternativo:
a partir do momento que você tirou a cobertura vegetal pela primeira vez, você está
tendo o uso alternativo do solo. Ex.: desmatei, plantei soja, lá no seu cadastro no
INCRA, qual é o uso alternativo do solo? Soja, porque eu arranquei a vegetação natural
e plantei soja (ou pecuária).
MANEJO SUSTENTÁVEL:
É aquilo que você pode fazer e que a lei permite, que você não vai
descaracterizar, não vai impactar. Então, na reserva legal, que nós já vimos o conceito, é
uma área que você não pode utilizar (você pode tirar o fruto, pode tirar o subproduto,
mas não pode fazer corte raso, desmatar).
UTILIDADE PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL:
A APP não pode sofrer intervenção (regra geral), mas eu falei para vocês que
tem exceção. Uma das exceções é essa daqui: utilidade pública e interesse social. O
Poder Público pode!
ATIVIDADE DE BAIXO IMPACTO:
É aquela que não degrada o meio ambiente e que também é permitido na APP. O
homem e o animal podem adentrar em uma APP, desde que não degrade o bem
ambiental (uma vaca que entrar em um rio, para beber água, não vai degradá-lo, agora
100, 200 de uma só vez, não dá!).
Você puxar, por exemplo, uma mangueira/tubo/cano para captar água do
rio para a sua sede, não é proibido, é permitido, não é nem licenciado, não se precisa
licenciar isso no órgão ambiental, apenas pedir uma autorização, não depende de
licença, depende só de autorização. (caiu uma questão na prova – verdadeiro ou falso!
Ele colocou que não precisava de autorização, mas como você pode ver precisa! E mais
uma coisa: os exemplos acima não foram os mesmos usados na prova, ele falou em:
ponte, aqueduto etc. Só para você saber!).
VEREDA:
É uma área típica de nascente. Se juntar várias nascentes, você tem uma vereda.
E a característica da vereda é o Buriti, onde tem um Buriti tem uma vereda, porque o
Buriti só nasce em vereda.
MANGUEZAL:
É a área que sofre a influência das marés (vai e volta), tem muita raiz aérea.
Também é uma APP. O manejo tem que ser sustentável.
RESTINGA:
É uma faixa de areia que vai se acumulando próximo à costa, que forma um
braço, no Rio tem aquela famosa restinga de marambaia.
NASCENTE (ou OLHO D’ÁGUA):
Uma área sempre com barro, sempre escorrendo água. Também é APP.
VÁRZEA:
É uma área úmida, que sofre influência do rio. O nível do rio faz adentrar um
pouco de água naquela região constantemente e aquilo fica um terreno alagadiço,
brejoso.
ÁREA ÚMIDA:
É aquela que uma hora está molhada, outra hora está seca. Típica: é o pantanal (é
uma grande área úmida), que tem o ciclo das cheias e vazantes.
TABULEIRO:
Lembra-se de tabuleiro de bolo. É uma área plana que se encontra em platôs, em
serras, em montes. É APP? Não. O que é APP é a borda do tabuleiro. Dentro do
tabuleiro: é tudo área utilizada; agora a faixa/borda do tabuleiro é APP. Borda do
tabuleiro = 100 metros e não pode ser ocupada.
POUSIO:
Já foi explanado.
LEITO SAZONAL E LEITO REGULAR (ADORA COBRAR EM PROVA):
Leito sazonal: o que é uma sazonalidade? É aquilo que muda, que não é rígido.
Portanto, o leito sazonal é o leito mutável (não se aplica mais).
E o leito regular: é aquele que está constante (é o que se aplica agora).
O Código florestal de 65 era muito bem aplicado nos rios de calha, ou seja, nos
rios de planalto.
DUNAS:
É aquilo que vocês sabem, na areia né? Tem dunas em Santa Catarina, nos
Lençóis Maranhenses.
Aquilo que é móvel não é APP. A duna viajante, essa não é APP, porque ela é
móvel. Agora, duna fixa (ex.: morro do careca, em Natal) é APP.
APP’S DE RIO:
FAIXA MARGINAL:
- Rios cujo leito tem até 10 metros ---------- 30 metros de APP (o resto deixa
de ser APP e pode ser ocupado) – o Código Florestal de 65 falava isso, só que
ele falava que, a largura do rio no seu maior leito sazonal (inaplicabilidade da
lei). Agora mudou, agora por essa lei 12.651, é o leito médio regular.
- 10m a 50m ---------- 50m
- 50m a 200m ---------- 100m
- 200m a 600m ---------- 200m
- + 600m ---------- 500m
Então, não existe APP maior no Brasil que seja 500m.
AULA 2 – FALTEI (continuação da aula de APP [entorno de lagos e lagoas em
diante] e o início da aula de Reserva Legal [até características] – vide xerox)
AULA 3
Reserva Legal (continuação)
CRITÉRIOS (a serem adotados frente à regularização) E PRESSUPOSTOS:
A lei, tanto a lei nova quanto a lei velha – isso ai não mudou, o Código Florestal
de 65 (Lei 4.771) – elencaram essas três situações para regularizar (regularização da
Reserva Legal):
Regeneração: você veda, fecha, podendo, inclusive, usar na regeneração
espécies exóticas precursoras (critérios). O que é espécie exótica precursora? Se
você tem uma terra desnuda, seca, sem proteção = planta eucalipto na reserva
legal! Nesse caso aqui, é aceito o plantio de eucalipto como espécie exótica
precursora em um espaçamento bem grande, que a gente chama de não
comercial. O que acontece? Faz sombreamento, protege do vento, seria a
regeneração bem mais rápida, e serve de proteção, de abrigo. E ai o que você
faz? Depois de três, quatro, cinco anos você corta o eucalipto e vende. Pronto!
Regenerou. Ele serve de suporte na verdade! É um critério que pode ser adotado!
Logicamente que a regeneração só se é permitida espécie nativa, se é
regeneração, ela vai regenerar alguma coisa que é natural. Árvore frutífera não é
regeneração é recomposição, porque regenerar é deixar voltar na natureza, então
não há que se falar em espécies exóticas. Agora recomposição é plantio, ai sim!
Para a nossa prova, vale frutífera (a lei muda toda hora, ai o professor teve
que adotar um posicionamento)!
Recomposição: é outro método facultativo para a regeneração. Já a
recomposição não é deixar a natureza vir, é você plantar! Então aqui no plantio
continua o critério de um vinte avos (1/20). O que é o critério de um vinte avos?
Em qualquer lugar do Brasil, que não seja Amazônia Legal, sem medo de errar:
é 20%. Amazônia Legal! Opa! Ai sim: é na floresta? É no cerrado? Ai ou é 80,
ou é 35, ou campos gerais que é 20. Fora Amazônia Legal, tudo é 20%, em
qualquer lugar do Brasil. Recompor é o plantio, tem duas maneiras: ou eu planto
(dependendo da APP) uma parte e deixo o mato limpo, que eu faço uma
consociação de regeneração e recomposição; ou eu planto as espécies nativas
(ex.: soja). Então, eu pego e vou constituir (regenerar ou recompor) para
regularizar. Se eu for recompor, que é o plantio, eu posso (a lei me faculta)
plantar 50% nativas e (intercalada ou consorciada) 50% exóticas. A frutífera é
na APP e não na reserva. Eu posso fazer a exploração dessa exótica, a lei me
permite que eu faça o manejo florestal: ou seja, com uma autorização, tirar
espécimes da espécie (eu não posso tirar tudo), e não é permitido o corte raso
(ou seja, desmate) – essa atividade está restrita, mas o manejo florestal, que não
implique uma degradação da reserva eu posso fazer. Da mesma maneira que são
critérios da reserva legal, eu posso extrair o subproduto: folhas, fruto, casca etc.
Pode, portanto, ser meio a meio (exótica e nativa), não só exótica, mas pode ser
só nativa (melhor ainda). Essa questão da frutífera pegou pelo seguinte: a norma
não trouxe, na sua explicitude, que tipo de frutífera. A nativa pode ser frutífera,
lenhosa etc.
E compensação: compensar é dar alguma coisa. Na lei antiga (Lei n. 4.771/65),
era exigido na compensação que ela fosse feita na mesma microbacia – é a bacia
do rio que passa na sua propriedade ou próximo dela; micro: é a menor de
todas – (preferencialmente) ou então, ou se não, na mesma bacia (ou seja, na
grande). É uma medida pela qual você não aceita aquilo ali, então alguma coisa
tem que fazer (nesse caso, eu não quero a minha reserva na minha propriedade,
mas eu tenho que ter reserva na propriedade, então a lei te faculta a
compensação. Você vai dar alguma coisa no lugar. Ex.: eu tenho 1.000 hectares
tudo plantado de soja, e a lei fala que eu tenho que ter 20% de reserva, são 200
hectares. Pela lei antiga eu multiplicaria por 25, a lei nova, não mais. Então, eu
só vou dar de compensação 200 hectares. A lei antiga falava que tinha que ser
preferencialmente na mesma microbacia, se não, na bacia. Agora mudou!
Essa lei não mais traz o índice e também não mais se exige que seja na
mesma bacia, é no mesmo bioma. (caiu na prova! Foi o que eu te expliquei! A
questão era de marcar X, e você tinha que dizer quais das alternativas não era
uma característica da compensação. Na nossa prova: estar localizada na mesma
bacia hidrográfica isso está errado, porque hoje é no mesmo bioma). No caso,
agora, a lei trouxe uma inovação: não mais é exigido que seja na mesma
bacia ou microbacia, mas sim, no mesmo bioma ex.: eu tenho uma
propriedade em Campo Grande, cujo bioma é cerrado, eu compro lá no
Maranhão uma área de cerrado e dou em reserva. Simplesmente isso! Cumpri a
função ecológica? Mesmo regional? Não! Qual é a paisagem? Cerrado! Cumpri
porque a lei fala – no mesmo bioma. Para o professor, a compensação só é válida
tecnicamente se, pelo menos, na mesma bacia, porque você vai contemplar área
de reserva com o mesmo valor paisagístico, dentro daquela bacia, você não está
fugindo da função dos pressupostos. Agora, no mesmo bioma é muito amplo). O
termo é: você vai constituir reserva. Compensação é dar em reserva. No nosso
exemplo não é 200 hectares? Eu vou ter que escolher (são três critérios):
1. Comprar uma propriedade no mesmo bioma (o primeiro critério)
exemplo: Fulano tem 210 hectares de propriedade do mesmo bioma que a
minha propriedade, e ele está vendendo! Eu não tenho que dar em reserva
200 hectares? Então, se eu comprar uma propriedade eu não posso pegar
essa propriedade e dar em reserva? Ele está vendendo! Dos 210 hectares,
dou em reserva 200, e os outros 10 posso explorar (construir uma casa etc.).
Só que aonde eu enfio a reserva legal da propriedade do Fulano que está
vendendo a propriedade dele? Ou não tem que ter reserva lá? Eu só posso
dar alguma coisa que é minha. A reserva não é minha! Não é uma restrição?
Não tem restrição de uso? Ora, eu posso usar a reserva? Não! Qual é a
reserva da propriedade do Fulano? Eu não posso usar 200 hectares da
reserva dele! Por que qual que é a reserva dele? [210 – 42 = 178] Eu só
posso usar 178 hectares (não tem rio, não tem APP, só mata fechada). Dá
para contemplar? Dá para eu dar em reserva? Só tem uma possibilidade ai! A
lei permite isso: eu compro a propriedade do Fulano, dou uma parte em
compensação e o resto eu faço regeneração ou recomposição do que faltar
aqui dentro [178 – 200 = 22], então, 22 hectares é o que falta na minha
compensação. O órgão ambiental vai aceitar, desde que, o que faltar, eu dou
em regeneração ou recomposição! Cumprindo o corredor ecológico etc. Só
nesse caso! Se não, não adianta! Porque a lei fala: toda propriedade rural
deverá ter reserva legal. Então, se eu tiver uma propriedade de 1 hectare eu
vou ter que ter reserva legal.
2. Qual é a outra maneira de dar a compensação? Eu não preciso comprar a
propriedade! O Fulano não usa toda propriedade – só que não quer desmatar,
quer deixar para a proteção ambiental – e já tem a reserva legal formada. O
que o Fulano faz? Constitui quotas – quotas de reserva legal – cada quota é
1 hectare. Se eu quiser adquirir quotas de reserva legal eu posso comprar do
Fulano, 200 quotas, isso se chama reserva em condomínio, porque em
condomínio? Porque está na fazenda de outro! Eu não vou receber a
propriedade, não passa para o meu nome! A minha reserva está na
propriedade do Fulano, lá no CAR vai constar: reserva legal da Nathali: 200
hectares – vai estar lá o memorial descritivo da reserva. Quotas de reserva
legal constituída: 200. Quem que é o dono? Fulano (também vai constar
memorial descritivo) essa área não pode mais ser mudada (caiu uma
questão na prova! Era verdadeiro ou falso! Na minha prova falava que a
reserva legal podia ser mudada/deslocada para outra área, desde que não
trouxesse prejuízo para o meio ambiente! Como visto, isso está errado! Uma
vez constituída a reserva legal, não pode mais ser alterada, ainda que em
benefício do meio ambiente!). Quem comprar a área vai ter que comprar
com isso dentro, porque o Fulano vendeu a área, isso foi escriturado,
averbado! Fica como reserva legal minha. Cumpre todas as características,
como se reserva legal sua fosse, ou seja, imutabilidade de destino, isenção de
tributo etc., só que não está no meu nome, está no nome do Fulano, a
propriedade continua sendo dele. Só que lá no cadastro consta como minha
reserva! Eu regularizei a minha! Eu comprei quotas! Quando o Fulano for
vender a propriedade, quem comprar, logicamente, como ele também não
pode usar, essa área você vai ter que descontar os 200. Porque quando você
vende a sua propriedade, toda propriedade tem que ter reserva legal, então já
está embutido no preço a sua reserva, ninguém deixa de pagar por causa
disso. Agora, os 200 hectares de quota que eu tenho, não está embutido no
preço, porque não vai poder usar! Você só pode dar quota de área útil! Você
só pode dar em compensação de área útil, ou seja, aquilo que você pode usar
para atividade laboral.
3. Qual é a outra maneira de fazer compensação? Comprando quota dentro de
Unidade de Conservação. Ex. Parque da Bodoquena (eu posso comprar
quota lá dentro). E ai você compra, no caso, 200 quotas. Ai, a minha reserva
estará dentro do Parque! E eu declaro isso no CAR e pago para o Governo.
As Unidades de Proteção Integral podem ter atividade econômica? Não.
Então, elas praticamente têm a mesma característica de reserva legal. Área
útil eu tenho a plena liberdade de fazer o que eu quiser, inclusive vender
como quotas de reserva legal. Então são esses os critérios adotados para a
questão da compensação!
Inovação da lei: se você não tem mais nenhuma área na sua propriedade para
desmatar (uso alternativo do solo) você poderá dar em reserva a própria APP
(não é nem compensação, nem recomposição, nem regeneração). Se você tiver
passivo da APP, você tem a obrigação de recuperar pelo processo de
regeneração, recomposição ou misto. Você recupera! Na reserva legal, não é
questão disso, de você recuperar, você tem a obrigação sobre a APP; sobre a
reserva legal, se você tiver, independente do tamanho da propriedade, nem mais
um palmo de terra para desmatar, eu posso dar APP. E quem conservou? E
quem manteve? Se quiser dar APP em reserva ele não pode, porque ele tem área
que poderia pedir desmate! Agora, quem não tem mais nenhuma área para
desmatar, você pode dar APP para continuar usando. Se faltar área, pode usar os
três critérios, o que não pode é ter área para desmatar, ai não é aceita APP.
Qual é o critério a ser adotado para regularização? Uma das características é
cumprir o corredor ecológico. Um dos pressupostos da reserva legal é que ele forme um
corredor ecológico. O que é corredor ecológico? Caminho. A sua reserva legal tem que
formar (obrigatoriedade) um corredor ecológico, se não o órgão ambiental não libera.
Como? Juntando a sua reserva com a reserva do vizinho, e sucessivamente. As espécies
vão andar pelo corredor, cumprindo, assim, a função ambiental. Isso ai é um critério a
ser adotado e ser observado, tem que cumprir esses pressupostos.
Tem que cumprir outro pressuposto: que é o paisagístico. Qual é a paisagem?
Árvores? Então a sua reserva legal tem que ser espécies nativas do tipo: árvores, tem
que cumprir a paisagem, o valor ambiental do bem! A sua reserva tem que ser da
mesma paisagem do seu Município, tem que ter o mesmo valor ambiental, paisagístico.
Então são pressupostos e critérios que tem que ser adotados.
O “um vinte avos” mencionado é o tempo de prazo máximo para regularização,
na recomposição. Ex.: nem todo mundo tem dinheiro para plantar 200 hectares de uma
vez. Então a lei, sensível à questão econômica e social, ela te dá um prazo: é um vinte
avos. No nosso exemplo, você vai ter que plantar 10 hectares por ano (durante vinte
anos); mas você pode plantar 20 hectares de 2 em 2 anos (você pode propor isso). Esse é
o prazo para regularização, ou seja, para a constituição da reserva legal (em 20 anos
você tem 100%). Nós temos um prazo de dois anos, a partir da vigência da lei
(agosto/2012), para regularizar a reserva legal (tem que fazer a declaração no CAR –
tem que fazer esse cadastro) – antes era averbação na matrícula do imóvel no cartório.
NA PROVA CAIU UMA QUESTÃO ACERCA DAS
CARACTERÍSTICAS DA RESERVA LEGAL! ERA DE MARCAR X! VOCÊ
TINHA QUE FALAR QUAL NÃO ERA! NA NOSSA PROVA: AVERBAÇÃO
EM CARTÓRIO (PORQUE NÃO É MAIS UMA CARACTARÍSTICA DA
RESERVA LEGAL).
TINHA UMA QUESTÃO TAMBÉM, SÓ QUE DE VERDADEIRO OU
FALSO, QUE TODO MUNDO FICOU EM DÚVIDA! FALAVA MAIS OU
MENOS ASSIM: na reserva legal a averbação é facultativa, precisando apenas do
registro no CAR (cadastro ambiental rural. Obs.: você tem que saber o significado da
sigla, porque dessa ele não explicou na prova). EU MARQUEI VERDADEIRO,
PORQUE HOJE A EXIGÊNCIA É APENAS DO CADASTRO (ANTES A
REGULARIZAÇÃO DA RESERVA LEGAL SE DAVA POR MEIO DA
AVERBAÇÃO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL, HOJE É POR MEIO DO CAR).
AGORA, O FATO DE A AVERBAÇÃO SER FACULTATIVA OU NÃO, PEGOU
UM POUCO, PORQUE A MEU VER, TEM QUE TER AVERBAÇÃO A
TITULO DE BUROCRACIA, JÁ QUE TUDO É AVERBADO NA MATRÍCULA
DO IMÓVEL (PENHOR, HIPOTECA – A RESERVA TAMBÉM TEM QUE SER
AVERBADA).
ALGUMAS QUESTÕES DA PROVA NÃO DAVAM PARA ENTENDER
O QUE ELE ESTAVA QUERENDO. ESSA DA AVERBAÇÃO ERA UMA.
OLHANDO O QUE EU ESCREVI PARECE FÁCIL, MAS NÃO É ASSIM QUE
ESTÁ ESCRITO NA PROVA DELE, EU SIMPLIFIQUEI, DIGAMOS ASSIM!
CAR: é uma das características da reserva legal – cadastro ambiental rural –
tem o prazo de um ano para ser implantado (algumas secretarias já estão trabalhando
com o CAR).
PRA: programa de regularização ambiental – não foi implantado ainda.
AULA 4
Licenciamento ambiental
Normativas das linhas gerais sobre licenciamento: resolução CONAMA 001/86
trouxe os primeiros rabiscos, o primeiro entendimento sobre licenciamento, sobre
desenvolvimento de estudos ambientais. Aonde, se fala, já em 81 (a política nacional do
meio ambiente já trata em seu art. 10 sobre a questão do licenciamento). Foi modificada
pela Lei Complementar 140/2011. Existe um artigo extenso de um japonês (Toshio
Mukai), ele desceu a lenha porque a ideia dele da questão de competência para licenciar
é que o município tem todas as condições de licenciar qualquer tipo de atividade. E na
competência, a questão do licenciamento em empreendimentos, a competência para o
licenciamento de atividades que se utilizam (não que exploram) de recursos
naturais é exclusiva do Estado. Existia essa prerrogativa (artigo 10 da lei da
Política Nacional do Meio Ambiente).
Então toda atividade que se utilizasse de recurso natural, exemplo: minério
de ferro –> a competência era exclusiva, até 2011, do Estado (ex.: siderúrgica) . Isso
caiu por terra, com essa Lei Complementar 140/2011, ela veio alterar, entre outras
coisas, e principalmente, o artigo 10 da Política Nacional do Meio Ambiente, não
mais é competência exclusiva, alterou-se: passando a ser o ente federado
competente (não fala quem é). Então, acabou a exclusividade .
CAIU UMA QUESTÃO DESSA NA PROVA, VALENDO 1,5, DE MARCAR
X! FOI UM SACO RESOLVER ELA, PORQUE ALÉM DE TE INDUZIR A ERRO,
VOCÊ NÃO SABIA O QUE ELE QUERIA! POIS BEM, TINHAM VÁRIAS
ALTERNATIVAS E VOCÊ TINHA QUE COLOCAR O X NA ALTRNATIVA
CERTA. NA MINHA PROVA ERA MAIS OU MENOS ASSIM: a lei complementar
140/2011 alterou a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente a qual regulamentava
a competência exclusiva dos Estados para licenciamento de atividades que utilizavam
os recursos naturais. ESSA ERA A ALTERNATIVA CORRETA! NA PROVA ELE
FALAVA NAS OUTRAS ALTERNATIVAS QUE A LEI COMPLEMENTAR
ALTEROU A RESOLUÇÃO CONAMA 001/86 (o que não é verdade); FALAVA QUE
A COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DOS ESTADOS ERA PARA LICENCIAR
ATIVIDADES QUE EXPLORAVAM OS RECURSOS NATURAIS (o que também
não é verdade).
O que é o licenciamento ambiental?
Existem dois tipos de licenciamento: licenciamento ambiental e administrativo.
Os dois vão resultar em licenças. Só que existe uma diferença: a licença administrativa,
preenchidos os pré-requisitos, ou seja, a entrega documental (CNPJ, contrato social,
vistoria do bombeiro, vistoria da Secretaria de Saúde), obrigatoriamente o Poder
Público tem que te dar a licença, não tem discussão!
No ambiental: a diferença é mesmo entregando todos os documentos, (e nós
temos o documento chamado TR – termo de referência – que você recebe na primeira
fase da EPIA-RIMA, a primeira coisa que você vai ter é o TR – você vai receber do
Poder Público, seja a nível Municipal, Estadual ou Federal –, um documento de 5 a 6
folhas, assinado pelo Secretário do Meio Ambiente, onde ele faz a listagem (check-list)
de tudo aquilo que você tem que entregar, tem q fazer). Cumprindo todas as etapas, o
órgão ambiental pode não te dar a licença, porque existe discricionariedade
(oportunidade e conveniência). Ex.: não é conveniente para o Poder Público a instalação
da sua fábrica = não te dou a licença! Então a diferença entre a licença administrativa
comum e ambiental, é que nessa você tem aplicado o principio da discricionariedade.
Conceito de licença: na aula anterior foi dada a diferença de licença e
licenciamento (ambos fundamentados na resolução do CONAMA 237, artigo 1o, incisos
I e II).
O licenciamento ambiental é um ato, é uma operação, um processo
administrativo comum, como qualquer um a nível administrativo, onde cumprida as
etapas (juntada de documentos, prazo para análise), cumprido: resulta ou não em uma
licença, por conta do princípio da discricionariedade (conveniência, interesse do Poder
Público).
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental não se estuda apenas impacto negativo!
Estuda-se impacto positivo também.
Licença: é o resultado, é uma autorização de operacionalidade, que é uma das
etapas do licenciamento. Ao receber autorização para operar, eles vão te dar um prazo
para você operar. Não é nada definitivo, não existe uma licença ad eterna, licença
ambiental está sempre se renovando.
A natureza jurídica está explicitada na Política Nacional de Meio Ambiente, Lei
6938/81.
Princípio: não vou falar nenhum. São todos os princípios da esfera
administrativa. Não serão cobrados, mas são aqueles do direito administrativo: LIMPE
– Prevalência do Interesse Público sobre o Interesse Privado...
Competência para licenciar: salvo essas modificações feitas pela Lei
Complementar 140, que alterou, como que funciona agora? O órgão ambiental
competente será explicitado por meio de um comitê. Vai existir um comitê a partir de
então, e esse comitê a nível estadual vai dizer quais são os impedimentos que o
Município pode licenciar. O comitê vai ser formado por representes da União, dos
Estados e do Município e eles vão detalhar o que você pode licenciar. Então não se mais
trabalha, na lei “especificamente”.
O que não mudou: (1o) atividades que exploram os recursos naturais: o que quê é
explorar recursos naturais? Sempre que você tiver um valor agregado ele deixa de ser
natural. Ex.: madeira cortada é natural; carvão vegetal, por ter tacado fogo na madeira
deixa de ser natural. Areeiro explora, portanto, recurso natural. A venda de areia já não,
porque você transporta, então, agrega valor. Carvoaria não explora, está agregando
valor. Serraria sim!
Quem explora recurso natural? A competência é da União: IBAMA. Mas
essa competência não é exclusiva , é privativa: é da União, mas ela pode
delegar. E hoje o IBAMA está delegando quase tudo. Ex: reflorestamento, antes só
o IBAMA trabalhava nisso. Hoje o IBAMA joga tudo para o Estado (caiu uma questão
dessa na prova! Era de verdadeiro ou falso! Na minha prova falava que a União (por
meio do IBAMA) tem competência exclusiva para explorar os recursos naturais!
portanto, era FALSA essa alternativa! Como você pode verificar acima, a competência
da União para explorar recursos naturais é PRIVATIVA).
Quais são os outros licenciamentos? Quando o impacto direto (aquele que
envolve a região), atingir mais de dois Estados, quem vai licenciar é o IBAMA (União).
Ex: usina com impacto direto, atingindo MS e SP, nenhum dos dois vai licenciar. É a
União. O mesmo é verdadeiro se o impacto direto atingir mais de dois Municípios,
quem licencia é o Estado.
E o que é que o Município licencia? Três regras para ser dotado de competência
para licenciar: (1o) – essa já caiu por terra, porque o Presidente Lula mandou
descentralizar o licenciamento – Município ter mais de 22 mil habitantes (é
desconsiderado), porque justificaria você ter uma secretaria e pagar técnico; (2º) ter
constituído uma equipe multidisciplinar (esse ainda presente); (3º) e ter um conselho
municipal de meio ambiente (a União e os Estados já têm isso normalmente).
Contemplando esses três pressupostos: o Município pode licenciar. Município não
preenchendo esses pressupostos, o Estado é quem vai licenciar tudo. Porém, havendo
conselho, e a equipe multidisciplinar, ele tem a prerrogativa de licenciar (caiu uma
questão dessa na prova! Era de verdadeiro ou falso! Na minha prova o professor
colocou os três requisitos elencados acima, deixando a alternativa FALSA, portanto,
porque não se exige mais do Município 22 mil habitantes, bastando, para tanto, uma
equipe multidisciplinar e um conselho municipal de meio ambiente! A questão não
estava errada só por isso! Estava errada também, porque ao invés dele colocar: conselho
municipal de meio ambiente, ele colocou órgão municipal...). É por essas, e por outras,
que eu achei a prova dele meio chatinha, já que tinha esses detalhezinhos que você tinha
que saber).
Lei Complementar 140 (o que ela diz hoje): o licenciamento de atividades
potencialmente causadoras ou não de degradação, de impacto, e que se utilizam de
recurso natural deverão ser licenciados pelo órgão ambiental competente – não
havendo mais que se falar em competência exclusiva do Estado – o comitê formado
é que vai tratar do assunto (o comitê estadual vai ditar o que o Município pode licenciar)
(caiu várias questões dessa na prova, de verdadeiro ou falso, falando que o Estado tem
competência exclusiva! ISSO ESTÁ ERRADO! ANTES ERA ASSIM! HOJE NÃO É
MAIS!).
Então a competência hoje trabalha isso. A nível de União: aquilo que é
fronteiriço (BRASIL X PARAGUAI/ BRASIL X ARGENTINA) – quem licencia? A
União; atividades que exploram recursos naturais (competência privativa, ela pode
delegar) – no caso o IBAMA (Já falei anteriormente que isso foi cobrado em prova!
Então, ATENÇÃO com as palavrinhas: EXCLUSIVA E PRIVATIVA);
O Estado: quando o impacto direto é de dois Municípios quem licencia é o
Estado.
E o que quê o Município licencia, se é que ele licencia? Licencia tudo aquilo que
seja de interesse local, e que não seja de competência de outro.
Etapas do licenciamento: (Era a questão aberta da prova dele! Ele só pediu para
CITAR as etapas do licenciamento, nada mais! Então era só responder: Licença prévia,
Licença de instalação e Licença de operação).
LP (licença prévia) é a primeira etapa do licenciamento. Aqui você vai fazer o
estudo ambiental (juntada documental). Vai chegar lá, vai receber o TR e vai
juntar todos os documentos que eles pedem. E vai fazer o estudo ambiental.
Feito isso você vai para o jornal e para o Diário Oficial – informar que pediu a
licença – (publica uma vez só), isso é obrigatório (sob fiscalização do MP – sob
pena de ter cassada a sua licença a qualquer hora, você pode estar operando), em
qualquer tipo de licenciamento, quando você entregou os documentos (princípio
da publicidade). Ai eles vão analisar, e te dar a licença.
Toda licença tem prazo. Se você não solicita a próxima? Dançou!
Recebeu licença, corre lá no jornal de novo e no Diário Oficial e informa que
recebeu a licença.
Fazer isso nas três etapas: informar que solicitou e que recebeu a licença (os dois
momentos)! E daqui origina outra chamada: renovação. A renovação de licença de
operação é a parte mais complicada.
A parte ambiental (estudo e análise ambiental – impactos etc.) se concentra na
LP (licença previa).
Na LI (Licença de instalação) – ocorre a entrega de documentos de engenharia
da planta. Analisando, eles vão dar a licença de instalação.
Na LO (licença de operação) – quando você pedir e tornar público, eles vão com
uma equipe lá para ver se está tudo de acordo com o que vocês falaram! O PIF
ocorre aqui: incentivo florestal.
LI e LO é só entrega de documentos.
Tipos de licenciamento:
Mais complexo: EPIA-RIMA (depois nós temos o EAP). Qual que é a diferença? É
que este (EPIA-RIMA) poderá ou não ter audiência pública. No EPIA-RIMA o
oferecimento da audiência pública é obrigatório, a realização não (vai depender do
interesse dos legitimados – qualquer um deles, no prazo de 45 dias, a partir da
publicação do EPIA-RIMA – findo o prazo não é mais obrigatória a realização e ai o
órgão ambiental pode dar a licença, se ele der antes desse prazo o MP pode cassar a
licença. A audiência publica é realizada entre a LP e a LI) – vocês vão ver isso na
Resolução CONAMA 09/87. EM REGRA, A realização é facultativa (é isso que varia),
o oferecimento é obrigatório (isso não se discute), Porque em alguns Estados, e dentre
eles está o Mato Grosso do Sul, é obrigatório constitucionalmente a realização da
audiência pública (caiu uma questão dessa na prova, de verdadeiro ou falso. Na minha
prova, era verdadeira, uma vez que ele colocou na questão justamente o que está grifado
de amarelo).
Correm por conta do empresário: os custos com a audiência pública (direta e
indiretamente).
O que quê tem que ser contemplado na audiência pública? I - ampla
divulgação/publicidade (tem que ser publicado: em diário oficial e jornal de grande
circulação);
O EAP: não é obrigatório nem o oferecimento nem a realização de audiência pública
(em regra). Mas nada impede que se realize, desde que de comum acordo (empresário e
o órgão ambiental).
O LAS (licenciamento ambiental simplificado) ou RAP (relatório ambiental
preliminar) é bem simples, é só preencher papel, não tem audiência.
Existem outros documentos que tem a aparência de licenciamento, mas não é:
PRADE – projeto de recuperação de área degradada;
PAM – programa de alto monitoramento;
EAR – estudo de análise de risco (precaução); (o EIA é prevenção)
AULA 5
EPIA–RIMA: é o tipo de estudo mais complexo que se tem frente ao
licenciamento. Dividi-se em duas fases:
Na primeira fase: *o primeiro documento que você recebe é um Termo de
referência (TR); *a segunda situação/ação que é feita aqui: constituição de equipe
multidisciplinar; *diagnóstico ambiental (vai estudar o meio físico, biótico e
socioeconômico); *avaliação de impacto ambiental (estudo dos impactos positivos e
negativos); *medidas mitigadoras (diminuição do impacto); *programas de
monitoramento (que vai controlar o que eu estou expelindo, emitindo relatórios [a
empresa]); *entrega documental (caiu uma questão dessa na prova, de verdadeiro ou
falso, na minha prova era verdadeira: ele afirmava que o diagnóstico ambiental e a
avaliação de impacto ambiental fazem parte da primeira fase do EPIA-RIMA.
Se nós fossemos transportar essa primeira fase lá para as etapas do
licenciamento, ocorrem na LP (onde acontece tudo que é mais complexo).
Aqui, se alguém demandar você é obrigado a realizar a audiência pública (em 45
dias, a partir do oferecimento da audiência pública). Se não houve motivação de um dos
legitimados, o órgão ambiental poderá expedir a licença na modalidade prévia.
Na segunda fase: *entrega de pendências; *acompanhamento processual.
Eles vão estudar isso aqui, vão realizar ou não audiência, se estiver tudo ok, não
tem pendência, só vai ter o que? Acompanhamento processual.
*responder a pendência (se tiver). Pendência: alguma coisa que deixei de
apresentar satisfatoriamente para o órgão ambiental no estudo.
Todas as licenças podem ser renovadas. LO: é a única que não precisa
justificar (diferente da LP e LI).
Tutela Cível Ambiental
- Trabalha apenas o dano (tutela penal trabalha o crime).
Conceito: a área do Direito Ambiental que vai trabalhar a responsabilização
frente ao dano causado ao bem ambiental, seja ele em qual área for (meio ambiente
artificial, natural, cultural, laboral etc.).
Quando ocorrer um dano, há de se buscar a responsabilização.
A base conceitual trabalha essas três vertentes: poluição (último estágio da
degradação), degradação ambiental (alteração na qualidade do bem ambiental, causada
por uma atividade humana), e impacto ambiental (toda alteração, positiva ou negativa,
do bem ambiental, de ordem física, química, biológica, por uma atividade humana).
Sistemas de atuação (caiu uma questão dessa na prova de marcar X! Você tinha
que marcar a alternativa correta! Na prova ele usou as expressões: prevenção, reparação
e repressão! Eu errei a porcaria dessa questão porque eu fiquei procurando a expressão:
recuperação – ao invés de reparação – , e ai, como eu não achei, eu marquei N.D.A!
Então, presta atenção nisso: REPARAÇÃO é diferente de RECUPERAÇÃO, e como
você pode verificar abaixo, o certo é REPARAÇÃO. Eu errei, porque além de ter visto
isso 10 minutos antes de começar a prova, eu fiquei com o PRADE na cabeça: projeto
de recuperação de área degradada, me ferrei! CUIDADO, portanto):
Preventiva = ex.: por meio do licenciamento.
Reparatória = ex.: PRADE (projeto de recuperação de área degradada).
Repressiva = sanção penal. Lei 9605 (lei de crimes ambientais) – tutela penal.
Dano ambiental:
Conceito: O que é o dano? Degradação do bem ambiental (só existe a negativa).
Modalidades: são duas: I - do próprio bem ambiental (quando atinge, por
exemplo, uma APP: ao ascender uma fogueira na beira do rio); II – a terceiros (quando
atinge, por exemplo, o bem do vizinho – pasto –: ao ascender uma fogueira na beira do
rio).
Características do dano:
De difícil reparação: o bem ambiental (cultural, artificial, natural, laboral...) é de
difícil reparação, nunca mais vai ficar igual, por mais que você tente, não voltará a sua
forma original.
De difícil delimitação: até onde vai o dano? Não consegue delimitar quais as
espécies atingidas, não consegue delimitar a sua extensão.
De difícil valoração: existem alguns bens ambientais praticamente invaloráveis
(exemplo da feira central) – não se consegue quantificar a perda existente.
Formas de reparação:
Recuperar o bem
Indenização
Responsabilidade frente ao bem:
Quem é responsável pelo dano ambiental? Nós temos duas modalidades, dois
tipos de responsabilidade: a objetiva e a subjetiva (se discute se o elemento realmente
deu causa ao dano, para que ele possa ser responsabilizado, se a ação dele foi realmente
de causar o dano).
Na área ambiental só existe um tipo de responsabilidade: a objetiva! Não existe
a subjetividade. Independe de qualquer situação. E isso é explicado pela Teoria do
Risco Integral (você assume a sua atividade, seja ela qual for).
Pressupostos da responsabilidade:
*Evento danoso: qual o limite? Parâmetros? Subjetividade do julgador.
*Nexo causal: complexidade (difícil delimitação devido à amplitude; é muito
complexo determinar esse dano); inversão do ônus – cabível – (facultado àquele que
atribuiu a responsabilidade provar que não é ele o responsável).
Se não fecha o nexo causal, não há responsabilidade.
Consequências da responsabilidade:
Prescindibilidade de culpa: independe de culpa (tenho nota fiscal, foi
recomendado por um especialista, eu tinha licença... não interessa); independe se
houve vontade: dolo ou culpa.
Irrelevância da licitude: não interessa se foram obedecidos todos os meios
legais, se eu estava certo ou estava errado. A responsabilidade é objetiva e você terá que
arcar.
Inaplicabilidade de excludente: não cabe nenhum tipo de excludente (força
maior ou caso fortuito).
Responsabilidade solidária:
Cabe responsabilidade solidária (e todos vão arcar de maneira proporcional, já
que não dá para saber quem foi o responsável nesse caso).
Juiz prevento frente ao dano:
Existe? Sim!
No caso ambiental, diferente das outras áreas, não se discute a origem do fato.
Aonde ocorreu o dano? O evento danoso? Se em mais de um local, qualquer um deles
pode ingressar com a ação (ocorrendo a recepção por aquela comarca – puxa tudo).
Porque não é no local onde ocorreu o dano, mas onde está localizado o dano. Se um
rio inteiro foi prejudicado, todos os locais por onde passa o rio, poderão entrar com a
ação.
1. Conceitue licenciamento ambiental diferenciando de licenciamento
administrativo comum?
Existem dois tipos de licenciamento: licenciamento ambiental e administrativo.
Os dois vão resultar em licenças. Só que existe uma diferença: a licença administrativa,
preenchidos os pré-requisitos, ou seja, a entrega documental (CNPJ, contrato social,
vistoria do bombeiro, vistoria da Secretaria de Saúde), obrigatoriamente o Poder
Público tem que te dar a licença, não tem discussão!
No ambiental: a diferença é mesmo entregando todos os documentos, (e nós
temos o documento chamado TR – termo de referência – que você recebe na primeira
fase da EPIA-RIMA, a primeira coisa que você vai ter é o TR – você vai receber do
Poder Público, seja a nível Municipal, Estadual ou Federal –, um documento de 5 a 6
folhas, assinado pelo Secretário do Meio Ambiente, onde ele faz a listagem (check-list)
de tudo aquilo que você tem que entregar, tem q fazer). Cumprindo todas as etapas, o
órgão ambiental pode não te dar a licença, porque existe discricionariedade
(oportunidade e conveniência). Ex.: não é conveniente para o Poder Público a instalação
da sua fábrica = não te dou a licença! Então a diferença entre a licença administrativa
comum e ambiental, é que nessa você tem aplicado o principio da discricionariedade.
2. Quais os entes federados que tem competência licenciatória. Quais suas
particularidades?
Todos os entes federados têm competência para licenciar. Todavia, o órgão
ambiental competente será explicitado por meio de um comitê com representantes da
União, dos Estados e do Município vão detalhar o que pode licenciar, não mais se
trabalha na lei especificamente. O comitê estadual vai dizer quais são os impedimentos
que o Município pode licenciar.
3. O município tem que apresentar quais pressupostos para tem competência
licenciatória?
O município deve ter um conselho municipal de meio ambiente e equipe
multidisciplinar
4. Quais as etapas do licenciamento em geral?
LP (licença prévia) é a primeira etapa do licenciamento. Aqui você vai fazer o estudo
ambiental (juntada documental). Vai chegar lá, vai receber o TR e vai juntar todos os
documentos que eles pedem. E vai fazer o estudo ambiental.
Feito isso você vai para o jornal e para o Diário Oficial – informar que pediu a licença –
(publica uma vez só), isso é obrigatório (sob fiscalização do MP – sob pena de ter
cassada a sua licença a qualquer hora, você pode estar operando), em qualquer tipo de
licenciamento, quando você entregou os documentos (princípio da publicidade). Ai eles
vão analisar, e te dar a licença.
Toda licença tem prazo. Se você não solicita a próxima? Dançou!
Recebeu licença, corre lá no jornal de novo e no Diário Oficial e informa que recebeu a
licença.
Fazer isso nas três etapas: informar que solicitou e que recebeu a licença (os dois
momentos)! E daqui origina outra chamada: renovação. A renovação de licença de
operação é a parte mais complicada.
A parte ambiental (estudo e análise ambiental – impactos etc.) se concentra na
LP (licença previa).
Na LI (Licença de instalação) – ocorre a entrega de documentos de engenharia
da planta. Analisando, eles vão dar a licença de instalação.
Na LO (licença de operação) – quando você pedir e tornar público, eles vão com
uma equipe lá para ver se está tudo de acordo com o que vocês falaram! O PIF ocorre
aqui: incentivo florestal.
LI e LO é só entrega de documentos.
5. Quais os critérios obrigatórios a serem cumpridos quando das etapas
licenciatória?
6. Cite quatro tipos de licenciamento?
EPIA-RIMA, EAP, LAS Licenciamento ambiental simplificado ou RAP Relatório
ambiental preliminar
7. Quando se dá a audiência publica? Ela é obrigatória em todos os tipos de
licenciamento?
A audiência pública se dá a partir da publicação do EPIA-RIMA, no prazo de 45 dias. O
oferecimento é obrigatório,mas a sua realização não. Todavia, em alguns Estados a sua
realização é obrigatória como no MS.
8. Explique os procedimentos necessários para que ela ocorra?
- Audiência Pública: - Cumpre o Princípio da Publicidade e Participacao Social.
- Se não fizer a audiência estará violando os direitos do cidadão.
- O empreendedor irá publicar o extrato informando a audiência pública, com dia, horário e local. Tomando o cuidado que o extrato deve ser publicado com 45 dias de antecedência à audiência.
- Durante este período, o empreendedor vai alugar o local, colocar segurança, distribuir cartilhas para população, verificar se há necessidade de transporte para audiência.
- A audiência tem horário pra começar, mas não pra terminar, pois todos que estiverem participando da audiência têm direito de se manifestarem.
- Se a audiência não tiver quórum suficiente, ela é nula.
- Audiência Pública não é deliberativa, é só informativa e participativa.
9. Quais os procedimentos que acontecem na primeira etapa do
desenvolvimento do EPIARIMA?
EPIA–RIMA: é o tipo de estudo mais complexo que se tem frente ao
licenciamento. Dividi-se em duas fases:
Na primeira fase: *o primeiro documento que você recebe é um Termo de
referência (TR); *a segunda situação/ação que é feita aqui: constituição de
equipe multidisciplinar devidamente qualificada; *diagnóstico ambiental
(vai estudar o meio físico, biótico e socioeconômico); *avaliação de impacto
ambiental (estudo dos impactos positivos e negativos); *medidas
mitigadoras (diminuição do impacto); *programas de monitoramento (que
vai controlar o que eu estou expelindo, emitindo relatórios [a empresa]);
*entrega documental (caiu uma questão dessa na prova, de verdadeiro ou
falso, na minha prova era verdadeira: ele afirmava que o diagnóstico
ambiental e a avaliação de impacto ambiental fazem parte da primeira fase
do EPIA-RIMA.
Se nós fossemos transportar essa primeira fase lá para as etapas do
licenciamento, ocorrem na LP (onde acontece tudo que é mais complexo).
Aqui, se alguém demandar você é obrigado a realizar a audiência pública
(em 45 dias, a partir do oferecimento da audiência pública). Se não houve
motivação de um dos legitimados, o órgão ambiental poderá expedir a
licença na modalidade prévia.
10. E na segunda fase?
Na segunda fase: *entrega de pendências; *acompanhamento processual.
Eles vão estudar isso aqui, vão realizar ou não audiência, se estiver tudo ok,
não tem pendência, só vai ter o que? Acompanhamento processual.
*responder a pendência (se tiver). Pendência: alguma coisa que deixei de
apresentar satisfatoriamente para o órgão ambiental no estudo.
Todas as licenças podem ser renovadas. LO: é a única que não precisa
justificar (diferente da LP e LI).
11. Cite dois exemplos de macroecossistemas?
Pantanal, Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Cerrados. São grandes
biomas
10. Quais os elementos que compões os microecossistemas?
Unidade de conservação. Reserva Legal (toda propriedade rural tem que ter),
Area de Preservação Permanente
11. O que vem a ser SNUC? Qual a sua subdivisão e características específicas?
Sistema Nacional de Unidade de Conservação, que podem ser UPI – Unidade de
Proteção Integral (é todo protegido, não pode ter atividade laboral, somente atividade
controlada) e UUS – Unidade de Uso Sustentável ( é uma Área de Proteção Ambiental ,
não perde a propriedade, mas a atividade é controlada, são as mesmas da zona de
amortecimento, mas, são áreas distintas. São atividades controladas no entorno dos
parques, são zonas de amortecimento.
12. Cite as características próprias da reserva legal? É áraa de preservação
permanente que toda propriedade rural deve ter. Características: a) restrição
administrativa de uso. b) delimitação geo-espacial, tem que ter memorial
descritivo com marco.. c) gratuidade de constituição, não tem indenizacao.
d) isenção tributária. Não paga ITR.
13. O que vem a ser o CAR? O que ele substitui?
CAR é o Cadastro Ambiental
14. Quais os tipos de regularização da reserva legal?
Regeneração – deixar voltar a natureza
Recomposição é plantar
Compensação é dar reserva. Não é necessario que seja na mesma microbacia
ou bacia hidrográfica, mas no mesmo bioma
15. O que vem a ser pousio? E área consolidada de uma propriedade rural?
Agronomicamente falando, pousio é a área de repouso, considerada hj, no
máximo 5 anos. Mais do que isso é abandono. A área consolidada é a que foi desmatada
e está sendo utilizada. Considera-se o pousio como área consolidada.
16. Conceitue módulo rural?
17. Quanto ao percentual de reserva legal, qual sua subdivisão territorial frente a
tipologia normativa explicitada pelo código florestal atual? No Mato Grosso do Sul qual
o percentual de reserva legal a ser aplicado? E no Mato Grosso? Em São Paulo?
18. Quando da regularização da reserva legal e não havendo área de vegetação
nativa intacta, qual o critério que podem a vir a ser adotados quanto as espécies a serem
utilizadas?
Pode ser feita a regeneração, que a vedação da área até que a natureza se
regenere, podendo ser usada as espécies exóticas precursoras com espaçamento não
comercial, a fim de fazer sombreamento e proteção do vento. Pode ser utilizada espécies
frutíferas e depois exploradas comercialmente.
Ou pode ser feita a recomposição, que é a plantação
19. Quais os critérios a serem observados para se constituir a reserva legal na
pr’pria área da propriedade rural? E se locada em área que não a da propriedade rural?
20. Cite cinco áreas consideradas de preservação permanente?
Mata ciliar/zona riparia/mata galeria, vereda, manguezal, bordas dos tabuleiros,
duna fixa, encosta com declive >45º, topo de morro com altura >100m e inclinação 25º,
área de altitude >1.800 m.
21. Qual a diferença de leito sazonal e leito regular?
Leito sazonal é o leito que muda, que não é rígido e leito regular é que é constante.
22. Conceitua pequena propriedade rural?
São áreas pequenas áreas rurais em que se desenvolve atividade de subsistência,
com mão de obra de terceiros ou não, até 4 módulos rurais.
23. Quais os tipos de regularização das áreas de preservação permanente?
24. Qual a data limite estipulada pelo novo código florestal (Lei 12.651/12) para
regularização dos passivos encontrados em áreas de preservação permanente?
25. Quais os sistemas de atuação desenvolvidos na tutela civil ambiental?
PREVENTIVO visa antecipar, impedir o dano. EIA – licenciamento ex. meninos
de Deus
REPARATORIO obrigação de refazer, reparar – Termo de Ajustamento de
Conduta
REPRESSIVO sancionando , restrição de liberdade, tutela penal
26. Quais as modalidades de dano ambiental e quais as formas de reparação
frente ao dano?
Próprio bem ambiental
À terceiros
Forma de reparação : recuperação e/ou indenização.
27. Cite as características do dano ambiental?
Difícil REPARAÇÃO, DIFICIL VALORAÇÃO E DIFICIL DELIMITAÇÃO
28. Explique a teoria do risco integral em referencia a tutela civil ambiental?
É o risco assumido frente à atividade. Ainda que haja acidente provocado por
terceiros, o proprietário que desenvolve a atividade deverá responder pelo dano
ambiental, Tb
29. Apresente os pressupostos da responsabilidade civil ambiental?
Evento danoso
Nexo de causalidade
Consequências das responsabilidades
30. Quais as consequências da responsabilidade objetiva?
Independe de culpa, independe de ilicitude e independe de excludente, ainda
que haja dano causado por terceiros, o proprietário responderá pelos danos.
31. Quem são os legitimados para propor ação civil pública na seara ambiental?
1. MINISTÉRIO PÚBLICO, 2. OS ENTES FEDERADOS, 3. EMBRAPA,
IBAMA, ASSOCIAÇOES OU ORGAO AMBIENTAL , GREENPEACE,
32. Explique a figura do juiz prevento frente a propositura da ação civil pública
quando do dano ambiental?
O juiz que primeiro receber ação frente aos danos ambientais ocorridos, será o
prevento.
33. Qual o tipo de ação demandada frente a tutela penal ambiental?
Ação Penal Pública Incondicionada.
34. De que forma a pessoa jurídica pode ser penalizada frente ao crime
ambiental?
35. Quais os pressupostos que devem estar presentes para que possa se dar o
sursis penal na esfera penal ambiental ? e o sursis processual?
O art. 16, da Lei nº 9.605/98, reza que a suspensão condicional da pena pode ser
aplicada aos crimes de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três
anos. A suspensão condicional da pena é o chamado sursis, que significa suspender, e
"permite que o condenado não se sujeite à execução de pena privativa de liberdade de
pequena duração."
Os requisitos para a aplicação dos sursis estão previstos no art. 77, do Código
Penal, tendo em vista a subsidiariedade do Código Penal.
36. Cite três situações de aumento de pena na esfera penal ambiental? E de
diminuição ?
Art. 15 - São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio
ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder
Público, a regime especial de
uso;
f) atingindo áreas urbanas ou
As circunstâncias que atenuam a pena em crimes ambientais, estão
expressamente previstas pelo art. 14, da Lei nº 9.605/98, e são as seguintes: a) baixo
grau de instrução ou escolaridade do agente; b) arrependimento do infrator, manifestado
pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental
causada; c) comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação
ambiental, e d) colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle
ambiental.
37. Conceitue impacto ambiental?