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Departamento de artes e design Pesquisa de objetos colecionáveis - Toy Art: Materiais, novos materiais e sustentabilidade Aluno: Marcely Soares Rodrigues Orientador: Nilton Gonçalves Gamba Junior Introdução Este trabalho estendeu-se por oportunidades observadas em estudo finalizado em 2017.2, “ Pesquisa de objetos colecionáveis - Toy Art: materiais, processos e funções”. Através da práxis, a pesquisa anterior desenvolveu-se a partir de diversas criações com o objetivo de compreender as dificuldades da produção de Toys em vinil no Brasil e propor alternativas de produção e materiais. Atualmente, ainda sem deixar o campo prático, propomos o desenvolvimento formal de modelos Toy- Art com foco no apelo estético. Isso trouxe à caracterização do personagem, aprofundamento em estudos de representação simbólica da forma Toy para posterior criação. Tivemos como referência o estudo de Didi Hubreman em “ A sobrevivência dos vagalumes”, em que faz analogia dos pontos de vagalumes em um campo à sobrevivência de grupos culturais contra forças que massificam, enfraquecem e acabam com manifestações culturais menores. Nele, tivemos grande acréscimo em questões críticas que permeiam o tema “sustentabilidade” no meio comunicacional (que ocorre a partir da responsabilidade que criações têm para sustentar uma cultura) o que serviu como base para o entendimento e escolha de tema expresso no Toy criado, e também como objetivo de criação. Tivemos como tema escolhido os bate-bolas, grupo previamente estudado pelo laboratório Dhis/Puc-Rio (Design de histórias Puc-Rio). Populares no carnaval, esta tradição, organizada e marginalizada, possui um grupo enorme de criação e experimentação de materiais a cada ano, e enorme preocupação dos integrantes mais antigos para que a tradição seja conhecida por novos integrantes e não se dilua simplesmente no novo.

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Page 1: P e s q u i s a d e ob je tos c ol e c i on áve i s - T oy A r t: M ate r i … · 2018. 11. 8. · xxxxxxxxxxxxxpeças em caixas versus produção do molsexxxxxxxxxxxxx Figura

Departamento de artes e design

Pesquisa de objetos colecionáveis - Toy Art: Materiais, novos materiais e sustentabilidade Aluno: Marcely Soares Rodrigues Orientador: Nilton Gonçalves Gamba Junior Introdução

Este trabalho estendeu-se por oportunidades observadas em estudo finalizado em

2017.2, “ Pesquisa de objetos colecionáveis - Toy Art: materiais, processos e funções”.

Através da práxis, a pesquisa anterior desenvolveu-se a partir de diversas criações com o

objetivo de compreender as dificuldades da produção de Toys em vinil no Brasil e propor

alternativas de produção e materiais.

Atualmente, ainda sem deixar o campo prático, propomos o desenvolvimento

formal de modelos Toy- Art com foco no apelo estético. Isso trouxe à caracterização do

personagem, aprofundamento em estudos de representação simbólica da forma Toy para

posterior criação.

Tivemos como referência o estudo de Didi Hubreman em “ A sobrevivência dos

vagalumes”, em que faz analogia dos pontos de vagalumes em um campo à sobrevivência

de grupos culturais contra forças que massificam, enfraquecem e acabam com

manifestações culturais menores. Nele, tivemos grande acréscimo em questões críticas que

permeiam o tema “sustentabilidade” no meio comunicacional (que ocorre a partir da

responsabilidade que criações têm para sustentar uma cultura) o que serviu como base para

o entendimento e escolha de tema expresso no Toy criado, e também como objetivo de

criação.

Tivemos como tema escolhido os bate-bolas, grupo previamente estudado pelo

laboratório Dhis/Puc-Rio (Design de histórias Puc-Rio). Populares no carnaval, esta

tradição, organizada e marginalizada, possui um grupo enorme de criação e

experimentação de materiais a cada ano, e enorme preocupação dos integrantes mais

antigos para que a tradição seja conhecida por novos integrantes e não se dilua

simplesmente no novo.

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Trabalhando sempre através de um conceito muito similar e adequado ao Toy-Art,

os bate-bolas utilizam-se também da justaposição de ideias e a apropriação gráfica de

peças amplamente conhecidas. Tivemos o objetivo plástico de alcançar e reproduzir em

nosso modelo a base característica que diferencia a fantasia de bate-bola.

A maior parte da pesquisa se deu na concepção de alternativas e posteriormente em

modelos de clay e resina que foram sofrendo alterações com o desenvolvimento, tanto por

questões da forma e absorção do conceito quanto por problemas de produção.

Metodologia

Partimos da leitura de fontes técnicas e teóricas para iniciarmos um processo de 5 divisões:

Levantamento bibliográfico para processos de produção e escolha de tema,

Concepção de modelos de Toys, Análise Comparativa de tempo e custos dos processos.

Etapas

- Estudos de representação de Toys Art

- Aproximação com estudos do laboratório Dhis

- Estudos de forma

- Geração de alternativas

- Escolha de alternativa

- Produção inicial

- Estudo de campo através de dinâmica de grupo

- Análise pós campo;

- Refinamentos formais de Toys

- Produção e finalização de alternativas

- Documentação das etapas produtivas

Estudos de representação

Esta etapa teve a função de estudo gráfico para tornar a forma de bate-bolas reconhecíveis

na estética Toy-Art, sendo este o objetivo e desafio do estudo como um todo. As técnicas utilizadas

na concepção foram croquis rápidos como estudo mais inicial de uma alternativa, modelagem 3d e

em clay para melhor visualização de um desenho/conceito ou como alternativa à técnica de criação.

Iniciamos os estudos de ainda com a possibilidade de dois conceitos: Adaptar o modelo de

toy (quadrado e redondo) criados na pesquisa anterior ao tema de bate bolas; ou seguir uma estética

independente, buscando a melhor representação do tema ao modelo Toy. A dúvida partiria do

ponto sobre qual melhor definiria uma identidade característica que pudesse trazer uma

diferenciação no momento de pesquisa inicial.

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Figura 1.Estudo de Toy quadrado, linguagem usada anteriormente, mas agora

com maior apelo à estruturas dinâmicas e grafismos bate-bolas

Figura 2. Estudo de toy misto, entre o quadrado e redondo, com e sem grafismo

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Figura 3. Estudos de Toys readaptando a linguagem anterior

Seguir os modelos da pesquisa anterior readaptados traria continuidade ao conceito e

poderia ser um diferencial formal, no entanto,a pintura sobre a peça e os acessórios criados seriam

os maiores fatores de identificação com o tema “bate-bola”, não sua forma. Explorar novas formas

Toy apresentava maior potencial exploratório e melhor identificação sobre o tema escolhido

simplesmente com volume da peça, sem pintura, levou a ser o caminho com maior apelo ao tema

atual, caminho seguido posteriormente.

Figura 4. Buscando uma “nova forma”simplificada e com referência ao tema

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Figura 5. Híbrido, entre o conceito de forma bate-bolas e toy quadrado

Figura 6.

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Figura 7.

Sendo um dos maiores vendas no mercado por conta da boa forma aliada à possibilidade de

personalização, os toys Munny e Dunny, formaram referências para a continuidade da conceituação

do trabalho. Extraímos de tais toys referências de simplificação de formas como base para a

estética Toy-art. A forma amistosa através de linhas arredondadas e proporções infantilizadas junto

à intimidadora postura corporal desempenham a justaposição de ideias que gera o apelo estético do

Toy.

Figura 7. Toy Munny (à esquerda) e Dunny em sua “postura intimidadora”

A partir de então, realizamos os estudos iniciais pensando em três pontos: a simplificação

da forma, dinamismo e abertura à personalização.

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Figura 8.

Figura 9.

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Figura 10.

Figura 11.

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Figura 12.

Percebemos como os aspectos de dinamicidade tornaram-se importantes para maior apelo e

interesse à forma além de contribuir para compreensão dos próprios bate-bolas como tema, visto

que eles estão sempre em movimento e assim sua forma é vista em suas aparições no carnaval.

Figura 13. Foto da fantasia de bate-bola em movimento realizada em estúdio

como pesquisa do laboratório Dhis

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Durante o processo, realizamos etapas de modelagem em clay e 3D para melhor

visualização de alternativas de conceitos que conseguiram aproximar-se dos parâmetros estipulados

e do objetivo de união entre estéticas toy/bate-bola.

Figura 14. Modelo de clay 1, realizado a partir de desenho de concepção prévio. Tentativa

de modelagem de pregas e volume de tecido no material em uma peça dinâmica e bastante

arredondada

Figura 15. Modelo de clay 2, criado pelo contato com o material tendo o objetivo

de gerar proporções infantis e robustas. Tentativa de modelagem de pregas e volume de

tecido no material, necessitando ainda de mais estudos formais.

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Através de tais estudos iniciais no material, notamos como pregas e, mais

simplificadamente, os grandes volumes de roupa seriam os maiores desafios e ao mesmo

tempo, uma das formas mais representativas da fantasia bate-bola que poderíamos

reproduzir. Ao mesmo tempo, questões técnicas apareceram na construção com o material,

que foram solucionados posteriormente com estrutura aramada de um esqueleto prévio,

que será melhor comentada na etapa de produção.

Mais estudos foram realizados sobre os grandes volumes característicos e tentativas de

simplificá-lo, testando caminhos de conceitos duais seja pela simples representação do tema em

formas arredondadas amigáveis e infantilizadas ou recorrendo à colocação de uma linha a mais

sobre a profundidade de interpretação ao gerar uma forma parcialmente amigável, com uma postura

provocativa ou apelando à robustez e grande exagero da desproporção dos membros do corpo.

Figura 16. Toy robusto

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Figura 17. Toy Robusto 2

Por fim, desenvolvemos o conceito final a ser reproduzido ao chegar numa forma

arredondada e com simplificação de linhas, que atende à características de interesse como o

dinamismo, volume e justaposição de significados (pesado e leve, amigável e perigoso, macio e

duro).

Figura 19. Estudo inicial em clay de alternativa final, tendo sua forma melhor definida

através do material contrapondo os desenhos de toys robustos em movimento

Produção

Neste trabalho, usou como base a pesquisa anterior, que aponta a produção para toy-art em

da resina poliéster cristal como melhor material e processo produtivo ao alcance do público em

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território nacional. ainda, apoia-se no livro o livro Plastik Surgery Handbook de Matt Jones

onde iniciar a pesquisa com o material clay, como pré produção para resina. Nele, é definido

que a produção ocorre a partir da construção e refinamento de uma matriz para moldagem em

silicone indo até o momento em que o toy de resina passou por todos os refinos.

As etapas produtivas tiveram tempo e custo catalogados e ocorreram em três momentos

diferentes, sendo os dois últimos antecedidos por oficinas realizadas com participantes de grupos

bate-bolas.

A. Produção pré oficina: Do clay à resina

Logo após a concepção, inicia-se com o elaboração da forma em clay até o melhoramento

relacionados à resina (preencher bolhas e lixar a peça). No processo relacionado ao clay, uma

estrutura aramada de alumínio é criada para estruturar a forma, sendo essencial para a feitura de

peças mais pesadas e com formas complexas no momento de criação, no entanto, ao moldar a peça,

alguns membros necessitam ser separados do corpo devido à problemas técnicos relacionados à

bolhas e desmoldagem. o que exige uma preparação das peças em clay para o momento de

moldagem.

Houve ainda o maior refinamento possível do clay para possibilitar o menor número de

erros em resina, assim, foi alisado por longo período de tempo e teve a finalização com a aplicação

de thinner na peça.

Figura 18.. Peça inicial, pouco acabada à esquerda, alisada à direita

Foi necessário a criação de caixas de madeira que abriga o silicone enquanto ele é utilizado

para tornar-se molde. Ao estar pronto, a matriz em clay é retirada e em seu lugar é despejada a

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Departamento de artes e design resina que, quando catalisada e retirada da peça, tem suas bolhas ou falhas muito grandes

preenchidas e todo o toy é passa por lixas até o valor 260.

xxxxxxxxxxxxxpeças em caixas versus produção do molsexxxxxxxxxxxxx

Figura. Criação de caixas para conter o silicone à direita e o molde pronto com resina sendo

catalisada à esquerda

Tempo total de 39h e 30min:

- Criação e refino da peça em clay: 10h

- Preparação para molde: 1h

- Catalização da resina: 1h e 30min

- Preparação e catalisação da resina: 7h

- Lixar peças: 20h

B. Oficina: Primeiro encontro

A intenção de tais oficinas foi exibir abertamente ao grupo nosso trabalho, entender

a percepção dos estudados sobre tal estudo e projetar revisões em nossas criações a partir

deste contato direto.

Realizamos etapas de exposição do conceito Toy-Art e posteriormente abrimos

espaço para desenhos dos participantes em sua própria interpretação sobre a linguagem dos

bate-bolas neste tipo de estética. Após esta primeira parte, nosso desenho conceito foi

apresentado e assim, pode-se realizar alterações em cima de uma cópia de nosso desenho,

previamente entregue.

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Figura 19. à direita, desenho inicial, e a direita, modificando a o desenho que

oferecemos para edição.

Obtivemos também, mesmo que não trabalhado a tempo neste estudo, um grupo de

material gráfico desenvolvido nos “desenhos base” que podem ser utilizados como estudo

posterior de grafismos a serem aplicados no toy.

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Figuras 20, 21,22 e 23. Representação de grafismos

C. Produção pós oficina: Da resina à resina

Ligado à primeira etapa, tem como objetivo a melhoria processual da produção, gerando

uma nova peça a partir da conformação do toy de resina gerado anteriormente(com todos suas

melhorias), em uma moldagem de silicone refinada, com potencial para reproduzir peças com

acabamentos melhores e assim, com maior rapidez.

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Figura 24. imagem processo de feitura de silicone à esquerda e molde parcialmente

preenchido com silicone à direita

Através da oficina gerada, além das qualidades técnicas objetivadas, pequenas mudanças

foram realizadas na forma. aumentou-se as partes visíveis das pernas, parte importante, onde as

meias aparecem e podem ser personalizadas no toy com seu grafismo.

Figura 25. Toy refeito à partir da remoldagem do tronco e braços já desenvolvidos

anteriormente, tendo as pernas refeitas e remoldadas para sua ampliação.

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Departamento de artes e design Tempo total de 14h e 30min:

- Preparação para molde: 1h

- Catalização da resina: 1h e 30min

- Preparação e catalisação da resina: 7h

- Lixar peças: 5h

Em paralelo, um toy à linha do que foi proposto pelo grupo da oficina foi adequado e

produzido em resina. Nela, o processo retorna a iniciar com o clay, sem a sucessão de uma segunda

modelagem em resina para o refinamento do molde (como ocorrido no momento anterior) pois tem

como objetivo a materialização da forma conceituada, visto que a experiência e dificuldades

relacionadas ao processo em duas etapas foi testado com a elaboração da alternativa pré-oficina.

Tempo total de 14h e 30min:

- Criação e refino da peça em clay: 10h

- Preparação para molde: 1h

- Catalização da resina: 1h e 30min

- Preparação e catalisação da resina: 7h

- Lixar peças: 20h

Tabela IV. Comparação de custos e tempo entre processo de moldagem única e de remoldagem da peça finalizada

Tempo Custo

Moldagem única 39h e 30 min por peça reproduzida

R$ 128

Remoldagem da resina 39h e 30min + 14h e 30 min = 54h na peça matriz

R$ 256

Peça produzida em molde remoldado

14h e 30min por peça reproduzida

R$ 128

Conclusão

Por fim, para compreensão de custos e processo mais adequado à finalidade da venda em grandes quantidades, notamos que dar continuidade ao aperfeiçoamento do molde pela segunda moldagem em resina, apresenta maior custo inicial, porém, ao reduzir o número de horas de acabamento a cada peça reproduzida, apresenta maior potencial para a grande escala.

Existe a possibilidade de criação de toy-art ligado à culturas que necessitam de visualização assim como a pesquisada para sustentação de culturas assoladas pelo

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mainstream. O toy-art, acabou sendo uma saída para representação de tais figuras em um ambiente mais amplo e que oferece registro.

Encerramos o trabalho de concepção e produção com margem para estudos de aplicabilidade de tais criações em escala industrial ou utilizando tecnologias mais novas atravez da impressão 3d.