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Outubro/2015 – Nº 29

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BOLETIM AGROPECUÁRIO Nº 29, 15 outubro, 2015

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Governador do Estado João Raimundo Colombo

Vice-Governador do Estado

Eduardo Pinho Moreira

Secretário de Estado da Agricultura e da Pesca Moacir Sopelsa

Presidente da Epagri

Luiz Ademir Hessmann

Diretores

Ivan Luiz Bacic Desenvolvimento Institucional

Jorge Luiz Malburg Administração e Finanças

Luiz Antônio Palladini Ciência, Tecnologia e Inovação

Paulo Roberto Lisboa Arruda

Extensão Rural

Gerente do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) Reney Dorow

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BOLETIM DE ECONOMIA RURAL Nº 29

Boletim Agropecuário

Autores desta edição

Daniel Rogério Schmitt Glaucia de Almeida Padrão

Reney Dorow Rogério Goulart Junior Tabajara Marcondes

Florianópolis 2015

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Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) Rodovia Admar Gonzaga, 1347, Itacorubi, Caixa Postal 502 88034-901 Florianópolis, SC, Brasil Fone: (48) 3665-5000 Site: www.epagri.sc.gov.br E-mail: [email protected] Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) Rodovia Admar Gonzaga, 1486, Itacorubi 88034-901 Florianópolis, SC, Brasil Fone: (48) 3665-5078 Site: http://cepa.epagri.sc.gov.br/ E-mail: [email protected] Coordenação Glaucia de Almeida Padrão – Epagri/Cepa Elaboração Glaucia de Almeida Padrão – Epagri/Cepa Reney Dorow – Epagri/Cepa Rogério Goulart Junior – Epagri/Cepa Tabajara Marcondes – Epagri/Cepa Colaboração: Cleverson Buratto – Tubarão (UGT 8) Édila Gonçalves Botelho – Epagri/Cepa Evandro Uberdan Anater – Joaçaba (UGT 2) Getúlio Tadeu Tonet – Canoinhas (UGT 4) Gilberto Luiz Curti – Chapecó (UGT 1) João Rogério Alves – Epagri/Cepa Janice Waintuch Reiter – Epagri/Cepa Marcia Mondardo – Epagri/Cepa Mauricio E. Mafra – Ceasa/SC Saturnino Claudino dos Santos – Rio do Sul (UGT 5) Sidaura Lessa Graciosa – Epagri/Cepa Elvys Taffarel – São Miguel do Oeste (UGT 9) Wilian da Silva Ricce – Epagri/Ciram Revisão textual: João Batista Leonel Ghizoni (Epagri/GMC) Editado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) É permitida a reprodução parcial deste trabalho desde que citada a fonte.

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Apresentação

O Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), centro de pesquisa da Epagri,

tem a satisfação de disponibilizar o Boletim Agropecuário on-line. Ele reúne em um único

documento as informações conjunturais dos principais produtos agropecuários do estado de Santa

Catarina. Anteriormente, a publicação era por produto.

O objetivo deste documento é apresentar de forma sucinta as principais informações conjunturais

referentes ao desenvolvimento das safras, da produção e dos mercados para produtos selecionados.

Para isso, o Boletim Agropecuário contém informações referentes à última quinzena ou aos últimos

30 dias. Em casos esporádicos poderá conter séries mais longas e análises de eventos específicos.

Além das informações por produto, eventualmente poderão ser divulgados neste documento textos

com análises conjunturais que se façam pertinentes e oportunas, chamando a atenção para aspectos

não especificamente voltados ao mercado.

O Boletim Agropecuário pretende transformar-se em uma ferramenta capaz de auxiliar o produtor

rural a vislumbrar melhores oportunidades de negócios. Visa, também, fortalecer sua relação com o

mercado agropecuário por meio do aumento da competitividade da agricultura catarinense.

Esta publicação está disponível em arquivo eletrônico no site da Epagri/Cepa,

http://cepa.epagri.sc.gov.br//. Podem ser resgatadas também as edições anteriores.

Luiz Ademir Hessmann

Presidente da Epagri

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Sumário

Artigo ................................................................................................................................................................. 7

Colheita da cebola inicia com baixos preços e clima adverso ........................................................................... 7

Fruticultura ........................................................................................................................................................ 8

Banana ............................................................................................................................................................... 8

Maçã ................................................................................................................................................................ 10

Maracujá .......................................................................................................................................................... 12

Grãos ............................................................................................................................................................... 14

Arroz ................................................................................................................................................................ 14

Milho ................................................................................................................................................................ 17

Soja .................................................................................................................................................................. 20

Pecuária ........................................................................................................................................................... 23

Leite ................................................................................................................................................................. 23

Avicultura ......................................................................................................................................................... 28

Bovinocultura .................................................................................................................................................. 30

Suinocultura..................................................................................................................................................... 32

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Artigo

Colheita da cebola inicia com baixos preços e clima adverso Daniel Rogério Schmitt

Engenheiro-agrônomo – Epagri/Ituporanga [email protected]

No Alto Vale do Itajaí foi iniciada a colheita das variedades precoces de cebola. Os produtores estão

desanimados pelos baixos preços vigentes no mercado nacional. O clima chuvoso também preocupa, pois

causa perdas significativas por doenças que afetam a qualidade e a conservação dos bulbos. Além disso, o

solo encharcado restringe operações agrícolas como as pulverizações e a colheita.

Segundo o IBGE, neste ano a área cultivada em Santa Catarina é de 20.732ha, 7,4% superior à da safra

passada. A expectativa de colheita é de 557.000t e rendimento médio de 26.882kg/ha. Esse aumento de

cultivo supre a redução que ocorreu nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Assim, a projeção é que a

safra 2015/16 da Região Sul do Brasil seja de 833.7 mil t, volume levemente superior ao da safra passada.

Todavia, as fortes chuvas que castigaram as regiões produtoras no início da primavera, aliadas a problemas

mais localizados por queda de granizo, devem causar perdas significativas por bacterioses e dificuldades de

colheita e armazenamento, reduzindo consideravelmente a oferta líquida da Região Sul.

Atualmente, o mercado nacional é abastecido por cebolas das regiões Sudeste (MG e SP) e Nordeste

(principalmente BA) e de Goiás. Com o aumento da oferta em setembro e a importação excessiva de bulbos

de países da União Europeia, os preços despencaram. Após seis meses de carência do produto, com os

preços atingindo o recorde de R$4,00/kg para o produtor nos meses de inverno, a queda foi abrupta.

Atualmente, os cebolicultores brasileiros recebem menos de R$0,50/kg (classe 3), o que não cobre os

custos de produção.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em setembro as

importações brasileiras alcançaram 24.900t. Os maiores fornecedores foram a Holanda, com 14.400t, e a

Espanha, com 10.400t. Nos nove primeiros meses deste ano, as importações somaram 249.100t,

quantidade maior que o total das importações de 2014. A novidade é a liderança da Holanda, com 114.800t

vendidas em 2015. Superou pela primeira vez a Argentina, que, no mesmo período, exportou apenas

78.700t para o Brasil.

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Fruticultura

Banana Rogério Goulart Junior

Economista, Dr. − Epagri/Cepa [email protected]

Fonte: Epagri/Cepa.

Banana - Evolução do preço diário ao produtor em Santa Catarina

Fonte: Epagri/Cepa.

Banana - Evolução do preço diário no atacado em Santa Catarina

Na primeira quinzena de outubro de 2015, o preço ao produtor manteve-se constante para a caturra. Nos últimos 30 dias, o preço da prata desvalorizou em 16,7%. Já no mês de setembro, o preço da caturra diminui e o da prata permanece constante. No acumulado de 12 meses persiste a desvalorização de 20% no preço da caturra, enquanto a prata segue a tendência e valoriza 30,4%.

Na lavoura, a prata melhorou de qualidade e de preço; mas, a oferta é alta em setembro.

Nos últimos 30 dias, o preço no atacado para a banana-caturra e da prata desvalorizou em 3% e 7,4% respectivamente. Já no período de 12 meses permanece constante o preço da caturra, e o da prata diminuiu 16,7%. Na primeira quinzena, a prata voltou a desvalorizar em 3,8%, e a caturra em 3%.

A demanda pela prata tende a aumentar com o início da primavera, o que deve aumentar a demanda com a expectativa de recuperação nos preços praticados no mercado.

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(R$/cx 18 a 20kg)

Fonte: Epagri/Cepa e Ceagesp.

Banana – Preço médio no atacado – centrais de abastecimento de SC e SP

Banana – Preço médio ao produtor (R$/cx 21 kg)(1) nas principais praças do Brasil

Praça Data

Variação(%) 18/9/15 9/10/15

Bom Jesus da Lapa

Nanica 16,17 14,07 -13,0

Prata 16,17 12,18 -24,7

Norte de Minas Gerais

Nanica 12,60 12,60 0,0

Prata 14,70 12,60 -14,3

Vale do Ribeira

Nanica 18,90 19,74 4,4

Prata 13,23 14,70 11,1

Vale São Francisco

Nanica ... ... ...

Prata 12,60 14,70 16,7 (1)

Preço médio em R$/kg calculado para uma caixa de 21 kg.

Fonte: Adaptado de Esalq/Cepea.

Nas principais praças brasileiras, no início de setembro a expectativa era de baixa oferta da banana-prata no norte mineiro e na Bahia devido aos efeitos climáticos da seca e das altas temperaturas, e no Vale do Ribeira, pela qualidade afetada pelo baixo calibre da fruta paulista.

Durante o início da primavera, a fruta mineira melhora a qualidade na roça, com expectativa de alta nos preços, mas é acompanhada pelo aumento da oferta, o que afeta a cotação.

Na praça paulista, em outubro, ocorre chuva de granizo que afeta alguns bananais e casas da região definindo uma diminuição da oferta da banana-nanica, mas, com limitação na alta do preço devida à baixa qualidade da fruta de colheita antecipada. Já em Bom Jesus da Lapa o clima seco determina o baixo calibre da prata com muitas frutas de segunda que, juntas, tendem a diminuir os preços praticados.

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Maçã Rogério Goulart Junior

Economista, Dr. − Epagri/Cepa [email protected]

(R$/cx 18kg)

(1)

Cat. 1 = classificação vegetal para maçã referente a Instrução Normativa n.5 de 2006 do MAPA. (2)

O preço médio diário é média dos preços das diferentes praças catarinenses.

Fonte: Epagri/Cepa.

Maçã – Evolução do preço médio diário no atacado no estado de Santa Catarina(2)

Maçã – Preço médio no atacado(1) nas centrais de abastecimento em Santa Catarina e São Paulo

(R$/cx 18kg)

Centrais Data

Variação(%) 15/9/2015 13/10/2015

Florianópolis (Ceasa-SC)

Maçã Fuji 65,00 68,00 4,6

Maçã Gala 65,00 70,00 7,7

São Paulo (Ceagesp-SP)

Maçã Fuji 80,64 79,56 -1,3

Maçã Gala 77,76 78,12 0,5 (1)

O preço médio no atacado é o preço mais comum das centrais de abastecimento analisadas.

Fonte: Epagri/Cepa e Ceagesp.

Na primeira quinzena de outubro, manteve-se a recuperação dos preços, em 4% para a Fuji e 6% para a Gala. Nos últimos 30 dias o preço apresenta tendência de recuperação tanto para a Gala como para a Fuji. Já no mês de setembro as cotações estavam levemente valorizadas em 2% para a Fuji e 1% para a Gala. Mas, no acumulado de 12 meses, a tendência de aumento nos preços é revertida com diminuição de 4% para a Gala e 2% para a Fuji.

Em outubro, mantém-se a valorização dos preços da Fuji (AC) e da Gala com estoque reduzido.

No período entre setembro e outubro, na Ceasa-SC o preço médio no atacado para a variedade Gala se mantém valorizado, com menos frutas ofertadas, e o da Fuji é aquecido com frutas de qualidade.

Na Ceagesp, a maçã Fuji (graúda) apresentou leve queda no preço, com a concorrência das frutas de caroço na estação.

Nas próximas semanas a tendência é intensificar a comercialização da Fuji e aumentar o estoque de Gala para o mercado.

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Fonte: Epagri/Cepa e Cepea/Esalq/USP.

Maçã – Preço médio ao produtor nas praças de SC e RS

Maçã – Santa Catarina – Comparativo das safras 2013/14 e 2014/15

Microrregião

Safra 2013/14 Safra 2014/15 Variação %

Área plantada

(ha)

Produção (t)

Rend. médio (kg/ha)

Área plantada

(ha)

Produção (t)

Rend. Médio (kg/ha)

Área plantada

(ha)

Quant. prod.

Rend. médio

Joaçaba 3.698 141.330 38.218 3.698 140.192 37.910 0 -1 -1

Canoinhas 264 6.788 25.712 175 4.665 26.657 -34 -31 4

Curitibanos 1.088 41.419 38.069 1.088 41.656 38.287 0 1 1

Campos de Lages 12.688 443.520 34.956 12.634 427.175 33.812 0 -4 -3

Outras 9 140 30.000 9 140 30.000 0 0 0

Total 17.747 633.197 35.679 17.604 613.828 34.869 -1 -3 -2

Fonte: CGEA/LSPA/IBGE de set./2015.

No mês de setembro, houve chuva de granizo com cerca de 30% dos pomares em florada e polinização na Região Serrana e no Alto Vale do Rio do Peixe. A expectativa é a recuperação das plantas com a rebrota das macieiras afetadas pelo evento climático que é comum nesta época do ano nas regiões produtoras.

Em Fraiburgo, houve recuperação no preço recebido pelo produtor da Gala (Cat 1) com aumento de 4% no preço, e no preço da Fuji em 6,5%. Na região, os produtores estão se precavendo com proteção antigranizo e tratos culturais.

Em São Joaquim, o preço da Fuji e da Gala apresenta recuperação, com aumento de 5% e 11%, respectiva-mente. Com florada mais tardia, as chuvas de granizo previstas devem afetar pouco a região.

Em Vacaria, RS, os preços das duas variedades estão em recuperação, com a Gala aumentando em 10,5% e a Fuji 11%.

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Maracujá Rogério Goulart Junior

Economista, Dr. − Epagri/Cepa [email protected]

(1)

O preço médio diário é média dos preços das diferentes praças catarinenses.

Fonte: Epagri/Cepa.

Maracujá – Evolução do preço médio diário no atacado em Santa Catarina(1)

Fonte: Prohort/Conab.

Maracujá – Evolução mensal do volume catarinense negociado na

Ceagesp

Na última quinzena, o preço do maracujá grande se manteve estável e o do médio diminuiu em 6%. Nos últimos 30 dias o preço apresentou tendência de recuperação de 9,6% para o grande. Entre a primeira quinzena de agosto e setembro houve recuperação dos preços em 19% para o grande e 13% para o médio. No acumulado de 12 meses houve aumento de 7,5% no maracujá grande e queda de 5% no preço do médio.

O volume ofertado de maracujá catarinense tende a diminuir a partir de agosto, o que pode provocar aumento do preço da fruta no atacado.

O estado baiano é o maior produtor brasileiro de maracujá e mantém sua produção durante todos os meses do ano. No primeiro semestre, os preços tendem a ficar acima da média nacional, já que a fruta é mais consumida, tanto in natura como a polpa para concentrados de sucos diversos, bebidas e outros.

Na Ceagesp, a Bahia participou com mais de 63% do volume total negociado no entreposto em 2014. Santa Catarina foi o segundo, com cerca de 20% do total anual. Em 2015, nos meses de fevereiro e março, mais de 66% do maracujá negociado era de origem catarinense (Prohort/ Conab, 2015).

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Fonte: IBGE, 2014.

Maracujá – Evolução da produção e da área colhida no Brasil

Fonte: adaptado de Prohort/Conab.

Maracujá – Quantidade negociada por estado de origem - Ceagesp

Maracujá – Santa Catarina – Levantamento referente à safra 2012/13

Mesorregião Número de produtores

Área total (ha)

Área colhida (ha)

Produção (t)

Produtiv. média (kg/ha)

VBP (mil R$)

Part. (%)

Preço médio (R$/kg)

Sul Catarinense 354 734,1 725,0 13.480,0 18.593,1 19.053,46 88,9 1,41

Grande Florianópolis 91 104,0 104,0 1.745,0 16.778,8 1.655,00 7,7 0,95

Outras 48 46,3 45,2 624,3 13.811,9 717,00 3,4 -

Total SC 493 884,4 874,2 15.849,3 18.130,1 21.426,24 100,0 1,35

Fonte: Epagri-Cepa, 2013.

A produção mundial estimada para 2010 foi de mais de 1,6 milhão de toneladas (FAO, 2011; IBGE, 2014). O Brasil é o maior produtor e consumidor de mara-cujá, com 56,3% da produção mundial, seguido pelo Equador, com 24,1%. Os principais estados brasileiros produtores são: Bahia com 42,4% da produção, Ceará, (25,5%), Espírito Santo, (5,7%), Minas Gerias e Sergipe (3,9%), Amazonas (2,8%), São Paulo (2,7%), Pará (2,5%), Santa Cata-rina, (1,8%), Rio de Janeiro e Paraná (1,3%).

Entre os anos de 2011 e 2014, mais de 60% da produção catarinense foi negociada na Ceagesp, que é o principal destino da fruta no estado. Em 2014, o volume negociado no entreposto paulista gerou mais de R$33 milhões de valor bruto (Prohort/Conab).

No Sul Catarinense, os municípios de Sombrio, Araranguá, Santa Rosa do Sul, São João do Sul e Jacinto Machado somam mais de 80% da produção do Estado.

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Grãos

Arroz Glaucia de Almeida Padrão

Economista, Dra. – Epagri/Cepa [email protected]

(R$/sc 50kg)

Fonte: Epagri/Cepa.

Arroz irrigado – Evolução do preço médio mensal em Santa Catarina (jan./2012 a set./2015)

Arroz irrigado – Preço médio ao produtor nas principais praças de Santa Catarina – 2015

(R$/sc 50kg)

Praça 14/9/2015 13/10/2015 Var. mens. (%)

Rio do Sul 33,00 35,00 2,99

Sul Catarinense 33,90 37,40 5,04

Fonte: Epagri/Cepa.

Arroz Parbolizado – Preço médio no atacado nas principais praças de Santa Catarina – 2015

(R$/Fardo 30kg)

Praça 14/9/2015 13/10/2015 Var. mens. (%)

Rio do Sul 57,60 62,30 4,00

Sul Catarinense 55,80 62,80 6,09

Fonte: Epagri/Cepa.

Os preços médios mensais ao produtor de Santa Catarina em setembro de 2015 foram cerca de 0,2% maiores em relação ao mesmo mês de 2014 e 1,2% maiores em relação a agosto de 2015. Na primeira quinzena de outubro, o preço médio ao produtor nas principais praças do Estado apresentaram variação significativa nas praças de Rio do Sul e Sul Catarinense. No período de entressafra, associado ao aumento das exportações e consequente redução da oferta interna, há pressão de alta nos preços.

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(R$/sc 50kg)

Fonte: Epagri/Cepa.

Arroz em casca – Evolução das exportações mensais em Santa Catarina (jan./2013 a set./2015)

As importações catarinenses, por sua vez, são originárias principalmente do Uruguai, Paraguai e da Itália, e totalizaram US$3,578 milhões em 2014. Salienta-se que países como o Paraguai e a Itália vêm apresentando crescimento anual significativo do valor exportado para o Estado, o que deve ser observado com cautela, haja vista que o grão paraguaio possui características parecidas com o catarinense. Já o italiano vem ocupando nichos de mercado que o Estado possui potencial para suprir a demanda.

Nota: NI – Semeadura/Floração Não Iniciado; NC/S.Inf. – Não cultivado ou sem informação.

Fonte: Epagri/Cepa.

Calendário Agrícola – Evolução do plantio do arroz na safra 2015/16 por microrregião geográfica

As exportações de arroz em casca em toneladas, em Santa Catarina, foram antecipadas em relação aos dois últimos anos. Observa-se que a maior concentração ocorreu entre junho e agosto de 2015. Esse comportamento era esperado em função do bom desempenho da safra e dos baixos preços internos, o que impulsionou o produtor a voltar-se para o mercado externo. Em Santa Catarina, como no resto do mundo, o comércio internacional de arroz ainda é incipiente, uma vez que praticamente tudo que é produzido é consumido internamente.

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Arroz Irrigado – Santa Catarina – acompanhamento da safra 2015/16

Microrregião

Safra 2014/15 Estimativa Inicial

Safra 2015/16 Variação (%)

Área (ha) Quant.

prod. (t)

Rend. Médio (kg/ha)

Área (ha)

Quant. prod.

(t)

Rend. médio (kg/ha)

Área plant.

Quant. prod.

Rend. médio

Santa Catarina 148.129 1.087.232 7.340 147.446 1.101.498 7.471 -0,46 1,31 1,78

Araranguá 51.660 359.292 6.955 51.404 365.906 7.118 -0,50 1,84 2,35

Blumenau 8.235 65.600 7.966 8.379 67.138 8.013 1,75 2,34 0,59

Criciúma 20.869 149.740 7.175 20.773 150.441 7.242 -0,46 0,47 0,93

Florianópolis 3.110 17.336 5.574 3.095 17.336 5.601 -0,48 0,00 0,48

Itajaí 9.283 71.384 7.690 9.261 68.561 7.403 -0,24 -3,95 -3,73

Ituporanga 259 2.072 8.000 259 2.072 8.000 0,00 0,00 0,00

Joinville 19.811 157.487 7.949 19.736 166.576 8.440 -0,38 5,77 6,17

Rio do Sul 10.798 88.967 8.239 10.792 89.815 8.322 -0,06 0,95 1,01

Tabuleiro 146 1.238 8.479 146 1.238 8.479 0,00 0,00 0,00

Tijucas 2.690 20.300 7.546 2.690 20.300 7.546 0,00 0,00 0,00

Tubarão 21.268 153.816 7.232 20.911 152.115 7.274 -1,68 -1,11 0,58

Fonte: Epagri/Cepa.

O plantio do arroz encontra-se em estágio intermediário no estado de Santa Catarina. No total do Estado, cerca de 66% da área já foi semeada. Nas últimas semanas, no entanto, o plantio tem sido prejudicado pelo excesso de chuvas. Há ainda a expectativa de que algumas áreas sejam replantadas no sul do Estado pelo excesso de chuvas, resultando em aumento dos custos/prejuízos aos produtores. A expectativa inicial para a safra 2015/16 em Santa Catarina é que haja uma leve redução de 0,48% da área plantada e aumento de 1,31% da quantidade produzida em relação à safra anterior, totalizando 1,1 milhão de toneladas em uma área de 147 mil hectares.

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Milho Glaucia de Almeida Padrão

Economista, Dra. – Epagri/Cepa [email protected]

Fonte: Epagri/Cepa. Milho – Evolução do preço médio ao produtor em Santa Catarina

Preço médio do milho ao produtor nas principais praças de Santa Catarina – 2014/15

(R$/sc 60kg)

Praça 15/9/15 13/10/15 Var. mensal (%)

Canoinhas 24,80 S.Inf

Chapecó 25,50 27,00 5,88

Joaçaba 26,00 27,50 5,77

Rio do Sul 23,90 27,35 14,44

Sul catarinense 25,00 27,80 11,20

S. Miguel do Oeste 25,50 27,00 5,88

Fonte: Epagri/Cepa.

Os preços médios mensais em Santa Catarina no mês de setembro foram 24% maio-res do que os preços médios no mesmo mês de 2014. Isso se deve ao fato de em 2014 a safra ter sido muito expres-siva e resultado em preços menores. Em 2015, entre-entanto, a expectativa de efeitos adversos decorrentes do fenômeno El Niño, que podem resultar em redução na quantidade produzida, bem como a alta do dólar frente ao real, que tende a impulsionar o produtor a comercializar no mercado externo, fazem com que os preços apresentem tendên-cia crescente. Nas principais praças produtoras no Estado, o comportamento dos pre-ços não foi diferente. Sali-enta-se ainda que o período de entressafra do grão no Estado tende a exercer influência positiva nos pre-ços.

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Fonte: Epagri/Cepa.

Equivalência dos preços de soja e milho em Santa Catarina

Nota: NI – Semeadura/Floração Não Iniciado; NC/S.Inf. – Não cultivado ou sem informação.

Fonte: Epagri/Cepa.

Calendário Agrícola – Evolução do plantio do milho 1ª safra 2015/16 por microrregião geográfica

No mês de setembro, os preços do milho e da soja aumentaram em Santa Catarina em 9% e 8% respectivamente. Como o aumento no preço do milho foi maior do que no preço da soja, a relação de equivalência entre o preço dos dois produtos caiu 0,9% em relação a agosto, mas continuou favorável ao sojicultor. Considerando os custos de produção e o retorno obtido com a produção de soja, essa relação de equivalência no mês de setembro de 2015 foi igual a 2,65, ou seja, o preço da soja é quase três vezes maior do que o preço do milho, garantindo ao produtor maior rentabilidade ao produzir soja em detrimento do milho. Para a próxima safra (2015/16), mantida essa relação de equivalência, espera--se uma redução na área de milho, em torno de 5%. E essa área deverá ser destinada ao plantio da soja, apesar de a alta nos preços dos insumos aumentar os custos de produção.

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Milho 1ª safra – Santa Catarina – acompanhamento da safra 2015/16

Microrregião

Safra 2014/15 (1ª safra)

Estimativa inicial Safra 2015/16 (1ª safra)

Variação (%)

Área (ha)

Quant. prod.

(t)

Rend. médio (kg/ha)

Área (ha)

Quant. prod.

(t)

Rend. médio (kg/ha)

Área plant.

Quant. prod.

Rend. médio

Total 404.577 3.142.248 7.767 382.087 2.976.734 7.791 -5,56 -5,27 0,31

Chapecó 62.565 488.926 7.815 61.515 483.044 7.852 -1,68 -1,20 0,48

Joaçaba 62.877 531.140 8.447 55.022 464.234 8.437 -12,49 -12,60 -0,12

São Miguel do Oeste 46.900 333.070 7.102 40.250 313.740 7.795 -14,18 -5,80 9,76

Canoinhas 39.000 367.295 9.418 37.300 343.930 9.221 -4,36 -6,36 -2,09

Campos de Lages 35.500 233.622 6.581 35.500 233.622 6.581 0,00 0,00 0,00

Concórdia 33.750 232.006 6.874 33.350 228.966 6.866 -1,19 -1,31 -0,13

Xanxerê 31.150 286.662 9.203 30.410 279.702 9.198 -2,38 -2,43 -0,05

Curitibanos 27.258 270.358 9.918 22.951 226.078 9.850 -15,80 -16,38 -0,69

Rio do Sul 22.870 141.461 6.185 21.280 131.901 6.198 -6,95 -6,76 0,21

Ituporanga 11.390 79.488 6.979 10.890 76.218 6.999 -4,39 -4,11 0,29

Araranguá 6.079 33.365 5.488 7.123 39.304 5.518 17,17 17,80 0,54

Criciúma 6.417 37.920 5.909 6.830 41.690 6.104 6,44 9,94 3,29

São Bento do Sul 6.000 51.090 8.515 6.000 51.090 8.515 0,00 0,00 0,00

Tubarão 4.540 24.650 5.430 5.385 32.019 5.946 18,61 29,90 9,51

Outros 8.281 31.196 3.767 8.281 31.196 3.767 0,00 0,00 0,00

Fonte: Epagri/Cepa.

O plantio do milho 1ª safra encontra-se em estágio intermediário no estado de Santa Catarina. No total do Estado, 66,5% da área de milho já foi semeada. A compra adiantada de insumos e o tempo propício resultaram em plantio adiantado do grão no mês de agosto em comparação com as safras 2013/14 e 2014/15. Na primeira semana de outubro, enquanto há 66,5% da área semeada de milho na safra 2015/16, havia 57,2% e 62% nas safras 2013/14 e 2014/15 respectivamente. No entanto, a ocorrência de volumes excessivos de chuva nas duas últimas semanas atuou como um freio no avanço do plantio. A expectativa inicial para a safra 2015/16 em Santa Catarina é que haja redução de 5,56% da área plantada e 5,27% da quantidade produzida em relação à safra anterior, totalizando 2,97 milhões de toneladas em uma área de 382 mil hectares.

Fonte: Epagri/Cepa.

Calendário Agrícola – Comparativo da evolução do plantio do milho 1ª safra – Safras 2013/14, 2014/15 e 2015/16

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Soja Glaucia de Almeida Padrão

Economista, Dra. – Epagri/Cepa [email protected]

Fonte: Abiove.

Soja – Cotações da soja em grão posto no porto de Paranaguá (pronta entrega)

A forte valorização do frente ao real sustentou os preços em setembro. O período foi atrativo aos produtores, pois o período de entressafra resultou em preços melhores no mercado doméstico em razão do aumento da demanda da indústria esmagadora de soja. A consequência foi o aumento dos preços dos derivados. Durante o mês de setembro a evolução dos preços da soja em grão posto no porto de Paranaguá e negociados na modalidade spot foi crescente e resultou na maior média histórica desde 2012, quando houve quebra na safra e os preços do grão se elevaram significativamente. Na primeira dezena de outubro esse indicador voltou a cair, mas apresenta tendência crescente no início da segunda quinzena, haja vista que, apesar de a última semana ter sido marcada pela desvalorização do dólar ante o real, o mercado externo continua atrativo ao produtor nacional.

Soja grão – Preço médio ao produtor nas principais praças de Mato Grosso do Sul e Paraná

(R$/sc 60kg)

Praça 14/8/2015 15/10/2015 Var. (%)

Lucas do Rio Verde(1)

58,00 65,65 6,39

Primavera do Leste(1)

60,00 69,00 7,24

Sinop(1)

57,00 66,40 7,93

Sorriso(1)

58,00 67,50 7,88

Cascavel(2)

62,50 71,00 6,58

Londrina(2)

62,50 71,00 6,58

Maringá(2)

62,50 71,00 6,58

Ponta Grossa(2)

57,00 71,00 11,61

Fonte: ¹IMEA, ²DERAL/SEAB.

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Soja grão – Preço médio ao produtor nas principais praças de Santa Catarina (R$/sc 60 kg)

Praça 14/9/2015 13/10/2015 Var. Mensal (%)

Canoinhas 69,00 Sem inf. -

Chapecó 68,00 69,00 0,73

Joaçaba 70,00 70,50 0,36

Rio do Sul 66,45 68,88 1,81

SMO 68,00 69,00 0,64

Fonte: Epagri/Cepa.

Os preços nas principais regiões produtoras sofrem os reflexos da finalização da comercialização da safra de soja 2014/15. Em Mato Grosso e no Paraná, os preços aumentaram pelo menos 7% nos últimos sessenta dias. Isso se deve ao aumento da procura pelo grão nos principais estados produtores. Nessas regiões, o tempo propício e a antecipação da compra dos insumos por parte de alguns produtores permitiram que houvesse grande avanço do plantio, inclusive nas regiões oeste e norte do Paraná, onde o plantio ocorre mais tarde. Em Santa Catarina, os preços apresentaram variação positiva nos últimos 30 dias. O plantio, no entanto, segue lento em função do excesso de chuvas ocorrido nas últimas semanas, totalizando aproximadamente 5% da área prevista plantada no Estado.

Fonte: Esalq/Cepea.

Soja – Exportações mensais da soja em grão de Santa Catarina (2012 a 2015), em mil toneladas

As exportações de soja em Santa Catarina no mês de setembro ficaram 1,26% acima da média do mês entre 2012 e 2014, totalizando 39,21 mil toneladas. Apesar dos preços baixos para a commodity na última safra, a alta do dólar ante o real fez com que os produtores se voltassem cada vez mais para o mercado externo. O principal destino das exportações catarinenses é a China, que, sozinha, deman-da 84,5% do volume total.

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Nota: NI – Semeadura/Floração Não Iniciado; NC/S.Inf. – Não cultivado ou sem informação.

Fonte: Epagri/Cepa.

Calendário Agrícola – Evolução do plantio da soja safra 2015/16 por microrregião geográfica

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Pecuária

Leite Tabajara Marcondes

Engenheiro-agrônomo, M.Sc. – Epagri/Cepa [email protected]

Leite – Produção mundial e dos principais países – 2013

País Produção

(Bilhões de kg)

Participação

(%)

Índia 135,6 18,2

EUA 91,3 12,2

China 40,6 5,4

Brasil 34,4 4,6

Alemanha 31,1 4,2

Fed. Russa 30,5 4,1

França 24,6 3,3

Nova Zelândia 18,9 2,5

Turquia 18,2 2,4

Paquistão 17,2 2,3

Subtotal 442,3 59,2

Outros 304,4 40,8

Total Mundial 746,7 100

Fonte: FAOSTAT (http://faostat3.fao.org/download/Q/QL/S).

Não obstante essa concentração, nas últimas décadas houve significativas alterações na distribuição da produção mundial. O destaque é o fato de o Continente Asiático se tornar o maior produtor mundial, o que se deu não apenas pelo grande aumento da sua produção como também pelo decréscimo da produção europeia. A Europa é o único dos cinco continentes em que a produção recente é inferior à de tempos atrás.

Leite – Produção mundial segundo os continentes – 1980/2013

Ano Mundo África Américas Ásia Europa Oceania

Produção (bilhões de quilos)

1980 465,8 17,1 101,0 69,9 265,5 12,3

1990 544,2 21,5 118,2 108,4 282,1 14,0

2000 582,0 28,0 146,2 169,4 215,3 23,1

2013 746,7 45,9 185,9 270,4 216,0 28,5

Ano Participação na produção mundial (%)

1980 100 3,7 21,7 15,0 57,0 2,6

1990 100 4,0 21,7 19,9 51,8 2,6

2000 100 4,8 25,1 29,1 37,0 4,0

2013 100 6,1 24,9 36,2 28,9 3,8

Fonte: FAOSTAT (http://faostat3.fao.org/download/Q/QL/S).

Segundo dados da FAO, a produção mundial de leite no ano de 2013 foi de 746,7 bilhões de quilos. Embora dispersa por quase 200 países, apenas dez deles respondem por qua-se 60% dessa produção.

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Segundo dados preliminares de maio de 2015, a produção mundial segue essa trajetória de crescimento. A produção de 2014 foi estimada 3,05% acima da de 2013, e a de 2015 projetada em mais 2% sobre a estimativa de 2014. Considerando a produção mundial de 2013 (746,7 bilhões de quilos), isso significaria 769,5 bilhões de quilos em 2014 e 784,9 bilhões de quilos em 2015. A Ásia é a principal responsável por essas projeções de aumento, mas a produção deve aumentar em todos os continentes e na maioria dos países exportadores.

O Brasil é o quarto produtor mundial de leite. Embora diferentes dos dados da FAO, os dados do IBGE mostram que a produção leiteira brasileira cresceu a taxas bem maiores que as mundiais, o que só fez aumentar sua participação na produção mundial. Entre 2000 e 2013, a produção brasileira aumentou 73,3% contra 28,3% da produção mundial. Em termos, destaca-se o crescimento de 140,1% da produção na Região Sul, muito acima do das demais regiões (Tabela).

Leite – Produção por grandes regiões e do Brasil – 2000 e 2013

Região (Bilhões de litros) Var. de 2000

a 2013 (%)

Participação (%)

2000 2013 2000 2013

Sudeste 8,574 12,020 40,2 43,4 35,1

Sul 4,904 11,774 140,1 24,8 34,4

Centro-Oeste 3,080 5,016 62,9 15,6 14,6

Nordeste 2,159 3,598 66,6 10,9 10,5

Norte 1,050 1,846 75,9 5,3 5,4

Brasil 19,767 34,255 73,3 100 100

Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal.

Leite – Produção dos principais estados e do Brasil – 2000 e 2013

Estado

(Bilhões de litros) Var. %

2000 a

2013

Participação %

2000 2013 2000 2013

MG 5,865 9,309 58,7 29,7 27,2

RS 2,102 4,509 114,5 10,6 13,2

PR 1,799 4,347 141,6 9,1 12,7

GO 2,194 3,777 72,2 11,1 11,0

SC 1,003 2,918 190,9 5,1 8,5

SP 1,861 1,676 -9,9 9,4 4,9

BA 0,725 1,163 60,4 3,7 3,4

RO 0,422 0,920 118,0 2,1 2,7

MT 0,423 0,682 61,2 2,1 2,0

RJ 0,469 0,569 21,3 2,4 1,7

Subtotal 16,863 29,870 77,1 85,3 87,2

Outros 2,904 4,385 51,0 14,7 12,8

Brasil 19,767 34,255 73,3 100 100

Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal.

Entre os 10 estados maiores produtores de leite do Brasil destaca-se o crescimento da produção dos três estados da Região Sul e de Rondônia, o discreto crescimento da produção do Rio de Janeiro e a redução da produção de São Paulo. No período considerado, Santa Cata-rina é disparado o estado com maior percentual de crescimento. Quando se amplia a lista, estados com produção menos significa-tiva também apresentam crescimentos expressivos.

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Na última semana o IBGE divulgou os dados relativos à produção brasileira de 2014. Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), a produção brasileira foi 2,7% maior que a de 2013. A tabela não mostra isso, mas produzindo 12,201 bilhões de litros, a Região Sul passou a ocupar a posição de maior produtora, superando a Região Sudeste, que produziu 12,170 bilhões de litros. Muito embora os dados da PPM sejam levantados por critérios diferentes dos da Pesquisa Trimestral do Leite (PTL), também do IBGE, não deixa de ser curiosa a grande diferença entre os dados das duas pesquisas.

Leite – Produção total e adquirida pelas indústrias inspecionadas no BR e principais UF – 2013 e 2014

UF

Produção total (bilhões de litros) Produção inspecionada (bilhões de litros)

2013 2014 Var. %

2013-14 2013 2014

Var. %

2013-14

Minas Gerais 9,309 9,367 0,6 6,171 6,590 6,8

Rio Gde do Sul 4,509 4,685 3,9 3,460 3,431 -0,8

Paraná 4,347 4,533 4,3 2,818 2,972 5,5

Goiás 3,777 3,684 -2,4 2,446 2,685 9,8

Santa Catarina 2,918 2,983 2,2 2,118 2,340 10,5

São Paulo 1,676 1,777 6,0 2,532 2,525 -0,3

Bahia 1,163 1,212 4,3 0,327 0,364 11,4

Rondônia 0,920 0,941 2,2 0,782 0,760 -2,9

Mato Grosso 0,682 0,721 5,8 0,595 0,618 3,9

Pernambuco 0,562 0,657 16,9 0,212 0,228 7,4

Pará 0,539 0,554 2,7 0,320 0,311 -2,8

Rio de Janeiro 0,569 0,540 -5,1 0,496 0,512 3,1

Subtotal 30,971 31,654 2,2 22,277 23,334 4,7

Outras UF 3,284 3,520 7,2 1,276 1,413 10,7

Brasil 34,255 35,174 2,7 23,553 24,747 5,1

Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal e Pesquisa Trimestral do Leite.

No Boletim Agropecuário Nº 25 (consultar em http://www.epagri.sc.gov.br/?page_id=4743), a partir de dados dessas duas pesquisas (PPM e PTL) e censitários, procurou-se mostrar a possibilidade de a produção brasileira estar sendo estimada acima da real e destacou-se também que a fragilidade dos dados tende a aumentar à medida que eles são analisados nos âmbitos estadual e municipal. Essa divulgação dos dados de 2014 ajuda a reforçar esse último aspecto. No caso de Santa Catarina, por exemplo, chamam a atenção os decréscimos importantes na produção de regiões em que a atividade está em franca expansão e os comportamentos de produção completamente heterogêneos em microrregiões próximas e de características gerais de produção não muito distintas.

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Leite – Produção de Santa Catarina segundo as meso- e as microrregiões – 2013 e 2014

Micro- e Mesorregião Geográfica

Milhões de litros Var. % 2013-2014 2013 2014

São Miguel do Oeste 606,7 642,4 5,9

Chapecó 752,4 784,4 4,3

Xanxerê 286,2 296,9 3,7

Joaçaba 144,8 178,4 23,2

Concórdia 356,8 330,1 -7,5

Oeste Catarinense 2.146,9 2.232,2 4,0

Canoinhas 74,5 79,5 6,6

São Bento do Sul 5,8 6,0 3,8

Joinville 31,4 31,3 -0,3

Norte Catarinense 111,6 116,7 4,5

Curitibanos 34,5 35,1 1,9

Campos de Lages 47,0 55,1 17,2

Serrana 81,5 90,2 10,7

Rio do Sul 127,3 129,9 2,0

Blumenau 29,5 27,4 -7,0

Itajaí 41,2 40,1 -2,7

Ituporanga 55,9 63,5 13,6

Vale do Itajaí 253,9 260,9 2,8

Tijucas 16,3 15,9 -2,5

Florianópolis 30,5 31,6 3,4

Tabuleiro 20,2 26,0 28,7

Grande Florianópolis 67,0 73,4 9,6

Tubarão 158,8 158,7 0,0

Criciúma 84,8 37,2 -56,1

Araranguá 13,7 13,8 0,6

Sul Catarinense 257,4 209,7 -18,5

Santa Catarina 2.918,3 2.983,3 2,2

Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal.

No que diz respeito aos preços aos produtores, depois dos constantes aumentos desde fevereiro e da estabilidade em setembro, confirma-se o crescimento da oferta, e a tendência é de redução nos valores recebidos. Em algumas regiões, as indicações dos levantamentos da Epagri/Cepa são de reduções de 2 a 5 centavos/litro para o preço médio de outubro (leite entregue pelos produtores em setembro). A reunião do Conseleite/SC, a ser realizada no dia 22/10, deve ser a primeira indicação mais objetiva para a tendência do preço a ser pago aos produtores no mês de novembro.

Isso contribui para explicar o crescimento de apenas 2,2% na produção estadual, percentual muito abaixo do de estados em que a atividade leiteira não apresenta o mesmo dinamismo observado em Santa Catarina. Portanto, reforça- -se a ideia da necessidade de olhar os dados da cadeia produtiva do leite com mais profundidade, particularmente em Santa Catarina, onde a atividade tem expressiva importância socioeconômica. Em-bora essa necessidade seja a partir de dados das pesquisas do IBGE, essa é uma tarefa que envolve muitas outras instituições públicas e privadas, sem as quais haverá pouca alteração no quadro atual.

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Leite – Preço nominal médio aos produtores de Santa Catarina – 2011-15

Mês/ano R$/L (posto na indústria)

2011 2012 2013 2014 2015

Janeiro 0,66 0,76 0,78 0,91 0,81

Fevereiro 0,65 0,78 0,81 0,90 0,79

Março 0,66 0,77 0,81 0,90 0,80

Abril 0,68 0,77 0,83 0,95 0,85

Maio 0,73 0,77 0,86 0,98 0,91

Junho 0,77 0,75 0,89 1,00 0,94

Julho 0,77 0,74 0,93 0,99 0,96

Agosto 0,78 0,75 0,96 0,99 0,98

Setembro 0,79 0,76 0,99 0,97 0,98

Outubro 0,81 0,76 1,00 0,95 -

Novembro 0,79 0,77 1,00 0,89 -

Dezembro 0,77 0,78 0,97 0,85 -

Nota: Média aritmética simples dos preços diários mais comuns nas principais regiões produtoras.

Fonte: Epagri/Cepa.

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Avicultura Reney Dorow

Engenheiro-agrônomo, M.Sc. – Epagri/Cepa [email protected]

(¹)

Refere-se ao custo do frango vivo na integração, posto na plataforma da indústria.

Fonte: Epagri/Cepa.

Frango vivo – Preço médio nominal(¹) mensal para avicultores em Santa Catarina – 2014/15

(¹)

Refere-se ao custo do frango vivo na integração, posto na plataforma da indústria.

Fonte: (¹)

Epagri/Cepa; (²)

Cepea.

Frango – Evolução dos preços de frango vivo em Santa Catarina(2) e congelado em São Paulo(1) – 2014/15

Verifica-se aumento no custo do frango posto na plataforma da indústria em 1,3% nos últimos três meses, dentro de um comporta-mento cíclico de anos anteriores. Segue estável o comportamento do preços apesar da crise econômica, ex-plicado em parte pela exportação de frango, que é ascen-dente.

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Frango vivo – Variação do preço em Santa Catarina e São Paulo – 2015

Estado R$/kg

Var. anual (%) 10/2014 10/2015

Santa Catarina(1)

1,85 2,10 13,51%

São Paulo(2)

2,75 2,70(1)

-1,82

Fonte:, (1)

Epagri/Cepa, (2)

IEA. (1)

Preço de 8/2015 – último preço divulgado pelo IEA/SC.

Frango vivo – Incremento mensal do custo do frango vivo na integração, posto na plataforma da indústria em Santa Catarina – 2015

Mês Avicultor integrado

(R$/kg)

Maio 2,02

Junho 2,02

Julho 2,02

Agosto 2,10

Variação média 1,3%

Fonte: Epagri/Cepa.

Fonte: Epagri/Cepa.

Quantidade de frango vivo necessária para adquirir um saco de milho em Santa Catarina – 2014-15

Integrado: incremento médio em relação ao período foi positivo em 1,3%.

No período compreendido entre os meses de abril e outubro de 2015, houve um acréscimo na equivalência insumo/produto passando de 10,28 para 12,86 de frango vivo/saco de milho. Essa variação é explicada espe-cialmente pelo aumento do preço do milho no período, avaliado na data do levan-tamento em R$27,00/sc 60kg na praça de Chapecó, que acumula aumento de 17,19% nos últimos 12 meses.

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Bovinocultura Reney Dorow

Engenheiro-agrônomo, M.Sc. – Epagri/Cepa [email protected]

(¹)

Para pagamento em 20 dias.

Para outras informações sobre preços regionais, acesse esse

Fonte: Epagri/Cepa.

Bovino – Preço médio estadual para bovinos e bubalinos em SC(¹) – 2010/15

(¹)

Refere-se ao preço da arroba do boi gordo.

Fonte: Epagri/Cepa(²)

– Rio do Sul, Cepea(³)

, Deral(4)

.

Bovino – Evolução dos preços(¹) da arroba em SC(²), SP(³), MT(³), GO(³), PR(4) – 2014-15

Observa-se elevação nos preços médios pagos pela arroba do boi gordo nos estados anali-sados da ordem de 0,7% nos últimos 30 dias, com tendência de estabilização nos preços. Em contraponto, houve uma redu-ção no preço da arroba do boi gordo praticado na praça de Rio do Sul em -3,21%. Ainda assim, o preço pago na praça de Rio do Sul é 6,34% superior à média das praças brasileiras analisa-das.

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Bovino – Incremento anual do preço da arroba do boi gordo nas praças selecionadas – 2014-15

Estado R$/arroba

Var. anual (%) 8/2014 8/2015

São Paulo(¹)

139,00 141,00 1,44

Mato Grosso do Sul(¹)

139,00 135,00 -2,88

Mato Grosso(¹)

131,00 131,00 0,00

Goiás(¹)

128,00 130,00 1,56

Paraná(²)

130,00 144,80 11,38

Rio do Sul – SC(³)

131,37 151,00 14,94

Fonte: Cepea(1)

. Deral(2)

, Epagri/Cepa(3)

.

Bovino – Incremento médio mensal do preço da arroba do boi gordo nas principais praças – 2015

Mês R$/arroba

Rio do Sul

Maio 156,00

Junho 154,00

Julho 156,00

Agosto 151,00

Variação média -1,09%

Fonte: Epagri/Cepa.

Fonte: Epagri/Cepa.

Quantidade de arrobas de boi gordo necessária para adquirir um bezerro desmamado em Santa Catarina – 2014-15

A elevação do preço pago pela arroba do boi gordo nos últimos 12 meses foi de +14,94% na praça de Rio do Sul. Já a evolução do preço do bezerro de corte até um ano para engorda, que no mesmo período acumulou incremento de 41,2%, resultou numa relação de 10,2, permitindo momentânea es-tabilização na equivalência apre-sentada.

A variação média em relação ao período analisado foi negativa na praça de Rio do Sul, com diminuição de -1,09% em média no período. Essa redução do incremento em relação aos períodos anteriores demonstra ajuste dos preços ao mercado.

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Suinocultura Reney Dorow

Engenheiro-agrônomo, M.Sc. – Epagri/Cepa [email protected]

Fonte: Epagri/Cepa.

Suíno vivo – Preço médio nominal mensal para produtor independente e integrado em Santa Catarina – 2014-15

Fonte: Epagri/Cepa.

Leitão – Preço médio estadual do leitão por categoria – out./2015

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Suíno vivo – Variação do preço pago nos principais estados produtores – 2015 (R$/kg)

Estado Julho/2015 Agosto/2015 Var. mensal (%)

Minas Gerais 4,38 4,40 0,46%

Paraná 3,63 3,84 5,79%

Rio Grande do Sul 3,35 3,55 5,97%

Santa Catarina(¹) 3,00 3,41 13,67%

São Paulo 4,24 4,37 3,07%

Fonte: Cepea; Epagri/Cepa(¹)

– produtor integrado.

Suíno vivo – Incremento mensal do preço pago aos produtores em Santa Catarina por categoria – 2015

(R$/kg)

Mês Produtor

independente Produtor integrado

Maio 3,19 3,11

Junho 3,20 3,15

Julho 3,30 3,00

Agosto 3,90 3,41

Variação média 6,93% 3,12%

Fonte: Epagri/Cepa.

Fonte: Epagri/Cepa.

Quantidade de suíno necessária para adquirir um saco de milho em Santa Catarina – 2014-15

Observa-se uma mudança significativa no mercado de suínos nos últimos dois meses, evidenciada pela taxa de incremento positiva tanto para o produtor integrado quanto para o independente em Santa Catarina. Isso é reflexo da mudança cambial, que favorece muito as exportações, re-vertendo a tendência de acomodação do preço pago ao produtor de suínos, um incremento médio nos preços dos suínos de 5,79% nas principais praças analisadas no Brasil e de 5,02% em Santa Catarina.

Observa-se uma evolução po-sitiva na equivalência insumo/ produto nos últimos 11 meses, com reversão em outubro de 2015 favorável ao suinocultor, considerando o incremento do preço pago ao suinocultor ante a reação do preço da saca de milho, chegando a R$27,00/sc 60kg nas principais praças de Santa Catarina.