outubro 2010 gratuita “sou grande apreciador associação de...

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Publicação da responsabilidade da Associação de Feirantes do Distrito do Porto Douro e Minho “sou grande apreciador dos produtos tradicionais” “sou grande apreciador dos produtos tradicionais” Num contexto sócio- económico de grandes dificuldades e tensões, em que os feirantes vêem o futuro com grande apreensão, quisémos ouvir o Secretário de Estado do Comércio e saber o que pensa da actual situação e do futuro das feiras no plano económico do País. entrevista nas páginas 4 e 5 Encontro Nacional de Feirantes em Fátima Foi já pelo quinto ano que os associados da AFDPDM e familiares se juntaram em Fátima, numa jornada de peregrinação e convívio. Foi a 25 de Maio que ocorreu o 5º Encontro Nacional de Feirantes, onde muitos dos nossos associados marcaram presença. pag. 3 Associação de feirantes reúne com Ministro Rui Pereira. Em agenda estava a abordagem e a discussão de temas que nos preocupam, tais como a segurança aos feirantes, em feiras e mercados, nomeadamente no ramo de ourivesaria. pag. 2 Preocupados com as taxas de terrado, praticadas em Ponte de Lima, auscultámos a Edilidade limiana sobre a disponibilidade para analisar um problema que toca a muitos feirantes. pag. 7 Trimestral Ano I Nº 1 Outubro 2010 distribuição gratuita AFDPDM quer novas taxas em Ponte de Lima AFDPDM quer novas taxas em Ponte de Lima

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Publicação da responsabilidade da Associação de Feirantes do Distrito do Porto Douro e Minho

“sou grande apreciadordos produtos tradicionais”“sou grande apreciadordos produtos tradicionais”

Num contexto sócio-económico degrandes dificuldadese tensões, em que osfeirantes vêem ofuturo com grandeapreensão, quisémosouvir o Secretário deEstado do Comércioe saber o que pensada actual situação edo futuro das feirasno plano económicodo País.entrevista nas páginas 4 e 5

Encontro Nacionalde Feirantes em Fátima

Foi já pelo quintoano que os

associados daAFDPDM e familiares

se juntaram emFátima, numa jornada

de peregrinação econvívio. Foi a 25 deMaio que ocorreu o

5º Encontro Nacionalde Feirantes, onde

muitos dos nossosassociados

marcaram presença.pag. 3

Associação defeirantes reúnecom MinistroRui Pereira.

Em agenda estava aabordagem e a discussão

de temas que nospreocupam, tais como a

segurança aos feirantes,em feiras e mercados,

nomeadamente no ramode ourivesaria.

pag. 2

Preocupados com as taxasde terrado, praticadas em

Ponte de Lima, auscultámos aEdilidade limiana sobre a

disponibilidade para analisarum problema que toca a

muitos feirantes.pag. 7

TrimestralAno I Nº 1Outubro 2010distribuiçãogratuita

AFDPDM quernovas taxas emPonte de Lima

AFDPDM quernovas taxas emPonte de Lima

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Pede-me a Associação de Feirantesdo Distrito do Porto, Douro e Minho,um artigo de opinião para o seu novojornal. É um pedido a que corres-pondo com muito prazer, dando umsimples testemunho de apoio aotrabalho que a Associação desen-volve na defesa das Feiras e dos legí-timos direitos dos Feirantes. E cor-respondo ao pedido concentrando-menas razões económicas e sociais queas Feiras têm, e que ainda conti-nuam a ter, em Portugal e em muitasdas suas regiões mais desfavo-recidas.Vejamos alguns sectores queevidenciam o que acabo de afirmar:Na AGRICULTUR A: as Feiras sãoum centro de sustento, e até desobrevivência, de milhares de pe-quenos agricultores. Dou dois exem-plos, que conheço particularmente:as Feiras de Barcelos e da Estela.Abrangendo uma área povoada pormuitas famílias dedicadas à Lavoura,com uma actividade importante nosector dos legumes e das hortaliças(incidindo no Concelho de Espo-sende, em especial na freguesia daApúlia, e no Concelho da Póvoa deVarzim), as feiras semanais são olocal de primeira venda, de venda ede escoamento, dos produtos daterra. Se por destino, ou por erro devontade, estas Feiras um diaterminassem, o caos económico efinanceiro nesta região seria avas-salador.No VESTUÁRIO e no CALÇADO: asFeiras são um pronto-a-vestir perma-nente e acessível a praticamentetodas as bolsas. Pena é que a crisena indústria têxtil, das confecções,do vestuário e do calçado, bemcomo as más opções quanto à glo-balização, tenha transformado estepronto-a-vestir numa banca massivade roupa e calçado provenientes daChina. Mas a responsabilidade de talfacto não pode ser imputada aos fei-rantes, que se limitam a sobreviverperante a oferta de produto muitomais barato. As Feiras, apesar daausência de análises e estudos,foram durante muito tempo local devenda de muitas fábricas e de escoa-mento de colecções cuja qualidadesó era ultrapassada pelo factor tem-po e moda. Todavia, e apesar de to-das estas vicissitudes, elas conti-

“feiras são um centro de sustento e sobrevivência”

OPINIÃOpor Dr. Manuel Monteiro

fábricas que vendem os seus produ-tos nestes locais.Nos MÓVEIS: a indústria do mobi-liário não é insensível às Feiras quese fazem no Norte do País. Ela sabeque tem nelas uma montra paramuito do seu labor e criatividade.Nas FERRAGENS, nos BRINQUE-DOS, na ALIMENTAÇÃO e na DI-VERSÃO, em suma num vasto con-junto de domínios, as Feiras são umarealidade económica indesmentível.Pena é que essa dimensão econó-mica, que o emprego criado, que ocomércio que ajudam a alimentar nasua passagem, não sejam devida-mente equacionados pelos respon-sáveis autárquicos e nacionais.Defender as Feiras não é apenasdefender a tradição portuguesa éolhar com olhos de ver para o presen-te e perceber que este presente étambém futuro.

nuam a ser um destino de famíliasde todas as condições económicase sociais que ali se vestem eencontram solução para a roupa dosfilhos.Na CERÂMICA e nos BARROS: tambémnestes sectores as Feiras são o local

de apresentação constante do traba-lho feito por mulheres e homens quetêm no Artesanato o seu ganha-pão,sem esquecer as pequenas e médias

No dia 8 de Junho de 2010, aAFDPDM (Associação de Feirantes doDistrito do Porto, Douro e Minho),esteve no Ministério da AdministraçãoInterna (MAI), onde reuniu com o Dr.Rui Pereira, Ministro da tutela.

O encontro aconteceu na sequênciade um encontro entre a AFDPDM e aFederação Nacional das Associaçõesde Feirantes (FNAF), que promoveu a reunião no MAI,correspondendo a uma solicitação de nossa parte.

Em agenda estava a abordagem e a discussão de temas que nospreocupam, tais como a segurança aos feirantes, em feiras emercados, nomeadamente no ramo de ourivesaria.

Depois de apresentadas as nossas preocupações, nomeada-mente no que à falta de patrulhamento deproximidade diz respeito, abordámos asocorrências que têm acontecido no terreno com osnossos colegas feirantes daquele ramo. Assim, foipedido um patrulhamento que possa ajudar aproteger os bens destes associados.

Ficou acordado que a nossa associação elaboraráum projecto, a ser enviado ao MAI, no qualenunciaremos as medidas que preconizamos.Ficaremos, entretanto, a aguardar por uma

coordenação de meios para protecção dos transportes daquelesbens.

De realçar a forma como o Ministro da Tutela, Dr. Rui Pereira,nos recebeu.

A classe de feirantes portugueses depositam enorme confiançano seu trabalho e no seu esforço na protecção da nossa actividade.

Bem haja.

Associação de feirantes em reuniãocom Ministro Rui Pereira.

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Maio é um mês de eleição paraos cristãos e crentes nos milagresde Fátima. É também o mês que osfeirantes sócios da AFDPDM esco-lhem para rumarem aosantuário.

Foi já pelo quinto anoque os associados daAFDPDM se juntaram emFátima, numa jornada deperegrinação e convívio.Foi a 25 de Maio queocorreu o 5º EncontroNacional de Feirantes,onde muitos dos nossosassociados marcarampresença.

Assim, e como vemsendo hábito, partimos devários pontos do Norte de Portugalpara mais uma peregrinação doFeirante ao Santuário de Fátima,onde sócios e familiares destaAssociação se juntam em convívio.A jornada começou na capelinha dasapari-ções, numa celebração emhomenagem a todos os feirantesdeste país. A celebração foiabrilhantada pelo Quarteto de vozesa quem aproveitamos para prestar ajusta homenagem e agradecimentomerecido, pela sua brilhanteactuação.

convidados – a quem aproveitamospara pedir desculpa pelo facto – mastudo se recompôs. Do êxito destemomento são responsáveis quer os

artistas convidados, quer todosaqueles que abrilhantaram a tarde,com danças de salão, e música.Com tanta animação, a tardetornou-se pequena e depressavimos chegar a noite.

Assim, e antes de partirmos, deregresso a nossas casas, tevelugar um lanche ajantarado.

A jornada tornou-se um êxito, jáque atingimos, pela primeira vez as500 presenças. Por isso umapalavra de apreço à equipa daAFDPDM. Também gostaríamosde agradecer ao grupo que veio de

Barcelos que, apesar das ocorrênciaspassadas, mostraram que se podedeixar para trás o passado e virar apágina para um futuro de cooperação.

No espírito de todos ficou já avontade de regressar em 2011, parao 6º Encontro.

Feirante. Não faltes. Marca na tuaagenda e divulga o encontro. No dia31 de Maio de 2011 vamos todos aFátima. E vamos ultrapassar onúmero 500, que atingimos este ano.Faz-te associado!

Até lá.

Encontro Nacional juntou 500 em Fátima

Dado os últimos acontecimentoscom colegas que trabalham navertente do ouro, nomeadamentefeirantes associados nas diversasAssociações com o natural destaquepara a AFDP e a AFB, entendeu aDirecção da FNAF, dar um passo quenos parece de vital importância paraajudar tanto quanto possível naresolução do problema ou pelomenos menorizar a sua dimenssão.Sem mais espera enviámos ao Dr. RuiPereira, Ministro da AdministraçãoInterna, um convite para estarpresente no dia do convivio, ou pelomenos agendar uma reunião, paraque conste aqui fica a cópia destenosso trabalho.

«Exmo Sr. Ministro da Adminis-tração Interna

Como é do conhecimento de V.Exa. continuam a acontecer assaltosa ourives feirantes, como o casorecentemente quando um destesfeirantes se encaminhava para aFeira de Espinho e foi assaltado

Convite da FNAF ao ministro Rui Pereira para o Encontro de Fátima

Ali tivemos o ensejo de podercarregar o espírito de fé e esperançapara os dias difíceis que seadivinham.

Depois do alimento da alma,seguiu-se o alimento do corpo. Nãosem antes aproveitarmos para juntartoda a gente numa foto de grupo,para a posteridade.

Por volta das 13 horas, o complexoD. Nuno recebia a comitiva para lheproporcionar um almoço que paraalém de repor as energias gastas atéentão, proporcionava um largomomento de convívio. Quase tudo foiperfeito, malgrado o pequenopercalço com a numeração dasmesas dos nossos sócios e

sendo mais um a ver destruída todauma vida de trabalho. Assim paramenorizar esta avalanche posta emprática pelos amigos do alheio,julgamos ter algumas ideias paraapresentar a V. Exa, pelo que sesolicita uma reunião em carácter deurgência dada a evolução dosucedido.

Mais se informa de que a exemplode anos anteriores no dia 25 docorrente mês haverá o chamado diado Feirante, com concentração emFátima e com um almoço cerca das13 horas, no complexo D. Nuno emBoleiros, cerca de 5 km a sul deFátima, onde contamos ter para alémde outros convidados a presença de700 a 800 feirantes.

É na qualidade de Presidente daFNAF - Federação Nacional dasAssociações de Feirantes, que comtodo o respeito que a situação exigeapresento por este meio um convitea V. Exa e naturalmente a quementender que o deve acompanhar.

Caso caiba na agenda de V. Exaesta pequena cortesia, de nos honrarcom a v/ presença, seria deverasbenéfico para os feirantes ouviremdo próprio Sr. Ministro algumaspalavras de análise à preocupaçãodo ministério na sequência do relatoacima descrito e bastantepreocupante.

Conhecendo como conhecemos V.Exa. e atentos ao desempenho doreferido ministério em matérianacional, estamos certos que só pormera impossibilidade de agendaestes oitocentos cidadãos nãopoderão ouvir ao vivo as palavras deV. Exa. Mas, se assim for fica pedidauma reunião da FNAF de preferênciaa uma terça-feira se possível, paraque o assunto tenha tão breve quantonecessário o tratamento adequado.

Na expectativa de uma resposta,apresento os meus respeitososcumprimentos

O Presidente da FNAFJosé Manuel Abranja»

Última terça-feira do mês de Maio é o dia do Feirante

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Qual a sua opinião sobre a impor-tância das feiras no século XXI?

As feiras continuam a ser umareferência socioeconómica com fortetradição histórica e cultural, comimplantação em todo o territórionacional, actuando principalmente naslocalidades fora dos grandes centrosurbanos. Em algumas situações sãomesmo as únicas formas deabastecimento das populações maisisoladas, onde se pode encontrargrande diversidade de produtos(alimentares e não alimentares),destacando-se os regionais, comosejam, queijos, enchidos, peças devestuário, artesanato, bem comomobiliário, loiças, etc. Emdeterminadas regiões constitueminclusivamente uma atracção local namedida em que impelem a participaçãoe a visita de comerciantes econsumidores de populaçõescircundantes, contribuindo para ummaior desenvolvimento do comércionaquelas localidades.

Para o Sr. Secretário de Estadodo Comércio, qual a importânciadas feiras na economia do país?

As feiras são lugares privilegiados detrocas comerciais, com papel relevantenas economias locais e tambémregionais, manifestando-se como umacontecimento cultural, festivo e aberto,que gera empreendedorismo, micronegócios e promovem produtosregionais. Com efeito, muitas vezes,

só através da participação em feiras, éque os pequenos produtores poderãocomercializar os seus produtos eartefactos.

Qual a sua opinião sobre a activi-dade e o que ela representa paraa identidade do país?

São relevantes na medida empromovem o desenvolvimento local,regional e transfronteiriço comdivulgação de produtos nacionais,preservando valores socioculturais eartesanais que remontam há muitosséculos.

O Sr. Secretário de Estado nãoacha que as feiras são um ex-libriscultural a preservar?

Sem dúvida, na medida em que têmenraizadas uma tradição histórica,sendo parte do património cultural ehistórico das cidades, vilas e aldeias.

O Dr. Fernando Serrasqueiro jáfez compras em alguma feira? Emquais? Gostaria de partilharconnosco essa experiência?

Sim, já fiz compras em várias feiras

presentes em romarias. Confesso quesou grande apreciador dos produtostradicionais, sobretudo queijos eenchidos, e nas feiras podemossempre encontrar uma grandediversidade destes produtos. Na minhaactividade enquanto governante já tiveoportunidade de visitar dezenas defeiras de Norte a Sul do País e gostode apreciar os produtos característicosde cada região.

O Decreto-Lei que rege as feiras,na sua opinião, é suficiente parazelar pela actividade do feirante?

Considero que sim, na medida emque veio simplificar o acesso àactividade de feirante criando um cartãoválido para todo o território docontinente por um período de 3 anos,tendo consolidado toda a legislaçãoexistente ligada à actividade,adaptando-a às novas realidades domercado, estabelecendo requisitos deacesso e exercício da actividade defeirante.

Este diploma visa, ainda, fomentar ainiciativa privada, permitindo arealização de feiras por entidadesprivadas, colectivas ou singulares, emrecintos cuja propriedade é privada.

Estabelece também requisitosmínimos para os recintos das feiras deforma a garantir as condições dehigiene, segurança e saúdenecessárias, nomeadamente aexistência de infra-estruturas deconforto (instalações sanitárias, redepublica ou privada de água, redeeléctrica e pavimentação do espaçoadequadas ao evento), proximidade deparques ou zonas de estacionamentoadequados à sua dimensão.

O dia do feirante é na últimaterça-feira do mês de Maio.Entende que é possível vir a seroficializado?

Esta é uma matéria que terá de serequacionada pelas entidadescompetentes.

Não concorda que as feiras dePortugal deveriam ser maispreservadas como uma tradição euma cultura do País e merecedorasde maior divulgação?

Sim, pelos motivos atrás expostos,considerando-se, inclusivamente, queas associações poderão ter um papelpreponderante na sua divulgação.

Sendo a actividade de feirante euma grande parte das micro-empresas, na sua maioria,lideradas por empresários emnome individual, que peso lhesatribui no panorama comercialnacional?

A actividade de feirante pelas suas

Secretário de Estado do Comércio em entrevista ao nosso jornal

“sou grande apreciador dos produtos tradicionais”Num contexto sócio-

económico de grandesgrandes dificuldades e

tensões, em que osfeirantes vêem o futurocom grande apreensão,

quisémos ouvir oSecretário de Estado esaber o que pensa da

actual situação e do futurodas feiras no plano

económico do País. Aentrevista.

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características e importância sócio-económica, assume um papelrelevante na economia nacional, emespecial no desenvolvimentoeconómico das regiões e na criaçãode emprego, designadamente de auto-emprego, representando por isso umfactor de estabilidade social e dedinamismo económico.

Tem efectuado visitas a feiras emercados no sentido de sentir opulsar da actividade? Que opiniãocriou?

Como já referi anteriormente,enquanto Secretário de Estado doComércio já tive oportunidade de visitardezenas de feiras. Umas de maiordimensão, outras mais modestas, massenti que todas elas têm um papelmuito relevante para as economiaslocais e regionais, que geramempreendedorismo e promovem osprodutos nacionais. Pude constatartambém que constituemacontecimentos festivos e culturaisatraindo igualmente visitantes de

populações circundantes e até turistasestrangeiros.

No actual panorama de crise quepossibilidades e em que moldespoderá o Estado participar numaajuda ao sector?

A Direcção-Geral das ActividadesEconómicas (DGAE) tem acompa-nhado de perto o sector, com reuniõescom as respectivas associaçõesrepresentativas, a Federação Nacionaldas Associações de Feirantes (FNAF)e a Obra Nacional da Pastoral dosCiganos (ONPC), tendo participado,inclusivamente no dia nacional dofeirante (25 de Maio), a convite daFNAF e no Fórum Ibérico sobre a EtniaCigana, realizado na FundaçãoCalouste Gulbenkian no dia 8 e 9 deAbril de 2010, organizado pela ONPC,

com intervenção da DGAE no tema“Perspectivas da legislação sobre ocomercio ambulante e feiras emPortugal”, nas quais tem debatido asprincipais preocupações do sector.

A DGAE em todas asoportunidades tem manifestado a suadisponibilidade para analisar asquestões colocadas pelasassociações representativas dosector, entre as quais se encontramos meios possíveis de apoio àactividade, tendo aliás criado umaestrutura operacional de apoio aofeirante.

Que tipo de apoio entende quepoderia ser aprovado para apromoção e animação das feiras?

Entendo que esta questão deveráser respondida pelas respectivasautarquias, no âmbito das suascompetências nesta matéria.

Que espécie de mensagempoderia deixar às autarquias queexploram os espaços de mercado,

aplicando aosfeirantes taxas queconsideramos bas-tante elevadas?

O Decreto-Lei n.º 42/2008, de 10 de Março,prevê que o montante dataxa devida pela atribui-ção do espaço de vendaé determinado emfunção da fixação de umpreço por metro qua-drado e da existência deum conjunto de factoresconsiderados funda-mentais para o exer-

cício da actividade, nomeadamenteo tipo de estacionamento, loca-lização e acessibilidades, infra-estru-turas de conforto e proximidade doserviço público de transportes, deparques ou zonas de estacio-namento, pelo que as autarquiasdeverão, em conformidade com osprincípios estabelecidos no regimegeral das taxas das autárquias locais,aplicar taxas que reflictam a pro-porcionalidade entre a prestaçãopecuniária e a contra-prestaçãoespecífica da autarquia.

Que importância atribui oSecretário de Estado àsassociações de feirantes?

São importantes na medida em queservem de intermediários entre osagentes económicos do sector e a

Administração, quer local quercentral, transmitindo informaçãorelevante aos seus associados erepresentando os seus interesses.

Reveste-se ainda de umaimportância fundamental o papel dasassociações representativas destesector, junto de agentes económicoscom mais dificuldade em aceder àinformação/legislação necessáriaspara o exercício da sua actividade.

Quais as maiores lacunas queencontra no sector das feiras?

Considero que as maiores lacunasse encontram actualmentecolmatadas com a aplicação dodiploma que regula a actividade defeirante, nomeadamente as questõesrelacionadas com as condições deadmissão dos feirantes e deadjudicação dos lugares de venda nasfeiras, bem como com as con-diçõesprevistas para o funcionamento dosrecintos, no que se refere às infra-estruturas, parques de estacio-namento, higiene e segurança.

Destaca-se ainda a possibilidadeconferida a entidades privadas paraa realização de feiras em recintoscuja propriedade é privada ou emrecintos cuja exploração tenha sidoconcedida pelas câmaras municipais.

Se dependesse do Secretáriode Estado, as feiras estariam paraficar?

Sim, essencialmente porque paraalém de serem um ex-libris cultural apreservar, pelos motivos já expostos,são o sustento de muitas famílias,na medida em que na grande maioriaé um negócio familiar.

No actual momento de crise, asfeiras têm ainda um papelfundamental na economia dasfamílias mais caren-ciadas, namedida em que disponi-bilizamprodutos essenciais a preços maisacessíveis.

A actividade de feirante é o ga-rante do sustento de muitasfamílias e o evitar do aumento dosnúmeros do desemprego. Quecomentário merece esta opinião?

Esta questão reveste-seactualmente de especial importância,dada a situa-ção do emprego, pois,efectivamente, esta actividade poderárepresentar em muitas situações umasaída possível para a realização deuma actividade profissional.

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Acções de trabalho da equipadirectiva da AFDPDM. Reuniões detrabalho com vários municípios, comojuntas de freguesias e entidades quegerem as feiras.

Assim começamos 2010 com váriasalterações como pela negativa omunicípio de ponte de lima comvalores de ocupação de terrado, comvalores de 2,07€€ /m2/dia, que temosvindo a contestar.

Também no município Vila nova degaia, as taxas de terrado de ocupaçãonas feiras sofrem aumentos brutais,onde convocamos os feirantes acontestar tais aumentos onde ficou ocompromisso de alterar tal situaçãoque só mais recentemente é que estáa ser trabalhada por parte da CâmaraMunicipa, de Gaia já ficou aprovado noponto 21 da ordem de trabalhos dareunião de Câmara pública do dia 28de Julho de 2010 pelas 17 horas.

Assim seguirá para a AssembleiaMunicipal e depois sim produziráefeitos.

Também participámos na A. M. daMaia onde sofremos uma adaptaçãodo metro linear para quadrado, ondepenalizava os interesses da actividade,onde já por parte da autarquia e do seuexecutivo já está a adaptar a suacorrecção.

Também convocámos os feirantes dafeira de Famalicão para a assembleiaMunicipal de Famalicão, para apelar àrectificação das taxas de ocupação deterrado da sua feira, onde a taxa éelevada.

Continuamos a dar o parecer sobreregulamentos para a realização dosrespectivos projectos e disponi-bilizando sempre que necessário oregulamento tipo.

Lançámos o repto ao município deEsposende para a realização da suaprimeira feira especial de Natal noúltimo domingo antes do Natal.

Também foi lançado o repto a outrosmunicípios que ainda não nos deramresposta.

Reuniões de trabalho com agovernadora civil do Porto paraencontrar alguma medida para asegurança no Distrito e nas feiras queestá ainda com algumas questões queestão a ser trabalhadas.

Participação na FNAF e a pedido daAFDPDM. Já reunimos com o sr.Ministro da Administração Interna, dr.Rui Pereira, e responsáveis das forçasde segurança, para encontrar algumasmedidas para melhorar a sua acção.

Reunimos com o Executivo deBarcelos e em parceria de ideias e

29 de Março – Junta de Freguesiade Valongo. Feira de Valongo.

30 de Março – Câmara Municipal deEspinho. Sugestões da AFDPDM.

6 de Abril – Câmara Municipal deGondomar, 14h30. sugestões daAFDPDM.

13 de Abril – Câmara Municipal deCastelo de Paiva. Feira quinzenal.

28 de Abril – Assembleia Municipalda Maia, 21h30. Taxas terrado.

30 de Abril – Assembleia Municipalde Famalicão. Taxas elevadas. Pedidode rectificação.

7 de Maio - Câmara Municipal daPóvoa de Varzim. Sugestões sobre afeira de Estela.

7 de Maio - Câmara Municipal deViana do Castelo. sugestões daAFDPDM.

11 de Maio - Câmara Municipal deVale de Cambra. Reunião de trabalho.Sugestões sobre projecto deregulamento.

21 de Maio - Câmara Municipal deVizela. Sugestões para o não aumentode taxas.

26 de Maio – Reunião de Câmarapública de Vila Nova de Gaia. Taxas esua rectificação; policiamento nasfeiras.

27 de Maio - Câmara Municipal deFamalicão. Sugestões da AFDPDMsobre descida de taxas e projecto deregulamento.

28 de Maio - Câmara Municipal deGuimarães. Sugestão da AFDPDMpara a manutenção da feira à sexta-feira.

15 de Junho – Junta de Freguesiade Moreira da Maia. Taxas da feira dePedras Rubras.

16 de Junho – Junta de Freguesiade São Martinho do Bougado.Sugestões e taxas.

18 de Junho – Associação decomerciantes do Porto. Reunião comdr. Nuno Camilo.

29 de Junho - Câmara Municipal dePonte de Lima. Taxas elevadas esugestões da AFDPDM.

21 de Julho – Com o patrocínio daFNAF, a AFDPDM reuniu com osecretário de estado da AdministraçãoLocal, dr. José Junqueira, sobre oexagerado aumento das taxas deterrado em alguns municípios.

A Associação solicitou, ainda, que asfeiras que coincidem em dias feriados,tenham lugar no próprio dia.

Até ao momento, estão confirmadasas feiras de 5 de Outubro, terça-feira,em Braga e 1 e 8 de Dezembro, quarta-feira, em Valença

A equipa directiva

Acções de trabalho da nossa equipa directivasugestões como a retirada dadescriminação que era exercida entreresidentes e não residentes, que vinhaa ser praticada pelo anterior executivo.Num gesto de disponibilidade para odiálogo e colaboração entre asentidades, o executivo deu um passoimportante para o futuro dos feirantes.Da parte da AFDPDM os reconhecidosagradecimentos pela boa-vontadedemonstrada, nomeadamente narealização da feira no dia 10 de Junho,feriado civil.

Assim, e em jeito de sumário,mostramos onde temos empregadoos nossos esforços, com as nossassugestões, com vista à defesa daclasse e dos associados:

12 de Janeiro – C.M. Gaia, assuntotaxas

22 de Janeiro – reunião comassociação dos bacalhoeiros parainteirar dos problemas do sector epossíveis alterações à Lei.

25 de Janeiro – Junta de Freguesiado Campo. Reunião com os feirantes,21h30.

26 de Janeiro – Junta de Freguesiade Ermesinde. Sugestões AFDPDM.

26 de Janeiro – Assembleia Geral daFNAF em Coimbra com participação daAFDPDM.

29 de Janeiro – Câmara Municipalde Arcos de Valdevez. Sugestões daAFDPDM.

9 de Fevereiro – Câmara Municipalde Viana do Castelo lançadosugestões da AFDPDM.

22 de Fevereiro – Reunião detrabalho pelas 21h30, com os feirantesde Campo, Valongo, para ordenar afeira onde ainda temos que tentar nofuturo uma possível redução de taxas.

23 de Fevereiro – Câmara Municipalde Castelo de Paiva para assuntossobre a feira de Castelo de Paiva.

24 de Fevereiro – AsembeliaMunicipal de VN Gaia, para protestosobre as taxas praticadas nas feirasdo município.

26 de Fevereiro – parque deexposições de Braga para falar comadministradores e deixar as nossassugestões.

2 de Março – reunimos com a CMFamalicão, assunto sugestões sobrea feira de Famalicão e respectivaadaptação.

9 de Março – Junta de Freguesia deEstela, Póvoa de Varzim. Assunto: feirade Estela e sua dezorganização.

12 de Março – Câmara Municipal deBarcelos. Sugestões da AFDPDM.

15 de Março – Câmara Municipal deOvar, 11 horas. Sugestões da AFDPDM.

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“Este negócio tem sido um escape para muita genteque não consegue encontrar emprego”, acrescentou,considerando que “um incentivo ao trabalho era adescida das taxas”.

O presidente da Associação de Feirantes doDistrito do Porto, Douro e Minho, solicitou ainda aosresponsáveis pelos órgãos de soberania que olhempara as feiras e para os feirantes como um“elemento da preservação da identidade culturalnacional”, remontando à Idade Média as suas raízes.

Se tal se concretizar, “as feiras nunca perderão asua importância”, observou o presidente daassembleia geral da Federação Nacional dasAssociações de Feirantes.

O 5.º Encontro Nacional de Feirantes, quepretende assinalar o Dia do Feirante e no qual seespera a participação de cerca de mil pessoas entrefeirantes e familiares, começa às 10.30 horas naCapelinha das Aparições do Santuário de Fátimacom a celebração de uma missa de homenagem aestes comerciantes.

“Neste santuário vamos pedir saúde, força evontade para, no dia-a-dia, superarmos as nossasdificuldades, que vão ser mais acentuadas nospróximos tempos”, referiu o responsável.

De seguida irão participar num almoço e convívionum restaurante em Fátima que pretende sertambém um espaço de troca de experiências e dediscussão sobre o estado da actividade das feirasno país e as formas de o melhorar.

Segundo Joaquim Santos, existirão cerca de 35mil feirantes no país, numa actividade que é, pornorma, um negócio familiar.»

In Jornal de Notícias, 25 de Maio de 2010

O Encotro em Fátima foi notícia no JN, com umaentrevista feita ao presidente da AFDPDM.

«Feirantes de todo o país reúnem-se hoje, terça-feira, em Fátima para o 5º encontro nacional com acrise no centro das preocupações, disse opresidente da assembleia geral da FederaçãoNacional das Associações de Feirantes.

“A crise deve preocupar qualquer português e, nocaso dos feirantes, está em causa o sustento demuitas famílias”, afirmou Joaquim Santos citadopela Agência Lusa, com a certeza de que a “crise toca a todos”.

As feiras têm como clientes “as classes média ebaixa, que são as primeiras a sofrer o impacto dacrise”, explicou o responsável e presidente daAssociação de Feirantes do Distrito do Porto, Douroe Minho, sendo que estes comerciantes “sentemde imediato a crise”.

Joaquim Santos defende que “embora se vejamais pessoas nas feiras”, isso não significa que asvendas tenham aumentado.

“Não vendemos mais por haver crise”, argumentounum apelo às autarquias para que não “explorem”os feirantes com elevadas taxas de ocupação dosespaços.

“Pedimos que tenham uma sensibilidade maiorde não nos penalizarem neste momento difícil”,advertiu o dirigente, ao considerar que há uma“discrepância muito grande de taxas de municípiopara município”.

Joaquim Santos pediu também aos autarcas que“façam uma avaliação” das taxas aplicadas nasfeiras, para que delas retirem apenas “o justo valor”,ao mesmo tempo que exige atenção às “condiçõesde trabalho”.

Preocupados com as taxas deterrado, praticadas em Ponte deLima, auscultámos a Edilidadelimiana sobre a disponibilidade para

e, à data do fecho desta primeiraedição do “notícias das feiras”, aindanão recebêmos qualquer resposta.

Entretanto, e com o tardar daresposta, solicitámos um parecer aoSr. Provedor da Justiça, na espe-rança, de que social e economica-mente, se faça justiça para todos osfeirantes de Ponte de Lima.Aguardamos, entretanto, resposta daProvedoria.

A AFDPDM tem tentado por todosos métodos ao seu dispor repor a suamarca na defesa dos seusassociados.

A Equipa directiva da AFDPDM

Taxas de Ponte de Lima vão ao Provedoranalisar um problema que toca amuitos feirantes. Quanto a nós, taistaxas são uma ofensa e umdesrespeito para quem lá trabalha.

São de um valor que, a longoprazo podem pôr em causa acontinuidade do trabalho demuitos feirantes.

Com vista à sua alteração,enviámos uma carta registada,com aviso de recepção, ende-reçada ao engº Vítor Mendes,presidente da Câmara Munici-pal, para ver da sua aberturapara discutir o problema. Acarta datava de 20 de Agosto

No dia 25 de Maio, o Jornal de Notícias escrevia...

“Encontro nacional de feirantes dominado pela crise”

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Segunda-feiraAguiar da Beira SemanalArmamar SemanalCabeceiras de Basto SemanalCaldas das Taipas – Guimarães SemanalCastelo da Maia – Maia SemanalErmesinde – Valongo SemanalEspinho SemanalEsposende QuinzenalFelgueiras SemanalFreixo – Ponte de Lima SemanalMondim de Basto SemanalMonsul – Póvoa de Lanhoso semanalOliveira de Frades QuinzenalPonte de Lima QuinzenalPóvoa de Varzim SemanalSanto Tirso SemanalTerras do Bouro Semanal alternado comValpaçosViatodos (Barcelos) SemanalVieira do Minho Semanal

Terça-feiraAlijó SemanalBraga SemanalChã-Loureda – Arcos de ValdevezQuinzenalEstarreja SemanalLixa – Felgueiras SemanalNecessidades-Barqueiros – BarcelosSemanalPedrouços-Areosa – Maia SemanalSobrado – Valongo SemanalS. Pedro da Cova – Gondomar SemanalVila Real Semanal

Quarta-feiraAmarante SemanalAmares SemanalArcos de Valdevez (alternado semanalmentecom Ponte da Barca)Barroselas – Viana do Castelo SemanalBasto – Cabeceiras de Basto semanalCaminha SemanalCarvalhos – Vila Nova de Gaia SemanalChaves SemanalFafe SemanalFamalicão SemanalPóvoa de Varzim Semanal

Feiras com interesse para os nossos associadosRégua SemanalValença do Minho

semanalQuinta-feiraBarcelos SemanalCaldas de Vizela SemanalGondomar SemanalLamego SemanalMonção SemanalMurtosa SemanalOvar SemanalPedras Rubras – Maia SemanalPóvoa de Lanhoso SemanalVidago – Chaves SemanalVila Flor Semanal

Sexta-feiraAlijó SemanalBouro (Amares) SemanalErmesinde SemanalGuimarães SemanalLeça do Balio – Matosinhos SemanalMelgaço SemanalViana do Castelo SemanalVila do Conde SemanalVila Real Semanal

SábadosAlpendurada–Marco de Canavezes 2ºe 4ºAmarante SemanalAmares SemanalAvintes SemanalÁgueda SemanalBarqueiros – Barcelos SemanalBela Vista – Gondomar Semanal

Custóias – Custóias SemanalEstarreja SemanalFeira Nova-Ariz – Marco de CanavezesSemanalJoane – Vila Nova de Famalicão SemanalLourosa SemanalMaia SemanalOliveira de Azeméis SemanalOvar SemanalPevidém – Guimarães SemanalPico de Regalados – Vila Verde Semanal

Rio Tinto – Gondomar SemanalSrª Hora – Matosinhos SemanalTrofa SemanalValongo (manhã) SemanalViatodos – Barcelos SemanalVila das Aves SemanalVila Nova de Cerveira SemanalVila Verde Quinzenal

DomingosA-Ver-O-Mar – Póvoa de Varzim SemanalCampo – Valongo SemanalCanidelo – Vila Nova de Gaia SemanalCerdal – Valença 2º de cada mêsEixo – Aveiro 1º de cada mêsEstela – Póvoa de Varzim SemanalStª Maria de Lamas – Feira SemanalTocha Semanal

Por datasArrifana – S.M Feira4 (domingo ou segundapassa para sábado)Ancede – baião 14, 28Ariz – Marco de Canavezes 12, 27Arouca 5, 20 (sábado passa para sexta;domingo para segunda)Aveiro 14,28Baião 8, 23Bilhó – Mondim de Basto 2, 12, 27Boticas 10, 20Bragança 3, 12, 21Cabeçais – Arouca 13Cesar – Oliv. Azeméis 18Chã-Vila Chã – Alijó 29Feira dos Dez – Lourosa 10, 28Feira do Cô – P. Ferreira 5, 21Castelo de Paiva 6, 21Gove – Baião 2, 18Gralheira – Cinfães 21Marco de Canavezes 3, 15Montalegre 12Oliveirinha – Aveiro 7, 21Paredes 1, 12, 18, 24Penafiel 10, 20Pias – Monção 12, 25Santa Maria da Feira 20Vale de Cambra 9, 23Valpaços 13, 26Vila Meã – Amarante 6, 22Vista alegre 13