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- A Porta Gigante e outras histórias infantis - 1 A Porta Gigante E outras histórias infantis infantis infantis infantis HM ESTORK CCOELHO HM Estork CCoelho 2 _____________________________________________ Copyright © 2009 Hideli Mary Estork Cavalcanti Coelho A Porta Gigante e outras histórias infantis HM Estork CCoelho [email protected] www.hmestork.prosaeverso.net 2009 HM Estork CCoelho

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- A Porta Gigante e outras histórias infantis -

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A Porta Gigante E

outras histórias

infantisinfantisinfantisinfantis

HM ESTORK CCOELHO

HM Estork CCoelho

2

_____________________________________________

Copyright © 2009 Hideli Mary Estork Cavalcanti Coelho

A Porta Gigante e outras histórias infantis

HM Estork CCoelho

[email protected]

www.hmestork.prosaeverso.net

2009

HM Estork CCoelho

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- A Porta Gigante e outras histórias infantis -

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Esta edição foi possível graçs ao carinho e

dedicação de meu marido Antonio.

HM Estork CCoelho

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Dedico à minha filha Leticia, que me inspirou e

motivou a escrever histórias infantis,

aos meus sobrinhos Pedro, Gabriela, Lucas e Beatriz,

e às minhas netas "tortas" Elis e Yasmin.

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A PORTA GIGANTE QUE MORDE DEDINHOS Esta é a história da Porta Gigante que morde dedinhos...Esta é a história da Porta Gigante que morde dedinhos...Esta é a história da Porta Gigante que morde dedinhos...Esta é a história da Porta Gigante que morde dedinhos...

A PORTA GIGANTE que morde dedinhos mora em todas as casas. É uma porta encantada que adora as criancinhas que ficam brincando de abre e fecha e a bate com tudo sem nem pensar se a está machucando ou não. Na casa da Mariana também tem PORTAS GIGANTES, mas a Mariana gosta especialmente de uma: a PORTA GIGANTE da cozinha. Todos os dias Mariana brinca de abre e fecha com esta PORTA GIGANTE. Não adianta o conselho e advertências que recebe da mamãe e dos demais adultos: Mariana continua abrindo e fechando a tal porta.

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Certa tarde, Mariana brincava de correr em volta da casa, saia pela porta de vidros da sala rodeando toda a casa para finalmente entrar pela PORTA GIGANTE da cozinha, quando... “_Meninaaaaaaaaaaaa, pare com isto, deste jeito a PORTA GIGANTE ainda te morde os dedos!”- advertiu sua mamãe. “_Mas mamãe até parece que a porta vai me morder, desde quando porta tem dentes? Se tivesse dentes ela teria uma barriga, sentiria fome e seu estômago iria roncar pedindo comida!”- palpitou Mariana. “_Acontece filhinha que a PORTA GIGANTE não é qualquer porta destas que vemos por aí, esta porta sente fome quando as crianças ficam brincando de bater, as crianças não escutam seu estômago roncando de fome porque tudo acontece muito rápido, quando a crianças se dão conta elas já estão chorando com seus dedinhos mordidos pela PORTA GIGANTE. “_Ah! Tá bem mamãe, mas não se preocupe, a porta não vai querer mordê-lo.”- explicou Mariana. E a menina corria pela casa toda sorridente, esquecera por momentos de bater a porta da cozinha e prosseguia com suas brincadeiras. De repente sua mãe escutou um choro e Mariana lhe chamando:

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“_Mamãe, mamãezinhaaaaaaaaaaaaaa!!! “_ O que foi Mariana, o que aconteceu minha filhinha? –preocupou-se a mamãe. Mariana sem nada falar apenas lhe apontou o dedinho que já estava com a pontinha vermelha e inchada. “_Mariana, pobrezinha, deve estar doendo muito. Vamos colocar uns gelinhos num saquinho plástico e fazer compressas para não inchar mais.”- cuidou a mamãe. “_ Mamãe, a PORTA GIGANTE não fez barulho, e ela mordeu só um pouquinho o meu dedinho, acho que ela não gostou, né?”- explicou-se Mariana. “_ Sabe filhinha, por isso que a mamãe fala tanto para você brincar longe das portas, porque hoje ela pode não estar com fome, mas e amanhã? E se ela estiver com uma fome de leão e resolver comer seu dedinho, como é que fica? – prosseguiu a mãe. “_ É mamãe, a senhora tem toda a razão, acho que a PORTA GIGANTE não gostou do sabor do meu dedinho, por isso não comeu ele todinho, né? “_ É minha criança, todo cuidado é pouco, então de agora em diante nada de ficar perto das PORTAS GIGANTES, está bem?”- combinou a mamãe pegando-a carinhosamente em seu colo e beijando-lhe ternamente a testa.

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As PORTAS GIGANTES são muito perigosas, as crianças não devem brincar de batê-las porque é muito perigoso de se prender os dedinhos, podem acontecer acidentes muito sérios e não adianta apenas colocar gelinho para não inchar, tem vezes que precisa-se ir ao Pronto Socorro e isso é uma coisa que nenhuma criança gosta. Então, para evitarmos acidentes, vamos combinar de ficarmos bem longe das PORTAS GIGANTES? gggg

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LILI E SEU PIANINHO ENCANTADO Esta é a história de uma menininha chamada Lili.Esta é a história de uma menininha chamada Lili.Esta é a história de uma menininha chamada Lili.Esta é a história de uma menininha chamada Lili.

Lili gosta muito de música e sempre quis um pianinho, um dia foi passear com seu papai e viram uma lojinha muito diferente, cheinha de instrumentos musicais, mas estes instrumentos eram diferentes, muito coloridos, a música que saia deles fazia com que as pessoas que as ouvisse viajassem pelo mundo da imaginação, e é assim que começa nossa historinha. A moça da loja mostrou vários instrumentos para Lili, mas a menina ficou maravilhada com um pianinho, ele era muito diferente, e a vendedora relatou:

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“_ Este pianinho veio de uma terra encantada, por isto ele é o piano encantado, quem nele toca fica tão apaixonado pela música que não sente mais vontade de parar de tocar. Sua magia é tão intensa que dá asas a quem escuta suas melodias, levando as pessoas a uma viagem de encontro às estrelas.” – continuou a vendedora. “_ Nossa, que fascinante! Por isso sinto vontade de voar e voar!!! – emendou a menina. Não teve jeito, foi aquele pianinho mesmo o escolhido por Lili. Não se cabia em felicidade, caminhava pelas ruas numa felicidade intensa, não via a hora de chegar em casa para começar a tocá-lo. Chegando em casa correu para seu quarto, parecia que já conseguia voar pelas escadas, de tão rápido que chegou lá, da cozinha se escutava a menina tocando seu lindo piano. Lili sem que percebesse começou a tocar uma linda canção, quando se deu conta estava voando por nuvens coloridas, passando por debaixo de arco-íris, cantarolando com os passarinhos, tudo isto de cima de seu pianinho, era inacreditável, mas Lili estava voando com sua música!

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O mundo que a menininha via de lá do alto era um mundo diferente, em tudo via poesia e lindas melodias, o som de seu pianinho era apenas mais um, entre tantas outras canções que se ouvia sendo entoada pelos ventos. De lá de cima pôde ver uma vaquinha que sambava enquanto era ordenhada, o mais bacana é que seu leitinho já saia igualzinho a um “milk shake”. As galinhas no galinheiro sapateavam quando ciscavam, na hora de botar os ovos, surpresa: já saiam como ovos mexidos na frigideira! Os porquinhos do chiqueiro com seus : “ÓINC, ÓINC”, deixavam a carninha bem macia para quando fossem assados. Lili dava muita risada quando via as penas do pavão se abrindo e o peru fazendo “GLU, GLU” para conquistar a perua. Quanto mais Lili tocava, mais o mundo parecia mais encantado. Lá de longe ouviu uma voz que parecia ser de sua mamãe: “_ Lili, amorzinho da mamãe! Venha lanchar!!!” A voz ficava cada vez mais próxima e mais alta:

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“_ LILI! SEU LANCHINHO ESTÁ PRONTO!!!” De repente Lili abriu seus olhinhos e viu que estava em seu quarto e pensou ter sido tudo um lindo sonho. Olhou para seu piano encantado e sorriu, descendo em seguida para tomar seu lanchinho preparado com tanto carinho por sua mamãe. Quando Lili saiu do quarto e fechou a porta, notas musicais saltaram do pianinho, tocando sozinho melodias suaves e colorindo todo o ambiente com furta-cores e purpurinas. Será que foi tudo um sonho? Ah... Se acreditarmos com todo o coração, os sonhos se tornam realidade, e isto serve para as crianças e para as pessoas de todas as idades. E assim termina a historinha que nunca tem um ponto final... Porque não existem limites para a nossa imaginação!

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O DIA DE SOL QUE A CIGARRA CANTOU Esta história começa com dois irmãozinhos, a Gabi e o Pedrinho...Esta história começa com dois irmãozinhos, a Gabi e o Pedrinho...Esta história começa com dois irmãozinhos, a Gabi e o Pedrinho...Esta história começa com dois irmãozinhos, a Gabi e o Pedrinho...

Durante as férias de verão foram passear na casa de seus tios, ficava numa cidade muito bonita que tinha além de muito verde, uma praia maravilhosa. Durante a noite escutaram um barulho que a princípio incomodava um pouquinho, mas depois acabou atiçando-lhes a curiosidade: "_ Tio Zezinho que barulho é esse?" - perguntou Gabi a seu tio. "_ Ah, Gabi! Este barulho que estamos ouvindo é o rock das cigarras, elas cantam assim durante a noite quando sabem que na manhã seguinte o sol virá com céu de brigadeiro."- respondeu-lhe o tio Zezinho.

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Pobrezinha da menina, de repente imaginou um céu cheinho de brigadeiros com um monte de bichinhos cantando em cima deles. "_ Mas tio Zezinho, quem é que vai fazer os brigadeiros pra cigarra cantar amanhã junto com o sol?"_ embaralhou-se toda Gabi. "_ Não Gabi, céu de brigadeiro é quando o céu fica azulzinho, azulzinho, sem uma nuvem, e a cigarra cantarola assim de noite porque o sol vai aparecer junto com este céu bem azul, entendeu agora?" _ explicou melhor tio Zezinho. "_Ah, titio. Agora sim eu entendi... "- respondeu Gabi. No dia seguinte, mal acordou e viu pela janela aquele céu todinho azul (sem nenhum brigadeiro), e com o calor do sol. Chamou seu irmão Pedrinho para irem até a praça que tinha ali por perto para verem o mar e brincarem de bola. Lá chegando Pedrinho viu lá em cima da árvore uma cigarrinha que estava bem fraquinha, tinha cantado tanto a noite que não tinha mais forças para voar. Pedrinho não hesitou e tratou de ir atrás de uma rede para pegá-la, mas Gabi não ficou nada feliz com esta ideia do Pedrinho e resolveu retrucar:

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"_ Pedrinho nada disso, não é certo pegar a cigarrinha da árvore, se você pegá-la de lá, a noite ela não vai cantar e amanhã não vai ter céu de brigadeiro sem brigadeiro pro sol chegar!" - falou enfezada, Gabi. Neste mesmo momento passava pela praça duas mulheres vendendo docinhos, o que despertou a atenção de Pedrinho e Gabi, correram até elas deixando a cigarra, a árvore, a rede e os brigadeiros para trás... Opa, peraí, os brigadeiros não, as duas mulheres quando abriram a caixinha de doces... Tcharammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm Tcharammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm Bichos-de-pé, beijinhos e... Brigadeiros à vontade!!! Nem é preciso dizer que doces foram os escolhidos, não é? Depois de tanto ouvir falar de céu azul de brigadeiro pra lá, céu azul de brigadeiro pra cá, nem se lembraram mais do canto da cigarra. Voltaram saltitantes para casa, correram contar pro titio Zezinho que o céu de brigadeiro terminou foi em suas barrigas!!! E o céu de brigadeiro azul virou foi bocas e dedos lambuzados e coloridos de marrom! n

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O MUNDO QUE NÃO CONHECIA AS PALAVRAS MÁGICAS

Esta é a história do que torna nosso mundo mais feliz..Esta é a história do que torna nosso mundo mais feliz..Esta é a história do que torna nosso mundo mais feliz..Esta é a história do que torna nosso mundo mais feliz..

Era uma vez um lugar que ficava nem longe e nem perto, lá detrás das montanhas e de frente à linha do horizonte. Neste lugar nada tinha cor, tudo era cinza, isto porque as pessoas não conheciam as Palavras Mágicas: “DESCULPE, POR FAVOR e OBRIGADO". Enquanto isso, em nosso mundo, onde as pessoas na maioria das vezes procuram usar as Palavras Mágicas, morava um menininho, o Lucas.

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Lucas era um garoto muito gentil, educado e muito prestativo, procurava ajudar a todos, desde os adultos e idosos até os animais. Jamais poderia imaginar que existisse um lugar em que as pessoas não soubessem usar essas palavrinhas tão simples, mas mágicas. Numa bela noite Lucas foi dormir, depois de desejar boa noite a seus pais, quando deitou-se em sua caminha e fechou seus olhinhos sentiu a presença de um anjinho que sussurrava em seu ouvido um pedido, ficou sem saber se estava dormindo ou acordado, mas de repente quando abriu seus olhos... Zaaaaaaaaasssssssssssssssssssssssssss Parecia ter acordado em outro mundo, um mundo esquisito, pálido, sem crianças correndo na praça, via pessoas andando e esbarrando umas nas outras sem que pedissem desculpas, nada de bom dia, nenhum sorriso estampado nos rostos, um lugar que ele poderia chamar de triste. Não entendia o que estava fazendo ali, até que pouco a pouco foi lembrando do que o anjinho lhe dissera ao ouvido: “_Lucas, tenho um pedido muito especial para fazer à você hoje, preciso muito que vá até um lugar onde as pessoas não conhecem as palavrinhas mágicas: “DESCULPE, POR FAVOR E OBRIGADO”.

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Sua missão por lá será a de ensinar as pessoas a serem cordiais uma para com as outras e assim, a alegria e as cores voltarão para aquele mundo, já tão esquecido das boas maneiras.”- relatou-lhe o anjo. Assim sendo, Lucas tratou de procurar pelo prefeito e não foi nada difícil de encontrá-lo, já que o próprio deu-lhe um esbarrão daqueles derrubando-o no chão sem estender as mãos para acudi-lo. “_ Por favor, o senhor poderia me ajudar? Por acaso sabe onde encontro o prefeito desta cidade?”-indagou Lucas. “_Ah, sim meu rapaz. Por acaso sou eu mesmo, o prefeito. O que quer de mim?”-respondeu o homem. “_ Notei que nesta cidade as pessoas não falam as Palavras Mágicas.”- continuou o menino. “_Oras, mas do que você está falando, menino?”-retrucou o prefeito. “_ Falo das palavras mágicas que são: DESCULPE, POR FAVOR e OBRIGADO.” – emendou Lucas.

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“_ DESCULPE, POR FAVOR e OBRIGADO. Nossa!!! Nunca tinha ouvido falar destas palavras, realmente parecem mágicas depois que as falamos.”- felicitou-se o homem. “_ Então, senhor prefeito, quando fazemos algo ruím, esbarramos, falamos algo que não deveríamos falar e nos arrependemos, pedimos DESCULPA. Quando precisamos de um favor, de uma ajuda, falamos POR FAVOR. Para finalizar, quando recebemos algum presente, seja objeto ou um presente em forma de palavras, dizemos OBRIGADO.” – ensinou-lhe Lucas. "_ Pôxa vida! São palavras tão lindas e que nos fazem tão bem, não sei porque não as falamos por aqui, mas vou tratar de consertar isso já, já.”- respondeu o prefeito. Rapidamente o prefeito subiu num palanque e pegou o microfone chamando a atenção de todas as pessoas que passavam por ali e também das que se encontravam mais distantes, explicou tudo direitinho sobre as Palavras Mágicas e de repente como num passe de mágica as pessoas começaram a se cumprimentar pelas ruas.

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Inexplicavelmente as ruas foram se colorindo, as árvores ficaram verdes e com seus frutos coloridos, surgiam brinquedos pelas praças, as casas se coloriam e aquele lugar antes cinza e triste passou a ser colorido e muito alegre. Trimmmmmmmmmmmmm Trimmmmmmmmmmmmmmmmm “_Lucas querido está na hora de acordar. Precisa se arrumar para ir ao colégio.” – sussurrava a mamãe do Lucas em seu ouvido. Lucas abriu seus olhos, parecia que toda aquela aventura houvera sido um sonho, um belo sonho de boas maneiras!!! Afinal de contas, nunca é demais falarmos DESCULPE, POR FAVOR e OBRIGADO, nosso dia se torna muito mais colorido e feliz!

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A BRUXINHA QUE DAVA DOCINHOS Esta é a história de uma bruxinha deEsta é a história de uma bruxinha deEsta é a história de uma bruxinha deEsta é a história de uma bruxinha de nome Zezé... nome Zezé... nome Zezé... nome Zezé...

O legal desta historinha é que não tem perna e nem pé, criança não fica de castigo e nem tem coceira e chulé... Vamos falar de uma bruxinha, seu nome é Zezé, ela é muito boazinha e voa, voa quando quer. A Zezé não é uma destas bruxas quaisquer, antes de sair por aí voando, enche uma sacola bem grande com doces, os mais saborosos que vocês possam imaginar, é pé-de-moleque, doce de leite, rapadura, pirulito, chocolate, bombons, balinhas de frutas, ai... São tantas as gostosuras...

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Mas além de sair distribuindo seus docinhos, Zezé carrega em uma maleta, num compartimento ultra, super, hiper, blaster, master secreto, um kit. Para algumas pessoas este kit não passa de baboseira, mas para Zezé é muito especial e não é brincadeira. Hummmm, o que será que ela guarda nesta maletinha, será algo bom ou ruím, já que ela é uma bruxinha? Muita gente já tentou adivinhar, embora desistissem logo depois de seus docinhos ganhar. A criançada quando a vê chegando, lá das nuvens se aproximando, já falam berrando: “_ É a Zezé com sua vassoura aterrissando!!!” E tudo vira uma festa, quando a bruxinha desce distribuindo docinhos, mas quando pega a maletinha, as crianças vão saindo de fininho... Certo dia, Zezé percebeu que uma criança não saiu e ficou por ali, espiava bem curiosa, parecia tentar descobrir o que tanto a bruxinha guardava em sua maleta, até que lhe perguntou?

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“_Ora, o que aconteceu? Por que não pegou seus doces e com as demais crianças correu?” “_ É que eu , eu, eu fiquei curioso em saber o que tem nesta maleta...” – o garoto respondeu. Zezé ficou admirada, afinal de contas era fácil responder a esta charada: “_ Nesta maleta guardo um grande tesouro, umas dicas vou lhe dar, para que possa adivinhar!” “_ Tem um cabo colorido com cerdas bem macias, um tubo com creme docinho, para limpar o dentinho! Depois de comer doces e chupar tantas balinhas ao invés de correr, precisa ser usado para o dente não doer!” – completou sua charada. Sem pensar muito o menino rapidamente respondeu: “_ Eu sei, eu sei, eu sei... Uma escova de dente!!! É, é sim, só pode ser...” “_Yuhuuuuuuuu, só pode ser isso, porque a mamãe e o papai me falam que depois de todas as refeições e de chupar balas e comer docinhos, precisamos escovar nossos dentinhos.”

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“_ Uhummmm você acertou menininho, e como recompensa por desvendar minha charada, de presente lhe darei chocolates, pudins e merengada!” – felicitou-se a bruxinha Zezé. Depois daquele dia todas as crianças depois de ganharem seus docinhos da bruxinha Zezé, ao invés de saírem correndo desesperadas com medo da tal maleta deixá-las enfeitiçadas, pediam sorridentes pelo kit de escovas e pasta de dentes! E assim a bruxinha Zezé, pensando em mudar de profissão e tornar-se especialista, passou a distribuir doces e também virou Dentista!!! É muito importante que depois de levantar, tomar o lanchinho, almoçar e jantar, escovemos os dentinhos, também é bom lembrar que antes de deitar, precisamos escovar estes queridos amiguinhos! Viram só? Esta história não teve perna e nem pé e sim, boquinhas e dentinhos sendo cuidados pela bruxinha Zezé!

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O LIVRO DE PONTINHOS Esta é a história de uma menininha chamada Leticia...Esta é a história de uma menininha chamada Leticia...Esta é a história de uma menininha chamada Leticia...Esta é a história de uma menininha chamada Leticia...

Era uma vez uma linda menininha chamada Leticia...A Leticia era muito esperta, serelepe e inteligente, adorava passear com o papai. Certo dia foram passear no shopping e lá tinha uma lojinha de livros infantis; a Leticia era apaixonada por livros, mesmo pequenina já tinha muitos em casa.Seus olhinhos brilhavam ao se depararem com aquela imensidão de livros coloridos. Seu papai, sempre muito cuidadoso, escolheu um para ela, era lindo, cheio de frutinhas coloridas, desenhos com pontinhos para completar, árvores para desenhar maçãs, cachorrinhos para serem levados à casinha, tudo muito colorido e bonito.

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A menina andava pela rua toda contente, carregava com muito esforço a sacola com o seu livro que para seu tamanho era bem pesado, mas trocava de mão, levantava e sacudia a sacola sem desanimar até chegar em casa. Chegou em casa chamando pela mamãe numa felicidade que não se continha, ansiosa para mostrar seu novo livro de pontinhos. O livrinho vinha com uma canetinha para poder riscar e rabiscar e depois apagar os rabiscos com pano úmido, mais que depressa a pequena aprendeu a riscar e apagar para recomeçar suas artes. De uma canetinha surgiram mais: Uma (1), duas (2), três (3), quatro (4), cinco (5), seis (6), sete (7), oito (8), nove (9), dez (10), onze (11) e doze (12) canetinhas:

Azul claro, azul escuro, amarelo, vermelho, cor-de-rosa, verde claro, verde escuro, marrom, preto, violeta, salmão e cinza. Era cor para todo o lado: no livrinho, nos dedinhos, bracinhos e perninhas e até na barriguinha...

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Desenhava, pintava, rabiscava e só faltava bordar. No início não sabia fazer os pontinhos, mas não demorou a aprender. E como termina a brincadeira? A brincadeira sempre acaba num belo banho com bastante espuma e um soninho colorido pelas suas canetinhas!

y y y y

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A MENININHA QUE TINHA UM GATINHO NO PEITO

Esta é a história de uma garotinha chaEsta é a história de uma garotinha chaEsta é a história de uma garotinha chaEsta é a história de uma garotinha chamada Lucinha...mada Lucinha...mada Lucinha...mada Lucinha...

Era uma vez uma garotinha chamada Lucinha. Lucinha era muito encabulada, introvertida e de poucos amigos, estava sempre pelos cantinhos brincando de faz-de-conta e conversando com seus amiguinhos imaginários. Seus pais não entendiam o porquê da menina não correr e brincar com as outras crianças como todas elas faziam, mas não sabiam é que Lucinha era uma garota especial. Certo dia Lucinha esqueceu sua bonequinha Mariquinha em seu quarto, debaixo da cama.

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Lembrou-se dela só quando já estava lá longe no portão, ao lembrar-se da boneca, voltou correndo para buscá-la, mas depois de pegá-la de debaixo da cama e levantar-se sentiu muita falta de ar e começou a escutar uns chiadinhos no peito, parecia que tinha um gatinho miando lá dentro. “_ Fiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuuuuuuuuuu, xiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, ffiiiiiiiiiiiuuuuuuuuu Com muita dificuldade Lucinha chamou por sua mamãe, que ficou aflita ao encontrá-la daquela maneira, porém correu com a menina para o Pronto Socorro. Lá chegando a enfermeira levou-a para fazer uma viagem de avião, colocou uma máscara igualzinha aquelas de piloto de caça (os aviões do exército) que saia uma fumacinha muito relaxante e que aos poucos acalmava o gatinho em seu peito. Enquanto isso o médico já veio para examiná-la colocando um aparelho chamado “estetoscópio” em suas costinhas e peito, para ouvir o chiadinho que vinha deles e em seguida receitando uma medicação para a enfermeira colocar na inalação. Aos poucos o gatinho foi se acalmando até que dormiu, Lucinha não sentia mais a falta de ar e nem ouvia mais o gatinho chiando.

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“_ Mamãe, já consigo respirar melhor e acho que aquele gatinho tá dormindo bem quietinho.” – falou Lucinha. “_ Graças a Deus, filhinha!”-respondeu a mamãe lhe abraçando carinhosamente. O médico veio então conversar com a mamãe sobre o que acontecera com Lucinha: “_ O que a Lucinha teve foi uma crise de asma. É provável que volte a acontecer, por isso não precisa se apavorar, quando isto acontecer Lucinha precisa ficar bem calma, assim a crise não aumenta, mas mesmo assim receitarei um remedinho em forma de bombinha para quando a crise vier.”- relatou o médico. Lucinha prestou muita atenção nas instruções do médico, como e quando usar a bombinha e ficou feliz em saber que o gatinho ia ficar sempre dormindo. Ela teria que soprar todo o ar de seus pulmões para fora duas vezes, assim : “ Afuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu! Afuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu! E depois apertar a bombinha e sua boquinha e sugar o ar, levando o remedinho para os pulmões deste jeito: “Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaffffffffffiiii !!!

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Voltaram para casa e daquele dia em diante, Lucinha começou a brincar com as demais crianças, a correr, pular e se divertir, continuava a brincar e a conversar com os amiguinhos de sua imaginação, mas já saia pelas praças saltitante e se de repente sentisse os gatinho chiando em seu peito e aquela falta de ar chegando... Pegava rapidamente sua bombinha e:

“ Afuuuuuuuuuuuuuuuuu! Aaaaaaaafffuuuuuu!

“Aaaaaaaafffffffffffffiiiiiiiii Não se sentia mais diferente, era apenas uma garotinha com gatinhos chiando em seu peito, mas que adormeciam quando ela usava a bombinha!

p p p p

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O DRAGÃO DA LAVANDERIA Esta é a história de um dragão que não era bem asEsta é a história de um dragão que não era bem asEsta é a história de um dragão que não era bem asEsta é a história de um dragão que não era bem assim...sim...sim...sim...

Era uma vez uma menina chamada Sofia que morava numa casa próxima da floresta. Na casa de Sofia tinha uma lavanderia, sua mamãe lavava suas roupinhas ali, esfregava as roupas mais encardidinhas no tanque e depois as colocava na máquina de lavar, às vezes as roupinhas estavam tão sujas que precisavam ficar de molho no alvejante. Num belo dia, a mamãe de Sofia estava cantarolando toda contente na lavanderia, enquanto a menina brincava com seu papai na varanda quando de repente ouviu um barulhão seguido de um grito que vinham de onde a mamãe estava:

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“_ Arggggggggggggghhhhhhhhhhhhhhh! Soooooocooooooorrooooooooo!!!” - gritava a mamãe. O papai de Sofia correu para saber o que tinha acontecido: “_Meu amor o que foi? O que aconteceu?" A mamãe vendo que Sofia olhava assustada tratou de responder: “_ Um dragão enorme estava dentro do balde de roupas, quando fui pegar o balde, lá estava ele saltando para o tanque, foi horrível.” · Sofia no mesmo momento começou a imaginar a cena, um dragão daqueles que vira nos filmes e nos desenhos animados, ali em sua casa, que coisa bacana! Mas dentro de um balde? Achou graça. "Quando papai encontrar este dragão, uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu Vou pegar uma salsicha na geladeira e pedir pra ele cuspir fogo nela e deixá-la bem quentinha para colocá-la em meu pão com maionese e cat-chup, hummmm que delícia.” ·

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Enquanto isso seu pai procurava incansavelmente pelo "dragão" que mamãe tinha encontrado, ou seria o dragão que encontrara a sua mamãe? A imaginação de Sofia voava, já se imaginava em cima do dragão... “Ah, que legal! O dragão do desenho sabia voar, será que este dragão da mamãe também sabe? Vou pedir a ele para subir em suas costas e voar pelas ruas daqui, nunca as vi lá de cima...” · E voava mais alto: “Vai dar pra fazer churrasco sem acender a churrasqueira, hehehehehe, é só pedir pro dragão assoprar a carne crua dentro do prato...” · A cada instante, uma nova ideia surgia, mas nada do papai encontrar o dragão até que... "_ Aliiiiiiiiiiiiiii, está aliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, pega, pega." - gritou a mamãe apontando para debaixo do armário da lavanderia. “Que estranho, como um dragão caberia debaixo de um armário?” - estranhou Sofia. O papai, tal como um príncipe corajoso e guerreiro pegou o dra... drag... dragão????

Page 18: outras histórias infantisinfantisstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/1515122.pdf · E a menina corria pela casa toda sorridente, esquecera por momentos de bater a porta da cozinha

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"_ Ué papai, mas isto não é um dragão, é uma lagartixa!" - retrucou a menina. “_ Meu príncipe, meu reiiiiiiiiiiiiiii, você capturou esse dragão horrível!" - agradecia a mamãe. Sofia ficou um catiquim decepcionada em ver que o dragão não se tratava bem de um dragão e sim de uma indefesa lagartixa, que sua mãe tinha verdadeiro pavor, mas ainda assim continuou sonhando... “Pensando bem não vou conseguir subir em suas costas para voar... Ainda sobrou sua cauda, será que ela me levaria sentada ali para subir pelas paredes e no teto para eu poder ver o mundo de cabeça para baixo?" _ continuou com seus devaneios.

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Índice

A PORTA GIGANTE QUE MORDE DEDINHOS................................5

LILI E SEU PIANINHO ENCANTADO............................................9

O DIA DE SOL QUE A CIGARRA CANTOU...................................13

O MUNDO QUE NÃO CONHECIA AS PALAVRAS MÁGICAS.........16

A BRUXINHA QUE DAVA DOCINHOS..........................................21

O LIVRO DE PONTINHOS............................................................25

A MENININHA QUE TINHA UM GATINHO NO PEITO...............28

O DRAGÃO DA LAVANDERIA.......................................................32 _____________________________________________

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Copyright © 2009 Hideli Mary Estork Cavalcanti Coelho

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