outras formas lÍricas -...
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Ao final desta aula, você deverá:
z reconhecer outras formas líricas não-tradicionais;
z identificar as características dessas formas.
Conhecer outras formas líricas.
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OUTRAS FORMAS LÍRICAS
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AULA VIOUTRAS FORMAS LÍRICAS
1 INTRODUÇÃO
Como você viu na aula anterior, formas líricas expressam
um sentimento subjetivo, manifesto em composições poéticas
das mais variadas. Tais composições experimentaram
modificações ao longo do tempo, afetadas por contextos
culturais específicos. Assim, uma forma lírica encontrada
na Antiguidade guarda somente em parte suas atribuições e
características encontradas naquela época. No mais das vezes,
as formas não suportaram a determinação do tempo. Você já
ouviu falar em ode, haicai e soneto? Nesta aula, verá como se
apresentam essas formas e suas principais características.
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Outras formas líricasFundamentos de Teoria da Literatura
2 A ODE
A ode, originária do grego oidê, consiste num poema de
exaltação. Assim como outras formas poéticas, a ode também
era destinada ao canto e, formalmente, obedece ao esquema
em que os versos são divididos em quartetos, com medidas
variadas. Ainda entre os gregos, as odes eram classificadas
segundo a temática que deveriam exaltar. Assim, há vários
tipos de odes:
● Pindáricas: são odes que exaltam acontecimentos,
bem como homens ilustres;
● Sacras: como o nome sugere, exaltam a religião e
estão relacionadas a cantos originários da fé;
● Filosóficas: são odes de temáticas contemplativas e
de reflexão;
● Sáficas: tematizam assuntos de caráter moral;
● Ditirambos: odes que celebram os prazeres;
● Amorosas ou pastoris: que exaltam assuntos amenos
e graciosos.
Da mesma maneira que ocorre com outras
formas fixas, a ode, ao longo do tempo, se moderniza,
culminando, no século XIX, com o afastamento das
estruturas de forma fixa, mantendo-se apenas a
temática de exaltação, bem como a musicalidade grave
e solene. Isto pode ser observado na ode ao lado, do
poeta chileno Pablo Neruda:
ODE AO GATO (tradução: Eliane Zagury)
Os animais foram imperfeitos,
compridos de rabo, tristes de cabeça.
Pouco a pouco se foram compondo,
fazendo-se paisagem, adquirindo pintas, graça vôo.
O gato, só o gato apareceu completo
e orgulhoso:
SAIBA MAIS
Medida: diz-se da métrica, ou seja, o tamanho de verso, que pode ser quan-tificado num processo chamado metrificação, versificação. Trata-se de saber quantas sílabas exis-tem num verso e, assim, medir seu tamanho que adquirirá, com isto, uma nomenclatura própria. Deste modo, os versos podem ser monossilábicos, duossilábicos, trissilábicos etc. Já o quarteto, é um tipo de estrofe composta por quatro versos metri-ficados, ou seja, com medidas rigorosamente
iguais.
Fonte: pt.wikipedia.org/
wiki/Medida.
PARA CONHECER
Pablo Neruda, poeta, nascido em
Santiago do Chile em 1904, ga-nhador
do prêmio Nobel de literatura em
1971, falecido em 1973 de câncer na
próstata. Postumamente, foram pu-
blicadas suas memórias em 1974, com
o título Confesso que vivi . Em 1994, o
filme chamado Il Postino (também co-
nhecido como O Carteiro e O Poeta ou
O Carteiro de Pablo Neruda no Brasil e
em Portugal) conta sua história numa
ilha na Itália com sua terceira mulher,
Matilde. No filme, Neruda torna-se
amigo de um carteiro que lhe pede
para ensinar a escrever versos (para
poder conquistar uma bonita moça do
povoado).
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Pablo_Neruda.
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nasceu completamente terminado, anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro, a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado, o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha, o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato quer ser só gato
e todo gato é gato do bigode ao rabo, do pressentimento à ratazana viva, da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade como ele, não tem
a lua nem a flor tal contextura:
é uma coisa só como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave. Os seus olhos amarelos
deixaram uma só ranhura
para jogar as moedas da noite.
Oh pequeno imperador sem orbe, conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial sultão do céu
das telhas eróticas, o vento do amor na intempérie
reclamas quando passas
e pousas quatro pés delicados
no solo, cheirando,
desconfiando de todo o terrestre,
porque tudo é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente da casa, arrogante vestígio da noite,
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preguiçoso, ginástico e alheio,
profundíssimo gato, polícia secreta dos quartos,
insígnia de um
desaparecido veludo, certamente não há
enigma na tua maneira, talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertences ao habitante menos misterioso
talvez todos acreditem, todos se acreditem donos,
proprietários, tios de gato, companheiros,
colegas, discípulos ou amigos do seu gato.
Eu não. Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato. Tudo sei, a vida e o seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável, a botânica
o gineceu com os seus extravios, o pôr e o menos da matemática, os funis vulcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo, a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote, mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença, os seus olhos têm números de ouro.
Fonte: www.tanto.com.br/neruda-ode.htm.
Você deve notar que essa ode apresenta características
modernas (considerando que Neruda viveu no século XX), isto
é, não segue uma estrutura fixa, conserva apenas a temática de
celebração (no caso específico, uma celebração ao “gato’). Você
pode perceber que, durante todo o poema, há uma verdadeira
exaltação ao “gato”, salientando suas qualidades, por exemplo:
“Oh pequeno imperador sem orbe,/ conquistador sem pátria,/
mínimo tigre de salão, nupcial sultão do céu...”.
O poema também apresenta, na figura celebrativa do
“gato”, algumas de suas características que o distinguem
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dos outros animais, fazendo com que o gato seja um animal
especial e completo, como você pode observar em: “O
homem quer ser peixe e pássaro, /a serpente quisera ter
asas, /o cachorro é um leão desorientado, /o engenheiro
quer ser poeta, /a mosca estuda para andorinha, /o poeta
trata de imitar a mosca, /mas o gato quer ser só gato...”.
Você deve perceber que o tom de exaltação frequente
está em todo o poema, mas essa exaltação não segue uma
estrutura rígida, fechada, com os versos sem uma métrica
específica.
3 O HAICAI
É um tipo de composição poética de origem oriental,
japonesa, que se caracteriza pela brevidade de seus versos.
Apresenta versos curtos que sugerem grandes reflexões sobre
a vida. O haicai tradicional é estruturado em três versos,
somando dezessete sílabas; o primeiro e o terceiro com sete e
o segundo, com cinco sílabas. Esse tipo foi bastante difundido
pelo poeta japonês Matsuo Bashô, que viveu no século XVIII.
Modernamente, o haicai ganha
ares mais libertos, com uma
estrutura não tão rígida, tendo
sido largamente utilizado no
Brasil por poetas como, por
exemplo, Manuel Bandeira,
Paulo Leminski, Milôr Fernandes
e Alice Ruiz.
Você verá, abaixo, alguns
exemplos de poemas haicais
de autoria de Bashô, portanto,
relacionados à estrutura
tradicional, bem como poemas
de Alice Ruiz, com estrutura
moderna:
O corvo pousa em um galho morto
noite de outono(Matsuo Bashô)
PARA CONHECER
Matsuo Bashô nasceu Matsuô Munefusa ou simplesmente Bashô, em Tóquio, no Japão, em 1644, falecendo em 1694. É considerado o codificador do cânone do tradicional poema haicai japonês. Em 1666, com a morte de um jovem amigo, Bashô ficou impedido de continuar em sua casa. Pouco se sabe sobre essa época de sua vida. Seus poemas, entretanto, continuaram a ser publicados. Em 1672,
Bashô edita uma antologia, Kai Ooi, que ele próprio organizou, com estilo simples e natural. Professor de poesia, chegou a ter 20 discípulos. Após a publicação de Minashiguri, antologia de versos publicada em 1684, realizou a primeira de suas quatro viagens pelo Japão. É dessa época (1685) seu haicai mais célebre, No antigo lago, e também o seu livro mais famoso, Sendas de Oku.
Fonte: http://www.sumauma.net/haikumasters/basho/basho-haicai1.html.
FIGURA 2: Matsuo BashôFonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/0/02/Basho_by_Buson.jpg
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Primeira chuva de inverno o macaco também parece querer
uma capa de palha(Matsuo Bashô)
Primeira folha de outonono chão começao meio do ano.
(Alice Ruiz)
Fim do diaporta abertao sapo espia(Alice Ruiz)
Fonte: www.sumauma.net/gremio/palestra-rosa.html.
Você pode notar que os poemas são breves, geralmente
com três versos, formando uma única estrofe. Nos primeiros
versos, são apresentados sempre um problema, uma temática,
como uma constatação, para, em seguida, ser inserido um
elemento perturbador sobre o objeto apresentado. O desfecho
provoca a refexão, apresentando um outro verso que sintetiza
e abre novas possibilidades de interpretação.
4 O SONETO
Uma das formas mais tradicionais de composição poética,
o soneto quer dizer pequeno som e tem origem italiana,
provavelmente no século XIII. É uma forma fixa rigorosa,
estruturada em estrofes de dois quartetos e dois tercetos,
totalizando um poema de 14 versos. Na Itália, o soneto foi
largamente utilizado pelos poetas Dante Alighieri e Petrarca.
Em língua portuguesa, dos mais notórios são os sonetos criados
pelo poeta português Luis de Camões.
Considerado um dos mais notáveis sonetistas da
história literária, Camões fez alguns dos mais importantes e
belos poemas nesta forma fixa. Vamos ler este soneto abaixo,
bastante conhecido, que trata do amor e suas reações:
Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.
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É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Você pode notar que o
poema é construído numa estrutura
fixa, composta invariavelmente,
nas duas primeiras estrofes, de
quatro versos, e nas duas últimas
estrofes, de três versos. O soneto
tem, na métrica (contagem das
sílabas poéticas), um diferencial,
pois os versos são de métrica
decassílaba (dez sílabas métricas),
o que o torna extremamente
complexo na sua feitura. O tema,
embora livre no soneto clássico ou
tradicional, geralmente trata do
amor, expressando o lirismo das
mais variadas vertentes. No soneto
de Camões, você pode notar a
busca da definição de amor:
“Amor é um fogo que arde sem se ver, / é ferida que dói, e não se sente; / é um contentamento
descontente”
Note também a contradição
típica encontrada quando se tenta
definir esse amor:
“É um não querer mais que bem
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Luis Vaz de Camões, poeta português nascido em 1524 e falecido em 1580. As informações sobre a sua biografia são relativamente escassas e pouco seguras, apoiando-se num número limitado de documentos e breves referências dos seus contemporâneos. A própria data do seu nascimento, assim como o local, é incerta, tendo sido deduzida a partir de uma Carta de Perdão Real de 1553. A sua família teria ascendência galega, embora se tenha fixado em Portugal séculos
antes. Pensa-se que estudou em Coimbra, mas não se conserva qualquer registro seu nos arquivos universitários. Serviu como soldado em Ceuta, por volta de 1549-1551, aí perdendo um olho. D. Sebastião concedeu-lhe uma tença, recompensando os seus serviços no Oriente e o poema épico que publicara: Os Lusíadas. Camões morreu a 10 de junho de 1580, ao que se diz, na miséria. No entanto, é difícil distinguir aquilo que é realidade, daquilo que é mito e lenda romântica, criados em torno da sua vida. Da obra de Camões, foram publicados, em vida do poeta, três poemas líricos, uma ode ao Conde de Redondo, um soneto a D. Leonis Pereira, capitão de Malaca, e o poema épico Os Lusíadas. Foram ainda representadas as peças teatrais Comédia dos Anfitriões, Comédia de Filodemo e Comédia de El-Rei Seleuco.
Fonte: http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/camoes.html.
FIGURA 2 - Luis Vaz de Camões
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/Main_Page
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querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
Essa contradição demonstra a incapacidade de o poeta
definir esse amor, que se quer de difícil compreensão.
Mas o soneto eternizado por Camões, em língua
portuguesa, conhece outra forma, não tão comum para
nós, brasileiros, e não tão difundida nos países latinos, que
é o soneto inglês ou elisabetano, desenvolvido pelo poeta e
teatrólogo inglês William Shakespeare. O soneto inglês é
composto por duas estrofes únicas que totalizam quatorze
versos. No entanto, diferente do soneto de origem italiana, pois
as estrofes comportam doze versos seguidos, na primeira, e
dois versos ou dístico, na segunda.
A diferença entre o soneto composto por William
Shakespeare e aquele que você viu, composto por Camões,
está na estrutura. Shakespeare foi o introdutor da modalidade
de soneto, que, embora conserve os mesmos quatorzes
versos do soneto italiano,
utilizado por Camões, se
difere ao utilizar as duas
estrofes mencionadas
anteriormente. Vamos ver
abaixo um típico exemplo
desse poema em forma de
soneto inglês, de autoria de
Shakespeare:
SONETO LXXXVIII
Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
PARA CONHECER
William Shakespeare, nascido em 1564 e falecido em 1616, foi um poeta e dramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de “Bardo do Avon” (ou simplesmente The Bard, “O Bardo”). De suas obras, restaram até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos e diversos outros poemas. Suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do globo, e são encenadas mais do que qualquer outro dramaturgo. Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos até os nossos dias, sendo revisitados com frequência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre suas obras mais conhecidas, estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that’s the question (Ser ou não ser,
eis a questão).
Fonte: http://www.lovers-poems.com/poemas-de-amor-shakespeare.html
FIGURA 4 - William ShakespeareFonte:http://commons.wikimedia.org/wiki/
File:William_Shakespeare_by_John_Taylor.jpg
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De ocultas faltas, onde estou enfermo; Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício: Curvando sobre ti amor tamanho, Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto: Por ti todas as culpas eu suporto.
Note que este soneto obedece a uma estrutura bastante
diferente daquela ilustrada por Camões. Embora sejam os
mesmos quatorze versos, requisitos necessários para o soneto,
o de Shakespeare tem uma disposição distinta: são agrupados
em doze versos seguidos e mais dois versos. Esse tipo de
estrofe final, composta de dois versos isolados, é chamado de
dístico.
Agora que conhece outras formas líricas, vamos às
atividades!
ATIVIDADES
1. Um dos sonetos que você viu nesta aula, de autoria de Camões, certamente lhe é bastante familiar não só aos olhos, mas também aos ouvidos. Pesquise que conhecido grupo musical brasileiro, da década de 1980, colocou melodia e gravou em formato musical o poema, com pequenas variações, e aponte as semelhanças e diferenças entre os dois gêneros de expressão artística, a literatura e a música, a partir do poema. Outrossim, veja se a música conserva a estrutura encontrada no poema.
2. Aponte a diferença entre o soneto italiano e o soneto inglês.
3. Pesquise sobre a obra de Luis de Camões e Willian Shakespeare, e apresente um poema de cada um deles, mostrando as diferenças estruturais.
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LEITURA RECOMENDADA
RESUMINDO
Nesta aula, você viu que o gênero lírico se expressa de diversas formas, podendo assumir formas tradicionais ou clássicas, como as odes e os sonetos, bem como não-tradicionais, encontradas no tratamento moderno das odes e dos haicais. A poesia lírica, de acordo com a concepção cultural, vai encontrar formas diferenciadas de tratamento ao longo do tempo, como é o caso dos sonetos de origem italiana e inglesa.
Para complementar esta aula, recomendo a leitura de ARISTÓTELES, HORÁCIO E LONGINO. Apresentação e introdução de Jaime Bruna. A poética clássica. São Paulo: Cultrix, 1981.
Na próxima aula... verá a forma especial “epopeia”.
BERRIO, Antonio Garcia; FERNANDEZ, Teresa Hernández. Poética: tradição e modernidade. São Paulo: Littera Mundi, 1999.
GOLDSTEIN, Norma. Versos, sons ritmos. São Paulo: Ática, 1985.
GONÇALVES, Magaly Trindade; BELLODI, Zina C. Teoria da literatura ‘revisitada’. Petrópolis: Vozes, 2005.
LIMA, Luiz Costa. Teoria da literatura em suas fontes. 2. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.
SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e. Teoria da literatura. 5. ed. Coimbra: Almedina, 1986.
SOARES, Angélica. Gêneros literários. São Paulo: Ática, 2000.
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Suas anotações
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