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1 PLANO ESTRATÉGICO OURIQUE 2020 - Componentes Social e Económica

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PLANO ESTRATÉGICO

OURIQUE 2020

- Componentes Social e Económica –

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Maria Inácia Faria, aluna nº 32422

Ordenamento e Gestão do Território, 2006/07

O relatório que a seguir se apresenta é apenas um exercício escolar

(vol 1 – Diagnóstico; Vol. 2 – Estratégia)

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Vol. 1

DIAGNÓSTICO

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ÍNDICE I Introdução 5 1.1 - Apresentação 5 1.2 - Porquê o concelho e Ourique? 6 1.3 - Objectivos 6 1.4 - Metodologia 7 1.5 - Dificuldades encontradas 7 1.6 - Cronograma de Actividades 8 II – ENQUADRAMENTO TERRITORIAL 8 2.1 - Freguesias Conceição 9 Garvão 9 Ourique 9 Panóias 10 Santa Luzia 10 Santana da Serra 10 III – COMPONENTE SOCIAL 3.1 – Estrutura e dinâmica demográfica 11 3.2 – Educação e formação profissional 11 3.3 - Saúde 12 3.4 – Acção Social 12 3.5 – Desporto 12 3.6 – Cultura 12 3.7 – Habitação 12 IV – COMPONENTE ECONÓMICA 4.1 – Estrutura sectorial 14 4.2 - Turismo, Património e Cultura 14 4.3 - Infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento económico 15 V – SÍNTESE DA ANÁLISE SWOT 5.1 – Matriz da Análise Interna 16 5.2 – Matriz da Análise Externa 18 5.3 – Matriz SWOT 21 Bibliografia / Referências 22 Anexos 24

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I – INTRODUÇÃO O Planeamento Estratégico territorial consiste em projectar um futuro desejável para um determinado território, por exemplo uma cidade, um município ou uma região, identificando num plano de acção os meios para o realizar. O diagnóstico foi produzido com base na análise SWOT. A análise interna permitiu reconhecer as potencialidades e as debilidades. A análise externa serviu para identificar os factores que criam as oportunidades, ou seja, aquilo que tem capacidade de aumentar o potencial de um território e as ameaças, isto é, os obstáculos que o território enfrenta. O Relatório que a seguir se apresenta corresponde ao 1º volume do “Plano Estratégico do Município de Ourique 2007-2020. O Diagnóstico Estratégico tem como finalidade identificar as principais características sócio-económicas do município de Ourique e respectivas potencialidades, debilidades, oportunidades e ameaças. A análise tem em consideração o contexto regional, nacional e europeu em que o município se insere. O presente documento, corresponde ao diagnóstico do plano estratégico de desenvolvimento sustentável para o concelho de Ourique. Por desenvolvimento sustentável entendemos o desenvolvimento que satisfaz as carências do presente, sem pôr em causa a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas necessidades. 1.1 - Apresentação À partida, o objectivo era fazer uma apreciação da actual situação económica do concelho de Ourique mas logo se constatou que essa dependia de pequenos estudos – estrutura demográfica, formação profissional, turismo – tendo-se então optado por fazer um pequeno estudo socio-económico do concelho. Entendeu-se prioritário conhecer as dificuldades com que se depara diariamente a população local, neste sentido entrevistaram-se alguns residentes que manifestaram as suas preocupações quanto ao futuro da região. Não foram realizados estudos sectoriais exaustivos, sequer se abordaram actividades relacionadas com a produção de cortiça, a exploração mineira ou a conservação do ambiente, pelo que não se apurou da sua importância para o desenvolvimento da região. Analisaram-se dados estatísticos obtidos junto do Instituto Nacional de Estatística e ao seu cruzamento com informação recolhida nos meios de informação (jornais, rádio, televisão, Internet) e procedeu-se à redacção de um pequeno relatório. O estudo está dividido em dois volumes, o primeiro é uma análise das estruturas demográficas, culturais, sociais e económicas da região, da qual

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resulta o inventário das fragilidades existentes mas também dos potenciais a desenvolver, tendo em conta alguns condicionantes exteriores. O segundo volume é a apresentação de um conjunto de propostas para o desenvolvimento global do concelho. No Plano Geral de Urbanização (PGU) foram identificadas as zonas protegidas, as estruturas da rede viária, a localização de equipamentos de interesse colectivo mas não as áreas degradadas a recuperar ou requalificar. Em 2001 o PGU foi revogado pelo Plano Director Municipal1 (PDM) que veio definir o regime de ocupação, uso e transformação do solo em todo o território do concelho de Ourique. Neste foram assinaladas as restrições e servidões de utilidade pública e aconselhada a elaboração de Planos de Urbanização e Planos de Pormenor (PP) para todos os aglomerados urbanos, que não foram ainda elaborados, razão porque não existe um desenho urbano que defina os espaços públicos de estacionamento, as zonas verdes ou os parâmetros urbanísticos, nomeadamente indicadores da densidade de fogos, números de pisos, cores e materiais a utilizar. Ficaram também estabelecidas no PDM, quer a estrutura ecológica municipal e respectivos sistemas de protecção dos recursos naturais, culturais, agrícolas e florestais, quer as áreas e identificação de estratégias para a localização e desenvolvimento de actividades, industrias, comerciais, turísticas e de serviços. 1.2 - Porquê o concelho de Ourique? Por conhecer razoavelmente o concelho e considerar que as suas potencialidades estão subaproveitadas. Tomando como ponto de partida alguns dados estatísticos, nomeadamente uma taxa de mortalidade elevada, uma reduzida taxa de natalidade e o “abandono” da população residente entre 1991 e 2001, iniciou-se um estudo sobre a situação sócio-económica deste concelho. Procuraram-se justificações para os números encontrados e soluções que de algum modo possam inverter a sua tendência. 1.3 - Objectivos Partindo de uma realidade sócio-económica, elaborar um plano estratégico com vista ao desenvolvimento do município de Ourique, para que num prazo de dezena e meia de anos seja uma região valorizada.

1 - Resolução do Conselho de Ministros nº 35/2001 de 3 de Abril que ratifica o Plano Director Municipal

de Ourique e Declaração de Rectificação nº 9-A/2001 de 3 de Abril que rectifica a Resolução do

Conselho de Ministros nº 35/2001 de 3 de Abril.

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1.4 - Metodologia Para realização deste trabalho realizaram pesquisas na Internet, em: http://www.anmp.pt/ (pesquisa em 10/10/06) http://www.ccdr-a.gov.pt/ (pesquisa em 07/10/06) http://www.DiáriodoAlentejo.pt http://www.ine.pt/ (pesquisa em 06/10/06) http://www.railfaneurope.net/pix/new/09_sep25-pt/pix.html (14/10/06) Procedeu-se a recolha de informação através de: - Entrevistas (por telefone) a indivíduos residentes no concelho; - Envio de e-mail à da Câmara Municipal de Ourique (resposta não recebida); - Envio de e-mail ao Diário do Alentejo que respondeu não ser possível ceder qualquer informação que pudesse contribuir para o presente estudo. - Colaboração do senhor Presidente da Junta de Freguesia da Conceição. Foi feita uma primeira consulta da seguinte legislação: - Portaria nº 589/97 de 4 de Agosto que fixa o perímetro da Zona Especial de Protecção do Castro da Cola, no concelho de Ourique. - Resolução do Conselho de Ministros nº 64/99 de 25 de Junho que aprova a delimitação da Reserva Ecológica Nacional (REN) do município de Ourique. - Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro que estabelece o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial. - Decreto-Lei nº 384-B/99 de 23 de Setembro que cria diversas zonas de protecção especial e revê a transposição para a ordem jurídica portuguesa das Directivas nºs 79/409/CEE, do Conselho de 2 de Abril e 92/43/CEE do Conselho de 21 de Maio. - Resolução do Conselho de Ministros nº 35/2001 de 3 de Abril que ratifica o Plano Director Municipal de Ourique. - Declaração de Rectificação nº 9-A/2001 de 3 de Abril que rectifica a Resolução do Conselho de Ministros nº 35/2001 de 3 de Abril. - Resolução do Conselho de Ministros nº 154/2003 de 29 de Setembro que aprova o Plano de Ordenamento da Albufeira do Monte da Rocha. Dificuldades encontradas - A Câmara Municipal de Ourique não tem página na Internet. - Escassa informação on-line sobre as freguesias que compõem o concelho. - Pouca bibliografia sobre o concelho disponível no mercado.

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- Ausência de receptividade da Câmara Municipal de Ourique - Alguma informação contraditória nos meios de comunicação. Cronograma de Actividades

Semanas

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª

Pesquisa prévia de informação; Primeiros contactos; Apresentação da proposta de trabalho; Selecção e analise da informação recolhida; Repetir contactos; Síntese da informação; Execução de quadros e gráficos de suporte; Produção e entrega da 1ª versão do relatório; Reflexão sobre o trabalho produzido; Correcção de erros encontrados na 1ª versão e aperfeiçoamento do projecto; Entrega do Projecto Final. II – ENQUADRAMENTO TERRITORIAL Inserido na Região de Turismo Planície Dourada, o concelho de Ourique pertence ao distrito de Beja que por sua vez pertence à na NUT III Baixo Alentejo e esta à NUT II Alentejo.Com 660 km² é apenas 7,72% do território do Baixo Alentejo (8544,6km²). Constituído por 6 freguesias Conceição, Garvão, Ourique, Panóias, Santa Luzia e Santana da Serra. Esta região conta com três cursos de água principais – o Guadiana, o Sado e o Mira – e vários pequenos rios, ribeiros, na sua maioria afluentes dos primeiros. Existem duas albufeiras na região, a do Monte da Rocha (Ourique) e a de Santa Clara (Odemira) que para além da sua utilização principal

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(abastecimento às populações e rega) são espaços privilegiados para a prática de pesca desportiva e desportos náuticos. Nesta zona caracterizada por extensas planícies, destacam-se as serras da Adiça/Ficalho (518m), Alçaria Ruiva (370m) e Mu/Caldeirão (577m) que serve de fronteira entre o Baixo Alentejo e o Algarve. Com um clima mediterrânico, a região regista pouca precipitação anual, concentrada no período do Outono/Inverno quando as temperaturas médias variam entre o 8º e os 12º. Os Verões são quentes e secos com temperaturas médias entre os 21º e os 25 º atingindo frequentemente os 35º durante o dia. 2.1 - Freguesias2 Conceição – situada no extremo norte do concelho de Ourique, tem uma área de 33,3km² e uma população de 141 habitantes.

Actividades económicas: agricultura, pecuária, pequeno comércio. Património: Moinho de água, Igreja. Equipamentos: Lar de idosos, Extensão do Centro de Saúde,

Garvão – com 851 habitantes numa área de apenas 44,4 km², a sua origem remonta à Época do Ferro.

Actividades económicas: Agricultura, pecuária, indústria corticeira, carpintarias, indústria alimentar artesanal e anualmente a Feira de Garvão, considerada de grande importância pelo grande volume de transacções. Património: Igreja matriz, Igreja de S. Sebastião, Igreja de S. Pedro, uma ponte romana e um Forte3 rodeado por duas ribeiras, do qual ainda restam vestígios de muros feitos de pedra sobreposta e taipa. Equipamentos: Extensão do Centro de Saúde, Farmácia, Estação de Caminho-de-ferro, Associação de Defesa e Património de Garvão, Centro Social de Cultura e Recreio, Grupo Coral “Alma Alentejana” e Grupo Infantil de Garvão.

Ourique – com excepcional tradição histórica, esta sede de concelho com 663,4 km², fica situada numa pequena elevação que lhe permite a contemplação do imenso território envolvente.

Actividades económicas: comércio local, agricultura, pecuária, pequenas oficinas de carpintaria e serralharia, panificação, construção civil e indústria hoteleira. Património: Igrejas Matriz, Jardim e Miradouro do Castelo4, Torre do Relógio, Castro da Cola5, um moinho de água e outro de vento ainda em funcionamento enriquecem o seu património.

2 Dados do Instituto Nacional de Estatística, relativos à população residente em 2001.

3 Imóvel de Interesse Público (IIP, Decreto nº 29/90, DR 163 de 17 Julho 1990).

4 Construídos sobre os troços de muralha do antigo castelo do século XIV.

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Equipamentos: Centro de Saúde, Farmácia, Estação de caminho-de-ferro, Ourique Desportos Clube, Associação Columbófila Ouriquense, Clube de Caçadores, Bombeiros Voluntários do Concelho de Ourique.

Panóias – esta vila fica situada numa elevação, tem 634 habitantes e uma área de 110,5 km².

Actividades económicas: trabalhos de agricultura, pecuária e algum comércio. Património: Uma Igreja matriz, a Igreja de S. Romão, Estação de Caminho-de-Ferro e a Mina do Montinho constituem o património que conta ainda com a Barragem do Monte da Rocha. Equipamentos: Extensão do Centro de Saúde, Clube Desportivo e Cultural de Panóias, Clube Columbófilo de Panóias, Grupo Instrumental “Os Sons do Campo” e uma Associação de Caçadores.

Santa Luzia – situada a cerca de 21 km do concelho, tem 393 habitantes e 34,9 km².

Actividades económicas: agricultura, pastorícia, tecelagem e olaria artesanal, pequeno comércio e actividades ligadas à construção civil. Património: Igreja, Moinhos Antigos. Equipamentos: Lar de idosos, Extensão do Centro de Saúde, Escola de 1º Ciclo; Jardim-de-infância.

Santana da Serra – com 1139 habitantes numa área de 191,1 km², faz fronteira com o Algarve.

Actividades económicas: agricultura, pecuária, exploração florestal, panificação artesanato (pintura em loiça) e pequeno comércio. Património: Igreja Matriz, moinhos de vento, moinhos de água e ainda a Barragem de Santa Clara que também pertence ao concelho de Odemira. Gastronomia Equipamentos: Extensão do Centro de Saúde, Grupo Desportivo

Santanense. 5 Classificado como Monumento Nacional (Decreto 16/06/1910) e Imóvel de Interesse Público (IIP,

Decreto 29/60, DR 17/07/1990.

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III – COMPONENTE SOCIAL 3.1 – Estrutura e dinâmica demográfica O concelho de Ourique sempre esteve identificado com a escassez de recursos económicos e a um grande fluxo emigratório. Em 1991 a população do era de 6597 habitantes, tendo diminuído para 6199 habitantes, em 2001, pelo que a variação da população nesta década foi negativa (-6%).

Com uma taxa de natalidade de 6,6‰, uma taxa de mortalidade de 19,1‰ e um índice de envelhecimento de 283,3% (dados de 20046), este é um concelho que caminha para a desertificação e onde já existem freguesias em risco de extinção (Conceição do Alentejo e Santa Luzia com menos de 350 eleitores). Entre 2001 os indivíduos com 65 e mais anos representavam 30,42% da população total, em oposição ao grupo etário com menos de 14 anos, com 10,58% e ao grupo dos 15 a 24 com 10,95% da população. O índice de dependência dos idosos7 no ano de 2001 era já de 6,17, o que anuncia grande dificuldade no processo de substituição de gerações. 3.2 – Educação e formação profissional Em 2001 a região do Baixo Alentejo tinha 18% de população analfabeta, tendência seguida pelo concelho de Ourique que, embora tenha registado uma descida de 4% na taxa de analfabetismo entre 1991 e 2001 (de 30,2% para 26,2%), em 2001 ainda registava uma taxa de analfabetismo de 9% e uma descida do número total de alunos de 726 para 651, entre 2003 e 20058. Já em Janeiro de 2007, foi adquirido novo mobiliário escolar e material informático que veio beneficiar os alunos de seis escolas e jardins-de-infância, “investimento de cerca de 40 mil euros, totalmente financiado pela Câmara Municipal de Ourique”9. Ainda em Janeiro ficou concluída a Carta Educativa do concelho de Ourique, incluída no projecto das Cartas Educativas do distrito de Beja, cuja promoção foi da responsabilidade da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e a Escola Superior de Educação de Beja. O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) promove regularmente cursos de formação profissional para aprendizagem e aperfeiçoamento das técnicas artesanais e outros direccionados para as actividades hoteleiras.

6 Dados do Instituto Nacional de Estatística, estimativa em 2004.

7 IDI =(Pop≥65anos/Pop15-64anos)*100

8 Dados em http://www.drealentejo.pt/ (12 de Janeiro de 2007)

9 Dados em http://www.correioalentejo.com (05 de Janeiro de 2007)

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3.3 - Saúde

Menos de 1 médico para 1000 habitantes10 (0,8), num total de 5 médicos no concelho, trabalham nas 5 extensões de saúde dispersos pelas freguesias e na unidade de internamento do Centro de Saúde de Ourique. A deslocação do médico a cada uma das freguesias é proporcional à sua densidade populacional, por exemplo à freguesia de Panóias o médico vai duas vezes por semana. Em todo o concelho há 1 farmácia em Ourique, 1 em Garvão, 1 posto de farmácia em Santana da Serra e 1 Panóias. 3.4 – Acção Social As creches e jardins-de-infância públicos apoiam as famílias que necessitam de um local para deixar as suas crianças, enquanto trabalham, sendo que todas as freguesias têm um jardim-de-infância a funcionar. Os poucos jovens que ainda habitam o concelho não dispõem de muitas alternativas para ocupar os seus tempos livres, para além dos clubes recreativos nada mais existe. Em todas as freguesias do concelho, os idosos dispõem de Lares onde podem ficar em regime permanente e Centros de Dia que os acolhem durante o dia ou lhes prestam apoio domiciliário, nomeadamente fazendo a higiene diária da habitação e o fornecimento de refeições. 3.5 – Desporto Os clubes desportivos continuam a ser o ponto de encontro de novos e velhos, é aqui que jogam ao chinquilho, às cartas, comentam o jogo de futebol da terra ou a ultima caçada. O desporto automóvel tem alguma expressão no concelho, estando já agendados o Vodafone Rally de Portugal 2007: Especial de Loulé – S. Barnabé e Ourique e o XXVI Rali Pedras d’el Rei (automóveis antigos) – Cascais / Beja com passagem em Ourique. 3.6 – Cultura Não há registo de cinema ou museus, apenas uma biblioteca e uma galeria de arte, dos quais não está contabilizado o número de visitantes. 3.7 – Habitação O concelho contava com 4053 alojamentos familiares em 2001. Em 2004 concluíram-se 41 edifícios habitacionais e foram concedidas 20 licenças para

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Dados do Instituto Nacional de Estatística, estimativa em 2003.

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construção novas habitações. De assinalar nos últimos anos, uma crescente procura de terrenos para construir edifícios de segunda habitação e de casas antigas para restauração. Relativamente a o consumo de energia eléctrica registou um gasto de 1,7 milhares de KWH/consumidor em 2003, o que se aproxima do valor do Baixo Alentejo com 1,9 e fica ligeiramente abaixo dos valores nacionais com 2,4 milhares de KWH/consumidor.

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IV – COMPONENTE ECONÓMICA 4.1 – Estrutura sectorial Agricultura, Produção Animal, Floresta, Silvicultura Segundo o INE, 24,4% das empresas sedeadas no concelho estão ligadas aos trabalhos de agricultura, pecuária e afins. Existe já alguma produção hortícola e frutícola de qualidade reconhecida nacionalmente (vinhos, azeite, laranja,…). Verifica-se uma maior organização nas culturas de sequeiro, regadio e sazonais e também a introdução de novas culturas como a beterraba e os pomares de regadio (citrinos, pessegueiros, ameixeiras,…). O processo de reflorestação aposta numa floresta de qualidade rica em sobreiros, azinheiras, pinheiros e eucaliptos que para além de constituir um importante pilar económico é também um elemento fundamental do equilíbrio ambiental e paisagístico. Construção Civil, Indústria Nos 21,1% das sociedades sedeadas no sector secundário incluem-se, entre outras, a construção civil, o artesanato e a indústria agro-alimentar (fabrico de mel, medronho, pão, queijos, enchidos, doçaria, …). A indústria ligada à transformação de frutos começa a desenvolver-se, apostando na excelência do produto, no sentido de responder a nichos de mercado específicos quer nacionais quer internacionais. Comércio e Serviços O sector terciário conta com 54,5% de empresas sedeadas, entre elas algumas unidades hoteleiras: 1 alojamento particular, 3 casas de hóspedes e 1 pensão que não respondem às exigências dos novos segmentos turísticos, o que se traduz na escassa adesão de turistas e visitantes que se dirigem ao Posto de Turismo de 228 (2000) para 171 (2004). Espera-se para breve a reconversão do antigo monte alentejano da Quinta da Arrábida (freguesia de Panóias), um aldeamento turístico que promete serviços de excelência, numa paisagem única. A expectativa de 2600 novos postos de trabalho (directos e indirectos), o aumento da população residente e a recuperação económica a médio e longo prazo, fazem dele um potencial candidato a Projecto de Interesse Nacional (PIN). Em 2003, registavam-se no concelho três instituições bancárias, sendo certo que só este ano foi instalada na freguesia de Panóias tem uma “caixa de multibanco”. 4.2 - Turismo, Património e Cultura Do valioso património cultural, contam-se os típicos Montes Alentejanos (Cruz da Pedra, Torre Vã, Cabeça de Marco, São Romão, Ferraria ou Montenegro, …); os Moinhos de água e de vento; as Igrejas ou as Minas poderão ser uma mais-valia a juntar ao clima e à paisagem.

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O artesanato decorativo, em conjunto com a gastronomia mais elaborada, é um atractivo da região, bem como os tradicionais pratos de gaspacho, açorda, sopa de tomate, ensopado de borrego, jantar de feijão, doce de abóbora, associados a uma lenda regional fazem as delícias de qualquer turista. 4.3 - Infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento económico

Transportes As acessibilidades são escassas. Aeroporto não existe e o mais perto fica a 160km, na cidade de Faro. A auto-estrada do Sul-Lisboa/Algarve, o IP1 e IP8 são das ligações principais deste concelho com o exterior, enquanto que uma rede de estradas municipais faz as ligações locais e inter-regionais. As linhas ferroviárias que em tempos foram a principal ligação com Lisboa, hoje pouco movimento registam. Existem estações em Montenegro, Garvão, Panóias, Funcheira e Ourique, mas os comboios só param na Funcheira e também em Panóias quando se trata do regional. A notícia do suprimento do comboio Inter-cidades Lisboa-Beja levou o Presidente da Câmara de Beja a interceder junto da CP que acedeu em manter esse serviço com frequência de duas vezes/dia e paragem na Funcheira (freguesia de Garvão). Os transportes rodoviários regionais fazem carreira em todas as freguesias, bem como a rede de expressos e um autocarro internacional que faz paragem em Ourique. O concelho dispõe de uma razoável rede de infra-estruturas: em 1999 registavam-se 1950 postos telefónicos da PT, em 2001 a electricidade chegava a 94,6% da população e em 2002, 84% da população era abastecida por água, enquanto 79,8% tinha rede de saneamento. Energias renováveis Ourique dá exemplo nesta matéria. O projecto-piloto levado a efeito por um consórcio entre a EDP e o Centro para a Conservação de Energia (CCE) para a instalação de um sistema hibrído eólico-fotovoltaico, constituído por três “centrais eléctricas” independentes que produzem no seu conjunto um total de 42 kW para a componente solar e 55 kW para a componente eólica. Este projecto foi aplicado a montes isolados, abrangendo cerca de 120 pessoas que passaram a dispor, para além de energia eléctrica para uso doméstico, água canalizada em casa e água de regadio (para cerca de 50 hectares porque o projecto inclui a colocação de bombas de água eléctricas).

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V – SÍNTESE DA ANÁLISE SWOT 5.1 – Matriz da Análise Interna

COMPONENTE SOCIAL

Pontes Fracos Pontes Fortes

População envelhecida Capacidade para receber população

Taxa de natalidade abaixo da média nacional

População “aberta” para receber imigrantes

Taxa de mortalidade e índice de envelhecimento acima da média nacional

Forte tradição cultural e etnográfica: cantigas e lendas regionais

Pirâmide demografia desequilibrada: maior crescimento da população idosa, relativamente à população jovem

Feiras e festas tradicionais com projecção nacional

Alta taxa de analfabetismo Existência de colectividades em todas as freguesias

Um elevado número de famílias a viver em situação de extrema pobreza

Gastronomia tradicional rica

Taxa de desemprego superior à media nacional

Apatia da população face à realidade

Núcleos populacionais dispersos

Incapacidade institucional face ao agravamento dos problemas

Risco de descaracterização territorial

Pouco intercâmbio entre as colectividades das várias freguesias

Equipamentos sociais subaproveitados

Alguns monumentos históricos (Castelo de Ourique)

Degradação de edifícios antigos (montes, estações de caminhos-de-ferro, moinhos,..)

Inexistência de um Plano de Saúde de Emergência, com capacidade de resposta rápida e adequada

Forte sazonalidade

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COMPONENTE ECONÓMICA

Pontes Fracos Pontes Fortes

Baixos valores de rendimento percapita

Localização: poucos quilómetros do porto de Sines, do Algarve e de Espanha

Sector primário com muito peso na economia

Clima e paisagem

Baixa industrialização Baixos níveis de poluição

Insuficiente valorização e gestão dos produtos de “marca local”

Espaço suficiente para a instalação de parques tecnológicos

Inexistência de uma rede de transportes de apoio turístico

Albufeira do Monte da Rocha: - Inserida numa área com características ambientais e paisagísticas de elevado potencial recreativo; - Classificada como albufeira de águas públicas, protegida pelo Decreto Regulamentar nº 2/88 de 20 de Janeiro

Dificuldade de adequação das estruturas rurais existentes, às praticas da agricultura moderna no quadro da União Europeia

Possibilidade de usufruir das potencialidades da Barragem de Santa Clara (Concelho de Odemira)

Carência de politicas turísticas estimuladoras do sector turístico

Delimitação de uma Reserva Agrícola Nacional (RAN)

Oferta hoteleira pouco diversificada e de nível médio

Delimitação de uma Reserva Ecológica Nacional11 (REN)

Formação profissional do sector turístico de baixa qualidade

Existência das minas de Aljustrel e Neves Corvo12

Fraca especialização no sector das novas tecnologias

Inexistência de unidades de produção do sector de comunicação

Endividamento da autarquia

Rede rodoviária desajustada às necessidades da população residente

Ligações rodoviárias com objectivo principal “servir” horários laborais e escolares

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Aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros nº 64/99, DR de 25/06/1999. 12

Embora com uma previsão de durabilidade de médio prazo

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5.2 – Matriz da Análise Externa

COMPONENTE SOCIAL

Ameaças Oportunidades

Crescente desmotivação da população

População imigrante poderá ser “recurso de povoamento”

Ausência de atractivos para fixar a população jovem

Constituição da Associação Desportiva e Cultural de Alçarias (em projecto)

Aumento do isolamento das populações residentes

Lançamento do manual de “Boas Práticas de Gestão em Sobreiro e Azinheira”, na Feira do Montado em Portalegre (30/11/2006)13

Alto risco de desertificação Movimento BAAL 2114

Mudança de hábitos da população: - valorização das actividades ao ar livre; - mais exigência na qualidade dos espaços; - cada vez mais as pessoas consomem “lugares”

COMPONENTE ECONÓMICA

Ameaças Oportunidades

Mão-de-obra ligada à extracção mineira com poucas perspectivas de trabalho a longo prazo

Capacidade de fabricar produtos de “qualidade e marca local”

Poucas parcerias com entidades internacionais

Possibilidade de intercâmbio com o Alentejo Litoral

Diminuição do poder de compra local e Nacional

Edifícios antigos para restaurar

Lenta retoma económica nacional e internacional

Pedreira de Reguengo de Matos15 com uma vida útil prevista de 70 anos

Instalação da unidade de transformação artesanal de porco alentejano Montaraz de Garvão (Janeiro 2007)

Abrandamento do crescimento económico na Zona Euro

Instalação de uma pequena fábrica de cerveja na Aldeia de Alçarias (brevemente)

Previsão de cortes substanciais nos subsídios da União Europeia a atribuir

Pista Agrícola da Torre Vã com possibilidade de ser melhor

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Caderno de Economia, Jornal Público de 30/11/06 14

Movimento cívico pelo desenvolvimento do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral 15

Informação de acordo com o Estudo de Impacte Ambiental da Ampliação da Pedreira de Reguengo de

Matos levado a efeito pela empresa Mota & Companhia, SA., Junho/ 2002.

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a longo prazo à agricultura e ao desenvolvimento rural, em benefício dos novos Estados-Membros

aproveitada

Proposta do Orçamento de Estado (OE) para 2007 em diminuir significativamente as verbas definidas no Programa de Investimentos e Despesas da Administração Central (PIDDAC) 16

Construção de duas estações de tratamento de águas residuais (Conceição e Alcarias)

Obras morosas e dispendiosas Aldeamento turístico da Quinta da Arrábida, nas margens da barragem do Monte da Rocha (em projecto)17

Centralização excessiva dos recursos e oportunidades em Évora

Fundos Estruturais: - Verbas do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e Fundo Social Europeu (FSE) atribuídas ao Alentejo pela União Europeia, entre 2007- e 2013, no âmbito do apoio a Regiões Portuguesa Pobres18.

Atribuição de maior importância ao eixo Lisboa – Évora /Badajoz – Madrid, relegando para segundo plano Sines – Beja – Ficalho / Sevilha

Atribuição de 11% das verbas do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) ao Alqueva19

O projecto TGV não beneficiar a região do Baixo Alentejo, face às expectativas criadas nos agentes económicos

Projecto para instalação de três fábricas de biocombustível em Sines (conclusão em 2008)20

Risco de “descaracterização” pelos novos métodos de cultivo e produção de azeite

Transformação de parte da Base Aérea de Beja em aeroporto civil (inicio da obra prevista para Dez/06 e conclusão 2008)

Construção da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja (em projecto, prevista para 2007)

Obras de beneficiação nos troços de ligação entre freguesias do concelho e vizinhas (em estudo)

Inicio das ligações ferroviárias regulares e directas na linha Évora – Beja21

Em 21/09/06 inicio dos trabalhos para

16

Caderno de Economia, Jornal Diário de Noticias de 18/10/2006 17

Jornal Diário de Noticias de 27/12/2004 e 18

Caderno de Economia, Jornal Público de 7/06/2006 19

Caderno de Economia, Jornal Público de 6/12/2006 20

Caderno de Economia, Jornal Diário de Noticias de 04/12/2006 21

Caderno Local, Jornal Público de 6/11/2006

Page 20: Ourique Plano 2020

20

a elaboração do Plano Regional de Ordenamento do Território – Alentejo (PROTA) (conclusão prevista para Setembro/07)22

A revisão das linhas orientadoras do Plano Nacional da Politica de Ordenamento do Território (PNPOT) poderá o momento oportuno para o reconhecimento da importância do eixo mais a sul (Sines – Beja – Ficalho / Sevilha), atendendo ao posicionamento geo-estratégico do porto de Sines

Fonte de matérias-primas: - Agro-pecuárias, Cortiça, barro, pedras;

Possibilidades de ser um pólo de produção e distribuição de géneros alimentares

Construção do empreendimento turístico Quinta da Arrábida (em fase de arranque)

Investimento luso-espanhol na aplicação das novas tecnologias à agricultura, especialmente à olivicultura “em regime intensivo de regadio”

22

Diário do Alentejo, edição on-line de 27/09/2006

Page 21: Ourique Plano 2020

21

5.3 – Matriz SWOT

ANÁLISE EXTERNA

Oportunidades

Ameaças

ANÁLISE INTERNA

Pontos Fortes

As novas condições do mercado da energia e os

apoios públicos às energias renováveis podem

viabilizar a instalações de unidades produtoras de

energia renovável (eólica, solar, biomassa, etc.) para

aproveitamento das excelentes condições naturais

existentes.

A concorrência turística de outros municípios

da Região pode ser contrariada por um

aproveitamento adequado dos recursos

museológicos e do património cultural

existentes no concelho.

Pontos Fracos

A crescente valorização do Ecoturismo, Enoturismo,

Turismo Rural pode ser aproveitada como factor de

desenvolvimento do município se forem corrigidas as

deficiências existentes no domínio das infra-estruturas

hoteleiras.

A existência de mão-de-obra mais qualificada

nos municípios vizinhos e noutras partes da

região, favorece a localização de novas

actividades económicas nesses locais e menos

no município, tendência que poderá ser

atenuada ou contrariada se for superado o

baixo grau de formação profissional da

população do concelho.

Page 22: Ourique Plano 2020

22

Bibliografia / Referências

Fontes http://www.alentejodigital.pt/ccdra/ http://www.anmp.pt/ (pesquisa em 10/10/06) http://www.ccdr-a.gov.pt/ (pesquisa em 07/10/06) http://www.DiáriodoAlentejo.pt (pesquisa em 07/10/06; 12/01/07) http://www.ine.pt/ (pesquisa em 06/10/06) http://www.railfaneurope.net/pix/new/09_sep25-pt/pix.html (14/10/06) http://www.rt-planiciedourada.pt/___RTPD/___rtpd.html

Page 23: Ourique Plano 2020

23

ANEXOS

VOL. 1

Page 24: Ourique Plano 2020

24

Unidade Territorial

Densidade Populacional

2004

Área, Km2 2004

População Residente HM

1991 2001 Variação, %

Portugal 114,3 92117,5 9867147 10356117 5

Alentejo (NUT II) 24,3 31550,9 782331 776585 -7

Baixo Alentejo (NUT III) 15,3 8542,2 143020 135105 -5,5

Beja 30,5 1147,1 35827 35762 -0,2

Município de Ourique 8,8 663,4 6597 6199 -6,6

Fonte:INE

Unidade Territorial

Indicadores Demográficos em 2004

Taxa de Natalidade

(‰)

Taxa de Mortalidade

(‰)

Taxa de Nupcialidade

(‰)

Índice de envelhecimento (%)

Portugal 10,4 9,7 4,7 108,7

Alentejo (NUT II) 9,2 13,0 3,8 170,4

Baixo Alentejo (NUT III)

9 15,2 3,5 177,8

Beja 11,5 11,9 3,7 137,7

Município de Ourique

6,6 19,1 1,4 283,3

Fonte:INE Unidade Territorial

(Freguesia) Área Total

Km² 2001 2001 1999

População Residente

H/M

Densidade Populacional

Hab/Km²

População Agrícola

(indivíduos)

População23

Agrícola

%

Conceição 33,3 141 4,2 58 41,13

Garvão 44,4 851 19,2 148 17,39

Ourique 250,3 3041 12,2 517 17

Panóias 110,5 634 5,7 155 24,45

Santa Luzia 34,9 393 11,2 90 62,90

Santana da Serra 191,1 1139 6 721 63,30

Fonte:INE Actividade Económica em 31/12/2004

Sociedades Sedeadas

Município de Ourique

Baixo Alentejo (NUT III)

Alentejo (NUT II)

Portugal

Sector Primário 24,4% 20,9 14,3 2,7

Sector Secundário 21,1% 15,4 19,5 23,6

Sector Terciário 54,5% 63,7 66,2 73,7

Fonte: INE

23

Na falta de outros elementos, a percentagem de População Agrícola obteve-se equacionando os dados

de 1999 e 2001

Page 25: Ourique Plano 2020

25

Unidade Territorial

Taxa de Actividade HM

(%)

Taxa de Desemprego HM

(%)

Taxa de

Analfabetismo %

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Município de Ourique 37,1 41,3 10,2 10,5 30,2 26,2

Baixo Alentejo (NUT III) 38,8 42,5 14,3 11,5 23,3 18,2

Alentejo (NUT II) 42,0 45,4 9,2 8,4 20,2 15,9

Portugal 44,6 48,2 6,1 6,8 11,0 9,0

Fonte:INE Indicadores Sociais - Município de Ourique

1991 2001 2003

Médicos por 1000 Habitantes -- -- 0,8

Farmácias por 1000 Habitantes -- -- 0,8

Hospitais Oficiais -- -- --

Hospitais Particulares -- -- --

Centros de Saúde com Internamento

-- -- 1

Extensões dos Centros de Saúde

-- -- 5

Farmácias 2

Estabelecimentos de Ensino (1ºciclo do Ensino Básico, Público)

-- -- 12

Estabelecimentos de Ensino (2ºciclo do Ensino Básico, Público)

-- -- 2

Estabelecimentos de Ensino (3ºciclo do Ensino Básico, Público)

-- -- 1

Estabelecimentos de Ensino (Ensino Secundário Público)

-- -- 1

Estabelecimentos de Ensino (Ensino Superior Publico)

-- -- --

Bibliotecas -- -- 1

Galerias de Arte e Outros Espaços

-- -- 1

Fonte:INE Nota: os dados referentes a 2003 e 2004 são apenas estimativa uma vez que o ultimo Censos foi em 2001

População Residente - Concelho de Ourique (indivíduos)

1991 % Pop. 2001 % Pop. Variação %

Com menos de 14 anos 964 14,61 656 10,58 -32,0

Dos 15 a 24 anos 820 12,43 679 10,95 -17,2

Dos 25 aos 64 anos 3205 48,58 2978 48,04 -7,1

Com 65 e mais anos 1608 24,37 1886 30,42 17,3

Total 6597 100,00 6199 100,00 -6,0

Índice dependência dos idosos IDI=(Pop≥65anos/Pop15-64anos)*100

Page 26: Ourique Plano 2020

26

Nível de Escolaridade de população Residente - Concelho de Ourique (indivíduos)

2001

Analfabetos com 10 ou mais anos 1515

1ºciclo do Ensino Básico 2329

2ºciclo do Ensino Básico 672

3ºciclo do Ensino Básico 583

Ensino Secundário 597

Ensino Médio 16

Ensino Superior 237

Evolução da população escolar 1996 – 2005, no Concelho de Ourique

96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05

Jardim de Infância 103 115 114 103 94 120 137 114 86

1º Ciclo 235 221 225 217 203 192 193 194 199

2º Ciclo 131 113 105 116 111 111 117 99 87

3º Ciclo 198 197 176 179 168 166 178 172 179

Ensino Secundário 150 169 172 113 109 127 101 82 100

Total do Concelho 817 815 792 728 685 716 726 661 651

Fonte: http://www.drealentejo.pt/rede/

Concelho de Ourique – Instrumentos de Gestão Territorial

Freguesia Designação do Plano

Situação Instrumentos Legais

Conceição não dispõe de PU

Garvão não dispõe de PU

Ourique Plano Geral de Urbanização de Ourique

Revogado pelo PDM

1 - Plano Geral de Urbanização de Ourique; Aprovado, Declaração da DGOT, DR 27 – II Série, 02-02-1993; 2 - Revogado pelo PDM, RCM nº 35/2001, DR 79 – I Série B, 03-04-2001

Panóias não dispõe de PU

Santa Luzia não dispõe de PU

Santana da Serra não dispõe de PU

Fonte: http://www.ccdr-a.gov.pt (06/10/2006)

Page 27: Ourique Plano 2020

27

Vol. 2

ESTRATÉGIA DE

DESENVOLVIMENTO

Page 28: Ourique Plano 2020

ÍNDICE

1 – Introdução 29 2. Objectivos 31 3. Proposta de estratégia de desenvolvimento/medidas a adoptar 32 31. Quadro síntese da Proposta 34 4. Matriz de coerência interna 37 5. Fichas de caracterização das Medidas 38

Page 29: Ourique Plano 2020

29

Volume II

1. Introdução Feito o diagnóstico do concelho no volume I, o volume II tem como objectivo analisar os resultados encontrados e definir um plano sólido para o desenvolvimento do turismo no concelho, mobilizando promotores empresariais, entidades formadoras, nomeadamente o Instituto do Emprego e Formação profissional (IEFP) e Politécnicos mas também particulares. Verificou-se que essa mobilização em prol do desenvolvimento local nem sempre é praticada, existem dificuldades de cooperação inter-freguesias e por vezes a falta de diálogo compromete o bom ritmo dos trabalhos e o sucesso de algumas iniciativas. Foram analisadas as actividades económicas (agricultura, turismo, comércio e serviços), as infra-estruturas existentes para apoio ao desenvolvimento económico, educação, saúde e apoio social e identificadas as debilidades e as potencialidades do concelho, bem como as ameaças e as oportunidades vindas do exterior, de forma a atenuar essas dificuldades, com vista a agarrar as oportunidades. Com uma estrutura demográfica duplamente envelhecida, é preciso atrair população jovem que para além de constituir mão-de-obra em idade activa, assegurará o repovoamento e a continuidade das gerações futuras. Formar os mais jovens e requalificar profissionalmente os menos jovens, garantindo-lhes a equivalência de competências num quadro de referências europeu, é indispensável para que o concelho diminua a taxa de desemprego e também a taxa de analfabetismo que está ainda muito acima da média nacional. Os equipamentos sociais e desportivos existentes nas freguesias mostram-se suficientes para as necessidades da população, no entanto é necessário fomentar o intercâmbio cultural entre as localidades e reforçar os laços sociais. Muito ligado ao sector primário, o concelho que viveu a “reforma agrária” de forma intensa, começa agora a derivar para outras actividades, algumas delas ligadas ao artesanato, pequenas indústrias alimentares e de construção civil. Com uma excelente localização, aceitáveis acessibilidades e uma razoável rede de infra-estruturas, poderá, num futuro próximo, implantar uma rede de transportes para apoio ao turismo, facilitando desse modo a mobilidade dos potenciais turistas. Destes factores não estão alheios os empresários que “promovem” o terreno e a habitação, fazendo-os atingir preços de tal modo elevados que apenas ficam acessíveis para um nicho de mercado da classe média alta. Se por um lado essa sobrevalorização pode ser condicionante, por outro, selecciona logo à

Page 30: Ourique Plano 2020

30

partida a qualidade do “parque habitacional”, criando condições para o turismo de qualidade. Para cada um dos domínios brevemente analisados haverá certamente uma estratégia a aplicar, no sentido de contrariar as debilidades e desenvolver as potencialidades, no entanto, considerando a complexidade do processo, apenas se desenvolveram os domínios sociais e económico, tendo sido delineados alguns eixos estratégicos, para atingir o objectivo principal que é transformar Ourique num concelho vocacionado para o turismo do século XXI, com capacidade para responder às exigências dos novos consumidores que cada vez mais apreciam a qualidade de vida, do ambiente.

Eixos Estratégicos

Apoiar as actividades económicas tradicionais

Valorizar o espaço, o ambiente e o património

Criar infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento

Atrair o investimento exterior

Adequar políticas públicas às necessidades locais

O “projecto da Arrábida”, ainda em fase de arranque, está já a contribuir para o “entusiasmo” da população que nele vê uma oportunidade de revitalização das localidades vizinhas. É importante ver o modo aberto como a população recebe estes projectos, assim como o afecto e o modo natural com que acolhe os potenciais turistas, este “saber-receber” é também uma mais valia a ter em conta num processo de revitalização regional.

Page 31: Ourique Plano 2020

31

2. Objectivos Transformar Ourique num Concelho luso-europeu de excelência, único e competitivo, onde a igual de oportunidades é garantida, num território de elevada qualidade ambiental e patrimonial, promovendo o desenvolvimento sustentado. Este objectivo foi firmado após a identificação de duas oportunidades consideradas determinantes para o desenvolvimento da região: • A sua posição geo-estratégica; • O facto de ter excelentes características climáticas, patrimoniais e ambientais. A estratégia assenta no desenvolvimento de dois elementos principais: • O aproveitamento do património histórico do concelho; • A rentabilização do binómio localização/clima. Para o aproveitamento destas potencialidades deverá ser fomentada a implementação de redes globais de informação, comunicação, transportes, comércio e investimento. Atingir o objectivo global que consiste na transformação dum concelho carenciado, num território de elevada qualidade ambiental e patrimonial, qualificado e competitivo, implica fortalecer a coesão entre freguesias, melhorar a qualidade de vida da população, promover o desenvolvimento local, sendo para isso urgente melhorar as acessibilidades, recuperar o património local e actuar na formação de recursos humanos. Apoiar as actividades económicas tradicionais, nomeadamente o artesanato; valorizar o espaço, o ambiente e o património, preservando paisagens protegidas, recuperando vários edifícios antigos; adequar políticas públicas às necessidades locais e criar infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento de modo a tornar o concelho atraente ao investimento exterior são medidas que terão que ser tomadas para o desenvolvimento local, mas num quadro de aproximação à Europa. Perante as particularidades do concelho, entende-se que a actividade turística poderá ser o ponto de partida para o arranque económico da região. Partindo de um programa de desenvolvimento turístico, que aproveita os recursos naturais e geográficos, pode incentivar-se o crescimento económico da região, criando postos de trabalho e atraindo população jovem para o concelho. O concelho poderá ser uma alternativa ao turismo algarvio e isso não significa estar apenas vocacionado para um segmento mais exigente ou para uma determinada faixa etária. As condições de espaço, clima, localização e qualidade ambiental proporcionam-lhe uma abertura a vários mercados turísticos. Se por um lado, tem excelentes condições para receber população turística acima dos 65 anos (clima, sossego, espaço, património cultural, …), o facto de estar perto da Barragem do Monte da Rocha garante-lhe a adesão dos mais jovens à prática de campismo, caça e desportos radicais.

Page 32: Ourique Plano 2020

32

3. Proposta de estratégia de desenvolvimento/medidas a adoptar Todas as entidades, públicas ou privadas, têm o dever de promover acções que visem o desenvolvimento sustentado da região, assim: - A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), cumprindo o estipulado na resolução do Conselho de Ministros nº 28/2006, lançou já linhas de orientação com vista ao desenvolvimento sustentável da região, especialmente do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. - Da revisão das linhas orientadoras do Plano Nacional da Politica de Ordenamento do Território (PNPOT) surgiu o reconhecimento da importância do eixo mais a sul, atendendo ao posicionamento geo-estratégico do porto de Sines. - A comissão dinamizadora do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (BAAL) aprovou em 21/10/2006 uma Carta de Princípios que expõe as fragilidades e aponta caminhos possíveis para o aproveitamento das potencialidades da região na cultura, agricultura, pesca, ambiente (…). Este documento poderá servir de base para uma reflexão conjunta das entidades interessadas ou até mesmo de “mola impulsionadora” para o desenvolvimento local. Algumas medidas foram já adoptadas para fomentar o intercâmbio entre freguesias, por exemplo: - Em matéria de protocolos e cooperação com outras entidades a Junta de Freguesia de Conceição assinou um protocolo com o Centro de Revalidação e Certificação de Competências de Mértola, com vista à formação dos seus trabalhadores (iniciado em Novembro /06); - Em parceria com a Junta de Freguesia de Casével (concelho de Castro Verde), a Freguesia de Conceição assinou um protocolo com a Liga para a Protecção da Natureza, com o objectivo de dinamizar um percurso pedestre na freguesia. De inquestionável importância na economia nacional o montado atravessa um período de declínio, razão que levou o Governo a iniciar uma acção pedagógica com o lançamento de um documento informativo, especialmente dirigido aos profissionais do sector e agricultores em geral. Esta medida vem responder à necessidade de modernização do sector agrícola, nomeadamente no que respeita à reflorestação e à protecção ambiental. O Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) prevê a atribuição de verbas aos melhores projectos de “inovação e desenvolvimento empresarial” a nível nacional, pelo que é de todo o interesse a apresentação atempada de projectos válidos para a instalação de unidades empresariais no concelho. A manutenção e criação de postos de trabalho é sem duvida uma meta a atingir e todas as unidades promotoras de emprego são válidas, mesmo

Page 33: Ourique Plano 2020

33

quando o seu número de empregados é reduzido como é o caso da Pedreira de Reguengo de Matos em Ourique com uma vida útil prevista de 70 anos, mantém actualmente 20 postos de trabalho directos24, produz cerca de 2.000 toneladas/dia e estima-se que tenha um movimento diário de 50 camiões. A diversificação e introdução de culturas é já uma realidade, sendo de salientar uma associação de investidores portugueses e espanhóis que adquiriu mais de 25 mil hectares de “boas terras” na zona de Beja, no âmbito dum projecto de desenvolvimento agrícola que para além de dinamizar a agricultura tradicional, veio também criar um “novo modelo de olival”, irrigado a partir do caudal ecológico do Guadiana. No entanto, os métodos utilizados neste projecto (não tradicionais) estão a preocupar algumas entidades alentejanas que consideram o azeite produzido em regadio de menor qualidade do que o tradicional de sequeiro, o que poderá pôr em causa a reputação do azeite nacional. Por outro lado, há quem considere que também a criação de postos de trabalho ficou aquém do esperado. Ainda numa politica de modernização agrícola e em cumprimento do projecto de rega do Alqueva, num período que se prevê até 2013, espera-se a atribuição de 534,8 milhões de euros que poderão ser aplicados na instalação de estufas, desenvolvimento de produções hortofrutícolas e de floricultura, e dos quais caberá uma fracção ao concelho de Ourique. A criação de emprego, ligado a novas indústrias poderá ser um dos caminhos para o crescimento económico, mesmo quando instaladas fora do concelho, pelo que a instalação de três fábricas de biocombustível em Sines foi considerado um Projecto de Interesse Nacional (PIN). Economicamente importante e criando altas expectativas para a região, o Aldeamento da Quinta da Arrábida é um projecto turístico para a construção de dois hotéis de cinco estrelas, moradias, apartamentos e dois campos de golfe de 18 buracos. Para além dos postos de trabalho directos e indirectos que se espera venha a criar, irá ser o primeiro complexo turístico do concelho. Os apoios públicos são uma realidade local, em 31/05/2006 e no âmbito do Eixo Prioritário I a autarquia usufruía da “bonificação de juros em linhas de crédito ao investimento autárquico” com vista a obras várias, nomeadamente para: - Construção do Cineteatro Sousa Telles; - Construção da biblioteca Municipal, um centro de exposições e um centro de convívio; - Electrificação Rural do concelho; - Centro Cultural e Recreativo de Panóias; - Centro Cultural de Grandaços; - e ainda para o loteamento destinado a habitação Social na Cerca do Rosa. 24

De acordo com o Estudo de Impacte Ambiental da Ampliação da Pedreira de Reguengo de Matos

levado a efeito pela empresa Mota & Companhia, SA., Junho/ 2002.

Page 34: Ourique Plano 2020

34

3.1. Quadro síntese da Proposta Objectivo Plano Linhas de

Orientação Medida a adoptar

Tra

nsfo

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r O

uri

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um

C

on

celh

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uste

nta

do

.

LOE1: Recuperação demográfica

Medida 1: Construir núcleos habitacionais de baixo custo

Co

mp

on

en

te S

ocia

l

Medida 2: Criação de linhas de

crédito à habitação especialmente destinadas a jovens residentes nas freguesias do concelho

LOE2: Dinamização cultural

Medida 3: Fomentar o intercâmbio entre freguesias do concelho e exteriores; Medida 4: Difundir diversas formas e cultura (teatro, cinema, arte, fotografia, pintura, …); Medida 5: Criar um Festival de Juventude multidisciplinar;

LOE3: Reafirmação da identidade local

Medida 6: Divulgar: - O artesanato (pintura em loiça, trabalhos em cortiça, bordados, …); - A gastronomia regional (mel, porco preto, doçaria tradicional, pão, queijos, enchidos, …); - As lendas e os testemunhos populares.

LOE4: Recuperação do património histórico

Medida 7: Restaurar e conservar montes típicos, antigas estações da CP, moinhos de água e de vento, …

LOE5: Aproveitamento dos espaços naturais

Medida 8: Promover a prática organizada e regular de: - Desportos náuticos e pesca desportiva nas barragens; - Caça turística nas reservas de caça; - Percursos turísticos (em bicicleta, a pé ou nas tradicionais carroças) - Equitação; - Outros desportos

LOE6:

Edificação de novos

Medida 9: Construir um novo Lar de Idosos na Freguesia da Conceição (em projecto); Medida 10: Construir novos

Page 35: Ourique Plano 2020

35

equipamentos sociais e desportivos e melhoramento dos existentes

parques infantis desportivos; Medida 11: Remodelar escolas e equipamentos; Medida 12: Adquirir uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) para responder em tempo útil às necessidades urgentes da população do concelho (em negociações com a Câmara de Ourique)

Co

mp

on

en

te E

co

mic

a

LOE1: Promover condições ao investimento turístico

Medida 13: Ser alternativa turística ao Algarve; Medida 14: Construir empreendimentos turísticos direccionados para mercados diversos;

LOE2: Modernizar as estruturas agrícolas e pecuárias

Medida 15: Florestar e reflorestar as terras agrícolas; Medida 16: Adaptar a produção às necessidades do mercado nacional e internacional Medida 17: Promover e assegurar a excelência da qualidade dos produtos

LOE3: Diversificar das actividades económicas

Medida 18: Apostar na indústria das energias alternativas

Medida 19: Colocar as novas tecnologias ao serviço das populações

Medida 20: Instalação de unidade de produção de telemóveis

LOE4: Ajustamento das políticas de defesa ambiental com os interesses dos novos investidores

Medida 21: Atribuição de “prémios” a projectos de desenvolvimento sócio-económico que respeitem o ambiente; Medida 22: Construção de duas estações de tratamento de águas residuais – Conceição e Aldeia das Alcarias – (em estudo)

LOE5: Maior investimento na Formação Profissional

Medida 23: Protocolos entre freguesias e outras entidades

LO6: Modernização da

Medida 24: Electrificação da linha entre Casa Branca e a

Page 36: Ourique Plano 2020

36

via-férrea existente

Funcheira

LOE7: Melhoramento da rede de transportes rodoviários

Medida 25: Diversificar os horários das carreiras, adequando-os às necessidades das populações residentes

Page 37: Ourique Plano 2020

37

4. Matriz de coerência interna

Medida Impacto

Medida: Construir núcleos habitacionais de baixo custo

- Aumento da população jovem e em idade activa

Medida: Criação de linhas de crédito à habitação especialmente destinadas a jovens residentes nas freguesias do concelho

Medida: Fomentar o intercâmbio entre freguesias do concelho e exteriores; Medida: Difundir diversas formas e cultura (teatro, cinema, arte, fotografia, pintura, …); Medida: Criar um Festival de Juventude multidisciplinar;

- Diminuição do isolamento local; - Aumento da solidariedade entre freguesias

Medida: Divulgar: - O artesanato (pintura em loiça, trabalhos em cortiça, bordados, …); - A gastronomia regional (mel, porco preto, doçaria tradicional, pão, queijos, enchidos, …); - As lendas e os testemunhos populares.

- O exterior começa a conhecer o concelho e as suas potencialidades

Medida: Restaurar e conservar montes típicos, antigas estações da CP, moinhos de água e de vento, …

- Mudança da paisagem e valorização do espaço

Medida: Promover a prática organizada e regular de: - Desportos náuticos e pesca desportiva nas barragens; - Caça turística nas reservas de caça; - Percursos turísticos (em bicicleta, a pé ou nas tradicionais carroças) - Equitação; - Outros desportos

- Maior frequência de jovens e instituições ligados ao desporto que divulgarão “fora de portas” as potencialidades locais

Medida: Atribuição de “prémios” a projectos de desenvolvimento sócio-económico que respeitem o ambiente;

- Preservação do ambiente Medida: Construção de duas estações de

tratamento de águas residuais – Conceição e Aldeia das Alcarias – (em estudo)

Medida: Electrificação da linha entre Casa Branca e a Funcheira

- Aumento da qualidade de vida da população local; - Diminuição do factor distância

Medida: Diversificar os horários das carreiras, adequando-os às necessidades das populações residentes

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5. Fichas de Caracterização das Medidas

LOE: Recuperação demográfica

Medidas: Construir núcleos habitacionais de baixo custo - Criação de linhas de crédito à habitação especialmente destinadas a jovens residentes nas freguesias do concelho

Resultado: procura de habitação no concelho e aumento da densidade populacional

LOE: Aproveitamento dos espaços naturais

Medida: Promover a prática organizada e regular de: - Desportos náuticos e pesca desportiva nas barragens; - Caça turística nas reservas de caça; - Percursos turísticos (em bicicleta, a pé ou nas tradicionais carroças) - Equitação; - Outros desportos

Resultado: aproximação dos jovens que poderão ser os futuros habitantes do concelho; - Aumento de interesse por parte dos investidores que passarão a reconhecer e valorizar as potencialidades locais.

LOE:

Edificação de novos equipamentos sociais e desportivos e melhoramento dos existentes

Medidas: Construir um novo Lar de Idosos na Freguesia da Conceição (em projecto); - Construir novos parques infantis desportivos; - Remodelar escolas e equipamentos; - Adquirir uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) para responder em tempo útil às necessidades urgentes da população do concelho (em negociações com a Câmara de Ourique); - Diversificar os horários das carreiras, adequando-os às necessidades das populações residentes

Resultado: aumento da qualidade de vida das populações, nomeadamente dos idosos que são em grande número. - Mais condições de habitabilidade que poderão ser uma forma de fixação de jovens

LOE: Promover condições ao investimento turístico

Medidas: Ser alternativa turística ao Algarve; - Construir empreendimentos turísticos direccionados para mercados diversos;

Resultado: existência de um pólo turístico de qualidade e com capacidade de reposta para várias camadas sociais e etárias

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