osfundamentos cosmologicos de umaeco … · do big bang relata a cosmo genese e as suas fases...

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OS FUNDAMENTOS COSMOLOGICOS DE UMA ECO-FILOSOFIA EM TEILHARD DE CHARDIN* E ntreos precursores de renome l quecontribuiram para formar o "campo" plutidimensionalda 'jovem"ciencia: Eco-filosofia de hoje, ainda in statu nascendi, de modo direto ou indireto, em maior oumenor grau, sem dllvida, ocupa um lugar distinto 0 padre jesuita Pierre Marie JosephTeilhard de Chardin (1881-1955),0 qual, no decorrerdasua vida, repleta de pesquisae medita9ao, de "escava90es e viagens", de renllllcia e sofrimento, da impressao, numa aproxima9ao analogica, de celebrar um longo "oficio" da liturgia cosmica. Comocientista esabio, paleont610go e ge610go, mistico e visionario, era capaz de perscrutar a hist6ria do Universo, de explicar 0 mecanismo da e\'olur;ao c6smica, de escutar 0 "bio-ritmo" da Terra, nela ler 0 passado ever o futuro, de perseguir as origens e os caminhos dos seresvivos, preocupar- se com a condir;ao "humana" e de contemplar a Presenr;a Divina nas enh'anhas da Materia, Desde a inrancia ate a velhice, 0 "filho da Terra" e0 "filho do Ceu" - pOl'que assim se julgava sempre - era capaz de ofertar, sem resto, 0 afeto e 0 amor, a "Ten'a-Demeter", conforme 0 queele mesmo afirma: "E pOl'que nao a adoraria de fato,aela, a Estavel, a Grande,a Rica, a Mae, a Divina? Nao e elaeternae imensa a sua maneira, aquelacuja ausenciaa nossa imaginar;ao se recusa a conceber, tanto na distancia extrema do espar;o como no recuo indefinido dos seculos? ao e elasubstancia lmica e univer- sal, afluidez etereaque todas as coisas partilham entre si, sem a dirninuir nem quebrar') Nao e ela geradora absolutamente fecunda, a Terra Mater", que traz em si as sementes de toda a vida e0alimento de toda a alegria? Nao e ela, simultaneamente, aorigem comum dos Seres, e, tillico Termo com que podemos sonhar,a Essencia primitiva e indestrutivel de que tudoemanae a qual tudo regressa, ela, ponto de partida de todo 0 crescimento e limite de todaa * COll1uniea~ao apresentada no X Eneontro Naeional de Filosofia da ANPOF; Sao Paulo, 3 de SET.de 2002 . •• Doutorado pela Universidade Cat61ica Portuguesa de Braga. Professor de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Recife. I No meio daqueles que precederam e prepararam 0 "campo" da Ecofilosofia de hoje, alem de Teillard deChardim, podem e devem ser incluidos alguns pensadores como: Arthur Schopenhauer (1788-1860), Alfred North Whitehead (1861-1965), Martin Heidegger (1889-1976) eAlbert Schweitzer (1875-1965).

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OS FUNDAMENTOS COSMOLOGICOS DEUMA ECO-FILOSOFIA EM TEILHARD DECHARDIN*

Entreos precursores de renomel que contribuiram para formaro "campo" plutidimensional da 'jovem" ciencia: Eco-filosofia

de hoje, ainda in statu nascendi, de modo direto ou indireto, em maiorou menor grau, sem dllvida, ocupa um lugar distinto 0 padre jesuitaPierre Marie Joseph Teilhard de Chardin (1881-1955),0 qual, nodecorrer da sua vida, repleta de pesquisa e medita9ao, de "escava90ese viagens", de renllllcia e sofrimento, da impressao, numa aproxima9aoanalogica, de celebrar um longo "oficio" da liturgia cosmica.

Como cientista e sabio, paleont610go e ge610go, mistico e visionario, eracapaz de perscrutar a hist6ria do Universo, de explicar 0 mecanismo dae\'olur;ao c6smica, de escutar 0 "bio-ritmo" da Terra, nela ler 0 passado evero futuro, de perseguir as origens e os caminhos dos seres vivos, preocupar-se com a condir;ao "humana" e de contemplar a Presenr;a Divina nas enh'anhasda Materia, Desde a inrancia ate a velhice, 0 "filho da Terra" e 0 "filho doCeu" - pOl'que assim se julgava sempre - era capaz de ofertar, sem resto, 0afeto e 0 amor, a "Ten'a-Demeter", conforme 0 que ele mesmo afirma:

"E pOl'que nao a adoraria de fato, a ela, a Estavel, a Grande, a Rica, a Mae,a Divina? Nao e ela eterna e imensa a sua maneira, aquela cuja ausencia anossa imaginar;ao se recusa a conceber, tanto na distancia extrema do espar;ocomo no recuo indefinido dos seculos? ao e ela substancia lmica e univer-sal, a fluidez eterea que todas as coisas partilham entre si, sem a dirninuir nemquebrar') Nao e ela geradora absolutamente fecunda, a Terra Mater", quetraz em si as sementes de toda a vida e 0 alimento de toda a alegria? Nao e ela,simultaneamente, a origem comum dos Seres, e, tillico Termo com que podemossonhar, a Essencia primitiva e indestrutivel de que tudo emana e a qual tudoregressa, ela, ponto de partida de todo 0 crescimento e limite de toda a

* COll1uniea~ao apresentada no X Eneontro Naeional de Filosofia da ANPOF;Sao Paulo, 3 de SET.de 2002 .•• Doutorado pela Universidade Cat61ica Portuguesa de Braga. Professor de Filosofia daUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Recife.I No meio daqueles que precederam e prepararam 0 "campo" da Ecofilosofia de hoje, alem deTeillard de Chardim, podem e devem ser incluidos alguns pensadores como: ArthurSchopenhauer (1788-1860), Alfred North Whitehead (1861-1965), Martin Heidegger(1889-1976) e Albert Schweitzer (1875-1965).

OS FII:'IiDA\lF:\TOS (OS\!OU')(;I(OS DE '\IA F(,O-FILOSOFIA ...

de unidade e de energia. Depois, continua a crescer a Moterio To{(tI,t'

mediante um processo sucessivo de granulac;ao e de molecularizac;ao,de cristalizac;ao e de polimerizac;ao, a fim de constituir 0 atual Mundo- "Weltstoff"·

No seio da "textura c6smica" bi-facial que engloba 0 "Fora dasCoisas"7 e 0 "Dentro das Coisas,"s respectivamente sub-ordinados <1

Energia tangenciaJ'l - medlllica e peri ferica, capaz de complexificar, e aEnergia radiallO - centrica e axial, capaz de interiorizar, nuimisteriosamente a Forc;a Fundamental responsavel pela"correspondcncia" dialCtica entre uma e outra, denominada comoUn i(70 Criac/om e no nsfol'lJwc/om /I, presente em todas as es ferasdo Real e em todos os eventos da Evoluc;ao.

Tal forc;a, tangencial e radial, agregadora e plasmadora dequaisquer "elementos" no "sistema" c6smico, na qualidade de 11Illvastomovimento "sintetizante", toma-se ubiqLiista de acordo com 0 principiode que "[ ... ] Bem observado, seja embora num lll1ico ponto, 11111

desagrega<;ao? Estes diversos atributos que a filosofia espiritualista projetapara fora do Universo, nao sera no polo oposto, nas profundezas do Mundo,que se realizam e devem ser atingidos, na Materia divina') Assim, embaladospela voz que encantou mais de um sabio, falavam 0 meu cora<;ao seduzido ea razao, sua climplice [...]".2

Ao nivel cosmol6gieo a obra teilhardiana evidencia a estruturaunitariado Universo sujeito a complexificac;ao crescente e a convergenciaascendente que se earacteriza pela expressao hist6rica e pelo dinamismoevolutivo, nao s6 como um conjunto de fenomenos e de seres, mastambem como um Todo, ou melhor, um Sistema de elementosinterminavelmente ligados, a significar uma trama formada pelos tres"abismos": do infimo, do imenso e do complexo em que "tout tient atout"3, isso quer dizer, em que "tudo se entrelac;a com tudo", estandoassociado a um "substrato" subjacente, mais necessario e maisconsistente, mais rico e mais segura do que qualquer das coisasconcretas que ele em si envolve.

Essencialmente inacabada a "textura" sideral, repleta de elementosprimevos e polarizada a partir do "mldtiplo" ate ao "uno", da dispersaoa organiza9ao, do minllsculo aromo ate ao Ser Humano, pel a for9aatrativa do Alfa e do Omega. Num "enrolamento espiral sempreascendente", que prossegue no Tempo e no Espa90, elementos naoseparados um do Olltro,mas intimamente unidos, num "continuo Espa90-Tempo,"4 de fisionomia biol6gica e fibrosa, numa fase pre-atomicacome9a a germinar a Materia Element{l/~5, revestida de pluralidade,

,... / Il/oI';l'io loliil 0 cllilsidera,b em sua ITalidade CllIlCleW, temporal c cspacial, C0l110 ul11asillteSe el'olutiva dc Llill cstadll ulterior, mais clabmado, dcixalldo trallspareccr as lig'H;:oes qucCiJl1\'crgclll no Espiritu c que Sc distingllc sob 105 aspectos comp!cl11cntarcs: n "sistema" aordell"r a pluralidade. 0 "Ioluln" a rClelar II destilw dc eOlljllllto e II "qualltum" a I11cdir "capacidadc glnb~ll de cncrgia do cosmo. "( 'ada CkmClltll C positi\'amcntc tccid() :Ic todo~ l~S

()lllro~: ~lh~lixu tk si pn'lprio, pclo lllistl'rins() fl:nClJl1C!1()da"eulllposi\';Ju", que u laz SUhSlstl],pela L'\lrL'l11id~ldc de 1Iin cllnjllnto orgJnizado , e, acil11a. pel~1 inll1l0ncia reccbida das lInidadcsde mdel11 sllpLTior qlle 0 L'nglobal11 e 0 dOl11inal11 para SellS pn"prios I'ins" T[II-I.IIARD D[CIIAI{I)IN. I.c I'I,,://o//,,;//c /I///////i//. I'ari\: Editions dll Sellil. I ')SS, p. JX .. () aspeclo (H' a "1'olba" l11atcrial do [slo1'o du Illllndo, cadJ VCI Illais slitil c dikrcnciadoconsidcra-se C0l110 0 'jiJI'II dlls ('Oi.IIIS" 0 "Dentm" e 0 'Tora" das Coisas sao J 1'lln,ao dc UI11parJ COlll 0 outro, que constitllel11 no plano knol11cnal os dois aspectos dc 1I111alillica rcalidadc."Chcgoll 0 1110l11ento de rcconbccer que 1I111a intcrprcla\'ao, I11csI110 positivista, do Universodel'e, para scr satis1'at,',ria, abrangcr tanlU 0 "Dentm" C0l110 0 " ForJ" das CoisJs- tanto 0Espirito como J MatcriJ." 'ITII_L1IARD DE CIIARDIN. 01'. Cit., p.30., 0 JSpccto Oll J ''Folha'' psiqllicJ do btoll) do 11111ndo, represcntJ 0 "Dc//lro dos Coisos",podcndo ser inCillitJl11ente diluido 'HI Cmtel11ente conccntrado, de aeordo COI11 a hierJrquiJdos nil'cis do Rcal. "Uma I'ez que, nlll11 pOll to dc si pn"prio, 0 f'sto1'll do Universo tcl11 ul11aCaee interna, c Con;llsamelltc porqllc ell' 0 hijocio! I)()r csII'IIII1I·o. isto C, em qualqucr regiao docspa,o e do tel11po, eXJtJl11cnte eOI11O, por excl11plo, 0 granular. ('ocxlc//sil'o I/{} 101'11 dosCoiSlis. I'xi.l/e II/II DC//lro dos Coi.lo.l. TElLI.IIARD DE CIIARDIN. Op. eit., p. 52-53."A cllcrgio lo//gellcio! e dc natureza tcrl11o-dinal11ica qlle cstabeicec cntre llS elel11clltosl11ateriais as rcla,iics dc pura exterimidadc. EstJ inter-liga,ao c corrclativa da cncrgia radial,a qllal l'inall11entc torna-se capaz dc condiciona-la."TEII.I.IIARD Dr (,IIARDIN. Op. Cit.,p.(J2.'" A c//cl'gio I'IIdio!. inlcriorizJntc, centrica e el'olutiva, cuja progressao 0 cllrrclaliva dJcncrgia tangencial, constitui junto coI11 cia UI11"arranjll" cada I'CI l11ais cOl11plcxo e cada vczl11ais organizado, IW cnnstitlli\'an dllS "cdificios" cl,sl11icos. - TElLLlIARD DE CIIARDIN.I. A/J!,orilio// de (,ho/ll/llc. I'Jris: l':tlilions du Scuil, I <J5(J, p. 3(,3, n. I.II /1 U//ilio C/'iodol'll C ul11a tcori,t globJI da cnsl110gcnesc quc se aprcsenta cOl11n II processo dcuniCica,an a partir dn mliitiplo lil11iwdo 'lie ,j unidadc final, pnr intcrmcdio de unm serichierarquizJ(!J de ccntra,iks sCl11prc l11ais Jlws, Cazcndo ~lparcccr os conjuntos cada vcz I11JisI'astos c l11ais cstrulurados. A Uniilo Criadora SUp"c UI11 Coco criador prc-cxistentc, l11esl11oquc clc sc descobrc SOl11cnlC ao nivel da lInidJdc final sobre 0 ten'eno dos Cenol11enos. -TEILLIIARD DE CIJARDIN . .':;cic//ce cl Christ. Paris: Editions du Seuil, 1965. p.?3.

, TEILLHARD DE CHARDIN. EeI'ils dll IC/IIPS dc !o gll('/'I'c. Paris: Editions du Scuil, I '!76,pp. 20-21.) TEILLHARD DE CHARDIN. ('OIJ//IIC//I je c!'Ois. Pal:is: Editions du. Scuil, 1060, p. 12 I., Cf. TEILLHARD DE CHARDIN. L 'Aclil'll/io// dc L ·/://ergic. Paris: Editinns cIu Scuil. 1%3,p. 265. Ver tal11~el11: MADELEINE I3ARTIII~LEMY-MADAULE. !JCl'gsoll el l'ci/!III'r! deChlll'dill. Paris: Edition e1u Seuil, 1063, p. 60, n.l. Na pcrspcctiva dc um tempo orgilllico eeonvergente. biol6gico e fibroso, 0 tempo reage sobre 0 cspa,o e 0 incorpora cm si, cmboraum e outro nao formam mais J nao ser um llnicLJ cscoamento s6lido, 11ll qual" cspa,orepresenta a sec~ao instantanea de UI11 IlUXLJ, cuja pro1'undidadc c Ilcxibilidadc sa" dad as pclotempo. (Nao sc pocIe Jqui confundir COI11LJespa,o-tcmpo dc Einstein que '0 lima cspcci"li/a,a"do tempo, sil11ultaneo com a gco/llclriza\,lio da /ll1I1,;rill).; Mlllerio ere/llcillal' e proeluto da analise de lIm fragmcnto qualquer dc MJtcria, "rtil'ici"lmcntccIestacacIo cIo tocIo real que revela Ires propriecIadcs 1'undamcntais: pluralidade, lInidadc, cncrgiJ,e que transparece uma tencIencia iI e1isper~iio para tras c um impulso unitivo para a 1'relltc, cmqualquer estacI9 de evolu,iio. - cr. TEILLI-IARD DE CIIARDIN. tcrils du IC/IIP.\' dc {IICucl're. Paris: Editions Grasse, 1065, p. 421. " A atomicidadc profunda do Univcrso sob umaforma visivel no dOl11inio cIa cxperiencia vulgar. Ela sc cxprime nas gOlaS da chuva c nJ arciadas praias. Prolonga-se na multidilo dos seres vivos c dos astros. E atc se Ie nas einzas tlosmortos. 0 homem n1l0 precisava cIo microsc6pio ncm da analise clctronica, para sllspcitarque vi via rocIeado de poeira e pOI' cia sustentado. Mas para contar c descrevcr os grilns dCSSJpoeira era preciso nada menos que a paeiente sasaeicIade da Ciencia modcrna" - TEILLIIARDDE CHARDIN. Le Phello/llelle !l/l/llllill. Paris: Editions du Scuil, 1055, p.34.

OS FlINDAMENTOS COSMOLOGICOS DE liMA ECO-FILOSOFIA ...

hidrogenio e do helio, das gal<lxias e dos enxames, das estrelas e doSistema solar,juntamente com a Terra. POl' outras pa1avras, a Teoriado Big Bang relata a cosmo genese e as suas fases respectivas: dagestayao e da inflayao, da expansao e da deflayao - Big Crunch, algohipotetico -, como se tratasse do crescimento progressivo de um "corpo"humano, coeso e interligado, desde a sua concepyao ate a sua morte.

2. A Unidade "in fieri" se reflete como a Unidade planetaria; edefendida pel a Teoria Gaia de James Lovelock!5 e e caracterizadapor uma abordagem holistica que considera 0 nosso "astro" como umsolido "sistema animado" ou um super-organismo. Ao envo1ver as partesintegrantes de atmosfera e oceanos, de clima e crosta terrestre, tal"sistema animado" auto-regula e auto-conserva 0 proprio metaholismogeo-fisio-logico, de modo a favorecer a Vida e garantir a estabiJidade,gray as a homeostase ou a "ordem especifica" inerente. 0 "P1aneta-Terra" oculta dentro de si a 10nga historia do seu cresci mento, a qualabrange os perfodos de Hadeano, com a vio1encia de meteoritos e devulcoes; de Arqueano, com as bacterias "catalisadoras"; deProterozoico, com as bacterias "procariotas e eucmiotas"; e, pOl', fim,de Fanerozoico, com abundfll1cia de plantas e de animais , em que seestabelece 0 equilibrio e a harmonia, seme1hantes a "sabedoria de urncorpo vivo".

3. A Unidade "in fieri" se espelha como a Unidade organica; everificada pel a Teoria dos Ecossistemas que demonstra na estruturada Biosfera a interdependencia mt'dtipla entre os fatores fisico-qufmicosdo meio ambiente (biotopo )16 e os aglomerados hienirquicos dos seres

fenomeno tem necessariamente, em virtude da unidade fundamental domundo, um valor e raizes ubiqi.iistas"!2 Numa parafrase, este principiosustenta que qualquer propriedade que apareya na materia e a qualquernivel do seu desenvolvimento e propriedade que acompanha a materia,onde quer que seja, apesar da impossibilidade de verifica-1aexperimenta1mente em todas as suas camadas ..

Intuida pOl' Teillard Chardin a Forya Fundamental que cria etransfonna, energiza e polariza a "substfll1cia" do Universo, denominadacomo a magna lei da Unidade "in fieri"!3, isto e, da unidade emrealizar-se, sub-jacente a estrutura e a genese do mundo, faz-se visive1e legivel, assinalclvel e verificavel pelo prisma das ciencias modemas,como uma "reverberayao" cambiante em diversas modalidades e emdiferentes pIanos do vir-a-ser, a qual costumam freqLientementerecorrer os adeptos da Ecofilosofia, para buscar ali a integrayao e aharmonia quebradas entre 0 homem e a natureza.

1. A Unidade "infieri" se ostenta como a Unidade c6smica; esugerida pela Teoria do Big Bang de George Lemaitre, que exp1ica agenese da "materia sideral" no sell caminhar rumo ao imenso. Hoje,jaenriquecida e reforyada pel0 argllmento de expansao das ga1axias (EdwinHubble), pela prova da idade das mais velhas estrelas e dosmais velhosMomos e pela descobel1a da radiayao "fossil" de fundo (Amo A. Penziase Robert W. Wilson), a Teoria da Grande Explosao nalTa 0 nascimentodo Universo, a p3l1ir do "nada" fisico, provido de "simetria perfeita"14em que nao havia nenhuma separayao entre 0 Tempo eo Espayo, aMateria e a Energia, ate a formayao da "textura" cosmica pe1a eclosaoda "sop a" de particulas elementares, dos nt'lcleos e dos Momos, do

I: TEILLIJARD DE CIJARDIN. PhCIIOlIlCIIC hlll/loill, p.52.I' Scm a unidade "in ficri" do Mundo que impliea a inlcr-a,ao c retro -a,ao de seus elementosconstitutivos, no sentido holistico, a Ecot'ilosol'ia torna-se totalmente inconcebivel, assim,como sem a unidade "in fieri"do organismo humano, que envolve a integra,ao das suas partese 0 encadcamento dos seus sistcmas bio-l'isicos, a medicina torna-se inteiramenteincompreensivel. Para assinalar tal importancia da unidade dinamica do Mundo em rela,ao aEcot'ilosot'ia, cabe citar apenas alguns nomes no meio de tantos, pOI' exemplo: David S.Toolon, Thomas Berry, Erich Jantsch, Grian Swimme, Loren Eiseley, Eduard Goldsmith,Rupert Shcldrake, Carl rrieclrieh yon Weizsacker. Bede Grit't'iths, Krishnamurti, AleksanclreGanoczy, Jean-Marc Druin, .lean-Marie Pelt, Serge Frontier, Jules Carles, Leonardo BotT,Konrad Waloszczyk, Ilcniyk Skotimowski, Stanislaw Ziemba, .." Um pracesso e classilicaclo como simetrico quanclo opera,ao aplicacla a um sistema I1sico 0

deixa illvariallte, sem violaI' a "conserva,ao da pariclacle". A cOllseqliellcia cia simetria perfeitac a invariallcia global; isto signilica que a quallticlacle cle movimento total cle um estado illicialc igual a quallticlade clo movimellto clo sistema no estaclo final, inclepenclente clas intera,oesque tem lugar entre os estaclos inicial e final. Tal simetria e illvariancia existiam antes clo Big-Gang, quando as fon;as e as energias do Universo constituial11 virtualmente unla "!lada" fisicoc lIm "UIlO" I1sico, prefigurados mediante as constantes cle Max Planck.

1< JaIllC.\' LOI'c1oek " Commander of the British Empire" (titulo honorifico pOl' servi,osprestados a na,ao) e, sem dllvicla um dos mais cxtraorclinarios e inlluentes cientistas-tiI6sofos;mcmbra clas Universiclacles cle Yale e Harvard (EUA), consultor na area clas ciencias cia vicla,do Pragrama Espacial de Investiga,ao Lunar e Planetar no .let Propulsion Laboratory, emPasaclena (Calif6rnia-EUA). A hipo/csc de Caill. levantacla pOl' ele, a mais estimulante e amais subvcrtida, consiclera que 0 estado tisico-quimico cia superllcie cia Terra, cia atmosfera edos oceanos t'oi e continua a ser ativo e favoravelmente adaptaclo gra,as a interven,ao closorganismos vivos. Contrapoe-se ao saber traclicional segundo 0 qual a vida se aclapta aseoncli,ocs clo planeta e que ambos evoluiram separaclamente. AJem disso, det'ende a icleia deque a Terra, em sua totaliclacle, comporta-se como um super organismo vivo capaz cle auto-govcrnar-se e cle auto-conservar-se.", "Em geral, a a,ao cle todos os fatorcs clo meio sobre uma cleterminacla vegeta,ao e It%eello/ieaou Ito/is/iea, , isto e, agem simultaneamente, e a res posta vegetal e animal e uma sintese cia suaa,ao. 0 conjunto clos fatores clo meio que condicionam a existencia de popula,oes ou clebiocenos clefiniclas na natureza, constitui 0 Itabi/a! ou bi%po" - PAUL DUVIGNEAUD.A Sill/ese Ee%gieo .2" ecl Lisboa: Instituto Piaget, 1996, p. 12.

OS FljI\'DAi\'IE~TOS COS;,\IOLOCICOS DE li\IA ECO-FILOSOFIA ...

"engenhos" moleculares- ARN-m, ARN-r e ARN-t-20, em tudo a queum organismo marfa 10gicamente representa (fenotipo)21 e em tudo aque ele somaticamente possui (genotipo ).cc

o ponto culminante da unidade biologica consistc na contlllllac;aode que a "Codigo Gcnetico" e universal, presente e igual, c1esdc amicrobia ate ao Ser Humano, a que quer dizer que utiliza as "palavras"com a mesmo signi ficado em qualquer ser vivo, mas elabora a partirdelas a "mensagem" singular e irrepetivel que muda de um organismopara outro, produzindo uma diversidade intermimlvel no sentidobiofisico.

Para aJem disso, grac;as ao impulso evolutivo, tal "codigo" noqual flui ininterruptamente a "infoI1l1ac;aO",cstabelece tllll so "campofilogenCtico" quc vai se prop agar ao longo dos tempos na constelac;aodos seres vivos, transmitindo, de gerac;ao em gerac;ao, a heranc;amorfologico-sam Mica e insinuando a existencia do mesmo parentescogenealogico no ambito daBiosfera.

5. A Unidade "in feri" se evidencia como a Unidade elementar.Ainda em curso de ser elaborada pela Teoria dos Campos Nucleares,caminha com exito satisfatorio de provar que as forc;as "vitais",gravitacionaF3 e eletromagnetica2.J, nuclear "fraca"25 e nuclear "forte"CI"a movcrem a Mundo e a animarem a Evoluc;ao, sao apenas os diversos"matizes" da mesma e LlIlicaForc;a Fundamental, integrada antes do

vivos (biocenosc)17, de modo a constituirem uma totalidade com aaspecto integrado c homeost,ltico.

Em qualquer ecossistema da "Terra-Viva", marcado pelacomplexidade e organicidade, ocorrem dais eventos basilares ecncadeados: a primeiro e 0/111.10linear de cllclgia, no inlcio solar,depois quimica, transformada pelas plantas (fotossintcsc) c transfcridapelas cadeias troficas dos consumidores; a segundo e Ojlll.W circularde 1I/11!cria, au cicIo bio-geo-quimico de <:lguae carbona, de oxigenioe azoto, dc cnxofrc c fosforo. Ambos as fluxos sao responsaveis pelavitalidadc clas cspecics.

Sujeita ,1 cntropia, a Biosfera tccida dc Ecossistcmas, integrada chomeost<:ltica, cxibc-se como um sistcma tcrmodinamico "abcrto",equipado dc "entradas" c "saiclas", as quais mantem as corrcntcs dc"energia" e de "materia" constantes e cst,lveis, clevido ao recursoci bernetico de retro-ac;ao e de retro-al imentac;ao (feed-back), paraassegurar a sobrevivencia das populac;oes.

4. A Unidade "in fieri" se desvela como a Unidade biol6gica; econstatacla entre tad as os seres vivos pela Teoria do C6digoGelle!icol~ - hojc em plena progresso-, segundo a qual 0 "AcervoGenetico" pell11aneCCsituado na "dupla helice" (James Watson e FrancisCrick) do ADN- acido desoxirribonucleico e associ ado aoscromossomas no interior do nLlcleo de qualquer celula.

Constituido apenas pOl'quatro "Ietras"- (A)denina e (T)imina,(G)uanina e (C)itosinal

'\ a "Codigo Genetico" comp5e a partir delasas "palavras" e as "mensagens", cuja "programayao computadorizada"e transcrita, descodificada e traduzida, mediante a conjunto dos

,,, Sao os Ires J11ccanisJ11os. t'orJ11ados do J11eSJ11Osubstrato quiJ11ico: 0 acido ribonucleico, quesintc\izaJ11 a proteina; 0 ARN-(II/)clISogeil'o, que C J11eraJ11enIC UJ11a copia t'orjada dc A[)N;

ARN-( I' )iIJOSSO/lIfI, que traduz a J11cnsageJ11 CJ11 protcina, ARN-(tjl'allsl'ol'/odol' lllr/I·(lIl.ljen;lIcia, que dcscodit'ica a J11cnsageJ11 e adapta os aJ11inoilCidos nUJ11a associa,ao COJ110ribossoJ11a." GellrJlil'o C 0 conjunto de genes portadorcs de t'atores hereditarios de 11111individuo (ou deUJ11a linhagcJ11) e que Ihe o!creccJ11 caractcrcs IransJ11issivcis. Por isso, a evolu,ao do gcn(itipoC interna c J11ecililica, qucr dizer, IDz-se "POI." e "para "a conslitui<;ao organica dos seres \'ivosC dos scus desccndentcs." FCII(;ripo e 0 eonjunto de caraclcres quc se J11anitCstaJ11 visivclJ11cnte nUJ11 individuo c queostcntaJ11 as rea,oes do proprio genlJlipo, CJ11virtude das eireunstancias particulares do scudcscnvo]vil11enlo e do scu I11cio. 1'01. isso, a cvolu<;ao dos tCnotipos e externa c "t'inalista",quer dizer, t'az-se "por" c "para" adapta,ocs do ser vivo aos cventos e as situa,()cs que Ihesobrcvcm." A t'orp gml'ilaciol/a/ C sCl11pre atrativa, de ]ongo aleanec, l11as dc intcnsidade muito t'raea;abrange lodas as particulas" A Il)rp "lell'Ol//rrgl":licrr csta na base dc todos os t'cnolllenos clctrieos, magnctieos, otieosc quilllicos; olllnipresente na !hiea das partieulas." A t'or,a I//{e/cal' "Imcrr" regc certos renolllcnos de radioatividade. 1= dc aleanec Illuitocurto, transl11itida pOI. troca dc lll11 dos tres bosoes intcrlllcdiarios, W+, W- ou Zoo", A t'on;a /{/{cl"rrr "101'/1' ", de men or aleance asscgura as liga,oes entre q/{al'ks no interiordos proloes c ncutroes para mantc-Ios juntos c !orlllal' os inol11os.

'" "o'/ cO//{/{llir/{/d" OU bioccllo.l'c 0 um sistcl11a bioJ('gieo I'ormado por popula,llcs que povoanlun1 dado billlipo nllllla cpnca dctcrl11inada; se bel11 que eOl11poslo dc plantas, animais, bacterias,t'ungos c llUtl'l1S organismos vivos, t'orma um agrupal11cnto relativamente unil'orme dc aspcetoc compnsi,an (Ilmistiea c t'aunistica) dcterminados; as popula,oes quc t'ormam uma talcomunidadc bil)tica vivem cm conjunto de maneira ordenada e eoordenada, e nao comoorganismos distribuidllS ao acaso c indcpcndentes uns dos outros" PAUL DUVIGNEAUD. op.eit. p. 63." A natureza do c,;r/igu gCI/(:rico cllnsiste na tradu~ilo da linguagem do ADN (Acidodcsllxirribonucleico) na linguagcl11 das proteinas; Oll na eorrespondencia entre a seqClencia dasbascs do ADN c a scqClencia dns aminoacidos que t'orl11am as proteinas.r" Adcllillrr c );/{{/lIill{/, CiloSill{/ C rill/ill{/ (A, G, C e T) - constituintes csseneiais dos acidosnuckiells • t'ormam as "bases" ou as "Ictras" do et\digo gcnctico , !"ixadas na cadeia de ADN,que se asscmelha a uma eseada de cmda cmolada sobrc si mesma ao longo do eomprimento,scndo cllnhecida como a "dupla heliee".

OS FliNDAMENTOS COSMOLOCICOS DE liMA ECO-FILOSOFIA ...

"solidaria e cooperante"; que 0 campo filogenetico" da flora e dafauna se manifeste como um "parentesco" intimo entre todos os seresvivos; e, par fim, que a sutileza intermin(/vel, oculta na "textura" daMateria, se incorpore como um "supoI1e" na "textura" bio-fisica detudo quanta vive, suscitando em nosso espirito 0 cuidado e a reverenciaperante 0 "misterio" da Criay30.

Big Bang e dissociada depois do Big Bang, cuja perfeiy30 e simetria,"quebradas e fragmentadas", permanecem ocultas sob 0 veu da Materia.

Ao construir com tenacidade a teoria da Grande Unificay30(GUT)27, a fisica modem a confimla no ana de 1983 0 "modelo" deSteven Weinberg e de Abdus Salam no aceleradorcircular do CERN.28Yeti fica-se entao que a forya eletromagnetica e a forya nuclear "fraca",veiculada pelas particulas de "bosons"W+, W-, Zo, refletem apenasos dois aspectos da forya, dita como eletrofraca.

Em seguida, Hovard Georgi e Sheldon Glasgow, no ana de1977, sugerem mais um "modelo standard", no qual conseguemteoricamente co nectar a interayao eletrofraca e a nuclear "forte",transportada pelas particulas de "gluons", responsaveis pela coesaodos "quarks" no COray30 do atomo. E uma hipotese que espera aindapor verificayao tecnica, a fim de revigorar mais a imperiosa necessidadedo espirito humano de ligar as "partes"num todo e de buscar a "simetria"original do Universo.

Concluindo. A magna lei da Unidade "in fieri"- espinhadorsalda Weltanschauung teilhardiana- a emanar da "vis-a-tergo", tangenciale radial, da Forya que sopra nas costas do Real inteiro, que agrega eorienta, que cria e transfomla os "elementos" do micro-cosmo e domacro-cosmo, toma-se uma "base" preciosa da Eco- filosofia, fazendoque 0 Universo se revele como a "pat ria" sideral de nossas origens,insondavel e acolhedora, repleta de beleza e grandeza, de majestade eesplendor; que a Terra- Viva se apresente como a nossa "casa"-oikos,hospitaleira e com sabedoria arquitetada; que a Biosfera tecida pelosecossistemas se exiba como a nossa "familia", vasta e diversificada,

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