os obstáculos ao desenvolvimento

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OS OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO

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Os obstáculos ao desenvolvimento

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Page 1: Os obstáculos ao desenvolvimento

OS OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO

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Convém referir, antes de entrar propriamente nas teorias do desenvolvimento, o fato de que esse tipo de industrialização baseado no mercado interno, em que o Setor de Mercado Interno se desvincula do Setor de Mercado Externo e começa a crescer por conta própria tomando o lugar das importações, não é simples e tende as esbarrar em dois limites. O primeiro deles é o próprio tamanho do mercado interno. Existem escalas mínimas de produção industrial, que variam conforme o produto. Essas escalas mínimas são mais facilmente alcançadas em países de grandes extensão e de grande população. Países como a Índia e o brasil têm vastos mercado internos , os quais tem ultima análise, são proporcionais ao tamanho das populações. Na medida em que há industrialização , as cidades vão crescendo, a própria indústria vai incorporando mais mão-de-obra, o setor terceiro também se expande- e isso vai ampliando o mercado para a nova indústria, com uma parcela crescente da população que vai sendo transferida do Setor de Subsistência para o Mercado Interno. Mas isso tem um limite, e esse limite é dado pelo tamanho da população que tem, em geral, alguma correspondência com o tamanho territorial do país. A industrialização por substituição de importações, portanto, esbarra em países pequenos – Chile, Uruguai, etc. - na estreiteza do mercado interno, que não é suficiente para uma produção em escala industrial. Então, a indústria desses países ou não consegue muito altos, por que apenas uma fração da capacidade das fabricas pode ser utilizada. Uma outra limitação ao processo de industrialização por substituição de importantes está no setor de Mercados Externo no. Durante muito tempo se alimentou a ilusão de que a substituição de importações tornaria o país menos dependente, pois precisaria importar cada vez menos, já que estava agora produzindo o que importava antes. E, consequentemente, também não precisaria exportar tanto. Mas isso não ocorreu.

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O processo de industrialização por substituição de importações quase tão grande como os de um país que não se industrializou. Apenas o tipo de importações é outro. Em vez de importar automóveis, passa-se a importar máquinas para fazer os automóveis e a assistência técnica para as instalar e operar, além de alumínio, cobre material plástico e – no caso do Brasil- combustível. Embora esses elementos sejam menos valiosos que o automóvel pronto, como o volume total de automóvel produzidos no país cresce (pois para isso é que se fomenta a industrialização), o valor total de importações para a indústria automotriz não é menor do que na época em que se importavam os automóveis. Consequentemente, os países que começaram a se indústria lizar precisaram, com o tempo de uma qualidade crescente de divisas estrangeiras para importar matérias primas equipa, assistência técnica, etc. E geral, como o impulso inicial do processo de industrialização se originava na crise do setor de mercado externo este não conseguia expandir suas exportações, gerando o chamado ‘’ estrangulamento externo ‘’. Os país em industrialização passaram a se endividar porque não conseguiam o volume necessário de divisas para poder importar tudo o que era necessário para que o processo de industrialização pudesse prosseguir. Na década de 60, o chamado ‘’ estrangulamento externo ‘’ estava sufocando a industrialização no brasil e na maior partes dos países da América Latina, que era exatamente onde o processo de substituição de importações estava mais avançado.

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• Isso constituiu, em linhas gerais, um sumário histórico de como esteve- e está- se dando o desenvolvimento de pais que foram economias colônias. Vamos agora nos referir rapidamente as teorias que tentam explicar por que determinado países não se industrializaram e prever se eles podem vir a se industrializar tardiamente, superando o atraso só histórico.

• Obviamente, também as teorias do desenvolvimento são de dois tipos: as teorias de fundo marginalista e as de fundo marxista. Dizemos ‘’de fundo’’ porque a teoria de desenvolvimento é uma parte nova da teoria econômica, pois foi e está sendo formulado formula a partir de uma experiência recente dos países que têm ou tinham economia colonial. Consequentemente, as teorias do desenvolvimento se inspiram, ás vezes explicitamente, as vezes não nas teorias econômicas mais gerais. Embora nem sempre aparentemente, não há duvida de que a maioria parte das teorias de desenvolvimento são desdobramentos ou da teoria marginalista ou da teoria marxista.